terça-feira, 4 de novembro de 2014

Capítulo 2

Capítulo Dois
Tim Oberto atirou para sua equipe um olhar enfurecido. — Você quase permitiu
que ela morresse.
Trey Roberts, seu segundo no comando, limpou a garganta. — Senhor, como a
equipe deveria saber que chatearia tanto uma fêmea resgatada? A mulher em questão
era uma funcionária. Quantos Novas Espécies foram assassinados em suas mãos? Eu
sinto muito que a fêmea Nova Espécie estava tão aflita, mas os funcionários daquele
inferno não são nossa prioridade. Nós imediatamente conseguimos ajuda médica para
aquela mulher uma vez que a situação explodiu. Ela vai sobreviver.
— Ela quase não sobreviveu! — Tim gritou. — Eu sei que é seu trabalho defender
as equipes, mas nós dois sabemos que fizeram merda. Justice vai ficar enchendo o meu
saco porque nós chateamos uma de suas fêmeas. Ela atacou um dos nossos homens,
tentando defender aquela funcionária. Ela pediu ajuda para a mulher ferida, ou não, antes
de lança-lo em uma parede para conseguir que sua bota saísse do traseiro da
funcionária?
— Ela pediu, — um membro da equipe admitiu. — Mas que inferno, a cadela tinha
uma arma quando nós alcançamos aquele andar. Ela se sentou lá nos encarando com
uma arma e por sorte nós não simplesmente abrirmos fogo e acabamos com ela. Eu teria
dado o tiro se ela fosse um homem.
As portas abriram e Tim estremeceu quando Justice North e uma dúzia de grandes
machos Novas Espécies pisaram na sala. Tim reconheceu o quão Justice estava bravo
pelo estreitamento de seus olhos de gato e o fato que seus lábios estavam separados o
suficiente para revelar seus caninos afiados. Tim esperou enquanto Justice chegava mais
perto.
— Qual é a sua diretiva? — Justice rosnou.
Tim endireitou seus ombros e encontrou o olhar fixo aquecido de Justice North. —
Ajudar no salvamento de todos os Novas Espécies.
Justice assentiu. — Você é do nosso time. O governo atribuiu você para nos
ajudar, mas você responde à ONE primeiramente, Tim, — Justice rosnou. — Isso significa
todos os Novas Espécies. Quando um Espécie exigir atenção médica para um humano,
ele deve receber o que quer. Primeiro contato é muito importante. Ela pensa que sua
equipe é tão ruim quanto os humanos que a mantiveram em cativeiro. É verdade que a
humana já tinha sido baleada quando seus homens a agrediram e a algemaram, quase
permitindo a ela sangrar no chão?
Tim estremeceu enquanto seu olhar moveu para Trey. — É?
Trey suspirou, endereçando a Justice. — Eu estava um andar acima deles, mas
falei com o líder da equipe. Parece que sim, senhor. Ela estava sofrendo de um ferimento
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de bala e segurando uma arma em seu colo. Dois guardas estavam mortos no chão
próximo a ela. A equipe presumiu que eles se voltaram um contra o outro para nos
prevenir de ganhar quaisquer informações se eles fossem presos.
— A fêmea Espécie, — Justice rosnou, — disse que a humana foi agredida pela
equipe. Ela jura que o rosto da humana estava sangrando e contundido só depois que
eles chegaram. Isto é verdade? Alguém bateu na humana?
Trey limpou sua garganta. — Eu os questionei sobre tudo o que aconteceu. Um
dos homens bateu nela com a coronha do rifle para derruba-la. Seu rosto foi contundido aí
ou quando eles a prenderam no chão.
Outro grunhido soou e um dos machos Novas Espécies avançou. True era um
grande filho da mãe, um metro e noventa e oito, peito ombros e largos. Seus bíceps
densos esticavam as mangas da camisa preta até seu limite. O cabelo loiro brilhante caia
pelos seus ombros e seus olhos marrons escuros estreitaram com raiva enquanto fixavam
em Trey. Tim ficou tenso esperando que uma briga não começasse inesperadamente
desde que estava ciente que aquele Nova Espécie em particular, quem eles salvaram em
uma missão prévia, estava ainda aprendendo a controlar seu temperamento. O dia já
tinha sido um total desastre e não queria que piorasse.
— Ela é uma humana pequena que já estava sangrando. Não havia nenhuma
causa para sua equipe agredi-la ou usar algemas. Uma criança pequena podia ter lidado
com ela naquela condição. Ela estava impotente.
— Eu não teria feito isto, mas não estava lá para controlar a situação, — Trey
murmurou. — Eu estourei com eles.
