sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Capítulo 09



Capítulo Nove
— Aquela foi uma ótima aula. – Jinx sorriu. – Obrigado por almoçar com os machos hoje.
— Obrigado por me convidar. – Kat sorriu para os dez machos que estavam espalhados ao redor das três mesas que tinham sido colocadas em uma fila.
— Nós nos comportamos. – Flirt murmurou, lançando um olhar sujo para Jinx.
— Eu ameacei a todos com punições se eles levantassem o assunto sexo. – O macho gargalhou. – Estou encarregado das tarefas no dormitórios dos homens essa semana. Ninguém queria esfregar os vasos nos banheiros do andar de baixo. – Jinx ficou de pé. – Está pronta para o tour que prometi?
— Estou. – Kat deixou o guardanapo ao lado do prato, queria realmente sair daqui. Os Nova Espécie eram legais, mas o jeito com que estavam olhando cada movimento seu era um pouco desconcertante. Eles eram curiosos, ela entendia, mas isso a deixou mais consciente de si mesma. Kat seguiu Jinx para fora e para o Jeep, ele a incentivou a subir.
— Vamos às instalações de treinamento primeiro. Você tem que treinar para ser uma técnica de um laboratório criminal? Fisicamente, quero dizer. Claro que você foi á escola para aprender todas as técnicas que sabe.
Kat colocou o cinto de segurança, notando que Jinx não o fez. Ele apenas ligou o motor e engatou a marcha, apenas olhando para trás uma vez para ter certeza que não bater em alguém. Não havia ninguém.
— Alguns. – Ela se manteve vaga.
— Bom. Não haverá nenhuma sessão agora, mas algumas vezes vamos lá para trabalhar nossas frustrações ou energia extra.
Kat estudou o macho felino, ele tinha maravilhosos olhos azuis e uma personalidade despreocupada. O corpo musculoso se mostrava em uma camisa e um jeans apertado mostrava que ele estava em forma. Longos cabelos negros deslizaram livres nos ombros dele enquanto eles dirigiam rápido, mal parando para uma volta. Kat agarrou os lados do assento.
— Estamos com pressa?
— Desculpe. – Ele diminuiu. – Darkness me encarregou de te dar o tour e não quero bagunçar tudo.
— Está com medo dele? – O interesse dela a pegou.
— Não. – Ele gargalhou. – Ele definitivamente é intimidante, mas é justo. É que apenas ele nunca pediu nada a ninguém, então quero ter certeza de fazer exatamente o que ele disse. Vamos fazer o tour nas salas de treinamento e então vou levar você para a Segurança.
— Ele está de serviço?
— Ainda não. Ele me atribuiu porque sentiu que você se sentiria mais confortável porque ele não é apenas amigável. Ele pediu a Sunshine primeiro, mas ela não poderia trocar de turno hoje. Eu era a segunda escolha.
Jinx estacionou na frente de um prédio e desligou o motor.
— É isso. Não parece muito do lado de fora, mas isso abriga salas de boxe, pesos, alguns escritórios, chuveiros e até mesmo uma sala para escalada. Foi uma adição que fizemos depois que assumimos.
Kat pausou ao lado de Jinx enquanto ele usava um cartão para abrir a porta.
— Notei que todas as áreas comuns possuem um desses, exceto o bar.
— É por razões de segurança. Esse lugar foi construído como uma base militar, mas foi dada a nós quando foi terminada. Melhorias foram feitas. É para nos assegurar que se os portões forem violados seremos capazes de ficar em segurança dentro dos prédios. – Jinx bateu no vidro enquanto segurava a porta aberta. – Grau de armas é o que acho que você pode chamar isso. Balas não perfuram o vidro e portas de metal descem em caso de emergência. – Ele apontou, mostrando a Kat onde eles estariam escondidos dentro do interior das portas.
— Impressionante.
— Infelizmente já tivemos que usá-las.
— A invasão quando Homeland abriu?
— Sim. – Jinx rosnou suavemente. – Estamos sempre melhorando nossa segurança. Aquela foi uma lição.
Kat deixou o assunto morrer. Jinx mostrou a área da recepção, era um salão cheio de corredores com portas de escritório fechadas. Nenhuma delas estavam demarcadas. Ele abriu uma das portas para uma sala que tinha aparelhos de musculação e pesos livres.
— Eu posso fazer uma pergunta pessoal?
— Claro, o que quer saber?
— É sobre o seu nome.
— Não diga mais nada. – Ele riu. – Eu brinco que qualquer pessoa que me machucar vai ter má sorte, mas a verdade é...
