domingo, 2 de novembro de 2014

Capítulo 01

Capítulo Um 
O presente 
ONE Homeland
— O que está acontecendo? — Joy olhou para o Nova Espécie que a levava pelo edifício e continuou. — eu recebi um telefonema que havia algum tipo de emergência com alguém que aconselhei no passado. Disseram para que eu viesse e que era urgente.
Um rosnado veio do corredor abaixo e a fez saltar. Sua escolta se arremessou para longe, abandonando-a para correr para um quarto. Ela se apressou adiante apesar do som apavorante. Pausou na entrada do quarto para olhar em horror absoluto para a cena que acontecia.
— Segure-o! — O Novo macho Espécie que a escoltou gritou a ordem e mais dois machos Espécies lançaram seus corpos pesados em cima do sujeito contido na cama de hospital. Um uivo ensurdecedor rasgou o quarto e um braço se libertou das restrições. O Espécie agarrou o corpo acima de seu peito, agarrou o material da camisa do outro homem, e tentou jogar de lado o que tentava segurá-lo.
— Ele ainda está fora de controle! — O pálido humano agitado gritou. — Paul? Onde está esse tranquilizante?
Alguém chegou por detrás de Joy, quase a fazendo colidir com o batente da porta enquanto corria para o caos. Sua identificação o identificou como um enfermeiro.
— Estou aqui, Doutor! — O enfermeiro desencapou a seringa em sua mão enquanto todo o inferno desabava.
O cara sendo contido soltou outro uivo feroz e libertou seu outro pulso das amarras espessas que o mantinham deitado. Livrou-se dos dois corpos, sentou, e esmurrou o terceiro Espécie no rosto, o enviando para o chão.
O Espécie enfurecido saiu das restrições, o som mal audível pela agitação dos homens lutando para se levantar. Joy olhou em choque para seu antigo cliente — 466. Suas características eram assustadoramente familiares enquanto jogava seu cabelo longo para trás, apesar do fato que não o via por dois anos.
Deslizou para fora da cama depois de soltar as pernas, rosnou para o médico, e enviou o homem correndo para trás até que ele se amontoou em um canto. Preocupação veio um segundo depois do medo de Joy. Ver 466 daquele jeito trouxe lágrimas para seus olhos. Que diabos aconteceu com ele? Não tinha nenhuma resposta, mas as queria.
Estava claro que o Espécie aflito planejava atacar o doutor. Um dos outros Nova Espécie se lançou sobre as costas de 466, mas apenas acabou sendo atirado no chão. Joy 14

teve de se conter de entrar no quarto para ir para seu antigo cliente, querendo acalma-lo. O bom senso a segurou. Preservação também.
— Moon! — O que ele esmurrou no rosto gritou. — Olhe para mim. Você quer um pedaço de alguém? Venha para mim, droga.
466 girou e rosnou exibindo presas afiadas enquanto a ira trançava seu rosto normalmente bonito em algo apavorante. Parecia com alguém fora de controle e cheio de tanto ódio que queria matar. Abaixou em posição de luta.
O médico deslizou ao longo da parede para fugir dele e se apressou em direção à entrada. Moon permitiu que ele fosse, no intento de atacar seu oponente Espécie. O enfermeiro voltou para Joy e soltou a seringa no chão em sua pressa para escapar do perigo. Ele girou a cabeça em direção a ela, seus olhos apavorados.
— Vá. — o homem silvou. — Ele vai matar qualquer humano com quem entrar em contato se passar por eles. Ele está doido.
Ela abraçou a parede enquanto ambos, o pessoal dos humanos da equipe médica, fugiam. Não iria embora. De jeito nenhum. 466 — Moon — poderia precisar dela. Sua mente atordoada aceitou o nome que ele obviamente escolheu.
— Moon. — o macho Espécie rosnou. — Se acalme. Nós somos seus irmãos e amigos. Pense e lembre-se de nós.
Um uivo horrível rasgou da boca de Moon antes dele atacar. Primeiro bateu no ombro do outro homem com força suficiente para jogar seu oponente em uma parede. O gesso cedeu. Outro Espécie tentou agarrá-lo, mas Moon pegou seu braço, os dentes violentamente rasgando a pele. O macho mordido sangrava fortemente enquanto se afastava de Moon tropeçando para a porta segurando o antebraço. Joy saltou para fora do seu caminho enquanto passava cambaleando.
— Corra. — severamente exigiu. — O cheiro de sangue o deixará pior.
O macho que foi empurrado contra a parede com força suficiente para ter seus cotovelos presos dentro do gesso se libertou e se jogou em Moon novamente enquanto o outro guarda Nova Espécie se levantou do chão. Era horrorizante ver Moon lutando com eles enquanto seu grande corpo bloqueou o duplo ataque esmurrando com um punho enquanto girava para chutar o segundo Espécie. Ambos os machos grunhiram de dor enquanto eram jogados.
Joy teve uma suspeita horrível que Moon estava sob a influência do que alguns dos seus clientes chamaram de droga de procriação. As indústrias Mercile criaram uma mistura experimental que deixava os machos com um desejo quase violento de fazer sexo. A companhia a usou para forçá-los a fazer sexo em uma tentativa de engravidar as fêmeas Espécies. Enquanto sob a influência da droga, os machos Espécies podiam ficar perigosos para qualquer um que entrasse em seu caminho.
Os homens que tentaram subjugar Moon estavam feridos. Joy percebeu que poderiam seriamente machucá-lo a fim de contê-lo. As lembranças das coisas que aprendeu durante suas sessões vieram à tona.
As últimas semanas no Setor Quatro relampejaram em sua mente. O macho que conheceu tão bem não machucaria uma fêmea a menos que ele a julgasse perigosa. Eles passaram toda tarde juntos, às vezes expandiam a hora que exigia que ele estivesse lá. 15

