terça-feira, 4 de novembro de 2014

Capítulo 5

Capítulo Cinco
True esperava encaradas quando ele entrasse no dormitório dos homens com uma
fêmea enrolada em seus braços. O cobertor estava dobrado ao redor dela o suficiente
para esconder a maior parte dela, mas seu sexo era óbvio pela sua forma pequena e seu
cabelo longo caindo em seu braço. Os machos assistindo o jogo de esporte na TV grande
giraram suas cabeças, todos olhando boquiabertos para ele.
— Ela está bem, — gritou. — Ela só está sedada.
Book se levantou. — Quem é ela e por que você está com ela?
— Ela é humana.
Darkness saiu do banheiro e parou. — O que está acontecendo?
True virou para olhar para ele. — Está é a Técnica Jeanie Shiver.
— Ela é a humana que a força tarefa queria que eu interrogasse? Eu disse que não
faria isto. Leve-a de volta para o Centro Médico. Eu não mudei de ideia. — Seu nariz
alargou e ele rosnou. — Cheira como se você a tivesse apavorado o suficiente sem mim.
Eu não tenho nenhum estômago para ameaçar uma fêmea.
— Não é por isso que estou com ela. Eles iriam transferi-la para Fuller. Eu não
permitirei isto.
— Por quê? — Book deu alguns passos mais para perto, abertamente curioso.
— Ela não é minha inimiga e ela não se encaixa com os humanos que vivem lá.
— A Segurança permitiu você sair com ela? — Darkness ergueu uma sobrancelha
e não pareceu seguro. — O que você fez? Eu conheço o protocolo.
— Eu a levei de sua cama do Centro Médico. — True ficou tenso, se preparou para
lutar com qualquer um que interferisse. — Ela não estava segura lá. A força tarefa ligou
para Fuller para busca-la.
— Justice aprovou isto?
— Não. — True mostrou seus dentes afiados. — Eu não perguntei. Ele não tem
palavra sobre o que acontece com ela. Ela é minha para proteger.
— Ela é sua companheira? — Book deu um passo para trás. — Ela concordou com
isso?
— Ela não é minha companheira, mas devo a ela minha vida.
Darkness se aproximou dele, mas parou a um metro de distância, sua confusão
clara. — Sobre o que você está falando? Eu li seu arquivo quando eles me abordaram
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para apresentar a interrogação. Ela trabalhou em duas subsidiárias suspeitas de
pesquisas das Indústrias Mercile. Uma delas era onde você foi mantido.
— Sim. Ela salvou minha vida no Novo México. Eu não compreendi o que está
acontecendo ainda, mas acredito que ela estava lá ajudando a salvar as vidas dos
Espécies.
Darkness balançou sua cabeça. — Ela é uma funcionária valiosa e obviamente
confiável de alto grau para trabalhar em ambas as instalações.
— Ela tirava sangue de mim, mas não era uma médica ou um empregado de alto
escalão, — True rosnou, bravo com o macho que estava muito perto. — Existe um
humano fingindo trabalhar para a ONE que a usou. Ela acreditou que estava nos
ajudando através dele. É por isso que ela estava em Cornas onde foi capturada. Ela
pensou que estava salvando nosso tipo dando a ele informações.
— Que humano?
— Eu não sei. E preciso descobrir isso. Ele disse ser um agente e a mandou para o
último local.
— Você tem prova? — Darkness recuou um passo, mas retirou sua telefone celular
de seu bolso da calça jeans. — Vamos lidar com isto de um modo racional. Eu ligarei para
Tim Oberto e Trey Roberts.
— Ela me disse isto enquanto estava drogada.
— Não existe nenhuma prova então. — O macho tocou a face do telefone.
— Não faça isto, — True exigiu. — Ouça-me primeiro antes de envolvê-los.
— Eles já estão envolvidos. Eles trabalham para nós, lide com os humanos.
— Eu não os quero próximos a ela. Eles não acreditaram no que ela disse, mas eu
acredito.
— Ele está altamente atraído por ela, — Book sussurrou. — Olhe para o quão
tenso ele está e a posição protetora. Não chegue perto dela novamente, Darkness.
True rosnou, girando sua cabeça para atirar no macho um olhar sujo. — Isto não é
sobre atração. É sobre uma dívida. Eu devo a ela o suficiente para lhe permitir provar sua
inocência. Ela não pode fazer isso de Fuller.
Book ergueu ambas as mãos, palmas abertas. — Ela cheira bem. Eu totalmente
entendo o desejo de leva-la para sua casa com você. Eu mesmo estive nessa situação.
Ela está inconsciente, tão fácil de levantar e ir embora, e você provavelmente imagina que
ela acordará feliz por estar nua em sua cama. Eu estaria tentado a fazer o mesmo. Eu tive
essa fantasia, mas fui assegurado que elas gritariam e não estariam tão impressionadas
como nós desejaríamos à vista de um macho excitado, pronto para nos jogar sobre elas
para compartilhar sexo.
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— Cale a boca Book. — Darkness suspirou. — Você não está ajudando.
— Tudo bem. — O macho encolheu os ombros. — Eu estava tentando convencê-lo
a partir da borda.
— Que borda? — True rosnou.