— A verdade é o quê? – Os segundos se passaram.
— Eu fui duramente abusado na adolescência. – A expressão de Jinx ficou séria. – Tenho uma lesão em um ouvido depois de sofrer um golpe na cabeça, não pode ser concertado. Isso bagunçou com meu equilíbrio. Eu não queria me chamar de desajeitado1, então Jinx2 soou melhor.
1 Desajeitado em inglês é traduzido como Clumsy.
2 Jinx em português significa mau-agouro, má sorte.
— Eu sinto muito. – Kat lamentou trazer o assunto à tona.
— Está tudo bem. Eu fui um dos sortudos. Os Espécie danificados eram geralmente mortos, mas eles me pouparam por causa da minha inteligência e porque eu tinha uma disposição agradável. Não era um lugar feliz em Mercile, mas você vivia mais se jogasse o jogo deles. Eu era bom em fingir, não odiava ninguém que trabalhava lá.
Jinx tocou a orelha esquerda.
— Isso foi feito pelos enfermeiros. Eu tinha sido levado por um dos cientistas para uma bateria de testes e me deparei com outros enfermeiros escoltando uma fêmea. Um deles a tinha encurralado e a estava chutando por alguma razão desconhecida, ela talvez tivesse resistido a ir com eles ou um deles tivesse tentado tocá-la de modo errado. Os outros estavam rindo e a ajudando a ficar presa. Eu ataquei para defende-la, todos eles se viraram para mim com os bastões. Somos bons lutadores, mas dez contra um não é muito justo. Eu não estava totalmente crescido.
— Eu sinto muito mesmo. – Kat se aproximou e tocou o braço de Jinx.
— Você não fez isso. Não culpo todos os humanos pelas ações da Mercile ou as outras instalações. Eu fui levado para um segundo local e então fui libertado, os humanos planejaram mal o ataque deles. Eles deveriam ter estourado todas as instalações da
Mercile ao mesmo tempo, mas ao invés disso eles demoraram alguns dias. Isso deu tempo para o pessoal transferir pequenos grupos antes que todos os locais fossem encontrados.
— A força-tarefa de vocês o encontrou?
— Sim. Vê? Alguns humanos são nossos heróis. – Ele assentiu, afagou-lhe a mão e se afastou, quebrando o contato físico deles.
— Posso fazer outra pergunta?
— Claro. – Jinx fechou a porta e desceu o corredor para uma sala cheia de esteiras. Ela era obviamente usada para lutas e boxe.
— Como a maioria dos Nova Espécie são felinos ou caninos? Eu dificilmente vejo algum dos primatas.
— Lá costumava ter mais Espécies primatas, mas apenas poucos saíram vivos. Eles eram muito mais agressivos, com temperamento curto. – Jinx abriu uma porta. – Bem vinda ao meu lugar favorito.
— Uau! – Kat espreitou e riu.
— Quer um pouco de diversão?
Kat entrou na sala e olhou para a parede de vinte metros, a superfície inteira tinha sido dividida em três partes. A primeira era coberta por pedras, a segunda suavizada com apoio para as mãos e a terceira parecia ser um penhasco plano com pequenas fissuras que passavam por ele, como se a natureza as tivesse colocado lá.
— Nossa sala de escalada. Nós adicionamos isso, a parede original não era alta o suficiente. Você gostaria de tentar uma? Sugiro as com apoio para as mãos, é a mais fácil.
— Não vejo cordas de segurança em lugar nenhum. – Kat olhou para o teto.
— A esteira é densamente acolchoada, não vai matar você se cair.
— Você não usam equipamentos de segurança? – Ela se virou para ele.
— E onde estaria a graça disso? Jinx riu. – Assista, mas não fique diretamente abaixo de mim. Não quero cair e bater em você. Isso iria machucar.
Jinx atravessou a sala e chutou os sapatos, em segundos ele estava subindo a parede de pedras. Ele usava os dedos e pés para segurar o peso enquanto se mudava de cada apoio
de mão. Jinx fez isso até o topo em tempo recorde e voltou á cabeça para sorrir para ela de cima.
— É divertido.
— Parece perigoso. – Kat chamou.
— Não para nós. Veja.
Jinx pulou e Kat arfou quando ele capotou no ar, caindo. Ele caiu agachado e se ergueu.
— Fácil.
Ela estava muito aturdida para falar, Jinx se aproximou com uma risada.
