domingo, 2 de novembro de 2014

Capítulo 02

Capítulo Dois 
Dr. Treadmont era um idiota que não escutava a razão. Joy lutou para segurar seu temperamento.
— As drogas só confundirão mais a mente de Moon. Você disse que não tinha nenhuma ideia do que deram a ele então você também não tem nenhuma ideia se tranquilizantes piorarão sua condição.
— Nós tivemos que fazer isto por dias antes de você chegar, Senhorita Sabe Tudo. — Ele atirou um olhar frustrado para Tiger e correu seus dedos pelo seu cabelo branco. — Nós precisamos de mais sangue de Moon para tentar isolar o que lhe foi injetado. Eu preciso examiná-lo, mas eu não posso fazer isto quando ele estiver pronto para matar qualquer um que se aproximar dele.
— Concordo. — Tiger suspirou.
Joy deu a Tiger um olhar assassino.
— Você não sabe se está deixando-o pior. Ele está confuso o suficiente sem o propósito de fazer isso com ele.
— Nós precisamos de amostras. — Treadmont olhou fixamente para ela. — O que você sugere? Se nós abrirmos aquela porta para pegar essas amostras ele vai atacar. Não é justo pedir aos homens para entrar lá e lutar com ele para podermos prendê-lo.
— Você quer tirá-las todo dia. Isto é demais para ele lidar em sua condição presente. Você não pode droga-lo toda vez. — Seus punhos fecharam. — Você ainda não está no comando, Tiger? Pense em outro modo. 31

— Nós não sabemos mais o que fazer. — Tiger admitiu. — Nós temos que testar seu sangue e precisamos tirar amostras diariamente para checá-lo. Isso não pode ser evitado se tivermos qualquer esperança de achar uma cura, se existe uma.
— Estamos esperando acabar com o que fizeram com ele apresentando uma droga para contrariar os efeitos. — O enfermeiro Paul falou. — Poderia ser sua única chance de recuperação.
— Adicionar tranquilizantes no sistema todo dia prejudicaria uma pessoa saudável. Pense em seu estado mental como também físico. — Joy recusou se render. — Não há razão para testá-lo quando isso causa mais dano do que bem para ele.
O macho Nova Espécie mudo no canto saiu das sombras.
— Você tem outra ideia, Dra. Yards?
Ela foi intimidada por Justice North, que era um homem assustador e liderava a ONE. Ela o reconheceu da televisão.
— Ele estaria em melhor condição restrito sem as drogas que são constantemente adicionadas ao seu sistema. Nenhuma outra substância química devia ser introduzida em seu corpo até que tenhamos algumas respostas. Poderia machucá-lo mais. Alguém sujeito a esses níveis de sedativos diariamente sofreria efeitos prejudiciais. Ele já está confuso e você o faz perder qualquer fixação da realidade que ele tem toda vez que você o apaga.
Tiger murmurou em frustração óbvia.
— Eu concordo com ela.
— Eu também. — Justice se dirigiu ao Dr. Treadmont. — Ted, estou com a psiquiatra neste assunto. Eu o quero bem novamente, mas mexer com sua mente no processo não é aceitável. Eu farei nossos machos entrarem e o prenderem. Nós o conteremos por dois dias para você fazer seus testes, mas eu tenho que soltá-lo depois disto. Desse jeito nós estamos fazendo de forma segura.
— Dois dias? — Choque sacudiu por Joy. — Isto é muito tempo. Eu quis dizer contê-lo só para os testes.
Justice a enfrentou.
— Eu aprendi muito sobre compromisso, Dra. Yards. Você devia fazer o mesmo.
— Chame-me Joy, por favor. Tendo-o amarrado também não vai servir para sua saúde mental. Certo, isso é melhor que as drogas, mas é muito tempo para mantê-lo imóvel. Eu não devia ter que dizer a você o quão negativamente qualquer Espécie reagiria com isso.
— Eu tenho a imagem inteira para considerar. Existe a segurança e o bem-estar emocional dos meus outros machos. Eles odeiam enfrentá-lo e há danos. Não brincamos quando lutamos. Moon está selvagem e pode matar alguém. Todo Espécie em contato com o público nos portões pode ser atacado novamente por esta droga desconhecida. Mais machos estão em perigo. Você entende? — Justice suspirou. — Se comprometa. Sem droga, mas ele tem de ser contido. Eu darei a Ted dois dias para fazer quaisquer testes que ele acha ser relevante e então nós daremos liberdade a Moon das restrições por alguns dias dentro de sua gaiola, após avaliarmos a situação. Espero que tenhamos respostas até lá e descubram um caminho efetivo para curar o que foi feito com ele.
Joy odiou isso, mas assentiu. 32

