terça-feira, 4 de novembro de 2014

Capítulo 20

Capítulo Vinte
Jeanie se afastou da mesa, olhando a comida que preparou, True estava ao
telefone durante algum tempo. Ela foi à procura dele, encontrando-o no quarto. Seu olhar
encontrou o dele e inventou uma desculpa para colocar fim a conversa.
— O jantar está pronto. Eu fiz carne e me assegurei de não ficasse muito cozida.
Ele se aproximou e envolveu seus braços ao redor de sua cintura. — De verdade?
— Eu sei que você gosta de sua carne crua.
— Irá comer também?
— Comerei as pontas. — Ela sorriu e passou os braços ao redor dele. — Venha
comer antes de ficar frio.
— Minha companheira preparou uma refeição para mim. — True disse sorrindo.
— Ainda me lembro de como cozinhar, vivo sozinha desde que me formei na
universidade e não tinha colegas ao redor para compartilhar uma refeição de microondas,
não via sentido fazer apenas para mim.
True a ergueu do chão e caminhou com ela pelo corredor. Jeanie levantou as
pernas e as envolveu ao redor da cintura dele.
Seu pau preso em sua calça roçando sua boceta, a deixava mais consciente de
que estava excitado.
— Continue assim e comeremos apenas mais tarde.
— Não, primeiro vamos comer, o sexo virá mais tarde. Quero comer o que
preparou para mim. — True a obrigou descer as pernas quando entraram na sala de
jantar. Ele puxou uma cadeira. — Sente-se, companheira.
Ele estava pensativo. Estavam juntos apenas alguns dias, mas tinha a sensação de
que não era um homem que deixaria de tratá-la de forma especial. Ele cheirou, sorriu e
ocupou a cadeira perto dela. Ela se inclinou e começou a colocar comida em seu prato
primeiro, então no dela.
— Está maravilhoso. — Ele cortou a carne e colocou na boca gemendo de prazer
enquanto mastigava e engolia. — Perfeito
— Magnífico. Foi uma receita que encontrei em uma das gavetas. Alguém a
esqueceu. — Ela cortou um pedaço de carne. — Posso perguntar com quem você estava
conversando ao telefone? Ficou ali por muito tempo.
— Você é minha companheira, pode perguntar o que quiser.
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— Pensei que fosse uma ligação particular relacionada com os negócios dos
Novas Espécies.
— Você é Espécie agora. Não existe nenhuma informação que não possa saber,
Jeanie. Era Darkness ao telefone, descobriram que Boris voou bastante para Oregon nos
últimos meses, usando um dos nomes falsos que costuma usar. Localizaram o local onde
aluga os carros e onde ele deixou o dinheiro, enviou também um membro da equipe ali
para ver se utilizam GPS nos carros para conseguir o local exato onde ele foi.
Ela esqueceu a comida em seu prato. — Então, há outro lugar onde Novas
Espécies estão presos.
— Não temos certeza, mas há uma suspeita.
— Existem empresas de desenvolvimento de pesquisas na área? É por onde eu
começaria a olhar.
— Três. Eles estão tentando descobrir se alguma tinha negócios com as Indústrias
Mercile.
— Pode procurar nas três?
— Podemos, mas não a mesmo tempo. O que nos preocupa é que se procuramos
em apenas um lugar, os outros dois podiam ficar alertas. Se não nos enganamos, podem
mover os Espécies ou matá-los para evitar que sejam resgatados.
— Por que não podem procurar nos três ao mesmo tempo?
— Não temos tanto homens treinamos para fazer isso sem colocar em risco os
Espécies que estão presos e preferimos não correr este risco. Eles não estão preparados
para lidar com os Espécies capturados ou para solucionar os problemas que tivemos em
outras instalações onde ficaram presos. É melhor investigarmos até termos certeza se
algum deles está envolvido com Mercile ou alguém foi alguma vez empregado com
acesso a nosso povo.
Ela movimentou a cabeça, entendendo tudo graças a estas informações. —
Entendo.
— Pode ser que não seja uma empresa de pesquisa. Poderia ser uma pessoa que
possuía uma Fêmea Presente. Está é uma área onde muitos humanos ricos vivem.
Jeanie nunca esqueceria o que significava ser etiquetada com esta classificação.
— Resgatou algumas, verdade?
— Sim. — Ele tomou um gole de leite. — Boris pode estar ali por outras razões.
Nós não queremos ser precipitados. Precisamos saber com o que estamos lidando.
— E as escutas telefônicas? Têm alguma coisa?
