domingo, 2 de novembro de 2014

Capítulo 05

Capítulo Cinco 
Justice North sentou atrás de sua mesa enquanto Tiger e Fury sentaram nas cadeiras nos lados do grande pedaço de mobília. Joy engoliu, esperando pela última pessoa chegar. Dr. Treadmont finalmente apareceu para a reunião que Joy pediu. Fechou a porta atrás dele.
— Sobre o que você deseja falar?
— Moon acredita que ele está no Setor Quatro.
Silêncio saudou aquela declaração até Dr. Treadmont fazer uma pergunta.
— Que diabo é isto?
— Havia locais distantes onde fomos instalados depois que fomos libertados da Mercile. — Fury respondeu. — Fomos escondidos da imprensa, dando tempo para nós assimilarmos a vida fora da Mercile.
— Eram motéis — Tiger adicionou. —, no meio do nada que o governo facilmente foi capaz de comprar ou ter acesso porque estavam abandonados. Enviaram equipes para limpá-los, consertar, e lá foi onde fomos alojados. Eles puseram guardas em torno da área para impedir que ninguém nos visse no caso de humanos perdidos aparecerem.
Justice falou em seguida.
— Lá foi onde Moon conheceu a Dra. Yards. Ela era sua psiquiatra. Os que estavam cuidando de nós depois de sermos libertados não apenas queriam que nos ajustássemos à vida fora de Mercile, mas queriam que aprendêssemos tecnologia moderna enquanto nos davam cuidados para a saúde mental.
— Eu era a terapeuta de Moon. — corrigiu, entretanto sabia que sempre seria uma “psiquiatra” para os Espécies. — Do que eu pude notar pela nossa conversa, ele 60

acredita que está ainda vivendo no motel. Ele vem de um longo caminho, entretanto. Ele se lembra de mim. — E lembra que eu o deixei. Decidiu esconder está parte. — Teve uma conversa normal comigo. Isto é uma melhoria enorme do que ele dizer uma ou duas palavras. Acho que está se recuperando devagar. Estou esperando que mais memórias voltarão e ele não terá um buraco enorme de tempo perdido.
Harley rosnou.
— Porra.
— Isto é bom. — Justice não pareceu seguro, entretanto. — Não é?
— Acho que sim. Estou esperando que sua memória completa irá retornar. Precisamos permitir que ele chegue a isso tranquilamente. Eu não quero arriscar que grandes choques custem sua recuperação. É uma possibilidade. As correntes e a gaiola o afligem. Eu pedi esta reunião para perguntar se podíamos melhorar suas condições de vida.
— Eu precisarei avaliá-lo. — Treadmont declarou, atirando a Joy um olhar. — Nós não sabemos se ele está bem o suficiente para confiar em seu julgamento. Eu quero que o Dr. Kregkor converse com ele.
— Aquele idiota não. — Harley murmurou.
— Eu concordo. — Fury agitou a cabeça. — Ele é o último humano que você quer pôr em um quarto fechado com Moon. Eu sou completamente estável e quero bater naquele no traseiro daquele imbecil metade do tempo que lido com ele.
— Quem é Dr. Kregkor? — Joy não gostou do som do sujeito.
— Ele é um psiquiatra atribuído para nós pelo governo dos EUA. — Justice respondeu, não soando feliz com isto. — Nós o impedimos de visitar Moon. É por isso que chamamos você.
— Eu li que a ONE estava totalmente sob o controle dos Espécies. — Estava confusa. — Isto não é verdade?
— É. — Justice debruçou de volta em sua cadeira. — Foi uma concessão que eu fiz. Era mais fácil concordar que discutir. Ele não tem nenhum poder real aqui, e, embora ele tenha tido problemas com muitas das nossas pessoas do modo errado estes dias, é boa publicidade se o público sabe que temos um psiquiatra na equipe. Caso contrário eu o teria permanentemente escoltado para os portões e proibido sua entrada.
— Por que alguém se importaria? — Não entendeu.
— Faz muitos humanos se sentirem mais seguros se acreditarem que estamos todos tendo terapia. — Justice suspirou. — Nós fazemos o que podemos para minimizar sentimentos negativos dirigidos em direção aos Espécies e nossa equipe de publicidade pensou que alguém sancionado pelo governo aliviaria um pouco do medo de nós.
— Como se nós fossemos regulados de algum modo. — Fury bufou.
— Kregkor é irritante, mas manejável. Ele tem uma cláusula de sigilo em seu contrato. — Justice olhou fixamente para Joy. — Não o quisemos perto de Moon depois de como ele lidou com Obsidian.
— Quem?
— Outro macho Espécie com problemas. — Tiger a informou. — O psiquiatra teria sugerido que nós matássemos Moon. 61

