sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Capítulo 015



Capítulo Quinze
— Kat!
Ela se sentou, o tom alarmado de Missy a acordando instantaneamente. Kat agarrou a mesa de cabeceira, segurando a gaveta e puxou aberta, ela procurou a arma e a agarrou.
— SUV3s pretas apenas bloquearam as duas saídas da rua. – Missy abaixou a voz. – Eu tinha pessoas vendo fora da janela e os vi. Eu estava brincando sobre a droga dos cookies.
3 SUV (Sport Utility Vehicle) – Veículo Utilitário Esportivo. São veículos semelhantes às camionetes, mas equipados com tração nas quatro rodas para andar por todos os tipos de terreno. O mais utilizado por forças militares é o Hummer. Os mais comuns são o Renault Duster e Ford EcoSport, além de outros do Jeep.
— Eles não seriam da SWAT, eles usam vans. – Kat chutou os cobertores e rolou para fora da cama. – Você disse pretas?
— Sim. Sem luzes ou nada assim. Ele estão apenas sentados lá e ninguém saiu.
— Acha que eles te viram? – Kat pegou a forma de sua amiga próxima ao corredor.
— Não, eu estava tentando limpar a mente antes de ir pra cama e ver as vezes aquele cara bonitão na rua correr em horários estranhos. Então eu vi ele se deter, sai da cama para ver melhor. Lá estavam dois em cada final da rua, estacionado lado a lado, bloqueando a estrada. Acha que eles estão vindo te prender? Eles são outros agentes, certo?
— Quero que você vá para o sótão e se esconda. – Kat se moveu ao redor de Missy e entrou no corredor. – Deixe Butch e Gus no seu quarto, então eles não vão entregar sua localização. Feche a porta primeiro para os conter.
— Eu não vou te deixar. – Missy a seguiu corredor abaixo.
Kat caminhou para a janela e usou a ponta da arma para separa a cortina um centímetros e olhou para fora. Ela tinha uma boa visão de um dos lados da rua, duas SUVs pretas estavam lá. As portas estavam fechadas e eles não tinham luzes acesas. Kat estudou os veículos.
— Não acho que eles sejam do FBI.
— DEA4 talvez? Eu disse a você que pensava que aqueles quatro caras da casa abaixo pareciam com maconheiros. Talvez eles estejam cultivando plantas e eles vieram para invadir a casa.
4 DEA (Drug Enforcement Administration) – Agência federal americana para a repressão e controle de narcóticos, criado em 1973.
— Não. – Kat tinha um mal pressentimento. Cuidadosamente deixou a cortina cair e girou. – Vá para o sótão, quero dizer isso. Você conhece o ponto fraco que estou falando. Não saia por nada a menos que eu diga que está tudo limpo.
— Aposto que eles não vieram por nós.
— O DEA não usa SUVs pretas com janelas tingidas ou essa estratégia. – Kat agarrou a arma, ela ouviu algo e ergueu a cortina novamente. Todas as portas foram abertas nas SUVs e homens vestindo trajes negros, incluindo capacete, saíram. Kat viu as letras brancas no peito deles e os rifles de assalto colocado nos braços deles.
— É a ONE.
— Tem certeza?
— Eles vieram por mim, leve sua bunda para o sótão.
— Por que eles fariam isso?
Kat empurrou Missy, lançando-a através da entrada do sótão. Ela pausou na porta do quarto de Missy, olhando para ver as cortinas puxadas para trás e luz suficiente da rua se derramava dentro para assegurá-la que o cachorro e o gato continuavam dormindo na cama. Ela fechou a porta e forçou Missy para frente.
— Eu não sei o porquê deles estarem aqui, mas não pode ser bom. Se esconda. Não quero você envolvida.
— Estou com medo.
— Não tenho tempo para discutir.
Kat pressionou o painel da parede e isso bateu aberto, Missy hesitou.
— Talvez você deveria colocar a arma para longe ou se esconder comigo.
— Não. – Kat colocou a amiga para dentro. – Mova-se!
Missy correu pelos pequenos degraus da escada, seu pé descalço quieto no carpete. Kat fechou o painel e puxou a mesa na frente dele. Por que a ONE iria vir? Não era para
uma visita. Eles estavam no alto modo de tática e prontos para invadir sua casa no meio da noite. Isso a chateou.