— É um ditado. — Darkness chamou sua atenção. — Um estúpido que não se
aplica aqui. Você não pode simplesmente roubar um fêmea do Centro Médico e trazê-la
para sua casa. Nós temos regras e regulamentos. Você acredita em algo que ela disse e
achou que foi enganada por outro humano? Esta é a essência disto?
Estava aliviado que alguém escutou. — Sim.
— Faça isto por canais adequados. Nós a retornaremos ao Centro Médico e
colocaremos um dos nossos machos em sua porta para ter certeza que ela permaneça lá.
Você e eu nos sentaremos com Justice, Fury e Slade para discutir isso.
Ele debateu isto. — E se eles não acreditarem nela?
— Você deve concordar com suas decisões.
— Eu não irei. — Seu temperamento chamejou novamente. — Não quando se trata
dela. Ela salvou minha vida.
— Eu entendo que você acredite em qualquer coisa que ela disse. — Darkness
abaixou o telefone e o retornou para seu bolso. — Esse não é o caminho para lidar com
isto, entretanto. Você não compreende o quão erradas suas ações são.
As portas do elevador abriram e Flirt saiu. O macho pausou. — O que está
acontecendo? — Seu nariz alargou. — Quem é essa fêmea? Por que ela está tão quieta?
True ficou agradecido por ver o macho. — Diga a eles que não sou irracional.
— Certo. — Flirt encolheu os ombros, olhando para Darkness. — Ele não é
irracional. — Ele olhou de volta True. — Por que você tem uma fêmea inconsciente em
seus braços? Estou tentando não julgar, mas ela cheira a medo. Você a assustou o
suficiente que ela desmaiou e agora você está dando uma de homem das cavernas para
leva-la ao seu quarto e beijá-la até isso tudo melhorar?
— Não. — Ele cerrou seus dentes, tentando acalmar seu temperamento que
depressa escalava. — Eu não a roubei para sexo. Por que você pensaria isto?
— Hã, você está segurando uma humana seminua e ela não está exatamente nos
dizendo que quer estar aqui. — Flirt riu. — Tão quente, huh?
— É a Técnica Jeanie Shiver, — True rosnou.
A expressão de Flirt ficou séria. — O que? — Seu nariz alargou novamente
enquanto inalava antes de ele depressa avançar, tentando conseguir olhar melhor para
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ela. Sua mão levantou como se ele planejasse remover o cobertor para vê-la mais
claramente.
True rosnou em advertência. — Não toque nela.
Os olhos de gato azuis de Flirt estreitou. — O cheiro dela está diferente. Eu quero
ver seu rosto.
— É ela.
— Deixe-me ver. Você acha que eu a prejudicaria? — Ele pareceu insultado. — O
que está errado com ela? O que você fez? — Sua voz afundou. — Dê ela para mim.
Darkness se moveu entre eles. — Não lutem. Ela podia ser prejudicada.
— O que você fez? — Flirt rugiu. — Eu te matarei se você machuca-la. —
Estendeu seus braços. — Suavemente passe-a para mim.
— O que está acontecendo? — Darkness olhou para os dois.
— Eu a estou protegendo, — True declarou para Flirt. — Eles quiseram manda-la
para Fuller. Eu não permitirei isto.
— A prisão humana? — Flirt acalmou o suficiente para falar em um tom normal. —
Ela não pertence lá.
— Eu sei, — True concordou. — Eu estava levando-a para minha casa para mantêla
segura. Os machos acreditam que vou molestar ou monta-la. Eu nunca causaria dano a
ela.
— O que está de errado com ela? — Flirt chegou mais perto.
— Ela está drogada com um sedativo. Acordará em algumas horas.
Darkness suspirou. — Você é da instalação do Novo México também Flirt. Você
conheceu a humana também, não é?
— Sim. — Flirt assentiu. — Ela não é ruim. Não é irracional querer impedi-la de ser
enviada para uma prisão. Leve-a lá para cima, True. Eu ajudarei a mantê-la segura. Não
tente para-lo, Darkness. Eu lutarei para protegê-la.
— Que diabo? — Book ofegou.
— Todo mundo precisa se acalmar, — Darkness ordenou. — Eu não vou lutar com
ninguém. Estou só tentando compreender o que está acontecendo.
— Ela é Jeanie Shiver, — Flirt rosnou. — Eu morreria para protegê-la. — Ele girou
sua cabeça, estudando True. — Nós estamos de acordo? Nenhum dano virá a ela.
— Eu a roubei para prevenir isto.
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Flirt olhou para Darkness. — Eu a teria roubado também se soubesse que ela
estava em Homeland e em perigo de ser mandada para a prisão. Deixe-o leva-la para
cima.
Darkness recuou. — Por que ela é tão importante para você? True disse que ela
salvou sua vida. Eu só quero entender o que está acontecendo e por que vocês dois
estão prontos para atacar outros em defesa dessa humana.