— Matá-lo? — Isto a chocou. A parte lógica dela rejeitou aquela avaliação do doutor. Não era nenhum segredo que os Novas Espécies não gostam e desconfiam da maior parte dos seus colegas. Nenhum terapeuta profissional jamais desconsideraria o direito a vida do cliente, ou lutaria para garanti-la. Ele era provável ser mais do que um pouco pomposo e arrogante, por isso sua aversão a ele.
— Sim. O cara é um canalha. — Harley declarou. — O que você acha que devíamos fazer Joy?
Decidiu ser sincera.
— Existem muitos fatores desconhecidos. Espécies e humanos são praticamente semelhantes, ainda assim o DNA alterado introduz muitas variáveis.
— Me ressinto disto. — Harley olhou. — Eu não sou nada como os humanos.
— Você tem genética humana também. — Lembrou a ele, sem ser muito educada. — Talvez não queira admitir isto depois do que fizeram com você, mas é verdade. Um espelho te assegurará isso. — Se levantou muito impaciente para se sentar, focando sua atenção em Justice. Ele estava no comando. — Você quer saber o que eu penso? É por isso que estamos aqui, certo?
— Sim.
— Tudo bem. Eu não estou certa do que fazer. Podíamos dizer-lhe a verdade e esperar que isto agite as lembranças. Entretanto, podia sair pela culatra e atrapalhar sua recuperação se o choque for muito grande. O Moon que eu conhecia poderia não ter lidado bem, talvez ficado com muita raiva, mas o Moon que eu vi em um vídeo não é o mesmo que ele costumava ser. Parecia melhor ajustado. Quero acreditar que ele pode processar a verdade, mas não estou certa.
— Que vídeo? — Tiger se levantou com preocupação em suas características. — Houve algo no noticiário que perdemos?
— Eu mostrei a ela um vídeo em meu celular. — Harley admitiu. — Queria que ela visse como ele era antes do ataque. Eu o filmei antes dele deixar a Reserva da última vez.
Tiger se sentou.
— Certo.
— Nós podíamos também trazê-lo de volta a realidade. — Joy abraçou sua cintura. — Este é um passo mais seguro para dar, em minha opinião.
— Como você sugere que façamos isto?
Teve tempo para pensar enquanto esperava pela reunião.
— Remova as correntes e destranque a gaiola, mas o mantenha isolado no porão.
— Olhou para Tiger. — Você tem algumas mulheres, hã, fêmeas guardas humanas trabalhando em Homeland? Eu mudaria seus guardas atuais para elas já que ele acredita que ainda está no Setor Quatro.
— Não. — Tiger agitou a cabeça.
Justice suavemente xingou.
— Jessie podia fazer isto. — Pareceu bravo.
— Quem? — Joy o olhou. 62