Ela correu para seu quarto, agarrou um vidro de perfume da cômoda e entrou no corredor novamente. Ela espirrou isso algumas vezes enquanto se movia corredor abaixo, Darkness tinha dito a ela que isso interferia no senso de cheiro deles. Kat esperava que isso escondesse o rastro do cheiro de Missy.
Um suave pop soou do andar debaixo e Kat cerrou os dentes, parando no topo da escada. Ela respirou fundo e desceu, estava escuro no andar debaixo, mas os primeiros passos rangiam. Kat ergueu lentamente o cotovelo e esperou, o coração acelerou enquanto ela deslizava a trava da arma e a agarrou firmemente com as duas mãos. Eles pensavam que iriam surpreendê-la, mas seriam os únicos a serem pegos de surpresa.
Madeira estalou e ela ergueu o cotovelo, batendo na luz. A escada e o corredor abaixo se acenderam. Kat viu o primeiro homem que veio à tona quando ela olhou ao redor do topo da parede, mantendo a maior parte do corpo escondido.
— Parado, idiota! – Kat esperava que soasse tão zangada quanto estava.
O cara em roupa completa parou, o rosto escondido pelo capacete blindado. Kat ajustou a mira, apontando para a área da garganta dele. Mais dois homens estavam atrás dele e erguendo as armas, tentando pegar uma parte dela.
— Dê mais um passo e vou te acertar. O que estão fazendo na minha casa? O que a ONE quer?
Um rosnar alto soou e um quarto homem apareceu, as mãos enluvadas dele agarraram as barreiras dos rifles erguidos e as apontou para o chão. Os capacete dele foi erguido enquanto ele parecia olhar para ela.
— Não atire nela.
— Isso é como você faz uma visita, Darkness? – Kat reconheceu a voz, mas não abaixou a arma. – O que está acontecendo?
— Pare de apontar a arma para Trey. – Darkness soltou as armas, alcançou o capacete o arrancou para olhar para ela.
— Você entra na minha casa e tem o nervo de me dar ordens? – Kat se afastou centímetros da parede, mas a maior parte do corpo estava coberta. – Não, por que estão aqui?
— Precisamos conversar.
— Minha campainha funciona, assim como meu telefone. Você já ouviu falar sobre essas coisas?
— Abaixe a arma, Kat.
—Não. Explique pra mim porque você trouxe um time de assalto para dentro da minha casa. Você veio me prender? Essas não são as terras da ONE, essa merda não funciona aqui. Você me quer? Consiga um mandado e envie policiais de verdade para tirar minha bunda daqui. Eu não vou de boa vontade.
— Por favor, coloque sua mira em mim pelo menos. Você está fazendo Trey transpirar. Eu posso cheirá-lo. – Darkness fez uma careta.
Kat olhou para o homem que ela mantinha a arma engatilhada.
— Tudo bem, diga a ele para se afastar.
Kat ajustou a ponta da arma, abaixando levemente então o cara se sentiu seguro para se mover. Ele se moveu dois passos para trás, girou e caminhou para fora das vistas, ele murmurou algo, mas foi muito baixo para que ela pegasse. Darkness virou a cabeça e outros dois homens o deixaram parado sozinho.
— Posso subir? – Darkness deu um passo à frente.
— Não. – Kat mirou na perna dele, ela iria odiar ter que atirar nele, mas isso não significava que não iria se ele a deixasse sem escolha. – O que está acontecendo? Por que você está aqui para me prender?
— O que te fez pensar nisso?
— Sério? – Kat ergueu a cabeça e arqueou uma sobrancelha. – Você trouxe quatro SUVs cheias da sua força-tarefa e entrou na minha casa como se eu fosse algum tipo perigoso. Dá um tempo.
— Nós não vimos nenhuma câmera.
— Não há nenhuma, eu tenho um cachorro e um gato. Eles me deixaram saber que algo estava acontecendo. – Era uma mentira, mas Kat não queria mencionar Missy. Os dois animais estavam cochilando. Butch era um cão de guarda horrível, era um covarde e dormia como morto quando ia para a cama. Iria lamber um intruso até a morte se estivesse acordado. – Quais são as acusações?
— Preciso que você venha para Homeland comigo.
— Não.
— Abaixe a arma. – Darkness deu outro passo e agarrou o corrimão.
— Comece a falar ou consiga andar, Darkness. Você não fez isso tudo por uma booty call5. As pessoas usam o telefone nesses dias, apenas para você saber. Eu não fiz nada errado, mas disse muito. Você me disse para ir embora e fui. Terminamos em bons termos.
