terça-feira, 4 de novembro de 2014

Capítulo 13

Capítulo Treze
As portas duplas da biblioteca se abriram e Jeanie girou, olhando um grupo de
machos Novas Espécies entrar na sala. Todos cinco pararam, ficando quase ombro com
ombro em uma linha enquanto o que estava no centro cruzou seus braços em cima do
peito. Imediatamente o reconheceu.
Justice North fez uma careta. — O que está acontecendo aqui?
Jinx falou primeiro. — Nós estamos tendo uma reunião com Shiver. O que você
está fazendo aqui?
Ele não respondeu imediatamente, ao invés disso seu olhar localizou Jeanie. Ser o
alvo daquele olhar frio não foi a experiência mais agradável de sua vida. Justice North era
tão poderoso quanto podia ser no mundo dos Novas Espécies. Ele dava conferências de
imprensa regularmente, até interagia socialmente com o Presidente dos Estados Unidos,
e sabia que seu futuro, por fim, descansava nas mãos dele. Havia um rumor de que ele
governava Homeland e a Reserva. Sua palavra era lei.
— Você é a causa de todas as discordâncias entre meu povo.
Não estava certa de como responder e decidiu permanecer em silêncio.
— Ela não parece perigosa. — O macho de cabelo escuro a sua direita murmurou.
— Tim a chamou de bomba relógio, mas não há o suficiente dela para causar muito dano
se ela explodir.
— Pare com isso. — Darkness suspirou. — Essa não é hora para brincar.
True saiu de sua cadeira e se moveu em uma posição que o colocou entre Jeanie e
os outros homens, mas ela ainda podia vê-los. — Por que você está aqui?
Justice curvou uma sobrancelha escura e o sorriso frio desapareceu. — Eu não sou
bem-vindo?
— Claro que você é. — Luna depressa declarou. — Nós apenas ficamos surpresos
por ver você.
— Por que você está aqui? — True não gostava de indiretas.
— Não há necessidade de ser rude. — Darkness grunhiu. — Nós temos notícias e
Justice queria ser a pessoa a compartilhá-la.
— Relaxe, True. Acalme-se. Ela está segura. Eu vim para informar que o telefone
celular dela foi recuperado exatamente onde ela disse que estaria e os dados
processados. — Os braços de Justice soltaram-se e seu olhar fixou-se nela. — As
informações combinaram com o que você nos disse.
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— Eu sabia que iria. — O tom áspero de True suavizou. — Ela não enfrentará a lei
dos Espécies.
— A merda que ela não irá. — Tim entrou na sala.
Justice girou e suspirou. — Por que você está aqui, Tim?
— Você desligou o telefone na minha cara. — Tim olhou ao redor da sala, sua
atenção ficou em Jeanie. — Ela podia ter facilmente usado um segundo telefone para
fingir que era o suposto Agente Brice. Era isso que eu estava tentando dizer antes de
você tão rudemente me cortar. Eu tenho que brincar de advogado do diabo aqui. — Ele
avançou para o alto líder Nova Espécie, mas parou alguns centímetros atrás. — Aqueles
textos não provam nada exceto que ela é esperta o suficiente para pensar além no caso
de ser pega.
— Você foi capaz de localizar o outro número? — Justice cruzou seus braços sobre
o peito novamente, esperando por uma resposta.
— É um beco sem saída. Nós ligamos e não conseguimos nada. A operadora não
mantém registros e foi inútil. Ela ou destruiu o segundo telefone ou removeu a bateria. —
Empurrou um dedo em direção a Jeanie. — Ela ainda é uma suspeita.
— Ela não está mentindo. — True avançou, mas parou.
Tim o enfrentou. — Ela é inteligente?
— Claro. Não a insulte.
— Não estou. Estou dizendo que ela é muito brilhante, mas isso é aonde eu quero
chegar. — Tim olhou de volta. — Sua namorada é boa, mas eu sou melhor. Eu vou pregar
seu traseiro na parede.
