sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Capítulo 017



Capítulo Dezessete
Kat continuou cambaleante pela noite passada. Darkness retornou ao apartamento com algumas sacolas nas mãos, ele fechou e trancou a porta atrás dele.
— Peguei algumas coisas para você.
— Uma escova de dentes?
— Isso e algumas outras coisas.
— Obrigado.
— Vou te fazer algo para comer. – Ele entrou na cozinha e usou o balcão para remover as embalagens.
— Eu já comi torradas, seu pão está quase vencendo.
— Esse não é um bom café da manhã, eu sei como fazer omeletes. Peguei ovos, presunto e queijo para eles. Me da dez minutos.
— Não, obrigado.
— Você continua zangada. – Seu foco se voltou para ela.
— Estou cansada de brincar de jogos verbais com você. Eu não vou comer nada que você faça.
— Por quê? Eu sou um bom cozinheiro.
Kat apontou para as sacolas.
— Não aconteceu de você passar no Centro Médico e pegar algumas pílulas para colocar na minha comida sem que eu saiba, não é? – Ela olhou o rosto dele em busca de reação.
— Pensa que eu faria isso? – A boca de Darkness virou uma linha fina.
— Eu não tenho ideia do que você é capaz, eu estava pensando enquanto você estava fora. Eu quero ser levada para a área de hóspedes. Estou anulando os termos que pedi, não quero mais viver com você. Não tenho ideia de como me sinto agora, mas serei maldita se você tomar uma decisão por mim, Senhor Controle.
— Eu nunca faria isso. É sua escolha se você quer a pílula. – Darkness se moveu rápido, caindo de joelhos na frente dela e se aproximou. Ele rosnou.
Kat não fez nada mais além de piscar. Darkness tinha dormido com ela, mas permanecido do lado dele. Ele tinha abraçado a si mesma, não querendo tocá-la. Não tinha sido um bom jeito de passar a primeira noite deles como colegas de quarto, o conceito de ter um bebê era assustador, mas ela não o odiava. As circunstâncias não poderiam ser piores. Os olhos de Darkness estavam quase negros e ele parecia zangado, não era nada novo.
— E se eu estiver e querer isso? Você vai fazer minha vida miserável?
— Sua vida é no mundo lá fora. – Darkness empalideceu. – Você abandonaria sua criança aqui?
Darkness poderia muito bem ter cuspido nela.
— Foda-se, não. – Uma nova suspeita bateu. – Outra mulher fez isso?
— Não.
— Apenas cale a boca agora. – Isso a fez se sentir ligeiramente melhor, mas o insulto doeu. – Eu lembro o que você mantem nas gavetas da cabeceira. Não me faça atirar em você.
Darkness se afastou.
— Realmente pensa tão pouco de mim? Que eu passaria por uma gravidez e abandonaria o bebê com você? Quero ser levada para a habitação dos hóspedes agora.
— Eu não quis dizer do jeito que soou, apenas não vejo você sendo feliz aqui. Você disse que sua carreira era a coisa mais importante para você.
— Era. Então eu a mandei para o inferno porque pensei que você era especial. Meu erro. Lição aprendida. Robert Mason vai ter certeza disso, logo antes que a bunda dele for chutada também, quando todos os detalhes vierem a tona do que ele me mandou aqui para fazer. Ouviu esse som? É a minha carreira escorrendo ralo abaixo.
— Sinto muito.
— Não é seu problema, eu fiz isso. Eu sei onde a culpa está.
— O que posso fazer? – Darkness descansou sobre os pés.
— Me leve para a habitação de hóspedes logo depois que eu pegar algo para vestir e escovar meus dentes. – Kat se ergueu, tendo certeza que não iria pisar em Darkness. – Com quem eu falo sobre ser contratada? – Ela pausou na porta do quarto e o estudou. – Pode me ajudar a conseguir um emprego aqui?
— Sim.
— Isso seria ótimo. – Ela mordeu o lábio. – Eu tenho que ir para a Reserva se estiver grávida?
— Existem pequenos aqui. – Darkness sacudiu a cabeça.
Kat entrou no quarto e pausou, não tendo certeza do que fazer. Sua vida tinha se tornado uma bagunça. Isso a lembrou de Missy. Como ia explicar porque não podia voltar para casa nunca mais? Mentir diretamente seria necessário, mas iria quebrar seu coração. Elas eram como irmãs. A casa delas era metade de sua responsabilidade, como Missy iria fazer os pagamentos? Ela não poderia fazer isso sem ela. A casa seria hipotecada. Sua melhor amiga iria odiá-la e estaria sem casa. Seu joelhos fraquejaram, Kat caminhou para a cama e se sentou.
