domingo, 2 de novembro de 2014

Capítulo 08

Capítulo Oito 
Algo está diferente. Foi sua primeira impressão quando ficou consciente. O cheiro de uma excitação feminina encheu seus pulmões à medida que inalava. Seus outros sentidos acordaram depois. A carne morna estava presa embaixo dele. Os seios macios estavam achatados contra seu peito e as coxas da fêmea estavam separadamente espalhadas debaixo dele, o peso leve de suas pernas presas em cima da parte de trás dele.
Abriu os olhos para a visão de cachos castanhos estendidos sobre o travesseiro e a coluna pálida de sua garganta apenas centímetros de distância de sua boca. Seu olhar seguiu a curva de seu queixo para seu rosto delicado. Ela pareceu familiar, mas não conseguiu entender os instintos protetores que surgiram muito fortemente dentro dele enquanto estudava a fêmea enquanto ela dormia.
Seu pênis estava duro e enterrado dentro dela. Tentou lembrar como a fêmea entrou em sua gaiola, mas nada veio à tona. Droga da procriação. Levou segundos para associar o pensamento com o significado. Uma lembrança nebulosa de ser baleado com um dardo e uma dor intensa surgiu dentro de sua cabeça. A droga já foi usada nele antes, mas os detalhes de quantas vezes e as circunstâncias exatas estavam fora de alcançar. Sabia que era uma arma usada contra ele para forçá-lo a montar fêmeas.
Humana. Inclinou sua cabeça o suficiente para olhar para a fêmea dormindo em seu tapete. Para ser exato. Raiva o envolveu e as batidas do seu coração aceleraram. 88

Inimigo. Mais imagens e lembranças parciais vieram à tona — humilhação, abuso e comportamento sádico desencadearam nele pelas suas colegas.
Ergueu sua mão, com cuidado para não fazer nenhum movimento súbito que a alertaria de sua intenção. A metade mais baixa dele pulsou, mais que ciente do quão molhada ela estava e do quão firme ela enluvou seu eixo. O desejo de tomar seu prazer dela quase anulou seu desejo de buscar vingança. Pareceria bom em guiar seu corpo para dentro e para fora dela. Impotente. Ela é muito pequena e fraca para lutar comigo. Isso o fez parar. Ele não era cruel.
Mostraria piedade. Ficou enfurecido que foi usado para mais testes. Obviamente quiseram procriá-lo com uma humana. Seu olhar parou em seus ombros, garganta, e em seus braços, que estavam curvados para cima, descansando próximo ao travesseiro. Nenhuma contusão ou mordida marcava sua pele pálida. Ele não a pegou tão agressivamente quanto de alguma maneira sabia que iria usando a droga. Também estava confuso que ela estava de frente para ele, seus corpos juntaram-se daquele modo, quando ela devia estar virada do outro lado. Teria montado ela por detrás.
Envolveu seus dedos carinhosamente ao redor da sua garganta frágil. Uma torção rápida e estaria acabado. Ela morreria sem dor. O teste seria um fracasso. Focou em seu rosto, estudado cada detalhe de suas feições. Sua boca era uma tentação. Seu nariz era tão diferente do dele — pequeno e mais estreito. Suas maçãs do rosto eram menos pronunciadas. Até seus cílios eram delicados.
A lembrança dela olhando para ele atingiu sua mente. Sabia que seus olhos seriam azuis, bonitos, com manchas de amarelo. Não conseguia lembrar-se de onde os viu antes, mas era uma certeza que seria o que veria se suas pálpebras separassem. Sua mão em sua garganta relaxou.
Os instintos protetores ficaram mais fortes até que seu peito parecia como se realmente contraísse. Teve que engolir o caroço que se formou em sua garganta quando quase sufocou em crua emoção. Estava confuso por ter se sentido tão autodesprezível por ter considerando quebrar seu pescoço. A visão de sua mão contra sua garganta era até mais alarmante. Retirou-a e pegou uma mecha espessa de seu cabelo ao invés disso.
Macio. Inalou, inspirando-a. Seu pênis endureceu até que suas bolas doeram. Estava tão focado na fêmea que não era fácil se concentrar, mas forçou sua atenção em outro lugar para avaliar a situação.
A cama era mais grossa da qual estava acostumada e não estava no chão. Girou sua cabeça, atordoado pelo seu ambiente. A gaiola que conhecia tão bem tinha sumido. As barras iam do chão até o teto em três das paredes. As correntes estavam amarrando as barras da porta, mas as fechaduras estavam todas do lado de dentro. A lógica lhe disse que a porta tinha sido trancada do lado de dentro.
Ele não era um prisioneiro. Ele assegurou a área para manter os humanos afastados. Seu olhar retornou para a fêmea adormecida. Seu peito levantava e continuamente caia. Rosnou e sua respiração mudou. Suas pálpebras permaneceram fechadas, mas não estava tão drogada que não podia despertar.
Pense. Como eu cheguei aqui? Quem é esta fêmea? Virou a cabeça para o outro lado, olhando para além das barras para uma sala cavernosa e escura. O cheiro do lugar era diferente da Mercile. Um uivo ameaçou explodir dele enquanto ira aquecia seu 89