True grunhiu e suas garras apareceram, mas ele ficou parado.
— Tim. — Justice advertiu. — Não ameace a mulher.
Darkness ficou entre True e Tim. — Nós discutiremos isto em outro lugar.
— Eu tentei. Justice desligou na minha cara então tive que vir aqui. Coincidências
não existem quando estamos falando sobre uma mulher que trabalhou em não um, mas
dois, daqueles buracos de merda pelos quais pagamos resgate. — Ele se inclinou de lado
o suficiente para olhar para True. — Ela foi boa para você e salvou sua vida. Entendo
como quer retribuir e protegê-la. Obviamente tem sentimentos que vão além de gratidão.
Eu até percebi isso. Droga tinha esta ex-atiradora do exército soviético que uma vez
conheci que era tão quente que ela podia fritar ovos em seus peitos, mas nunca esqueci o
quão letal ela podia ser.
Tim pausou, abaixando sua voz. — Estou apenas pedindo para me deixar fazer
meu trabalho. Nós não encontramos um Agente Brice ou o sujeito fingindo ser ele, se
sequer existe. Não tenho nada contra sua namorada, mas não vou cair em sua história
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até que eu tenha provas concretas. Minha prioridade é proteger cada um de vocês,
apesar disso me fazer parecer um imbecil. E não tenho uma conexão sentimental com ela
que possa balançar meu julgamento de qualquer forma. Você honestamente pode dizer o
mesmo?
As mãos de True se abriram. — Não, mas eu fortemente acredito que você está
errado.
— Espero que seja certo por você e por ela. Odeio ver um homem ter seu orgulho
arrancado por uma mulher que o enganou. Vamos concordar em discordar e nos
comprometer. Ela pode morar com você desde que seus movimentos e contatos com os
outros sejam restringidos, se por outro lado, eu possa continuar a investigação até que
esteja completamente satisfeito de sua culpa ou inocência.
— Isto é justo. — Darkness olhou entre os dois homens.
True assentiu. — Tudo bem. Não tente tirá-la da minha casa.
— Então fique de olho nela. Não pode ter contato com o exterior e haverá um
oficial em sua porta. — Tim enganchou seus dedos polegares nos bolsos dianteiros de
sua calça cargo. — Ouvi que você está tentando ajudá-la a provar sua história. Isto é
verdade?
— Sim.
Tim olhou ao redor da sala para todos os Novas Espécies juntos e sua expressão
de pedra suavizou-se para algo que poderia passar como condolência. — Eu fiz alguns
telefonemas desde que ela reivindicou ter contatado a ONE pelo site. Não havia nenhum
site falso imitando a ONE quando Drackwood existia. Meus técnicos não têm acesso aos
emails e mensagens anteriores aos que Homeland recebia já que Justice insistiu que
apenas os Espécies estariam no comando disto. Eles passam para minha equipe
qualquer coisa que precisamos ver. Se ela realmente enviou um e-mail ou deixou uma
mensagem, se estiver dizendo a verdade, você poderia ser capaz de encontrá-los para
confirmar essa parte de sua história. É um tiro no escuro, mas você está dando um e
então eu também estou.
— Obrigado. — True retomou sua cadeira.
— Foi antes de seus oficiais assumirem o comando do site, mas eu tenho certeza
que você tem cópias de segurança de tudo que entrava ou saia da conta de e-mail ligada
ao site. O protocolo sempre foi de automaticamente gravar todas as mensagens e
comunicações conosco e arquivá-las. — Encolheu os ombros. — Soa como um inferno de
muita papelada para verificar, mas é uma opção. Além disso, ela estava certa sobre
aqueles gases escondidos nos alarmes de incêndio em Cornas. A equipe os achou bem
onde ela disse. Eles poderiam ter acidentalmente os ativado enquanto coletavam provas e
alguém poderia ter morrido. Eles os desativaram.
