terça-feira, 4 de novembro de 2014

Capítulo 8

Capítulo Oito
Jeanie arranhou os lençóis, inclinou a cabeça enquanto fechava seus olhos. True
prendeu suas coxas a cama com elas abertas bem afastadas enquanto sua boca brincava
com seu clitóris. Era tão bom que quase doeu.
Chupou, arrastando o botão carnudo com fortes puxões de sua boca. Toda vez que
ela estava perto de gozar, ele diminuía, enlouquecendo-a. A ponta de sua língua sacudiu
seu clitóris em um movimento para cima, lembrando-a de como gostava de tomar sorvete.
Mudou para um novo padrão, mexendo-o de um lado para o outro.
Ele estava ou fazendo isso para atormenta-la com prazer ou descobrir o que ela
gostava melhor tentando tudo que podia pensar para ver como ela reagiria. Ela gemeu,
contraiu o quadril, mas não podia se mover muito. Ele se certificou disto. Suas mãos eram
delicadas, mas firmes, sem soltar. Algo sobre estar completamente a sua mercê apenas
deixou a sensação mais potente.
Arquejou, sentindo o suor que lustrava sua pele, e curvou as costas. Tornou-se
muito intenso, mas não podia fechar suas pernas. Ele era muito forte. Teve dois
companheiros sexuais em sua vida, mas não a fizeram se sentir nada perto da dor
consumidora para achar a libertação que True inspirou.
— Por favor. — Freneticamente esticou a mão para baixo, precisando toca-lo. Seus
dedos escovaram o cabelo atrás de sua cabeça e ela quase empurrou sua mão longe.
Era um medo real que ela poderia cavar suas unhas em seu escalpo desde que já fez
com o lençol. Ao invés disso, ela aarrou novamente os lençóis de seda, — Por favor,
True.
Ele rosnou e as vibrações a cutucaram além do limite onde ela pairava perto de se
libertar. Seu corpo inteiro agitou com a força do êxtase percorrendo por ela através da
boca dele, espalhando rapidamente, diretamente para seu cérebro. Gritou, nem mesmo
certa do que disse ou mesmo se fez sentido. Não se importou. Seu mundo inteiro
concentrado na ponta da língua de True enquanto ele realizava círculos apertados sobre
o lugar mais sensível em seu corpo. Gritou novamente enquanto outra explosão de prazer
a atingia.
Seus músculos vaginais tremiam enquanto sobrevivia a um segundo clímax,
chocada que ele pudesse fazê-la gozar duas vezes em rápida sucessão. — Pare, —
implorou, incapaz de aguentar mais. Seu clitóris pulsava por causa da supersensibilidade.
Ele evitou brincar novamente, mas sua língua explorou mais abaixo, traçando
sobre a emenda de seu sexo. Aliviou seu aperto da morte no cabelo dele uma vez que
seu corpo começou a relaxar, seus músculos ficando moles depois de toda a contorção
que ela fez.
— Você é tão doce, — gemeu. — Eu quero mais.
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Essa foi a única advertência antes de sua língua penetrar sua vagina. Gemeu na
sensação agradável. Ele se retirou quase completamente e largou suas coxas. Pensou
que ele poderia subir e ajustar seu corpo em cima do dela para achar sua própria
libertação. Era excitante e queria saber como seria estar unida a True. Toda a fantasia
que teve sobre tê-lo dentro dela finalmente se tornaria realidade. Abriu seus olhos, dando
uma olhada para ele quando ergueu sua cabeça. Teve que soltar seu cabelo.
A expressão em seu rosto a fez se assustar. Teria jurado que ele estava com raiva.
— O que está de errado? Eu puxei seu cabelo? Eu não pretendia.
— Você é apertada.
— Isto é uma coisa ruim? — A maioria dos caras gosta disso, certo? Havia um
tempo desde que fez sexo, entretanto. As coisas podiam ter mudado.
— É nesse momento. Eu estou tão duro que poderia me voluntariar para ser uma
britadeira e quebrar concreto. — Dobrou sua cabeça, olhando para longe, e notou suas
juntas embranqueceram de como firmemente ele agarrou a extremidade do colchão. —
Eu também poderia precisar cortar minhas calças. Meu pênis está preso entre o tecido e
minha coxa. Preciso comprar uma de tamanho maior para acomodá-lo se você ficar aqui
por muito tempo.