sangue. Ele os odiava. Levou um momento para lembrar-se do por que. Os empregados da Mercile eram humanos vis que o causaram dor e o mantiveram em sua clemência. Eles não tinham nenhuma. Eram adversários cruéis, espertos, malignos. Até as fêmeas eram cruéis em Mercile.
Puxou seu lábio para trás em um grunhido enquanto girava sua cabeça novamente para olhar fixamente para a fêmea. Inimigo. Humana. Mate. Hesitou, incapaz de fazer isto não importando seu necessidade de buscar vingança em um deles. Seus pulmões contraíram novamente e foi difícil respirar quando ternura inundou seus sentidos. Era um conceito estranho.
Por quê? Não existia nenhuma resposta. Ele não conseguia machucá-la. Outra necessidade ficou mais forte até que não conseguiu mais resistir. Ela era sua, pelo menos no momento, em seu colchão. Ninguém podia alcançá-los sem passar pelas barras ou as correntes. Protegeu seu espaço… a não ser que ela tenha feito isto depois que ele foi drogado. Não fazia sentido, entretanto. Os humanos o trancaram dentro de uma gaiola para mantê-lo afastado deles. Eles de boa vontade não prenderiam eles mesmos com suas vítimas.
Eu fiz isto. Eu devo ter nos trancado do lado de dentro. Estava certo disso agora, apesar de sua falta de memória. A condição de seu pênis era uma dica do por que poderia ter a mantido presa. Mais uma examinada em sua pele e sua ausência de trauma verificou que ela não lutou.
Um pouco da lentidão enfraqueceu de sua mente, deixando mais fácil pensar. O cheiro de sexo pendurava no ar, uma mistura de si mesmo e dela. Ele rosnou, querendo achar prazer em seu corpo. Ela mexeu debaixo dele e seus lábios separaram lentamente. Seus olhos debaixo das pálpebras fechadas moveram e depois abriram. Azuis com pintas amarelas — exatamente como ele de alguma maneira sabia.
Esperou que ela gritasse quando ficou ciente que ele a prendia. Ao invés disso, ela sorriu e o calor em seu olhar foi devastador para sua libido. Ela se moveu vagarosamente, suas mãos desenrolaram e ergueram para tocar o topo de seus ombros. As unhas não arranharam sua pele em protesto, mas suavemente o acariciaram.
— Bom dia.
Sua voz estava rouca e feminina, mel para seus ouvidos. Queria ouvi-la falar mais. Ela falou como se pudesse ler seus pensamentos.
— Você desmaiou.
Suas palmas e pontas dos dedos deslizaram pela curva de seus ombros para frente de seu peito, explorando e quase destruindo seu controle apertado. Era difícil de permanecer quieto quando tudo que queria fazer era guiar seus quadris contra o dela. Muitas perguntas o aborreceram, mas se conteve em falar.
A expressão em seu rosto mudou para uma que identificou como preocupação.
— Você está bem? — Seu toque pausou. — O que está errado? — Empalideceu. — Você sabe quem eu sou?
Não gostou de vê-la aflita e imediatamente respondeu mudando sua posição, tendo certeza que ela não conseguiria lutar se pânico aparecesse. O conceito de prejudicar a fêmea de qualquer forma era ofensivo para ele. Seus braços apoiaram do seu lado para mantê-la enjaulada. 90