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— Vamos para o meu escritório. — Justice sugeriu. — Eu tenho outro assunto para
discutir com você, Tim.
O homem abertamente estremeceu. — Sim. Certo. Vamos acabar logo com isso.
Eu gosto de uma boa advertência antes de ir para casa. Eu normalmente gosto de dar um
fim nisto.
Jeanie os olhou partir com alivio . Seu nome não estava limpo ainda, mas ao
menos não iriam tirá-la da casa de True para enviá-la para a prisão. Jinx sorriu
abertamente.
— Nós acharemos seu e-mail ou aquela mensagem.
— Nós estávamos indo ao site da web. — Luna disse. — São boas notícias.
— Por que boas noticias? — True colocou seus cotovelos na mesa e descansou
sua mandíbula nas mãos viradas para cima.
— Os humanos têm acesso a e-mail e mensagens entrantes. Nós estamos
procurando por um humano. — Luna irradiou.
— Ela está certa. — Uma sugestão de excitação soou na voz da Query. — Nós
temos todos os arquivos de todos os humanos que trabalharam para a ONE. É por onde
deveríamos começar. Foi assim que o Agente Brice entrou em contato com ela. Ele
poderia ser a pessoa que recebeu e respondeu seu e-mail ou talvez conseguisse uma
cópia da mensagem. Estão nos mesmos arquivos.
— Por que alguém teria esse trabalho por nós?
Luna respondeu a pergunta de True. — Dinheiro. Eu sei que os humanos precisam
de dinheiro e trabalham para isso. Ele deve ter estado em outro trabalho quando se
encarregou da segurança dos Espécie e do site da web. Trocar informações por dinheiro
é uma característica muito humana.
Jinx grunhiu. — Nós nos encontraremos amanhã no Centro de Segurança e
olharemos os registros de machos humanos que trabalharam na ONE. Isso poderia ser
mais rápido que ir pelos arquivos contendo e-mails e cópias de mensagem antigas. — Ele
olhou fixamente para Jeanie. — Você pode olhar para seus rostos até encontrarmos o
que estamos buscando. Todos os empregados têm crachá com fotos e informações em
nossos computadores.
— Ela pode fazer isto e encontrar o humano. — Luna movimentou a cabeça. —
Nós poderíamos até ter sorte e Brice ser seu nome real. Isso não seria grande?
— Eu duvido que ele seja tão estúpido. — True endireitou-se em sua cadeira. —
Pior ainda, e se o humano deu suas informações para outra pessoa que nós não temos o
registro? Nenhuma fotografia, nenhuma identificação.
— Não seja negativo. — Query disse. — É a esperança que temos.
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— Eu só não quero que tenha expectativas de que solucionaremos isto
rapidamente. — True observou Jeanie que olhava para baixo a seu lado. — Eu nunca
esquecerei como você quase morreu. Amanhã pode ser difícil assim você precisa dormir.
Muitos humanos trabalharam para a ONE e há muitos registros para revisar. — Ele
encontrou ela olhar. — Eu vou pedir a Luna para escoltar você até em casa e estarei lá
em poucos minutos. Eu preciso fazer algo primeiro. Você se importaria de levar Jeanie
para o terceiro andar e esperar com ela até que eu voltar, Luna?
— Eu adoraria. — Luna ficou de pé. — Eu até farei um lanche. Eu aprendi nas
aulas de primeiros socorros que as pessoas feridas precisam comer frequentemente e de
muita bebida. Venha comigo, Jeanie. — Ela contornou a mesa longa. — Este é um nome
tão bonito. Eu posso chamá-la assim?
— Claro. — Jeanie queria saber o que True iria fazer.
Ele deu seu um sorriso forçado. — Vá. Eu irei logo.
Estava despedindo-a, deu meia volta e sorriu para Luna. A alta Nova Espécie
suavemente enganchou seu braço no de Jeanie. — Eu estou tão contente por você estar
aqui. Nós podemos nos ver frequentemente e vamos ser grandes amigas.