— Minha companheira. Ela trabalhou com a força tarefa humana. Ela ainda tem os uniformes. Recusa-se a jogá-los fora. Eles não são o mesmo que Moon lembrará, mas diremos que ela é uma guarda médica.
Fury rosnou.
— Você não vai convencer minha Ellie a entrar nisto.
— Slade não participará disto se você quiser colocar Trisha em um uniforme para fingir ser uma guarda. — Tiger advertiu. — Nem pense na minha Zandy. Obsidian não permitirá que Allison faça isto também. Tivemos que enviar Destiny para trabalhar na Reserva para evitar problemas quando ela começou a trabalhar no Centro Médico por meio período novamente. Obsidian não confiou no macho em não abordá-la para sexo, sabendo como Destiny se sentia em relação a sua companheira.
— Você acha que eu quero arriscar que minha companheira esteja em perigo? — Justice rosnou, parecendo qualquer coisa menos civilizado com seu lábio enrolado, exibindo caninos afiados. — Mas eu conheço minha companheira e ela quereria fazer isto. Eu sou protetor, mas não sou estúpido. Jessie não gosta de ser mimada e eu conto tudo a ela. A única razão dela não estar aqui nesta reunião é porque está tendo uma teleconferência com o irmão e sua equipe sobre seus esforços no Afeganistão.
Joy abriu a boca, mas a fechou, sem realmente querer saber do que eles estavam falando. Suas expressões estavam todas fechadas, olhares bravos voando em torno do quarto. Era boa em julgar subcorrentes. Era muito curioso o porquê da ONE ter qualquer interesse em algo acontecendo do outro lado do mundo, mas era uma daquelas coisas que deixaria passar. Sua prioridade era Moon.
— Além disso — Justice sorriu —, você acha que eu permitiria que minha companheira fizesse isto sozinha? — Olhou para Joy. — Eu vestirei calça jeans e uma camiseta e me apresentarei como 152. Ele pensará que sou apenas outro Espécie sendo mantido onde ele está. Eles sempre nos mantiveram em horários diferentes então não achará alarmante não ter me visto antes. Havia muitos Espécies e funcionários que não vi enquanto estava no deserto. Eu serei seu auxílio.
— Este é o macho que eu conheço. — Fury sorriu.
— Eu podia usar algum tempo de folga e sei que os oficiais estão entediados em proteger Moon. Jessie e eu acharemos uma maneira de nos divertir enquanto ficamos perto o suficiente para estar lá quando precisar.
Tiger riu.
— Tenha certeza que não haja nenhuma câmera ativa desta vez se você usar um dos quartos no Centro Médico. Todos nós sabemos que sua companheira te domina às vezes na cama, mas fiquei cansado de explicar para os machos que nunca foram montados por que você permitia isto.
A boca de Joy caiu aberta. Depressa a fechou. Eu não vou perguntar.
Harley riu e quando o olhou, ele estava olhando diretamente para ela.
— Os machos que não compartilharam sexo com humanos não entendem o conceito de ter uma fêmea em cima durante o sexo. Justice foi machucado uma vez e sua companheira decidiu, hã, levantar seu espírito. — Riu novamente e piscou. — Com a câmera em seu quarto ligada. A segurança teve um show até Tiger arrancá-la da parede. 63