Tim chegou mais perto para ficar entre eles. Aquelas eram suas equipes então era
sua bagunça. — Eu entendo que você esteja chateado, True.
— Chateado? — True rosnou. — Ninguém devia abusar de um humano ou
Espécie. É por isso que protesto em ser forçado a ficar na retaguarda quando a equipe
entra em uma situação. Eu não teria permitido que isso acontecesse, mas ela já estava
derrubada quando a equipe permitiu que eu saísse do elevador. Eu não percebi que ela
estava ferida. O fedor do sangue dos guardas mortos e dos explosivos usados para abrir
as portas mascararam seu cheiro.
Um de homens de Tim bufou. — Ela trabalha para Mercile ou qualquer nome que a
companhia deles estão usando agora. Quem se importa? Quantos do seu tipo ela ajudou
a matar? Nenhum desrespeito, senhor.
True estalou sua cabeça na direção de Chris, o membro da equipe que falou. —
Nós não abusamos de fêmeas. Eu não me importo se elas trabalharam para nosso
inimigo. Ela é uma criatura impotente.
— Ela trabalha para uma companhia que é uma ramificação da Mercile, — Tim
lembrou a todo mundo, enviando a Chris um olhar sujo para silenciar o idiota. O sujeito
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era novo, tinha uma atitude ruim, mas lidaria com ele mais tarde. Focou no Nova Espécie
novamente. — Seu bem-estar não era nossa prioridade. Isso seria salvar Novas
Espécies. Eu sinto muito que sua fêmea ficou chateada, Justice. A verdade permanece a
mesma, entretanto. A mulher a qual sua fêmea estava chateada não era uma inocente
vítima que nós atacamos. Ela trabalhava para Cornas, que todos nós sabemos que é
Mercile com um novo nome, e ela é tão culpada quanto o inferno sob as leis dos Novas
Espécies. O crachá preso em seu casaco tinha seu nome e seu retrato. Sem mencionar
que ela foi achada apenas centímetros das portas onde seu povo estava enjaulado, no
mesmo andar onde mais de uma dúzia de seu tipo estava sendo presa. Aquela mulher vai
passar o resto da sua vida na prisão ou vai conseguir a pena de morte. Eles decidirão seu
destino em Fuller, uma vez que ela for transferida para lá.
True rosnou. — Ela não será morta por nós.
Justice acalmou. — Nós não toleramos que nenhuma fêmea seja morta Tim,
entretanto às vezes não pode ser evitado quando elas estiverem entre os doutores mais
cruéis os quais estamos certos que mataram nosso tipo ou se não tivéssemos nenhuma
escolha porque elas abriram fogo contra nós. Nossa fêmea disse que a humana a salvou
de um estupro no último mês e novamente de um guarda por uma bala nela momentos
antes da força tarefa salvá-los. Alguém desativou as fechaduras das portas da cela
fritando os circuitos com uma arma de choque. Ela tinha uma dessas em seu bolso
quando a despiram no Centro Médico e nossa fêmea disse que a humana afirmou que
estava desativando as fechaduras para mantê-los seguros. Nenhum do nosso povo
morreu porque aqueles guardas não podiam ganhar acesso a suas celas.
True assentiu. — Nós descobrimos cicatrizes de bala em algumas das portas. Os
idiotas construíram aquelas salas para manter nosso povo aprisionado, mas eles as
fizeram a prova de balas também. Os guardas entrariam para atirar em nosso tipo se
aquelas fechaduras não tivessem sido destruídas. Quem as desativou salvou vidas.
Tim ignorou o pulsar em sua têmpora, um sinal de uma iminente enxaqueca
monstruosa. Sua equipe cometeu alguns erros, mas estavam um pouco justificados. —
Alguém despejou café em seu computador central. Nós encontramos as digitais da mulher
no cabo da cafeteira dentro da sala de computador. Por que ela fez isso se era tão santa?
Os dados não podiam ser restabelecidos. Fritou a maldita coisa. Ela cobriu o traseiro da
Mercile quando fez isto. Não existe nenhum registro, nenhuma prova real que a instalação
de teste pertencia a eles. Eles alugaram o edifício como uma companhia de fachada e
nós estamos em um beco sem saída para localizar o dinheiro que o financiou. Aqueles
arquivos eram nossa única esperança de provas concretas diretamente voltadas para
Mercile.
Justice franziu a testa. — Eu não sei por que ela fez isto. — Ele girou e olhou
fixamente para a equipe médica. — Qual é a condição atual da humana?