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— Ele fala com um humano, mas suas conversas são muito breves e não fomos
capazes de rastrear a ligação. Apenas sabemos a data e hora das reuniões. Os números
que Boris usa são impossíveis de rastrear. Tentamos ligar em um dos números que Boris
contatou, planejando dizer que foi um engano, mas foi diretamente para o caixa postal.
Era uma voz automatizada e não conseguimos definir o local. Marcaram uma reunião
para a próxima semana. Boris reservou um voo para Oregon, assim temos certeza de que
o humano é desta área. Uma equipe será a sombra de Boris para descobrir quem é o
humano, então segui-lo também.
— Isto é frustrante.
— Coma. — True insistiu.
Ela comeu, seu apetite desapareceu. True apreciou a comida o suficiente para
repetir três vezes. Ficou feliz de ver que realmente gostou da comida dela. Estava
nervosa enquanto preparava a comida, esperando que a carne fosse de seu agrado.
Seu telefone tocou e ambos olharam seu bolso dianteiro. Ele suspirou, pegou-o e
olhou. — Tenho que atender.
— Vá em frente.
Ele se afastou da mesa, levantou e afastou-se. — True.— Ele escutou e franziu o
cenho. — Por que? O que querem? — Ele parou, seu olhar em Jeanie. — Não, — ele
grunhiu. — Minha companheira não vai se encontrar com eles.
— Encontrar com quem?— Ela levantou-se, colocando seu guardanapo próximo ao
prato.
Ele disse a quem estava no telefone para esperar um segundo e franziu o cenho.
— Três agentes do FBI estão no portão e desejam falar com você.
Ela agarrou o encosto da cadeira, atônita. — Por quê? — Ela não tinha nenhuma
ideia do porquê os agentes desejavam falar com ela.
— Eles não disseram, mas Justice quer que você se encontre com eles para saber
o que querem. Tim foi conversar com eles, mas se negam a responder qualquer coisa.
— Quem está no telefone? Justice?
— Sim.
— Não o deixe esperando. — Ela disse horrorizada. — Ele é seu líder. Eu deveria
falar com eles se é o que ele quer que faça.
— Eu não me importo com o que ele quer. Você é minha companheira e não quero
você perto de outros humanos. Eles podem ter vindo aqui para causar algum dano.
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— Eles são agentes federais. Não tenho nenhuma ideia do que eles querem
conversar comigo, mas tenho certeza que ficarei bem, True. Quero dizer, eles verificam
os antecedentes. Pode ser importante. Deveria conversar com eles.
Ele grunhiu e ergueu o telefone de volta. — Ela quer conversar com eles, mas eu
vou junto. Não confio neles. — Ele escutou e desligou. — Vamos. Um SUV foi enviado.
Você não sai do meu lado, Jeanie. Entendeu?
— Perfeitamente.
— Justice e alguns outros estarão presentes. — Ele olhou para ela. — Você
precisa de sapatos.
Ela gostaria de trocar a roupa para algo mais profissional, mas camiseta e calça de
elástico eram as roupas mais bonitas que tinha agora. Supunha-se que buscariam seus
pertences no apartamento, mas ainda não tinham chegado. Ela calçou sapatos e foi ao
banheiro para escovar seus dentes e pentear os cabelos. True esperava por ela na porta
da frente.
— Eu não gosto disto.
— Eu também não, mas não sente curiosidade? Eu sim.
— Não. Eu quero manter todos afastados de você.
— Ficaremos aqui em Homeland, certo? Não iremos para nenhum outro lugar?
— Ficaremos aqui. Você não deixará o território da ONE.
— Então tudo ficará bem.
A viagem até o edifício comercial próximo ao portão dianteiro pareceu
extremamente curta para Jeanie. True a tinha em seu colo e podia ver por sua mandíbula
rígida que ele não estava feliz. Justice e Fury estavam reunidos do lado de fora quando o
motorista estacionou na frente da porta traseira.
— Não responda nenhuma de suas perguntas sem olhar para mim primeiro. —
Justice exigiu. — Sinto muito que seja desta forma, mas se negaram a dar informações.
As perguntas que fizerem indicarão porque estão aqui.
Fury movimentou a cabeça. — Tim está sentando dentro. Ele fez alguns
telefonemas e nenhum de seus contatos sabia que iríamos receber visitas de agentes. É
muito estranho.
— Fale devagar. — Justice fez um sinal em direção ao edifício. — Lembre-se de
olhar para mim antes de responder. Fiz um telefonema para o presidente, mas ele está
fora do país e não pode receber ligações.
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O Presidente dos Estados Unidos? Ela o olhou de boca aberta, entendendo o que
ele quis dizer. Era incrível que pudesse ter alguém tão importante em sua lista de
contatos. No entanto, também percebia a gravidade da situação.