Jeanie estava preocupada por True ficar para trás, mas Luna a distraiu. Com um
sorriso genuíno nos lábios. — Eu gostaria muito.
* * *
True bloqueou a saída para que ninguém deixasse a biblioteca. Ele olhou fora para
ver a que distância Jeanie estava no corredor abaixo antes de girar e fechar as portas.
— O que você está fazendo? — Jinx perguntou apontando para as portas.
True estimou o tempo que Jeanie levaria para ficar longe o suficiente para não
ouvisse nada.
— Há algo mais que queira discutir?
Quatro. Três. Dois. Um. True não advertiu o macho antes de seu punho fazer
contato. Jinx soltou um gemido dolorido enquanto tropeçava para trás, agarrando o
estômago.
O felino ofegou. — Que diabos?
— Assim foi como me senti quando você jogou na minha cara o meu não
acasalamento com Jeanie.
— Não é agradável ser atacado sem ver. — Jinx esfregou o ventre. — Doeu.
True avançou, empurrando o outro macho no peito. — Não paquere minha fêmea
novamente ou me desafie na frente dela.
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O felino ficou olhando. — Você podia ter me batido quando eu disse isso ao invés
de se vingar assim.
— Jeanie não gosta de me ver lutando. Fique longe da minha mulher.
O outro macho manteve a distância. — Ela fez sua escolha. Eu respeito isto.
— Ela não gosta de violência. — True o fulminou com o olhar. — É por isso que
esperei até ela ir embora. Estou tentando provar que posso ser um bom companheiro
controlando meus instintos.
— Você quer dizer seu temperamento.
Ele balançou a cabeça. — Instintos. Ela é minha.
— Então acasale.
— Eu tentei. Ela não quer. — A frustração era forte. — Isso me deixa irritado.
Query sentou-se na mesa. — Os humanos precisam mais tempo para pensar sobre
um compromisso vitalício. Eu li que a maioria escuta sua mente em vez de seus corações.
Pensam que é necessário ter cautela, já que não confiam em seus instintos.
— Talvez o sexo seja ruim. — Jinx murmurou. True arremeteu para o homem que
logo saiu de seu caminho, colocando outro macho entre eles.— Era uma piada! Acalmese.
True grunhiu, debatendo-se entre deixar os dois homens de lado e dar um soco
pela ofensa.
— Merda. Isto é tudo? — Jinx empalideceu. — Eu sinto muito. Esqueci que você
não foi usado em Mercile em experiências de procriação, exceto uma vez. Eu apenas tive
sexo com mulheres desde que fui libertado. É sua primeira humana? Poderia te dar algum
conselho se quiser. Compartilhei sexo com muitas delas. Tem que ser mais suave e
manter-se em silêncio. Os machos humanos não conseguem ser vocais para mostrar seu
prazer e a mulher poder achar alarmante quando grunhir.
— Cale-se Jinx. Está a ponto de começar uma briga se continuar conversando
sobre isto. — Query ficou em pé e aproximou-se lentamente de True. Parou alguns
metros de distância, com expressão sombria.
— É uma coisa humana. Não tome isto como pessoal. Estou certo que você fez
tudo o possível para mostrar que seria um bom companheiro. Posso ver como se sente
sobre ela. Apenas tem que dar um pouco mais de tempo e tenho certeza de que assinará
os papeis. Também vejo a forma como ela olha para você e o mesmo acontece com Jinx.
Por isso está tão irritado. Ele se sente atraído por ela, mas está claro que você é o seu
homem.
— Não precisa esfregar na minha cara. — Jinx saiu de trás dos machos e se
sentou em uma cadeira. Ele franziu o cenho para True. — Eu só quero ter certeza de que
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ela está protegida. Não importaria se encontramos o humano que a usou ou não, se ela
for sua companheira. A lei Espécie a isenta de ser processada. Existe a possibilidade de
que não seja um empregado fingindo ser aquele agente. Ele podia ter vendido as
informações para outra pessoa ou dado a um inimigo como vingança se ele se sentisse
desprezado pela ONE.