— Certo.
— Obrigado. — Justice severamente sorriu.
— Eu posso ser sensata e entendo. Ele é perigoso, mas estou tentando fazer o que é melhor para ele. — Queria que ele entendesse sua posição.
— É por isso que você foi trazida para cá. Você é sua defensora de saúde mental. Meu trabalho é pensar sobre a segurança de todo mundo. — Justice virou para Tiger. — Precisamos entrar lá para amarrá-lo. Dobre suas restrições.
— Merda. — Tiger assentiu. — Nós vamos ter que nos equipar com algo. — Lágrimas reluziram em seus olhos. — Algo semelhante a que Mercile fez conosco assim ele tem alguma habilidade de se mover para pelo menos ir ao banheiro. Acho que o manter amarrado por vinte quatro horas seria a pior coisa que podíamos fazer.
A tensão na sala aumentou dez vezes mais. Justice assentiu nitidamente.
— Eu concordo. Porra. Eu quero matar o filho da puta que o baleou com essa droga e quem a criou.
— Permaneça na linha. — Tiger murmurou. — Eu lidarei com qualquer coisa que precisar ser feita. Vá. Você não quer ver isto e eu altamente sugiro que você restrinja mais o acesso a ele. Todo mundo vai estar chateado quando souberem o que planejamos. Peça para Fury e Harley para virem. Nós três resolveremos o problema e deixaremos isto funcionando.
Justice desabotoou seu paletó e o removeu para revelar ombros largos e uma camisa branca. Depois sua gravata enquanto retirava os sapatos.
— Vou ficar. Eu dei a ordem. Eu ajudarei a implementá-la.
— Justice... —Tiger franziu a testa.
— Já chega. — Justice desabotoou o topo de sua camisa. — Eu vou ficar. — Olhou para a gaiola. — Precisamos dele deitado, não contido contra a parede. Isso definitivamente lembraria a ele da Mercile. Sem sistema de polia automatizada também. O som dos motores poderia ativar lembranças.
Tiger hesitou.
— Concordo. Estou pensando em correntes de tornozelo de três metros para dar a ele movimento e mantê-lo longe da porta. Podíamos enganchá-las as barras nos cantos atrás da gaiola assim elas o parariam logo. As correntes de pulso podem ser mais longas e presas aos cantos dianteiros, permitindo a ele acesso a área da parede da parte de trás. Isso lhe dará movimento livre na maior parte da área. Quatro de nós podiam puxar as correntes e o forçar a abaixar no chão quando precisarem de acesso a ele.
— Isso deve funcionar. — Justice rolou suas mangas. — Ele perdeu um pouco de sua força?
— Não. Ele está comendo bastante e não parece sentir muita dor ou está muito bravo para se importar. Ele ainda está muito forte. — Tiger retirou um telefone celular. — Deixe-me fazer uns telefonemas. — Afastou-se, caminhando para um canto distante.
Justice removeu seu cinto.
— Eu tive que fazer uma conferência de imprensa uma hora atrás. Odeio vestir todas estas camadas de roupa de fachada.
Joy estava nervosa em volta do líder da ONE.
— Eu não te culpo. Espero que tudo esteja bem. Não vi as notícias ultimamente. 33

