sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Capítulo 010



Capítulo Dez
Kat sorriu e olhou ao redor da sala principal na Segurança, as fileiras de monitores eram impressionantes. Era um sistema top de linha. Ela se sentiu honrada por ter um tour.
— O que você acha?
— É ótimo. – Ela apontou para uma parede. – Aqueles são todos os exteriores monitorado lá?
— Sim. – Jinx assentiu. – Eles cobrem todas as sessões do muro. A sua esquerda está o interior de Homeland nas áreas gerais. A direita são as áreas exteriores de Homeland, além dos portões.
Kat encarou a direita, os protestantes caminhando ao lado e carros se dirigindo para a estrada. Em outra tela estava á visão de uma rua quase deserta, o monitor abaixo mostrava um parque. Ela olhou para outra tela, percebendo que eles tinham a visão de tudo em um quarteirão das paredes.
— Vocês têm muitas pessoas que tentam quebrar os muros em vários pontos?
— Não com frequência. Temos oficiais nos muros e os humanos os veem, isso os intimida a maioria deles de tentar.
— E sobre o ar? – Kat já sabia a resposta, mas uma técnica de um laboratório de crimes não saberia.
— Temos um raio de uma milha de área proibida para voo ao redor das terras da ONE. Monitoramos de perto o tráfego aéreo, todos os pedidos precisam de aprovação prioritária.
— E se alguém entrar no espaço aéreo?
— Temo os meios para derrubá-lo.
Kat pensou nisso, uma pergunta se formando.
— Não posso discutir isso, entretanto. – Jinx murmurou. - Desculpe, algumas precauções são confidenciais.
— Sem problemas. – Kat deixou isso passar. Ela sabia que os militares tinham trabalhado com a ONE e que a força-tarefa deles protegiam as terras. Sua atenção se desviou para a esquerda e ela assistiu os monitores cobrindo os portões da frente. Pelo
menos trinta pessoas estavam trabalhando para reparar o estrago, repavimentando o chão e colocando novos portões. Uma cabeça vermelha pegou a atenção dela, havia algo sobre ele que parecia familiar.
— Pode dar zoom com essas câmeras? Elas se movem?
— Claro.
Kat caminhou para frente, esperando que isso não parecesse suspeito.
— Pode me mostrar? Tipo dê zoom nesse cara aqui? – Ela apontou para o trabalhador da construção derramando concreto puro em cima da área atingida quando a van explodiu.
— Faça isso. –Jinx pediu.
A imagem foi enviada para um monitor mais largo na frente da sala e o operador do sistema de segurança colocou o homem em um foco afiado para uma inspeção de perto. O rosto do trabalhador da construção encheu a tela e ele olhou ao redor, erguendo o queixo apenas o suficiente para que Kat desse uma boa olhada nele. Sua raiva chiou.
— Mostre a ela a mobilidade das câmeras. – Jinx pediu para a mulher nos controles.
O ângulo da câmera se moveu, passando pelos outros trabalhadores. O homem atrás da roda do caminhão de concreto entrou no campo de visão e Kat travou os dentes. Ela estudou cada rosto no monitor.
— Muito legal. – Kat tentou deixar a voz soar despreocupada.
— Você gostaria de ua tour por nossas salas de interrogatório?
— Já estive em uma delas, vou passar.
— Desculpe, tinha esquecido disso. – Jinx piscou.
— Falando nisso, tem algum jeito de falar com Darkness? Tenho uma pergunta para ele e quero ter certeza que ele não está mais irritado com nós dois.
— Pergunte-me. – Jinx se aproximou.
— Isso pode esperar. – Kat forçou um sorriso. – Estou pronta para ir agora. Muito obrigado pelo tour.
— Você tem alguma sugestão?
— Terei alguma quando pensar um pouco sobre as coisas, vamos discutir isso amanhã. Tudo bem? – Ela queria sair dali antes que perdesse a paciência. Estava pegando fogo desde aquele segundo e teve que esconder isso.
— Vou te levar para sua escolta, que vai te levar de volta para seu chalé.
— Obrigado.
Jinx a deixou sair da Segurança e Kat ficou feliz por ver Sunshine esperando atrás da roda do Jeep. Ela acenou para Jinx, agradecendo-o novamente, e subiu no banco do passageiro. A mulher sorriu para ela.
— Alcançamos suas expectativas?
— O quê?
— Nossos procedimentos de segurança.