Flirt desceu a mão e agarrou a cintura de sua camisa, tirou-a por cima de sua
cabeça e a largou no chão. As cicatrizes cobrindo seu peito, barriga, e costas foram
reveladas. Elas eram espessas em alguns lugares, linhas finas em outros. — Isto foi o
que aconteceu comigo quando eles nos moveram de Mercile até Drackwood. O abuso
aumentou até que eu quase morri, frequentemente. Jeanie Shiver me manteve vivo
sentando ao meu lado da cama durante o pior da dor e me contava histórias que me
fizeram lutar para continuar respirando só para ouvir o fim delas. — Ele pausou, seus
olhos brilhando com lágrimas. — Um dos guardas levou isto muito longe antes de eu ser
libertado. — Sua mão esfregou as cicatrizes mais espessas próximas a parte mais baixa
da barriga. — Ele me apunhalou com uma faca. O médico não quis me operar para me
salvar, reclamando que eu não valia a pena seu tempo. A operação levaria horas. Shiver
envergonhou o homem com isso. Ela discutiu com ele até que ele concordou e ela ficou
comigo para ter certeza que ele não quebraria sua palavra. Eu mataria para proteger essa
fêmea. Eu ainda estava me recuperando na cama quando a ONE veio. Eu não teria
sobrevivido tempo suficiente para estar aqui e conhecer esta vida se não fosse por ela.
Darkness abaixou sua cabeça, assentindo severamente. — Eu entendo. — Ele
segurou o olhar de True. — Leve-a para sua casa. Eu não tenho nenhuma ideia de qual
será o efeito disso, mas você tem meu apoio. — Ele olhou nos olhos de Flirt. — Eu
respeito uma dívida de vida. Ajude-o a mantê-la aqui até que algo seja descoberto. Eu
farei meu melhor para convencer do porquê ela vale a pena quebrar algumas regras. Eu
não sou ótimo em seguir todas elas também.
— Obrigado. — True assentiu e andou a passos largos para longe. Ele empurrou o
botão para chamar o elevador.
—Você te certeza que ela está bem? Ela está muito mole.
Não gostou de Flirt estar muito perto do seu lado ou do modo que o macho olhava
carinhosamente para a fêmea. — Ela está altamente drogada, mas bem.
— Passe-a para mim. — Ele abriu seus braços. — Eu a levarei.
— Você não a tocará, — True advertiu.
Flirt rosnou baixo. — Ela não pertence a você. Ela salvou minha vida.
— Ela salvou a minha também.
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Eles olharam um para o outro até as portas abrirem. True entrou, mantendo-se no
canto tão longe do macho quanto possível no espaço limitado. Flirt recusou desistir
facilmente.
— Nós devíamos leva-la para minha casa. Ela ficará muito feliz em me ver quando
acordar.
Ciúme cresceu dentro de True. — Você não sabe disto.
— Ela passou muito tempo comigo. — Flirt inchou seu tórax. — Eu fui ferido mais
frequentemente que você. Eles me testaram para algumas drogas para remendar ossos
quebrados. Eu a fiz rir. Você fez?
— Ela me pediu para ajuda-la, não a você.
— Eu não sabia que ela estava aqui ou teria ido até ela.
As portas abriram no terceiro andar. True saiu e andou para seu apartamento. Ele
tirou seu cartão chave do seu bolso dianteiro da calça, debruçando para trás um pouco
para equilibrar seu peso em seus braços, enquanto tentava ignorar o macho o seguindo,
muito perto de Shiver.
— Você pode proteger a porta.
— Eu acho que ela se sentiria mais segura se acordasse olhando para meu rosto,
— Flirt protestou.
True girou, rosnando. — Ela é minha para proteger.
— Ela é minha também.
Um horrível pensamento atingiu. — Você concordou com o acordo de Polanitis?
Você a montou? — Não tinha certeza do que faria se o macho dissesse que concordou.
Iria querer mata-lo com certeza.
— Não! — Flirt rosnou. — Você a montou? Polanitis ofereceu a você um acordo
para monta-la? — Rosnou novamente, suas mãos fechando. — Foi assim que ele
descontou nela, por deixa-lo bravo? Permitiu que você a machucasse?
— Eu nunca a toquei. — Lutou contra o desejo de esmurrar o macho no rosto, mas
só por causa do peso de Shiver que descansava contra seu peito e em seus braços. Ele
teria que coloca-la para baixo e fora do caminho primeiro para lutar com o macho. — O
que você sabe de Polanitis?
— Ele entrou no quarto da clínica alguns dias antes de sermos salvos. Ela estava
lá comigo e ele exigiu que ela fosse com ele. Ela disse que estava ocupada, mas ele
agarrou seu braço. Ele estava furioso. Eu quis mata-lo quando ele a arrastou da sua
cadeira, mas me acorrentaram. Ele a atingiu no rosto antes de força-la a ir com ele. Ela
retornou algumas horas mais tarde com contusões em seus braços. Ela se recusou a me
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dizer como chegaram lá, mas pensei que ele fez isto. Você está me dizendo que ele a
ofereceu para nossos machos, monta-la como castigo?
Sentiu umaerdadeira sensação de um apunhalar em seu tórax. Machucou a
confirmação de por que Jeanie temeu Polanitis. Ele tinha estado responsavel por
Drackwood, então, por tudo que tinha sido feito para ela. Ele tinha certeza agora de que
ela foi forçada em criar experiências.
— Parece que sim.
Flirt rosnou. — Quem aceitou? Eu quero seus nomes.
— Eu não sei. Eu não a toquei.
Flirt fechou seus olhos e virou. — Pergunte a ela ou eu irei. Eu quero saber se
alguns dos nossos machos a machucou. — Deu algumas respirações irregulares. — Eles
pagarão se eles a machucaram. Ela era gentil com todo mundo que traziam para dentro,
para tratamento médico. Estive lá muitas vezes e vi sua interação com nosso tipo. Ela não
merecia isto. — Ele lentamente girou, abriu os olhos, e estudou True. — Você sabe disto,
certo? Ela não era como os outros.