— Eu não iria perguntar. — Entretanto, sorriu. — Embora tive uma pista com a parte do dominar na cama. Não lidei com muitas discussões sexuais, mas houve ocasiões quando isso surgiu e aconselhei Espécies. — Corou. — O assunto. Não… Inferno. — Mudou o assunto. — Como disse, acho que é melhor se nós tirarmos as correntes de Moon e permitirmos que ele vague pelo porão.
A diversão de Harley enfraqueceu enquanto continuou a olhá-la.
— Não haverá nenhuma barra para impedi-lo de te tocar. Você está preparada para isto? Está certa que está dando esta sugestão para benefício dele e não para o seu próprio?
Cada par de olhos na sala viraram em seu caminho e seu nível de vergonha se elevou assim como seu temperamento.
— Não me insulte. Minha prioridade é Moon. Eu já te disse que eu farei o que for preciso para ajudá-lo a conseguir sua vida de volta. — Sua espinha endureceu e manteve o queixo erguido, olhando para ele. — As correntes e barras o estão aborrecendo. Ele está falando e não me machucou. Fui eu que concordei em ser trancada lá embaixo com ele. Não faria isso se honestamente acreditasse que haveria uma chance dele me machucar.
— Você vai ser fodida. — Harley recusou desistir. — Ele ainda está obcecado por você se acha que está vivendo no passado. Você era tudo para ele.
Não ousou desviar o olhar dele para ver a expressão dos outros. Suas bochechas queimavam e começou a suar por ser colocada em evidência. As palavras escaparam dela enquanto achava uma maneira de responder.
— Sexo? — Dr. Treadmont pulou de pé. — É sobre isso que você está falando?
— Sente-se! — Justice se levantou de sua cadeira também.
Joy ficou boquiaberta para Justice, seu tom assustador e alto. Rosnou, ignorando-a, ao invés disso olhava para o doutor de cabelo branco.
— Eu protesto Justice. — Treadmont retrucou. — Eu não sou estúpido. Harley foi bem claro sobre a forma dela de terapia. Está é uma condição médica com que nós estamos lidando. Ele precisa de ajuda real, não uma prostituta. Nenhuma quantidade de sexo vai consertá-lo.
— Prostituta? — Girou sua cabeça em sua direção e olhou para ele.
— Se a carapuça serviu. — o homem velho retrucou. — Eu não acredito em terapeutas sexuais. É um título de fantasia para deixar a prostituição legal. Você não vai praticar seu comércio aqui, jovem.
— Ted! — Justice saiu por detrás de sua mesa e ficou entre ela e o doutor velho rabugento. — Saia do meu escritório agora e espere por mim na recepção. Você está exagerando em uma situação do qual não sabe nada. Discutiremos isto em particular.
— Sexo não é a resposta. — o doutor falou furiosamente, mas saiu em direção à porta. Fechou-a quando partiu.
Justice girou, ainda parecendo assustador com aquela expressão indomada. Estava bravo também.
— Peço desculpas.
Seu coração martelava enquanto adrenalina apressava pelo seu sistema. Nitidamente assentiu sem estar certa que qualquer coisa que saísse de sua boca naquele 64

momento seria profissional. Havia muito tempo desde que ela foi verbalmente atacada e insultada.
— Tentaremos permitir que Moon lentamente se recupere do jeito que você sugeriu. Ele não pode deixar o porão até que nós estejamos certos que ele não é um perigo para os outros. Conversarei com minha companheira. Por enquanto, pediremos para os oficiais colocarem roupas casuais e dizer a Moon que somos mais fortes e é por isso que estamos o protegendo. Diga-lhe que ele assusta os humanos no Setor Quatro. Isto é acreditável.
— Certo.
Hesitou.
— Harley tem razão. Nenhuma barra significa que Moon tentará compartilhar sexo se ele estiver atraído por você, o que eu presumo que ele está.
— Entendo.
— Você assinou o termo então pode retornar a ele. Ligarei para o oficial e o farei dar a você as chaves de suas correntes e da porta. Você está confortável em libertá-lo? Eu irei com você agora mesmo se preferir ajuda.
— Eu posso fazer isto.
Ele a estudou.
— Tudo bem. Dobrarei os oficiais fora do Centro Médico para ter certeza que ele não tentará escapar do edifício. — Caminhou para sua mesa, ergueu o telefone, mas não discou. — Você pode ir, Joy. — Olhou em torno da sala. — O resto fica.
Ela partiu, mas ficou cara a cara com Treadmont na recepção. Ele se sentou em uma das cadeiras, agitando a cabeça em reprovação, seus lábios estavam brancos por ficarem apertados muito firmemente. Debateu em discutir com ele, mas fugiu ao invés disso, sem querer uma confrontação. O homem estava furioso e podia entender seu argumento, ainda que não concordasse com isto. Não havia nada ortodoxo sobre o que estava prestes a fazer.
Mas Moon não era um estranho. Ele era 466, o Nova Espécie por quem se apaixonou e foi embora quando ele precisou dela. Desta vez não falharia com ele, sem importar com o que qualquer outro pensasse. Isso ficou em sua cabeça, dormir com ele, o que custasse.
Um dos oficiais uniformizados do ONE esperava lá fora em um Jipe.
— Por favor, me retorne ao Centro Médico.
— Ouvi o que aconteceu. — Acenou para o veículo.
Ela atirou nele um olhar interrogatório.
— Eu estava do lado de fora do escritório de Justice até Treadmont sair. Ele não é tão ruim, só antiquado. Também está frustrado. Ele se importa com Moon, mas não consegue consertá-lo. Isso o irrita e você se tornou uma saída para isto.
— Ele é algo. — murmurou, subindo no banco do passageiro. — Eu sou Joy, a propósito.
— Flame. — Empurrou a chave na ignição e o motor começou. — Moon é um amigo meu e ele falava de você às vezes.
Curiosidade a agarrou.
— O que ele disse? 65