— Eu tentei explicar por que ela deveria ser minha companheira e como a
protegeria.
— O que ela disse? — Query curvou uma sobrancelha.
— Ela não disse sim. Este é o problema. É frustrante. — Ele segurou o olhar de
Jinx. — Então devo me abster de esmurrar você quando me desafia e se pavoneia na
frente dela, Jinx.
— Eu não me pavoneio.
— Sim, o faz. — Flirt levantou os braços e inchou o peito. — Olhe para meus
músculos, fêmeas. — Uma mão se ergueu e ele balançou os dedos. — A mão funciona
perfeitamente para tocar você. — Ele a abaixou. — Sei que ela conseguiu que os médicos
trabalhassem nisso para que não ficasse inútil e tinha que se assegurar que ela soubesse
disto, para recordar-lhe que uma vez se preocupou com você. — Inclinou-se sobre a
mesa para esconder o rosto de True e parecer maior que ele em uma tentativa de chamar
sua atenção.
— Eu pegarei você. — Jinx ameaçou. — Você me insultou e lutaremos.
— Suficiente! — Query os fulminou com o olhar.
— Pelo menos meu nome não é Flirt. — Jinx disse. — Você é a pessoa que se
pavoneia o suficiente para ganhar este título e de fato brigou com ele diante de Shiver.
— Eu fui apenas amigável. Você que é um tonto! Deve ser a Espécie mais sem
coordenação que existe.
— Eu escolhi meu nome porque é uma má ideia me deixar irritado. Você quer que
eu prove?
True limpou a garganta. — Tenho que voltar para Jeanie. — Ele olhou ao redor
fazendo contato visual com todos os machos. — Jeanie é minha. Eu não vou bater em
ninguém na frente dela, mas haverá represálias se alguém tentar me desafiar para
conseguir o interesse dela. — Ele olhou fixamente para Jinx e depois para Flirt. — Fui
claro?
— Perfeitamente. — Query respondeu. — Vá para sua mulher e tenha paciência.
True balançou a cabeça. — Obrigado por ajudar. Nós nos reuniremos contigo
depois da primeira troca de turno.
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Ele girou e foi em direção às portas duplas e as abriu. Ouviu quando Flirt e Jinx
trocaram outra ronda de insultos antes de um deles grunhir e uma cadeira cair no chão.
Sentiu satisfação por não tê-lo golpeado várias vezes, depois de ter se permitido este
prazer. Jeanie saberia que entrou em uma briga pelos nós dos dedos ensanguentados.
Seu humor melhorou quando saiu do elevador no terceiro andar e fez contato
visual com o oficial no corredor. Caminhou até ele, não estava com humor para ter outra
discussão com o macho. Precisava convencer Jeanie de ser sua companheira.
Seu futuro não podia depender de serem capazes de identificar o humano que
fingiu ser um agente. Ela significava muito para ele, havia a possibilidade de que ela
pudesse voltar para o mundo exterior se fosse absolvida de todas as acusações e este
pensamento fazia com que sentisse uma dor no peito. Não podia perder Jeanie.
Jeanie estava sentada no sofá quando fechou a porta. Ele olhou ao redor à medida
que inalava. Não via nem sentia o cheiro de Luna. — Luna não ficou?
— Precisava de alguns minutos sozinha.
Ficou tenso, automaticamente suspeitando e olhando para a parede onde deveria
estar o telefone. Não havia um. A linha ainda não tinha sido transferida. A tensão sumiu
quando se aproximou dela, seguro de que não tentou entrar em contato com o mundo
exterior.
— Você está bem?
Seu sorriso não alcançou os olhos. — Estou um pouco cansada.