— Calma. — Queria assegurar a ela que não estava em perigo.
Medo encheu seus olhos e sua frequência cardíaca aumentou pela sua angústia. Ela abaixou o olhar, mas não estava enganado. Poderia estar a esmagando então apoiou mais de seu peso em seus braços e pernas, erguendo meia altura. Deu-lhe a oportunidade de escapar debaixo dele, mas ela não escapou.
— Você está segura. — murmurou atento de seu tom para evitar assustá-la mais.
Não ficou tenso quando suas mãos deslizaram de cima de seu peito para seus ombros novamente. Ela não era forte o suficiente para machucá-lo. Suas unhas machucariam se as cavasse em sua pele para tirar sangue, mas podia lidar com aquele desconforto. Ela não estava olhando em seu rosto, onde podia fazer um dano real em seus olhos. A fêmea o agarrou, agarrando de um modo que gostou.
— Eu sou Joy. Nós conhecemos um ao outro.
Muito bem. Respirou fundo, inspirando o cheiro de sua paixão gasta, ainda prolongada no ar. Seu pênis dentro dela, combinado com sua falta de roupa e o que seu nariz lhe disse o seguro disto. Queira montar a fêmea novamente.
— Você sabe seu nome?
Não tinha nenhuma resposta, mas não importava. Eles estavam juntos. Moveu seus quadris cuidadosamente e o confim sedoso de sua vagina era uma tortura. O movimento pequeno foi suficiente para mandá-lo em um frenesi de paixão cega. Ela estava quente, molhada, e apertada ao redor dele. Não gritou ou lutou quando testou como o aguentou enquanto compartilhavam sexo. Surpresa foi a única emoção que mostrou, o persuadindo para afundar sua seta mais fundo dentro dela.
Suas pernas apertaram em torno da parte de trás dele enquanto suas mãos o agarraram com mais força. Ele pausou, esperando ver se ela protestaria. Sua língua saiu para lamber seus lábios, mas olhou fixamente para ele agora sem medo. Notou o modo como sua respiração aumentou, mas quando lentamente tirou seu pênis quase toda a distância para fora dela, ela ergueu suas coxas mais para o alto para sua cintura e as prendeu firmemente contra seus quadris.
Isso foi definitivamente um sim. Enterrou seu nariz contra sua garganta, sua boca separou para saborear sua pele, e rosnou em excitação. O sabor dela era delicioso e queria mais, lambê-la toda e explorar… mais tarde. Ele moveu seus quadris no berço de suas coxas, com cuidado para não ser muito grosso. Ela era humana afinal de contas. Elas contundiam facilmente e dano era a última coisa que queria quando ela gemeu próximo ao seu ouvido.
Quase gozou por senti-la. Ela apertou seu pênis ao ponto de dor, mas era muito bom. Guiou para dentro e para fora de sua vagina, movendo-se mais rápido até que teve que parar de beijá-la e apertar seus dentes para resistir perder o controle. Seus gemidos aumentaram enquanto seus músculos vaginais apertaram até mais. A sensação de seu clímax era a gota final quando seu sexo ficou mais molhado, mais quente, e ela cavou as unhas na sua pele.
Sua cabeça foi jogada para trás e uivou quando o corpo explodiu. O êxtase o deixou cego. Não estava certo se fechou seus olhos ou se todos os seus sentidos foram 91

anulados por seu pênis inchado quando bloqueou dentro dela, enchendo-a com sua semente. Tremeu violentamente pela experiência intensa.
Soltou o rosto na curva de seu pescoço antes de poder puxar os pensamentos juntos e achar racionalidade. Ela era sua. Afundou seus dentes em sua pele e sangue cobriu sua língua. Ele rosnou, amando o quão bom era seu gosto, tão direito. Sentiu o corpo de ela tremer debaixo do dele, mas apenas registrou até que ela gritou. Não era um som de prazer, mas de dor.
Horror sacudiu por ele quando percebeu o que fez. Tirou sua boca e olhou fixamente para a mordida que infligiu na fêmea. Sangue vermelho brilhante de dois ferimentos de perfuração manchou seu pescoço e ombro e gotejou na cama. A marca de seus dentes inferiores já estava formando contusões em sua carne pálida próximo a base de sua garganta na curva de seu ombro.
Ela o largou e segurou o ferimento. Ele olhou em seus olhos. Eles estavam cheios de angústia enquanto olhava fixamente para ele.
Ele teria se afastado, mas seu pênis inchado o segurou preso dentro dela. Rosnou, enfurecido pelo que fez. O remorso não desfez a ação. Suas pernas soltaram seus quadris e endireitaram ao longo do seu comprimento. Lágrimas deslizaram silenciosamente pelo lado do seu rosto. Um soluço irregular escapou dela.
— Não foi minha intenção. — Estremeceu do quão crua sua voz saiu, mas não podia calar sua tristeza.
Ele agarrou sua mão trêmula e a tirou do ferimento. Estudou o que fez com a fêmea. A mordida iria cicatrizar onde perfurou sua pele. Ela carregaria sua marca pelo resto de sua vida.
Ela virou sua cabeça, dando-lhe uma visão melhor do dano que ele infligiu, e usou a outra mão para esconder seu rosto. Ele teria persuadido que ela confiasse nele, mas não pareceu sincero dado as circunstâncias.
— Eu cuidarei disto. Relaxe.
Ela não disse uma palavra, mas devia doer. Ele abaixou sua boca e se preparou para segurá-la com firmeza se ela lutasse. Golpeou o dano com sua língua tão suavemente quanto possível. Tirou um soluço dela, mas não se afastou.
O gosto dela fez seu pênis estremecer e endurecer. Era desconfortável em vez de excitante com a inchação ainda retrocedendo do laço que se formou próximo a base de seu eixo. Os dois sofreram um pouco quando terminou de limpar o ferimento.
Joy protegia seus olhos enquanto tentava entender o que aconteceu. Não discutiu sobre germes ou o quão anti-higiênico era para 466 lamber a mordida. Os animais cuidavam dos ferimentos desse jeito e não havia nenhuma negação de seu DNA.
Ele me mordeu. Não conseguia se recuperar deste fato. Era ruim o suficiente que ele não soubesse quem ela era. Não era muito uma surpresa, embora desapontadora. Ele podia ter reagido de vários modos quando acordasse e achasse uma mulher desconhecida nua debaixo dele. Levou controle para não estremecer com aqueles argumentos rolando pela sua mente. O pior era que podia ter custado sua vida.
Onde ele está agora mesmo? Ainda na Mercile? Tinha medo de perguntar. Ele poderia pensar que ela era o inimigo. Podia ir de carinhoso a despedaçá-la com suas 92