Seu senso de humor foi inesperado e sorriu, sentindo-se extremamente alegre
depois de ele acabar de dar a ela os melhores orgasmos de sua vida. Necessitou de
esforço para se mover quando realmente acabou de derreter na cama dele, mas se
sentou. Seus lábios estavam separados, revelando as pontas de seus caninos afiados.
Foi surpreendente que ele não acidentalmente a beliscou com eles, algo que não pensou
até aquele segundo.
— Eu ajudarei você a sair dela.
Sua cabeça ergueu. — Não toque em mim.
Seu humor desapareceu, substituído por preocupação. — Você está bem?
— Não.
Pensou que ele estava provocando-a, mas estava errada. Era dor, não raiva,
endurecendo seu rosto. — Oh nossa, True. — Não conseguia ver seu colo já que ele
estava de joelhos ao lado da cama. Foi para o outro lado, saiu e se aproximou dele pelo
lado.
— Fique afastada.
Pausou, estudando seu corpo. Ele estava de joelhos com seu quadril apertado
contra o lado da cama. Ele ainda mantinha um aperto forte na extremidade do colchão. —
Apenas abra o zíper da sua calça e nós a arrastaremos para baixo até que esteja livre.
— Só entre no banheiro e feche a porta.
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O que ele tem em querer que eu entre naquele cômodo? Não perguntou. — Não
vou deixar você para lidar com isto sozinho.
Ele fechou os olhos. — Eu preciso que você se afaste de mim por pelo menos dez
minutos.
Os sentimentos de Jeanie teriam sido magoados se pensasse que ele estava
dizendo isso para ser cruel. Ele não estava. — Por quê?
— Meu corpo relaxará sem você aqui e então eu poderei tirar minhas calças.
— Você seriamente está, hum, preso? — Tentou compreender como. Devia ser tão
simples quanto o que sugeriu.
— Por favor, — disse. — Vá tomar banho.
— Não. — Aproximou-se um pouco. — Eu vou me abaixar aí com você. Você pode
girar um pouco? Deixe-me ver o problema e tenho certeza que posso pensar em algo. —
Esperou que isto apenas parecesse como se seu pênis estava preso porque o tecido
apertou ao redor de qualquer lado ele dobrou. — Ou você pode me dizer onde te alguma
tesoura. Eu posso cortar o lado da costura.
— Não. Apenas entre no outro cômodo.
A campainha tocou. Jeanie se assustou com o barulho súbito, mas a reação de
True foi muito pior. Ele rosnou enquanto sua cabeça levantou, os olhos abriram para olhar
na direção da sala de estar. — Porra!
— Você não pode ir atender. Eu deveria? Direi a eles que você está ocupado ou
tomando banho. — Altamente duvidou que ele quisesse que alguém soubesse o que o
estava incapacitando. — A menos que você pense que eu deva dizer a eles a verdade e
eles poderiam ajudar você.
— Não vá lá fora. Ignore.
— E se for importante?
— Vá tomar banho.
— Droga, você é teimoso. Você me deixaria se eu estivesse em um aperto? — Se
arrependeu de dizer aquela última palavra. — Desculpe. Trocadilho ruim e não
intencional. Isto é ridídulo. Você acabou de colocar seu rosto em minhas partes privadas.
Nós passamos do ponto da modéstia. Deixe-me ver o problema e nós podemos achar
uma solução.
— Não.
A campainha tocou novamente, seguido por um punho batendo na madeira.
Jeanie estourou uma respiração frustrada. — True...
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Um estrondo alto veio do outro quarto. Girou, percebendo o que ouviu enquanto a
porta da frente batia na parede pela força de ser chutada. Alguns passos rápidos e estava
no outro quarto. Dois Novas Espécies invadiram o apartamento, mas o primeiro na porta
gesticulou para o segundo parar com um gesto de mão.
Foi o segundo que rondava lá dentro que manteve sua atenção, entretanto. Seu
cabelo era longo, nos ombros, mas nunca confundiria aqueles brilhantes olhos azuis de
gatos. Ele vestia calça jeans preta com uma camiseta, exibindo muitos músculos.
— 712?
— Shiver, — confirmou que conheciam um ao outro, sua boca curvou em um
sorriso.
— Onde está True? — O outro homem olhou ao redor com um olhar firme em seu
rosto até que fixou sua total atenção em Jeanie. — O que você fez com ele?