— Típicas coisas que lidamos diariamente. — Suspirou. — Vou chegar mais perto de Moon.
— Queria que você não fosse.
Esse comentário a fez ganhar uma careta.
— Por quê?
— Ele está silenciosamente nos assistindo, mas isso vai mudar se você se aproximar. Eu não quero que ele se machuque quando começar a bater nas coisas.
— Eu sou um alfa. Eu quero ver se ele responde a isso em sua condição atual.
— Ele é um alfa também. — Joy franziu a testa. — Não é uma boa ideia, mas eu não posso te impedir.
— Moon é bem suave.
— O Moon que você conheceu antes dele ser drogado provavelmente era, mas o que eu conheço não foi. Ele está revertido completamente. — Seu olhar demorou no grande macho abaixado dentro de sua gaiola, caladamente os observando. — Ele está dependendo de puro instinto. Ele não vai recuar de você.
— Como você pode ter tanta certeza?
Olhou para ele.
— É uma suposição educada.
Justice lentamente se aproximou e Moon se levantou rosnando.
— Por favor, não faça isso. — sussurrou, sabendo que Justice a ouviu.
Ele pausou, mas voltou.
— Certo.
Tiger retornou.
— Eles estão a caminho e eu chamei o departamento de abastecimento. Eles estão trazendo correntes e restrições uma vez que as localizarem. Teremos que fazer o com o que acham que vai funcionar. Não é como se nós tenhamos este material abandonado. Vai levar um tempo. Talvez horas.
Dr. Treadmont suspirou.
— Por que nós não almoçamos enquanto esperamos?
— Tudo bem. — Justice deixou sua roupa descartada onde nitidamente a dobrou. — Joy? Você gostaria de juntar-se a nós em meu escritório?
— Não obrigada. Vou ficar aqui.
— Você mal saiu desde que chegou. Descanse um pouco.
— Eu acho que é melhor se eu ficar. Pedirei a um dos oficiais para ver se foram localizadas algumas roupas que caibam em mim e eu usei os chuveiros lá de cima esta manhã. — Não tirou sua atenção de Moon. — Eu não vou deixá-lo.
— Certo. — Justice acenou para os machos partirem. — Nós mandaremos entregar almoço para vocês dois.
— Obrigada. — Esperou eles partirem antes de encarar a gaiola.
Moon abaixou novamente quando lentamente chegou mais perto.
— Oi. — Abaixou em suas mãos e joelhos para continuar em seu nível. — Você parece mais calmo. Você permitiu que eles compartilhassem a sala sem ficar chateado.
Suas narinas alargaram enquanto ruidosamente cheirou. 34

— Nós costumávamos ser amigos. — Rastejou mais para perto, ignorando o chão de concreto impiedoso, andando lentamente no caso dele protestar. — Você está me encarando bem atentamente. Queria saber o que você esta pensando.
Uma de suas mãos largou a barra e deslizou, estendendo para ela. Realmente queria tocá-lo. Parecia calmo o suficiente, mas até que ele conversasse com ela, era muito arriscado. Ouviu inúmeras histórias dos sobreviventes da Mercile das maneiras que Espécies mataram seus atormentadores durante o cativeiro quando dadas as chances. Ele poderia estar brincando com ela para chamar sua atenção o suficiente para atacá-la. Parou quando alguns centímetros separando as pontas dos dedos de seu rosto.
Seu olhar fixo em seu corpo e ela olhou abaixo, notando o modo como sua camisa caiu para frente o suficiente para mostrar seu decote novamente. Suspirou, olhando para cima.
— Eu não estou fazendo progresso com você, não é? Você é todo instintos e impulsos porque pode ver o suficiente dos meus seios para te interessar. Droga.
Ela se sentou, bloqueando a visão da sua camisa quando endireitou os ombros. Ele não puxou sua mão para dentro das barras, só continuou a olhá-la. Sorriu, tentando esconder sua preocupação.
— Você conversará comigo? O que você está pensando?
Ele cheirou novamente e rosnou baixo. Não era um tom ameaçador, mais como frustração, achou. Ele queria tocar, mas ela não estava ao alcance. Ele sempre foi teimoso. Uma ideia veio a ela.
— Você quer? — Agarrou o colarinho da sua camisa e arrastou-o para baixo o suficiente para dar-lhe uma espiada no topo dos seus seios. — Converse comigo Moon.
Seus lábios sexy, generosos separaram antes de lambê-los. Outro grunhido saiu dele, um pouco mais profundo. Afiados caninos apareceram e ela segurou seu olhar frustrado.
— Você consegue falar? Tente para mim. Por favor?
Emoção mostrou em seus olhos, mas não tinha nenhuma pista do que significava. Ele sempre foi bom em esconder tudo dela. Empurrou mais de seu braço pelas barras até que seus bíceps espessos o preveniram de estender mais. Ela ficou de joelhos, suas pontas dos dedos só a centímetros de sua camisa quando se debruçou para mais perto.
— Moon?
Ele parou de olhar para seu decote para olhar em seus olhos.
— Diga algo, qualquer coisa. Você quer me tocar? Dê-me algo em retorno.
Seu grunhido aprofundou se tornado um pouco assustador. Ela estava brincando um jogo perigoso, considerando que estava oferecendo realmente deixa-lo pôr sua mão nela se ele concordasse. Ela faria isto. Para o inferno com a ética. Eles precisavam estabelecer confiança. Isso seria essencial para ajudá-lo. Precisava ir em ambas as maneiras.
— Você está aí? — Olhou profundamente em seus olhos. — Diga uma palavra e eu chegarei mais perto.
Ele selou seus lábios, escondendo suas presas, e engoliu com força. Seus olhos estreitaram enquanto a olhava. 35