Um Nova Espécie abriu a porta lateral. — Estão esperando na sala de
conferências. — Ele murmurou. — Recusaram café ou água.
Justice fez uma pausa, olhando para Jeanie. — Lamento fazer isso, mas nos irrita
que estejam sendo reservados sobre o que querem falar com você. Nós os informamos
sobre sua condição de companheira para o caso de tentarem criar um caso criminoso
contra você, mas não foram embora.
— Um caso criminoso? — Ela agarrou a mão de True.
— Refere-se à crime organizado e algumas das práticas de Pesquisa de
Drackwood ou Cornas que podem ter capturado seu interesse. Claro que como uma
companheira você não é mais sujeita à leis humanas e está protegida pela lei dos
Espécies. Eles não podem prender você ou levá-la de Homeland. Não têm nenhuma
jurisdição para fazer isso.
Ela se arrependeu de ter aceitado se reunir com os agentes do FBI, mas era muito
tarde para voltar atrás. — Você tem certeza sobre isto?
Fury riu. — Sim. Mostramos a eles uma cópia de seus documentos de
companheira como prova para o caso de não acreditarem em nós. Eles são conscientes
de que estão aqui e podem falar com você porque nós permitimos.
Ela sentiu seu medo se aliviando. — Certo. Entendi. Falar devagar, ver o que
querem e olhar para você antes de responder. — Ela olhou para Justice North. — Eu
posso fazer isto.
— Sabia que poderia.
Estava contente por ele ter fé nela, porque hesitou um pouco quando entrou na
sala de conferências pequena e viu três homens de ternos. Estavam muito bem
penteados, iam dos trinta aos quarenta e tantos anos e todos bem sérios.
— Srta. Shiver. — O mais velho falou. — Obrigado por concordar em se encontrar
conosco. Eu sou Agente Especial Spears, este é o Agente Especial Parks e o Agente
Especial Green. — Ele apontou para os outros dois enquanto falou seus nomes.
Ela sentou-se antes de qualquer outro, suas pernas ameaçando amolecer. —
Estou um pouco surpresa. — Ela admitiu. — Não tenho ideia do porque estou aqui.
Era muito pior que aquela vez, em sua adolescência, que lhe prenderam e
multaram por excesso de velocidade. Os três agentes sentaram-se em frente a ela, sem
deixar de olhá-la com seriedade. Seus nervos a corroíam e seu estômago parecia fazer
um giro mortal. True sentou-se junto a ela enquanto Fury se sentou do outro lado. Justice
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e Tim se apoiaram na parede, atrás dos agentes. Um dos agentes olhou para trás, franziu
o cenho, mas não disse nada quando a olhou novamente.
— Estamos investigando as atividades de um criminoso que pode ter ajudado
financiar Pesquisas Cornas. Temos a esperança de que possa nos ajudar. — O agente
especial Spears de inclinou. — Trabalhou como contadora ali e esperamos que possa
responder algumas perguntas. Ela se lembrou de olhar para Justice. Ele franziu o cenho e
concordou.
— Eu não contadora. Na verdade sou muito ruim em matemática. Sou a última
pessoa que deveria cuidar do dinheiro. Mal posso cuidar do meu talão de cheques.
O Agente Especial Spears franziu o cenho. — Em nossas informações consta que
era seu trabalho.
— Não era.
— Jeanie era uma Assistente Médica. — True confirmou.
— O termo correto é Flebotomista1. — Jeanie explicou. — Eu coletava amostras de
sangue.
— Nosso informante diz o contrário.
Ela olhou para Justice, vendo sua careta. Ele não movimentou ou balançou a
cabeça, então ela olhou novamente para o agente. — Eu não sei quem disse isso a você,
mas não é verdade. Pode verificar em meus registros de impostos. Minha ocupação está
listada. Você também pode consultar os cursos que fiz na universidade. Não é nenhum
segredo. Eu tenho as certificações atualizadas. Pode olhar tudo isso.
— Você está dizendo que nosso informante mentiu? — O Agente Green franziu o
cenho.
— Obviamente, desde que ninguém em seu juízo perfeito me deixaria chegar perto
de seu dinheiro. Inferno olhe a condição de minha conta bancária nos últimos anos.
Recebo multas regularmente para não prestar atenção em minha conta bancária. — Ela
parou, ruborizando e desejando não ter falado isto. — Eu não dou cheques sem fundos
de propósito. Eu pago com juros e nunca mais do que trinta dólares. Sempre pago as
taxas do banco quando preciso cobri-las. Por isso tenho cheque especial. Agora vou ficar
calada antes que fale mais que a boca.