— Comeu?
— Não. Ainda estou cheia.
Ele se agachou, com os joelhos separados para que ela ficasse entre eles e
agarrou a extremidade do sofá de ambos os lados de suas coxas. — Você precisa dormir.
— Ele olhou para baixo e desejou que ela precisasse de sexo ao invés. Seu pau
endureceu em resposta a seu cheiro feminino e sua proximidade. — Vamos para a cama.
Ela estendeu a mão, sua palma ficou a centímetros de sua bochecha, mas ela não
fez contato.
— Faça. — Ele disse.
Seu toque foi leve sobre seu rosto. — Você é tão bom comigo.
— Gostaria de ser muito melhor. — O pensamento de tirar sua roupa e deixá-la
nua atravessou sua mente com tal ímpeto que teve de abaixar os joelhos e apoiá-los no
chão para acomodar a parte da frente de sua calça que logo ficou apertada e a posição
que estava não era muito cômoda.
— Por que você estava triste mais cedo?
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Ela olhou, obviamente descontente com o assunto.
— Jeanie? — Sua voz ficou mais rouca. — Não evite minhas perguntas. — Ele se
inclinou mais perto. — Eu não vou a nenhum lugar ou permitirei que se afaste até que
diga a verdade. Não morda o lábio, você faz isso quando está indecisa, mas não há
nenhuma outra opção. Fale.
Ela encontrou seu olhar. — Eu odeio que tenha sempre que me defender e que
discuta com outros Espécies. Inclusive brigou com seu amigo por mim. Sinto-me culpada,
de acordo? Tudo o que sempre quis para você era que pudesse ter uma vida feliz, mas
estou presa a isso.
Tinha um coração doce. Ele gostava disso nela. — Sou feliz e os machos Espécies
são agressivos, lutei com muitos deles e farei novamente. É simplesmente um costume
Seus dedos deslizaram para o cabelo dele. — Tivemos que nos mudar para um
novo apartamento. Exatamente quantas vezes você fez isso antes que eu entrasse em
sua vida?
A sensação de suas unhas passando suavemente por seu couro cabeludo lhe
excitava ainda mais. Era uma lembrança de como se sentiu quando a fodeu.
— Nunca, mas machos normalmente não me visitam. Nós nos encontramos no
andar de baixo ou em outros locais. Ele entrou em minha casa procurando por uma briga
e encontrou uma.
— Você já trocou socos com Flirt antes?
— Sim. Eu treino com muitos machos.
— Você sabe o que quero dizer.
— As vezes solucionamos nossas diferenças de forma física. Está em nossa
natureza. — Um pensamento veio a sua mente, a possível razão por ela se negar a ser
sua companheira. — Tem medo de que eu bata em você? Eu não faria isso. — Ele olhou
para seu corpo, horrorizado com a ideia. Queria tocar Jeanie de várias formas, mas
apenas por prazer. Ficou olhando seus olhos. — Dou minha palavra. Posso ficar furioso,
mas juro que nunca te machucaria.
Ela se sentou para cima um pouco, aproximando-se o suficiente para que com
cada respiração profunda dele seu peito tocasse o dela. — Eu sei, True. Tinha todas as
razões do mundo para me atacar em Drackwood, mas nunca o fez. Poderia ter me
machucado se quisesse. Eu sempre ignorava os protocolos de segurança quando entrava
em sua cela.
Jeanie tinha a habilidade de derreter toda a frieza dentro dele que havia construído
em sua vida. — Por que confiava em mim se era consciente do perigo?
— Queria estar perto de você. — Sua voz suavizou quando ergueu a outra mão
para colocá-la sobre o coração dele. — Não pude resistir.
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Não soube dizer quando ele diminuiu a distância entre eles e tomou posse de sua
boca. Seus lábios suaves se separaram em boas vindas quando ele a beijou. Ele colocou
os braços ao redor de sua cintura para puxá-la firmemente contra seu corpo. O desejo de
levá-la para a cama era forte, mas ele resistiu, tentando fazer tudo devagar.