Ele relaxou o suficiente para conversar com ela depois de alguns dias. A tensão sexual entre eles crescia com cada dia que passava.
Vendo-o como estava agora, selvagem e lutando com outros machos, não era como fantasiou que seu reencontro seria se um dia cruzassem seus caminhos novamente. Ele a quis uma vez e esperou que isso não tivesse mudado. Ela tinha que parar com a violência. Sua preocupação principal era ele. Tirou imediatamente os sapatos. Tirou o grampo que mantinha o cabelo em um coque, o balançou para que caísse para trás. Segurou a frente da camisa enquanto caminhava para dentro do quarto. Nada mais podia distrair o macho que conheceu do que o brilho de sua pele.
Um rosto selvagem virou em seu caminho enquanto Moon cheirava ruidosamente, sua atenção fixa nela agora que ele estava ciente de sua presença. Seu coração acelerou de medo. Cada fibra dela queria fugir, mas não podia dar uma chance dos outros homens no quarto possivelmente tentarem matar Moon para parar sua agitação.
— Calma. — sussurrou. Suas mãos tremeram enquanto os dedos deslizavam entre as dobras do tecido e rasgou. Botões caíram sobre o chão enquanto ar batia na pele que revelou. Viu seu sutiã de renda preta, mas esse era o propósito. Seu olhar abaixou para o decote à medida que entrava no quarto, mantendo suas costas contra a parede.
— Saia! — Um dos outros Espécie rosnou. — Corra.
Só faria Moon entrar em modo de caça. O lado de predador estava muito perto da superfície para acreditar que qualquer outro resultado seria possível. Conhecia os Espécies e estava apostando sua vida nele no momento. Jogou a camisa destruída e abriu seus braços bem abertos em seus lados, mostrando a Moon suas palmas para provar que não tinha nenhuma arma.
— Eu assumo aqui. — declarou para o outro Espécie. — Recue. — Sua voz saiu trêmula no melhor, mas não rachou enquanto batalhou para manter seu medo sob controle, sabendo que seu plano podia dar tragicamente errado.
Focou em Moon enquanto deslizava ao longo da parede. Ele a olhava, parecendo esquecer todo mundo ao redor deles. Suas narinas alargaram enquanto cheirava novamente e avançou a perseguindo.
— Calma. — sussurrou. — Está tudo bem. Eu sou uma fêmea.
Um dos Espécies cambaleou entre eles, tentando evitar Moon de alcançá-la.
— Saia daqui. Ele matará você. Está louco e não conhece nenhum de nós.
Moon agarrou a camisa do macho, facilmente o jogando de lado, onde caiu sobre seu traseiro.
— Seus instintos estão sob controle. — Joy imaginou. Estudou os olhos escuros de Moon e não viu qualquer sinal de reconhecimento. Ele a assustava muito. Qualquer sensação de tranquilidade que sentiu desapareceu. Podia matá-la, mas era muito tarde para mudar seu curso de ação. — É menos provável que me mate que você.
Ele provavelmente vai quer me foder. Silenciosamente admitiu que não se importaria se ele fizesse isso. Cometeu um erro ao fugir dos seus sentimentos por ele quando deixou seu trabalho. Doeu profundamente, mas estava certa que era sua única opção. Foi um erro enorme escolher o emprego em vez dele, mas não havia jeito 16

nenhum deles ficarem juntos ainda que estivesse disposta a arriscar tudo. Pensou muito sobre Moon, quase ao ponto da obsessão. A terapeuta apaixonou-se pelo seu cliente. Era indesculpável e imperdoável, no entanto era verdade.
Moon avançou à medida que apertava suas costas na parede e girou sua cabeça de lado, esperando dor, mas não a machucou quando atingiu seu corpo. O macho sólido apertou firmemente contra ela e mãos fortes a agarraram. Alcançou a abertura de sua camisa para procurar pele. Seus dedos e palmas eram quentes, firmes, enquanto as deslizava mais para baixo para cavar dentro do cós de sua saia. O elástico cedeu e agarrou seus quadris.
Ela ofegou quando a ergueu, mas a manteve presa entre ele e a parede até que sua boca pairasse no lado de sua garganta. A respiração quente abanava sua pele à medida que ofegava. Estava apavorada pendurada lá, impotente, mas ele não a mordeu com suas presas afiadas. Sua língua molhada e áspera a surpreendeu quando lambeu a área sensível de sua garganta debaixo de sua orelha.
Está me saboreando. Matar ou sexo? É isso que está passando pela sua mente agora. Rezou que ele decidisse que ela era para mais tarde. Sua mente remexeu para lembrar se usou perfume esta manhã. Estava certa que não. Nada que ele pudesse cheirar devia ofendê-lo. A parte de baixo do seu corpo prendeu mais apertado contra ela e a sensação de algo duro cutucando contra o V de suas coxas a reassegurou. Ele estava excitado. O contorno duro de seu pênis não podia ser confundido com outra coisa.
Suas barrigas estavam pele com pele desde que ele só vestia calças. Ela inalou nitidamente quando sua boca abriu e fixou abaixo de sua jugular. Ele não a rasgou violentamente, mas ainda podia. Seus dentes pausaram lá enquanto sua vida estava em suas mãos. Abriu seus olhos para olhar fixamente para o Nova Espécie que estava avançando por detrás de Moon.
Ergueu uma mão para pará-los e pronunciou uma palavra.
— Tranquilizante. — Um deles assentiu nitidamente, girou, e correu para fora do quarto. A seringa no chão tinha sido esmagada durante a briga. Estava destampada e contaminada de qualquer maneira, deixando-a inútil. Como tentativa tocou os bíceps de Moon. Eram espessos e não deixavam nenhuma dúvida sobre sua força impressionante. Seus dedos surfaram pela sua pele morna, acariciando.
— Você se lembra de mim? — Deu uma respiração. — Não me machuque. Eu não sou nenhuma ameaça.
Ele mordeu, mas não rasgou a pele. Entretanto teve um aperto firme nela. O Espécie que permaneceu chegou mais perto em uma tentativa de atacar de surpresa. O corpo contra o seu endureceu. Um grunhido saiu dele, fazendo seu tórax vibrar. Sentiu uma ameaça.
— Ele rasgará minha garganta. Saia. Você acha que ele não está ciente de você? Estou bem. Recue! — Joy manteve contato visual com o guarda assim ele saberia que falou com ele.
O Espécie retrocedeu e os dentes de Moon imediatamente soltaram. Joy olhou fixamente para o macho que hesitou na porta e manteve a voz tranquila.
— Nós estamos bem. Apenas saia e consiga o que eu pedi. Chamarei se precisar de ajuda. — Gritar. Essa era a palavra que não usou, mas seria mais precisa se as coisas 17