— Entendo. — O agente especial Spears franziu o cenho. — Vamos falar com
nosso informante novamente sobre este assunto. Precisamos saber onde localizá-la. —
Ele procurou dentro do terno e tirou um dispositivo eletrônico. — Preciso de um número e
um endereço onde você pode ser encontrada.
Justice se afastou a parede. — Você pode entrar em contato com ela através de
Homeland.
1 Termo técnico para quem coleta amostras de sangue e é responsável por seu transporte ao laboratório
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— Acho que não entende a importância de nossa investigação. Eu preciso ter
acesso a ela.
— Acho que você não entende que ela é uma Nova Espécie.
— Ela parece humana para mim. — O Agente Especial Green murmurou.
— Ela é uma companheira e então é Espécie. Isso significa que você precisa usar
canais adequados para entrar em contato com a Espécie Jeanie. — Fury cruzou seus
braços sobre o peito, olhando intimidando para eles. — Este seria o escritório central de
Homeland. Não precisa entrar em contato com ela via telefone ou ter um endereço desde
que ela vive em Homeland.
— E se ela se mudar para a Reserva? Sabemos que é impossível encontrar
pessoas entre ambos os locais. Vocês não mantêm exatamente um registro ou lista de
passageiros como em companhias aéreas. — O agente Spears olhou para ela, então para
Justice. — Você pelo menos pode mantê-la aqui para que possamos entrar em contato
novamente?
Os olhos de Justice se estreitaram. — Provavelmente, mas não faço promessas.
O Agente Especial Spears ficou em pé. — Pesquisas Cornas foi vinculada à uma
organização da máfia. Podem ter usado a empresa para lavar dinheiro. Se ela era a
contadora e pode provar que foi transferido fundos, poderia estar em perigo. Acho que
deveriam aceitar a colocarmos sob proteção de testemunhas.
True ficou em pé. — Nunca. Jeanie não vai a nenhum lugar.
Justice rodeou a mesa, parando atrás de Jeanie. — A Espécie Jeanie ficará em
Homeland. Ela está segura aqui.
— Estamos falando sobre crime organizado, Sr. North. Não são idiotas com
intenção de chamar atenção da imprensa por qualquer coisa que decidiram apoiar ao
lançar algum ataque contra suas portas. Estamos falando de assassinos altamente
qualificados que podem ou não decidir silenciá-la se ela estiver possivelmente ligada a
Cornas. No ano passado mataram uma figura pública com uma grande equipe de
segurança depois que ele se recusou a deixá-los comprar uma quantidade grande de
propriedades que queriam para começar um monopólio de jogos.
— Somos organizados e estamos preparados para lidar com qualquer situação. Ela
não irá com você. Ela não era a contadora e True sabe de primeira mão, já que ela
costumava tirar suas amostras de sangue. Posso conseguir outras dúzias de declarações
de outros Espécies que dirão o mesmo. Seu informante está errado. — Justice tinha um
olhar duro. — Desperdiçaram seu tempo vindo aqui, cavalheiros.
— Nosso informante pode estar errado, mas esta é a informação que ele tem nos
dado. Nós sabemos e o cartel pode sabê-lo também. Ela pode ser um objetivo. — O
agente especial Spears não estava pronto para desistir.
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— Quem é seu informante?
Os lábios do agente se fecharam firmemente.
— Deixe-o. — Justice ordenou. — Sua entrevista terminou. — Ele se inclinou e
suavemente segurou o braço de Jeanie, fazendo com que ela levantasse.
Ela o fez, True a pegou e levou para a porta. Assim que a porta se fechou ouviu os
gritos. Fury saiu e movimentou a cabeça a um dos oficiais Espécies.
— Leve-os para casa. — Ele entrou novamente na sala com Justice e os três
agentes.
Jeanie estava confusa quando deixaram o edifício e entraram no carro. — Isso foi
estranho.
— Talvez o informante seja Jerry Boris. Ele quer tirá-la de nossa proteção. — True
a levantou do assento e a colocou sobre seu colo, envolvendo os braços ao redor de sua
cintura.
Ela se inclinou contra ele e estremeceu. — E se não estivéssemos acasalados?
Eles poderiam ter me levado com eles?
— Você está segura. — True admitiu. — Não importa, porque agora somos
companheiros e as leis que nos protegem, protege você. Você é Espécie e as autoridades
mundiais não têm nenhum direito de levá-la do território da ONE.
* * *
Depois que voltaram para casa, Jeanie foi tomar banho. True estava furioso, mas
esperou até que ela começou a encher a banheira, para ligar para Darkness, sabendo
que sua audição humana não funcionaria sobre a água corrente.
Ele respondeu no primeiro toque. — Eu sabia que ligaria, True.
