quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Novas Espécies - 09 - Shadow

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 NOVAS ESPÉCIES 9
LAURANN DOHNER 
PPRROOJJEETTOO RREEVVIISSOORRAA TTRRAADDUUÇÇÕÕEESS 
Revisão Inicial: Rosa Gabriela 
Revisão Final: Miriam 
Visto Final: Fadinha 
Colaboração: Fidalga 2 

Sipnose: Bela se ressentia em ser rotulada de “Fêmea Presente”. Todos são extremamente superprotetores e os machos não tinham sequer permissão para falarem com ela, e até agora, a verdadeira liberdade era uma ilusão. Então, um oficial Espécie grande e sensual a confunde com o inimigo e a pega — literalmente. 
Shadow está pasmo. Ele tem uma Presente presa debaixo dele — totalmente proibida para ele. Mas Bela está fascinada e quer saber muito mais sobre Shadow. Ela está cheia de recentes descobertas e de paixão não correspondida, e ele é tudo o que precisa para satisfazer sua curiosidade. 
Para Shadow, sexo significa dor e ódio. Para Bela, escravização e zombaria. Duas almas solitárias que nunca conheceram um toque amoroso, juntas em uma cabana na floresta. Toda carícia, toda descoberta os trazem mais próximos de uma vida que nunca pensaram ser possível… além de seus sonhos mais selvagens. 3 

Capítulo 21

Capítulo Vinte e um 
Bela tinha acabado de sair do chuveiro quando a campainha tocou. Franziu a testa, enrolando uma toalha ao redor de seu corpo e entrou no quarto. Era um pouco mais de onze da noite. Kit esqueceu algo? A mulher não apenas ficou para dividir a pizza com foi completamente amigável. Elas conversaram por horas.
Correu para a sala de estar, mas pausou na porta.
— Quem é?
— Sou eu.
Surpresa e excitação a atingiram quando ouviu a voz tão sexy e profunda. Torceu as fechaduras, abrindo a porta para encontrar Shadow. Ele tinha trocado a roupa por seu uniforme de trabalho desde que o viu pela última vez, e parecia um pouco cansado em volta dos olhos quando olhou fixamente para eles.
— Você voltou. Como conseguiu entrar no dormitório?
— Um grupo de fêmeas estava lá embaixo assistindo um filme. Elas abriram a porta. — Ele limpou a garganta. — Não é nenhum segredo que nós estamos juntos.
Ela recuou. 174

— Entre.
Ele hesitou.
— Quero passar a noite. — esclareceu. — Tudo bem?
— Sim. — Estava contente que não ficou fora por dias, e que não tivesse que dormir sem ele. A experiência de estar em seus braços era viciante, e isso era algo que não queria mais ficar sem. — Sempre.
Ele se moveu para o lado, ergueu uma mala e a carregou para dentro. Era grande e parecia pesada. Perguntou-se o que tinha dentro. Soltou a coisa alguns centímetros dentro do quarto e fechou a porta atrás dele, torcendo as fechaduras. Seu olhar segurou o dela.
— Queria ter vindo mais cedo, mas tive alguns acordos para fazer.
— O que tem na mala?
Ele mudou de postura, sua expressão ilegível.
— Meus pertences.
— Ela é maior que a mala que você levou para Homeland.
— Contém tudo o que possuo. Empacotei meu quarto hoje à noite.
A sensação da punhalada em seu coração era agonia pura. Virou-se para esconder as lágrimas que se recusavam a ser contidas. Elas queimavam atrás de suas pálpebras fechadas, algumas delas escapando por suas bochechas. Shadow faria isso apenas se decidisse retornar a força tarefa. Ele deixaria Homeland de manhã e não poderia vê-lo exceto quando viesse visitar.
Talvez acreditasse que ela pudesse ficar satisfeita com noites ou fins de semanas ocasionais juntos, quando ele pudesse retornar a Homeland em folgas do trabalho. Conseguia até entender sua lógica. As mulheres Espécies queriam seus espaços, mas queria gritar que não era como elas. Todas as maneiras pela qual foi destacada como Presente de repente zombaram dela. Ressentiu-se das concessões especiais, queria a distinção removida e Shadow escutou. Estava disposto a tratá-la como qualquer outra Espécie.
Cuidado com o que deseja, uma voz interna zombou.
— Bela? — Ele estava bem atrás dela. — Qual o problema? Olhe para mim.
Ela hesitou, tentando deixar suas emoções sob controle.
— Bela?
Abriu seus olhos e rapidamente piscou de volta as lágrimas, virando-se para enfrentá-lo. Estava na hora de ser totalmente sincera. Não havia nada a perder se ele já tinha planejado partir. Podia apenas ser direta e esperar que ele reconsiderasse seu curso atual.
— Por que você está chorando? Algo aconteceu enquanto estive fora? Aquela fêmea chateou você? Eu a vi entrando quando fui embora.
— Kit foi excepcionalmente legal hoje. Ela não fez nada errado.
— O que foi?
— Não quero que deixe Homeland para retornar a força tarefa. Dificilmente o verei. Sei que devia estar agradecida por tê-lo em minha vida depois de tanto tempo sozinha, mas quero mais que isto. Agradeço por me ver do mesmo jeito que vê as outras mulheres, mas sou diferente. — Seus ombros endireitaram-se e ela segurou seu olhar. — Mereço mais do que um homem apenas por perto. Quero tudo, Shadow.
Ele parecia surpreso.
— Sabe, uma relação real. Quero alguém que volte para casa, para mim todos os dias, e passe suas noites comigo. Quero fazer o jantar para você e nos aconchegarmos no sofá enquanto assistimos programas de TV. Nem sei se gostamos dos mesmos programas, mas ficaríamos juntos. 175

Quero saber tudo sobre você, até as coisas ruins que eu possa achar irritante. Não importa, porque estou disposta a aceitá-lo do jeito que é, tudo isto, mas não quero mais estar sozinha.
Os lábios dele se separaram, mas não saiu nada.
Ela limpou a garganta.
— Quero um compromisso verdadeiro. — Isto a fez se sentir um pouco tonta, por admitir isso, mas eram apenas os nervos. O pior que ele podia fazer era ir embora. — Não só alguém em minha vida quando puder me encaixar em seu horário ocupado. Percebo que é muito a pedir. Você teria que permanecer aqui em vez de desfrutar das aventuras mais excitantes que deve ter com a força tarefa. Também é mais perigoso trabalhar para eles. Você lida com o tipo de homens que vieram atrás de mim. Eles são maus e perigosos. Isso não pode ser bom para se ver todo dia. Nós estamos livres agora, e devíamos abraçar as coisas boas que a vida tem para oferecer. Talvez goste de seu trabalho, mas gosta de sexo também. Sua equipe não pode te dar isso, mas eu posso. — As mãos dele agarraram os quadris dela. — Não posso comparar as histórias de trabalho com você, já que não tenho permissão para trabalhar como uma Presente, porque me colocaria em contato com muitos homens, mas posso te dar uma casa boa da qual gostará de viver. Preocuparei-me com você enquanto estiver fazendo seu trabalho. Importa para mim o que acontece com você, eles podem ser seus amigos na força tarefa, mas o que eu sinto por você é mais forte. Estou certa disto.
— Bela… eu...
As características dele suavizaram. Provavelmente sentia pena dela. Recusou-se a desistir e o cortou. Ele não podia apenas ir embora.
— Sei que nós não tivemos muito tempo juntos, mas estou oferecendo-lhe tudo o que sou. Não pode apenas ignorar isto, Shadow. Você deve isso a nós dois para ver até onde isso nos leva. Acho que podemos ser felizes. Sei que quero que nós sejamos. Estamos ambos machucados, mas isso nos adequa mais. Há algo especial entre nós, algo forte, e não é só sexo.
— Eu...
— Não me diga que não vai pelo menos considerar o que estou oferecendo. Você tem que ficar em Homeland para me conhecer melhor. Ela deu uma respiração trêmula. — Não implorarei, mas não serei um capacho também. Não pode ter ambos. Não pode me deixar aqui para ir ter uma vida e esperar que espere por você como se eu não tivesse uma.
Ele se lançou e a puxou contra seu corpo.
— Você nunca permite que um macho fale?
Ela agarrou os bíceps através de sua camisa, desejando que fosse pele.
— Não quero que diga algo que não vou conseguir aguentar ouvir.
Ele suavemente rosnou, enquanto um de seus braços largava sua cintura e pegava algo de dentro de seu bolso traseiro. Levantou um papel dobrado.
— Sabe o que isto é?
— Não. Suas ordens para retornar a força tarefa? — Era seu melhor palpite.
Ele balançou a cabeça e depois a soltou completamente. Abaixou-se de joelhos na frente dela. Ele lambeu os lábios, suas características ficaram tensas.
— Documentos de acasalamento. Eu os fiz elaborá-lo. Só precisamos assiná-lo. Na verdade é só um papel, mas é um processo menos complicado para nos ligar do que aqueles envolvendo humanos. O mundo lá fora não teria como nos separar.
Suas pernas ficaram semelhantes à borracha e apenas caiu de joelhos na frente dele.
— Empacotei meus pertences porque não havia uma razão para manter num quarto no dormitório dos homens. Quero ficar com você e você está aqui. — Ele limpou a garganta, olhando 176