— Eu sei.
— Ela tinha um coração.
— Eu sei.
— Eu via dor em seus olhos frequentemente quando éramos machucados. Ela se
importava conosco.
— Eu sei disto também.
— Ela estava com medo. Eu perguntei a ela uma vez por que ela trabalhava para
eles. — Ele enganchou seus dedos polegares nas fivelas de sua calça jeans. — Você
sabe o que ela disse?
— O que? — True realmente queria a resposta.
— Eles a matariam se ela parasse e ela não estaria lá para nos ajudar. Ela
sussurrou isso para mim e falava sério. Ela estava tão presa quanto nós.
True ouviu o suficiente. Ele passou seu cartão para destrancar a porta e a abriu. —
Não permita que ninguém entre. Ela estará segura aqui.
— Não machuque ela de nenhuma forma, True. — A ameaça pendurou no ar. —
Nós faremos a ONE entender que ela não é como os outros humanos e ganhar sua
liberdade. Ela merece isso por tudo o que fez.
Seu temperamento chamejou. — Você pensa que eu causaria dor de alguma
forma?
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Flirt hesitou, estudando-o de perto. — Eu matarei você se causar.
— Mate Polanitis. Ele é responsável por ela ser prejudicada em Drackwood. Eu
acho que ela recebia drogas de procriação.
Choque alargou os olhos do outro macho.
— Ela admitiu que ele tinha feito isso com ela. É por isso que me recuso a permitir
que ela seja enviada para Fuller. Ele está lá.
— Filho de uma puta, — Flirt rosnou.
— Parece que ela fez um acordo para permitir que a drogassem para salvar minha
vida. Foi isso que os impediu de me matar naquele dia que estavam me levando ao
edifício exterior e é por isso que ela vai ficar em minha casa. Não me insulte novamente.
Eu quebraria meus próprios dedos antes de encostar um nela que lhe causasse mais dor.
— Entrou e fechou a porta com seu pé.
Uma checada rápida em sua casa o assegurou que ele precisava limpar o lugar
antes de Jeanie despertar. Ele trabalhou muitos turnos e seus uniformes estavam
espalhados pelo chão. Lentamente arrastou o cobertor do seu corpo, sem estar mais
preocupado em esconder sua modéstia. Ela parecia pacífica em seu sono drogado
enquanto e enrolava em seus braços, levando-a para seu quarto. A cama não estava
feita, mas os lençóis estavam semilimpos já que lavou roupa duas vezes no dia anterior.
Ajudou que as cobertas estavam empurradas para abaixo enquanto engatinhou no lado
do colchão e suavemente a estirou na cama de costas.
Ela parecia minúscula no centro de sua cama grande enquanto puxava seus
braços de debaixo dela e ajustou seus roupões de hospital para baixo de suas coxas
pálidas. Era uma tentação remover o material grosseiro, odiava dormir com roupas, mas
ela poderia ficar alarmada se despertasse nua. Ele subiu na cama e puxou as cobertas
para seu peito.
Acariciou sua pele suave ao longo do lado de seu rosto com um dedo. Não estava
fria, mas ainda assim caminhou até o termostato, pausou, debatendo qual seria uma
temperatura confortável para ela. Concordou em aumenta-lo para vinte cinco graus. Seria
quente para ele, mas não queria que ela ficasse com frio.
True depressa saiu do quarto para a sala de estar e lavou os pratos. Quinze
minutos mais tarde ele retornou. Ela dormia na mesma posição. Hesitou antes de erguer
uma cadeira, levou-a para o lado da cama e sentou-se. Ele permaneceria lá até que ela
acordasse. Era importante que ela não sentisse medo. Queria ser a primeira coisa que ela
visse assim poderia assegura-la que estava segura.
* * *
Darkness calmamente esperava até os machos entrarem no dormitório dos
homens antes de entrar no caminho deles. Justice, Fury e Tim Oberto não pareciam tão
chateados quanto esperava. Uma equipe da força tarefa consistia em seis humanos
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agrupados do lado de fora das portas principais, pareciam estar em alerta máximo,
indicado pela sua tensa linguagem corpo.
— Esperei que vocês chegassem pelo menos cinco minutos atrás.
Justice piscou, sua expressão tranquila. — Nós temos um problema.
— Estou ciente. True roubou a humana do Centro Médico e a levou para seu
apartamento. — Darkness pôs suas mãos em seus quadris. — Flirt está guardando sua
porta para prevenir vocês de levarem-na de volta.
Fury ergueu uma sobrancelha. — Por quê?
Darkness hesitou, cuidadosamente medindo suas palavras. — Por causa do que
ela fez para eles em Drackwood. Eu reli seu arquivo inteiro enquanto esperava por vocês
aparecerem, todo ele, e nenhum Espécie falou mal dela. Eles foram realmente lisonjeiros
em suas declarações. Vocês estavam cientes disto?
Tim xingou. — Não importa se ela foi boa com alguém. Ela precisa ser enviada
para Fuller. Ela se recusou a cooperar com a equipe de interrogatório. True estava fora da
linha para fazer essa merda. — Ergueu um braço e correu sua palma por cima de sua
cabeça calva em um sinal de frustração. — Você devia ter estado lá para conseguir as
informações que nós precisamos, Darkness.