— Era uma manobra para levarem minha companheira, não era?
— Parece que sim. Eles se recusaram a dar o nome de seu informante, mas
suspeitamos quem seja.
— Eu odeio aquele humano. Como pode mentir sem que soubéssemos?
— Ele provavelmente ligou de DC antes de chegar em casa e descobrir que a
tentativa de sequestro falhou. Suas agências governamentais não funcionam tão rápido
quanto nossa força tarefa. Pode ser que faz tempo que planejam vir aqui falar com sua
companheira.
— Poderiam tê-la levado se não fosse minha companheira?
— Eles tinham mandato para testemunha. Era um documento judicial, assinado por
um juiz, ordenando que a entregássemos por aquelas razões. Não se preocupe. — Ele
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disse. — Não é válido com a ONE. É menos que nada. Ser sua companheira o invalida.
Nenhum juiz humano tem autoridade aqui.
Ele grunhiu. — O humano não irá parar até tirá-la de mim.
— Ele está agora em casa assistindo televisão. Eu posso vê-lo da tela do meu
computador, True. Ele é realmente um homem chato. Pediu pizza para jantar e tem
evitado ir a Fuller já que alguns membros da equipe se apoderaram de seus guardas, até
que os novos possam ser contratados. A equipe me envia comida para que assim possa
manter um olho sobre ele.
— Não houve mais telefonemas para o desconhecido de Oregon?
— Não, mas ele ligou para uma massagista e marcou hora para ir à sua casa
amanhã de manhã. — Ele limpou a garganta. — Ela tem registro por prostituição, assim
acho que não é suas costas que ele quer que massageie. Alegra-me não ter câmera ou
microfone em sua casa. Não estou ansioso para ver isto. Ele não está em forma e nem
ela é muito atraente, a julgar pela foto dos antecedentes. Espero esteja pagando a ela
muito dinheiro porque merece se fingir interesse por ele.
— Ele paga por sexo?
— É uma coisa humana. — Darkness bufou. — Talvez seja por isso que ele nos
odeia. As mulheres humanas fazem fila no portão com a esperança de conhecer alguns
de nós. Duvido que qualquer coisa que faça este humano seja agradável e ele certamente
não pode atrair uma mulher com sua aparência. Neste momento está usando uma boxer
com várias machas e continua coçando o saco como se tivesse pulgas. Eu quero tomar
banho, só de olhar para ele.
— Minha companheira está tomando banho.
— Vá juntar-se a ela. Relaxe, True. Aprecie o tempo com sua companheira. Você
tem isso e folga até que tudo tenha terminado. Muitos homens sentiriam inveja de você
pelo tempo que tem com ela sem interrupções.
Darkness tinha um bom ponto. — Certo. Eu quero saber qualquer novidade.
— Certo. Oh, merda.— Darkness grunhiu. — Estou ficando doente.
— O que aconteceu?
— Ele gosta de pornografia e acabou de desceu seu calção. Essa mulher
realmente merece ganhar muito dinheiro amanhã. Eu não via algo tão pequeno desde que
visitei Fury e seu filho decidiu tira a roupa e correr ao redor da casa nu. Salvation é maior
que este macho. Vá ficar com sua companheira. Darei as costas ao monitor ou ficarei
doente. Acaba de cuspir na mão em vez de usar um pouco de loção.
True desligou fazendo uma careta. O desejo de ficar com Jeanie anulou tudo
enquanto caminhava pelo corredor e entrava no quarto, atravessando para alcançar o
banheiro. A visão dela se despindo perto da banheira fumegante era sensual.
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— Oi! — Ela sorriu. — É uma banheira grande o suficiente para dois. Por que você
não entra comigo?
Ele ficou tentado, mas seu sorriso foi um pouco forçado. — Você está bem?
— Estou bem.
— Jeanie?
— Certo. Continuo pensando nos agentes do FBI, de acordo? É um pouco
intimidante, pensar que queriam me levar. De onde venho, bem, eles conseguem o que
querem.
— Nós não nos importamos com o que eles pensam.
— Eu sei. — Ela se endireitou, totalmente nua. — Isso me assustou. Por que não
vem me distrair? — Seus braços se ergueram enquanto ele se aproximava.
True chegou ao outro lado do banheiro em uma batida de coração, erguendo
Jeanie contra seu corpo até que seus rostos ficaram no mesmo nível. — Eu deveria ligar
para Justice e pedir que prenda o humano assim ele não pode usar outros caminhos para
tentar afastá-la de mim. É óbvio que ele é a pessoa entre estes homens do governo.
— Não. Nós precisamos encontrar os outros Novas Espécies primeiro, True. —
Jeanie lembrou a ele.