— Nós estávamos conversando sobre arrependimentos uma noite. Ele compartilhou a história de perder você. Eu compartilhei a minha de como conheci uma humana que realmente gostei, mas a deixei ir. Às vezes penso sobre Amanda e queria tê-la convidado para me visitar.
— Por que não convidou?
Flame dirigia olhando a estrada em vez de olhar em sua direção.
— Ela teria que deixar sua vida para ficar comigo. Eu a investiguei e ela teve uma vida difícil. Um macho uma vez tentou matá-la. Eles eram noivos. Ela merecia mais do que eu podia oferecer a ela.
Joy não conseguiu resistir sondar.
— Presumo que ela estava interessada em você?
— Ela pareceu estar. Até me ligou algumas vezes, mas não respondi.
— Por que ela teria que deixar sua vida?
— Não podemos viver do lado de fora da terra da ONE. É muito perigoso com os grupos de ódio e nossos inimigos. Ela ficaria presa aqui comigo e a faria ser um alvo se fosse minha companheira. Ela realmente seria considerada Nova Espécie. Companheiros são considerados como uma parte de nós.
Companheiro. Ele queria algo sério com a mulher. Flame estacionou o Jipe na frente do Centro Médico e desligou o motor.
— Aqui estamos.
Joy girou no banco para olhar para ele.
— Se gosta desta mulher tanto assim, você devia ligar para ela. Eu não a conheço ou sei da sua história, mas às vezes você conhece alguém que muda sua vida inteira. Isto foi um ditado que me veio em mente. A vida é muito curta. Arrisque Flame. O pior que poderia acontecer é ela dizer que não.
— Eu podia amá-la se passássemos um tempo juntos, mas ela podia me deixar. — Sua voz afundou e os bonitos olhos de gato seguraram seu olhar. — Isso seria a pior coisa.
— Ou ela podia se apaixonar por você e ficar. Nunca saberá até que tente. Arrependimentos são uma merda para se viver. Eu sei. Você devia procurar esta fêmea se realmente gosta dela. É pior passar noites acordadas lembrando e torturando você mesmo com um monte de “e se” do que apenas arriscar para ver onde a relação te levará.
Ele a considerou com interesse.
— Moon?
Ela assentiu.
— Por que você largou seu trabalho então? Você podia ter vindo visitar a qualquer hora se sentisse a falta dele.
— Eu não tive nenhuma escolha, a não ser sair no momento. Acho que o medo me manteve afastada depois que Homeland abriu. Sou realmente uma covarde no fundo. Estava certa que ele me odiaria ou seguisse com sua vida, uma vez que recebesse uma. Ele não teve exatamente muitas escolhas no Sr Quatro quando se tratava de fêmeas que ele tinha acesso. Suas fêmeas eram menos receptivas e todos os guardas 66