— Eles são ótimos.
— Vou te levar para casa a menos que aja outro lugar que você gostaria de ver. Estou de serviço por mais algumas horas, mas eles me disseram para te legar a qualquer lugar que queira.
— Você tem o número de Darkness? – Kat hesitou. – Realmente preciso perguntar algo a ele.
— Claro. – A mulher alcançou dentro do bolso da camisa e tirou o celular. Ela tocou na tela por pouco tempo e o ergueu.
Kat segurou e deslizou do assento.
— Dê-me um minuto.
O coração dela começou a pular enquanto ouvia o telefone tocar pela segunda vez. Era estúpido e Kat sabia que deveria manter a boca fechada, estava colocando a própria bunda na reta se realmente falasse para ele. A voz profunda de Darkness atendeu.
— Darkness. O que você precisa Sunshine?
— É Kat.
— Por que você tem o telefone de uma fêmea? – Ele não parecia feliz.
— Eu o peguei com a permissão dela. Sunshine está a cinco metros, olhando para mim.
— O que você precisa?
Kat hesitou.
— Kat? Há algo errado?
Apenas diga não e desligue. Você não pode fazer isso. Apenas mantenha a droga da sua boca fechada.
— Kat? – A voz de Darkness se aprofundou. – O que é?
Foda-se.
— Há algum jeito de você se aproximar dos portões da frente?
— Estou realmente perto dele agora, vim aqui no meu turno.
Kat fechou os olhos, a sensação doentia no estômago piorou. Tinha que decidir e isso era difícil o suficiente.
— Kat? – Darkness suavizou o tom de um jeito que a lembrou da noite passada. – O que é? Você está bem?
Merda!
— Como você espera que eu confie em você se você não confia em mim? – Kat abriu os olhos e se focou.
— Quer discutir isso agora? Eu disse que ia ver você mais tarde. – A irritação soava no tom de Darkness.
— Estou confiando em você, porque isso pode me colocar em sérios apuros, está entendendo?
Darkness ficou em silêncio por longos segundos.
— O que é?
— Está vendo o homem ruivo queimando e suavizando o concreto? Olhe para o condutor do caminhão que está trabalhando próximo? Também a mulher com cabelo preto que está ajudando a instalar o novo portão, no lado direito olhando a rua? Olhe para eles bem de perto, okay?
— Por quê? – Ele rosnou.
Kat mordeu o lábio e então decidiu que já havia cruzado uma linha.
— Nós trabalhamos para o mesmo idiota. Estou colocando minha bunda na reta, é tudo o que posso dizer.
— Eles são um perigo para a ONE?
— Eu não sei o porquê deles estarem aqui, essa é a verdade. Pode haver mais deles, mas esses são os que reconheço. Eles talvez vieram para olhar dentro dos seus portões para ver quanto dano foi feito. Eu apenas não sei.
— Como você sabe que eles estão aqui em primeiro lugar se não sabe o porquê vieram? – Ele soava zangado.
— Eu fiz um tour na Segurança. Eu os vi pelos monitores. Apenas... os vigie, certo?
— Vamos falar mais sobre isso mais tarde.
— Imaginei que sim.
— Você estará com problemas se eles suspeitarem que você os apontou?
— Em um dos grandes. – O estômago de Kat rolou, apenas considerando a reação de Mason.
— Vou lidar com isso. Ainda está na Segurança?
— Do lado de fora. Sunshine vai me levar de volta para o chalé.
— Vá e fique lá, te vejo em breve. – Ele desconectou.
Soou mais como uma ameaça. Kat girou silenciosamente e retornou para o Jeep, ela entregou o telefone e subiu no banco do passageiro.
— Obrigado.
— Está tudo bem? Você parece um pouco pálida.
— Estou bem, apenas cansada.
— Vou te levar para casa.
— Obrigado.
Kat não tinha certeza se deveria lamentar ou não o que tinha feito. Porque Robert Mason mandaria outros agentes para ONE, disfarçados? O acesso deles seria limitado à área onde eles estavam fingindo ser trabalhadores na construção. Eles planejavam entrar para procurar por Jerry Boris? Kat realmente precisava descobrir qual era a conexão dele com seu chefe. Por que o cara era tão importante que Mason arriscaria enviar um grupo de agentes? Isso a incomodava.
— Você está bem? Realmente não parece muito bem. – Sunshine parou em frente ao chalé.