— Não vale a pena ter medo, Jeanie.
Ela mordeu o lábio. — Eu vivi com medo muito pior do que isto, True. Isto não é
nem tão ruim. Pelo menos não me dispararam desta vez. — Ela brincou.
True grunhiu. — Ninguém conseguirá chegará perto de você.
— Era uma piada. Eu sei disto. Estou segura com você.
Ele inalou seu cheiro doce. — Continuo sentindo o cheiro do seu medo e está me
deixando louco. Não posso suportar que esteja assustada. Cada instinto que tenho está
gritando para que te proteja. Fico louco. Você não deveria ter medo.
Ela o abraçou mais forte ao redor de seus ombros e ergueu as pernas, envolvendoas
ao redor de sua cintura. — Temos que continuar com isso. É muito importante tentar
encontrar outros Novas Espécies. Ficarei bem.
Ele beijou sua testa. — Quero proteger você e ter certeza que não vai mais sentir
medo.
— Eu sei. Quero que seu povo seja encontrado e protegido. Vale a pena o medo
que estou sentido até que isto termine.
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— Eu não estou tão certo. Machucaram você por salvar minha vida e então
dispararam em você por proteger nosso povo. Você fez mais que suficiente pelos
Espécies. Você merece ser feliz, Jeanie.
— Eu tenho você. — Ela acariciou sua garganta com os lábios, roçando um beijo.
— Eu nunca fui mais feliz em minha vida. — Ela olhou para ele. — Você quer saber o que
me faria super feliz?
— Diga e é seu.
— Leve-me para o quarto. O banho pode esperar.
Ele deu a volta e caminhou para o quarto. Jeanie moveu a cabeça em direção à
cama. — Ali. Faça amor comigo. Vou tocá-lo até que esqueça sua raiva e possa me
distrair do meu medo.
Ele se sentou na cama com ela em seu colo. — Eu gosto deste plano.
— Menos conversa e mais ação.
Ele grunhiu e levantou a mão, segurando seu cabelo para aproximar seus lábios
dos deles. Ela se abriu para ele enquanto a beijava. Mal notou que ela soltou as pernas
de sua cintura até que lhe deu um repentino empurrão que o pegou de surpresa. Caiu de
costas sobre o colchão, olhando surpreso.
Jeanie se ergueu, apoiou as mãos em seu peito para ajustar suas pernas
sentando-se sobre ele e sorrindo. — Fique assim.
Uma sobrancelha se ergueu, mas ele ficou quieto enquanto sua companheira
descia por seu corpo até que seu traseiro descansou sobre a parte superior de suas
coxas. Ela se endireitou e segurou a frente de sua calça, desabotoando.
— Você quer tirar minha roupa?
— Poderia dizer que sim. — Ela olhou para ele segurando seu olhar, com humor
nos olhos. — Vou brincar com você enquanto isto.
Ele gostava quando ela era travessa. — Você quer me tocar até que perca o
controle?
Ela riu. — Você gosta de me dominar na cama, assim estou dando o troco a você.
Ele ergueu o quadril, levando-a com ele, para ajudá-la quando abriu a calça e
indicou que queria empurrar para baixo o suficiente para liberar seu pau do material. Viu o
sorriso dela quando olhou para seu sexo. Estava contente de ela gostar de vê-lo nu.
— Coloque as mãos atrás de sua cabeça e fique assim.
Ele hesitou, mas fez isto. Alguns homens falaram sobre sexo com humanas e como
elas pediam coisas estranhas. — Eu não poderei tocá-la se eu fizer isto.
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— Este é o ponto. Eu vou tocá-lo.
Ela agarrou a parte inferior de sua camisa e empurrou para cima. Ele arqueou as
costas para ajudá-la. Ela parou quando mostrou seus mamilos e ele grunhiu quando ela
curvou-se adiante, sua língua tocando a ponta arredondada. Sua respiração era morna,
foi o céu quando sua boca se fechou sobre o mamilo e ele fechou os olhos à medida que
ela chupava. Seus dentes inferiores suavemente roçavam a ponta que imediatamente
respondeu. Seu membro estava preso entre seus corpos e ele se retorceu pela
antecipação do que estava por vir.
As palmas abertas dela deslizaram por seu abdômen, a carícia descendo até que
uma de suas mãos se envolveu ao redor de seu membro. Ele grunhiu mais forte e
levantou o quadril contra ela.
Jeanie soltou o mamilo e soprou sobre ele. Ele abriu os olhos, olhando-a enquanto
ela sorria. — Gosta assim?
Ele assentiu, era incapaz de falar naquele momento.
— Acho que amará isto então.