ficassem ruins. — Vejamos se eu posso tranquiliza-lo enquanto você corre para conseguir o que é necessário.
Ele pareceu inseguro, mas recuou até que estava longe da vista. Joy lentamente virou a cabeça até que sua bochecha descansou contra a de Moon. Ele tinha pele lisa, pois o cabelo facial não crescia facilmente nos Espécies, se cresciam. Massageou os músculos dos seus braços.
— Eu senti sua falta. — Falou muito suavemente, esperando que ninguém exceto Moon pudesse ouvir suas palavras sinceras. — Sinto muito por ter te deixado. Eu estava com medo. — Ela não enrolou certa de que em seu humor atual, ele não ia querer ouvir suas racionalizações. — Por que fizeram isto com você?
Tantas perguntas sem respostas a atormentavam. O dano era permanente? Temporário? A pessoa que ele costumava ser estava preso em algum lugar dentro de sua mente?
Seus quadris aninharam mais apertados contra sua pélvis, deixando-a muito consciente do estado de seu pênis e o que estava em sua mente naquele momento. O aperto em seu pescoço aliviou enquanto seus dentes a largaram. Não poderia reconhecê-la em seu estado drogado, mas estava ciente dela como uma mulher. Deslizou as mãos para o alto dos seus ombros largos, mas ele não grunhiu ou protestou aparentemente feliz por cheirar e lamber sua pele novamente.
Seu cabelo era macio enquanto o tocava e atou seus dedos nos longos fios na base de sua cabeça, segurando-o perto. Esfregou sua bochecha contra a dele novamente, inspirando seu cheiro masculino que era tão familiar para ela, assegurando-a mais uma vez que chegou muito perto de seu antigo cliente. Seu corpo estava vivo e pior, conhecia os sintomas de sua própria excitação. Uma parte dela desejava envolver suas pernas ao redor da sua cintura e esperar que ele se aproveitasse da posição rasgando a roupa entre eles.
Apenas a ideia deles nus, ele a pegando, a fez amortecer um gemido. Sonhava com ele quase todas as noites e durante o dia também. Aquelas fantasias prepararam seu corpo para responder ao macho de carne e osso. Ele não tinha que beijá-la ou fazer qualquer coisa, a não ser abraçá-la para excita-la. Tudo o que bastava era ficar perto dele.
Ele inalou profundamente, inspirando mais do seu cheiro. Esperou que ele se lembrasse dela, que uma memória apareceria. Seus clientes disseram que isto era o que eles chamavam de “droga de procriação” e tirava sua habilidade de pensar, mas o fato dele não parecer reconhecê-la era perturbador.
Dúvida e insegurança nitidamente atingiram. Talvez ela não fosse tão importante para ele como a fez acreditar. Aqueles últimos dias que passou com ele dentro de seu escritório foram intensos. Ele ficou progressivamente inflexível em querê-la. Disse que estava obcecado em tocá-la e levá-la para sua cama. As coisas que disse que queria fazer com ela ainda a faziam se contorcer em frustração sexual. Queria que fizesse tudo o que imaginava. O fato de ser proibido só deixou mais difícil de resistir.
— Moon. — sussurrou. — Olhe para mim. Por favor? 18

Joy não estava certa se ele a ouviu ou concordou, mas lentamente moveu sua cabeça até que olharam um ao outro, nariz com nariz. Seus olhos eram tão notáveis quanto lembrava e examina-los fez com que pensar ficasse difícil.
— Oi. É Joy. — Lambeu os lábios. — Dra. Yards. Você se lembra de mim agora?
Nenhum reconhecimento ardeu em seu olhar, mas recuou mais e baixou o foco para sua boca. Rosnou para ela. Não era um som feroz, mais como um estrondo que vibrou no peito, ainda grudado contra o dela. O fato dele ter feito o que ela pediu significava que não estava perdido dela. Ele podia entender o que estava dizendo.
— Você vai ficar bem. Você está drogado. Entende? O ONE me ligou para te ajudar e eu estou aqui. — Suas mãos acariciaram a parte de trás do seu pescoço e tocou o seu cabelo. — Você consegue falar? Diga-me o que você precisa.
Rosnou novamente. Seus quadris apertaram mais contra ela até que seu cóccix cavou desconfortavelmente na parede impiedosa. Mexeu-se, dividindo suas pernas para aliviar a pressão e Moon se aproveitou disto imediatamente posicionamento o cume duro de seu pênis contra a abertura de sua vagina. Mordeu de volta outro gemido. A sensação de finalmente senti-lo lá era boa e queria mais.
Ele abaixou os olhos para olhar fixamente para seu decote e dobrou o queixo para conseguir uma visão melhor enquanto a cheirava novamente. Não ficou surpresa quando a ajustou um pouco mais alto para aninhar seu rosto entre seus seios. Quando sua língua a saboreou ela fechou os olhos. Sua barriga apertou e o desejo de embrulhar as pernas ao redor da sua cintura a atingiu novamente. Joy apenas resistiu.
O som suave de passos rápidos chamou sua atenção. Era um macho Nova Espécie e agarrou uma arma de dardo. Moon ouviu sua abordagem também e girou a cabeça. Ele reagiu rosnando ruidosamente, um som assustador e ameaçador.
O macho Espécie disparou imediatamente e Joy ficou tensa, sabendo que Moon foi baleado no músculo acima de sua omoplata desde que viu a etiqueta colorida no fim do dardo. O homem que a segurava respondeu lançando sua cabeça para trás e uivou enquanto a esmagava contra a parede.
Os dois deslizaram para o chão quando os joelhos de Moon cederam. Praticamente sentou em seu colo. Viu pura ira em suas características por um segundo antes de seus olhos rolaram para cima em sua cabeça. Ele afundou para trás, levando-a com ele já que suas mãos ainda a agarravam. O outro Espécie moveu-se rápido e conseguiu pegar as costas de Moon antes dele cair inconsciente.
Joy lutou para sair de Moon e ficou de joelhos ao lado dele, tirando o dardo de sua pele para prevenir de causar mais danos antes de ser empurrado mais fundo quando ele tocou o chão. Os Espécies franziram a testa para ela enquanto suavemente abaixou Moon inconsciente.
— O que diabos estava pensando para interferir? Você podia ter sido morta. Meus machos se apressaram para reportar o que você fez quando entrou no quarto e me disseram que Moon tinha você. Você é louca?
Joy lembrou-se de sua camisa escancarada e soltou o dardo para juntar as extremidades para esconder seu sutiã.
— Eu sou a Dra. Joyce Yards. Quem é você?
— Responda minhas perguntas. O que estava fazendo e você é louca? 19