— Felinos são bons em pular e aterrissagens. O chão é muito acolchoado. Eu não iria querer fazer isso em um chão sólido. A densidade dos nossos ossos é mais forte que a sua, mas podem se quebrar. Qualquer coisa acima de quinze metros é duvidosa.
— Você parece muito ágil para mim.
— Isso é fácil. – Jinx riu. – Não me veja correndo em uma trave de equilíbrio de seis polegadas. Não posso dar vinte passos sem perder um. Realmente quero conseguir um pouco mais de você.
— Eu não poderia fazer isso.
— Tente a com apoio de mão, vou te pegar se você cair. Você tem que escorregar para fazer isso. Elas são para... – Ele ficou sério. – Hum, para iniciantes. Tenho fé em você.
— Estou feliz que alguém tenha. – Foi á vez de Kat rir.
— Se divirta um pouco, Kat.
— Okay. – Ela se curvou para remover os sapatos. – Eu sei que você tem um centro médico aqui, certo? Talvez eu vá precisar dele. Odiaria ir para casa de muletas ou com o braço em uma tipóia. - Ou morta. Aquela queda poderia matar um humano, não importava quando acolchoado a esteira fosse.
— Talvez você queira deixar os sapatos. – Jinx clareou a garganta. – Seus pés são humanos.
— E? – Kat se endireitou.
Jinx ergueu uma perna para mostrar o pé.
— Vê o acolchoado em meus pés? Você poderia compará-los com calos. Eu odiaria que você machucasse ou ficasse com uma bolha. Você também vai ter uma tração melhor com seus sapatos então não vai escorregar. – Ele soltou a perna.
— Okay. – Kat soltou a respiração e se aproximou da parede do meio. Já tinha feito uma escalada antes, mas não sem estar equipada, presa a uma corda para o caso de cair. – Eu queria ter luvas.
Jinx segurou sua mão e girou, estudando-a de perto. Uma das pontas dos dedos dele correndo pelo interior dos dedos de Kat, ele pestanejou.
— Talvez você não deveria escalar. Não temos luvas, eu não tinha pensado nisso.
— Estou bem.
Kat agarrou um dos apoios de mão. Era curvado e coube confortavelmente seus dedos e a aba parecia sólida, dentro e no topo até mesmo tinham bordas para ajudar o alpinista a manter um aperto firme. Ela pegou um pouco mais alto. Não havia apoio de pés até dois metros do chão então ela teve que usar a força dos braços para segurar seu peso até que pudesse subir alto o suficiente para apoiar o pé.
— Você já fez isso antes.
— Já faz algum tempo. – Kat estava um pouco ofegante, mas era divertido. – Tinha esquecido o quanto gostava disso.
— Vá com calma.
Kat virou a cabeça pra baixo para olhar Jinx. Ela estava a cinco metros do chão, ele estava parado embaixo dela.
— Talvez você deveria se afastar para o caso de eu cair. Eu odiaria aterrissar em você.
— Apenas gire no ar, então vai cair do lado certo e vou pegar você. Deixe o corpo tenso se isso acontecer.
— Acho que vou subir e então descer, não tenho a sua graça. Eu iria apenas me estatelar. – Kat encarou a parede e se esticou para outro apoio.
— Mas que diabos? – As palavras rosnadas a assustaram.
Suas mãos deslizaram, mas Kat trabalhou para se recuperar desde que tinha um sólido apoio dos pés. Ela virou a cabeça novamente e viu Darkness cruzando a sala. Ele parecia furioso enquanto olhava para ela.
— O que está fazendo?
— Escalando.
— Ela está indo bem. – Jinx avaliou.
— Disse a você para dar um tour a ela, não permitir que ela usasse nosso equipamento.
— Ela tem experiência.
— Kat? – Darkness se curvou e retirou as botas. – Não se mova.
— Estou bem.
Darkness a ignorou e puxou Jinx para trás. Ele se apoiou no joelho e Kat arfou quando ele pulou. Darkness alcançou a parede ao lado dela, segurando nos apoios de mão e encontrando para os pés também. Ele manobrou próximo a ela e usou os braços para se prender ao redor dela até que estivesse pressionado contra as costas dela.
— Se vire e se prenda ao meu redor.
— Eu dou conta. – Kat se recusou a ceder.
— Faça isso. – Ele rosnou.
O olhar no rosto dele não era algo que ela podia ignorar. Darkness estava zangado e os olhos dele estavam quase pretos, ele se curvou um pouco e a agarrou.