— Nada! — Olhou entre ele e 712. — Ele está...
— Você o machucou? — O felino rosnou, revelando caninos afiados.
— Ela não faria isto, Tiger. — 712 tentou dar a volta em torno do sujeito.
Tiger o empurrou para trás. — Fique fora disto. Eu disse para você esperar lá fora.
— Ele foi adiante. — O que você fez com True?
Um baque veio por detrás dela e girou para olhar para True inclinado pesadamente
contra o batente da porta aberta do quarto com só sua cabeça e a parte superior do corpo
nu mostrando. Pareceu que ele estava usando a parede para esconder o resto dele. O
olhar furioso e sua expressão dura estavam claros.
— Saia da minha casa!
Tiger parou de avançar. — Por que você não respondeu a porta? Por que você
está obscurecendo o resto do seu corpo?
— Saia da minha casa.
O Nova Espécie de uniforme franziu a testa. — Ela machucou você, não foi? O que
você está escondendo? Ela esfaqueou você? — Ele cheirou o ar antes de suas
sobrancelhas crescerem rapidamente. — Merda. Você está nu. Eu interrompi você
compartilhando sexo.
— O quê? — 712 empurrou Tiger para tira-lo da frente. — Você a tocou? — Suas
narinas alargaram e seu rosto normalmente bonito mudou para uma expressão bem
parecida com a expressão enfurecida de True. — Você disse que não iria.
— Saia da minha casa. — True olhou para ela. — Venha aqui, Jeanie.
Ela não estava certa do que fazer. Uma parte dela queria conversar com 712, mas
True estava obviamente em uma situação embaraçosa que ele não queria que os outros
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homens descobrissem. Tiger e 712 poderiam estar lá para leva-la para a prisão. Ela
recuou para o quarto e True fechou a porta no segundo que ela estava livre. Ele xingou
enquanto inclinou a cabeça para cima com sua palma suavemente agarrando seu rosto.
Os dedos fortes embrulharam ao redor do braço dela para gira-la ligeiramente até que
eles encaravam um ao outro.
— Entre no banheiro. Eu lidarei com isto.
— Você acha que eles vieram para me levar para aquele lugar horrível?
— Eu não permitirei que isso aconteça.
— Obrigada. — Tentou olhar para baixo, mas sua mão só apertou.
— Eu vou deixá-la ir e você correrá para o banheiro. Feche a porta e fique lá até
que eu te diga que é seguro. Faça isto agora.
— Certo.
Ele a girou antes de soltar suas mãos. — Corra.
Correu em direção ao banheiro, mas não chegou antes da porta do quarto explodir
aberta. Um grito saiu da garganta de Jeanie enquanto virava para ver o que fez isto. O
olhar de 712 rodou em torno do quarto até que a achou e olhou para a camisa que ela
vestia, que caiu até a metade da coxa, expondo a parte de baixo das suas pernas.
— Como você pôde? — Invadiu o quarto.
Em Drackwood ela fez o melhor para mantê-lo vivo dando a ele algo para continuar
lutando apesar de toda a dor que sofreu. Ele gostava das suas histórias, se elas eram
contos de fadas ou apenas recontando algo que viu em um filme. Ajudou-o a passar o
tempo enquanto alguns dos seus ferimentos curavam.
— Saia! — True rosnou, ficando entre ela e 712. — Não fale com ela desse jeito.
— Eu estou falando com você! — 712 esticou ambas as mãos e empurrou True
com força no peito, quase derrubando-o.
True o empurrou de volta. — Ela não é sua.
O macho tropeçou, mas ficou em pé. — Eu discordo.
— Já chega, — Tiger ordenou da porta. — Flirt, retorne para o corredor agora. Eu
lidarei com isto.
— Ela salvou minha vida. — Flirt não se moveu. — Eu só partirei se ela for comigo.
Percebeu que eles estavam discutindo sobre ela. Jeanie abriu a boca para dizer a
eles para parar, mas retomaram suas trocas antes de ela conseguir dizer uma palavra.
Ficou claro que 712 pegou o nome de Flirt.
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— Nunca, — True rosnou.
O lábio superior de Flirt enrolou o suficiente para mostrar os caninos afiados. — Ela
devia ser minha.
— Já chega! — Tiger repetiu, empurrando-os separadamente quando ele centrou
seu corpo entre eles. — Sem luta. Retorne para o corredor, Flirt. True, você não deveria
tocá-la.