Ele assentiu. — Provavelmente, mas me recuso a aterrorizar fêmeas. Eu não tenho
acesso ao que foi dito durante seu interrogatório já que ninguém se incomodou a atualizar
essas informações ainda. Teria sido bom ler. — Ele franziu a testa. — Sua equipe é
negligente, Tim.
— Acabou de acontecer. Eles não tiveram tempo de digitar as gravações e
atualizar o banco de dados.
— Já passou mais de uma hora. — Darkness dirigiu-se a Justice, — Os machos
devem àquela humana uma dívida de vida. Você leu suas declarações quando foram
libertados de Drackwood, recontando tudo o que eles suportaram lá?
— Não.
— Você devia ter lido antes de forçar este assunto. Ela está segura e tem dois
machos a protegendo. Ela não ficará vagando livremente por Homeland. Eu
pessoalmente garantirei isto. Ela não é nenhuma ameaça e é melhor ficar onde está. Se
você precisar de um macho extra na porta de True, eu ofereço meus serviços como um
guarda. — Olhou em direção ao macho que esperava o elevador. — Dagger?
O macho se aproximou. — Agora?
Um firme aceno de Darkness o induziu a falar.
— Eu estava em Drackwood. A técnica Shiver nunca prejudicou nenhum Espécie lá
e falei com a maior parte deles. Darkness me fez contatar os Espécies disponíveis na
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Reserva que podia alcançar por telefone e eu brevemente entrevistei os daqui, também,
daquela instalação. Ninguém tinha qualquer coisa ruim para dizer sobre ela. Eles
realmente estavam alarmados por ela ter sido levada em custódia e perguntaram pelo seu
bem-estar. — Pausou. — Um número grande deles ofereceu testemunhar ao seu favor se
ela estiver enfrentando as leis dos Espécies. Dois deles, ambas fêmeas, quiseram deixar
a Reserva para vir para cá para estar com ela. Elas estavam preocupadas que ela estaria
assustada. Isso as chateou.
— E, também liguei para a Reserva enquanto estava examinando cuidadosamente
os relatórios, — Darkness adicionou. — Eu conversei com alguns dos recentes Espécies
libertados. Eles falaram muito bem de Shiver. Uma fêmea está muito enfurecida por causa
de seu tratamento. — Olhou para Tim. — Você realmente precisa controlar um pouco os
seus membros da equipe. É inaceitável que a humana quase morreu quando foi presa e
que seus ferimentos sérios foram ampliados por causa do tratamento grosseiro.
— Eu acabei com a raça deles, — Tim xingou. — E Justice acabou com a minha.
Nós não atiramos nela.
— Isso soa estranho, — Midnight declarou, saindo da cozinha com uma tigela de
sorvete. — Eu fiquei faminta enquanto esperávamos. — Ela parou ao lado de Darkness.
— Oi. — Acenou sua colher para Justice, Fury e Tim.
— O que você está fazendo aqui? — Fury franziu a testa. — Você deveria estar de
serviço no Centro Médico.
— Eu sou a voz de razão e é minha hora de almoço. — Soltou a colher na tigela. —
Eu não gostei da humana quando ela foi trazida para cá. — Encolheu os ombros. —
Então ela foi dopada e começou a conversar com True. Era um material realmente
interessante. Eu mudei de ideia sobre não gostar dela o suficiente para vir aqui colocar
um pouco de juízo em todo mundo antes de muitos egos masculinos colidirem.
— O que foi dito? — Justice debruçou-se contra as costas do sofá, sua postura
relaxando.
Midnight colocou a tigela em uma mesa próxima. — Ela teve o que pareceu ser um
ataque de pânico no final do questionamento no porão. O velho Dr. Harris estava em seu
escritório entã tive que lidar com a situação. Eu pensei que metade de uma dose de
sedativo que nós mantemos em mãos para lidar com nossos machos fora de controle
estaria bem, mas parece que eu devia ter usado menos. — Estremeceu enquanto olhava
para Fury. — Lembra quando Ellie estava em trabalho de parto? A mesma coisa você
recebeu para acalma-lo. Assim foi como ela reagiu. Ela mal fez sentido, mas um pouco do
que disse fez sentido.
— Eu não vejo o porquê disso tudo importar, — Tim declarou. — Esta Jeanie
Shiver é...
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— Já chega, — Justice exigiu, afastando-se do sofá para endireitar-se. — Isso
Importa porque esta humana importa para nosso povo e quero entender o motivo. — Ele
assentiu para Midnight. — Continue.
— Ela descreveu os efeitos da droga de procriação.
As mãos de Justice enrolaram em punhos. — O que isso quer dizer?
Midnight hesitou. — Por alguma razão, parece que Drackwood desejava testar a
droga em uma fêmea humana. Ela aparentemente concordou em ser testada e permitiu
que eles usassem isto nela a fim de salvar a vida de True.
— Ele disse que nunca a montou. — Justice franziu a testa. — Ele mentiu para
mim?
Ela balançou a cabeça. — Não. Nós não temos nenhuma ideia se qualquer outro
macho a montou. Eu ponderei isto desde que True a levou. Um macho drogado teria
matado uma humana. Elas não são fortes o suficiente para sobreviver a um macho fora
de controle por total luxúria. Havia só algumas fêmeas em Drackwood. — Ela ficou muda,
severamente relativo a Justice.