— Acho que uma dor de cabeça está começando. – Não estava longe da verdade, seu chefe era um dor. – Obrigado por ter me trazido.
— A qualquer hora. Te vejo amanhã na aula.
— Estou ansiosa por isso. – Kat forçou um sorriso.
Ela correu para dentro da casa e se pressionou contra a porta fechada, não se incomodou em fechá-la. Darkness iria vir e tinha a sensação que seria logo. Ele iria querer respostas que ela realmente não poderia dar. Já tinha dito muito.
— Droga! Eu deveria ter mantido minha boca fechada.
Eles realmente tinham Jerry Boris? Se sim, ela acreditava que era por uma boa razão. Por quê? Seria muito mais simples apenas perguntar a Darkness, mas isso também significaria deixar todas as cartas dela na mesa.
— O que eu faço? – A casa silenciosa não respondeu a ela. Kat se afastou da porta e caminhou para o quarto principal, ela trocou de roupa para uma confortável e enorme camisa que parecia como uma camisola. Sua cabeça estava zumbindo com tantas perguntas sem resposta. Que dilema. As ordens de Mason vinham contra as regras de todos os jeitos.
— Ainda é meu dever. – Ela murmurou. – Mas não conta quando seu chefe está fora da linha?
Kat entrou na cozinha e abriu a geladeira, que estava estocada com refrigerantes, leite, suco e até mesmo vinho. Ela não bebia álcool com frequência, mas era tentador agarrar a garrafa. Acabou escolhendo um refrigerante, a última coisa que precisava era ficar uma bêbada falante. Era antiprofissional beber no trabalho, mas ela tinha jogado fora as regras quando tinha feito sexo com Darkness.
A porta da frente bateu aberta quando Darkness entrou. Ela bateu fechada atrás dele com força suficiente para sacudir a casa. Kat assistiu Darkness da divisão entre a sala e a cozinha. Ele estava de uniforme, mas tinha deixado o capacete em algum lugar. A única pele que estava à mostra era do pescoço, a expressão poderia ter congelado como gelo.
— O que diabos está acontecendo?
— Eu não sei. – Kat se encolheu com as palavras rosnadas de Darkness.
Ele rodeou o canto e parou a poucos passos, olhou para as pernas nuas de Kat e ergueu o olhar escuro. Rosnou novamente.
— Está pensando em me distrair mostrando a pele?
— Não, eu queria retirar meu sutiã e ficar confortável.
— Para quem você trabalha? Eu quero um nome.
Kat se virou para olhar Darkness e deu um passo atrás contra o balcão para dar um gole no refrigerante. Ela cuspiu-o a poucos passos a frente.
— Estamos vestidos.
— O que isso significa?
— Lembra das suas regras? Eu lembro. Eu trabalho para o laboratório de crimes de Bakersfield.
Darkness se lançou para frente e Kat ficou tensa, fechando os olhos. Ele não a tocou. Ela bravamente o olhou e Darkness parou alguns passos á frente, olhando para baixo, para ela. Kat relaxou. Eles olharam um ao outro por bons minutos.
— Por que me avisou sobre aqueles humanos se não ia me contar mais?
— Eu não sei. – Kat olhou para o ponto branco na roupa dele. – Eu não pensei sobre isso, no entanto arrisquei muito. Eu não ganho nenhum ponto? – Kat ergueu o olhar, estudando os olhos bonitos de Darkness. Ele continuava furioso. – Vou assumir que você os tem sob vigilância desde que está aqui?
— Sim.
— Você disse a alguém o porquê?
— Eu apenas disse que eles estavam agindo de modo suspeito e que tinha um mau pressentimento. – Darkness balançou a cabeça. – Dobramos nossos times lá fora para manter um olho nos trabalhadores. Eles não serão capazes de fazer nada sem ser notado. A presença maciça dos oficiais deveria dissuadi-los de tentar qualquer atividade que possam ter planejado.
— Obrigado por manter meu nome longe disso. – Isso fez Kat se sentir um pouco melhor.
Darkness pegou a bochecha dela, a sensação do couro contra a pele dela era estranha, mas sexy.
— O que pode me dizer, Kat?
— Não muito.
— Sabe por que eles vieram aqui?
— Não estive em contato com ninguém desde que cheguei em Homeland. Eu fiquei surpresa, vendo-os aqui.
— Eles planejam nos machucar?
— Realmente não sei o porquê deles estarem aqui. – A frustração se ergueu. – Eu odeio essa dança, você não?