Engoliu com dificuldade.
— Eu o vi lutando com outro Espécie e era óbvio que não estava sob controle. Alguém podia ter se machucado. Eu intervi para prevenir isto. Não. Eu não sou louca. Eu mesma tenho algumas perguntas. Por que ele está sob o efeito da droga da procriação? Quem deu isto a ele?
Dois dos Novas Espécies que tinham lutado com Moon retornaram ao quarto. Ambos estavam com aparências horrendas enquanto Joy ficava de pé e tentava recompor suas emoções desgastadas. Saiu do caminho quando os dois se aproximaram depois suavemente e ergueram seu amigo caído no chão. Eles o levaram entre eles até a cama e o colocaram de volta no colchão. Ela os viu reatar as amarras em seus braços, pernas, e tronco antes do outro Nova Espécie, obviamente no comando, entrar em seu caminho e bloquear sua visão.
Joy balançou um pouco em seus pés, o desejo de checar Moon era tão forte que agarrou a camisa mais apertado, lembrando que se entregaria demais se agisse por impulso.
— Dra. Yards? — Este Espécie era alto com uma juba de cabelo e bonitos olhos de gato, que pareciam bravos enquanto olhava para ela. — O que você pensou que estava fazendo?
— Eu sou uma especialista em Espécies. Estava tentando evitar que alguém fosse morto.
Seu olhar abaixou para sua camisa.
— Ele rasgou?
— Eu rasguei. Sabia que meus seios conseguiriam sua atenção. Percebo o quão não profissional isso soa, mas estava certa. E eu não estou aqui como sua terapeuta, ou como qualquer terapeuta oficial. — Seu queixo ergueu quando olhou de volta, ousando-o a questionar seus motivos. — Quem deu a ele drogas de procriação? Por que ele está drogado? Em que diabos eu me meti?
— Ele podia ter te matado.
Decidiu ser totalmente direta. Eles gostavam disto.
— Seus machos não machucariam uma fêmea, especialmente uma que não consideram uma ameaça. Ele estava mais propenso em tentar uma atividade sexual do que me matar. É também por isso que abri minha camisa. A visão de decote parece funcionar maravilhosamente. Sabe-se que isso pode mudar seus humores para completamente amigáveis. Não é segredo o quão excitados alguns Espécies podem ficar.
Ele pareceu surpreso com sua franqueza, mas de repente sorriu.
— Verdade. Vamos começar de novo. Obrigado por vir tão depressa. Você foi difícil de rastrear, mas como pode ver, nós temos um problema.
Relaxou o aperto firme em sua camisa.
— O que está acontecendo, senhor?
— Me chame de Tiger. — Ele estendeu a mão.
Ela a pegou, tendo certeza de manter sua camisa presa, sentindo que a situação inteira era um pouco surreal.
— Hã, o que aconteceu com Moon?
Hesitou. 20

— Você assinou a permissão?
Teve que pensar.
— Você quer dizer a cláusula de confidência que me entregaram enquanto eu estava sendo recebida no portão? Sim, eu assinei.
— Bom. Moon foi atacado três dias atrás e nossos médicos não conseguiram compreender o que fizeram com ele.
Esperou confusa. Ele permaneceu mudo.
— Como ele foi atacado? Por que me chamou? Eu sou uma psicóloga. Ele teve uma quebra mental causada pelo trauma que sofreu? O que exatamente aconteceu com ele?
— Não. Sim. Talvez. Ele foi baleado com o que nós acreditamos ser um rifle de dardos altamente poderoso enquanto patrulhava um dos nossos muros. Não conseguimos identificar a droga ainda, mas não é uma droga de procriação. Estamos trabalhando para descobrir o que era.
— Certo. — Esperou por mais detalhes.
— Ele acordou selvagem. Não parece reconhecer seus amigos. Quer matar qualquer um que entre em contato com ele. Nossos médicos esperavam que o que quer que ele recebeu dissipasse. Quando não dissipou, imaginamos que poderia ser psicológico. Você era a psiquiatra dele depois que foi libertado da Mercile e precisamos de você para avaliá-lo.
O coração apertou enquanto ignorava o título depreciativo que ele etiquetou em seu trabalho. Ficou acostumada a isso à medida que lidava com Espécies. Estava mais preocupada com a condição de 466. Foi doloroso que algo horrível acontecesse a ele.
— Soa mais como uma reação a droga do que um surto psicótico. Você precisa descobrir o que ele recebeu.
Irritação lampejou nas características de Tiger.
— Nós estamos cientes desse fato, mas essa não é uma droga conhecida. Estamos sendo alvos de alguns dos empregados da Mercile.
Isso a surpreendeu.
— Eu ouvi que eles estavam presos para sempre.
— Eles estão, mas não achamos todos os médicos ou empregados que nos encarceraram. Uma força tarefa especial os caça, mas leva tempo. Alguém com vínculos fortes com a Mercile recentemente enviou uma equipe de mercenários para recuperar uma de nossas fêmeas. Nós acreditamos que ele também contratou alguém que trabalhou para Mercile para fazer esta droga e infectar Moon com ela como uma distração. Esta droga não identificada o deixou homicida.
— Qualquer um associado a Mercile será processado pelo o que eles fizeram. É irracional acreditar que matar suas vítimas mudará isto. Estão presumindo que é por isso que eles criaram esta droga? Para ele matar outro Espécie? — Era sua melhor suposição.
Sua sobrancelha ergueu.
— Racionalidade não é sua característica mais forte, considerando o que fizeram conosco. Alguém criou uma droga não listada no banco de dados da FDA. Mercile é o único inimigo que nós temos com os recursos para fabricar uma droga almejada para 21

prejudicar Espécies e o ataque aconteceu ao mesmo tempo em que mercenários pagos por um associado da Mercile tentaram recapturar a fêmea.
Mordeu o lábio, mas o largou quando percebeu que mostrou seu nervosismo.
— Certo. Entretanto, não vejo por que você me chamou. Ele precisa de um químico ou cientista para compreender o que ele recebeu e reverter esta reação. Eu não sou qualificada para te dizer o que fizeram com ele em um nível de substância.
Tiger franziu a testa.
— Você foi próxima de Moon e estamos esperando que possa alcançá-lo. Seu estado mental foi afetado. Nós estamos trabalhando para compreender o que ele recebeu, mas está levando tempo demais.
O que ele quis dizer com o termo “próxima”? Alguém suspeitou que ela se apaixonou pelo paciente? Nada aconteceu entre eles. Teve certeza de manter sua ética legalmente intacta, mas falhou feio em um nível pessoal. Tornou-se muito apegada, desesperadamente queria ficar com Moon, mas conseguiu resistir ao que eles dois sabiam que era proibido.
— Eu não sou alguém com quem ele desejaria passar mais tempo se pudesse falar.
Isso ergueu as sobrancelhas do homem.
— Psiquiatras nunca eram nossas pessoas favoritas, mas ele falou afetuosamente de você.
Surpresa rasgou por ela.
— Ele falou?
— Sim. Me disse uma vez que você o fez falar de suas emoções e achou você destemida. Ele respeitava você.
Culpa a comeu. Não merecia o elogio considerando como cortou e fugiu depois de finalmente conseguir que ele se abrisse durante suas sessões. O tempo que compartilharam se tornou muito íntimo e a conversa constante sobre o que queria fazer com ela sexualmente a fez tomar banhos frios depois de quase toda sessão que passavam juntos. Ela fugiu quando chegou ao ponto em que ele começou a tocá-la. Ela o queria demais para resistir por muito tempo, seu trabalho e futuro seriam condenados.
— Eu não sei o que você espera que eu possa fazer.
— Converse com ele. Estamos o movendo para uma área especial que levou o dia todo para ser reformada de acordo com suas necessidades. Estávamos esperando que as drogas deixassem seu sistema, mas agora estamos mais cientes que teremos que mantê-lo prisioneiro até que seja curado. É muito perigoso já que continua quebrando as amarras. Não queremos usar correntes por muito tempo devido a esse fato, com sua força ele podia quebrar os membros quando lutar. Seria cruel.
— Isso poderia também lembrar-lhe de sua gaiola na Mercile se você o acorrentar e o manter imóvel.
Tiger assentiu severamente.
— Eu não negarei que estamos preocupados sobre isto. Não queremos lembranças de seu passado o atormentando ou que ele acredite que foi devolvido para lá.
— Só pioraria sua condição. — concordou. — Que arranjos você tem em mente? 22