— Porra, — ele silvou. — Eles a drogaram ao invés disso. Até um macho que
odiasse humanos teria sentido pena de vê-la sofrer, especialmente se ela inspirou alguns
deles a sentir qualquer tipo de vinculo em relação a ela ou se foi dada a droga para eles
antes.
Fury rosnou. — Teria tentado apenas matá-la só para acabar com o sofrendo dela,
mas alguns podem ter escolhido monta-la ao invés se ela os tratava bem.
— Ou alguns podiam ter sido incapazes de resistir se não tiveram acesso a uma
fêmea em muito tempo. — Darkness suspirou. — Ela é atraente e todo mundo de
Drackwood parece gostar dela. Nós teríamos feito o mesmo com nossas fêmeas para
aliviar a dor da droga. Eles teriam sido cuidadosos para não machuca-la se ela
significasse algo para eles. Explicaria por que ela não foi morta.
Midnight chamou sua atenção. — Ela continuou falando sobre um Agente Brice e o
que ela disse respondeu a algumas das perguntas de True. Ele nunca entendeu o porquê
daqueles em Drackwood mudaram suas mentes em relação a mata-lo. Você sabe que
falo frequentemente com Espécies recentemente libertados. Eu ajudei True a se ajustar à
vida como um macho livre. Eu conheço sua história bem e isso encaixa. — Ela pausou,
como se considerasse seus pensamentos antes de continuar. — Eu estou intrigada,
Justice. Parece que existe um humano com um distintivo que a assegurou que estava
realmente trabalhando para nós para ajudar os Espécies a ganhar sua liberdade. Eu
acredito nela quando ela disse que ele existe.
Fury trocou de posição. — Você está certa que ela estava sendo honesta?
Ela olhou para baixo em suas calças. — Você quer esvaziar seu bolso esquerdo
para mostrar a todo mundo o que você mantém lá? Eu já sei e sei por que você sente a
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necessidade de manter o cheiro de Ellie perto a toda hora. — Sorriu enquanto seu olhar
ergueu para o dele. — Aquele sedativo é realmente forte e faz alguém que o esteja
tomando fazer declarações sinceras sobre coisas que normalmente não compartilhariam.
Cor manchou suas bochechas à medida que ele rosnou. — Compreendido.
Justice olhou para ele e cheirou o ar. — Eu devia perguntar?
— Não. — Fury limpou sua garganta. — O sedativo é forte o suficiente para alguém
soltar informações sinceras. Aceite minha palavra nisso.
— O que tem no seu bolso?
— Não é da sua conta, Tim. — Fury atirou a Midnight um olhar de advertência. —
Ela estava muito faladora?
— Sim. Ela tentou responder as perguntas verdadeiramente quando eles a levaram
para o porão, mas ninguém acreditou nela. True confia nela agora. Nós devíamos esperar
até que ela acorde para conseguir mais respostas, descubra quem este humano é e
descubra como ela foi usada por ele. — Ela olhou fixamente para Tim. — Eu tenho
pensado sobre isto. É possível que exista outro site que imita o nosso próprio? Talvez ela
o viu e contatou este humano em vez de nós. Não seria a primeira vez que alguém tentou
mexer com Espécie. — Olhou para Justice. — Como nós localizamos ambos os lugares
em que ela trabalhou?
Ele olhou para Tim. — Diga a ela.
— O site. Nós pagamos um milhão e meio pela informação para as Pesquisas
Cornas.
— Então alguém lucrou com o salvamento deles? — Midnight irradiou. — Viu?
— Foi ela, — Tim acusou. — Isso só fica pior.
Fury franziu a testa. — Você sabe disto com certeza?
— Não. Nós recebemos um pacote pelo correio com provas que alguém tinha
acesso a Espécies não listados em nosso banco de dados de DNA três dias antes de
invadirmos Cornas. Não havia nenhuma impressão digital ou qualquer caminho para
localizar de onde o pacote veio. Continha amostras fechadas com DNA de Espécie com
um bilhete digitado. Disse que nós seríamos contatados logo e a quantia de dinheiro que
queria revelando o local onde nós podíamos recupera-los. Logo após meia-noite no dia
que soubemos do local uma mensagem de voz computadorizada foi deixada no site com
um número de conta bancária estrangeira. Nós pagamos e eles nos enviaram um email
para nos dizer que acharíamos Espécies presos no subterrâneo das Pesquisas Cornas.
Quatro horas mais tarde nós o invadimos. — Pausou. — Estou bem certo que uma dica
anônima com demandas de dinheiro foi do mesmo modo que soubemos sobre
Drackwood. Você não vê? Ela tem de ser a pessoa que fez isto. Aquela cadela
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chantageou uma quantia pesada da ONE. Estou bem certo que nós pagamos um milhão
naquele também.
— Outro humano está envolvido, — Midnight declarou. — Ele está agindo pelo
nome de Agente Brice.
— Tudo indica que eles são parceiros. — Tim girou, gesticulando para sua equipe
nas janelas grandes. — Eu mesmo vou interroga-la desta vez e descobrir com quem ela
estava trabalhando. Nós pegaremos esse dois bastardos e conseguiremos o dinheiro de
volta. — Ele assentiu para Justice. — Eles poderiam saber mais locais onde Novas
Espécies estão sendo mantidos. Estou preocupado que a queda causará pânico se este
for o caso e quaisquer outros locais poderiam matar quaisquer sobreviventes. Tempo é
essencial.