5 Booty call – como mencionado na história de Brawn, é uma chamada feita de madrugada onde uma pessoa chama a outra para transar sem compromisso. Apenas um bom sexo e depois ir embora.
— Você pode estar em perigo.
— Você quer dizer pelo grupo pesadamente armado que você trouxe para dentro de minha casa? Não há uma segunda escada se eles estão procurando por isso e as janelas nesse andar estão pintadas. O último dono era um idiota e eu nunca as troquei, essa é a coisa bacana sobre aquecimento central e ar. Essa é a única coisa nessa casa que funciona bem. Diga a eles para nem sequer tentar deslizar atrás de mim, eles não podem. Eu também ficaria furiosa se eles machucassem meus animais.
— Eu os ordenei aguardarem e eles não vieram para te machucar.
— Isso foi legal de sua parte. Qual era o plano? Me pegar enquanto eu dormia? – Kat odiava que eles poderiam ter feito apenas isso se Missy não tivesse hábitos estranhos para lutar contra a insônia.
— Você está em perigo.
— Merda nenhuma. – Kat estreitou seu aperto na arma. – Você me colocou em perigo.
— Não por nós. Viemos para ter certeza que você estava a salvo e te levar de volta para Homeland onde nossa segurança é muito melhor.
— Por quem estou em perigo? Estou morrendo para ouvir isso.
— Robert Mason é cunhado de Jerry Boris, essa é a conexão deles. Seu chefe é o irmão da ex-esposa de Boris.
— Okay, quem é Jerry Boris? Qual é o acordo entre eles?
— Vou te contar se você abaixar a arma.
Kat sabia que era um pedido razoável.
— Tudo bem, mas permaneça ai, fui clara? Vou atirar na sua perna. – Ela abaixou a arma para o lado, mas estava pronta para erguê-la se ele tentasse avançar pelas escadas. Kat não confiava mais em Darkness e se ressentia disso. – Fale.
— Jerry Boris foi o diretor de Homeland quando ela abriu.
— Pensei que ele não era Nova Espécie.
— Ele é humano. Não governamos Homeland de primeira. Eles fizeram isso até que assumimos.
Essa era uma informação que Kat não conhecia.
— Okay, continue.
— Ele foi removido. Ele não gostava teve problemas com alguns deles.
— Não é exatamente um trabalho que ele deveria ter pelo som disso. Então você o prendeu por ser um idiota?
— Foi oferecido a ele um trabalho na Prisão Fuller.
— O que é isso? – Kat lembrou do seu chefe mencionando aquele lugar.
— É onde enviamos os humanos que nos machucaram. Muitos deles são ex-empregados da Mercile que caçamos. Boris era bom para o trabalho desde que ele estaria responsável pelos humanos apenas. Alguém pensou que seria o lugar perfeito para colocá-lo, era um movimento político para ter certeza que ele permaneceria em silêncio.
— Peguei isso. Ele não poderia vomitar para a impressa se ainda estivesse tecnicamente no trabalho. Por que não colocaram aqueles babacas em uma prisão normal?
— Seu sistema de justiça é falho.
— Continue. – Kat não podia exatamente concordar.
— É uma longa história.
— E a noite não é nenhuma criança, nem é a arma em minha mão está ficando mais leve.
Darkness rosnou.
— Não se atreva, você é o único que entrou na minha casa.
— Boris teve acesso indetectável ao nosso sistema de computadores em Homeland e usou as informações da linha de ponta que montamos para recuperar Espécies. Algumas delas foram roubadas das instalações da Mercile depois da primeira invasão.
Foi televisionada e deu um aviso aos outros, permitindo que eles escapassem levassem Espécies com eles. Procurávamos por aqueles levados. Ele pegou informações da linha, verificou as provas sólidas e apagou as mensagens. Ele forçou a ONE a pagá-lo para obter a localização das Espécies perdidas.
— Isso é todo tipo de fodido.
— Estou subindo. – Darkness colocou um pé no degrau.
— Fique ai. – Kat ergueu a arma, Darkness deu um passo atrás.
— Descobrimos o que ele estava fazendo depois que ele tentou culpar uma humana pelos crimes dele. Ele foi preso e estamos com ele em Homeland.
— Entendi. Então Mason quer ele livre porque eles estão relacionados. Isso é antiprofissional. Que babaca.