— Então pare, apenas fale comigo.
— Eu já arrisquei muito quando te contei. Eu não deveria ter dito.
— Então por que disse?
— Eu não acho que eles deveriam estar aqui. – Kat escolheu as palavras cuidadosamente.
— Acha que você deveria estar aqui?
— Não.
— Então porque ficou? – Darkness se afastou, deixando as mãos caírem ao lado do corpo, não mais tocando Kat.
— Eu deveria ficar.
— Você sempre segue ordens?
— Não ao pé da letra, nesse caso. Vim para dar aulas, isso é tudo.
— Você deveria fazer algo mais?
Kat mordeu o lábio, olhando para Darkness.
— Sim ou não?
Kat não disse nada.
— Droga! – Ele agarrou os quadris dela, seu aperto gentil, e a colocou longe do balcão. – Pra mim chega.
Kat arfou quando Darkness a ergueu e os ombros dele bateram no quadril dela. Ele a ergueu e carregou nos ombros para o quarto principal. Kat não gritou ou protestou até que ele a jogou na cama.
— O que está fazendo?
— Tira a roupa. – Darkness caminhou até a estante e retirou o colete, colocando-o em um das prateleiras. Ele se abaixou, arrancando as botas.
— Você quer sexo agora? – Kat se sentou, atônita.
— Regras. – Darkness assobiou. – Sem roupas, sem mentiras. Retira a camisa antes que eu o faça.
— Eu não posso te dizer o que você quer saber.
— Tira a roupa. – Darkness rosnou.
Kat ficou de joelhos e puxou a camisa pela cabeça, então desceu a calcinha e jogou-a no chão. Darkness se despiu da calça, cueca a camisa. Ele respirou pesadamente quando parou nu na frente de Kat, ainda parecendo furioso. Ele tirou as luvas por último.
— Deite e agarre a cabeceira.
— Não. – Kat se sentou sob as pernas, olhando para ele. – Não posso dizer a você o que quer, você me ouviu? Eu não tenho ideia de porque eles foram enviados. Tudo o que posso pensar é que eles talvez queriam ver os danos em primeira mão.
— Eles causaram isso? Aquela van foi enviada para isso?
— NÃO! – Seu próprio temperamento chamejou novamente. – Já disse a você que não tive nenhuma associação com aqueles idiotas. Eu não estava em algum plano para ganhar a confiança de vocês. Também não sou uma assassina. Não foi disso que você me chamou? Totalmente não é verdade.
— Olhe pra mim. – Ele chegou mais perto.
Kat o estudo dos pés a cabeça, Darkness estava semiereto e era bom de ver quando ele estava nu e respirando pesadamente, mesmo que fosse por estar perdendo a paciência. Kat podia ler as emoções pela linha tensa do corpo dele e pelo jeito que os lábios se curvaram apenas o suficiente para ver as presas.
— Eu pareço querer participar dos seus joguinhos?
— Não estou jogando. Eu fiz a ligação, não fiz? Arrisquei minha bunda fazendo isso. Posso ter me colocado em uma merda profunda, mas ainda fiz.
— Por quê?
— Porque sou estúpida, obviamente. Veja aonde isso me levou. Você está pronto para se lançar em mim.
— Então me diga algo.
Kat expirou e inspirou.
— É possível que eles talvez estejam procurando por alguém.
— Ela não está aqui.
— Ela? – Aquilo fez com que Kat pestanejasse.
— A fêmea que eles procuram.
Por que ele acha que eles estão atrás de uma mulher?
— Seria um homem,
— Um homem? Espécie? – Darkness parecia surpreso.
— Você pode manter isso entre nós? – Kat hesitou.
— Não.
— Você não vai contar a ninguém que estamos nisso, mas você tem problemas mantendo esse segredo?
— Não faça jogos mentais, droga. Eles estão atrás de um Espécie?
— Não.
Darkness olhou para ela com suspeita.
— Nua, lembra? – Kat correu a mão pelo corpo. – Eu prometi nunca mentir para você quando estivesse desse jeito. Não é um Espécie quem eles estão procurando.
— Um membro da força-tarefa?
— Acho que não. – Kat sacudiu a cabeça.
— Você acha?
— Eu não sei muito sobre esse cara, okay?
— Dê-me um nome.
A linha estava lá, Kat podia vê-la mentalmente entre seu trabalho e Darkness.
— Eu não posso. Isso é perguntar demais.