Quando os seis humanos apressados entraram no edifício, Midnight rosnou,
ficando na cara de Tim. — Pare. Você não está me escutando. Ela acredita que estava
ajudando, não nos usando para ficar rica. Isso não faz sentido.
— Você sabe disto com certeza? Eu não. Nós pagamos uma porrada de dinheiro e
mais vidas podiam estar em risco. Eu não me importo se ela percebeu que seu parceiro
estava nos roubando. Ela sabe quem ele é e eles dois sabiam como achar Drackwood e
Cornas. Há muito em jogo para dar a alguém o benefício da dúvida. — Tim girou e
gesticulou para sua equipe novamente. — Em cima. Nós estamos coletando nossa
prisioneira.
Justice interveio. — Não siga essa ordem. — Olhou fixamente para Tim. — Eu
entendo a situação difícil que está, mas você não vai enviar sua equipe atrás dessa fêmea
até nós descobrirmos mais informações.
— Ela pode saber onde outros Espécies estão sendo presos. — O rosto de Tim
ficou vermelho de raiva. — Eles podem estar sofrendo nesse instante. Quanto mais rápido
nós a fizermos falar, mais rápido nós podemos chegar a eles.
— Ela podia ter outro ataque de pânico, — Midnight protestou. — Eu acredito que
ela foi usada pelo humano. True também acredita.
— Já chega! — Darkness berrou, sua voz fria. Esperou até que obteve a atenção
de todo mundo. — Ninguém vai se aproximar daquela fêmea sem matar Flirt e True. Eles
não permitirão a você leva-la sem uma briga até a morte. Você não me ouviu dizer sobre
a dívida de vida? — Manteve o olhar fixo de Justice. — Eu não permitirei que isso
aconteça. Eles estão fazendo o que acreditam que é certo. Deixe-os fazer as perguntas,
ou eu irei, mas isto se tornou um problema dos Espécies. — Ele girou seu olhar frio para
Tim. — Tire seus machos do nosso dormitório. Eu gosto de alguns deles, mas não quer
dizer que não darei uma surra neles se tentarem alcançar aqueles degraus ou o elevador.
— Olhou para cada membro da força tarefa. — Vocês querem escutar a mim ou a Tim?
Vão embora.
Os humanos recuaram, retornando para a porta.
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Darkness não se importou que Tim parecia furioso. — Você devia ir com eles.
— Não me ameace.
— Chame isto de um aviso amigável. A fêmea fica aqui. Eu conseguirei suas
respostas. Você quer saber se ela estava ciente da chantagem e quem é o macho. Eu
descobrirei do meu próprio modo.
Justice assentiu. — Darkness lidará com este assunto.
Tim ofegou. — Ela é humana, então minha responsabilidade. É meu trabalho...
— Siga minhas ordens, — Justice declarou. — Eu entendo que você esteja bravo
porque está cuidando de nós, mas Darkness está certo. Este se tornou um problema da
Espécie quando a fêmea em questão abrigou-se debaixo deste telhado.
— Ela foi sequestrada do Centro Médico, — Tim lembrou a ele.
— Na verdade, — Midnight contrapôs, — ela pediu para True escondê-la. Ela
estava fora de si, mas estava claro que quis sua ajuda. Você pode sequestrar alguém que
lhe pediu para levar para outro local?
— Não, — Darkness respondeu. — Ele a escondeu dentro do apartamento dele.
— Não tenho certeza em qual quarto ele a está mantendo. — Dagger sorriu. — Eu
consideraria mais esconder. Ele estava só fazendo o que ela solicitou então não pode ser
sequestro.
— Porra, — Tim enfureceu-se. — Isto não é um jogo. Você está abrigando uma
fugitiva de mim e minha equipe. Eu sei que Espécies têm uma cegueira quando se trata
de qualquer coisa com uma vagina, mas esta cadela conseguiu arrancar milhões de
dólares da ONE em um esquema de chantagem enquanto Novas Espécies sofriam.
Deixe-me fazer meu trabalho.
— Nós lidaremos com isto, Tim. Por que você não vai revisar os detalhes de como
nós soubemos sobre Drackwood? Isso seria muito útil, — Justice sugeriu.
— Filho de um p...
— Pare, — Justice rosnou. — Eu não tenho uma cegueira só porque ela é fêmea.
Eu entendo que você ache que é mais provável acreditarmos nela porque ela é fêmea,
mas você sabe o que me convenceu para que eu permita os Espécies lidarem com este
assunto? Eles se importam com ela. Nós não somos idiotas. Alguns deles conhecem esta
fêmea, passaram tempo com ela durante seu cativeiro, e respondem por ela. É isso que
me motiva a sair da porta enquanto ela está lá em cima. Vá fazer seu trabalho
pesquisando e revisando os detalhes de como nós descobrimos sobre Drackwood. Você
será notificado assim que eles souberem quaisquer novas informações com que você
possa trabalhar. Vá. — Apontou para a porta. — Eu lembrarei que você é tão apaixonado
porque se importa em vez de fisicamente jogar você para fora pelo insulto que acabou de
falar.
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Tim foi para o lado de fora onde sua equipe esperava. Justice o assistiu ir,
franzindo a testa.