profundamente em seus olhos. — Vim para te perguntar se quer ser minha companheira e dizer que se concordar, uma casa vai estar disponível para nós logo. Podemos ter uma casa próxima ao meu melhor amigo e sua companheira. Ela é legal e acho que seria uma boa amiga. — Respirou fundo. — Estou te oferecendo tudo também, amor. Eu. Não quero aventuras ou deixar Homeland. Você não está lá e só quero ficar com você.
— Sim. — Assentiu freneticamente, piscando para segurar as lágrimas novamente.
— Estamos ambos machucados. — Shadow de repente sorriu. — Não quero nada diferente disto se significa que tenho você.
— Você me tem. — Ela estendeu sua mão. — Vamos assiná-los. Isto é tudo que precisamos fazer?
Ele sorriu.
— Também devíamos fazer muito sexo posteriormente para celebrar.
Ela conseguiu ficar de pé e soltou a toalha. O olhar de Shadow abaixou, parando em seus seios. A fome sexual afiou suas características, e um grunhido suave de aprovação saindo dele excitou-a.
— Por que esperar? Quero você agora. — Ela sorriu. — Mas há uma coisa que quero fazer.
Ele afastou o foco de seu corpo.
— Diga o que é e será seu.
— Tire seu uniforme primeiro.
Ele colocou o papel na mesa de centro e curvou-se para tirar as botas. Ela sorriu pela sua pressa. Quase caiu de lado, mas depois se endireitou, empurrando as calças. Realmente a queria. As roupas foram retiradas, deixando apenas um homem excitado em pé há alguns centímetros.
Ela abaixou-se de joelhos novamente e ele curvou um joelho para segui-la.
— Não. Fique assim.
Ele endireitou-se e ficou imóvel. Caminhou de joelhos para mais perto.
— Li sobre isto e queria tentar. Pode me parar se não gostar, mas pelo menos permita que eu faça uma vez.
Bela estendeu a mão e embrulhou seus dedos ao redor do seu eixo duro. Ele ofegou com o movimento súbito ou talvez apenas com a sugestão. Ela lambeu os lábios para molhá-los e voltou o olhar para seu sexo. Ele era todo bonito, mas seu pênis a fascinava.
— Talvez deva me sentar. — A voz dele saiu grossa e rouca.
Ela ergueu o olhar, apreciando seu abdômen musculoso, o peito largo, e parou em seu rosto bonito.
— Por quê?
— Você não tem nenhuma ideia do que a sua visão aí faz comigo.
— Diga-me.
— Nunca quis tanto uma fêmea. Dói de necessidade. É uma dor física.
— Você faz o mesmo comigo.
— Você sabe que fêmeas Espécies nunca fazem isto, não é? Embora não possa gozar em sua boca. Poderia te sufocar. Eu atiro sêmen com força. Seria demais.
— Quero apenas brincar um pouco. Você permitirá?
— Você pode fazer qualquer coisa que quiser. Sou seu.
Emoção a inundou.
— Eu amo você, Shadow. Espero que aprenda a me amar também. 177

Ele de repente saiu de seu aperto e agachou-se, agarrando-a por debaixo de seus braços. Foi sua vez de ofegar quando ele a ergueu, virando e invadindo o quarto. Agarrou-se nele.
— O que você...
Quando caíram sobre a cama ele a silenciou. Estavam de lado encarando um ao outro, mas no segundo seguinte a boca dele já estava na dela, beijando-a até tirar-lhe o fôlego. Um deles gemeu — não tinha certeza quem foi — e não importava. A pele quente dele colada contra a dela era incrível.
Ele quebrou o beijo, ofegando.
— Você me ama? — Seu olhar azul a estudou. — Tem certeza?
— Sim.
— Bom. Você me faz muito feliz. Nunca amei antes, mas deve ser isso. Você é tudo que quero e preciso. Você me faz completo e tê-la em meus braços é a coisa mais certa em meu mundo. Cada pensamento envolve em como mantê-la por perto.
— Eu tinha medo que o assustaria se admitisse meus sentimentos.
— A única coisa assustadora seria se você se recusasse a assinar os documentos de companheiros.
— Quer que eu faça isto agora? Deixe-me ir e os pegarei.
— Mais tarde. — Sua boca esfregou na dela. — Há tantas coisas que quero fazer com você. Não consigo decidir qual deve vir primeiro.
— Role de costas. — Ela alargou seus dedos em seu peito, empurrando lentamente. — Você disse que eu podia brincar. Isto está no topo de minha lista.
Ele virou, deitando de costas.
— Serei um bom companheiro.
— Sei que será e eu também. Nós descobriremos isto juntos.
A mão dela roçou ao longo do comprimento de seu pênis, fascinada quando se moveu tremendo lentamente. Havia muito sobre homens que não sabia, mas aprenderia. Seria divertido descobrir tudo que excitava Shadow e ele descobrir tudo o que a excitava.
— Não leio muito, mas assisti muitos vídeos. — Shadow sorriu. — Já ouviu falar de sessenta e nove?
— O número?
— A posição.
— Isto é uma coisa de esporte?
— Hã, não. — Ele lambeu os lábios. — Você brinca comigo com sua boca e brinco com você com a minha. Coloque seus joelhos bem aqui. — Apontou para cima de seus ombros em ambos os lados. — Fique de frente em direção à cabeceira. Você entende?
Seus lábios se separaram em choque.
— Quer que eu abra minhas coxas em cima de seu rosto, enquanto me estico em seu corpo até seu colo?
— Sim. — Ele sorriu extensamente. — Exatamente. Apenas me libere de sua boca quando eu te advertir. Tenho um pressentimento de que não durarei muito. É minha primeira vez. Provavelmente não devia admitir isso, mas somos companheiros. Não guardarei nenhum segredo de você. Somos dois que se tornaram um.
Curiosidade e excitação predominaram sobre qualquer timidez que experimentou. Ele estava certo. Eram companheiros. Ele era dela e ela era dele. Não havia necessidade de esconder qualquer 178

coisa ou desperdiçar tempo ficando envergonhada. Subiu e espalhou suas coxas com cuidado ao colocá-las onde ele queria. Percebeu o quão perto a boca dele ficou de sua vagina.
— Não te sufocarei? — Era uma preocupação sincera para ela.
Suas grandes mãos agarraram seus quadris.
— Não. — Sua atenção foi mais para baixo. — Gosto desta visão. Chegue um pouco mais perto e abra mais suas coxas.
Ela curvou-se, apoiando suas mãos em cima de seus quadris. As mãos dele deslizaram pela parte mais baixa de seu estômago, e os dedos polegares dele abriram seu sexo. A respiração quente abanou-a intimamente, enquanto se acomodava em cima de seu rosto. O primeiro golpe da língua em seu clitóris enviou prazer espalhando-se para cima.
— Eu amo isto.
Ele rosnou, adicionando vibrações na mistura das lambidas lentas que a fizeram sentir dor. Molhou os lábios e ergueu uma das mãos, agarrando firmemente o eixo do pênis grosso. Ele rosnou mais alto ao primeiro toque, sua língua lambendo mais rápido. A sensação era tão boa que ficou difícil de concentrar-se no que queria fazer com ele. Shadow golpeou um ponto repetidas vezes, empurrando-a para um clímax rápido.
Bela amava sorvete e um dos livros que leu sobre sexo, sugeriu que sexo oral com um homem era bem parecido. Esticou sua língua e correu a superfície plana de cima de seu dedo polegar para a ponta do pênis.
Shadow parou rosnando. Aceitou isso como um sinal positivo, no que lhe dizia respeito. Seus quadris mexeram um pouco, a dor para gozar ficando pior. Ele a lambeu novamente, firmemente provocando o feixe de nervos com só um pouco mais de pressão.
Abriu-se mais — ele era grosso, e cuidadosamente o levou para dentro. Sua língua lambeu enquanto encaixava a boca em torno da coroa. O corpo dele ficou tenso debaixo dela, os músculos de seu estômago ficaram tensos. Moveu-se então, levando-o um pouco mais fundo e apertou em volta do eixo, criando uma sucção enquanto se erguia até que ele quase escapou. Abaixou, o gosto de seu doce prazer enquanto a pré-ejaculação frisava a ponta de seu pênis.
Mais gemidos rasgaram dela e percebeu que seus quadris estavam se movendo. Não conseguia parar de mexê-los querendo gozar tanto que doía. Gemeu mais alto, a mão começou a acariciar sua seta, onde não conseguia alcançar com a boca, e Shadow reagiu pressionando seu rosto firmemente contra ela. Dentes rasparam ligeiramente seu clitóris, e arrancou sua boca do pênis dele para gritar, quando o primeiro espasmo de orgasmo rasgou por ela. O medo de mordê-lo forçou-a a parar.
Shadow movia-se rápido o suficiente para fazê-la ofegar quando um joelho se curvou, ele plantou seu pé no colchão e usou força para rolá-la. Suas costas bateram na cama enquanto ainda estava no aperto do orgasmo. Seu corpo quente não mais pressionava contra o dela, e ela abriu os olhos para vê-lo erguer-se e se virar.
Ele desceu sobre ela rapidamente, prendendo-a debaixo dele para que seus rostos quase se tocassem. Um de seus braços apoiou-se próximo a suas costelas para deixar seu peito longe dela, o suficiente para permitir-lhe respirar, enquanto sua outra mão abaixou agarrando-a em cima da parte de trás de seu joelho, e o forçou a curvar-se próximo a seu quadril. Segurou-o lá, abrindo suas coxas o suficiente para ajustar seus quadris entre elas.
Encaixou-se em cima dela olhando fixamente em seus olhos, e depois ela gritou quando ele entrou em seu corpo com uma punhalada lenta, depois de alinhar seu pênis contra a entrada da vagina. Os músculos vaginais apertando em protesto, deixando o encaixe muito apertado enquanto 179

a penetrava, mas estava molhada e pronta para recebê-lo. Os olhos dele quase se fecharam enquanto rosnava. Enterrou o pênis nela e deu pequenos e rápidos impulsos dentro e fora de sua vagina. Ele levou-a ao clímax, pondo-a em sobrecarga sensorial suficiente para se retesar debaixo dele.
— Bela. — ele rosnou e violentamente tremeu.
Despejou uma descarga de calor dentro dela à medida que gozava. Seu rosto abaixou para apertar contra a curva de seu ombro e seus dentes a agarraram lá, as pontas afiadas de suas presas cavaram sua pele, mas não machucou. Ele gemeu ainda gozando, e lentamente mexeu seus quadris contra ela.
As unhas dela cavaram seu antebraço onde tentou agarrá-lo, apenas para ancorar-se com a realidade. Ambos respiravam com dificuldade, os corações acelerados enquanto ficavam deitados lá se recuperando. Ele aliviou a pressão de seus dentes quando ergueu a cabeça.
— Sinto muito.
— Pelo que? — As pontas de seus dedos passeavam nos ombros largos. — Isso foi maravilhoso.
— Eu te peguei com força. — Ele franziu a testa, sem estar feliz.
— Não estou reclamando. Eu gostei.
— Tem certeza?
— Sim. — Ela riu tocando seu cabelo quando as mãos deslizaram mais alto. — Gosto do seu gosto. Qual foi a sensação da minha boca em você?
Ele rosnou e seu sexo dentro dela flexionou onde ainda estavam juntos.
— Muito bom.
— Gosto desse sessenta e nove.
— Vi muitas coisas nos vídeos.
— Sério? — Estava interessada. — O que mais?
Ele mudou de lado, olhando para baixo do seu corpo com interesse agudo.
— Você já se tocou? — Encontrou o olhar dela. — Apreciaria ver.
— Já, mas o que faz comigo é muito melhor. Você podia se tocar para mim, para que eu pudesse ver? — A ideia de ver Shadow acariciando seu pênis novamente era emocionante de uma forma safada que a excitava.
— Sim. — Seu tom ficou rouco. — Nós podíamos fazer isto juntos.
Aquele pensamento a excitou.
— Vendo um ao outro?
— Sim. Sabe o que quero ver você fazer acima de tudo?
— O que?
— Assinar o documento de companheiro.
Ela riu.
— Vamos fazer isto!
Shadow rolou para longe depois de lentamente separar seus corpos, e depressa andou a passos largos para fora do quarto. Ela sentou-se quase agarrando o lençol para cobrir sua nudez, entretanto ela apenas ficou nua. Eles eram companheiros. Não queria esconder nada dele. Gostou de ver seu corpo, e ele pareceu gostar de vê-la. Acasalar era fazer o outro feliz.
— Onde tem uma caneta?
— Na gaveta da cozinha perto da pia. 180

Retornou com o documento e uma caneta, sentou na beira de sua cama, e arrastou a mesa de cabeceira mais para perto. Ele virou a cabeça, sorrindo.
— Venha aqui, amor.
Praticamente rastejou para seu colo, debruçando-se mais contra ele. Cuidadosamente desdobrou o documento para colocá-lo esticado. Ela leu as palavras, lacrimejando.
— Isto diz que nós oficialmente concordamos em pertencer um ao outro, e que temos a aprovação da Organização das Novas Espécies. Estamos prometendo valorizar e cuidar um do outro. — O dedo dela tremia um pouco enquanto o usava para manter o caminho de onde lia. — Diz que ninguém tem o direito de nos fazer viver separados um do outro, e nossa lealdade é primeiro ao nosso companheiro e segundo ao nosso povo. — Ela pausou, olhando para Shadow. — Gostei disso.
— Eu também. Prometo todas essas coisas para você.
— Prometo também. — Ela olhou para baixo. — Diz que temos que jurar fazer o outro feliz e sempre seremos verdadeiros e sinceros um com o outro.
— Nós podemos fazer isto.
Ela segurou seu olhar.
— Sim, nós podemos.
Focou-se no documento e ergueu a caneta, assinando a linha acima de onde seu nome estava impresso em tinta. Piscou, segurando a caneta.
— Sua vez. Você não se arrependerá disto, amor.
— Eu sei. — Ela pegou a caneta e assinou seu nome na linha acima de onde o nome dele estava impresso. Seu coração inchou quando terminou, olhando fixamente para ambas as assinaturas no documento.
— Levarei para o escritório amanhã e eles farão uma cópia dos arquivos oficiais. Nós ficamos com este aqui. Justice disse que é habitual o pôr em uma armação com vidro para protegê-lo de danos, e pendurá-lo em uma parede no cômodo que passamos muito tempo.
Bela pensou por dois segundos.
— No quarto.
— Era isso que estava pensando também. — Pegou a caneta, colocou-a próximo a seu documento de companheiro, e a puxou para seu colo. — Eu amo você, Bela.
— Amo você também. Consegue acreditar nisto? Nós somos realmente felizes.
— Sim. Nós somos. Nós vamos ficar desse jeito. Eu terei certeza disto.
— Você quer me deixar? — O pensamento a deixou gelada.
— Acabei de jurar que não.
— Você quer ir atrás de… — Ela hesitou, sem querer trazer a feiura de seu passado em um momento tão importante.
— Você é minha prioridade. — Ele entendeu o que ela não disse. — Outros cuidarão disto. Ele não pode mais machucá-la. Tudo o que precisamos fazer é nos mudar para nossa nova casa, uma vez que a preparem para nós, e apreciar compartilhar uma vida.
— Vou ser uma ótima companheira. Farei o jantar para você e manterei uma boa casa, mas também quero fazer algo para ajudar nossa sociedade. Quero ensinar outras Fêmeas Presente a abraçar a vida, para que saibam que é possível ter o que nós temos, Shadow.
— Sei que você irá. — Deu um beijo em seus lábios. — Farei você rir e sempre terei muito prazer em voltar para casa para você, depois que terminar meus turnos do trabalho.
— Isso soa maravilhoso. Obrigada, Shadow. 181

— Pelo que? Eu a quero como minha companheira. Deveria estar te agradecendo por concordar.
— Por me dar uma vida real e por deixá-la maravilhosa.
Shadow se sentiu humilde. Não podia acreditar que tinha uma companheira. Bela era mais do que merecia, mais do que já esperou ter, e ela mudou sua vida.
— Eu que estou grato. — ele admitiu. — Nunca verei um raio novamente sem sorrir. Ele me mostrou você e me fez te perseguir.
Ela riu.
— Sem mais corridas durante as tempestades. Não tenho nenhuma razão para fazer algo assim novamente para me sentir viva. Tenho apenas que te tocar.
Eles fariam muito disto. Não podia imaginar manter suas mãos longe dela, e planejava não parar nunca. Uma vez esteve quebrado, mas ela o consertou com seus sorrisos, sua coragem, e sua confiança. Aconchegou-a mais perto, apenas abraçando-a, e fechou seus olhos. Pela primeira vez, tudo estava perfeito. Ele olharia de frente para o que iriam enfrentar, porque enfrentariam isso juntos. Ela era seu coração.

Capítulo 20

Capítulo Vinte 
Bela assistia Shadow com uma sensação de medo e terror, enquanto ele se debruçava e dava um beijo em sua testa. Ele estava deixando-a no dormitório para ir a uma reunião. Embora não parecesse feliz, também não estava expressando muito remorso.
— Estará segura aqui. Você está em casa.
Queria que ele ficasse, mas manteve-se calada.
— As fêmeas vão protegê-la.
— Estou segura em Homeland. — Não estava certa do por que duas mulheres arrastaram cadeiras de seus apartamentos, para se sentar no corredor para olhar sua porta.
— Você está. — Ele endireitou-se. — Apenas me sentirei melhor sabendo que elas estão lá.
— A segurança está firme. Ninguém pode entrar nos dormitórios. Há fechaduras, as janelas são à prova de balas e ninguém pode quebrá-las para entrar. Há até câmeras. As oficiais estão por toda parte se alguém sem autorização se aproximar do edifício.
Ele hesitou.
— Algumas das fêmeas recebem visitas.
— Eles não conseguiriam entrar a menos que alguém abra as portas. Acha que alguns dos homens Espécies são um perigo para mim?
— Não disse isto. 166

— Há algo que não sei?
— Não.
Eles olharam um ao outro. Bela de repente o tocou, a pontas de seus dedos descansaram em seus bíceps. Chegou mais perto, tendo que levantar seu queixo. Ele era realmente alto, algo que tendia a esquecer quando estavam sentados, especialmente quando estava em seu colo e os deixava quase na mesma altura.
— Shadow, está sendo superprotetor. Eu entendo. Quase morreu me protegendo mais cedo. Agradeço isso, mas não estou em perigo. Essa é minha casa.
Ele abaixou a cabeça para ficarem mais próximos e suas mãos encaixaram em seus quadris. — Apenas faça isso por mim, está bem?.
A tensão se dissipou quando ela sorriu, divertida.
— Há muitas coisas que faria por você. — Era divertido provocá-lo. — Ou para você. Está certo de que é isso que quer?
Ela ficou um pouco desavergonhada, seu olhar percorreu devagar o corpo dele, até a frente de sua calça de moletom. Não havia como não notar o quanto ele reagiu fisicamente a sua atenção, quando o contorno de seu pênis ficou notável, ficando mais grosso e maior. Ele a queria tanto quanto ela o queria.
Um grunhido suave a fez olhar para cima. Os olhos de Shadow ficaram sensuais, aquele olhar apaixonado neles era algo que imediatamente identificou. Seu abraço apertou e abaixou mais seu rosto.
— Você está sendo provocadora de propósito.
— Não quero que vá. — Poderia parecer carente em admitir isto, mas era a verdade.
— Continue olhando para mim assim e não irei. — Ele repentinamente a largou e andou para trás o suficiente para quebrar o contato físico. — Tenho que ir. Estão esperando por mim.
— Justice e os outros?
— Sim. Eu ainda tenho que dar um relatório. Preciso fazer isto.
— Posso ir com você? Eles poderiam ter perguntas para mim.
Faria qualquer coisa para evitar ser deixada para trás, se preocupava que não retornasse. Frequentar uma reunião cheia de homens não soava divertido, mas pelo menos ele estaria ao seu lado. Teve uma sensação ruim do termo “O que os olhos não veem o coração não sente.“ Isto poderia se aplicar a ela quando se tratava de Shadow.
De repente ele ficou de joelhos.
— Venha aqui. Seus braços bem abertos.
Depressa ela diminuiu a distância. Gostava quando ele a abraçava firmemente, e envolveu seus braços ao redor dele, enterrando seu rosto contra o pescoço dele. Ele era tão grande e tão Shadow.
— O que está realmente acontecendo? Diga-me.
Hesitou. Os homens não gostavam de mulheres pegajosas. Todo livro que leu a ensinou isso e era exatamente como se sentia. Não queria que ele partisse, tinha medo que acabaria o que começaram, e não queria retornar a sua vida solitária.
— Bela? — Apertou-a mais, não era exatamente uma advertência, mas a mensagem era clara. Não a largaria até que tivesse respostas.
— Não quero perder você. — ela revelou.
Uma das mãos dele deslizou da cintura até sua bunda, agarrando um lado. Apertou.
— É por isso que está me detendo de propósito? 167

Amou a mão dele em seu traseiro, tão perto de outros lugares que queria que a tocasse.
— Sim. Tudo é tão novo. E se não voltar?
Ele a abraçou e enterrou o rosto contra seu pescoço, acariciando-a com o nariz. Inalou seu cheiro, o peito vibrou contra o dela quando suavemente soltou um som sensual.
— Não conseguiria me manter fora de sua cama nem se tentasse, amor. Estou de quatro por você. Acha que qualquer um conseguiria me deixar assim?
— Você está só tentando parecer inofensivo.
Riu e seus lábios provocaram a área sensível debaixo do lóbulo de sua orelha. Sua língua quente, molhada deslizou no mesmo lugar. Os dedos de Bela mergulharam em seu cabelo, segurando-o lá. Ele apertou seu traseiro novamente, mas deslizou aquela mão de volta para sua cintura. Foi desapontador.
— Verdade, mas não é a única razão. Quero que saiba que você me deixa vulnerável.
Ela recuou e ele também até que pudesse ver seus olhos. Honestidade os enchia enquanto os estudava.
— O que isso quer dizer?
— Você só quer a mim, certo?
— Sim.
— Ninguém mais?
— Nunca.
Um sorriso curvou nos lábios dele.
— Também me sinto assim. Você é tudo o que quero. Nós temos muito a discutir, mas no momento estão esperando por mim no escritório de Justice. Não quer que gritem comigo, não é? — Seu tom se tornou provocador. — Aquele macho é assustador quando bravo.
— Ele é. — Sorriu de volta. — Tudo bem. Serei boazinha e permitirei que parta sem te atrasar mais. Só volte depressa.
Ficou sério.
— Não sei quanto tempo levará. Tenho algumas coisas para fazer.
— Horas?
Hesitou.
— Talvez dias. Não tenho certeza. Voltarei e nós conversaremos.
— Certo. — Não tinha nenhuma escolha e ele estava prometendo retornar. Isto é tudo que podia pedir-lhe no momento. — Sentirei sua falta. — Admitir isso colocava seu orgulho em jogo, mas era uma chance que estava disposta a pegar.
— Sentirei sua falta também. — Olhou para seus seios. — Muito.
Riu.
— Volte depressa para mim então.
Um golpe soou na porta.
— Shadow? A Segurança acabou de ligar, perguntando onde você está. — Era Kit, sua irritação clara. — Pare de brincar com a Presente e mova seu traseiro.
Shadow fez uma careta. Bela cerrou seus dentes. Observaram um ao outro com atenção e ela falou primeiro.
— Essa mulher é uma vadia. — sussurrou.
— Eu ouvi isto. — Mova-se Shadow. 168

Ele ficou de pé, largando-a. Um olhar pelo seu corpo o fez dizer um xingamento suave. Bela seguiu seu olhar e sorriu. Passou de meio excitado para totalmente excitado, impressionando com o tamanho. Não havia jeito nenhum de esconder o estado de seu corpo.
Virou-se, caminhou para a pia, e abriu a água. Bela olhava fascinada enquanto ele molhava as mãos, alcançando a parte de trás de seu pescoço, e esfregado.
— O que você está fazendo?
Ele atirou-lhe um sorriso.
— Estou tentando pensar sobre algo além de você estar muito perto de uma cama. — Fechou os olhos, repetiu o processo de molhar atrás do pescoço e finalmente fechou a água. Seu pênis não estava tão duro quando se virou do balcão à vista. — Fique do lado de dentro, voltarei assim que tudo estiver tratado.
— Certo.
Odiou vê-lo partir, mas ficou quieta até que deixou seu apartamento. Kit entrou quando ele tentou fechar a porta. Parou, olhando para ela, depois caminhou quando a felina sorriu depois de intencionalmente olhar para sua virilha.
— Ele não é atraente? — Kit fechou a porta atrás dela, debruçando-se contra ela.
— Você não pode tê-lo. Ele é meu. — Bela fulminou-a com o olhar.
— Quis ter certeza de que você estava bem. Nós ouvimos o que acontecemos. — Kit ficou onde estava. — Nós quase a perdemos para os humanos.
— Sinto muito por tê-la desapontado por isso não ter acontecido.
A expressão da outra mulher ficou séria depois franziu a testa.
— Não sou tão ruim quanto pensa. Não repugno você. Estou contente que esteja segura.
— Eu te irrito. Acha que sou fraca. — Não havia como fingir o contrário. Bela falou o que pensava. — Provavelmente deixaria sua vida mais fácil se eu fosse roubada.
— Isto não é verdade. Tiny e Halfpint teriam chorado e precisariam de cuidado constante se fossem sequestradas. — Kit ruidosamente suspirou, afastando-se da porta. — Realmente gosto de você agora. Mostrou força de caráter quando me enfrentou. Estava sinceramente preocupada com você quando recebemos os relatórios do ataque. Vim até aqui ver se quer conversar com alguém, ou se quer ser deixada sozinha.
Surpresa pela confissão, Bela deu um passo mais perto.
— Obrigada.
— Acho que já vou. — Kit virou, agarrando a maçaneta.
— Kit?
Ela olhou para trás, abrindo-a.
— O que?
— Gostaria que ficasse.
A porta fechou com Kit ainda dentro do apartamento.
— Certo. Está com fome? Eu estou. Acabei de sair do turno. Elas fizeram pizza lá embaixo. Devo ligar para a cozinha para pedir para ser enviada aqui para cima?
— Isso soa bom. Amo pizza.
— Com carne, certo? — Kit fez uma cara estranha. — Elas fizeram uma só com queijo. Por que fariam isto?
— Não sei. — Bela sorriu. — É estranho, não é?
— Nós não somos do tipo vegetarianas. Somos carnívoras. Você pode imaginar, dar a um leão ou um lobo uma maçã para jantar? Eles arrancariam seus dedos pelo insulto. 169

— Verdade. — Bela relaxou, gostando deste lado da mulher normalmente espinhosa. Não assinalou que ela era uma Espécie primata. — Amo carne na pizza.
Kit ergueu o telefone.
— Então comeremos carne. E você pode me dar todos os detalhes do que aconteceu.
Bela assentiu contente de que não estaria sozinha para se preocupar sobre o que possivelmente podia manter Shadow longe dela por dias.
Shadow tomou uma ducha rápida no dormitório e vestiu seu uniforme da ONE para a reunião. Estava quase uma hora atrasado quando chegou. Fury, Slade, Justice e Brass estavam comendo pizza quando entrou.
— Aí está ele. — Justice curvou uma sobrancelha. — Finalmente.
— Tomei um banho e me troquei. — Shadow encolheu os ombros. — Desculpe.
— Nós decidimos comer. — Fury acenou para a comida. — Quer? Ellie fez algumas pizzas extras para eu dividir. — Sorriu para Justice. — Ela também quer dois fornos a mais adicionados na cozinha principal do dormitório. Elas estão cozinhando mais em vez de comerem na lanchonete.
— Quatro não são suficiente? E ainda têm aqueles dentro dos apartamentos. — Slade franziu a testa.
— Fêmeas apreciam cozinhar juntas, em grupo. É uma boa maneira de se criar um vínculo. — Fury olhou ao redor. — Ela os quer. Deixe-a tê-los. — Estreitou seu olhar para Justice. — Não diga não. Desapontaria minha Ellie e a deixaria infeliz. Ela ligará para Jessie e então sua companheira ficará infeliz.
Justice riu.
— Minha companheira é sexy quando está com raiva, mas as fêmeas podem ter os fornos. Não é pedir muito. — Levantou uma caneta e rabiscou em um bloco. — Anotação feita. Cuidarei disso.
Slade assentiu.
— Dois fornos são de longe mais barato do que acabamos de gastar na atualização do equipamento da academia dentro do dormitório dos homens.
— Nós tendemos a quebrar as coisas facilmente. — Brass colocou algumas fatias de pizza fortemente carregadas sobre um prato de papel, e passou para Shadow. — Sente-se. Pegarei um refrigerante para você da geladeira de Justice.
Shadow se sentou, usando parte da escrivaninha grande como uma mesa. A atitude relaxada da sala era bem-vinda. Esperou raiva depois de fazê-los esperarem. Deu uma mordida quando a reunião oficialmente começou.
— Breeze ligou com os detalhes do que aconteceu na cabana. — Justice informou. — Ela ficou presa no Centro Médico, então nós fizemos uma conferência telefônica com ela. O que aconteceu na floresta depois que você a deixou?
— Breeze está bem?
Fury assentiu.
— Não está gostando de ter que descansar por alguns dias, mas o jovem Dr. Harris insistiu que recebesse as drogas curativas. Isto diminuirá a chance do ferimento ficar com cicatrizes. Precisam vigiá-la enquanto está com o medicamento. Os machos não são os únicos a ficarem agressivos. Estou contente que fique lá em vez daqui. Odiaria ser seu enfermeiro.
Brass riu, dando a bebida para Shadow antes de se sentar no sofá. 170

— Melhor eles do que nós. Ela é uma fêmea maravilhosa, mas me sinto mal por Destiny. Breeze o deixará irritado só por diversão.
Fury riu.
— Obsidian não o quis em nenhum lugar próximo de sua companheira depois do que aconteceu.
— O que aconteceu? — Shadow olhou em torno da sala.
— Você iria querer outro macho ao redor da sua fêmea, se ele deixasse claro que a queria também?
Isto disse o suficiente.
— Entendido. — Shadow abriu e bebeu o refrigerante. — Segui os humanos depois que deixei à cabana. Eles tinham encurralado Bela depois de levá-la do quarto de cima. Removi suas armas e eles foram presos.
Brass bufou.
— Um dos humano que você atacou ainda está em cirurgia. Os médicos não conseguiram salvar uma de suas bolas. Você a esmagou.
Shadow lembrou-se do mercenário que derrubou. Não sentiu nenhum remorso. Não disse nada.
— Fiquei surpreso que ainda estejam vivos. — Fury deu-lhe um olhar de compreensão. — Eu os teria matado.
— Bela estava observando. — Não mentiria. — Ela viu violência o suficiente. Eu os queria mortos, mas não estava disposto a fazer isto na frente dela.
— Estamos contentes que estão vivos. — Justice inclinou-se. — Eles sabem como localizar Douglas Miller. Tim está interrogando aqueles que capturamos. Miller está no Afeganistão. Eles o entregaram facilmente.
Brass riu.
— Bestial pode ter tido algo a ver com isto. Ele entrou nas celas com Tim para persuadi-los a serem agradáveis. Tim é bom em intimidação, mas não tão convincente quanto um macho Espécie enfurecido. Eles tendem a acreditar que nós os comeremos vivos.
— Verdade. — Justice hesitou. — Nós também temos uma pista de quem poderia estar por trás da droga dada para Moon, mas estão inseguros de como exatamente Miller a adquiriu. Nós saberemos uma vez que o humano for pego.
Raiva encheu Shadow.
— Não temos autorização para ir para o Afeganistão.
— Sorte nossa nós conhecermos alguém lá. — Justice segurou seu olhar. — Jessie tem um irmão que trabalha para uma firma de segurança privada, que protege trabalhadores Americanos. Dei um telefonema. Ele foi compreensivo e está juntando uma equipe. Levará algum tempo, mas Jake capturará Douglas Miller e o retornará aos Estados Unidos. Eles entregarão o bastardo para nós assim que forem capazes.
— Quero estar lá. — Shadow queria matar o molestador de Bela pessoalmente.
— Não. — Justice balançou sua cabeça. — Precisamos dele vivo. Ele tem que nos dizer exatamente o que fizeram com Moon e nos dizer onde conseguiu a droga.
— Ele abusou de uma Fêmea Presente. — Shadow não iria deixar isso para lá. Não descansaria até o bastardo não ser mais uma ameaça para Bela. — Enviou mercenários para a Reserva atrás dela. Ele é muito perigoso para ter permissão de viver. 171

— Ele sofrerá pelos seus crimes, mas morte não é a resposta. — Justice rosnou. — Calma agora. A Presente não é a única vítima que ele prejudicou. Espécies foram machucados quando aquela equipe atacou a Reserva, e Moon ainda está selvagem. A droga não se dissipou. Cada hora que passa o prejudica mais. Os médicos e especialistas que chamamos concordaram com isto. Eles estão tentando identificar a droga freneticamente, mas até agora não conseguiram. Nenhum dos tratamentos está funcionando para acalmá-lo e devolve-lo ao seu estado natural.
Isso remoeu o âmago de Shadow, por deixar Douglas Miller vivo. Ele não merecia respirar pelo que fez com Bela. Ele a manteve presa em correntes e forçou seu corpo no dela. Quanto mais pensava sobre isto, mais enfurecido se tornava.
— Calma. — Brass ordenou, o olhando com preocupação. — Nós entendemos, mas a morte é muito rápida. Ela sofreu muito. Por que não tornar os dias dele infernais? Você entende? O irmão da companheira de Justice achará Douglas Miller. Pode levar algumas semanas já que a situação lá
está ruim, mas ele o capturará. Conheci Jake quando veio para uma visita para conhecer Justice. Ele é um humano durão com características predatórias. Encaixaria-se com a força tarefa se desejasse. Você gostaria dele.
— Não me importo se gostaria dele ou não. É meu dever buscar vingança por Bela.
As sobrancelhas de Brass levantaram.
— Entendo.
— Ela é minha. — rosnou ainda furioso. — Ele a forçou a se submeter a sexo e a machucou. Ele a chamava de Lixo. — Sua ira aumentou. — Mantinha-a longe dos raios do sol e a expôs para humanos vis que ameaçaram machucá-la. Não quero que ele sofra. Eu o quero realmente no inferno depois que tirar sua vida.
Brass lentamente se levantou.
— Você está profundamente ligado a ela.
— Sim. — Shadow não negaria isto.
— Tão rápido? — Brass pareceu cético.
— Não leva muito tempo. — Justice ponderou. — Confie em mim nisto, meu amigo. Passei algumas horas com Jessie, e ela já estava profundamente integrada debaixo da minha pele.
Slade grunhiu.
— Ou alguns minutos. Despertei em um hospital depois que fui libertado da Mercile com um anjo que se debruçava em cima da minha cama. Eu a prendi debaixo de mim em segundos, pronto para reivindicá-la como minha. Eu a quis imediatamente e nunca pararei de querer Trisha. Ela é minha companheira. A atração era tão forte. Quase a perdi mais tarde entretanto, porque não percebi que era a mesma mulher quando nos encontramos novamente.
Shadow ficou boquiaberto para ele.
— Ela tingiu seu cabelo de outra cor e eu estava bem drogado no momento. As lembranças que tinha dela foram afetadas. — Slade sorriu. — Sabia que minha atração era excepcionalmente forte quando encontrei aquela pequena médica tagarela. Apenas não juntei os fatos até que ela admitiu quem era.
Shadow afastou o prato, perdendo o apetite.
— Preciso fazer algo.
— Fique com sua fêmea. — Justice suavemente persuadiu. — Confie em mim nisto. Essa é a única cura para a ira que sente. Ajude-a a se curar do dano mostrando-lhe todas as coisas que perdeu quando estava em cativeiro.
Shadow considerou isto. Olhou para Brass. 172

— Tim quer que eu retorne a equipe. Sou necessário lá, mas Bela não conseguiria viver na sede. Não posso voltar a trabalhar com a força tarefa.
Brass pareceu chocado.
— Está implicando que ela iria querer viver com você. Está falando em se acasalar com ela? Como ela se sente sobre isto?
— Nós precisamos conversar sobre isso ainda. — Seu peito apertou com a perspectiva dela recusar-se a aceitá-lo permanentemente. — Ela admitiu que sou o único macho que quer. Nós concordamos em não compartilhar sexo com outros.
— Ellie e eu discutimos sobre as Presentes extensivamente. Elas são diferentes das nossas outras fêmeas, que tendem a rejeitar acomodarem-se com um macho. — Fury declarou silenciosamente. — Elas aprenderam a se protegerem contra qualquer vinculo com os machos, para evitar estarem emocionalmente incapacitadas quando eram levadas para diferentes machos para as experiências de procriação. Mas Presentes passaram a maior parte do tempo sozinhas sem vínculo nenhum. Não tiveram uma oportunidade de formar nenhum laço, já que apenas seu molestadores tinham acesso a elas. É possível que possam ficar felizes sem se acasalar com um macho. — Ele silenciosamente observou Shadow. — Você é o primeiro com quem uma Presente quis interagir. Ela deve sentir algo forte por você.
— Você compartilhou sexo com ela? — Slade curvou uma sobrancelha.
— Não me sinto confortável discutindo isto.
— É relevante e eles compartilharam sexo. — Justice anunciou. — Breeze confirmou reservadamente antes que eu trouxesse todos para a conferência telefônica com ela. Breeze declarou que Bela lidou com a experiência de forma positiva.
Shadow odiou o modo como todo mundo sorria para ele.
— Já chega. — Ele ficou ligeiramente envergonhado.
— Acho que seus medos são injustificáveis. — Brass provocou.
— Não discutirei isto.
— Quer se acasalar com ela? — Justice cruzou seus braços em cima de seu peito.
— Planejo discutir isto com Bela. Eu quero. — Respirou fundo. — Nós precisamos de moradia longe dos dormitórios. Queria viver próximo a Wrath e Lauren.
— Concordo. — Justice levantou sua caneta.
— Gostaria de ter documentos de nossa união.
Justice olhou para cima para olhar para Shadow.
— Nós só usamos com humanos. É uma questão legal por seus direitos, e para protegê-los tornando-os oficialmente Espécies.
— Companheiros têm documentos. — Shadow recusou a recuar. — Quero que isto seja oficial se Bela concordar. Ela merece saber que estou falando sério.
— Nós podíamos inventar algo. — Fury interviu. Sorrindo para Justice. — Não é? Ellie tem nossos documentos de união emoldurados em nosso quarto.
Justice sorriu de volta.
— Nós podíamos fazer isto. Jessie pendurou o nosso no escritório em casa.
— Assim que Bela estiver fora de perigo, planejo pedi-la em casamento. — Shadow pegou a pizza. Ele devia comer.
— Por que esperar? — Slade pausou. — Não há nada que possa fazer agora. Não vai retornar a força tarefa, já que uma Presente não deve viver na sede. Há muitos machos humanos, e não iria 173

querer deixá-la desprotegida perto deles. É difícil trabalhar se você se recusar a deixar seu quarto. Douglas Miller será pego, mas você não será parte disto. Sua prioridade é Bela.
— Sei que ela é. — Ainda queria discutir o futuro do molestador de Bela, mas estava claro que o assunto já havia sido decidido. Ele não teria permissão para matar o bastardo. Não se sentia bem com isto, mas aprendeu a receber ordens. — Há a questão do membro da equipe que ativou meu rastreador de emergência, e deu para aqueles mercenários as coordenadas para localizar Bela. Tim me prometeu que iria me permitir ter acesso a ele.
Os machos olharam de um para o outro. Justice falou primeiro.
— Tim não devia ter feito isso, mas sabemos quem fez isso. Foi Chad, o responsável pelas comunicações da equipe. Ele estava tendo problemas de dinheiro depois de um divórcio, e foi assim que chegaram a ele. Você não tem permissão para matá-lo, mas vamos apenas dizer que eu não te castigaria se seus punhos acidentalmente fizessem contato com seu corpo algumas vezes. Tenho uma companheira e não te impediria de ter uma pequena vingança. Só não o incapacite por toda vida. Ele passará o resto dela como um convidado em Fuller. Nós não matamos nossos inimigos quando não precisamos. Somos melhores que eles.
Shadow considerou aquelas palavras. Elas faziam sentido, mas ainda dormiria melhor à noite sabendo que o abusador de Bela estava morto. Também teria que se conformar com a oferta de Justice, de só machucar o membro da equipe que arriscou a vida de Bela. Não significava que tinha que gostar.

Capítulo 19


Capítulo Dezenove 
A pior coisa que poderia acontecer para Bela aconteceu. Desejou que um buraco abrisse debaixo dela e a fizesse desaparecer, quando chegaram à área de aterrissagem do helicóptero. O membro alto da força tarefa que ela avistou estava conversando com outro, então Shane virou a cabeça. O reconhecimento apareceu nas suas feições enquanto ele sorria.
Não, silenciosamente implorou, abaixando o olhar. Não tente conversar comigo. Por favor!
Olhou para o chão, para as mãos, até mesmo sua camisa. Shadow foi falar com o piloto, deixando-a sozinha. Botas militares aproximaram-se até que pararam mais ou menos um metro de distância. Sabia que era Shane. Seu coração apavorou-se dentro do peito.
— Bela? Uau! Você parece fantástica. Bem, com exceção da contusão em seu rosto.
Teve que olhar para cima, mas temendo. O caroço dentro de sua garganta pareceu grande, mas tinha que falar. Caso contrário ele iria provavelmente ter pena dela depois do trauma que sofreu. Era importante mostrar-lhe que não era a mulher apavorada, delicada que ele ajudou a salvar. Seu olhar ergueu para ver um rosto que desejou nunca ver novamente.
— Oi Shane.
— Você se lembrou do meu nome? — Seu rosto corou. — Isso significa muito para mim. Sempre esperamos que seja uma faca de dois gumes, mas é tão traumático quando entramos. Nós meio que imaginamos que somos só um borrão na memória.
— Não entendo.
— Sabe, todo Espécie que libertamos é um triunfo para nós. Devolver a alguém sua vida, faz este trabalho valer todas as coisas ruins com que lidamos. Lembramo-nos de todos, mas não estamos certos se aqueles que salvamos se lembram de nós.
Desejou que pudesse esquecer pelo menos uma parte daquela noite terrível.
— É algo que sempre lembramos também.
Seu olhar varreu de cima abaixo em seu corpo.
— Você realmente parece bem. — Ela corou mais. — Não quis dizer do jeito que soou. Apenas significou que está saudável agora. Você ganhou peso. Não que esteja dizendo que está gorda ou qualquer coisa. — Apressou suas palavras. — Droga. Minhas irmãs chutariam meu traseiro. Estou pondo meu pé em minha boca. Estou só dizendo que parece bem e saudável. Perfeita. Sim. Certo, acabei. Tirando o pé da boca.
Ela quase riu. Ele parecer mais nervoso do que ela a fez relaxar um pouco. Um sorriso tocou em seu lábio.
— Não me ofendi. Sei o que quis dizer. É espantoso como um pouco de comida e banhos fazem alguém parecer melhor.
— Sim. Você era tão magra. — Ficou sério. — Você está bem? Quero dizer, além do que aconteceu aqui? Todos nós sabemos sobre os mercenários entrando para pegá-la. Está feliz com a ONE e estão cuidando bem de você?
— Estou feliz e estão cuidando de mim. — Ela engoliu em seco. — Um, há algo que preciso dizer.
Ele mudou de posição.
— Claro. Tudo bem.
Levou alguns segundos para trabalhar a coragem, mas conseguiu. 160

— Realmente sinto muito por, um, você sabe… — Tentou dizer, mas falhou em tirar todas as palavras. — Pelo que fiz ou tentei fazer na noite… — que fiz papel de boba quando quase implorei que fizesse sexo comigo, pensando que seria um Mestre melhor e me protegeria do meu antigo.
Ele corou novamente e olhou para baixo antes de encontrar seu olhar.
— Não sei do que está falando. Não tem nada para se desculpar. — Entretanto, entendimento brilhou em seu olhar. — Nada. Nem sei do que você está se referindo.
Lágrimas ameaçaram derramar. Ele estava sendo tão bom com ela. Rapidamente piscou. Talvez se desculpar com ele pararia os pesadelos. No mínimo podia ganhar sua dignidade de volta. — Não sabia de nada, mas sei agora. Obrigado pelo que fez naquela noite, e por ter me protegido da minha própria ignorância. Você podia ter se aproveitado, mas não se aproveitou.
A mão dele levantou e lentamente tocou em seu braço, cuidadosamente olhando para ela primeiro para ter certeza de que não recuaria. Os dedos mornos suavemente apertaram seu antebraço.
— Ei, sem preocupação. Foi um engano sincero depois de tudo o que passou, e não tem nada para se desculpar. — Ele assentiu. — Nunca. Certo? Apenas estou contente que conseguimos tirá-la de lá, e sinto muito por tê-la furado com uma agulha. Senti-me mal por isto.
— Você não teve escolha. Eu pirei. Era a coisa certa a fazer.
— Obrigado.
— Tire sua mão dela. — Shadow rosnou.
Bela virou e mal foi capaz de saltar em sua direção quando ele tentou atacar Shane. Temeu que fosse jogá-la em sua pressa de atacar o outro homem. Seu rosto torceu em uma máscara de ira. Se o tom assustador de sua voz não fosse uma pista suficiente de sua intenção, as presas que revelou em ameaça eram.
— Pare!
— Ele estava te tocando. — Shadow nem sequer olhou para ela, ao invés disso continuou a encarar o membro da força tarefa. — Não faça isto. — advertiu, não mais falando com ela. — Arranco sua mão e te faço comê-la.
Bela suavemente empurrou seu peito largo, tentando fazê-lo andar para trás.
— Shadow! Pare com isto!
Ele olhou para baixo então.
— Ele não tem permissão para tocar em você. E ele estava!
— Esse é o homem que me protegeu das balas do atirador na noite que fui libertada.
A cabeça de Shadow levantou e rosnou, tentando alcançar seu objetivo novamente. Bela foi arrastada e poderia ter caído se não tivesse agarrado muito firmemente. Ele parou de tentar caminhar quando não conseguiu se libertar sem machucá-la. Sabia que Shadow lembrou-se da sua história vergonhosa, sobre o que fez com Shane naquela noite. O Espécie bravo pareceu com intenção de bater em Shane.
— Shadow! — Ela usou sua voz mais dura.
— O que? — Ele rosnou, seu olhos estreitando para ela.
—Acalme-se. — Seu tom suavizando. — Estávamos conversando até você rudemente interromper. Estava me desculpando por confundir suas intenções, e ele estava gentilmente não permitindo que me sentisse culpada. Ele só estava me confortando. Não é como você pensa.
Shadow piscou e um pouco da raiva enfraqueceu.
— Ele não devia tocá-la.
As mãos dela aliviaram seu aperto de morte nele. 161

— Não havia nada inapropriado nisto.
Ele a estudou cuidadosamente.
— Tudo bem. O helicóptero está preparando para partir. — Um olhar de advertência foi dirigido a Shane. — Estarei logo ali. — Pausou. — Olhando para que não a toque novamente. — Suas mãos ergueram-se para se livrar gentilmente do aperto de Bela.
Ela o deixou ir e ele caminhou mais ou menos uns três metros e virou-se. Braços cruzados em seu peito volumoso enquanto olhava para Shane. Sério que iria observá-los? Hesitou antes de virar-se. Shane empalideceu consideravelmente pela confrontação e recuou o suficiente para pôr mais espaço entre eles.
— Ele é protetor. — Manteve a voz baixa. — Obrigada.
— Sem problemas. Talvez eu deva pegar o próximo voo. — Deu outro passo para trás, dando um olhar nervoso para Shadow. — Eu teria que voltar para Homeland de helicóptero com minha unidade, mas de carro parece bom. Estou certo que há um carro de aluguel na cidade.
— Está tudo bem. Não deve ter este trabalho. — Olhou para trás para achar Shadow ainda os observando furiosamente. — Pare com isto. Diga-lhe que pode dividir o helicóptero.
Ele hesitou, entretanto encolheu os ombros.
— Certo. Você se senta do outro lado, não do lado dela.
— Você é quem manda Shadow. — Shane apressou-se. — Foi bom vê-la de novamente, Bela.
Bela assistiu o membro da força tarefa fugir, dando um amplo espaço para o Espécie raivoso. Ela não estava certa se devia ficar irritada ou lisonjeada que Shadow fosse tão protetor. Distraiu-a de seu embaraço com Shane. Shadow descruzou os braços, aproximando-se dela.
— Vamos. Coloquei nossas malas no helicóptero. Os oficiais as recuperaram da cabana. Eles estão prontos para partir.
— Você está bem?
Ele piscou.
— Shadow, aquilo foi inocente.
— Não gosto de ninguém te tocando.
Ele era um homem. Macho, corrigiu. Espécies não eram exatamente homens comuns. Breeze advertiu que Espécies podiam ser possessivos. Estava começando a entender isto agora. Shadow realmente teria atacado Shane se não entrasse em seu caminho.
— Entendo. Tentarei me lembrar disto se houver uma próxima vez. Até parece que tem muitos homens ao meu redor.
Outro membro da força tarefa juntou-se a eles. Bela o reconheceu e sorriu. Trey Roberts sorriu enquanto apertava o ombro de Shadow.
— Estou contente que ainda esteja vivo, amigo. Ouvi que lutou bastante. Aposto que não me odeia tanto agora por toda aquela prática de tiros que te fiz fazer.
A atitude da Shadow mudou enquanto sorria.
— Não. Ainda me ressinto das horas que gritou comigo, mas sei que precisava daquilo. — Esticou o braço e enlaçou uma mão na cintura de Bela e a puxou em uma posição protetora contra seu lado. — Essa é Bela.
Trey olhou entre eles.
— Nós nos conhecemos. É bom ver você novamente, Bela. — Ele pôs as mãos nos quadris. — Estava lá quando ela foi salva. Está pronto para voltar, Shadow? A equipe sente sua falta. Sei que disse que voltaria no final da semana que vem, mas certamente podíamos usá-lo agora. 162

Bela ouviu as palavras e dor espetou seu coração. Ele está voltando para a força tarefa? O olhar foi para o rosto de Shadow, mas ele ainda estava sorridente para seu amigo. Diga-lhe que não, silenciosamente pediu. Não podia perdê-lo. Ele viveu fora de Homeland quando trabalhou com a força tarefa. Significaria que nunca iria vê-lo, ou muito raramente.
— Prometi a Wrath que passaria algum tempo em Homeland. — Shadow encolheu os ombros. — Ele acha que precisamos nos conectar com nosso povo. Tem sido bom conhecê-los e viver com minha espécie.
Mais uma descarga de dor atravessou seu coração. Nem ao menos a mencionou. Isso significava que não era importante para ele? Seu foco caiu para o chão no caso dele olhar para ela. Não queria que visse como suas palavras machucavam.
— Bem, nós sentimos sua falta. — Trey largou sua mão, andando para trás. — Nós temos alguns brinquedos novos que acho que gostaria. Aposto que sente falta da ação.
— As coisas são mais lentas em Homeland.
Trey riu.
— Ouvi que eles te colocaram para patrulhar o interior. Aposto que é chato. Espécies não causam muitos problemas. Deviam ter te atribuído aos portões onde a ação acontece.
— Fury decidiu que eu apreciaria não ter que lidar com humanos depois de viver entre eles.
— Sim, somos uns bastardos chatos, não é? — Trey riu e bateu levemente no ombro de Shadow novamente, enquanto Bela olhava para cima. — Volte logo. Fizemos algumas melhorias nos quartos. Acho que realmente vai adorar os novos apetrechos. Os quartos foram aumentados assim como os banheiros. Quero me mudar, eles parecem tão legais. Tim até adicionou novas TVs de tela grande e colocou geladeiras próximas a elas, assim você não tem que caminhar para a cozinha para pegar seu refrigerante.
— Isso soa legal.
Muito legal, concluiu. A preocupação a incomodou que sua relação estava acabada antes de realmente ter iniciado. Eles estavam fazendo sexo. Isso não significou nada para Shadow? Era um compromisso para ela, mas ele poderia não ver isto desse jeito. Partiria seu coração se ele fosse embora.
— Tim se sentiu mal por Lauren ter que viver em quartos tão grosseiros. Você sabe que sua filha é acasalada com um Espécie. — Trey desviou o olhar e acenou para alguém. — É hora de ir. Instale-se e ligue amanhã para me dizer quando vai voltar. Só não me ligue muito cedo. Seu substituto está me enlouquecendo. Graças a Deus que é só temporário. Ele rosna frequentemente e não entende por que estou enchendo o saco dele para seu próprio bem.
— Felino? Eles não recebem ordens muito bem.
— Não. Ele é canino. — Trey foi embora.
— Vamos. — Shadow puxou sua cintura.
De boa vontade foi com ele, sua mente dando piruetas. O que significaria se ele voltasse para trabalhar com a força tarefa? O fim de verem um ao outro? Possivelmente a convidaria para viver com ele fora de Homeland? O conceito deixou-a se sentindo fria por dentro. De jeito nenhum poderia viver ao redor de um monte de humanos e se sentir segura depois da vida que levou. Confiava nos homens Espécies, mas poderia relaxar em volta dos homens com quem Shadow trabalhava? Ela duvidava muito disto. Um deles já traiu a ONE.
Shadow a deixaria sozinha dentro do quarto deles enquanto trabalhava. O medo agarrou-a só de considerar que alguém da equipe teria acesso a ela na sede da força tarefa. Eles podiam ser semelhantes aos guardas que uma vez a atormentaram. Shadow acabaria matando alguém se isso 163

acontecesse. Ele nem gostou de Shane tocando em seu braço. Realmente enlouqueceria se alguém a abordasse para sexo.
Não haveria nenhuma outra mulher ao redor para faz companhia. Não haveria nenhuma Espécie protetora para certificar-se que ninguém a aborreceria. Mesmo que às vezes a aborrecessem, aquelas mulheres também eram reconfortantes. Perderia acesso a suas amigas. Não seria só uma viagem curta para a Reserva, para ficar em uma cabana se vivesse com Shadow. Sua intranquilidade aumentou. De jeito nenhum seria possível que deixasse as terras da ONE.
O helicóptero era barulhento e um pouco assustador enquanto Shadow a colocava em seus braços, e instalou-se do lado de dentro. Alguns da equipe já estavam acomodados, mas se mantiveram em um lado do interior. Shadow a seguiu, teve que abaixar a cabeça, e a guiou para um assento. Permitiu-o colocar o cinto nela, enquanto acomodava-se ao lado dela até que estavam quadril com quadril, coxa com coxa. Um braço enganchou em volta dela, trazendo-a mais para perto.
Sentia-se segura dentro de seu abraço. Shadow sempre tinha uma maneira de diminuir seu medo. Eles precisam conversar sobre o que ele planejava fazer com a força tarefa. Era impossível discutir o assunto no helicóptero. Teria que esperar até que estivessem sozinhos. Bela decidiu que provavelmente esse iria ser o passeio mais longo de sua vida. Seus olhos fecharam enquanto se debruçava contra Shadow, esperando por ele, com medo que o tempo deles juntos pudesse terminar logo.
Eu amo Shadow e perdê-lo vai me despedaçar, admitiu, lutando contra as lágrimas.
Shadow sabia que algo estava errado. Os dedos de Bela cavaram em seu braço através da camisa reserva, que pegou depois que Trey jogou para ele. Abraçou-a mais apertado quando se curvou nele. Voar poderia apavorá-la, algo que sabia como era, pois não apreciava também. Teve que se ajustar enquanto trabalhava com a força tarefa, pois voos faziam parte do trabalho.
Seus amigos na equipe de repente pareciam ameaçadores. Eles não prejudicariam Bela. A parte sensata de sua mente sabia disso, mas seus instintos protetores estavam chutando seu traseiro. Os homens estavam muito próximos e o cheiro do medo dela o enlouquecia um pouco. Resistiu encará-los e rosnar. Alguns sorriram quando ele pegava seus olhares, quando tinha certeza de que não representavam nenhum perigo para Bela. Forçou seus lábios a se curvarem, mas os manteve fechados, escondendo suas presas afiadas. Não era culpa deles que ela tinha medo de machos.
Não gostou de Shane tocando em Bela, mas acreditou ter sido inocente. Claro que levou tempo para controlar sua raiva. Seu companheiro de equipe era calmo e falava bem das fêmeas. Tinha muitas irmãs das quais falava frequentemente. Shadow viu centenas de fotografias delas, o macho orgulhava-se de sua família. Shane não era uma ameaça para Bela.
Inalou, a doçura de seu medo um pouco diluída. Trey pegou sua atenção, uma lembrança de que era esperado para retornar para a força tarefa. Isso significaria deixar à fêmea que tinha. Não conheciam um ao outro há muito tempo, mas não conseguia imaginar apenas ir embora. Eles concordaram em compartilhar sexo e ela queria apenas a ele, mas não estava certo por quanto tempo ela iria querê-lo por perto. Odiaria perder sua posição na força tarefa, se ela planejasse dizer-lhe para cair fora. Estava sentindo emoções profundas no que dizia respeito a ela, e estavam apenas ficando mais fortes. Precisavam conversar.
Primeiro, entretanto, teria que se encontrar com Justice e os outros machos Espécies. Douglas Miller ainda representava uma ameaça para Bela. Não era aceitável, tê-lo lá fora 164

conspirando mais tentativas de prejudicar Espécies, e ainda ter o filho da puta tentando recapturar Bela.
Ela ficaria mais segura dentro do dormitório das mulheres, enquanto frequentava aquelas reuniões. Estava situado quase no centro de Homeland e eles corrigiram falhas no projeto do edifício depois de um ataque anterior. Exigiria que um grupo de fêmeas fosse atribuído para protegê-la por turnos também.
Por mais que não quisesse deixar Bela, precisava. Queria opinar sobre o que iria acontecer para mantê-la segura. Podia ser mais útil trabalhando com a força tarefa para eliminar a ameaça que segurando a mão dela. Até teria que colocar de lado seus planos para pegar o membro da equipe que deu aos mercenários sua localização para ajudá-los a chegar até a Presente. O macho morreria pela sua traição e por colocar Bela em risco de ser devolvida ao seu molestador.
Eles teriam que trabalhar nessa relação depois do perigo passar. Esperava apenas que ela quisesse que ele fizesse parte de sua vida. Largá-la seria quase impossível. Tudo dentro dele doía de um jeito ruim com a perspectiva de dizer adeus. Seu tempo juntos foi curto até agora, mas esperava mudar isso para algo permanente.
Companheira. Esta palavra fez coisas estranhas ao seu coração. Batia irregularmente e percebeu o quanto queria que ela sempre fosse dele. Dormiriam juntos toda noite e acordaria com ela em seus braços. Nenhuma incerteza estava presente quando investigou seus sentimentos. Queria isto, com ela. Ficariam mais íntimos e experimentaria a felicidade que Wrath descobriu com Lauren.
Bela se aconchegou mais apertado contra seu peito, e ele ajustou seu corpo para deixá-la mais confortável. Parecia certa em seus braços, e perfeitamente ajustada lá. Era onde ela pertencia. Sorriu, e seu olhar estudou os machos novamente para qualquer sinal de ameaça.
Trey piscou sorrindo, mas Shadow reconheceu o desejo refletido nos olhos do macho. Ele mesmo sentiu isto, quando via Wrath com Lauren. Era o desejo sincero de ter um vinculo profundo com uma fêmea. Wrath foi sortudo em achar isso, e agora Shadow tinha Bela. Nunca iria afastá-la novamente por causa do medo causado pelo dano que uma vez sofreu. Não permitiria que seu passado arruinasse sua chance de ter um futuro.
Teria que falar com Slade, Fury e Justice sobre as condições de moradia se Bela concordasse em ser sua companheira. Não podiam viver muito bem nos dormitórios. Precisavam de seu próprio espaço. Talvez pudessem ser atribuídos a uma casa próxima a Wrath e Lauren. Realmente gostou dessa ideia. Bela teria uma amiga por perto e seria mais seguro se ambos, ele e seu melhor amigo, estivessem próximos para proteger as companheiras um do outro.
O conceito se firmou enquanto os quilômetros passavam. Lauren e Bela eram ambas naturalmente meigas e se dariam bem. Acariciou as costas de Bela distraidamente, apreciando a liberdade de tocá-la. Não conseguia se cansar do quão maravilhoso era a sensação de tê-la tão perto. Apenas desejava que estivessem sozinhos. Um beijo seria melhor… ou tirar as roupas dela. A necessidade de inspecionar cada centímetro de seu corpo era profunda, só para certificar-se que não estava machucada. Adoraria beijar cada contusão ou arranhão que descobrisse depois faria amor com ela.
Seu pênis se encheu de sangue e se mexeu no banco para fechar suas pernas, mantendo sua ereção presa. A calça de moletom era folgada, por isso não usava nenhuma roupa íntima. Arrependimento veio por não ter aproveitado o tempo para tomar banho e mudar de roupa enquanto estavam no Centro Médico. 165