próprias mãos. As histórias que ouviu sobre os Espécies matando seus capturadores eram fabricações de pesadelos. Não, não vá por aí, decidiu. Uma mordida de repente não pareceu tão ruim.
Ele terminou de lambê-la e levantou sua cabeça. Precisava ler seu estado emocional, mas manteve a mão sobre seus olhos. Prolongando o momento não pareceu tão terrível enquanto lidava com seu próprio tumulto.
— Joy?
Esperança chamejou que sua memória finalmente retornou. Enxugou suas lágrimas, piscou rapidamente para clarear, e moveu sua mão para olhar em seu rosto bonito.
— Você se lembra de mim?
Sua testa franzida e a confusão em seus olhos foram respostas suficientes. Esta situação seria apavorante se não estivesse apaixonada por ele.
— Esse é o seu nome?
Isto é uma pergunta, não uma declaração. Limpou sua garganta.
— Sim.
Ele olhou para longe para olhar para algo próximo ao centro da gaiola.
— Eu fiz isto?
Seguiu seu olhar, localizando as correntes na porta.
— Sim.
Olhos escuros fixaram nela.
— Por quê?
— Você queria ter certeza que ninguém conseguiria entrar aqui.
Continue calma, e droga pare de chorar. Suas emoções estavam tão cruas que as lágrimas odiosas estavam sempre na superfície, esperando escapar na maioria das vezes inoportunas. Sentiu-se como um náufrago sentimental e constantemente tinha que batalhar por compostura. Quase nunca chorava, ainda assim parecia que lutava com as lágrimas em toda vez agora. Só Moon podia fazer isso com ela.
Ela acabou de compartilhar relações íntimas com alguém que a considerava como um estranho. Doía em muitos níveis emocionais. O que eles tiveram era algo que com que se importou, ainda que para ele ela pudesse ter sido qualquer mulher. Ela fez amor com ele, mas ele a fodeu.
Ele olhou em sua garganta depois segurou seu olhar.
— Eu não pretendia tirar sangue. Eu sou sincero.
— Eu acredito em você. Está tudo bem.
— Não. — Suavemente rosnou. — Estou furioso. — Sua mão de repente agarrou sua bochecha. O modo amoroso com que a considerou foi promissor.
— Eu não entendo por que, mas você é importante para mim.
De alguma maneira sentiu que tinham uma conexão forte.
— Você está tendo dificuldades em se lembrar de sua vida.
— Eu recebi a droga de procriação.
— Não. É outra coisa.
— O que?
— Eu não sei. Nós não tínhamos visto isto antes. 93