— Dê. — ele murmurou.
Ele podia formar palavras e não estava repetindo algo que ela acabou de dizer, isso significava que podia fazer mais que imitar barulhos. Isso tinha que significar que ele podia pensar e que qualquer droga que lhe deram não causou grande dano cerebral pelo menos. Ela assentiu e ergueu seu joelho para rastejar para mais perto.
— Não me machuque. — Saiu como um apelo. Ela podia apenas esperar o melhor, que seria ele não derramar sangue ou pior.
— Não!
A voz profunda a assustou tanto que estremeceu e virou sua cabeça. Uma grande forma saiu das sombras no outro lado do quarto. Suas botas pisavam ruidosamente enquanto caminhava para a área vagamente iluminada.
— Afaste-se dele.
Moon rosnou, puxando seu braço de volta para dentro da gaiola, e ficou de pé. Seu peito bateu nas barras, tentando forçá-las.
O Nova Espécie chegou mais perto e tinha cabelo marrom longo que passava dos seus ombros e olhos marrons escuros que mostravam raiva. A jaqueta de motoqueiro e botas vieram como uma surpresa. Ele vestia calça jeans desbotada e uma camiseta preta.
— Que diabo você está fazendo com ele? — Ele passou, agarrou seu braço, e a arrastou de pé. Ele tinha de ter pelo menos um metro e noventa.
— Quem é você? — Ofegou.
— Que peste é você? Você acha que divertido provocar o animal na gaiola? — Ele a deu uma sacudida forte. — Quem trouxe você aqui? É melhor falar rápido, fêmea. Eu poderia jogar seu traseiro lá com ele e deixa-lo ter você depois do que vi. Você sabe o que ele fará com você depois de provocar seu pênis? Você será fodida por horas em todos os sentidos.
Joy ficou surpresa. Levou alguns segundos para se recuperar.
— Quem é você? Isto não é como parece.
— Eu sou seu melhor amigo. — Arrastou-a alguns centímetros da gaiola. — Fique feliz por você ser uma fêmea. Eu acabaria com sua raça caso contrário. Que tipo de cadela doente você é por fazer isso com ele? Isto é sua ideia de diversão? Provocar o pênis do Espécie louco?
Ela agarrou o pulso preso aos dedos que a seguravam.
— Não! Eu sou a Dra. Joyce Yards e você não tem nenhuma ideia do que está falando. Eu não estava sendo má com ele. É a única coisa com que ele responde. Eu ficaria de cabeça para baixo e faria cambalhotas se isso bastasse para fazer com que ele interaja comigo, mas ele só está interessado em sexo.
O aperto em seu braço soltou ligeiramente e ele franziu a testa.
— Eu conheço esse nome. Eu o ouvi antes.
— Eu era a terapeuta de Moon logo depois que ele foi salvo da Mercile. Ele...
Moon uivou em injúria.
Ela girou em direção a ele. Ele parecia irritado, mas não o culpou.
— Por favor, acalme-se. — persuadiu. 36