— Eu acabei de falar com o Dr. Harris. Ela viverá. Esteve crítico durante algum
tempo, mas eles pararam a hemorragia. Ouvi que ela recebeu sangue e as drogas
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curativas dos Novas Espécies. Os danos causados em seu rosto não são uma ameaça à
vida. Ela está machucada, mas é principalmente só doloroso.
Justice olhou para Tim. — Interrogue-a, mas faça isto com respeito. Ela
obviamente salvou alguns da nossa gente. Mantenha isso em mente. Descubra por que
ela fez tudo isso e do que ela estava protegendo Mercile naqueles computadores. Ofereça
a ela um acordo se for preciso para conseguir mais provas daqueles bastardos para isto.
True se moveu para mais perto. — Eu quero estar lá.
Justice o estudou. — Por quê?
— Ela trabalhou no Novo México no ano passado.
Justice pareceu surpreendido por aquela notícia. — Você a conhecia?
True assentiu. — Ela era gentil.
Justice franziu a testa. — Houve experiências entre vocês dois?
— Não. — True fez cara feia. — Eu nunca a montei se é isso que você está
perguntando.
Justice pareceu aceitar isto. — Como ela era gentil?
— Ela não nos tratava como se fôssemos animais. Ela levava escondido doce e
medicamento para a dor de nossas feridas. Ela parecia se importar conosco.
Justice inclinou sua cabeça, o franzido retornando. — Você se importava com ela?
— Eu nunca tentei ataca-la quando pude, mas então soube que ela estava
trabalhando com os doutores em um desenvolvimento de drogas.
— Como você soube disto?
True hesitou. — Polanitis acreditava que me importava com ela já que ela mostrava
bondade e tentou obter um acordo meu de boa vontade para monta-la, prometendo que
isso significaria que ela sobreviveria. Ele me informou que estavam trabalhando em uma
nova droga de procriação.
— Merda, — Tigre xingou. — Você provavelmente teria a matado se você
concordasse.
— Você disse que não a montaria? Não há vergonha alguma em admitir isto se
você fez. — Justice o estudou. Ele não pareceu bravo, mas mais do que tudo curioso.
— Não. Eu disse a Polanitis que a mataria se ela fosse enviada a minha cela. Eu
nunca montei aquela fêmea. Ele queria minha palavra de que pararia de atacar os
guardas depois disso e obedeceria os doutores no comando para testar outra droga em
mim, respondendo suas perguntas. Era algo que eles estavam trabalhando para melhorar
a inteligência ou memória. — Trocou de posição, parecendo desconfortável. — Eu não
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concordei com suas condições até que ele ameaçou que os guardas estuprariam uma
fêmea Espécie na minha frente para conseguir minha submissão. — Sua voz aprofundou
em um grunhido. — Eu concordei em protegê-la de dano. Eu não infligi dano em humanas
quando podia, mas eu não era manso também.
— Por que ele acreditou que você poderia foder aquela mulher enquanto drogado e
não a mataria? — Tim estava curioso também.
True olhou para ele, suas bochechas um pouco vermelhas. — Eu tinha carinho por
ela, mas isso mudou uma vez que percebi que ela provavelmente foi boa só para ganhar
minha confiança. Acredito que ele pensou que eu poderia lutar contra meus instintos
enquanto drogado. Eu nunca a vi novamente depois da visita de Polanitis ou poderia ter
feito algum dano nela por vingança por sua farsa. — Sua mandíbula firmou. — Eu não
teria matado Shiver, entretanto. Era só uma ameaça que fiz para mantê-la fora da minha
cela. Ela não merecia morrer. Ela poderia ter sido gentil só para me enganar, mas ela
ajudou algumas das nossas pessoas em Drackwood.
Justice enrolou seu lábio em desgosto. — Eu realmente odeio aquele filho da puta,
Polanitis. Eu lembro dele do ano passado.
— Polanitis ofereceu fêmeas humanas para montar para recompensar Espécies
por bom comportamento? — Brass rosnou. — Eu nunca ouvi isso antes.
Justice acenou ao outro Espécie para silenciar. — Ele ofereceu outras fêmeas
humanas a você?
— Não, — True rosnou. — Eu nunca montei aquela humana ou qualquer outra,
alias.
Justice assentiu. — Você pode estar no interrogatório desta fêmea desde que a
conhecia. Poderia ser uma vantagem. — Ele girou para Tim. — True está no comando.
Ele pode interferir se achar que está muito intenso.
Tim não gostou muito, mas aquelas eram ordens, não um pedido. — Tudo bem.
Quando nós devíamos começar?