— Ele tocou. — Flirt recuou. — Nenhuma fêmea libera esse cheiro forte de sexo a
menos que um macho ajude. Olhe para frente das calças dele. Ele não merece uma
fêmea se for incapaz de segurar sua semente até que a monte.
Tiger olhou para baixo para o corpo de True depois olhou para 712. — Porra, Flirt,
isto foi frio. Todos nós já ficamos um pouco mais excitados às vezes, mas você não
precisa apontar. Machos têm orgulho.
Jeanie se arrastou ao longo da parede para conseguir olhar melhor para True para
confirmar suas suspeitas do que eles estavam falando. Uma mancha grande e molhada
aparecia na frente de suas calças em um lado, próxima a virilha. Não é de se admirar que
não queria que eu visse o que estava errado com ele. Ele não estava preso em suas
calças. Ele mentiu. Merda! Olhou para seu rosto, as manchas de cor brilhante em suas
bochechas eram um sinal de mortificação.
— Deixe-o em paz. — Exigiu. Olhou para 712. — Flirt? É assim que você é
chamado agora?
— Não converse com ele, — True ordenou.
Parte dela sabia que devia ficar quieta só porque é o que ele queria. A outra parte
estava enfurecida que alguém tentou humilhar alguém que a salvou de ir para a prisão.
True era um bom homem.
— Eu sou Flirt agora, Shiver. — Seu tom suavizou quando seu olhar azul claro
encontrou o dela. — Venha aqui. Eu levarei você para minha casa. Você não precisa ficar
com aquele macho quando você merece um muito melhor.
— Não! — True berrou.
Jeanie engasgou quando True agarrou Tiger e o expulsou do caminho. O grande
corpo do Nova Espécie não a acertou por alguns centímetros, aterrissando esparramado
no tapete de cara para o chão. Seu olhar ergueu na hora certa para testemunhar True
agarrando Flirt. Ambos bateram na parede próxima à porta com força suficiente dos seus
pesos combinados para fazer um grande buraco no gesso.
— Porra, — o sujeito no tapete gemeu. — Segurança. Venha ao apartamento de
True agora.
Não tinha certeza se ele usou um rádio ou um telefone celular para pedir ajuda.
Não podia desviar o olhar enquanto os dois Novas Espécies trocavam socos. O som era
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horroroso enquanto seus punhos faziam contato com a carne. True prendeu Flirt na
parede danificada. Seu traseiro e parte de suas costas estavam realmente dentro do
buraco que tinham criado, mas seus braços estavam livres o suficiente para bater de
volta.
— Parem com isto! — Percebeu que era ela que estava gritando.
Eles a ignoraram. Flirt conseguiu tirar seu corpo e empurrar True para longe. Ele
tropeçou, mas recuperou seu equilíbrio. Flirt saiu da parede, pedaços brancos
desintegrando no tapete à medida que se endireitou. Eles rosnavam um para o outro e se
jogaram para frente ao mesmo tempo. Seus corpos se chocaram com força, mãos com
garras rasgando severamente a carne. O sangue vermelho claro apareceu em sua pele.
Jeanie tinha que parar a briga, sem se importar que fosse perigoso. Flirt agarrou a
garganta de True em um movimento para sufoca-lo. True respondeu curvando seu braço,
jogando-o para frente com toda sua força e batendo seu antebraço no rosto do seu
oponente. A cabeça do felino caiu para trás, sangue explodiu de seu nariz.
— PAREM! — Apressou-se adiante, mas uma mão impediu seu tornozelo. O ar foi
tirado de seus pulmões quando bateu no tapete de barriga. Levou alguns segundos para
suspirar. Usou seus braços para empurrar seu peito do chão e olhou sobre seu ombro,
ignorando a dor enfadonha de seu ferimento que pulsava do choque com o chão. Tiger a
fez tropeçar.
— Não faça isso, — advertiu. — Afaste-se deles.
Ela tentou chutar para se livrar de seu domínio, desesperada. — Deixe-me ir.
— Você será ferida.
Não se importava. True e Flirt separaram o suficiente para trocar socos novamente.
O sangue arruinou ambos seus braços onde foram arranhados e descia pelo rosto de
Flirt. Seu nariz pareceu quebrado. A boca de True levou um golpe se o vermelho claro
espalhado sobre seus lábios e queixo era qualquer indicação. Os sons de socos batendo
na carne a fez estremecer.