— Nós decidimos coloca-lo em uma gaiola, sem restrição, apenas barras para mantê-lo contido. Não podemos continuar pedindo a nossos machos para lutar para contê-lo. Ele certamente não pode ter permissão para ficar solto por Homeland. Nós temos alguns humanos e ele vê até outro espécie como uma ameaça. Eu não estou disposto a arriscar. Ele podia também atacar nossas fêmeas. Essa foi uma decisão unânime pelo nosso povo e seus médicos humanos que voaram para cá para examiná-lo. Nossos médicos da ONE concordaram também.
Lembrou-se que Novas Espécies sempre se diferenciam dos humanos.
— Foi uma boa decisão, considerando o que eu acabei de ver. Ele é perigoso.
Tiger ergueu uma mão e passou pelo cabelo, um olhar preocupado cruzando suas características notáveis.
— Eu sei que é pedir muito, mas você não tem que ficar dentro da gaiola com ele. Nós pensamos que talvez você pudesse conversar com ele do lado de fora. Ele não pode te alcançar, mas podia ver e ouvir você. Estamos esperando que isso possa ativar lembranças e sendo uma fêmea poderia também ajudar. A outra fêmea de quem ele ficou íntimo não tem permissão para ficar próxima dele.
Golpe de ciúme, uma emoção inútil considerando que não tinha nenhum direito de se sentir desse jeito. Ainda assim, queimava dentro de seu peito.
— Por que a namorada dele não pode vê-lo?
— Ela não é dele. — Tiger disse enquanto olhava outro Espécie adicionar mais restrições para segurar 466 na cama. — Ela pertence a outro macho, mas eles são amigos. Seu companheiro mataria Moon se ele machucasse Trisha, mesmo sabendo que ele não é responsável pelas suas ações. — Virou-se e baixou as mão par os lados do corpo. — Eu odiaria que ele morresse.
— Companheiro? — Alívio a percorreu. — Ela é Nova Espécie?
— Humana. Isto é secreto. — Seu olhar endureceu. — Compreendido? Nenhuma informação sai daqui.
— Entendi. Eu não repetirei nada. Tudo isso foi esclarecido antes de eu receber liberação para estar aqui. Além disso, eu nunca disse a ninguém que trabalhei com Novas Espécies.
Olhou fixamente para ela.
— Ninguém?
— Ninguém. Nem meus amigos ou família e nem mesmo minha terapeuta pessoal.
Ele pareceu acreditar e seu corpo relaxou.
— Trisha é um dos nossos médicos e ela é acasalada com um dos nossos machos. É bom que ninguém saiba que você trabalhou conosco ou podia ter sido alvo de alguém que não concorda com nossa existência contínua. Ela estava em perigo por causa de sua associação com a ONE. Moon foi parte de sua equipe de segurança. Eles se tornaram amigos próximos. Trisha está irritada que Slade não permitiu que ela conversasse com seu amigo, mas somos muito protetores com nossas companheiras. Uma contusão, ou inferno, mesmo que ele a fizesse chorar, Slade o despedaçaria.
— Eu não trabalhei oficialmente para a Organização Novas Espécies. O governo me subcontratou. Trabalhei em um dos locais seguros no deserto onde você ficou depois 23

que foi libertado, antes de Homeland ser dada a vocês. A ONE foi formada depois que você saiu de lá.
— Certo. Desculpe. Estou tendo um dia ruim. Eu li que você lidou com Espécies depois que fomos libertados enquanto todo mundo estava tentando compreender o que fazer conosco. — Tiger severamente sorriu. — Aposto que foi trabalhoso. Eu estava uma bagunça.
— O que fizeram com todos vocês foi horrível. — Deixou como está. — Foi uma honra ajudar onde eu podia.
Ele a estudou de perto.
— Deve ter feito um ótimo trabalho. Estava no Setor Quatro e ninguém fala mal de você. Isso diz muito. Você devia ter conhecido a psiquiatra que me atribuíram. Ela era muito chata e realmente me deixava bravo.
— Eu sinto muito. Às vezes é nosso trabalho pressionar para fazer o cliente liberar um pouco de suas frustrações.
Seu olhar a varreu para baixo antes de subir novamente. Ele a avaliou friamente, sem nenhuma exibição de emoção.
— Poderia ter ajudado se ela parecesse qualquer coisa semelhante a você. Teria sido mais fácil quando entrava em nossos nervos. Ela não era agradável para os olhos ou orelhas. — Virou-se para olhar os outros machos. — Você o prendeu bem? Eu não quero que ele levante dessa cama novamente quando acordar. Nós esvaziamos a maior parte do Centro Médico, mas eu não quero que o pouco do pessoal restante seja ferido.
— Nós prendemos. Eu odeio vê-lo deste jeito. — um dos macho Espécie murmurou.
Tiger agarrou o braço do macho.
— Eu sei. Eu também odeio.
O segundo macho rosnou.
— Podia ter sido qualquer um de nós, mas Moon foi azarento. Queria que nós pudéssemos capturar o imbecil que atirou nele. — Olhou para Joy. — Humano.
Tiger ficou entre eles e rosnou.
— Ela não é o inimigo. Estamos todos bravos e aflitos agora. Foque a raiva onde ela pertence. Ela trabalhou com Moon depois que fomos libertados da Mercile e ele a respeitou. Faça o mesmo.
— Certo. — O macho suspirou. — Ele me mordeu também. — Ergueu seu braço e o torceu. Sangue fluía do ferimento sórdido.
— Vamos dar uma olhada nisso. — Tiger girou e encontrou o olhar de Joy. — Estaremos bem no final do corredor falando com o médico e tratando seus machucados. Afaste-se de Moon. Eu chamarei uma de nossas fêmeas para te escoltar para a moradia humana e te acomodar. Você foi informada que ficaria aqui por um tempo, não foi?
Ela não tinha sido, mas assentiu. Não queria deixar Moon novamente quando precisava dela.
— Está tudo bem. Eu ficarei enquanto você achar que posso ser útil.
Ela teria que ligar para o trabalho em algum momento dentro dos próximos dois dias e dizer-lhes que houve algum tipo de emergência. Seus colegas de trabalho precisariam lidar com seus clientes, mas essa era a parte boa em trabalhar para um 24