— Acreditamos que Robert Mason talvez esteja trabalhando com Jerry Boris. É possível que ele esteja ciente das atividades de Jerry e tente usar sua posição no FBI para protegê-lo. A fêmea que Boris tentou culpar estava em Homeland e agentes do FBI tentaram leva-la de nós. Ela era a única que poderia identificar Boris ao vê-lo, ele estava usando um nome falso.
Kat nunca tinha gostado do seu chefe ou pensou muito dele. Ouvir que ele talvez estivesse envolvido com algo tão baixo não foi uma surpresa.
— Mason realmente tinha problemas quando isso ia para os Nova Espécies.
— Ele poderia te machucar.
— De jeito nenhum. – Kat sacudiu a cabeça.
— Quais eram suas ordens para ir para Homeland?
Kat se debateu em responder, mas acreditava em Darkness. Seu chefe era um canalha.
— Ele queria algumas informações e procurar por Jerry Boris. Eu sabia que isso era pessoal. Ele fez soar como se vocês eram bandidos que estavam sequestrando pessoa inocentes quando não estavam drogando e estuprando mulheres.
A boca de Darkness caiu aberta.
— Eu não acreditei nisso. Eu estava sob ordens para ir, então pensei que iria fazer o melhor disso. Ter um pouco de diversão, relaxar e gostei de dar aulas. Eu nunca procurei por Jerry Boris ou tentei achar algo ruim sobre a ONE.
— O que você colocou no seu relatório? – Darkness parecia chateado.
— Eu não escrevi um, também não deixei exatamente Mason saber quando deixei Homeland. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Planejei ir na segunda-feira e escrever o quão chato tudo era. – Ela deu de ombros. – Você sabe, como eu nunca deixei o chalé, exceto para as aulas e não aprendi nada de importante. Ele iria ficar zangado, mas ele me chama de um par de peitos e pensa que estou fazendo com garotas. Ele não é minha pessoa favorita.
— Fazendo com garotas?
— Ele pensa que estou com mulheres. Eu não preciso dizer a você que não estou. Estou esperando muito que isso exploda na cara dele, eu não sei como ele conseguiu a posição. Ele é um tipo de joguete, mas ordens são ordens. Minha bunda foi mandada para Homeland, eu tinha que ir. Como você descobriu que eu era do FBI?
— Sua identidade falsa era falha, nossos machos não cometeram um erro. Disse isso a você para te fazer pensar que engolimos sua história.
— Compreensível. Eu quis acreditar que vocês acreditaram, jogo bem jogado. Você deixou cair algumas dicas, entretanto.
— Assim como você. – Darkness espirrou.
— Você está bem?
— Eu cheiro perfume, isso me incomoda.
— Minha colega de quarto espirrou um pouco disso antes de sair mais cedo. – Eles olharam um para o outro. – Eu não concordei com o porquê fui enviada. Mason é um bundão.
— Por quê?
— Você deveria ouvir a teoria dele de cachorro algumas vezes, eu não vou repetir isso. Foi ruim o suficiente da primeira vez que ouvi, especialmente desde que eu tenho um. Estou apostando que ele pulou os treinamentos de sensibilidade.
— Seu chefe pode querer te machucar para te manter quieta uma vez que venha à tona que o ligamos a Boris.
— Ele enviou outros agentes também, o que você acha? Que ele vai virar o ninja assassino e derrubar a todos? Eles não iriam tão longe, mas aposto que eles tinham ordens similares as minhas. Ele não iria tentar silenciar tantos agentes.
Darkness virou a cabeça e murmurou algo que Kat não pôde ouvir, ela aumentou o aperto em sua arma e pestanejou quando ele olhou atrás dela.
— A sua equipe está ficando impaciente? Por que você não diz a eles para saírem da minha casa? Eu também gostaria de sugerir que você ligue da próxima vez se quer conversar ao invés de vir com essa merda. É rude.
Vidro quebrou em algum lugar atrás dela e Kat girou, assustada. Um movimento pegou seu olho e ela olhou para trás. Darkness saltou, se movendo mais rápido que a visão dela podia rastrear, ele a agarrou e arrancou a arma de sua mão. Isso caiu no chão e ele ergueu Kat, batendo as costas dela contra a parede.
— Seu filho da puta.
— Eu te avisei que poderia fazer isso. Não é minha culpa se você esqueceu que eu não tinha que caminhar a cada degrau para te alcançar.