que havia estavam grávidas ou recentemente tinham dado a luz. Era só eu e duas outras mulheres que eram solteiras. Elas eram muito mais velhas.
— Ele nunca te esqueceu. Até procurou por você na internet.
Isso a surpreendeu.
— Ele procurou?
Flame saiu do Jipe.
— Procurou.
— Tentou entrar em contato comigo? — Não foi informada se foi.
— Não que eu saiba. Estava bravo.
— Porque o deixei?
— Ele disse que você estava indo bem sem ele. Havia fotos de você e alguns machos que ele achou.
Franziu a testa, tentando pensar no por que de quaisquer fotografias dela e de alguns caras estar na internet. Então lembrou-se da arrecadação de doações da clínica. Algumas fotos foram tiradas para o jornal.
— Aqueles homens eram colegas de trabalho.
— Ele acreditou que você os estava namorando.
— Eu não estava. — Ela ia a encontros, mas nada sério e certamente não com ninguém com que trabalhava.
Flame se aproximou do seu lado do Jipe e acenou em direção ao edifício.
— Ele espera.
— Certo. — Saiu do veículo e se aproximou do Centro Médico. Quando ela entrou um novo oficial estava de serviço. Ele usava roupas casuais.
— Aqui. — Levantou duas chaves. — A chave porta para a gaiola e para suas correntes. Deseja que eu vá com você?
— Não. Tenho medo que o aborreceria se você fosse. Posso fazer isto. — Olhou para a roupa. — Você trocou de roupa rápido. Eu acabei de sair da reunião alguns minutos atrás.
— Estava perto quando a ordem chegou. Estou no lugar do oficial já que ele não tinha um conjunto sobressalente de roupas à mão.
Agarrou as chaves em seu punho, seu medo e excitação colidindo. Não fazia nenhuma ideia do que aconteceria quando soltasse 466. Podia ir realmente muito mal rapidamente. O oficial parou no elevador e removeu um molho de chaves.
— Nós estamos mantendo isso somente com acesso de chave. Desse jeito Moon não poderá deixar o porão. Nós ativamos as câmeras lá de baixo.
— Certo. — Não gostou da ideia de ser observada.
Ele pareceu ler sua mente quando sua expressão suavizou enquanto torcia a chave para abrir as portas. — Som somente. Justice ordenou a Segurança para escurecer a imagem. — Pausou. — Só oficiais fêmeas são permitidas para escutar. Esperamos que assim te deixaria mais confortável. Grite se precisar de ajuda e eu serei imediatamente notificado. Virei para ajudá-la.
— Obrigada.
Ele entrou e seu dedo hesitou em cima do botão para fechar as portas quando ela seguiu. 67

— Eu te levarei lá embaixo e depois vou ficar instalado lá em cima. Levará para mim mais ou menos quarenta segundos para te alcançar se houver problemas. Não lute se ele atacar. Enrole-se em uma bola e fique muito quieta. Mesmo selvagem isso deve afastá-lo de te machucar por tempo suficiente para eu chegar lá. A ajuda só estará segundos atrás de mim. Apenas fique fora do caminho se isso acontecer. Não interfira se eu precisar lutar com ele. Você seria ferida. Posso lidar com Moon.
— Não acho que ele me atacará.
Seu olhar a varreu.
— Defina sua versão de ‘ataque ' para mim.
— Me machucar.
Suas sobrancelhas curvaram.
— Você conhece os riscos?
— Eu sei que ele pode ser perigoso.
As portas fecharam com eles dentro quando empurrou o botão. Ele era um grande Espécie. Gostou dele.
— Ele poderia querer sexo. Você foi advertida disto?
Suas bochechas esquentaram novamente.
— Sim.
— Você está preparada para isto? — Franziu a testa, olhando o seu corpo. — Você não é muito forte.
— Hã, qual é o seu nome?
— Darkness.
— Eu sou Joy. — Não ofereceu sua mão, esse era um costume humano e não notou se Espécies balançavam a mão. — Moon e eu temos uma história.
— Fui informado sobre isso, mas você nunca compartilhou sexo com ele.
— Não. Eu não compartilhei.
— Você já assistiu programas de animais na televisão?
— Às vezes.
Seus olhos estavam realmente escuros à medida que estreitavam.
— Acasalamento de lobo?
— Não.
— Será mais ou menos isso se ele vier para você. Espere rosno, pose, e ele vai cheirar. Quando acasalando, nós tendemos a colar no instinto. Ele será agressivo e exibirá comportamento de alfa. Abaixe seus olhos, não faça nenhum movimento súbito, e não lute. Ele seria grosseiro sem intenção.
— Você é felino. Como sabe sobre lobos?
Ele hesitou.
— Eu passei muito tempo com residentes da Reserva na Mercile.
— O que isso quer dizer?
— Nossos Espécies menos civis são mantidos lá. Aqueles que a Mercile considerou fracassos. Fui alojado com eles por um tempo antes de sermos libertados. Seus comportamentos animais obscurecem suas características humanas na maioria dos casos. Não espere puramente ações humanas.
— Acho que eu entendo. 68