Justice hesitou. — Nós a manteremos drogada até que ela esteja melhor e só a
acordaremos quando estiver forte o suficiente para resistir ao interrogatório.
— Soa bem. — Tim odiou esperar tanto, mas Justice falou. Seria um desperdício
de seu fôlego discutir.
* * *
True entrou no Centro Médico e caminhou pelo corredor para os quartos dos
pacientes. O macho Espécie protegendo a porta o olhou de onde estava sentado antes de
soltar seu olhar para ler um livro em seu dispositivo eletrônico. — Nenhuma mudança, —
murmurou.
— Obrigado, Jericho.
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O macho grunhiu.
True parou próximo à cama e suas mãos fecharam enquanto estudava a contusão
escura e o corte na bochecha da fêmea. Estava curando, a cor amarelada parecia melhor
do que quando era um ferimento sangrento, fresco. Sua pele estava muito pálida para seu
gosto. Olhou no monitor, vendo que sua frequência cardíaca estava fixa. Ela sobreviveu,
mas foi por pouco.
Passos soaram atrás dele e ele girou, forçando a si mesmo relaxar em uma
posição mais abordável. Paul sorriu quando entrou no quarto e rodeou a cama com uma
nova bolsa de fluidos.
— Ela está indo muito bem, True. Eu estava realmente preocupado quando Dr.
Harris a encheu de suas drogas curativas, mas ela a aceitou como uma campeã. Eu
estava certo que a mataria.
— Por que ela as receberia se era perigoso?
O macho trocou as bolsas, verificou o tubo que corria para seu braço e segurou
seu olhar fixo. — Cara, estou chocado que ela ainda estava viva quando a trouxeram. Ela
devia ter sido levada para o centro de trauma mais perto, mas por alguma razão a equipe
da força tarefa decidiu voar com ela para cá ao invés disso. O fato de que o médico deles
a manteve respirando por tanto tempo foi pura sorte. Dar-lhe a droga era a única coisa
que Harris podia pensar em fazer. Acelera o processo curativo e ela estava acabada.
Resumiu que não tinha nada a perder já que ela estava tão crítica.
O macho checou seu braço onde a agulha tinha sido inserida. — É uma coisa boa
que ela tenha um som do coração. Essa merda é muito forte para humanos. Eu duvido
que ele tivesse arriscado isto se ela fosse mais velha. É como atirar quantias volumosas
de adrenalina direta em nós.
Isso desestabilizou True. Ele não teve permissão para viajar no helicóptero com
Shiver quando eles a transportaram. Ele foi atribuído a lidar com os Espécies
recentemente libertados. O protocolo dizia que era para ele ficar com eles durante sua
transferência para a Reserva. Ele pegou um helicóptero para Homeland assim que teve
certeza que eles estavam acomodados. Passou infernais horas até que ele descobriu se a
fêmea estava viva. Sua atenção retornou a ela. Shiver parecia muito delicada e pequena
na grande cama de hospital projetada para uso do seu povo.
— Harris está mantendo-a tão drogada que ela não vai acordar se é isso que você
estava esperando. É melhor mantê-la apagada já que não temos nenhuma ideia de como
ela reagirá emocionalmente quando acordar. Como eu disse, está merda é severa com os
humanos. Nós queremos manter sua frequência cardíaca tão lenta quanto possível então
sedações pesadas ajudam com isto.
— Como ela pode comer? — Cerrou seus dentes. Ela já era muito pequena.
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— Nenhuma preocupação com isso. Nós tivemos certeza de que ela tenha o que
precisa para ficar bem. Comida não é a coisa mais importante para ela agora. Ela passou
por maus bocados. — Ele andou para longe da cama. — É verdade o rumor de que ela
será transferida para Fuller quando estiver estável?
A ideia não caiu bem nele. — Eu não estou certo.
— Eu só espero que eles tenham uma equipe médica boa. — Paul circulou a cama
e ergueu o lençol. Ele removeu o curativo, revelando seu ferimento.
True prendeu um grunhido em ver seu estômago pálido e o ferimento vermelho
forte no seu lado. Havia contusões feias em cada uma de suas costelas. O vestido a
protegeu das suas costelas para cima, mas se o enfermeiro arrastasse o lençol um pouco
mais para baixo seu sexo seria exposto desde que era óbvio que ela estava nua da
cintura para baixo. O instinto protetor que atingiu era forte, incitando-o a empurrar o
enfermeiro para longe, mas resistiu. Sua modéstia foi coberta. Ele pararia, entretanto se o
enfermeiro ousasse abaixar mais alguns centímetros aquele lençol.