— Me coloca no chão! – Kat agarrou os ombros dele.
— Estou te levando para Homeland, Kat. Isso vai fazer tudo mais simples se você apenas cooperar.
— Nada sobre você é simples, Darkness.
— Eu sei, quero ter certeza que você está a salvo. Estou te levando e mantendo você pelo tempo que achar necessário.
— Mason não virá atrás de mim. Ele vai estar muito ocupado em proteger a própria bunda se tudo o que você disse é sólido. Preciso ir trabalhar na segunda.
— Você pode trabalhar para a ONE.
— Fazendo o quê?
— Vamos descobrir algo. – Darkness encolheu os ombros.
— Você não pode cobrir os anos que já coloquei no meu benefício de pensão. Já pensou no que é isso?
— Pare. – Darkness se inclinou.
— Desculpe? – As sobrancelhas de Kat se arquearam.
— Você está sendo difícil e tentando me chatear.
— Você trouxe um time de assalto para minha casa. – Kat se aproximou até que seus narizes quase se tocassem. – Eu já estou chateada.
Darkness rosnou e seu lábios se separaram.
— Kat. – Era um aviso.
Ela olhou para baixo, vendo as presas dele. Era uma lembrança das coisas que eles tinham compartilhado e o quanto sentia falta dele. Darkness poderia ter alguém para pegá-la, mas tinha vindo ele mesmo. Isso tinha que significar algo. A sensação dele contra ela não poderia ser ignorada. No entanto. Kat entendeu completamente a relação de amor e ódio nesse momento. Ela odiou como ele tinha vindo, mas amou vê-lo novamente.
— Sexo não me faz concordar mais em ir com você. – O olhar dela se ergueu.
— Quem disse que eu estava tentando te seduzir? – Darkness sugou uma respiração profunda, incapaz de esconder a reação surpresa pelas palavras de Kat.
— Você me tem presa na parede e está fazendo esses sons sexys. – Ela ergueu as pernas e passou ao redor dos quadris de Darkness. A arma no coldre amarrado a perna dele cavou um pouco a pele de Kat, então ela ajustou as pernas mais para cima, cruzando os tornozelos atrás da espinha dele. – Você poderia apenas ter ligado se queria me foder novamente. – Ela soltou os ombros de Darkness e fechou uma mão nos cabelos dele. Kat puxou, sacudindo a cabeça de Darkness para cima e para o lado desde que ele não esperava que ela fizesse isso. Ela pressionou o nariz contra a garganta dele e inalou. – Que colônia você usa? Cheira bem.
— É apenas eu. – Darkness enrijeceu, mas não puxou de volta.
— O que você disse para mim? – Kat sorriu ao som da voz dele se aprofundando. – Oh sim. Você cheira tão bem que eu poderia apenas te comer.
As mãos de Darkness nos quadris de Kat perderam o aperto e deslizaram pra a bunda dela, firmemente se curvando lá. Ele a puxou mais apertado contra a parede e Kat pôde sentir a ereção dele contra sua boceta através das roupas que vestia.
— Kat, não.
— Pensei que você não ia mais me ver novamente? – Ela correu a ponta da língua na pele dele, pausando exatamente abaixo do lóbulo da orelha de Darkness. – Você trouxe as algemas, Senhor Controle? – Kat mordiscou o lóbulo de Darkness. – Controle isso. –
As mãos dela começaram a perambular pelo corpo dele onde quer que pudesse alcançar.
O peito de Darkness começou a vibrar e os dedos dele se flexionaram, ele fez um som de estrondo profundo e tentou mover a cabeça para longe. Kat agarrou o outro lado do rosto de Darkness com a mão livre e o manteve no lugar. Ela soltou a orelha dele e foi para o pescoço, beijando-o e usando os dentes para beliscar suavemente. As pernas dela voltaram a apertar a cintura dele e se mexeu contra ele.
— Há quinze machos nos esperando para ir. – Darkness rosnou baixo.
— Uauu um time de dezesseis homens? Estou lisonjeada.
— Eu não sabia se íamos encontrar outro time. Queria homens o suficiente comigo para assegurar que podia te tirar. Penso que Mason iria tentar te matar.
Kat parou de beijá-lo e colocou a cabeça para trás, olhando dentro do olhos dele. Darkness realmente pensava que ela estava em perigo, isso não era como se ele estivesse apenas querendo vê-la novamente. Parte dela ficou triste, mas o fato de que ele tinha ido tão longe para ter certeza que ela estava a salvo aqueceu seu coração.