— Você está certa que quer fazer isto? — Ele a estudou de perto. — Ninguém te culparia se você recusasse.
Decidiu ser honesta.
— Eu o amo.
Não pareceu surpreso pela sua confissão.
— Quarenta segundos. Isto é tudo que você tem que suportar se ficar com problemas.
— Eu lembrarei.
Empurrou outro botão e o elevador abaixou para o porão. Darkness ficou contra a parede a fim de ficar fora da vista de Moon.
— Tenha cuidado. — sussurrou. — Tenha certeza que você esteja confortável com seu comportamento antes de libertá-lo.
— Obrigada. — sussurrou de volta, saindo assim que as portas do elevador abriram.
Moon compassava em sua gaiola, arrastando as correntes quando se aproximava. As portas fecharam atrás dela e sabia que estavam ambos trancados dentro do porão agora. Não tinha uma chave para o elevador.
— Oi. Eu voltei.
Ele parou de caminhar e rosnou, sua cabeça girando em sua direção.
— 466?
Seus lábios separaram e suas presas apareceram enquanto rosnava. Parou mais ou menos três metros das barras.
— Converse comigo.
Ele se moveu para as barras e rosnou baixo. Olhou em seus olhos e seu coração caiu. Nenhum reconhecimento mostrou lá. Ele teve um incidente? Esqueceu-se dela?
— Converse comigo. — disse novamente, com medo por ele.
— Venha. — severamente exigiu.
— Quem eu sou?
Ele piscou, um momento de confusão apareceu em suas características. A dor apunhalou seu peito enquanto segundos passaram. Rosnou novamente, balançou as barras, e mostrou seus caninos afiados. Ele não sabia. Qualquer lucidez que teve acabou.
— 466? É Joy. — Sua mente estava trabalhando, tentando compreender o que estava acontecendo. Eles conversaram e ele estava quase normal quando ela partiu. Agora era como se o enfrentasse novamente pela primeira vez. — Você me conhece. Tente lembrar.
Ele girou para longe, compassando, arrastando as correntes. Grunhidos suaves vinham dele enquanto lutou contra a angústia. Ele não estava melhorando. Ele estava tendo momentos de lucidez, mas depois os perdia. Seu coração partiu.
Levou muito para caminhar até a cadeira e derrubar as duas chaves onde ele não as veria. De jeito nenhum podia soltá-lo agora. Precipitou-se porque queria tanto acreditar que ele estava melhorando.
— Venha. — Moon rosnou.
Olhou para ele quando se virou para enfrentar sua gaiola.
— Quem sou eu? 69

Ele apontou para frente dele e seu olhar abaixou para seu peito.
— Agora.
Joy se aproximou devagar, mas ficou fora de seu alcance. Abaixou de joelhos, olhando fixamente para ele.
— Quem é você?
Confusão nublou seu rosto.
Tentou controlar suas emoções furiosas. Despedaçou-se que ele perdeu o que o estava prendendo a realidade. Raiva queimou também das pessoas que fizeram isto com ela. Gostaria de pegar a pessoa que o baleou com as drogas e torcer seu pescoço com suas mãos nuas.
— Venha. — exigiu novamente, mais severo que antes.
— Eu não posso. — Teriam que começar tudo de novo toda vez que o visse? Manteve a voz baixa, soltou a cabeça, e seus olhos fecharam. Doía demais vê-lo desse jeito.

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