— Eu farei um curativo novo, mas Harris está realmente curioso sobre como a
droga funcionará em nós. Ele precisa ver isto primeiro. Caramba. Esta merda é
maravilhosa. Olhe para isto. — Paul apontou para os grampos. — Acho que posso
remover esses. A pele parece já ter fundido. Só se passou cerca de doze horas, mas você
juraria que isto aconteceu há pelo menos duas semanas, julgando por como rapidamente
está curado. Acho que a droga está funcionando mais rápido nela do que em vocês. Eu
vou chamar Harris. Ele poderia querer baixar a dosagem. Isto é tão excitante, poder
finalmente testar isto em humanos em dosagem completa. Ninguém quis fazer isto antes.
True cobriu seu estômago com o lençol depois que o enfermeiro deitou a gaze em
cima de sua incisão e deixou o quarto para buscar o doutor. Deixava-o com raiva que eles
estavam vendo Shiver como uma experiência. Ele hesitou, esticando-se por qualquer som
de passos se aproximando, antes de cuidadosamente pegar a delicada mão dela na sua.
Estava totalmente sem vida, mas morna. Ele foi gentil enquanto acariciava seus dedos,
memórias de acha-la sangrando e morrendo no chão prevaleceram em seus
pensamentos.
Houve vezes desde que ele ganhou sua liberdade, quando considerou como
reagiria quando a Técnica Shiver fosse localizada e presa. A sensação de traição que
uma vez sentiu permaneceu. Ela poderia não ter sido sua fêmea, mas suas razões por ter
sido gentil com ele eram suspeitas depois de saber que ela trabalhou próxima de
Polanitis. Isso tudo havia sido uma atuação para conseguir que ele se importasse com ela
assim poderia ser seguramente montada por um Espécie? Queria respostas.
Colocou sua mão de volta na cama e andou para longe. A raiva que pensou que
sentiria ao vê-la novamente não transpareceu. Teria sido fácil fingir que ele apenas queria
questiona-la se ela sobrevivesse, mas se orgulhava de si mesmo por ser brutalmente
sincero. True só queria que ela abrisse seus olhos e ficasse bem. Ele se importava com
Shiver demais e sua morte lhe causaria dor.
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Ela provavelmente seria enviada para a Prisão Fuller. Não havia negação de que
ela trabalhava para o inimigo. Os humanos que dirigiam o lugar a colocariam em uma
gaiola e a justiça seria servida. Ela aprenderia confinamento, desesperança de nunca
ganhar liberdade, e sofreria pelos seus crimes contra os Espécies.
Uma memória do passado formou dentro de sua mente…
* * *
Shiver andou para dentro de sua cela com um sorriso em seu rosto em formato de
coração, olhou para a câmera antes de passar para o lado de dentro, educou suas
feições. O kit em sua mão indicava por que ela veio. Eles tiraram muitos frascos de
sangue depois de forçar drogas em seu corpo.
— Oi, — ela sussurrou. — Eu sinto muito sobre isto. — Shiver colocou o kit na
mesa e suas correntes ativaram, puxando-o apertado contra a parede. Não era ela que
fazia isto, então isso significava que um guarda estava do lado de fora da porta assistindo
seus movimentos. — Eu farei isto rápido.
Ela usava luvas enquanto destampava a agulha e se aproximava com a seringa.
Um pacote de álcool pequeno era preso entre seus dedos conforme ela invadia seu
espaço. Sua cabeça nem alcançava o topo de seu ombro quando ela parou meros
centímetros de distância. Usou seus dentes para arrancar a ponta de um dedo da luva,
então também rasgou para abrir o pacote e esfregou seu braço próximo ao cotovelo
interno. Ergueu sua cabeça e estudou seu rosto, prestando uma atenção cuidadosa em
sua mandíbula.
— Eu sinto tanto. Você está bem?
Ela se referiu ao ferimento ali. Ele não respondeu, raramente respondia.
Seus dedos mornos agarraram seu braço muito suavemente que quase não notou
o modo suave que acariciava sua pele com aquela única ponta do dedo nu. Ela lhe disse
uma vez que rasgar o látex deixava mais fácil de sentir suas veias, mas elas eram muito
proeminentes. Às vezes fingia que poderia ser possível que ela apenas quisesse poder
toca-lo, pele com pele. Seu corpo bloqueou a câmera assim ele era o único ciente de
suas ações. A agulha era inserida em seu braço muito cuidadosamente que mal sentia.
Os outros apenas o apunhalavam, parecendo apreciar em infligir dor.