True deslizou o polegar atrás de sua calça e com o outro braço a levantou do sofá.
Ela ofegou contra sua língua, mas não protestou. Ele moveu o braço e começou a tirar a
calça. Tinha que se afastar do sofá para fazê-lo, mas alcançou seu objetivo, deixou-a nua
enquanto ela ajudava movendo suas pernas.
Ele se recusava a deixar de beijá-la enquanto a colocava sobre as almofadas
suaves. Beijá-la era incrível, mas ele precisava de mais, assim que se separou, ela
ofegou. Olhou seu rosto ruborizado, seus bonitos olhos se abriram e olharam diretamente
para ele.
— Deite-se. — Ele exigiu.
Ela fez isto. Seu olhar desceu, odiava a camiseta que cobria colo dela. Suas
pálidas coxas estavam expostas, mas ele queria ver cada centímetro de seu formoso
corpo. Esperava que ela não percebesse que seu toque não era tão suave como deveria
ser quando ele agarrou a camiseta e tirou. Jeanie levantou os braços para ajudá-lo a tirála.
Ele jogou de lado a camiseta e a agarrou pelas coxas, Jeanie ficou sem fôlego quando
ele a levantou facilmente, deslizando seu traseiro e deixando-a na borda do assento.
Ele abriu suas pernas, expondo seu sexo a seu olhar ávido. Ela não estava
molhada o suficiente para tomá-lo, mas o faria logo. Ele foi direto ao lugar onde queria
entrar. Seu grito de surpresa deveria tê-lo parado, mas estava muito concentrado em seu
cheiro. True abriu a boca e colocou os lábios ao redor do clitóris, o chupou e lambeu,
grunhiu quando as mãos dela se enterraram em seu cabelo.
Não importava se a houvesse surpreendido ou não, ou mesmo se quisesse afastálo.
Tinha que ter Jeanie. Os suaves gemidos dela encheram seus ouvidos e suas mãos o
acariciaram ao invés de lutar contra ele.
Acariciou com mais força o clitóris e as coxas dela se apertaram contra seu rosto.
Achava engraçado que pensasse que isso fosse distraí-lo. Ele grunhiu novamente, desta
vez mais forte, sabendo o que provocava nesse nó de nervos tão delicioso com que
brincava. As mulheres enlouqueciam de prazer com essas vibrações e Jeanie respondia
esfregando sua boceta contra sua boca.
— True. — Ela ofegou. — Oh sim. Deus. Não pare.
Ele não iria parar, nada poderia afastá-lo, seu sabor o deixava em estado
selvagem, seu pênis estava muito duro e a vontade de montá-la era cada vez mais forte
com cada segundo que passava.
As mãos dela acariciaram seu cabelo e Jeanie conteve a respiração. Seu clitóris
estava rígido e sensível e True sabia que estava a ponto de gozar. Fez mais pressão com
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a língua, esfregando onde sabia que mais gostava. Teve que agarrar o quadril no lugar de
suas coxas quando ela começou a se mover descontrolada, quase escapando de seu
toque. Segurou-a com firmeza sobre ele enquanto continuava acariciando-a com a ponta
da língua.
Jeanie chegou ao clímax gritando seu nome e True desfrutou de cada
estremecimento de seu corpo enquanto desacelerava suas lambidas e saboreava a forma
como o prazer a atravessava. Ele lhe deu isso e agora era sua vez.
Ele se afastou e levantou-se o suficiente para ver seu rosto. Tinha os lábios
entreabertos, os olhos fechados e suor em seu lábio superior e na testa, era assim o
espetáculo mais sensual que ele já viu.
Soltou o quadril para agarrar a parte da frente de sua calça. Era um milagre que
não tivesse rasgado ao tentar tirá-la e deixar seu pau livre, que saltou ansioso tão logo ele
a desceu, sentindo-o pesado e dolorido.