— Pare-os, — implorou, olhando a briga, incapaz de assistir mais. Seu olhar
bloqueou em Tiger. — Faça algo.
— Eu estou fazendo. Estou mantendo você segura até que a ajuda… — pausou,
erguendo sua cabeça como se ouvisse algo, — chegue.
Quatro Novas Espécies entraram repentinamente no quarto. Dois deles vestiam
uniformes, mas dois não usavam. Um macho loiro grande em uma boxer preta agarrou
Flirt quando ele tropeçou para trás depois de True ter batido em seu tórax. O novo sujeito
envolveu seus braços ao redor de Flirt por detrás e o ergueu. Um dos seguranças
uniformizado agarrou suas pernas debatendo, suspendendo-o no ar entre eles. Ele lutou,
mas não conseguiu sair.
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O Nova Espécie vestindo uma calça de moletom e uma camiseta impossibilitaram
True de atacar Flirt novamente agarrando seu braço, o girando e o empurrando contra
uma parede. O segundo Nova Espécie uniformizado ajudou a manter True preso lá
enquanto sussurravam palavras que ela não conseguia ouvir.
— Nunca fique entre machos agressivos. — Tiger largou seu tornozelo. —
Especialmente se você for o motivo de estarem lutando. — Ele se sentou. — Você é uma
encrenqueira, Jeanie Shiver.
— Isto não é culpa minha. — Desviou o olhar dele para checar True. Os dois
Novas Espécies a impediam de ver muito, mas não pareceu estar mais lutando para se
soltar. Devia se levantar, mas hesitou quando um estrondo profundo alcançou suas
orelhas. Era algo que não conseguiu identificar e nunca ouvia antes.
Um macho alto de cabelo preto entrou no quarto, a fonte do som. Um frio percorreu
sua coluna enquanto o estudava. O Nova Espécie parou de fazer o barulho perturbador,
mas não o deixou menos assustador. Ele era bonito, mas havia algo sinistro sobre ele.
Podia apenas sentir lá no fundo como se ele liberasse uma sensação que gritava
predador e perigo.
O quarto ficou assustadoramente mudo e os cabelos dos seus braços subiram. O
Nova Espécie de cabelo escuro lentamente avaliou o quarto com seu olhar glacial até que
demorou nela. Ele franziu a testa, não foi algo que ela tomou como um bom sinal, antes
de ele se virar para andar a passos largos para mais perto para Flirt. Ele parou há alguns
centímetros de distância.
— Já estava na hora de você chegar aqui, Darkness. Você assumiu a
responsabilidade por isso. Lide com isto. — Tiger se levantou e pausou próximo a Jeanie,
oferecendo-a uma mão. — Permita que eu te ajude.
Jeanie colocou sua mão na dele, usando sua outra para impedir a camisa de expor
o fato que não vestia nada debaixo enquanto a puxava para ficar em pé. Seu ferimento
cicatrizando puxou um pouco interiormente, mas duvidou que qualquer dano real tivesse
sido feito. Suas pernas estavam um pouco trêmulas, mas seguraram seu peso. Tiger a
largou.
Darkness ignorou Tiger, endereçando aos Novas Espécies segurando Flirt no ar ao
invés disso. — Coloque-o no chão.
Ambos os machos colocaram seu fardo no tapete e recuaram. Jeanie notou que
ninguém fez contato visual com Darkness e de fato, não pareceu ser confortável ficar
perto dele. Flirt ficou em pé e colocou uma mão em seu nariz para comprimir a
hemorragia.
— Vá para o Centro Médico, — Darkness ordenou.
Flirt não se moveu. — Eu irei embora se puder levá-la comigo.
— Ela fica aqui. — True soou irritado.
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— Ela não é sua, — Flirt retrucou. Ele começou a circular ao redor de Darkness
para alcançar True.
Darkness fez aquele estrondo tão perturbador e baixo.
Flirt parou, voltando para onde originalmente estava e soltou seu nariz para
enxugar o sangue cobrindo sua mão no lado de sua calça. — Ele não tem nenhum direito
sobre ela. Ela salvou minha vida, também, Darkness.
— Ela é minha para proteger. — A raiva de True pareceu ficar pior, julgando pelo
seu grunhido severo. — Ele não pode tê-la. Eu o matarei se ele tentar pegá-la.