— Posso pegar seu peso. Apenas solte uma mão e gire o corpo. Passe um braço ao redor do meu pescoço e então o outro. Você não vai cair.
— Eu não iria cair de jeito nenhum.
— Kat. – Ele assobiou. – Faça isso ou vou te arrancar e apenas cair de volta, então você vai desabar sobre mim. Você pode se machucar desse jeito.
Darkness manteve os braços firmes e deu a Kat espaço para se mover, ela seguiu os passos e terminou colada a ele. Darkness pressionou o corpo dela contra a parede e soltou um dos braços para passa-lo sob a bunda dela e então a ergueu mais alto.
— Passe as pernas ao meu redor.
Kat fez isso, com a ajuda dele. Os braços dela estavam pressionados contra os ombros dele. Darkness desceu devagar até que os pés alcançassem o chão, Kat liberou o aperto e escorregou até que ficou de pé na frente dele.
— Eu estava bem.
Darkness rosnou baixo, mas fixou o olhar raivoso em Jinx.
— Vamos falar sobre isso mais tarde. Leve-a para a Segurança para finalizar o tour. Não a deixe brincar com nossas armas enquanto estiver lá, no entanto, ou a coloque em um uniforme e leve-a para o muro para descobrir quão rudes os protestantes são... Para se divertir.
— Pode nos dar um minuto sozinhos, Jinx? Tenho algumas palavras para dizer a Darkness que não são educadas.
— Hum, claro.
Kat esperou até que a porta se fechasse atrás dele, aquilo fora sugestão dela.
— O que há de errado com você?
— Comigo? Você poderia ter caído.
— Eu estava bem até que você me assustou até a morte.
— Você não é Espécie. Poderia ter quebrado o pescoço se tivesse caído de tão alto.
— Eu teria ficado bem, você também foi muito rude com Jinx. Ele estava tentando fazer nosso tour divertido. E estava até que você chegou. Ele está com problemas? Aquilo realmente foi uma bagunça, Darkness. É minha culpa, eu insisti em subir. – Era uma pequena mentira. Estou vestida.
Os lábios de Darkness se pressionaram em uma linha fina.
— Não sei porque está agindo desse jeito. – Kat tentou não perder a paciência. – Apenas não brigue com Jinx de novo, okay? Ele não fez nada de errado.
— Você é protetora com o macho?
— Eu acho, ele não deveria...
Darkness se moveu rápido e agarrou Kat pelos quadris, erguendo-a do chão. Ela bateu contra o peito dele com força o suficiente para perder todo ar dos pulmões. Ele a abraçou com tanta força que levou um segundo para sugar uma respiração.
— Quer compartilhar sexo com ele?
Kat olhou dentro dos olhos de Darkness e sentiu um pouco de medo, o olhar frio neles teriam congelado lava.
— Não.
O nariz dele se agitou.
— Está com ciúmes? – Kat abriu as mãos cautelosamente e colocou-as nos braços dele.
Darkness não disse uma palavra para admitir ou negar, apenas segurou o olhar dela. Um pouco do medo suavizou. Kat tinha fé que Darkness não a machucaria desde que a pior coisa que ele tinha feito era colocar os dois no nível dos olhos em um abraço de urso que não fora doloroso.
— Não comece com jogos mentais. – Ele avisou suavemente. – Entende? Não sou um macho que joga muito bem.
— Eu não estou fazendo isso.
— Está interessada em Jinx?
— Não.
— Mas ainda o está defendendo. – Darkness piscou e seu aperto se suavizou.
— Ele não fez nada de errado. Para alguém que não se compromete, você está agindo de modo irracional. Percebeu isso, não?
— Ele está esperando para te levar até a Segurança. – Ele a baixou até o chão e se afastou, deixando Kat ir.
— Não quer falar sobre isso?
— Não. Esqueça isso.
Como se pudesse. Kat deu um passo á frente, mas não tocou Darkness.
— Você está com ciúmes. – Ela acusou.
— Esteve preocupado.
— Sobre eu querer pegar Jinx?
— Pare, Kat. – O lábio superior se curvou e as presas apareceram.
— Tudo bem. Você vem mais tarde?
— Sim.
— Okay, te vejo lá. – Kat saiu e cruzou a sala, se recusando a olhar para trás. Darkness estava com ciúmes, quisesse ele admitir isso ou não. Ela abriu a porta. Jinx caminhava
pelo corredor, mas parou quando a viu. – Pronto para me mostrar os aparelhos da Segurança?
— Claro. – Ele enviou um olhar duvidoso para a porta.