Ela se moveu um pouco mais para baixo, sua boca beijando as costelas. Sua
língua lambendo a pele e ele apertou os punhos sobre a cabeça. Queria tocá-la. O
impulso era quase impossível de resistir, mas se lembrou de que ela queria que
mantivesse as mãos no alto.
Ele quis rodá-la no momento que ela chegou ao seu ventre. Queria foder sua
companheira. Continuou olhando-a, amando como ela segurou seu olhar, quase como se
o olhasse para medir suas reações. Não sentiu medo quando um grunhido saiu de seus
lábios e ela deu um beijo molhado no osso pélvico tão perto de seu pau que pode sentir
sua respiração.
— Você deveria ver seu rosto. — Ela sussurrou. — Fica muito sexy quando morde
seu lábio inferior e fica com esse olhar selvagem.
Ele agradeceu por ela não confundir seu desejo com raiva. Ela se levantou um
pouco, deslizou por suas coxas um pouco mais baixo e desceu a cabeça outra vez. Ela
colocou o cabelo de lado e estendeu sobre seu quadril. Sentiu um pouco de cócegas, mas
não quis rir quando sua boca pairou tão perto de seu pau. Esqueceu-se de respirar.
Abriu os lábios e sua língua rosa saiu como uma flecha. A sensação dela lambendo
a ponta de seu pau o fez silvar e empurrar o quadril. Ela parou, olhando para ele com
surpresa.
— Você está bem?
— O que você está fazendo? — Ele estremeceu surpreso com seu tom áspero...
Os dedos dele se apertaram ao redor de seu eixo, dando-lhe um aperto. —
Lambendo. — Sua mente ficou em branco.
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— Sexo oral.
— Eu sei o que significa. — Ele se sentou para cima um pouco, ajustando seus
braços até colocar os cotovelos na cama. — Nós não falamos sobre isto.
Seus lábios se curvaram para cima. — É necessário? Vai me deixar fazê-lo. É
justo.
— Uhm… — Ele estava achando difícil falar com a boca de Jeanie tão perto de seu
pau e mais consciente de onde ela o lambeu. Ele o apertou em sua mão, outra coisa de
que era dolorosamente consciente. — Isto não é uma boa ideia.
— Por que não? — Ela não parecia assustada, apenas confusa.
— Machos Espécies disparam forte o sêmen e sabe que eu incho no base.
— Então apenas brincarei por um tempo.
— Você está tentando me matar. — Ele soltou. Depois que registrou o que disse,
gemeu com remorso. Ele sabia que ela realmente não tentava matá-lo, mas se preocupou
com o fato de ela pensar que a estava acusando. — Eu quero dizer, meu controle não é
tão forte. Nunca fizeram isto antes.
Inclinou a cabeça e seus olhos se estreitaram enquanto observava seu rosto. —
Você está dizendo que ninguém nunca fez sexo oral em você?
Pode sentir o calor correndo para seu rosto. Ela não pode esconder que achava
estranho ou incomum. Isso era a última coisa que ele queria que sua companheira
pensasse. Era um pouco embaraçoso. — As fêmeas Espécies não fazem isto.
Ela sorriu. — Sou a primeira? Bem, relaxe e aprecie. Tente não puxar meu cabelo,
certo?
— Jeanie. — Ele suavemente advertiu. — Acho que não é uma boa ideia.
Ela lambeu os lábios. — Acho que é uma grande ideia. Só tenho que parar antes
de você gozar. Entendi. Apenas me dê uma advertência.
Ele abriu a boca para protestar, mas ela abaixou ou rosto e tudo que pode fazer foi
sugar o ar bruscamente quando ela o tomou em sua boca. A sensação era diferente,
muito agradável e ele simplesmente caiu sobre as costas com os olhos fechados
enquanto ela se movia, acariciando-o com a língua e lábios.
— Jeanie. — Ele grunhiu, agarrando o lençol em vez de seu cabelo. — Oh. Você…
eu… — Ele não podia nem formar palavras e as que saiam não faziam sentido. Pare de
tentar conversar, ele ordenou a si mesmo.
Cada golpe da boca dela ao longo de seu eixo era êxtase puro. A sensação de sua
língua contra a cabeça de seu pau o fez querer uivar. Queria expressar o quanto
apreciava, mas era tortura ao mesmo tempo. Era muito intenso, sentia-se muito bem e
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percebeu que estava a ponto de estourar quando suas bolas se apertaram. Ele queria
enchê-la com sua semente, mas sabia que poderia machucá-la, assim inclinou-se e
segurou-a pelos ombros, esperando não ter colocado muita força, para romper o contato
entre eles.