— Obrigado por me defender. — Darkness inclinou sua cabeça em agradecimento.
— Ele está tentando seu melhor para fazer seu trabalho. — Justice pausou. — O
regulamento diz que os humanos são seu problema, mas eu os desconsiderei. Lide com
este problema. Eu confio em você para me manter informado a toda hora e ela é sua
responsabilidade. Não é para ela ir a lugar nenhum sem um macho ao seu lado e não
fazer contato lá fora.
— Compreendido.
Justice girou, mas pausou, olhando para trás. Um sorriso lento curvou seus lábios.
— Estou contente por ver você se envolvendo. Você tem estado um pouco distante.
— Eu gosto de True.
— Eu também. Você sabe que isto podia ter sido evitado se você tivesse ido
questiona-la. Você é muito meticuloso.
— Eu me recuso a torturar fêmeas.
O sorriso nos lábios de Justice enfraqueceu. — Eu nunca disse que você tinha que
fazer isso. Você tem um histórico único com habilidades que nos falta. Duvido que você
tenha que recorrer a violência física para convencer uma fêmea a falar.
Darkness ergueu seu queixo, raiva relampejando em seus olhos. — Não.
— Você está ciente do que aconteceu quando a força tarefa achou aquela fêmea
em Cornas já que você admitiu ter lido todos os arquivos disponíveis de Jeanie Shiver.
Você não teria permitido que ela fosse machucada pela equipe se tivesse estado em
cena.
— Eu me recuso a deixar a terra da ONE com as equipes de recuperação. Você
nunca vai desejar me ver em uma situação de combate, Justice. — A voz de Darkness
abaixou a um sussurro para certificar-se que não espalhasse pela sala. — Eu vi mortes o
suficiente e elas me transformaram em uma máquina da morte. Não estou certo se
poderia desligar isso se tivesse que fazer isto novamente.
Fury limpou sua garganta. — Midnight? Dagger? Por favor, vocês nos dão licença.
Os dois desapareceram pelo corredor abaixo para a biblioteca. Justice quebrou o
silêncio primeiro.
— Eu entendo seus medos mas...
— Eu não tenho medo. Eu sou quem todo mundo tem medo. — Darkness estourou
um suspiro frustrado. — Nossa gente mantém um espaço aberto em relação a mim.
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— Você teria lidado com a situação com Jeanie Shiver melhor que do que a equipe
de Tim. Os humanos ficam muito sentimentais em nossa defesa. Eles acreditam que nós
ainda estejamos muito ingênuos ou de coração mole. Ninguém poderia acusar você disto.
Você pelo menos considerará lidar com alguns dos interrogatórios futuros com fêmeas
trazidas para Homeland? Você pode entrega-las para outra pessoa lidar se sentir-se
desconfortável, mas eu dormiria melhor à noite sabendo que você está no comando de
tirar as informações deles.
Fury chamou atenção de Darkness. — Você lidou com esta situação extremamente
bem. Justice é sábio e acredito que você não esteja se dando crédito suficiente. Você não
é um monstro. Você é um sobrevivente que teve que fazer o impensável, mas também o
faz melhor para o trabalho. Os humanos treinaram você para tirar informações de outros
humanos. Você entende que fêmeas e machos não são semelhantes e devem ser
tratados diferentes. A equipe de Tim não faz essa distinção. Nenhuma tortura ou abuso
precisa ser aplicado às fêmeas a menos que elas tenham uma base militar onde foram
condicionadas a resistir a gatilhos emocionais.
— Eu considerarei isto. — Darkness virou-se, xingando por debaixo de sua
respiração, deixando claro que ele não estava contente.
Justice sorriu novamente. — Bom. Faça isso e deixe-me saber quando você tomar
uma decisão. No momento você está no comando da situação de Jeanie Shiver. Só tenha
certeza que o pau de True não o atrapalhe para que ele seja responsável. Ele parece
muito apegado a ela.
Fury assentiu. — Eu não era racional quando se tratava de Ellie.
Darkness olhou fixamente para ele. — Eu não entendo.
— Ela trabalhou para Mercile onde eu era mantido, do jeito que esta fêmea
trabalhou com True. Eu queria odiar Ellie a princípio, mas aquelas emoções depressa
mudaram. Eu fui de querer estrangula-la a sentir o desejo dominante de tê-la nua em
minha cama. Levou-me um tempo para perceber que eu a queria como uma
companheira.
— Eu olharei os sinais. — Darkness pausou. — Pode haver um problema com isto.
Flirt parece igualmente protetor dela.
— Se certifique que eles não lutem. — Justice deu a Darkness um olhar duro e
depois olhou para Fury. — Vamos acalmar o temperamento de Tim um pouco. Ele tem o
direito de sentir raiva, mas ele precisa aprender como expressar isto melhor.
— Eu voto em fazermos Brawn lidar com ele.
Justice riu. — Não me tente, Fury. Tim é seu pai de acasalamento. Nós não
podemos jogar esse tipo de tensão em seu caminho. Becca não gostará de a gente
colocar seus machos um contra o outro.
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4 comentários:

  1. Gente, que capítulo foi esse!? Dois espécies defendendo a Jeanie achei demais! Sortuda!
    E o Darkness então? Tão misterioso... Cara, queria um desses pra mim... rs

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  2. eu quero dar uma surra nessa força tarefa

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