— Eu trouxe para você pílulas para dor. Elas são seguras para tomar, —
sussurrou. Ela largou seu braço e passou para frente da sua camisa. Ele não conseguia
não olhar enquanto o pescoço baixava mais para revelar sua pele cremosa, branca e a
curva superior de seus seios enquanto ela removia algo escondido lá. Ela abaixou e
deslizou um pacote de plástico pequeno contra sua palma. Ele fechou seus dedos em
torno do objeto.
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Ela retirou a agulha e a tampou, empurrando-a para dentro de seu bolso dianteiro.
Apertou um pedaço de gaze pequena no local da perfuração. Shiver olhou para cima
depois segurou seu olhar.
— Essas pílulas são minhas, de um horário no dentista. Eu as contrabandeei para
dentro. Só tome uma de cada vez com um pouco de água, duas se você estiver realmente
dolorido. Elas ajudarão a passar um pouco do desconforto. — O olhar dela moveu para
sua mandíbula inchada novamente, depois para suas costelas contundidas. As lágrimas
apareceram em seus olhos, mas as piscou de volta. — Não desista 710. Eu prometo que
isto não durará para sempre. Só fique tranquilo e não cause brigas.
O que ela quis dizer era confuso. Ele sempre se curou. A dor enfraqueceria até que
os guardas infligissem mais dano. Nada em sua vida mudou, especialmente o sofrimento
que os guardas habitualmente infligiam nele. Ele olhou para baixo para estudar seu peito,
certo que já havia experimentado ferimento pior do que os escuros que agora arruinavam
sua pele. Ela não devia estar alarmada o suficiente pelos seus aparecimentos para se
preocupar que ele faria algo que provocaria uma resposta mortal dos guardas enquanto
estava impotentemente acorrentado. Sua vida não era uma existência feliz, mas ele só
atacaria se tivesse uma chance de vencer uma briga.
Percepção de que ela estava muito perto de seu corpo brilhou. Ele podia atacar e
causar dano. Seus músculos tencionaram enquanto mentalmente revisava suas
fraquezas. Uma descida e podia quebrar seu nariz com seu queixo ou causar danos
faciais. Ela estava até próxima o suficiente para morder. Sua carne macia estava
vulnerável. Ele resistiu, incapaz de machucar Shiver. Não queria derramar seu sangue ou
ouvi-la gritar. Isso fez seu peito doer, imaginando ver terror no seu olhar quando ela olhou
para ele em vez do calor que sempre vislumbrada.
Ela recuou e ele a assistiu seguramente sair com seu kit. As correntes soltaram e
mancou para a pia. A câmera permaneceu em suas costas quando estudou as pílulas
brancas dentro da bolsa clara minúscula. Removeu duas, hesitou antes de empurra-las
em sua boca. Curvou e bebeu água da pia para descê-las.
Era um risco tomar suas drogas, mas confiava em Shiver por alguma razão
desconhecida. Escondeu a bolsa em seu punho, fazendo seu caminho para o colchão de
dormir. Ele se deitou, enrolando de lado. Empurrou a bolsa debaixo do colchão onde
permaneceria escondida já que nunca o moviam. Tudo doía, mas enquanto o tempo
passava a dor aliviava. Ela não mentiu para ele. Por que ela se importava se ele
sofresse? Por que ela arriscou ao dar lhe suas pílulas? Estava certo que os guardas não
sabiam sobre isto. Ela tem sido cuidadosa para manter a troca escondida.
Ele uma vez testemunhou de primeira mão que ela não estava em condições
amigáveis com os guardas. Foi naquela vez que eles, de propósito, o mantiveram
acorrentado à parede por dias enquanto o batiam por ferir um deles em autodefesa. Ele
ficou pendurado lá, impotente para revidar.
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Ela entrou em sua cela, viu sua condição e gritou para o guarda próximo à porta
para conseguir um médico. Quando ele se recusou, ela empurrou o macho e arrancou o
rádio de seu cinto, exigindo que um viesse para a cela. O guarda a empurrou para o
corredor antes da porta fechar. Um médico veio e...
* * *
— Você tem que ver isto. — A voz do Paul tirou True de suas memórias enquanto
o enfermeiro retornava com o doutor.
True girou para olhar para ambos os machos. Ele devia ir embora, mas queria ouvir
o que Harris tinha a dizer. O médico se aproximou da cama, recuou o lençol e ergueu o
pedaço de gaze.
— Nossa. Neste ritmo ela deve estar completamente curada dentro de alguns dias.
É um real avanço que nós podemos usar para a nossa vantagem.