— A carroça antes dos bois. – Ela murmurou.
A chance de estar grávida eram pequenas. Quais são as chances? Kat sempre tinha tido sexo com proteção quando saia com alguém e considerava se envolver com ele. Tinha pulado nisso com Darkness porque ele tinha sido muito quente. Era de conhecimento comum que os NE não carregavam doenças e não eram capazes de ter crianças. Isso provou a teoria de que nada estava escrito em pedra.
— Kat? – Darkness pairava na porta. – Você está bem?
— Não. Me dê alguns minutos.
— Fale comigo. – Ele não saiu, ao invés disso cruzou o quarto. – Odeio de ver desse jeito.
— Eu odeio estar desse jeito. – Ela admitiu.
— O que posso fazer? Apenas me diga, eu farei isso.
Kat deveria ter pedido a ele que saísse, mas ao invés disso ela deslizou na cama e ele arfou quando ela se jogou em cima dele. Darkness passou os braços ao redor dela e então os moveu para a cama, ele se sentou e ela subiu no seu colo.
— Apenas me abrace e não fale.
Darkness descansou o queixo no topo da cabeça de Kat. Ela ficou lá. Os braços dele se estreitaram e ele a ajustou um pouco em seu colo, os movendo para perto da cabeceira até que descansou contra ela. Foi bom quando ele acariciou suas costas, Kat relaxou.
— Fale comigo, Kat. Você está me perturbando.
Aquilo pareceu engraçado, Kat riu e então ficou séria.
— Eu estou perturbada.
— Continuo calculando as chances. Elas estão ao nosso favor.
— Eu sei, é uma em um milhão.
— Vou fazer uma ligação e descobrir o quão mais rápido podemos descobrir se você está grávida.
— Okay. Fale sobre mau momento e duas pessoas que não deveriam procriar.
— A criança não teria nenhuma deficiência porque você é humana e eu sou Espécie. Minha genética iria dominar a sua. Ele nasceria Espécie. – Darkness ficou tenso.
— Quis dizer porque nós dois somos workaholics e não exatamente um casal se relacionando. – Kat ficou tensa e olhou para cima, ela o liberou e se afastou. – Obrigado por me abraçar, estou bem agora. Quase esqueci o quão anti-humanos você é.
— Isso não foi o que quis dizer. – Ele rosnou.
— Deficiências. Mantenha isso. – Kat olhou para a mesa de cabeceira para fazer um ponto e então de volta para ele. – Deus, você é um bundão. Vou tomar banho. Pode me trazer, por favor, aquela escova de dentes e encontrar algo para eu vestir? Eu não quero ter que ir para o chalé de camisola e calcinhas molhadas. – Ela saiu naquela hora, antes que realmente ficasse maluca.
Kat bateu a porta do banheiro, mas não a trancou. Realmente queria escovar os dentes e ter algo para vestir, seria difícil para Darkness trazer as coisas para ela se não conseguisse alcança-la. Ela ligou o chuveiro e deu um passo para dentro, esperando que isso iria esfriar seu temperamento enquanto ajustava a temperatura da água para um pouco fria que ela normalmente gostava. Darkness apenas a chateou. Ele tinha momentos onde ela lembrava porque tinha se apaixonado por ele e então ele acabava com isso abrindo a boca.
Apaixonado por ele. Tente caída. Quebrou seu coração que Darkness nuca fosse realmente corresponder aos seus sentimentos. Ele não iria permitir que ninguém quebrasse aquelas barreiras emocionais dele. Tinha sido idiota pensar que vivendo com ele e fazê-lo a conhecer melhor iria funcionar.
Darkness proferiu uma maldição e alcançou o telefone ao lado da cama, ele discou o número de Trisha em casa e ela atendeu no segundo toque.
— Alô?
— É Darkness. Você está ocupada?
— Não, o que está acontecendo?
— Preciso que você aja como uma médica.
— É isso que eu sou.
— Quero dizer, preciso de confidencialidade. Tenho uma pergunta.
— Você não quer que eu mencione isso para Slade, em outras palavras. Pode mandar, estou curiosa. Ele já saiu, então não vai ouvir nada.
— Eu cometi um erro.
— Okay. De que tipo?
Ele hesitou.