Ele batia seu peito contra as barras novamente, rosnando, e olhou para o outro macho que o preveniu de conseguir chegar perto o suficiente para tocá-la. Ele estava entrando em uma ira.
— Vamos dar um passeio e discutir mais disto longe dele. — Joy arrastou o grande Espécie, voltando pelo caminho que ele veio. Ela manteve o olhar em Moon e falou diretamente para ele. — Eu estarei logo de volta e nós começaremos de novo certo? Eu não quebrarei minha promessa. Você pode me tocar. Deixe-me conversar com ele primeiro.
O Espécie apertou com força em seu pulso novamente.
— Você não vai chegar perto dele.
Ela ergueu seu queixo para dar seu olhar mais frio.
— Saia comigo. Você vê o que ele está fazendo? Ele pode se machucar. Mova-se agora se você se importa com ele.
— Porra. — Empurrou seu braço, arrastando-a em vez dela puxá-lo mais. Ele não parou até que estavam nas sombras da parede distante. — Estou levando você para a Segurança onde vamos discutir o que eu testemunhei.
— Você me viu fazendo-o falar. Você o ouviu? Ele pode formar palavras. Isso significa que ele pode se comunicar. Ele está lá em algum lugar.
— Você o estava provocando.
— Eu não estava. — Ela empurrou com força e ele a soltou. — Você é o melhor amigo dele? Você tem um nome?
— Harley, e sim, eu sou seu melhor amigo. É por isso que eu estou te levando para a Segurança e eles vão jogar seu traseiro na rua para fora dos portões.
Lutou com a frustração.
— Escute-me Harley. Ele falou uma palavra. Você entende isto? Você entende o que isso quer dizer?
Ele rosnou baixo, revelando suas características caninas.
Joy respirou fundo.
— Eu posso ver como você não compreendeu o que viu. Dê-me dois minutos para explicar. — Levantou dois dedos. — Isto é tudo o que eu peço.
— Aproveite. — Sua voz era grossa, revelando sua ira.
— Ele está rejeitando todo mundo aqui e a única maneira de alcançá-lo parecia ser pela sua fixação com sexo. Não sou contra usar isso se funcionar. — Esfregou seu pulso, certa que estava contundido. — Eu faria qualquer coisa para ajudá-lo, inclusive mostrar meus seios se isto é o que precisa para achar alguma parte dele que se comunicará comigo. É isso que ele estava fazendo. Qualquer droga que recebeu o reverteu a instinto cru, mas ele tem a habilidade de falar se concentrar-se com força suficiente. É realmente um bom sinal que suas habilidades cognitivas estão intactas. O único modo efetivo que eu descobri até agora para fazê-lo trabalhar comigo é lhe oferecendo o que ele mais quer. — Sugou o ar. — Eu não estou sendo cruel. Eu estou tentando salvá-lo.
O rosto de Harley estava nas sombras e não pôde ler sua expressão, mas não estava rosnando.
— Ele podia ter te matado. 37

— Ele quer qualquer outra coisa de mim mais. Nós não tivemos barras entre nós mais cedo quando ele me prendeu contra uma parede. Eu já estaria morta se ele me visse como seu inimigo ou como uma ameaça.
Ele suavemente rosnou.
— Sobre o que você está falando?
Ela depressa contou o que aconteceu quando chegou.
— Então, ele podia ter rasgado severamente minha garganta com seus dentes ou quebrado meu pescoço. Ele não fez isso. Eu não sou estúpida. Acredite em mim quando digo que eu estou mais que ciente de como facilmente ele podia ter me matado se isso fosse o que ele pretendia. — Andou de volta. — Posso continuar? Preciso mostrar que ele pode confiar em mim. Eu disse que ele podia me tocar se falasse.
Ele falou.
— Você é louca.
Joy não respondeu àquela acusação já que ele tinha um argumento válido.
— Estou determinada a fazer o que for preciso para ajudá-lo.
— E se ele quiser mais do que te tocar?
Calor esquentou suas bochechas.
— O que for preciso. Eu farei qualquer coisa para ele.
Ele avançou e quase a atingiu.
— O que mudou?
— O que você quer dizer?
Ele se debruçou um pouco até que seu rosto entrou na luz. Os olhos marrons eram um tanto quanto assustadores combinados com a severa aparência de suas características grosseiras.
— Eu lembro quem você é agora. Você o largou antes quando ele precisou de você. Nem teve a coragem de dizer adeus.
Merda. O cara realmente era um amigo próximo de Moon.
— Ele sentia algo por você, mas você recusou dar a ele uma chance. Por que você está aqui? Eles estão te pagando muito dinheiro?
— Eu não estou trabalhando.
— O que isso quer dizer?
— Eu não estou na folha de pagamento da ONE. Eu vim porque eles disseram que eu era necessária. Não havia nenhuma obrigação para eu largar tudo para dirigir para cá, mas eu vim assim que recebi o telefonema. Estou ficando porque Moon precisa de mim. Isto não é sobre dinheiro. Eu quero ajudá-lo.
Ele a considerou com suspeita, sem se preocupar em esconder.
— Você não está aqui em negócios oficiais?
— Não.
— Então você não é realmente sua psiquiatra. Isto está correto?
Pôde descobrir onde ele estava indo com a conversa.
— A ONE me pediu para ajudá-lo. Você não pode me tirar de Homeland. Eu fui convidada e eu estou ficando.
Ele se debruçou de volta, seu rosto mais uma vez nas sombras.
— A ética não será um obstáculo desta vez entre vocês dois, não é? 38