— Nós? — Sua voz aprofundou e seus olhos estreitaram com suspeita. — Você é Mercile?
— Não! — Balançou a cabeça em negação. — Você foi libertado de lá. — Pausou. — O nome 466 ou Moon significam alguma coisa para você? — Esperou que um deles ativasse alguma clareza.
— 466. — Pareceu um pouco excitado. — Eu conheço. É meu nome!
— Sim, é.
Ele olhou ao redor novamente, abaixando seu tom.
— Onde nós estamos?
— Homeland. É seguro aqui.
Sua voz abaixou enquanto aproximava mais seus rostos até que seus lábios quase se tocaram.
— Diga-me o que está acontecendo. O que está errado comigo? Quem você é e por que nós estamos compartilhando sexo? Isto é um truque? Você está sendo forçada em uma experiência de procriação comigo? Eu quero a verdade, fêmea.
Suas mãos achataram em seu peito e medo percorreu sua espinha.
— Por favor, escute-me. Mercile acabou. Você não está mais sendo controlado por eles. Uma droga desconhecida afetou sua memória. Você fica confuso. Você não precisa me machucar para fazer com que eu te diga qualquer coisa que você quer saber. Só pergunte. Estou aqui porque eu quero estar e me importo com você.
Seu peito vibrou quando rosnou.
— Você se importa comigo?
— Sim.
— Você é humana.
— Eu sou. — Não podia negar isto.
— Eles são meus inimigos.
— Eu não sou.
O modo concentrado que a estudou a deixou otimista de que ele iria pelo menos refletir suas palavras.
— 466 qual é a última coisa que você lembra? Focar em um ponto fixo no tempo parece te ajudar mais a lembrar. Você, por favor, fechará seus olhos e tentará me dizer qualquer coisa que vier em sua mente?
Continuou a assisti-la.
— Eu te quero novamente. — Embora lentamente retirou seu pênis semiduro de seu corpo. — Não me distraia mais com sexo. Eu exijo respostas.
— Estou dando a você. Você precisa me ajudar a te ajudar.
Ele sorriu.
— Eu não gosto deste ditado. Já ouvi isto antes.
— Isto é bom. Quer dizer que você está recordando algo. O que é?
Seus olhos fecharam e pacientemente esperou. Era primordial que ele se concentrasse em quaisquer fragmentos que pudesse localizar para reconstituir qualquer parte de sua vida. Queria trazer o homem que amava de volta. A dor em seu peito ficou mais forte à medida que o tempo passava enquanto se preocupava que ele não acharia 94

lucidez. Sua expressão começou a mudar. Seus olhos escuros abriram e a dor neles quase roubou sua respiração.
Seu olhar deslizou para a marca de mordida e rosnou, a largou, e moveu-se mais rápido que achou possível. Um segundo ele estava em cima dela e no próximo ele desapareceu. Virou sua cabeça a tempo de vê-lo cair no chão de quatro.
Lutou para se sentar, profundamente preocupada quando ele ficou abaixado lá com suas costas para ela.
— 466?
Sua cabeça virou e o vislumbre de lágrimas encharcando seus olhos a fez correr para ele. Ficou de pé, girou para enfrentá-la enquanto se afastava, e não parou até que seu traseiro bateu nas barras. Ele rosnou, girou, e cruzou a gaiola para o canto distante.
Joy o assistiu agarrar as barras e cada músculo em seu corpo pareceu ficar rígido. A visão dele totalmente nu era uma distração já que ele era tão bonito, mas sua preocupação sobre seu estado mental a fez se sentir culpada em notar seu físico perfeito.
— 466?
— Saia daqui. — murmurou. — Eu machuco você.
— Não é sua culpa. — Levantou-se com pernas instáveis. Entre o sexo e ele dormir sobre ela, seu corpo parecia um pouco lento e dolorido. Era uma lembrança do quão fora de forma se permitiu ficar durante os anos, sentada atrás de uma mesa. Uma carga de trabalho pesada não permitia quaisquer horas vagas para ir para a academia. — Olhe para mim.
— Eu não posso. — Deu uma respiração profunda, suas costas expandindo. — Saia, Joy. Agora. Eu sou perigoso.
Ele percebeu quem ela era. Seu tom torturado era uma pista do remorso e angústia profunda que devia sentir recuperando um pouco da memória.
— Está tudo bem. Eu estou bem. Não é nada que um curativo e alguns dias não cuidarão.
Balançou a cabeça, o cabelo esfregando contra suas costas.
— Eu barbaramente te ataquei. Saia! — Rosnou. — Vá!
— Eu não vou te deixar. É uma mordida. Eu não morrerei por causa disto ou qualquer coisa.
Largou as barras e lentamente girou. Quase desejou que ele não tivesse girado quando viu seu rosto.
— Você já me deixou. Por que voltou? Por que está aqui?
— Eu te disse muitas vezes. O que você lembra?
— Você me deixou lá. Você se demitiu. — Deu um passo adiante, mas parou. Suas mãos fecharam em seus lados. — Eu fui drogado por um inimigo, sofri perda de memória, e você veio para me ajudar reivindicar minha vida novamente.
Ela assentiu, ignorando o frio na gaiola que estava se tornando notável. Não tinha mais o calor do seu corpo para mantê-la aquecida.
— Esta é toda verdade. Qual é a última coisa que você lembra?
— Tudo. 95