— Quão rápido você pode descobrir se uma fêmea está grávida?
O silêncio do outro lado da linha durou quase dez segundos.
— Oh. Você e a agente do FBI? Okay. – Trisha pausou. – Cinco dias do tempo do seu... Hm... Acidente. A camisinha rasgou?
— Me recuso a discutir isso. – Darkness cerrou os dentes.
— Tudo bem. Um teste de sangue vai nos dizer em cinco dias. Quando isso aconteceu? Posso agendar vocês para vir.
— Será preciso?
— Sim. Eu teria o resultado em três dias, mas cinco tem mais certeza. Os níveis de hormônios Espécie batem forte quando uma mulher está carregando um do seu tipo. Eles também tem gestação acelerada. Você é felino, então isso seria de vinte semanas de gestação ou algo próximo. Isso iria depender de quão teimoso o bebê pode ser. Alguns vêm um pouco mais cedo enquanto outros gostam de ficar uma semana ou mais.
— Não quero que ninguém mais saiba.
— Nem mesmo ela? – Trisha pausou novamente. – Há opções, você precisa dizer a ela. Ela tem que fazer uma escolha.
— Eu já a informei, ela não quer tomar uma pílula.
— Ela sabe que você pode engravidá-la? Vai ter que informar a alguém na Segurança, Darkness. E se ela quiser ir embora? Ou contar a alguém lá fora?
— Ele entende a importância de manter segredo.
— Continua sendo um risco, você entende isso.
— Vou lidar com isso, mas não agora.
— Assumo que esse acidente aconteceu recentemente?
— Obrigado, Trisha. – Ele desligou.
Darkness se ergueu, foi para a cozinha e pegou a nova escova de dentes. Ele parou próximo à cômoda para encontrar uma camisa e um par dos seus shorts de exercício para Kat. Darkness entrou no banheiro e os colocou no balcão, ele parou à visão de Kat com a cabeça enfiada debaixo do jato de água, o cheiro do condicionador dela enchia o cômodo. Sua atenção desceu para os seios de Kat, seu pau endureceu. Darkness se virou antes que ela o pegasse admirando-a e deixou o banheiro.
Ele saiu do apartamento e foi corredor abaixo onde bateu na porta ao lado do elevador. Book atendeu, vestindo cueca, obviamente pronto para dormir depois de se trocar. O macho arqueou uma sobrancelha.
— Você tem camisinhas?
— Você não tem nenhuma? Todos nós recebemos algumas recentemente.
— Eu recebi, mas as devolvi. – Darkness se ressentiu por ser questionado. – Eu não achei que fosse precisar delas. – Tinha pensado que Kat não retornaria para Homeland.
Um sorriso curvou os lábios do macho.
— Um momento. – Book caminhou pelo apartamento e desapareceu dentro do quarto. Ele retornou rapidamente, uma caixa nas mãos. Book jogou e Darkness a pegou, Book parou ao lado dele. – Algo mais?
— Obrigado.
— Não estou surpreso. Você pareceu querer arrancar meu braço na última noite quando segurei a fêmea para impedi-la de cair da parede.
— Podemos manter isso entre nós?
— Claro, estou feliz que você encontrou alguém.
Darkness girou e caminhou para longe, Book gargalhou. Darkness resistiu a bater à porta quando retornou para seu apartamento, não gostava de divertir outros machos. Ele trancou a porta e levou a caixa para o quarto, colocou a caixa na gaveta ao lado de suas duas armas e se sentou na cama. O chuveiro continuava ligado no outro quarto.
Kat iria embora, ela permaneceria em Homeland, mas não mais em sua casa. Isso deveria fazê-lo se sentir aliviado, mas não se sentiu. Ela estaria sozinha. Outros machos das aulas dela iriam ouvir que ela voltou. Sua memória lembrou do felino no bar que tinha se oferecido para compartilhar sexo com Kat, outros iriam também. Ele rosnou.
Tinha ferido os sentimentos de Kat e a insultado. Ela tinha levado seu comentário sobre o bebê errado, ele não queria dizer aquilo como uma ofensa. Queria apenas assegurar a ela que a criança iria ser saudável e forte se eles criassem uma. Darkness se ergueu e caminhou para a porta do banheiro, colocando a mão na maçaneta, a água foi desligada no outro cômodo e ele permaneceu lá, ouvindo Kat se movendo.