— Dê-me um nome. – Darkness colocou um joelho na cama e olhou para Kat.
— Não posso. – Ela se sentia mais frustrada do que assustada. – Estou apostando e já disse muito, Darkness. Me dê um tempo, okay?
As mãos de Darkness serpenteou e agarrou o ombro de Kat, ele a empurrou e ela caiu de costas. Kat arfou, mas então Darkness agarrou suas pernas, puxando-a na horizontal. Ele ficou em cima dela, prendendo-a sob seu peso. Eles estavam nariz com nariz.
— Dê-me um nome.
— Não posso.
— Você sabe dele?
Kat assentiu.
— Então me diga.
— Não posso.
Darkness rosnou, mostrando as presas afiadas.
— Vá em frente e me morda. – Kat não lutou com ele. Darkness era muito forte e ela sabia que isso seria um alvo. – Continuo não podendo fazer isso sem perder meu emprego e ter isso em uma tempestade de problemas. Inferno, eu já estou nele se aquela ligação vier à tona.
— Por que você iria assumir esse risco? – Um pouco da raiva dele desapareceu. – Apenas me diga, Kat.
— Não concordo com algumas coisas, certo? Eu me sinto protetora da ONE.
— Você supostamente está aqui para procurar esse macho?
— Eu apenas planejava dar algumas aulas, isso é tudo. – Kat deveria saber que aquela pergunta estava chegando.
— Mas te pediram para fazer mais?
— Não que eu fosse fazer. – Kat mal assentiu.
— Um humano? Apenas olhe em meus olhos.
Kat olhou dentro dos olhos escuros e deu de ombros.
— Eu não sei por que ele estaria aqui, mas tenho a impressão de que ele não ficaria aqui se tivesse escolha. É tudo o que posso dizer.
— Um prisioneiro? – Ele estudou os olhos dela. – Um prisioneiro. Seus olhos brilharam e você puxou uma respiração afiada.
— Essa é minha suposição. – Kat fechou os olhos. – Não é como se a ONE deixasse que alguém mais soubesse o que está acontecendo ou por que eles manteriam alguém aqui. É isso, não posso dizer mais nada.
— Não se tranque para mim. – Darkness desceu e correu o nariz ao longo da garganta de Kat, rosnando suavemente.
— Não me empurre muito em um caminho sem volta. Eu te fiz um sólido hoje, Darkness. Não pode ser o suficiente?
— Não. – Os lábios dele correram pela orelha dela.
Kat se mexeu embaixo de Darkness e abriu as mãos no peito dele, a pele firme e quente era maravilhosa. Ela amava o corpo dele e todas as memórias vieram com a última vez que ele a tivera nua debaixo dele.
— Maldito seja, Darkness.
— O mesmo para você, minha pequena gata fingida.
— Você é tão babaca. – Kat sorriu.
Darkness ajustou as pernas e deixou as dela abertas, pressionando o comprimento sólido e duro do pênis contra uma perna dela.
— E sobre isso?
— Eu corri um risco hoje. Você não pode me agradecer pela indicação? Foi até mesmo depois que você me deixou com raiva na sala de escalada. Como se eu fosse para cama com o Jinx. Eu poderia te socar por isso. Apenas aconteceu de eu gostar de você por uma razão que desconheço nesse momento.
— Olhe para mim.
— Por quê? – Kat se recusava a abrir os olhos. – Então você pode me acertar com mais perguntas e adivinhar as respostas porque minha guarda esta baixa quando você está tão perto assim? Isso não é justo.
— Nunca disse que eu seria.
— Nunca disse que eu seria fácil.
— Olhe para mim, Kat. – Darkness gargalhou.
Kat abriu os olhos quando Darkness ergueu a cabeça para longe do rosto dela, apostando que deveria se arrepender. Toda a raiva tinha sumido do rosto dele enquanto realmente sorria.
— Obrigado.
— De nada. – Aquilo a surpreendeu.
— Em quanto problema você realmente estaria se alguém descobrisse sobre a ligação?
— Um gigantesco. – Aquilo matou o momento.
— Por que você assumiu o risco então?
— Você queria a verdade, eu a dei a você. Espero que isso funcione dos dois lados.
— O que você pode me dizer? – Darkness olhou profundamente dentro dos olhos de Kat. – Isso vai ficar aqui.
— Você não vai repetir a ninguém?
— Não.