Não estava certa se aquela declaração era precisa. Ele não podia saber com certeza, do jeito que continuava recaindo.
— Qual é seu nome?
Seu queixo ergueu um pouco e seus olhos estreitaram.
— Moon. Eu vivo em Homeland e às vezes na Reserva. Nós fomos transportados do Setor Quatro, Homeland foi dada pelo governo dos Estados Unidos como um caminho de nos subornar em perdoá-los pelo envolvimento deles em financiar as Indústrias Mercile. Nós compramos a Reserva sozinhos.
Seu coração martelava. Ele não era exatamente o homem que se apaixonou, mas era Moon, a pessoa que ele se tornou depois que deixou sua vida.
— Você se lembra do ataque? Onde foi drogado?
Tentou muito ser profissional. A mulher nela estava de coração partido pelo modo frio que olhava fixamente para ela. Seu pior medo estava se tornando realidade. Disse que se lembrou de tudo e se isso era verdade, decidiu rejeitar tê-la em sua vida. Sempre teve medo que ele não poderia perdoá-la. Pareceu que esse medo era justificado.
— Algum bastardo atirou em mim com um dardo tranquilizante. Eu estava na Reserva. — Olhou para ela, estudando a gaiola. — Este é o porão do Centro Médico em Homeland?
— Sim. Você foi trazido para cá.
— Eu ataquei meus amigos. — Seu tom afundou e seus dedos soltaram. A raiva esvaziou suas feições enquanto seu olhar girava em seu caminho.
O modo como via seu corpo nu de seus pés para cima até que encontrou seu olhar a fez ficar com vergonha.
— Coloque suas roupas. — Olhou para baixo em seu peito, parecendo notar seu próprio estado nu. — Merda.
— Está é a primeira vez que você está completamente lúcido desde que foi drogado. — Não se moveu em direção a suas roupas descartadas. Era agonia pura para ela resistir fazer como ordenou. Ele estava bravo que fizeram sexo e não se importou em poupar seus sentimentos. Empurrou de lado seu embaraço e doeu focar em seu estado mental. — Como você se sente?
— Vou pedir ajuda. Coloque algo — severamente exigiu. —, ou eles verão você toda.
— Converse comigo. Você está com dor? Tem enxaqueca? Zumbindo em suas orelhas? Alguma dormência em suas extremidades? — Era duro manter no modo de terapeuta. — Você sabe o que acontece com você quando perde a memória?
— Porra. — rosnou, olhando fixamente para ela. — Cubra-se agora. Eu não posso me vestir já que eu destruí minha calça de moletom quando a rasguei para passar pelas correntes.
Joy corou e se curvou e suas mãos tremendo enquanto tentava se vestir. Dor perfurou seu tórax como se um punhal tivesse sido diretamente apunhalado em seu coração. Ele se arrependeu do que fizeram. Estragou tudo fazendo sexo com ele quando devia ter sabido melhor. 96