Darkness soltou a maçaneta e recuou, sentando no final da cama. Ele esperou. Kat tomou um tempo, mas finalmente apareceu. A pele dela estava rosa do banho, o cabelo escuro molhado e as roupas dele estavam grandes no corpo pequeno dela. Kat pausou quando o viu olhando para ela.
— Estou pronta para ir.
Darkness deveria escolta-la para a habitação de hóspedes, eles tinham preparado isso para ela quando ele e as equipes tinham deixado Homeland para pegá-la. Ele permaneceu sentado.
— Você disse ele. – Kat ergueu ligeiramente a cabeça. – Quando falou sobre o bebê. Ele. Por que disse isso?
Ela tinha repassado a conversa deles na cabeça, ele adivinhou.
— Todas as crianças Espécie são machos.
— Sem garotas? – O ceticismo dela era claro.
— Não. Como eu disse, eles levam nossos genes. Os filhos se parecem muito similares aos pais, quase réplicas em miniatura. Nenhum deles é totalmente crescido ainda, mas parece que eles talvez sejam distintamente perto. Eu não vi nenhuma das características das mães no rosto deles.
— Ele seria a imagem viva sua? – As feições de Kat se suavizaram.
A respiração de Darkness foi afetada quando as palavras se assentaram. Seu filho, se tivesse um, iria. Nunca considerou ter uma criança. Ele experimentou emoções não familiares. Kat veio para mais perto, alarme se mostrando nos olhos arregalados.
— Você está bem?
— Isso apenas bateu.
— Você está arquejando, respire devagar. – Kat parou na frente dele e se curvou, as mãos em seus ombros. – Está tendo um ataque de pânico.
— Eu não sofro disso.
— Sim, bem, você está dando uma grande impressão. Apenas respire para dentro e para fora. Devagar. Você tem uma sacola de papel?
— Estou bem. – Darkness forçou os pulmões a trabalhar direito.
— Toda vez que quero te odiar por agir como um robô, você faz algo inesperado. – Kat hesitou e o surpreendeu se sentando no seu colo, Darkness agarrou os quadris dela para ela não cair para trás. – Há apenas uma pequena chance de eu estar grávida, lembra? No pior caso, esse não será o fim do mundo. De qualquer modo, estou chegando aos trinta então meio que já é hora que eu teria considerado ter um bebê. Minha mãe vai ficar emocionada, não tenho certeza se isso é bom ou ruim. Eu não posso ficar ao redor dela mais que um dia sem ficar desejando ter sido adotada, ela é realmente uma pessoa negativa. – Kat correu as mãos pelo braço dele. – Não vou esperar nada de você.
Darkness não gostou das emoções que sentiu, entretanto. Raiva. Dor. Mas não alivio.
— Bom, você me ajudando a conseguir um emprego aqui seria ótimo. De qualquer modo, eu provavelmente vou precisar de um bem rápido. Os empregados vivem em Homeland ou em outro lugar? Tenho que descobrir os arranjos de moradia e ver se posso me dar ao luxo de evitar que minha melhor amiga me renegue. É tipo uma longa viagem para minha casa se eu não estiver grávida. Entretanto, eu posso fazer isso.
— Te renegar?
— Sou dona de metade daquela casa onde você entrou, Missy não pode fazer os pagamentos sozinha. Eu não posso empurrar isso nela. Ela é uma artista esfomeada. – Kat sorriu. – Pelo menos é como ela chama a si mesma. Missy tem abundância de comida, é apenas que ela não faz o que eu faço e os ganhos dela podem ser erráticos, dependendo de como os romances dela são vendidos.
— Romances?
— Ela escreve histórias sensuais de romance. – Darkness parecia confuso. – Preciso ligar para ela, não vou mencionar nada sobre essa bagunça. Preciso apenas dizer a ela que estou bem.
— Você não pode.
— Ela sabe onde eu estou. – Kat hesitou. – Ela estava lá na noite passada. Eu não queria ela envolvida então tive que escondê-la. Ela não vai contar a ninguém. Eu confio em Missy com minha vida, Darkness. Temos sido melhores amigas desde o nono ano, nós duas tivemos péssimas vidas em casa e nos juntamos.
— Você vai ficar zangada e não quero que você fique. – Darkness lambeu os lábios, considerando.
— O que isso quer dizer?
— Você vai ficar calma?
— Estou calma.
Darkness continuou hesitando. Kat estava de bom humor, no seu colo. Ele não queria que ela gritasse ou o atingisse novamente. Não tinha doído, mas isso estava fora de questão.