hospital. Eles tinham pessoal extra. O pior que podiam fazer era despedi-la, mas estava disposta a arriscar.
Os três machos deixaram o quarto. Olhou fixamente para o grande corpo contido na cama. Eles não só algemaram os braços e pernas de Moon, como também amarraram uma corda ao redor do seu corpo, algumas vezes em seu peito até suas coxas para preveni-lo de se mexer. Moon não iria se soltar novamente sem um aparelho de cortar industrial.
Aproximou-se dele lentamente até que esteve perto de sua cabeça e olhou para baixo em um rosto que estava certa que nunca veria novamente. Ele estava um pouco bronzeado, seu cabelo cresceu muito, e engordou bastante. Era mais magro quando o conheceu ainda se recuperando de ter passado fome pelos seus captores. Amorosamente examinou cada característica. Ele parecia realmente pacífico.
Sua mão tremia enquanto as pontas dos dedos ligeiramente localizaram a bochecha. Olhou para a porta, podia ver o corredor, e esperou que o Espécie não estivesse dentro da distância de audição. Eles tinham sentidos aguçados, mas se sentiu segura sussurrando. A pele quente chamou sua atenção enquanto o acariciava. Ele escolheu um nome que ela gostou. Moon. Repetiu isto uma dúzia de vezes em sua cabeça.
— Oi Moon. Eu sonhei em te ver novamente, mas não queria que fosse deste jeito ou por essa razão. Vou fazer tudo em meu poder para te ajudar. Eu não te abandonarei desta vez. Eu me arrependi de fugir de você mais do que você imagina.
Colocou para trás uma mecha de seu cabelo sedoso.
— Por favor, me perdoe, mas eu teria perdido tudo e não podia arriscar porque você estava vulnerável. Eles não teriam permitido de qualquer maneira.
Soltou seu cabelo e recuou, não querendo ser pega tocando-o novamente. Joy abraçou o peito, sabia que estava numa confusão emocional e a coisa mais esperta a se fazer seria partir. Poderia arruinar sua carreira se descobrissem que ela desenvolveu um forte apego sentimental e sexual com um cliente, mas não se importou. Ela o ajudaria fazendo seu melhor para compreender como restabelecer sua sanidade e depois partiria uma vez que ele não precisasse mais dela.
Seu tempo com ele no Setor Quatro estava fresco em sua memória enquanto ansiosamente olhava para Moon. A excitação fazia os dias se arrastarem até aquelas sessões da noite quando ele era escoltado para seu escritório. Sentia falta do som de sua voz grossa. Ele se abriu lentamente sobre alguns dos abusos que sofreu na Mercile. Partiu-a em pedaços escutar cada detalhe horroroso, mas ele precisava soltar isso. Era parte do processo curativo.
Conseguiu esconder sua raiva enquanto ficava sabendo que ele foi espancado só para testar algumas drogas milagrosas que melhoravam a habilidade curativa. Aqueles filhos de uma puta o atacavam enquanto ele estava acorrentado, às vezes quebravam ossos como também pele, só para ver quanto tempo levaria para seu corpo se curar. Silenciosamente desejou que pudesse voltar no tempo e poupá-lo de toda a dor. Ela era uma estridente defensora contra a violência, mas tinha muitos pensamentos sobre infligir alguns atos horríveis nos homens e mulheres responsáveis pela tortura dele. 25

Algumas vezes ele ergueu a camisa para mostrar suas cicatrizes no estômago ou costas. O desejo de beijá-las em uma tentativa de acalmar um pouco a sua dor sentimental residual era quase irresistível. Ficou atraída por Moon em todos os sentidos e não podia ver aqueles flashes de pele sem ter pensamentos pouco éticos. Ficou mais forte em cada sessão para conter o desejo de alcançá-lo. Culpa veio à tona muitas vezes também por causa de sua fascinação com seu corpo musculoso e tentador.
Ele sempre vinha com o tópico de sexo. Poderia ter sido um gesto defensivo, um jeito de distraí-la de seus problemas reais. Qualquer que fosse a razão, teve um efeito forte escutá-lo falar das coisas sexuais que queria fazer com ela. As queria também. Ficou mais difícil de continuar lembrando de seus limites profissionais.
Metade dela quis acreditar quando ele disse que sexo curaria tudo que o afligia, apesar do fato que ela sabia melhor. A linha entre o que era melhor para ele e o que seu coração exigia obscurecia com cada dia que passava. Meg estava certa em dizer que deixasse seu trabalho, mas partiu seu coração por ir embora. O Setor Quatro tinha regras severas quando se tratava de contato entre Espécies e humanos. Se tivesse ficado poderia ter destruído os dois.
Alguns minutos se passaram antes de passos soarem no corredor. A alta fêmea Espécie que apareceu não era uma que ela aconselhou, e ficou feliz por isso já que não tinha nenhuma explicação pronta para o porquê dela de repente tê-los deixado. Joy forçou um sorriso.
— Você é a psiquiatra? — A Espécie fez uma careta quando parou a alguns centímetros de distância.
— Sim. Sou eu.
— Venha comigo. Estou te escoltando para sua acomodação e depois nós examinaremos cuidadosamente o que precisará que não trouxe. Você não parece ter nenhuma bagagem. Precisará de mais roupas e itens pessoais. — Seu olhar sacudiu para onde Moon dormia. — Espero que você possa consertar a cabeça dele.
— Eu também. — Joy honestamente admitiu. — Não estava ciente que esta iria ser uma permanência longa. Eu tenho um par de roupas em meu carro se você puder arrumar alguém que as pegue.
— Nós podemos fazer isso e podemos ordenar qualquer outra coisa que você precise em Homeland. — A mulher a avaliou. — Pode levar um dia ou dois para conseguir roupas que te caibam. Me desculpe.
— Tudo bem. — Joy não estava preocupada em como ela parecia. Seu olhar demorou em Moon. Ele era tudo o que importava.
* * * * *
— Você não deixará sua casa sem escolta. — Rusty a informou com firmeza. A mulher Espécie rosnou e olhou para fazer seu argumento. — Todas as suas refeições serão trazidas para você. — Estudou extremamente Joy da cabeça até os pés. — Quando é seu ciclo? 26