Kat hesitou. Queria tanto confiar em Darkness que seu peito doeu de vontade, mas sua carreira estava em jogo.
— Teoricamente, há alguém aqui que meu chefe quer muito. Isso é pessoal para ele.
— Por quê?
— Eu não sei. Está me deixando louca. Como ele conhece essa pessoa e por que iria se dar a todo esse trabalho para, hum... pedir a alguém para ajuda-lo a fugir?
— Você está aqui para ajudar alguém a escapar? – A expressão de Darkness endureceu.
— Eu planejo apenas dar aulas. Quantas vezes tenho que dizer isso?
— Pisque duas vezes se te pediram para fazer isso, no entanto.
Kat hesitou e então piscou duas vezes.
Darkness girou e rolou de cima dela para deitar de lado próximo a ela. kat virou de lado para vê-lo. Darkness olhou para o teto e as mãos dele se ajeitaram sob a cabeça, aquilo matara o humor. Ele não parecia mais interessado em sexo.
— Você tem que me dar o nome.
— Eu tampouco posso cruzar a linha. Meu futuro vai mudar completamente se eu o fizer, você não entende? Não há como você ligar esse cara ao meu chefe, por outro lado.
— Isso é importante. – Darkness virou a cabeça.
— Eles não podem chegar a quem quer que seja, se ele está aqui. Eu não sei disso com certeza, nem meu chefe. Ele suspeita.
Darkness se sentou e deixou á cama, Kat o assistiu com o coração pesado. Ele estava com raiva novamente e ela sabia que seja lá qual relacionamento eles tinham iria provavelmente terminar no momento em que ele saísse pela porta. Ele talvez a jogasse para fora de Homeland. Kat tinha arriscado a carreira dizendo a ele sobre aqueles agentes. Ele iria pendurá-la para secar com a ONE. Eles teriam aberto uma investigação completa e eventualmente isso chegaria a Mason, seu chefe iria saber onde colocar a culpa.
— Eu sinto muito. – Darkness se abaixou para pegar a calça.
— Eu também. – Era como ela suspeitava, ele estava colocando isso exatamente entre eles.
— Apenas me diga o nome do macho, Kat. Não me faça fazer isso. – Ele se aproximou, algemas de plástico nas mãos. Darkness olhou delas para Kat.
— Fazer o quê? Você vai me prender? – Darkness não estava se vestindo.
— Pior. – Ele se abaixou e pegou o tornozelo de Kat, puxando-a pela cama.
— O que você está fazendo?
Darkness a virou e Kat lutou, muito tarde, no entanto. Ele era mais rápido e mais forte, prendendo-a com o joelho na bunda dela. Kat arfou enquanto Darkness a pressionava contra a cama, segurando os pulsos dela atrás das costas. Em segundos ela estava algemada, Kat virou de lado, olhando para ele.
— Darkness? Você está me prendendo?
Ele colocou a calça.
— Pelo menos deixa eu me vestir. – Kat lutou para se sentar direito.
Darkness balançou a cabeça.
— Vai me levar nua? É melhor isso ser uma ameaça.
Darkness fechou as calças e então se aproximou, batendo o lado de Kat no dele. Ele pegou o canto do cobertor e passou ao redor dela.
— Deixa eu me vestir primeiro, isso é acima de fodido, Darkness.
Darkness a ergueu e Kat estava sobre os ombros dele novamente, o cobertor caiu no rosto, cegando-a.
— Maldito seja! - Kat estava furiosa. – Tá pensando que vou correr? Dá um tempo. Já vi seus procedimentos de segurança. Eu nunca escaparia de Homeland a menos que alguém me permitisse sair pelo portão. Me bota no chão e deixa eu me vestir.
— Cala a boca, Kat. Não estou te levando a uma cela.
— Então onde estamos indo?
— Minha casa.
— Por quê? – Aquilo não parecia bom, mas era melhor que ser presa.
— Tenho minhas ferramentas lá.
— O que isso significa? – Um arrepio correu pela espinha de Kat.
— Você vai conversar comigo, de um jeito ou de outro.
Darkness parou e a porta deslizante se abriu, os pés descalços de Kat sentiram a brisa apesar dela não poder ver nada.
— Não faça isso.
— Você não me deixa escolha.
— Me leve de volta.
— Não. – Os braços fortes dele detrás das pernas dela a mantiveram no lugar quando Darkness caminhou na pequena divisória entre as casas deles. Segundos depois ele entrou na casa e fechou a porta.

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