— Era isso que eu estava dizendo. — Paul sorriu. — Você sabe o que isso quer
dizer?
— Manteremos isso em segredo. — Dr. Harris retrucou, atirando um olhar para
Paul. —Mercile a criou e qualquer insinuação de que inventaram uma droga milagrosa os
teria falando sobre o que fizeram com os Novas Espécies foi benéfico para a humanidade.
Isto não vai acontecer.
— Eles destruíram seus registros para esconder evidência do que fizeram com os
Novas Espécies. A fórmula desta droga não estaria perdida para eles? Eles não podem
reivindicar ser deles se não tiverem provas que foi criada em seus laboratórios. Nós não
exatamente compartilhamos as informações que recuperamos a fórmula daqueles
bastardos.
— Quem sabe quais arquivos reservas eles esconderam? Eu não estou disposto a
arriscar isto. Enviarei algumas amostras para um amigo confiável para o FDA se isto
continuar a ir bem. Eles podem testa-las em humanos e levar os créditos pela sua criação
naquele momento. Ninguém ganha uma briga com o FDA.
— Como ela está?— True não se importava com a droga, só seu prognostico.
Harris empurrou seus óculos para cima da ponte de seu nariz e encolheu os
ombros. — Ela está indo muito bem até agora. Ela não teve infarto ou um ataque
cardíaco. Metade de mim esperava que um desses dois cenários acontecesse até agora,
mas só tem doze horas. É uma droga poderosa.
Alarme o atingiu. — Pare de dar isto a ela. Ela não está mais em perigo de morte,
correto? Harris franziu a testa. — Isto podia ajudar humanos, True. Nós aprenderemos
muito se a mantivermos nisto.
— Sua vida é mais importante que um teste.
— Ela trabalha para Mercile.
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True rosnou, seu temperamento chamejando. — E daí?
— Eu não perderei o sono por causa deste teste. Eles não deram à mínima se
matariam um Nova Espécie. Pelo menos ela pode nos ajudar a descobrir se é
completamente possível curar com a mesma dosagem da droga que usaram em vocês.
Podia ser usado em companheiros se eles forem feridos.
— Pare de dar a droga a ela.
— Eu discutirei isto com Justice. — Harris agitou sua cabeça, virando. — Estou
certo que ele verá isto do meu jeito. Vale a pena os riscos.
True se jogou, bloqueando o doutor de sair do quarto. — Pare de dar a droga a ela.
— Ele rosnou. — Ela não é uma cobaia. A vida dela não é sua para brincar.
— Ela pertence à ONE agora. Eu não sei por que você está tão chateado com isto.
Eles usaram você para testes então quem dá a mínima se virarmos o jogo? Mercile já
pediu a sua permissão para injetar drogas em você? Ela já estaria morta se não fosse
pelo o que fizemos até agora.
— Nós não somos eles. Pare de dar a droga a ela, Harris. — Ele fechou seus
punhos, pronto para atingir o macho se ele recusasse.
— Acalme-se!
— Você poderia mata-la. — Olhou por cima da cabeça do macho para a
enfermeira. — Um de vocês vai concordar ou vocês dois vão precisar de ajuda médica.
Vocês podem testar a droga em vocês mesmos se sentirem que os riscos são aceitáveis.
— Porra, — Paul murmurou. — Ele fala sério, Dr. Harris. Eles são realmente
protetores de mulheres.
— Você não tem nenhuma autoridade aqui, — Harris retrucou.
True rosnou, dando ao homem um olhar fixo, frio. — Pare de dar-lhe a droga
curativa.
— Faça o que ele diz, — Jericho retrucou por detrás dele. — Nós não matamos
fêmeas. Eu não estava ciente que ela não precisava mais da droga para sobreviver ou o
dano que podia causar em seu corpo se você continuar a administrá-la.
— Nenhum de vocês tem qualquer conhecimento médico, — Harris protestou. —
Eu não estou sendo mau, droga. Isto poderia ajudar companheiros humanos se forem
machucados. Eu prefiro testar isto nela do que em alguém que nós nos importamos.
— Eu me importo se ela morrer, — True respondeu.
Jericho parou ao seu lado. — Eu tenho uma audição excelente e ouvi os riscos.
Eles não valem a pena.
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True deu ao macho um olhar agradecido por apoia-lo antes de perder sua cabeça e
rosnar para o doutor. — Ela pertence à ONE agora. Você declarou isto. Faça o que
dizemos. Pare de dar-lhe a droga.
— Você trabalha para nós. — A voz de Jericho aprofundou. — Isto é uma ordem.