— Meu o que?
— Quando você sangra.
— Eu não tenho menstruações regulares. — Joy se mexeu, olhou em torno da casa que lhe foi atribuída, e desejou que Rusty terminasse sua conferência. A Espécie pareceu determinada a examinar cuidadosamente cada regra já feita pela ONE relativo a convidados humanos. — Eu tomo uma injeção de anticoncepcional e já faz algum tempo.
— Bom. Te pouparei dos regulamentos e procedimentos então.
— Eu tenho uma boa ideia de que eu já os conheço.
Isso atraiu um olhar curioso de Rusty.
— Sério? Eu verifiquei seu histórico e você nunca visitou Homeland ou a Reserva antes de hoje.
— Eu ajudei a escrever o manual onde provavelmente basearam seus regulamentos e regras. Eu estava lá depois que seu povo foi libertado das Indústrias Mercile. Não precisava ser gênio para compreender que seus machos têm uma sensação hipersensível de cheiro e estou ciente de suas reações com uma mulher ovulando ou menstruando. Também deviam deixar as mulheres amamentando longe deles. — Encolheu os ombros. — Alguns dos seus machos amam leite e assediaram algumas mães lactantes quando as funcionarias retornaram ao trabalho depois da licença maternidade. Eu conversei com muitos dos seus homens para deixarem de encurralar as mulheres por muitas razões. Sou a pessoa que fez este procedimento padrão para todas as funcionarias que lidaram com os machos para tomar injeções se ainda não estivessem grávidas. As mães lactantes foram designadas a cargos que não incluíram interação com seus machos.
Rusty franziu a testa.
— Você fez?
— Sim. Alguém foi esperto em atribuir mulheres grávidas para proteger os machos Espécies, mas eles não consideraram o que aconteceria além da gravidez. Entretanto, eles não atacariam mulheres, o cheiro de uma ovulando os excitava. Como também o cheiro de sangue de uma menstruada. O calor do deserto piorava as coisas. Não havia nem uma brisa lá fora, às vezes alguns dos machos podiam captar muito com seus narizes. Foi um experimento e erro, mas conseguimos lidar com isto. Eu mudei o procedimento depois de algumas confrontações e liguei para os outros locais para adverti-los da situação.
Um sorriso leve curvou a boca de Rusty.
— Como você atraiu os machos para longe das fêmeas? — Ela sorriu mais uma vez. — Você ofereceu seu corpo em troca deles largarem as fêmeas que queriam?
— Não! Eu os convencia a retornar aos seus quartos. — Joy relaxou sua posição tensa. — Por que eu não posso comer com o público geral? Eu li em um dos jornais que existe uma lanchonete no local onde a maior parte das suas comidas são preparadas. Isso era incorreto?
— Psiquiatras não são populares e todo mundo está ciente que você está aqui. Nós não queremos que quaisquer problemas surjam. Estamos te mantendo separada de 27

todo mundo exceto aqueles atribuídos a você ou Moon. Alguns da nossa gente podiam ficar irritados com sua presença.
— Isso faz sentido. — Olhou em torno da sala de estar novamente, lembrando o modo que o macho Espécie no Centro Médico olhou para ela e a chamou de humana. — Quando eles vão mover Moon?
— Eles já fizeram isso. — A mulher removeu um telefone celular de seu bolso, tocou-o, e olhou para baixo. — Eles mandaram uma mensagem de texto para me deixar sabendo que ele foi seguramente transferido.
— Ele despertou?
Ombros encolheram.
— Não declararam essa informação.
— Nós esperamos por minhas roupas serem entregues, mudei minha camisa e comi um sanduíche. Estou pronta para ir ver onde ele está sendo protegido.
— Fui informada que você começaria de manhã.
Isso não caiu nenhum pouco bem em Joy. Estava impaciente para ver 466 novamente.
— Ele precisa de ajuda agora e eu estou pronta para ir.
— Certo.
Rusty foi na frente e Joy a seguiu. Dois machos foram atribuídos para protegê-la também, entretanto eles não falaram e ficaram distantes até que elas alcançaram a rua. Não permitiu que isso a aborrecesse. Os Espécies iriam gostar dela ou não, escolha deles. Dirigiram de volta para o Centro Médico e isso confundiu Joy.
— Achei que você disse que eles o transferiram.
— Eles transferiram. Para uma parte segura do porão. É dividido em duas partes. — Rusty mencionou para ela seguir. — Nós temos quartos de hospital no andar de baixo, mas também temos um espaço de armazenamento grande que convertemos para protegê-lo. É lá onde ele será mantido. Pegaremos o elevador da frente.
Isso manteve Joy muda enquanto entravam no edifício, caminharam por um corredor, e acabaram em um elevador enorme. Um solitário oficial Nova Espécie se sentava em uma cadeira com uma arma amarrada na correia em seu quadril. Ele olhou para cima à medida que foram se aproximando. Um laptop descansava em cima de suas coxas.
— Essa é a psiquiatra. — Rusty pausou. — Moon está acordado?
— Não. — O Espécie avaliou Joy com um varrer do seu olhar e obviamente a achou inofensiva. — Prossiga.
Os dois guardas permaneceram atrás enquanto entravam no elevador. Rusty apertou o botão para baixo. As portas deslizaram fechando enquanto o nervosismo agarrava Joy. Abraçou seu peito.
— Você está com frio?
— Não. Estou preocupada que eu não seja capaz de fazer alguma coisa por Moon.
— Ele precisa de sua ajuda.
— Vou tentar o meu melhor. 28