— Eu sinto muito. — sussurrou, arrastando sua saia para cima em suas pernas e falhou em fechar o zíper por todo o caminho. A camisa era mais fácil de colocar.
— Pelo que? — Correntes fizeram barulho. Ele ainda soava bravo.
Olhou para ele e ficou surpresa por vê-lo usar a chave nas correntes. Ele desenrolou as correntes das barras, soltando-as no chão, e escancarou a porta. Não deixou a gaiola, entretanto, mas ao invés disso andou em sua direção. Joy manteve o olhar em seu rosto.
Seus pensamentos estavam confusos. Ele respeitava a verdade então não podia estar se desculpando pelo que aconteceu entre eles em sua cama. Ele poderia se arrepender disto, mas ela não.
— Eu sinto muito que você está chateado. — Isso foi o melhor que consegui fazer dadas as circunstâncias.
Moon passou por ela, rasgou o lençol do colchão e prosseguiu para enrolá-lo ao redor da sua cintura para cobrir sua metade mais baixa. Conseguiu dar uma boa olhada em seu traseiro antes dele amarrar o material para mantê-lo no lugar e lentamente a enfrentou. Um olhar rápido em seu corpo e segurou seu olhar.
— Você não devia ter voltado. Você fez sua escolha muito tempo atrás em não ser parte da minha vida. — Estendeu a mão de repente e agarrou seu braço. Os dedos fortes pressionaram, mas não machucou. — Que diabo você estava pensando entrando nesta gaiola comigo quando eu estava doido? Você tem sorte que eu não te matei. — Seu olhar foi para seu ferimento e sua boca comprimiu em uma linha apertada. — Cubra suas orelhas.
Ela hesitou.
— Faça isto. Quando eu gritar ecoará aqui.
Ergueu ambas as mãos para fazer como ele ordenou.
— Segurança! — Gritou. — Nós precisamos de ajuda agora!
Joy parou de pressionar suas palmas contra suas orelhas quando a largou e recuou. O olhar furioso de Moon varreu a gaiola antes de olhar para ela novamente.
— Saia. Eu ainda sou perigoso. Eu não tenho nenhuma ideia de quanto tempo permanecerei racional, mas acho que não será por muito tempo.
As portas do elevador deslizaram abrindo, mas Joy ignorou quem entrou no porão. Fixou sua atenção em Moon.
— Eu não vou embora.
Um músculo saltou de sua mandíbula. Não olhou para ela, mas ao invés disso olhou para quem veio quando gritou pela ajuda. Surpresa mudou sua expressão.
— Jessie? Que diabo você está fazendo aqui?
Joy girou para ver uma bonita ruiva vestindo tudo preto perto da gaiola. A mulher segurava uma arma de dardo que estava apontada para Moon. Seu cabelo era realmente longo, caindo em um ombro em uma trança que quase alcançava sua cintura. A mulher parou com uma careta firmemente em seu rosto.
— Moon? — A incerteza na voz do guarda era clara. — Você sabe quem eu sou? — Claro que eu sei. Eu não estou ferrado no momento, mas eu posso perder a lucidez a qualquer hora. Tire ela daqui e me tranque. Eu sou perigoso.
A arma abaixou e a ruiva atirou em Joy um olhar bravo. 97

— Você totalmente o desacorrentou e deixou a porta aberta?
— Jessie? — Moon interrompeu antes de Joy poder responder. — Pegue. Eu não posso ficar com isto.
Jogou as chaves para suas correntes. A ruiva pegou. Joy estava surpresa quando Moon curvou e agarrou uma das correntes. Ele a arrastou e prendeu a corrente em um tornozelo depois apertou fechadura até clicar.
— O que você está fazendo?
Olhou nela enquanto prendia o segundo.
— Consertando seu erro. Você nunca devia ter me libertado. — Raiva aprofundou sua voz. — Eu podia ter atacado meus amigos novamente. Eles me colocaram nisto por uma maldita razão.
Sua repreensão fez Joy cambalear. Permitiu que suas emoções pessoais nublassem seu julgamento. Ele a chamou e nem conseguia negar sua culpa. As acusações que Harley fez da primeira vez que se encontrou com ele voltaram para ela. Todas as boas intenções no mundo não importavam quando enfrentava a raiva de Moon.
— Moon? — A voz surpreendeu Joy e ela pulou, olhando para Justice North de pé atrás de sua esposa. Não o ouviu entrar no quarto.
— Bom te ver Justice. Queria que as circunstâncias fossem melhores. — Moon estalou a restrição sobre seu pulso. — Por que sua companheira está perto de mim? Ela não devia estar. Você perdeu seu juízo também?
Justice entrou na gaiola e agarrou Moon pelos ombros.
— Moon?
— Estou presente. Atualmente. — Moon estendeu a mão e segurou o braço de Justice. — Você pegou o bastardo que atirou em mim?
— Ainda não, mas temos pistas sólidas. Conseguimos capturar alguns dos humanos que tentaram roubar Bela. Eles não quiseram falar a princípio, mas eu fui persuasivo.
— Você tirou a gravata novamente e começou a se despir para evitar manchar sue terno chique de sangue? — Um sorriso arrastou os lábios de Moon e seu olhar suavizou. — A presente está bem?
— Ela está bem. Segura. Shadow e Bela acasalaram.
— Bom. Estou contente que esta merda não foi por nada. Qual é a minha condição além de estar fodido? — Olhou para Joy antes de olhar fixamente para Justice. Eu podia tê-la matado. Por que ela está aqui?
— Nós achamos que você só foi tranquilizado, mas você despertou selvagem. Nossos doutores estão consultando especialistas por todo o país.
— Um plano da Mercile? Aqueles bastardos são as pessoas que tentaram pegar a Presente?
— Era um imbecil rico que uma vez a possuiu, mas acreditamos que ele esteja trabalhando com a Mercile.
— Você não respondeu minha pergunta. Por que ela está aqui?
Justice hesitou. 98