— Você se importa comigo.
— Podemos discutir isso mais tarde? – Darkness fechou os olhos e depois olhou corredor abaixo. – Precisamos ir.
— Darkness?
— O quê? – Os olhos dele se estreitaram.
— Vou com você com duas condições.
— Você não tem escolha.
— Duas condições. – Kat repetiu.
— O que você quer?
— Eu vou ficar na sua casa com você se eu retornar a Homeland desde que estou supostamente em tamanho perigo.
— Qual é a segunda? – Um músculo saltou no queixo dele.
— Você começa a guardar minhas costas no chuveiro. E no box comigo.
— Não.
— Eu talvez lave suas costas enquanto estivermos lá.
— Eu não faço isso. – Darkness rosnou baixo.
— Eu não vou deixar um bando de caras me sequestrarem, mas talvez permita isso se você concordar.
— Não.
Kat lambeu os lábios e gostou do jeito que Darkness notou, ela pressionou a boca da arma de Darkness contra a perna dele, seu polegar assegurando que a trava estava no lugar.
— Eu peguei sua arma, doçura. Você estava um tanto distraído. Concorda com meus termos depois de tudo?
— Você não vai atirar em mim. – Darkness parecia furioso.
— Eu não vou. – Kat colocou o tambor para trás. – Isso não vem ao caso. Nunca mais me subestime, bebê. Concorde com meus termos ou não estou saindo com você.
— Eu não vivo com outros ou tomo banho com eles.
— Então eu não vou com você.
— Eu vou te socar e te levar em meu ombro. Você vai acordar em Homeland.
— Você iria me acertar? – As sobrancelhas de Kat se arquearam em dúvida. – Possivelmente quebrar minha mandíbula ou me causar um concussão. – Ela não acreditava nisso realmente.
— Vou te algemar do jeito que fiz antes.
— Eu permitiria isso, seria apenas uma lista simbólica. Um de nós iria se machucar se realmente fossemos para isso. Concorde com meus termos ou saia da minha casa.
— Você é teimosa.
— Você também é. Acho que talvez seja por isso que sou atraída por você. Você quer uma mulher que dê um pouco, mas não muito.
— Não é por isso.
— Sério? Então o que você gosta em mim?
— Tudo exceto sua teimosia. As fêmeas humanas deveriam ser supostamente mais passivas.
— Você estaria tão entediado se eu fosse. – Kat gargalhou.
— Você é corajosa e não tem medo de mim.
— Não acredito que você me machucaria. Você é um bom homem, Darkness.
A carranca dele retornou.
— Você é. – Kat devolveu a arma dele para o coldre e se aproximou para segurar o rosto dele. – Mesmo que você não queira admitir. Quer que eu vá com você? Nós dormimos juntos e compartilhamos duchas. Não acredito que estou em perigo, mas se você quer cobrir minha bunda, é melhor ser no sentido literal. – Kat piscou.
— Vamos. – Darkness liberou o aperto em Kat e a ajudou a ficar de pé.
— Eu posso pelo menos trocar meu pijama primeiro e pegar algumas coisas?
— Por quê? De acordo com os seus termos, não teremos razoes para usar roupas. Tenho a equipe pronta para recuperar seus animais e consertar a janela quebrada, eles lançaram uma pedra para te distrair.
— Deixe-os. Minha colega de quarto vai voltar pela manhã, ela pode lidar com a janela quebrada também. – Kat não queria envolver Missy. Não acreditava que seu chefe era uma ameaça, apesar do que Darkness alegava. – Os bichinhos são mais dela do que meu, de todo jeito. Vou apenas colocar a mesa na porta do meu quarto assim eles não entram lá. O cachorro pode torcer a maçaneta com a boca e quero que eles tenham um acidente no meu piso se ela chegar atrasada. Os bichinhos dela, o xixi dela.
Kat caminhou para a mesa que escondia a entrada do sótão e a puxou, isso permitiria que Missy saísse.
— Vou para Homeland com você, sei que esse será legal. Estarei de volta em poucos dias. – As paredes eram finas então ela tinha certeza que Missy poderia escutá-la. Kat puxou a mesa para a frente da porta. – Vamos. – Quanto mais rápido eles saíssem, menos chance de Missy ser encontrada.
— Fique perto. – Darkness assumiu a liderança.
— Planejo fazer isso.

2 comentários: