Capítulo Vinte e um
Bela tinha acabado de sair do chuveiro quando a campainha tocou. Franziu a testa, enrolando uma toalha ao redor de seu corpo e entrou no quarto. Era um pouco mais de onze da noite. Kit esqueceu algo? A mulher não apenas ficou para dividir a pizza com foi completamente amigável. Elas conversaram por horas.
Correu para a sala de estar, mas pausou na porta.
— Quem é?
— Sou eu.
Surpresa e excitação a atingiram quando ouviu a voz tão sexy e profunda. Torceu as fechaduras, abrindo a porta para encontrar Shadow. Ele tinha trocado a roupa por seu uniforme de trabalho desde que o viu pela última vez, e parecia um pouco cansado em volta dos olhos quando olhou fixamente para eles.
— Você voltou. Como conseguiu entrar no dormitório?
— Um grupo de fêmeas estava lá embaixo assistindo um filme. Elas abriram a porta. — Ele limpou a garganta. — Não é nenhum segredo que nós estamos juntos.
Ela recuou. 174
— Entre.
Ele hesitou.
— Quero passar a noite. — esclareceu. — Tudo bem?
— Sim. — Estava contente que não ficou fora por dias, e que não tivesse que dormir sem ele. A experiência de estar em seus braços era viciante, e isso era algo que não queria mais ficar sem. — Sempre.
Ele se moveu para o lado, ergueu uma mala e a carregou para dentro. Era grande e parecia pesada. Perguntou-se o que tinha dentro. Soltou a coisa alguns centímetros dentro do quarto e fechou a porta atrás dele, torcendo as fechaduras. Seu olhar segurou o dela.
— Queria ter vindo mais cedo, mas tive alguns acordos para fazer.
— O que tem na mala?
Ele mudou de postura, sua expressão ilegível.
— Meus pertences.
— Ela é maior que a mala que você levou para Homeland.
— Contém tudo o que possuo. Empacotei meu quarto hoje à noite.
A sensação da punhalada em seu coração era agonia pura. Virou-se para esconder as lágrimas que se recusavam a ser contidas. Elas queimavam atrás de suas pálpebras fechadas, algumas delas escapando por suas bochechas. Shadow faria isso apenas se decidisse retornar a força tarefa. Ele deixaria Homeland de manhã e não poderia vê-lo exceto quando viesse visitar.
Talvez acreditasse que ela pudesse ficar satisfeita com noites ou fins de semanas ocasionais juntos, quando ele pudesse retornar a Homeland em folgas do trabalho. Conseguia até entender sua lógica. As mulheres Espécies queriam seus espaços, mas queria gritar que não era como elas. Todas as maneiras pela qual foi destacada como Presente de repente zombaram dela. Ressentiu-se das concessões especiais, queria a distinção removida e Shadow escutou. Estava disposto a tratá-la como qualquer outra Espécie.
Cuidado com o que deseja, uma voz interna zombou.
— Bela? — Ele estava bem atrás dela. — Qual o problema? Olhe para mim.
Ela hesitou, tentando deixar suas emoções sob controle.
— Bela?
Abriu seus olhos e rapidamente piscou de volta as lágrimas, virando-se para enfrentá-lo. Estava na hora de ser totalmente sincera. Não havia nada a perder se ele já tinha planejado partir. Podia apenas ser direta e esperar que ele reconsiderasse seu curso atual.
— Por que você está chorando? Algo aconteceu enquanto estive fora? Aquela fêmea chateou você? Eu a vi entrando quando fui embora.
— Kit foi excepcionalmente legal hoje. Ela não fez nada errado.
— O que foi?
— Não quero que deixe Homeland para retornar a força tarefa. Dificilmente o verei. Sei que devia estar agradecida por tê-lo em minha vida depois de tanto tempo sozinha, mas quero mais que isto. Agradeço por me ver do mesmo jeito que vê as outras mulheres, mas sou diferente. — Seus ombros endireitaram-se e ela segurou seu olhar. — Mereço mais do que um homem apenas por perto. Quero tudo, Shadow.
Ele parecia surpreso.
— Sabe, uma relação real. Quero alguém que volte para casa, para mim todos os dias, e passe suas noites comigo. Quero fazer o jantar para você e nos aconchegarmos no sofá enquanto assistimos programas de TV. Nem sei se gostamos dos mesmos programas, mas ficaríamos juntos. 175
Quero saber tudo sobre você, até as coisas ruins que eu possa achar irritante. Não importa, porque estou disposta a aceitá-lo do jeito que é, tudo isto, mas não quero mais estar sozinha.
Os lábios dele se separaram, mas não saiu nada.
Ela limpou a garganta.
— Quero um compromisso verdadeiro. — Isto a fez se sentir um pouco tonta, por admitir isso, mas eram apenas os nervos. O pior que ele podia fazer era ir embora. — Não só alguém em minha vida quando puder me encaixar em seu horário ocupado. Percebo que é muito a pedir. Você teria que permanecer aqui em vez de desfrutar das aventuras mais excitantes que deve ter com a força tarefa. Também é mais perigoso trabalhar para eles. Você lida com o tipo de homens que vieram atrás de mim. Eles são maus e perigosos. Isso não pode ser bom para se ver todo dia. Nós estamos livres agora, e devíamos abraçar as coisas boas que a vida tem para oferecer. Talvez goste de seu trabalho, mas gosta de sexo também. Sua equipe não pode te dar isso, mas eu posso. — As mãos dele agarraram os quadris dela. — Não posso comparar as histórias de trabalho com você, já que não tenho permissão para trabalhar como uma Presente, porque me colocaria em contato com muitos homens, mas posso te dar uma casa boa da qual gostará de viver. Preocuparei-me com você enquanto estiver fazendo seu trabalho. Importa para mim o que acontece com você, eles podem ser seus amigos na força tarefa, mas o que eu sinto por você é mais forte. Estou certa disto.
— Bela… eu...
As características dele suavizaram. Provavelmente sentia pena dela. Recusou-se a desistir e o cortou. Ele não podia apenas ir embora.
— Sei que nós não tivemos muito tempo juntos, mas estou oferecendo-lhe tudo o que sou. Não pode apenas ignorar isto, Shadow. Você deve isso a nós dois para ver até onde isso nos leva. Acho que podemos ser felizes. Sei que quero que nós sejamos. Estamos ambos machucados, mas isso nos adequa mais. Há algo especial entre nós, algo forte, e não é só sexo.
— Eu...
— Não me diga que não vai pelo menos considerar o que estou oferecendo. Você tem que ficar em Homeland para me conhecer melhor. Ela deu uma respiração trêmula. — Não implorarei, mas não serei um capacho também. Não pode ter ambos. Não pode me deixar aqui para ir ter uma vida e esperar que espere por você como se eu não tivesse uma.
Ele se lançou e a puxou contra seu corpo.
— Você nunca permite que um macho fale?
Ela agarrou os bíceps através de sua camisa, desejando que fosse pele.
— Não quero que diga algo que não vou conseguir aguentar ouvir.
Ele suavemente rosnou, enquanto um de seus braços largava sua cintura e pegava algo de dentro de seu bolso traseiro. Levantou um papel dobrado.
— Sabe o que isto é?
— Não. Suas ordens para retornar a força tarefa? — Era seu melhor palpite.
Ele balançou a cabeça e depois a soltou completamente. Abaixou-se de joelhos na frente dela. Ele lambeu os lábios, suas características ficaram tensas.
— Documentos de acasalamento. Eu os fiz elaborá-lo. Só precisamos assiná-lo. Na verdade é só um papel, mas é um processo menos complicado para nos ligar do que aqueles envolvendo humanos. O mundo lá fora não teria como nos separar.
Suas pernas ficaram semelhantes à borracha e apenas caiu de joelhos na frente dele.
— Empacotei meus pertences porque não havia uma razão para manter num quarto no dormitório dos homens. Quero ficar com você e você está aqui. — Ele limpou a garganta, olhando 176
profundamente em seus olhos. — Vim para te perguntar se quer ser minha companheira e dizer que se concordar, uma casa vai estar disponível para nós logo. Podemos ter uma casa próxima ao meu melhor amigo e sua companheira. Ela é legal e acho que seria uma boa amiga. — Respirou fundo. — Estou te oferecendo tudo também, amor. Eu. Não quero aventuras ou deixar Homeland. Você não está lá e só quero ficar com você.
— Sim. — Assentiu freneticamente, piscando para segurar as lágrimas novamente.
— Estamos ambos machucados. — Shadow de repente sorriu. — Não quero nada diferente disto se significa que tenho você.
— Você me tem. — Ela estendeu sua mão. — Vamos assiná-los. Isto é tudo que precisamos fazer?
Ele sorriu.
— Também devíamos fazer muito sexo posteriormente para celebrar.
Ela conseguiu ficar de pé e soltou a toalha. O olhar de Shadow abaixou, parando em seus seios. A fome sexual afiou suas características, e um grunhido suave de aprovação saindo dele excitou-a.
— Por que esperar? Quero você agora. — Ela sorriu. — Mas há uma coisa que quero fazer.
Ele afastou o foco de seu corpo.
— Diga o que é e será seu.
— Tire seu uniforme primeiro.
Ele colocou o papel na mesa de centro e curvou-se para tirar as botas. Ela sorriu pela sua pressa. Quase caiu de lado, mas depois se endireitou, empurrando as calças. Realmente a queria. As roupas foram retiradas, deixando apenas um homem excitado em pé há alguns centímetros.
Ela abaixou-se de joelhos novamente e ele curvou um joelho para segui-la.
— Não. Fique assim.
Ele endireitou-se e ficou imóvel. Caminhou de joelhos para mais perto.
— Li sobre isto e queria tentar. Pode me parar se não gostar, mas pelo menos permita que eu faça uma vez.
Bela estendeu a mão e embrulhou seus dedos ao redor do seu eixo duro. Ele ofegou com o movimento súbito ou talvez apenas com a sugestão. Ela lambeu os lábios para molhá-los e voltou o olhar para seu sexo. Ele era todo bonito, mas seu pênis a fascinava.
— Talvez deva me sentar. — A voz dele saiu grossa e rouca.
Ela ergueu o olhar, apreciando seu abdômen musculoso, o peito largo, e parou em seu rosto bonito.
— Por quê?
— Você não tem nenhuma ideia do que a sua visão aí faz comigo.
— Diga-me.
— Nunca quis tanto uma fêmea. Dói de necessidade. É uma dor física.
— Você faz o mesmo comigo.
— Você sabe que fêmeas Espécies nunca fazem isto, não é? Embora não possa gozar em sua boca. Poderia te sufocar. Eu atiro sêmen com força. Seria demais.
— Quero apenas brincar um pouco. Você permitirá?
— Você pode fazer qualquer coisa que quiser. Sou seu.
Emoção a inundou.
— Eu amo você, Shadow. Espero que aprenda a me amar também. 177
Ele de repente saiu de seu aperto e agachou-se, agarrando-a por debaixo de seus braços. Foi sua vez de ofegar quando ele a ergueu, virando e invadindo o quarto. Agarrou-se nele.
— O que você...
Quando caíram sobre a cama ele a silenciou. Estavam de lado encarando um ao outro, mas no segundo seguinte a boca dele já estava na dela, beijando-a até tirar-lhe o fôlego. Um deles gemeu — não tinha certeza quem foi — e não importava. A pele quente dele colada contra a dela era incrível.
Ele quebrou o beijo, ofegando.
— Você me ama? — Seu olhar azul a estudou. — Tem certeza?
— Sim.
— Bom. Você me faz muito feliz. Nunca amei antes, mas deve ser isso. Você é tudo que quero e preciso. Você me faz completo e tê-la em meus braços é a coisa mais certa em meu mundo. Cada pensamento envolve em como mantê-la por perto.
— Eu tinha medo que o assustaria se admitisse meus sentimentos.
— A única coisa assustadora seria se você se recusasse a assinar os documentos de companheiros.
— Quer que eu faça isto agora? Deixe-me ir e os pegarei.
— Mais tarde. — Sua boca esfregou na dela. — Há tantas coisas que quero fazer com você. Não consigo decidir qual deve vir primeiro.
— Role de costas. — Ela alargou seus dedos em seu peito, empurrando lentamente. — Você disse que eu podia brincar. Isto está no topo de minha lista.
Ele virou, deitando de costas.
— Serei um bom companheiro.
— Sei que será e eu também. Nós descobriremos isto juntos.
A mão dela roçou ao longo do comprimento de seu pênis, fascinada quando se moveu tremendo lentamente. Havia muito sobre homens que não sabia, mas aprenderia. Seria divertido descobrir tudo que excitava Shadow e ele descobrir tudo o que a excitava.
— Não leio muito, mas assisti muitos vídeos. — Shadow sorriu. — Já ouviu falar de sessenta e nove?
— O número?
— A posição.
— Isto é uma coisa de esporte?
— Hã, não. — Ele lambeu os lábios. — Você brinca comigo com sua boca e brinco com você com a minha. Coloque seus joelhos bem aqui. — Apontou para cima de seus ombros em ambos os lados. — Fique de frente em direção à cabeceira. Você entende?
Seus lábios se separaram em choque.
— Quer que eu abra minhas coxas em cima de seu rosto, enquanto me estico em seu corpo até seu colo?
— Sim. — Ele sorriu extensamente. — Exatamente. Apenas me libere de sua boca quando eu te advertir. Tenho um pressentimento de que não durarei muito. É minha primeira vez. Provavelmente não devia admitir isso, mas somos companheiros. Não guardarei nenhum segredo de você. Somos dois que se tornaram um.
Curiosidade e excitação predominaram sobre qualquer timidez que experimentou. Ele estava certo. Eram companheiros. Ele era dela e ela era dele. Não havia necessidade de esconder qualquer 178
coisa ou desperdiçar tempo ficando envergonhada. Subiu e espalhou suas coxas com cuidado ao colocá-las onde ele queria. Percebeu o quão perto a boca dele ficou de sua vagina.
— Não te sufocarei? — Era uma preocupação sincera para ela.
Suas grandes mãos agarraram seus quadris.
— Não. — Sua atenção foi mais para baixo. — Gosto desta visão. Chegue um pouco mais perto e abra mais suas coxas.
Ela curvou-se, apoiando suas mãos em cima de seus quadris. As mãos dele deslizaram pela parte mais baixa de seu estômago, e os dedos polegares dele abriram seu sexo. A respiração quente abanou-a intimamente, enquanto se acomodava em cima de seu rosto. O primeiro golpe da língua em seu clitóris enviou prazer espalhando-se para cima.
— Eu amo isto.
Ele rosnou, adicionando vibrações na mistura das lambidas lentas que a fizeram sentir dor. Molhou os lábios e ergueu uma das mãos, agarrando firmemente o eixo do pênis grosso. Ele rosnou mais alto ao primeiro toque, sua língua lambendo mais rápido. A sensação era tão boa que ficou difícil de concentrar-se no que queria fazer com ele. Shadow golpeou um ponto repetidas vezes, empurrando-a para um clímax rápido.
Bela amava sorvete e um dos livros que leu sobre sexo, sugeriu que sexo oral com um homem era bem parecido. Esticou sua língua e correu a superfície plana de cima de seu dedo polegar para a ponta do pênis.
Shadow parou rosnando. Aceitou isso como um sinal positivo, no que lhe dizia respeito. Seus quadris mexeram um pouco, a dor para gozar ficando pior. Ele a lambeu novamente, firmemente provocando o feixe de nervos com só um pouco mais de pressão.
Abriu-se mais — ele era grosso, e cuidadosamente o levou para dentro. Sua língua lambeu enquanto encaixava a boca em torno da coroa. O corpo dele ficou tenso debaixo dela, os músculos de seu estômago ficaram tensos. Moveu-se então, levando-o um pouco mais fundo e apertou em volta do eixo, criando uma sucção enquanto se erguia até que ele quase escapou. Abaixou, o gosto de seu doce prazer enquanto a pré-ejaculação frisava a ponta de seu pênis.
Mais gemidos rasgaram dela e percebeu que seus quadris estavam se movendo. Não conseguia parar de mexê-los querendo gozar tanto que doía. Gemeu mais alto, a mão começou a acariciar sua seta, onde não conseguia alcançar com a boca, e Shadow reagiu pressionando seu rosto firmemente contra ela. Dentes rasparam ligeiramente seu clitóris, e arrancou sua boca do pênis dele para gritar, quando o primeiro espasmo de orgasmo rasgou por ela. O medo de mordê-lo forçou-a a parar.
Shadow movia-se rápido o suficiente para fazê-la ofegar quando um joelho se curvou, ele plantou seu pé no colchão e usou força para rolá-la. Suas costas bateram na cama enquanto ainda estava no aperto do orgasmo. Seu corpo quente não mais pressionava contra o dela, e ela abriu os olhos para vê-lo erguer-se e se virar.
Ele desceu sobre ela rapidamente, prendendo-a debaixo dele para que seus rostos quase se tocassem. Um de seus braços apoiou-se próximo a suas costelas para deixar seu peito longe dela, o suficiente para permitir-lhe respirar, enquanto sua outra mão abaixou agarrando-a em cima da parte de trás de seu joelho, e o forçou a curvar-se próximo a seu quadril. Segurou-o lá, abrindo suas coxas o suficiente para ajustar seus quadris entre elas.
Encaixou-se em cima dela olhando fixamente em seus olhos, e depois ela gritou quando ele entrou em seu corpo com uma punhalada lenta, depois de alinhar seu pênis contra a entrada da vagina. Os músculos vaginais apertando em protesto, deixando o encaixe muito apertado enquanto 179
a penetrava, mas estava molhada e pronta para recebê-lo. Os olhos dele quase se fecharam enquanto rosnava. Enterrou o pênis nela e deu pequenos e rápidos impulsos dentro e fora de sua vagina. Ele levou-a ao clímax, pondo-a em sobrecarga sensorial suficiente para se retesar debaixo dele.
— Bela. — ele rosnou e violentamente tremeu.
Despejou uma descarga de calor dentro dela à medida que gozava. Seu rosto abaixou para apertar contra a curva de seu ombro e seus dentes a agarraram lá, as pontas afiadas de suas presas cavaram sua pele, mas não machucou. Ele gemeu ainda gozando, e lentamente mexeu seus quadris contra ela.
As unhas dela cavaram seu antebraço onde tentou agarrá-lo, apenas para ancorar-se com a realidade. Ambos respiravam com dificuldade, os corações acelerados enquanto ficavam deitados lá se recuperando. Ele aliviou a pressão de seus dentes quando ergueu a cabeça.
— Sinto muito.
— Pelo que? — As pontas de seus dedos passeavam nos ombros largos. — Isso foi maravilhoso.
— Eu te peguei com força. — Ele franziu a testa, sem estar feliz.
— Não estou reclamando. Eu gostei.
— Tem certeza?
— Sim. — Ela riu tocando seu cabelo quando as mãos deslizaram mais alto. — Gosto do seu gosto. Qual foi a sensação da minha boca em você?
Ele rosnou e seu sexo dentro dela flexionou onde ainda estavam juntos.
— Muito bom.
— Gosto desse sessenta e nove.
— Vi muitas coisas nos vídeos.
— Sério? — Estava interessada. — O que mais?
Ele mudou de lado, olhando para baixo do seu corpo com interesse agudo.
— Você já se tocou? — Encontrou o olhar dela. — Apreciaria ver.
— Já, mas o que faz comigo é muito melhor. Você podia se tocar para mim, para que eu pudesse ver? — A ideia de ver Shadow acariciando seu pênis novamente era emocionante de uma forma safada que a excitava.
— Sim. — Seu tom ficou rouco. — Nós podíamos fazer isto juntos.
Aquele pensamento a excitou.
— Vendo um ao outro?
— Sim. Sabe o que quero ver você fazer acima de tudo?
— O que?
— Assinar o documento de companheiro.
Ela riu.
— Vamos fazer isto!
Shadow rolou para longe depois de lentamente separar seus corpos, e depressa andou a passos largos para fora do quarto. Ela sentou-se quase agarrando o lençol para cobrir sua nudez, entretanto ela apenas ficou nua. Eles eram companheiros. Não queria esconder nada dele. Gostou de ver seu corpo, e ele pareceu gostar de vê-la. Acasalar era fazer o outro feliz.
— Onde tem uma caneta?
— Na gaveta da cozinha perto da pia. 180
Retornou com o documento e uma caneta, sentou na beira de sua cama, e arrastou a mesa de cabeceira mais para perto. Ele virou a cabeça, sorrindo.
— Venha aqui, amor.
Praticamente rastejou para seu colo, debruçando-se mais contra ele. Cuidadosamente desdobrou o documento para colocá-lo esticado. Ela leu as palavras, lacrimejando.
— Isto diz que nós oficialmente concordamos em pertencer um ao outro, e que temos a aprovação da Organização das Novas Espécies. Estamos prometendo valorizar e cuidar um do outro. — O dedo dela tremia um pouco enquanto o usava para manter o caminho de onde lia. — Diz que ninguém tem o direito de nos fazer viver separados um do outro, e nossa lealdade é primeiro ao nosso companheiro e segundo ao nosso povo. — Ela pausou, olhando para Shadow. — Gostei disso.
— Eu também. Prometo todas essas coisas para você.
— Prometo também. — Ela olhou para baixo. — Diz que temos que jurar fazer o outro feliz e sempre seremos verdadeiros e sinceros um com o outro.
— Nós podemos fazer isto.
Ela segurou seu olhar.
— Sim, nós podemos.
Focou-se no documento e ergueu a caneta, assinando a linha acima de onde seu nome estava impresso em tinta. Piscou, segurando a caneta.
— Sua vez. Você não se arrependerá disto, amor.
— Eu sei. — Ela pegou a caneta e assinou seu nome na linha acima de onde o nome dele estava impresso. Seu coração inchou quando terminou, olhando fixamente para ambas as assinaturas no documento.
— Levarei para o escritório amanhã e eles farão uma cópia dos arquivos oficiais. Nós ficamos com este aqui. Justice disse que é habitual o pôr em uma armação com vidro para protegê-lo de danos, e pendurá-lo em uma parede no cômodo que passamos muito tempo.
Bela pensou por dois segundos.
— No quarto.
— Era isso que estava pensando também. — Pegou a caneta, colocou-a próximo a seu documento de companheiro, e a puxou para seu colo. — Eu amo você, Bela.
— Amo você também. Consegue acreditar nisto? Nós somos realmente felizes.
— Sim. Nós somos. Nós vamos ficar desse jeito. Eu terei certeza disto.
— Você quer me deixar? — O pensamento a deixou gelada.
— Acabei de jurar que não.
— Você quer ir atrás de… — Ela hesitou, sem querer trazer a feiura de seu passado em um momento tão importante.
— Você é minha prioridade. — Ele entendeu o que ela não disse. — Outros cuidarão disto. Ele não pode mais machucá-la. Tudo o que precisamos fazer é nos mudar para nossa nova casa, uma vez que a preparem para nós, e apreciar compartilhar uma vida.
— Vou ser uma ótima companheira. Farei o jantar para você e manterei uma boa casa, mas também quero fazer algo para ajudar nossa sociedade. Quero ensinar outras Fêmeas Presente a abraçar a vida, para que saibam que é possível ter o que nós temos, Shadow.
— Sei que você irá. — Deu um beijo em seus lábios. — Farei você rir e sempre terei muito prazer em voltar para casa para você, depois que terminar meus turnos do trabalho.
— Isso soa maravilhoso. Obrigada, Shadow. 181
— Pelo que? Eu a quero como minha companheira. Deveria estar te agradecendo por concordar.
— Por me dar uma vida real e por deixá-la maravilhosa.
Shadow se sentiu humilde. Não podia acreditar que tinha uma companheira. Bela era mais do que merecia, mais do que já esperou ter, e ela mudou sua vida.
— Eu que estou grato. — ele admitiu. — Nunca verei um raio novamente sem sorrir. Ele me mostrou você e me fez te perseguir.
Ela riu.
— Sem mais corridas durante as tempestades. Não tenho nenhuma razão para fazer algo assim novamente para me sentir viva. Tenho apenas que te tocar.
Eles fariam muito disto. Não podia imaginar manter suas mãos longe dela, e planejava não parar nunca. Uma vez esteve quebrado, mas ela o consertou com seus sorrisos, sua coragem, e sua confiança. Aconchegou-a mais perto, apenas abraçando-a, e fechou seus olhos. Pela primeira vez, tudo estava perfeito. Ele olharia de frente para o que iriam enfrentar, porque enfrentariam isso juntos. Ela era seu coração.