— Nós estávamos desesperados para tentar qualquer coisa. Eu certamente não iria permitir Kregkor perto de você. Sei com você se sente sobre ele.
— Obrigado. — Moon soltou Justice e andou para trás. — Eu não estou certo quanto tempo eu tenho antes de perder a lucidez novamente.
— Você está certo que irá? —Justice o estudou. — Talvez esteja acabado.
— Eu não acho. Estou com uma enxaqueca e um pressentimento ruim.
— Que tipo? — Justice perguntou.
Machucou Joy que ele respondeu a seu amigo, mas ignorou suas perguntas, deixando óbvio que sua ajuda não era dada como bem vinda por Moon. Permaneceu muda enquanto os dois conversavam.
— Eu não sei, mas estou preocupado que perderei minha sanidade novamente. — Ergueu um braço, olhando fixamente para a restrição em seu pulso depois o deixou cair. — Mantenha-me preso. É melhor prevenir do que remediar. Minha memória não está muito clara. Há buracos vagos. Além de morder algumas pessoas e bater um pouco, eu fiz algum dano real para alguém?
— Não.
— Se desculpe por mim, tá? — Moon deu outro passo para trás. — Tudo fica atrapalhado em minha cabeça. Eu não consigo dizer o que é real e o que não é. Estou confuso a maior parte do tempo e acredito que eu voltei para Mercile ou para o deserto. Sinto ódio puro a um ponto que eu podia machucar qualquer coisa que se movesse. — Pausou. — Ira assassina. Você entende? Está é a emoção que me guia.
— Nós estamos fazendo tudo que podemos e não desistiremos.
— Eu sei disto. — Moon hesitou. — Eu seria nobre e te pediria para me matar, mas não estou pronto para jogar a toalha ainda. Eu quero combater esta merda e ter minha vida de volta.
— Não faríamos isto. — Jessie o assegurou, chegando mais perto da gaiola. — Nós conseguiremos encontrar o maníaco que criou a droga e o obrigar a nos dizer como inverter os efeitos. — Guardou sua arma. — Ainda que eu tenha que ir até ele. Eu posso ser bem má quando estou irritada e furiosa.
Moon sorriu para a ruiva, mas pareceu cansado.
— Você está trabalhando com a tarefa força novamente para rastreá-lo?
— Não. Estava com o cargo de guarda porque você acreditava que r Quatro. É o único uniforme que tenho.
— Eu estava com ela. — Justice suavemente adicionou. — Você não teria chance em causar danos em Jessie. Eu estava dentro do elevador o tempo inteiro, pronto para vir para sua ajuda.
— Não ponha sua companheira em risco. — Moon apertou as costas contra a parede e estendeu a mão, roçando sua testa. — Droga. Está ficando pior. Parece como se minha cabeça estivesse sendo apertada.
— Chame Treadmont. — Justice ordenou.
Jessie agarrou seu telefone celular.
— Estou ligando.
O olhar de Moon ergueu e olhou fixamente para Joy. O medo a agarrou que ele ordenaria para ela ser mandada embora, mas não disse nada. A voz de Jessie era suave 99

enquanto explicava a situação para quem respondeu e solicitou que uma equipe médica fosse enviada para o andar de baixo.
Joy sabia que seu tempo com Moon era limitado. Dr. Treadmont provavelmente exigiria examinar Moon em privacidade. Lentamente se aproximou dele enquanto continuaram a olhar um para o outro. Justice não tentou impedi-la. Pausou alguns centímetros de distância do homem que amava.
— Eu não vou embora. — sussurrou e odiou as lágrimas que uma vez mais encheram seus olhos. — Por favor, não peça para eles me manterem afastada de você.
Ele a surpreendeu esticando a mão e agarrando seu rosto. Seu dedo polegar era gentil enquanto acariciava sua bochecha.
— Nós temos negócios inacabados, doçura.
As lágrimas escaparam, mas não as enxugou. Deu-lhe esperança de que ele não a odiava afinal de contas.
— Você é a única que pode me alcançar quando eu estou perdido.
Queria saltar e o abraçar, aliviada que ele reconheceu que tinha algo especial entre eles. Levou um esforço enorme resistir ao desejo. Sua mão caiu e ele quebrou contato visual para olhar para cima de sua cabeça para Justice.
— Não dê a chave das minhas restrições a ela novamente. Eu a mordi. Mantenha barras entre nós de agora em diante. Este é a única maneira dela poder ficar comigo. Fui claro? Mande-a para cima para verificarem o ferimento.

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