— Ele não é amigável, você estava certo. – Kat se afastou, esperando afastar Jinx da porta antes que Darkness aparecesse. Ele precisava de um tempo pra se acalmar e ela queria analisar o que havia acontecido, deu cobertura a ele, entretanto. – Darkness está preocupado, pensando em quão ruim seria me ver de volta ao trabalho no laboratório se eu torcesse o tornozelo ou algo assim.
— Isso faz sentido. – Jinx caminhou rápido ao lado dela. – Ele sempre foi preocupado com publicidade negativa. Alguns humanos poderiam nos acusar de te machucar propositalmente.
— O jornalismo realmente tomou um mergulho em dez anos, é uma preocupação válida. Eles parecem imprimir qualquer porcaria esses dias.
Darkness escalou a face íngreme da parede, querendo soca-la, no entanto. O tinha enfurecido quando caminhou para a sala e encontrou Kat em perigo, Jinx estava encarando a bunda bem torneada dela. Qualquer macho poderia.
Ele sufocou um rugido de raiva e se lançou do topo da parede, em queda livre. Ele se tencionou antes do impacto com o chão, mas abaixou os joelhos apenas o suficiente para prevenir um ferimento. Ele pousou, se erguendo em toda sua altura e então se sentou, colocando as botas.
— Ciumento. – Isso o deixou vendo vermelho. Não o deixou com raiva que Kat o tinha chamado disso, mas que ela tinha lido suas emoções corretamente. – Controle-se.
A porta se abriu e ergueu a cabeça naquela direção, esperando que Jinx tivesse vindo se desculpar. Slade entrou e pausou.
— Desculpe, achei que estaria sozinho.
— Estou saindo.
— Jinx já esteve aqui com nossa convidada?
— Sim, ele a está escoltando para a Segurança agora.
— Foi isso que os oficiais disseram, mas eu queria ter certeza. – Slade removeu o celular e discou. – Tudo limpo.
— O que está acontecendo? – Darkness se ergueu.
— Forest estava entediado e Trisha precisava de uma pausa. – Slade riu.
A porta se abriu e Fury entrou com Forest e Salvation, os jovens machos estavam rindo, a excitação clara. Darkness tentou não olhar para o filho de Fury, ele era uma réplica do pai em tamanho miniatura. Os dois jovens o viram e congelaram.
— Olá. – Darkness virou os lábios em um sorriso para os deixar a vontade.
— Você lembra de Darkness. – Salvation olhou para o pai, Fury assentiu.
— Você lutou com meu pai, mamãe está chateada. – O jovem macho o olhou fixamente.
— Sal. – Fury murmurou.
— Desculpe, ela estava zangada. Ela não gosta quando você luta.
— Não, ela não gosta. – Fury gargalhou. – É rude mencionar essas coisas. Espécies lutam. É nossa natureza, mas não guardamos rancor. É apenas como os machos trabalham as diferenças algumas vezes. Nenhum dano real foi feito, Darkness e eu somos amigos.
— Como nós. – Forest se aproximou e bateu no braço de Salvation. – Lutamos algumas vezes, mas você é meu melhor amigo.
— Pensei que vocês dois queriam escalar. – Slade os relembrou. – Menos conversa, vão!
Os jovens machos correram para a área central da parede e pularam. Salvation pegou um apoio de mão, mas Forest perdeu, passando a pouco de alcança-lo. Ele bateu no chão e rosnou.
— Eu sou mais alto. – Salvation gargalhou. – Suba em mim. – Ele agarrou dois apoios, permanecendo lá.
Forest pulou novamente, dessa vez agarrando o garoto maior nos quadris. Ele abraçou Salvation pelo meio com um braço e então agarrou o ombro de Salvation. Forest se esticou para cima até que pôde alcançar os apoios. Eles permaneceram próximos juntos.
— Nada mal para um par de jovens caninos. – Slade sussurrou.
Fury assentiu.
Darkness sabia que deveria ir embora. Era um momento familiar, compartilhando entre pais e filhos. No entanto, ele não foi embora. Darkness assistiu as crianças e ficou tenso enquanto eles alcançavam a marca de dez metros.
— Eles alguma vez caem? – Ele se preocupou com ossos se quebrando pela altura.
— Algumas vezes, eles são durões. – Fury respondeu. – Somos bons em pegá-los.
— Forest se cansa mais facilmente, ele continua trabalhando a força da parte superior do corpo. – Slade sussurrou. – Mas ele está melhorando.