— Uma equipe fez uma varredura em sua casa na noite passada depois que saímos. Apenas três equipes retornaram conosco para Homeland, uma permaneceu para ter certeza que ninguém viria atrás de você. Nós os acomodamos lá.
— Missy está bem? – Ela empalideceu.
— Ela está bem, Snow a pegou, mas não a machucou. Ouvi sobre isso essa manhã quando corri os recados.
— Você esperou até agora para me contar? – Kat parecia zangada. – Onde ela está?
— Em sua casa, a equipe está lá com ela. falei diretamente com Snow. Ele é um bom macho. Ela ficou assustada por apenas alguns segundos quando ele apareceu atrás dela. Ele percebeu que ela vivia lá porque o cheiro dela estava em todos os lugares e ela estava pouco vestida, ele sabia que ela não era uma intrusa. Snow jurou que ela está bem tendo a equipe lá e que ela não mandou que fossem embora.
— Ele é Nova Espécie, certo?
— Snow é, mas os outros três membros da equipe são humanos.
— Bem, isso deve excitá-la. – Kat pareceu se acalmar. – Ela sempre quis conhecer um. Missy não está algemada ou algo assim, está?
— Não, eles deram a ela caminho livre pela casa. Eles vão permanecer lá para o caso de alguém vir atrás de você, ela estará protegida. Eu queria eles capturados se alguém aparecesse.
Kat empurrou, surpreendendo Darkness o suficiente que ele foi para trás. Kat subiu nele, alcançando o telefone na mesa de cabeceira.
— Vou falar com ela apenas para ter certeza.
— Ela está bem. Suas linhas telefônicas não são seguras. – Ele segurou os pulsos dela e rolou, a prendendo debaixo dele. – Eu vou configurá-lo se você insistir em falar com ela.
Kat não lutou e seu corpo flexível o fez consciente dela como uma fêmea. A camisa emprestada dele delineou a forma dos seios de Kat, chamando sua atenção.
— Não fique com esse olhar.
— Que olhar? – Darkness olhou para cima para ver Kat pestanejando.
— Você sabe qual. Seus olhos estão mudando de cor novamente. Já tive meu limite de um erro por dia e já chegamos nisso.
— Eu trouxe camisinhas.
— Isso foi legal da sua parte. Um pouco presunçoso também. O que te faz pensar que quero transar com você?
— Você pediu para viver comigo. – Darkness gostava de um desafio e Kat sempre providenciava isso. – Você assumiu que eu não iria te tocar?
— Te disse que anulei os termos, eu vou para a área dos hóspedes.
— Você vai? – Um brilho de humor apareceu e ele riu. – Apenas se eu te permitir levantar e ir embora.
Darkness quase esperou que Kat o agarrasse quando ela se aproximou e cobriu o rosto dele, ao invés disso ela o acariciou.
— Não entendo você. Você sabe que é confuso, certo? Em um minuto você é gelado, no segundo é quente.
— É sua culpa. – A avaliação dela foi acertada.
— Sério? – Uma sobrancelha se arqueou. – Por que é?
— Você me deixa louco, eu não sei se eu deveria te deixar ir ou não. – Ele queria ser honesto. – Você tem me confundido.
— Pelo menos estamos sentindo as mesmas coisas. – Kat olhou para seus lábios. – O beijo ainda está fora da mesa? Você tem a melhor boca.
— Não estou pronto para isso ainda. – Era como se sentia e queria ser honesto.
Kat ergueu as mãos e os dedos brincaram com os cabelos dele.
— Pelo menos você está me deixando te tocar, é um progresso. Você tem o cabelo sedoso. Gosto de quão quente você é também, como se estivesse sempre com febre. Eu estava com frio na noite passada, mas não sabia como você reagiria se eu me curvasse para você. Você teria me deixado fazer isso ou iria sair da cama?
— Eu teria segurado você, mas sabia que você estava com raiva. Foi por isso que fiquei o mais longe possível.
— Estou surpresa que você não escondeu as facas, você não é a pessoa mais confiante. Eu estava brincando quando ameacei te acertar.
— Estou aprendendo isso.
— Eu não sou ela, você sabe. – Kat segurou seu olhar.
Darkness não gostou de ser relembrado do passado. O ela que ela se referia foi claro – Galina.
— Sei disso.
— Podemos fazer novas regras?
— Por quê?
— Estou cansada de pisar em ovos e você sendo cauteloso com tudo que falo.
— É difícil para mim confiar.