— Estou fazendo isso. — Paul removeu a bolsa que acabou de pendurar. — Eu
vou pegar o soro fisiológico. Não vamos brigar. Eu não quero levar uma surra, —
murmurou. O enfermeiro apressou ao redor deles e fugiu do quarto.
— Eu vou ligar para Justice.
— Você faça isto. — True não estava preocupado com a ameaça de Harris. —
Diga a ele que poderia tê-la matado. Estou certo que ele não ficará muito feliz.
O doutor pisou para fora do quarto e True relaxou, olhando para o macho primata,
Jericho. — Obrigado.
O outro macho encolheu os ombros. — Meu trabalho é proteger e mantê-la
segura. Eu falho se ela morrer. — Olhou para a cama. — Ouvi que ela uma vez trabalhou
onde você estava preso.
— Ela trabalhou.
— Você quer que ela sobreviva para experimentar o sofrimento que você uma vez
viveu diariamente? Fuller é administrado por humanos. Ela aprenderá a lamentar por tudo
o que fez.
— Ela não era como os outros técnicos. — Ele estudou Shiver, resistindo ao desejo
de andar para mais perto.
— Como?
True hesitou. — Ela não era insensível ou cruel.
— Uma técnica educada?
True encolheu os ombros. — Ela era diferente.
— Diferente como?
As perguntas começaram a incomoda-lo, mas devia ao macho. Ele o encarou,
cruzando seus braços em cima do seu peito. — Ela levava para mim pílulas para dor sem
o conhecimento dos guardas, algumas vezes depois que eu sofria severas surras. Ela
também levava escondido doce, dizendo que era Natal. Eu não sabia o que isso
significava no momento, mas gostei da doçura dele. Ninguém nunca me deu um presente
antes.
Os olhos do macho alargaram, revelando mais do vermelho nas íris. — O que ela
quis em retorno?
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True olhou para ele. — Ela não pediu nada.
— Estranho. Mercile nunca fez nada sem um motivo.
— Sim.
— Ela escapou quando você foi salvo?
— Ela não estava lá. Eu revisei as declarações tiradas de todos os empregados
que foram capturados. Ela não foi trabalhar por estar doente naquele dia.
— Isso foi lamentável.
— Não para ela. — True não conseguia mais ficar do outro lado do quarto e soltou
seus braços para seus lados, chegando mais perto de Shiver. — Ela permaneceu livre
para trabalhar em outro lugar que nossa gente era mantida.
— Ela foi finalmente capturada.
E quase morta. Manteve-se mudo.
— Eu retornarei ao corredor. — Jericho pausou perto da porta. — Você talvez
queira esconder suas emoções melhor.
Ele girou. — O que isso quer dizer?
O macho inclinou sua cabeça, olhando fixamente de volta para ele. — Você devia
estar cheio de ira, mas não é isso que vejo quando você olha para ela. Ela é pequena e
bonita, apesar do ferimento. Não esqueça o que ela é e de onde ela veio. Esta não é uma
fêmea em quem você devia confiar. — Seus lábios curvaram em um sorriso. — Você teria
que mantê-la em sua frente toda hora para estar certo que ela não ataque quando você
virar de costas. Você quer monta-la.
— Eu não quero. — Seu temperamento chamejou.
O primata teve a coragem de sorrir completamente. — Os humanos têm um ditado
que é apropriado agora. Você protesta muito fortemente. Isso significa que sua raiva vem
de saber que o que eu digo é certo. — Ele saiu do quarto.
True enfureceu-se. Ele não queria Shiver. Talvez uma vez, admitiu. Isso mudou
quando soube que ela teve um motivo para ser amável. Polanitis tentou usar seu carinho
pela fêmea para força-lo a concordar em participar dos testes de procriação. O
pensamento do que teria acontecido se eles tivessem sido bem sucedidos foram
suficientes para esfriar seu desejo.
Ela era humana e ele podia tê-la engravidado. Não sabia que era possível naquele
momento, mas as consequências teriam sido horrorosas. Mercile teria criado incontáveis
crianças Espécies depois de saber que humanos e Espécies podiam procriar, expondo
sua descendência ao inferno que seus pais sofreram em suas mãos. Seus punhos
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fecharam e teve que engolir um uivo de ira. Shiver tentou que ele a montasse e esta
fraqueza causou uma sensação profunda de vergonha.
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2 comentários:

  1. O Jericho é um macho solitário, machucado e muito sábio, eu amo ele velho ele é perfeito, fico mt triste que ele não tem um livro

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  2. Cara, Mercile está muito próximo de descobrir que humanas podem engravidar dos NEs

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