Ele rolou, segurando-a sob ele enquanto se movia o suficiente para descer da
cama e ajoelhar-se no tapete, um pouco duro, mas não se importou. Ela estava nua. Não
havia nada que o impedisse de amar sua companheira quando deslizou o polegar ao
longo de seu sexo. Estava úmida e pronta.
Obrigado, ele conseguiu pensar, sabendo que a tomaria de qualquer maneira já
que a necessidade de entrar nela era muito forte para parar naquele ponto. True ficou feliz
de não ter que fazer algo que ela poderia considerar grosseiro como abrir a mesinha de
cabeceira e pegar uma loção para umedecer o pênis a fim de não machucá-la.
Ele se voltou, olhou para seu rosto uma vez para ter certeza que não a estava
assustando. Ela parecia um pouco surpresa, mas bem. Virou-a sobre seu estômago. Um
joelho abriu suas pernas quando ele a puxou para a extremidade do colchão até que ficou
inclinada para ele. Nem sequer precisou de ajuda para encontrar o lugar correto quando
olhou para baixo e ajustou os quadris até que seus sexos se alinharam.
Ele entrou nela. Ela estava molhada o suficiente para tomá-lo de um só golpe. Sua
boceta estava apertada e esperava não fodê-la muito rápido, mas não podia parar. Ele
inclinou-se, segurando-a firmemente sob ele, mas tendo certeza de que seu peso não a
impedisse de respirar. Seu forte gemido foi um paraíso para seus ouvidos quando
começou a se mover.
Não podia diminuir a velocidade. Estava muito perto de gozar e completamente
selvagem. Jeanie gemeu mais forte, suas mãos agarrando seus antebraços, que a
seguraram sob ele e suas unhas se cravaram em sua pele. Não se importava com ela
arranhando-o até sair sangue, desde que gostasse do sexo.
Sua boceta ficou mais quente e mais molhada, mais apertada enquanto
furiosamente a fodia e grunhia uma advertência avisando que estava perto. Nenhuma
palavra foi pronunciada, ele não podia formá-las, mas esperava que ela soubesse o que
ele queria dizer. Ela se arqueou sob ele, dizendo seu nome e ele rezou para que fosse
por prazer em vez de dor, porque isto foi tudo que precisou para alcançar a felicidade
absoluta.
Seu sêmen a marcou quando ele inclinou a cabeça para trás e esvaziou tudo o que
tinha, no interior de sua companheira. True perdeu a noção do tempo enquanto se
recuperava lentamente. Sua respiração se estabilizou e percebeu que Jeanie ofegava sob
ele.
— Eu machuquei você? — Ele tinha medo da resposta.
Ela riu, seu corpo balançando um pouco. — Uau!
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Ele se lembrou de sua lesão. — Seu estômago. Eu sinto muito.
Sua cabeça girou e ela sorriu para ele. — Estou bem. Isso foi oh-meu-deus quente.
Ele observou seus olhos, procurando por sinais de dor, mas não viu nada.
Levantou-se um pouco, desejando não estar preso dentro de seu corpo e simplesmente
sentou-se sobre suas pernas com ela no colo. Ele curvou-se ao redor dela o suficiente
para olhar abaixo em seu estomago para ver o curativo. Nenhum sangue manchava sua
pele. Ele relaxou, abraçando-a.
— Vamos esperar até que você esteja completamente bem para ver como rompe
meu controle da próxima vez.
Ela apertou suas costas contra seu peito, ergueu os braços e suas mãos curvaramse
ao redor de seus ombros enquanto ela sorria. — Melhor não. Eu não me arrependo.
— Fui muito duro e não me lembrei de sua lesão. Adoro foder você no estilo
cachorrinho.
— Eu adoro esta posição também. — Ela riu. — Adorar é um eufemismo.
Ele deixou cair a cabeça e enterrou seu rosto contra o pescoço dela, respirando
seu cheiro maravilhoso. Apenas segurá-la e saber que não lhe machucou causava um
alívio enorme. Ele perdeu o controle, não pensou em mais nada além de sua união e
parte dele sentia-se como se houvesse falhado com sua companheira. Seu bem-estar
vinha antes das necessidades dele.
— Nós podemos fazê-lo novamente? — Seu pedido foi uma surpresa e ele
endureceu. Ergueu sua cabeça para olhá-la. — De verdade. Realmente se recupera
rápido. — Ela soltou seu ombro e apontou para a cama. — Em vez de cachorrinho, talvez
podemos fazer isto em cima da cama, entretanto, como fizemos antes. Menos contato
com meu estômago. Não machuca, mas não pressionaremos a ferida.
Sua companheira era realmente incrível. Agora tinha certeza de que não foi muito
duro com sua companheira ou a machucou. — Podemos fazê-lo.
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