Darkness lentamente girou, seu olhar assustador achou Jeanie. Uma sensação de
terror começou dentro do seu estômago e deu um passo para trás. O sujeito seriamente
era perturbador.
— Deixe-me ir, — True exigiu. — Jeanie? Venha para mim.
Ela teria feito isto se seus pés não parecessem colados ao chão enquanto
Darkness olhava fixamente para ela sem piscar. Seu coração bateu e sua boca ficou
seca. Não havia nada que quisesse mais do que correr para True e se esconder atrás
dele se isso significasse ficar segura, algo faltava naquele momento.
— Espécies não deviam matar um ao outro. — Darkness pausou. — Decida agora
antes de um deles morrer. Você pode ficar com True, ir com Flirt, ou retornarei você ao
Centro Médico onde os guardas serão atribuídos para vigiar você. Responda-me agora.
Nós perdemos o suficiente de nossas pessoas por causa de humanos e me recuso a
permitir que isso aconteça novamente.
— True, — conseguiu dizer.
No segundo em que ele se virou, ela conseguiu respirar normalmente novamente.
— Você ouviu a fêmea, — Darkness calmamente declarou. — Ela escolheu True.
Flirt, arraste seu traseiro para o Centro Médico e você está banido deste andar enquanto
ela estiver aqui. Não haverá mais lutas ou será contra mim. Eu odiaria matar outro de
nossos machos, mas farei isto. Fui claro? Nenhuma fêmea que escolhe outro macho vale
a pena perder sua vida.
Flirt se recusou a olhar para ela enquanto ele dava um forte aceno com a cabeça,
girou e marchou para fora do quarto. Jeanie o assistiu ir, cheia de tristeza. Eles uma vez
foram próximos, mas sentiu como se de alguma maneira o desapontou. Não fez nenhum
sentido que ele atacou True. Ele pensou que ela estava em perigo? Podia entender seu
desejo para protegê-la depois que fez a mesma coisa por ele em Drackwood.
Darkness cruzou o quarto e ambos os Novas Espécies largaram True e saíram do
caminho. — Documentos precisam ser enviados aqui?
True não respondeu.
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Darkness permaneceu quieto por pelo menos metade de um minuto. — Veja isso e
não esqueça que nós precisamos de respostas dessa fêmea. Você devia saber todos os
fatos antes de tomar uma decisão. Eu odiaria ver você machucado.
— Eu entendo, — True reconheceu.
— Bom. — Girou sua cabeça, estudando a parede danificada. — Por favor,
pergunte primeiro antes de remodelar sua casa. Eu notificarei alguém que você precisa de
alguns painéis de gesso para consertar isso a menos que você tire o outro lado para abrir
o espaço. Você poderia arranjar alguém para olhar isto primeiro. O dano poderia ser
estrutural.
— Isto não é divertido. — Tiger agitou sua cabeça. — Eu trarei um engenheiro para
vir dar uma olhada nisso. Enquanto isso, você devia se mudar para um dos apartamentos
vazios corredor abaixo. A porta da frente está quebrada então você não poderá fecha-la.
— Vamos, — Darkness ordenou. — Saia. O casal precisa de algum tempo sozinho
para conversar. — Dirigiu um olhar apontado em True. — Converse. Nós precisamos de
respostas. É possível que mais Espécies estejam lá fora sendo mantidos em cativeiro,
isso leva prioridade acima de suas necessidades físicas. O humano que ela reivindica ter
trabalhado sabia de dois locais. Não se esqueça disto.
— Eu não irei. — True circulou em volta do macho, caminhando para Jeanie e
permaneceu ao lado dela.
— Eu espero ter informações muito em breve, — Darkness insistiu enquanto saia.
* * *
True assistiu os machos deixarem sua casa e os ouviu tentar fechar a porta da
frente quebrada. Os xingamentos suaves implicaram que eles não tiveram muito sucesso.
Toda a raiva por Flirt tentar roubar Jeanie passou, deixando só lamentações. A
humilhação e a vergonha eram emoções que conhecia muito bem depois de sobreviver a
Mercile. Os funcionários saíam de seus caminhos para destruir qualquer sensação de
orgulho que um macho possuía, mas era muito pior ter Jeanie testemunhando um
daqueles momentos.