Podia sentir o sangue drenar de seu rosto. Moon deve ter dito a seu amigo as coisas que disse e as razões que deu para mantê-lo no comprimento do braço. Seus ombros endireitaram e sua espinha endureceu.
— Não. — descaradamente declarou. — Elas não irão. Ele não é tecnicamente meu cliente. — Uma respiração trêmula mais tarde e ela falou novamente. — Você tem algum problema com isto?
Ele recuou.
— Não. Estou me perguntando se usar seu corpo é realmente o único caminho para alcançá-lo ou se você está procurando por uma desculpa para chegar perto dele. Prossiga Dra. Yards. Saiba que eu estarei vendo. Você cruza uma linha que eu não goste e eu mesmo te levarei para os portões. Fui claro?
— Perfeitamente. — Ele era bom em comunicar seus sentimentos. — Me diga outra maneira de alcançá-lo e eu terei muito prazer em tentar.
Eles ficaram em silêncio até que ela girou e caminhou em direção a Moon novamente. Harley não tinha um plano alternativo ou ele falaria. Moon estava furioso, caminhando em sua gaiola, e olhou quando a avistou retornando a ele.
— Calma. — sussurrou. — Sou eu.
Ele agarrou as barras, tentando despedaça-las, seus músculos esticando. Ela abaixou de joelhos novamente quando estava mais ou menos a uns três metros de sua gaiola e ficou lá, olhando para ele.
— Moon? Acalme-se.
Ele deslizou até seus joelhos, ainda segurando as barras de metal. Suas presas afiadas apareceram quando suavemente rosnou para ela. Avaliou o declínio de seu humor. Sentou-se de bunda e esperou até que um pouco de sua raiva enfraquecesse. Esperava que sua comida não chegasse logo porque ele sempre foi teimoso. Ia levar um tempo para fazê-lo confiar nela.
— Eu sinto muito sobre isto. — Manteve seu tom suave. — Seu amigo está realmente preocupado com você.
Ele rosnou e largou uma das barras para estender para ela. Sabia que uma decisão tinha de ser feita naquele momento, confiar nele ou não. Tinha sido sincera com Harley. Moon podia tê-la matado mais cedo se a quisesse morta. Debruçou-se adiante e esticou a mão para ele também. O medo rastejou pela sua espinha enquanto imaginava o pior. Ele podia puxá-la mais perto para a gaiola, tanto para mordê-la ou quebrar seu pescoço.
As pontas dos seus dedos ásperos com calos esfregaram contra os dela. Ele parou de rosnar, parecendo fascinado em senti-los. Prendeu sua respiração, sem saber o que ele faria, mas ele apenas esfregou seus dedos. Ela relaxou.
— Eu não sou seu inimigo, Moon.
Olhou para cima depois encontrou seu olhar. Veio como um choque quando de repente agarrou sua mão e puxou-a para mais perto. Seu traseiro deslizou ao longo do concreto à medida que engasgava, rezando para ele não quebrar os ossos quando seus dedos apertaram mais. Tentou lutar, mas isso não fez nenhum bem. Seu ombro bateu nas barras de metal da sua gaiola. 39