Darkness se moveu para perto da parede, ele poderia subir mais rápido que um canino. Podia também pular para alcança-los. Manteve o foco em cada movimento que as crianças faziam, pronto para ir atrás delas se algum deles precisasse de assistência.
— Deveríamos instalar redes de segurança e aproveitá-las. – Darkness decidiu que ia pedir pelas melhorias, apesar da opinião de Fury ou Slade.
— Eles fazem isso com frequência, viemos até aqui a cada poucos dias. – Fury se moveu para ficar ao lado de Darkness. – Eles não se machucaram ainda.
— Ainda. – Darkness destacou. – Vou ter certeza que aquelas redes sejam colocadas neste fim de semana.
— Isso talvez encoraje a força-tarefa a vir aqui. – Slade se moveu para o outro lado dele. – Trey é o único que já tentou isso. Ele não caiu, mas suou em bicas. – Slade gargalhou. – Ele não tentou novamente, uma vez já foi o suficiente.
— Você se importa. – Fury tocou no braço de Darkness, ele virou a cabeça para ver o macho sorrindo para ele.
— Claro que me importo. Ninguém quer ver os pequenos machucados. – Darkness olhou para cima, querendo agir se alguma criança precisasse de ajuda.
— Eles precisam aprender. – Fury adicionou. – Eles são nosso futuro.
— Não serão se machucarem. – Darkness suavizou seu tom, não querendo assustar as crianças. – Eles estão muito no alto.
— Relaxe, veja. – Fury o tocou novamente. – Se mova um pouco para o lado e volte três passos.
Darkness se moveu e Fury tomou seu lugar.
— Sal? Queda de emergência!
O garoto se soltou da parede e girou no ar enquanto caia. Darkness quis pula e pegá-lo, mas Fury abriu os braços. A criança caiu seguro neles. Risadas surgiram do garoto quando Fury o lançou ao ar uma vez e o deixou de pé no chão.
— Queda de emergência. – Slade chamou.
Darkness ficou tenso novamente, mas esperou isso quando Forest se soltou da parede e caiu, ele se curvou em uma bola. Slade o pegou e o colocou no chão, fazendo cocegas no processo. Os dois riram.
— Vê? – Fury piscou. – Nós os temos no chão. Eles não estão apenas aprendendo a subir, mas a ganhar força nos músculos superiores no processo.
— Em caso de emergência eles sabem seguir ordens sem pausar para pensar, no entanto. – Slade lançou a Darkness um olhar significativo. – Forest teria caído para você se tivesse pedido, acreditando que você o pegaria.
— Espécie apenas, espero. – Darkness assentiu.
— Não discutimos isso, eles são muito novos. – Fury balançou a cabeça. – As mães deles...
Darkness entendeu, ele poderia terminar o que Fury não estava dizendo em voz alta. As mães deles eram humanas e portanto, eles só tinham sido exposto ao amor.
— Será uma dura conversa.
Slade capturou o filho e o ergueu alto, colocando Forest ao alcance dos apoios de mão na parede.
— Vai lá.
O filho dele riu e começou a escalar novamente. Salvation não teve que ser erguido, ele correu para a parede e pulou, dessa vez se ajustando para pegar dois apoios de uma vez. Ele rapidamente alcançou Forest, mas permaneceu próximo ao outro jovem.
Isso confundiu Darkness.
— Salvation é mais alto e mais forte. Por que não sobe acima de Forest?
— Eles são um time. – Fury respondeu a pergunta. – Se Forest escorregar, Sal vai ajuda-lo. – Ele lançou a Darkness um olhar aguçado. – Eles são como irmãos. Eles sempre estarão lá um para o outro.
As palavras foram lançadas para marcar e atingiram o alvo. Darkness se sentiu culpado.
— Preciso ir, estou atrasado para meu turno. – Ele saiu rapidamente.

14 comentários:

  1. Não entendo Forest e mais velho e menor e fraco ?

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  2. Aii Mds.. Quii fofoos os filhos de fury e slade falandooo 😍😍❤...

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  3. Pequenos espécies 😍😍😍😍😍😍😍

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  4. Amei! Queria uma história sobre os filhos deles

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  5. Quantos eles eles á tem aí? Eu sabia que o crescimento deles era acelerado mas não sei o quanto

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  6. Gente como assim? Eu vi essas crianças serem feitas e agr eles já sabem escalar... Tô me sentindo velha

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  7. Tbm queria ter uma noção de tamanho, imaginei os meninos com tamanhos de 8 anos mais ou menos

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