As mulheres precisavam de um pouco de tempo para se recuperar, mas ele
simplesmente não podia lhe dar mais tempo. A necessidade de entrar nela era muito
forte. Agarrou um de seus tornozelos e ergueu-o, descansando sua perna contra seu
peito. Abriu-a o suficiente para colocar-se entre as pernas dela. A ponta de seu pau roçou
os lábios molhados e ele empurrou entrando nela. Estava apertada e quente, apertou os
dentes para reprimir um uivo enquanto se fundia em sua acolhedora profundidade.
Sentiria-se melhor se pudesse entrar nela com apenas um impulso, mas a penetrou
com cuidado, centímetro a centímetro até que a encheu completamente. Ficou quieto um
momento, para que os músculos vaginais se amoldassem ao seu tamanho, sentindo
como estremecia em seu interior e desfrutando dos suaves gemidos que ela fazia.
— Olhe para mim.
Os olhos dela se abriram e o olhou com o olhar de uma mulher na agonia da
paixão. Ele tirou seu pau um pouco, amando como sua boceta o segurava quase se
resistindo a soltá-lo. Ele tirou até a cabeça de seu pau e de repente empurrou adiante em
um movimento rápido. Seus lábios se separaram e ele gemeu.
Ele saiu devagar e voltou a empurrar forte, mantendo este ritmo constante até que
sua respiração ficou agitada. True sabia que Jeanie estava a ponto de gozar novamente
quando os músculos que rodeavam seu membro o apertaram quase dolorosamente. Seu
quadril se moveu contra ele mais rápido, querendo que ele se juntasse a ela.
Ele inclinou-se e passou a mão na parte baixa do ventre e apertou o polegar em
seu clitóris. Ela gritou seu nome quando esfregou seu botão, a excitação acrescentada fez
seu clímax ser mais forte e ela cravou as unhas em seu antebraço onde o agarrava.
— True. — Ela suplicou. — Oh merda. Deus. Vou...
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Ele sabia exatamente como se sentia e o que queria dizer, queria explodir, enchêla
com sua semente e voltar a sentir esta experiência. Jeanie era tudo para ele. Seu céu
na Terra dentro do pequeno corpo da mulher que ele estava montando com paixão.
Ela parou de respirar, segurando o ar em seus pulmões, tinha os olhos fechados
quando lançou sua cabeça para trás. Observou seu rosto enquanto atingia o clímax,
sentiu os tremores em seu interior e se perdeu totalmente nela quando seu próprio clímax
se apoderou dele. Ele a montou até se esvaziar por completo dentro dela.
— Acasale-se comigo, Jeanie. — Ele ofegou. — Diga sim. — Jeanie não
respondeu. Ele levou alguns segundos para perceber e grunhiu em frustração. — Jeanie?
Diga que você será minha companheira.
— Isto não é justo. — Ela disse quando finalmente conseguiu falar. Seus olhos se
abriram e ela fez uma careta. — Não me peça isto depois de fazer amor comigo.
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9 comentários:

  1. Esse tim é um babaca, não entendo como justice atura ele

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  2. Essa e a história de novas espécies mais irritante que eu já lu,puta que pariu !!!!!😤😤😡

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  3. Eu sempre gostei do Justice, mas tem horas que ele tbm é babaca...
    O Tim é um sem noção...

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  4. Eu entendo o Tim, ele quer tomar cuidado, é assim mesmo

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  5. Tenho um ódio do time des da história da beca, ele mentiu pra própria filha e depois a vida dela ser tornou um caos além de q ela ficou triste pra caralho pensando q o cara não queria ela.

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  6. Tenho um ódio do tim des da história da beca, ele mentiu pra própria filha e depois a vida dela ser tornou um caos além de q ela ficou triste pra caralho pensando q o brawn não queria ela.

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