Outra mão de repente a pegou pelas costelas, curvando ao seu lado. Olhou fixamente para ele só as barras os separando. Ele a cheirou. Seu foco abaixou para frente de sua camisa e um choramingo suave veio dele.
Ele não está me machucando. Isso foi absorvido. Ele podia. Facilmente. Ele a manteve perto. Olhou fixamente nas profundidades de seus olhos marrons enquanto ele recusava a tirar os olhos de seus seios.
— Moon?
Suavemente rosnou, um olhar de concentração em seu rosto. Perguntou-se o que ele estava pensando tanto, mas largou sua mão de repente, distraindo seus pensamentos. Sugou ar quando agarrou seu seio, acariciando-o. Ele era gentil à medida que apertava. Ele olhou para cima depois segurou seu olhar.
— Joy.
O modo grosso como disse seu nome a fez querer chorar. Sua mão tremeu enquanto estendia a mão pelas barras para tocar seu rosto. Ele não se afastou, mas permitiu que suavemente acariciasse seu queixo.
— Sim. Você se lembra de mim?
Ele a largou de repente e recuou até que eles não estavam mais se tocando. Não se moveu apenas permaneceu inclinada contra as barras onde a arrastou. Ele se levantou e rosnou, olhando fixamente para o outro lado do quarto. Girou sua cabeça e desejou que Harley não ficasse tão perto. Ele devia ter continuado escondido nas sombras em vez de sair. Andou de volta na luz.
— Afaste-se dele psiquiatra.
— Vá embora. — ordenou.
Moon rosnou, parecendo concordar com sua ordem.
Harley franziu testa.
— Saia de perto dele.
— Eu acho que ele se lembra de mim. Ele disse meu nome. Você não o ouviu?
Harley correu para trás dela no mesmo momento que sentiu dedos embrulharem ao redor da sua garganta, cortando seu ar. Moon a pegou. Doeram suas orelhas quando ele uivou muito perto atrás dela.
Harley congelou.
— Vá. — Moon rosnou.
— Porra. Largue ela cara. — Harley rosnou de volta.
— Vá. — Moon exigiu novamente, apertando mais.
O grande Espécie de jaqueta de motoqueiro recuou alguns centímetros.
— Deixe-a ir.
Moon se agachou e agarrou seu braço enquanto mantendo um firme aperto em sua garganta.
— Matar. Vá. — Ele a forçou a ficar de pé, arrancando-a com força contra as barras.
Tornou-se uma refém. Foi tão simples. Moon queria que o outro macho partisse e ela era sua garantia. Ele podia facilmente quebrar seu pescoço. Teria implorado para soltá-la, mas mal podia respirar.
— Merda. — Harley recuou. — Não a machuque. 40

As portas do elevador abriram e Rusty entrou na sala, levando uma bandeja com dois pratos. Ela deu uma parada abrupta.
— Oh merda.
Harley olhou para ela antes de olhar de volta para seu melhor amigo.
— Nós iremos embora. Não a machuque.
— Como a humana conseguiu chegar tão perto dele? — Rusty retrocedeu alguns passos.
— Ela o deixou. Quem pediu para ela vir aqui cometeu um erro. Poderia acabar sendo fatal. — Harley se esquivou para mais perto da fêmea Espécie. — Nós estamos indo embora Moon. Veja. Não machuque a fêmea.
Eles dois entraram no elevador e as portas se fecharam. Os dedos em sua garganta e braço soltaram. Afastou-se das barras e quebrou completamente seu aperto quando jogou seu corpo para frente. Bateu no chão em suas mãos e joelhos. Ofegando por ar, rastejou para longe do alcance de Moon.
— Venha. — uma voz profunda murmurou por detrás ela.
Moon queria que ela retornasse para o lado da sua gaiola. Agitou sua cabeça, tocando em sua de garganta dolorida que tinha de ter marcas vermelhas, se não hematomas. Espécies eram muito fortes. Arriscou sua vida chegando muito perto dele e quase a matou. Não cometeria esse erro duas vezes.
— Venha! — Rosnou.
Joy moveu sua cabeça em sua direção, mas não conseguiu olhar diretamente para ele.
— Não.
Lágrimas a cegaram quando desviou o olhar. Ele poderia conhecê-la, mas ela certamente não o conhecia no momento. O cara por quem se apaixonou nunca teria feito isto. Teve sorte de estar viva.

13 comentários:

  1. ela nunca vai conseguir fazer o trabalho dela se toda hora alguém aparece lá

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  2. Agora que ela tá com medo dele é q não vai rola

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  3. Como ela pode trabalhar se é constatimente interrompida, assim ñ dar!

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  4. Quii raiva de Harley afff... todo mundo interrompendo de reto ... mds 🤦‍♀️

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  5. Não acho que ela estava errada em ir embora, Moon estava mentalmente frágil naquele momento e seria ruim pra todos os espécies se eles se envolvessem naquele momento.

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  6. Se todo mundo ia dar pitaco era melhor nem ter chamado ela pra cuidar dele

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  7. Harley é um gostoso pq é um dos personagens q mais tem personalidade e estilo próprio

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