O elevador parou e as portas deslizaram abrindo-se para revelar uma sala escura. Rusty avançou e Joy seguiu. A área do porão era grande e algumas gaiolas estavam montadas do outro lado da sala. Do chão até o teto havia barras separando a área em três quartos, a gaiola do centro estava com a porta fechada. Aquela tinha sido desmontada. A do outro lado foi montada no estilo de quarto de hotel com uma partição, uma cama, cômoda e uma TV. A gaiola de Moon tinha só uma cama, pia e vaso sanitário.
— É triste vê-lo deste jeito. — Rusty pausou. — Eu trarei uma cadeira para você se sentar e um cobertor para te manter aquecida. Retornarei em breve. Não chegue perto das barras.
— Ninguém está aqui embaixo com ele? — Olhou em torno do porão escuro. — Alguém devia estar o monitorando a toda hora.
— Ele está dormindo e o oficial lá em cima ouvirá se ele acordar. Moon tem sido muito barulhento desde seu ataque. Ver outros machos o irrita. É melhor se ninguém estiver dentro de sua visão ou cheiro.
Pareceu estranho estar no porão assustador, mas Joy não protestou quando Rusty saiu. Sabia que era um medo irracional. O único perigo era o macho Espécie adormecido trancado atrás das barras. Hesitou antes de lentamente se aproximar até que pausou mais ou menos a dois metros da sua porta.
Eles lavaram o cabelo de Moon e trocaram sua roupa. Ele usava calça de moletom preta e seu cabelo foi estendido em cima do travesseiro para secar. Alguém tomou o tempo para escovar os longos fios e chegou um pouco mais perto. Nenhuma restrição o segurava agora. A subida e descida lenta de seu peito nu a assegurou que ele vivia.
— Estou aqui Moon.
Ele deve tê-la ouvido porque seus olhos abriram. Sentou-se tão rápido que tirou um soluço de Joy. Moon se levantou da cama em um movimento fluido e seu grande corpo esmagou nas barras. Dedos longos, magros agarraram o metal espesso enquanto rosnava. Seu olhar escuro estreitou enquanto a encarava diretamente, suas presas afiadas apareceram.
— Calma. — sussurrou, recusando recuar. Ele não podia alcançá-la.
Ele cheirou ruidosamente e rosnou novamente.
— É Joy. Você se lembra de mim Moon?
Seus olhos estreitaram mais enquanto cheirava mais alto.
— Por favor, lembre-se de mim. — Ficou imóvel. — Eu sou sua amiga.
De repente se afastou das barras e girou para olhar em volta da gaiola. Lançou-se na parede de trás, bateu com seus punhos e rosnou quando não quebrou. Ele girou, atacou outra parede, e Joy temeu que ele se machucasse.
— Pare!
Virou sua cabeça em sua direção e parou.
— Clama. — sussurrou. Tirou seus sapatos de salto alto e se afastou deles. Lentamente abaixou-se para o chão para se sentar na superfície dura, esperando que ele a visse como menos ameaçadora. — Está tudo bem Moon. — Suas mãos ajustaram a 29

saia para evitar mostrar a calcinha enquanto cruzava as pernas para ficar confortável. — Estou aqui com você. Você não está sozinho.
Ele girou para encará-la, chegou mais perto dela e agarrou a porta. Sacudiu quando agarrou as barras e as agitou o suficiente para fazer os músculos em seus braços tencionarem, mas não cederam. Cheirou-a novamente, mas ficou de joelhos.
— Isso mesmo. Permaneça tranquilo. — Sorriu. — Você não quer quebrar suas mãos. Você precisa da uma marreta para quebrar o metal ou concreto.
Continuou segurando as barras enquanto apertava o rosto contra elas. Seu olhar intenso bloqueado nela e percebeu que estudou um estranho. A personalidade de Moon não estava lá, nem estava lá qualquer sinal que a reconhecia. Pelo menos, nada que pudesse avaliar. Ele a olhava como se nem soubesse o que ela era. A lembrança dele prendendo-a na parede algumas horas mais cedo pareceu ter sido apagada.
— Vai ficar tudo bem. Vou de alguma maneira ajudar você.
Uma de suas mãos largou o metal para deslizar entre as barras quando estendeu para ela. Queria ir para ele, mas não era tola o suficiente para acreditar que seria seguro. Só porque ele parecia tranquilo não significava que não morderia a mão que ofereceria ou tentaria rasgar seu braço.
— Eu queria, mas você precisa conversar comigo primeiro.
As portas do elevador abriram atrás deles e Moon levou seu braço para dentro das barras, se levantou, e rosnou. Joy girou a cabeça para ver Rusty carregar uma cadeira e cobertor dobrado para mais perto. Um uivo alto rasgou pela sala e ficou boquiaberta para Moon.
Ele atacou as barras e esmagou seu ombro contra elas, tentando derrubá-las. Joy se levantou e enfrentou a mulher Espécie.
— Ele estava tranquilo.
— Não mais. — Rusty desceu a cadeira e soltou o cobertor nela. — Eu pedirei para o tranquilizarem novamente antes dele se machucar.
— Não, não peça. Ele estava bem até que você chegou. — Joy olhou para Moon novamente, viu seu estado agitado enquanto continuava tentando atravessar as barras, e tomou uma decisão. — Deixe-nos sozinhos.
— Eu deveria ficar aqui. Nós somos fêmeas e não devíamos ser ameaças para ele.
Moon uivou novamente, o som ecoou ruidosamente pelo porão. Joy estremeceu.
— Ele estava tranquilo até que viu você. Por favor, Rusty. Vá. Ele vai se machucar.
A mulher hesitou.
— Eu esperarei dentro do elevador, mas com as portas fechadas. Permanecerei neste andar. Grite se precisar de ajuda.
Rusty girou e se afastou. Joy girou e se abaixou de volta para o chão.
— Moon? — Sua voz suavizou. — Calma.
Ele parou de atacar as barras assim que as portas do elevador fecharam, ofegando do seu ataque na gaiola, e olhou para ela.
— É só você e eu novamente. Você lembra? Nós costumávamos conversar muito. 30

Ele afundou em seus joelhos à medida que se acalmava. Deu a Joy esperança que alguma parte dele lembrava-se das suas sessões e ele estava em uma estrada lenta para a recuperação.
Não podia suportar vê-lo tão mudado. Foi um pouco mesquinho, admitiu, mas era triste que ela tenha feito a coisa mais difícil de sua vida indo embora dele só para ele acabar trancado dentro de uma gaiola. O remorso a rasgou enquanto perguntava-se se de alguma maneira as coisas poderiam ter sido diferentes se jogasse a ética pela janela, quebrasse todas as regras, e lutasse para permanecer uma parte de sua vida.
Não faça isto, se ordenou. Sabia melhor do que brincar de “e se”. A realidade estava bem na sua frente. Alguém fez algo horroroso com o homem que amava e tudo o que podia fazer era tentar ajudá-lo a se recuperar.

6 comentários:

  1. Gente,eu não tô entendendo uma coisa. Moon não é mais paciente dela,então porque ela corre o risco de perder a licença?

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    1. Pq ela está ali como doutora, se ela tiver uma relação com ele que não seja essa isso pode ocasionar a perda de licença ou alguma punição.

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