Precisava se desculpar. O silêncio no quarto era desconfortável, mas não estava
certo de como explicar por que mentiu. Seu erro o fez esconder seu quadril contra o lado
da cama. Uma vez que ele a fez gritar seu nome, queria ouvir novamente. Com o alivio
que não seria ele a ter que causar dor a ela por ser montada pela primeira vez, também
tinha sido uma realização preocupante que outros machos a tocaram. Ciúme não era uma
emoção agradável de experimentar, mas ele sentiu. Raiva, possessividade e
determinação o guiaram para se certificar que ele fosse o macho que a trouxera mais
prazer. Ele tardou monta-la até que era muito tarde.
— Você está bem? Você está sangrando. Você tem um kit de primeiros socorros?
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Levou muita força interna para girar e examinar seus olhos. Temeu que visse pena,
mas ao invés disso ela olhou para ele com preocupação. — Eu sinto muito. — Aquelas
três palavras foram difíceis de dizer.
— Pelo que? — Olhou para seus braços sangrentos. — Nós realmente precisamos
limpar e colocar um curativo nesses arranhões. Unhas são sujas e eles parecem bem
profundos. Seu kit está no banheiro ou você o mantém na cozinha?
Ele esticou a mão, incapaz de resistir toca-la. — Eu não devia ter mentido para
você, mas não quis admitir que perdi o controle. Faz muito tempo desde que tive uma
fêmea e doeu o suficiente para me esfregar contra o lado da cama em uma tentativa de
demorar até que você estivesse preparada para ser montada. A estimulação e minha
excitação foram muito grandes.
— Eu estou realmente lisonjeada. — Seus lábios curvaram para cima como uma
sugestão de um sorriso. — Ninguém nunca gozou enquanto fazia sexo oral em mim
antes. Isto é uma coisa maravilhosa para mim.
Queria acreditar que ela não estava só dizendo isso para ser amável. Jeanie tinha
um coração mole. — Não era uma mentira absoluta, entretanto. Minhas calças não
desceriam facilmente até que eu tivesse alguns minutos para me recuperar.
A cor subiu para suas bochechas, mas disse. — Por quê? O fato que você estava,
hum, molhado devia significar que a calça não estava tão apertada…
— Machos caninos tendem a inchar na base do seu pênis. Eu prendi enquanto
enfiava na minha coxa, deixando a calça muito apertada, e… — Era difícil de explicar
para um humano, especialmente ela. — Teria sido doloroso se eu a forçasse sair até o
inchaço diminuir a não ser que rasguasse o tecido. Você estando longe da vista teria me
ajudado a suavizar.
Ela recebeu aquelas informações bem, sem fazer mais perguntas estranhas.
— Nós precisamos tratar seus ferimentos. Onde está o kit de primeiros socorros?
— Na cozinha debaixo da pia.
— Eu pegarei.
Odiou deixa-la ir. — Eu vou tomar banho primeiro. Preciso… — Recusou dizer a
ela que sua semente derramou pela sua coxa como também manchou a frente de sua
calça. — Ficar limpo. Lavará o sangue e me ajudará a curar mais rápido.
— Você quer que eu espere ou devia entrar lá enquanto você está no banho?
Seu pênis começou a endurecer só de pensar nela compartilhando o pequeno box
com ele. — Você é bem-vinda a tomar banho comigo.
Sua boca separou. — Oh. Certo.
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Ele interiormente estremeceu. — Não foi isso que você quis dizer, não é?
— Eu adoraria tomar banho com você.
Procurou seus olhos, vendo sinceridade. — Vá pegar o kit e espere por mim no
quarto. Eu me apressarei.
Jeanie pareceu pronta para discutir, mas ao invés disso pareceu repensar quando
assentiu de acordo. Viu-a correr para fora do seu quarto. Olhou para baixo para frente de
suas calças e quis uivar em frustração. Virou e depressa entrou no banheiro para ligar a
água. A calça saiu e a jogou no canto. O jato de água não estava tão morno quanto
gostava, mas estava com pressa para lavar a evidência de seu controle falhado antes de
ela vê-lo nu.
Abaixou sua cabeça, fechou os olhos, e deu respirações profundas e calmas. Era
sua responsabilidade conseguir respostas de Jeanie, mas a queria mais do que queria
fazer seu dever. Falhou em compartilhar, com sucesso, seu primeiro sexo com ela e lutou
com outro macho na frente dela. Esse apenas não era o seu dia.
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