— Entendo isso, realmente entendo. Pessoas mentem para mim todo o tempo no meu trabalho. Entretanto, não estamos no dever agora. Isso é apenas eu e você, Darkness. Estou disposta a subir na borda por você. Pode pelo menos faz o mesmo por mim?
— Eu não sei, o que você quer?
— Sem mais mentiras. Vestidos ou quando estamos nus. Não quero que tenhamos que analisar tudo o que dizemos um para o outro. Bom, ruim, o que for. Vamos apenas dizer isso do jeito que é.
— Ninguém pode ser tão sincero.
— Eu posso ser com você, vou te dizer como me sinto também. Talvez você não fique confortável com isso, mas um de nós tem que fazer isso. Não vai ser fácil para mim também, então lembre disso. Você me fez querer correr riscos, estou esperando te inspirar para fazer o mesmo algum dia.
Kat sempre o espantava, Darkness não estava certo de como responder.
— Aqui vai. – Os seios dela se puxaram contra o peito dele quando ela inalou profundamente. Kat deixou a respiração sair antes de falar. – Eu estava atraída por você e pensei que poderia apenas ser feliz com o sexo. Eu não esperava as coisas que você me fez sentir, elas correram da raiva, frustração para apenas querer que você me abrace. Eu não vejo como ficar mais próxima de você, mas eu quero. Não quero uma série de noites ou seja lá do que você chama isso. Eu quero mais.
Darkness reagiu do mesmo jeito que tinha feito quando percebeu que eles talvez tinham criado uma criança. Sua respiração cresceu rapidamente e seu coração disparou. Ele não poderia falar, não tinha nem mesmo certeza do que pensar.
— Diminua sua respiração, não tenha outro ataque de pânico. – Kat segurou as bochechas dele. – Eu apenas disse o que eu quero, sei que você não está preparado para isso. Essa sou eu expressando meus sentimentos. – Ela sugou o ar e respirou vagarosamente. – Faça o que eu faço.
Kat permaneceu respirando daquela forma e ele a imitou, isso ajudou muito e as desconfortáveis dificuldades físicas passaram. Kat sorriu e acariciou suas bochechas.
— Isso é um elogio para mim.
— Que eu vou te escutar?
— Que eu faço o Senhor Controle perder isso.
— É por isso que não posso te dar mais. – Darkness não queria ferir Kat, mas ela queria honestidade. – Eu não tenho ataques de pânico.
— Não tinha. Passado. Você já teve dois.
— Não posso fazer isso. – A raiva surgiu, ele tentou se erguer e sair de perto dela, mas Kat se recusou a soltar seu rosto. Darkness pausou.
— É assustador e uma bagunça quando se começa a se apaixonar por alguém, Darkness. Ouvi isso de alguém que me deu uma sacudida, essa é a sua. Você pode fugir fisicamente de mim, mas isso não vai fazer você parar de pensar em mim. É uma via de duas mãos. – Kat abriu as mãos. – É sua escolha se permaneço aqui ou mudo para a habitação de hóspedes. Pode pelo menos pensar sobre isso por cinco minutos antes de tomar uma decisão?
Darkness rolou para fora da cama e escapou para a sala, ele compassou, considerando as palavras de Kat. Ela não o seguiu. Ele se manteve olhando para a porta, mas ela permitiu a ele ter espaço. Darkness xingou, a urgência de bater em algo apareceu, mas ele reprimiu. Kat o deixava louco. Seu primeiro instinto foi pedir a ela para que saísse, mas ele admitiu bem lá no fundo que não queria que ela fosse. Este foi o mais indeciso que ele esteve em anos.

6 comentários:

  1. Estou convencida de que a Kat é doida pq ela não faz sentido nenhum. O Darkness fala uma coisa e ela entende outra. 🙄🙄🙄

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    1. A Kat entende que o que ele fala não é o que ele sente

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    2. Até eu não entenderia ele, ele deixa tudo confuso com esse chove e não molha.

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    3. super concordo. ele nao sabe expressar os sentimentos dele ainda e isso confunde ela.sem contar todos os segredos que tem entre eles que complica mais ainda

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    4. E vamos concordar que ele na hr q fala a é pra ela ficar longe ele vai atrás dela, até eu ficaria confusa. O cara me rejeita e dps me procura, se eu fosse ela pensaria até q ele só me quer como objeto sexual

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    5. Eu tbm pensaria isso, e inclusive estaria achando UE ele tem medo de se apegar

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