Conseguiria encontrar Douglas Miller depressa e eficazmente para livrar Bela dessa ameaça. Não havia nenhuma outra opção. Enquanto o macho permanecesse vivo e livre, ele usaria seus vastos recursos para continuar enviando mercenários atrás dela, e pagando aos médicos da Mercile para recriar drogas para machucar seu povo.
Também seria bom destruir o macho que machucou sua Bela. Rosnou baixo em sua garganta, incapaz de conter a raiva. Bela deve ter sentido a vibração que causou dentro de seu peito, porque sua cabeça levantou e seus bonitos olhos marrons olharam para ele interrogativamente.
Sorriu, assegurando-lhe que estava bem. Acariciou por sua espinha abaixo e curvou suas costas um pouco para indicar que deveria descansar, enquanto o voo estava em desenvolvimento. Não podiam conversar. O som estava muito alto sem os fones. A equipe inteira ouviria cada palavra se falassem através deles.
Ela entendeu sua mensagem muda e relaxou contra ele. Shadow fechou seus olhos, contente só de abraçá-la enquanto fazia planos. Uma vez que tivesse certeza que Bela estava segura, podia pedir para que fosse companheira dele. Se ela dissesse não, só teria que convencê-la. Não iria usar sedução. Todos aqueles malditos vídeos ao qual foi forçado a assistir, enquanto seu sêmen era roubado o ensinou uma coisa ou duas sobre o que fêmeas apreciavam.
De uma forma ou de outra, convenceria Bela a ficar com ele para sempre.

Capítulo 18

Capítulo Dezoito 
O Centro Médico tinha se transformado em um burburinho de atividade desde que Shadow saiu na véspera. Os oficiais carrancudos estavam esperando para serem visto pela equipe sobrecarregada. Shadow levou Bela para o lado de dentro, caminhou para o balcão da frente, e rosnou para o enfermeiro humano atrás dele.
— Ela foi espancada e precisa ser vista.
— Pegue um número. — o macho aflito suspirou olhando para Bela. — Ela parece bem para mim, além da contusão. Ambos os doutores estão realmente ocupados agora. Estão remendando aqueles mercenários e temos oficiais feridos.
Shadow rosnou.
— Ela é mais importante que os humanos que nos atacaram.
Os olhos do enfermeiro alargaram enquanto recuava.
— Entendo e concordo com você, mas estamos em modo de triagem. Quer dizer que os mais críticos são vistos primeiro.
Outro macho foi para trás do balcão, um Espécie vestindo um jaleco azul, e esperou por Shadow encontrar seu olhar.
— Sou Destiny. Acabei de ser transferido para cá de Homeland. — Olhou para Bela. — Oi, Bela. Você está bem? 151

Ela assentiu. Alarmou Shadow um pouco que o macho soubesse seu nome. Não gostou disto, e recuou quando o outro macho tentou tocá-la. Ele rosnou em advertência, desafiando-o a tentar novamente.
Destiny levantou suas mãos, exibindo as palmas.
— Calma. Sou enfermeiro. Treinei em Homeland e estou familiarizado com todas as fêmeas, incluindo ela. Apenas queria mover o cabelo de Bela de sua bochecha para ver o ferimento. Os médicos estão ocupados, mas posso examiná-la.
Shadow debateu isto.
— Quero um médico. Diga a um deles para parar de trabalhar em um humano para cuidar dela. Ela é prioridade.
— Concordo. — Destiny abaixou suas mãos para seu lado.
— Estou bem. — Bela protestou.
— Silêncio. — Shadow ordenou suavemente. — Arranje um médico, Destiny. Ela foi atingia no rosto por um humano com um punho fechado. Seus ossos são frágeis e há inchaço. Ele pode ter quebrado algo.
— Estou certa de que estou bem. — sussurrou. — Tudo bem, Shadow. Posso esperar. Sinto muito cheiro de sangue aqui.
— Isto é verdade. Nós tivemos um Espécie baleado com um dardo tranquilizante, e depois alguns manifestantes decidiram aproveitar-se da confusão. Jogaram garrafas e pedras nos oficiais. Alguns foram atingidos. — Destiny chegou mais perto. — Um dos residentes da Zona Selvagem foi baleado e está em cirurgia.
— Abram espaço! Trouxe dois médicos para ajudar. — um macho gritou enquanto as portas eram escancaradas atrás dele. Shadow conhecia aquela voz e virou sua cabeça, surpreendido ao ver alguns dos membros da força tarefa entrarem no edifício. — Vão ajudar. — Tim Oberto ordenou a dois membros da força tarefa. — Façam o que puderem.
Shadow virou-se e acenou para Destiny.
— Leve-nos para um quarto. — Certificando-se de não esbarrar com ninguém enquanto levava Bela para longe de todos os humanos. Eles a assustavam e ela já tinha sido exposta a eles o suficiente. A força tarefa agora emitia um sinal de perigo, já que um traidor estava entre eles.
Abaixou a cabeça, esperando evitar seu antigo chefe no momento. Destiny os levou por um corredor para uma sala de exames vazia. Shadow olhou ao redor e suavemente colocou Bela na cama. Ele a largou e marchou para o banheiro adjunto, tendo certeza de que ninguém se escondia do lado de dentro. Estava limpo e se aproximou de Bela novamente.
— Sente-se segura com este macho? — Indicou o enfermeiro Espécie.
Ela assentiu.
— Sim. Eu o conheço. Faço exames regulares e ele está lá frequentemente.
Virou ao redor para olhar para o macho.
— Você a protege. Não saia do seu lado. Entendeu? Se acontecer qualquer coisa a ela você morrerá uma morte lenta e dolorosa. Tenho que ir falar com alguém, mas estarei de volta logo.
Destiny calmamente o considerou.
— Tudo que precisarei está neste quarto. Ela estará segura.
Irritava Shadow ter que confiar em alguém que não conhecia, mas tinha pouca escolha a menos que trouxesse Tim para o quarto. Bela tinha sido traumatizada o suficiente.
— É melhor que ela esteja. — Deixou o quarto, fechando a porta atrás dele. 152

Foi fácil achar o líder da força tarefa humana. Ele estava em pé em uma cadeira na recepção, gritando ordens para mais forças tarefas em cena.
— Sente-se, droga, se estiver sangrando. — Tim apontou para Mark, um homem de sua equipe. — Vá pegar curativos e panos molhados. Limpe alguns deles, assim será mais fácil para o pessoal médico avaliá-los. — Apontou para outro membro. — Cory, homem, atenda o maldito telefone. Esse toque constante está me dando enxaqueca.
Shadow parou atrás de Tim e rosnou. O macho virou a cabeça e olhou para ele.
— Shadow. Estou feliz que está aqui. Você parece abatido, mas bem. Vá para a Segurança e dê-lhes um relatório. Nós temos uma segunda equipe chegando em dez minutos, mas precisamos saber o que aconteceu. Estamos esperando instruções de emergência assim que o helicóptero aterrissar.
— O humano filho da puta que uma vez aprisionou Bela contratou mercenários para roubá-la. — Andou em torno da cadeira para encarar o macho. — Alguém na equipe deu-lhes acesso ao meu transmissor de emergência.
Tim empalideceu.
— O que?
— Sabiam sobre minha moeda e foi assim que localizaram a cabana. Ele queria uivar de raiva. — Eles admitiram isto, e antes que você pergunte como, tenho certeza. Vangloriaram-se com isto. Alguém me traiu.
Tim saiu da cadeira.
— Merda. — Agarrou seu celular, discando. — Alguém traiu todos nós, mas estou nessa. Pegarei o filho da puta pelas bolas antes que possa dizer “estou fodido”.
— Quero a cabeça dele. — Shadow exigiu.
Tim severamente movimentou a cabeça.
— Conecte-me com Trey, fone privado. — ordenou para quem estava falando. Colocou sua mão sobre o telefone. — Estou ligado para um dos pilotos do helicóptero. Há somente dois suspeitos possíveis. Vou mandar Trey prendê-los até que possamos saber qual deles foi. Estão atribuídos para a equipe dele hoje.
— Como você sabe que pode confiar em Trey? Sei que ele tem os códigos de acesso.
Tim bufou, um pouco de sua raiva enfraquecendo de suas características.
— Aquele menino é o filho que nunca tive, e é tão leal quanto possa ser. Uma vez pensei que ele seria bom para casar com minha filha, então eu pesquisei sobre ele. Entretanto, ela conheceu Brawn. Não foi Trey que traiu você. Aposto minha aposentadoria nisto.
Shadow não estava certo sobre o que era uma aposentadoria, mas confiava em Tim. O macho não era agradável o tempo todo, mas tinha honra. Tinha orgulho de seu trabalho e sua equipe. Sua filha também era acasalada com um membro do conselho. Ele reservadamente mostrou retratos de seu neto, Kismet, para os membros Espécies da equipe. O amor que sentia pela criança estava aparente. Tim nunca trairia sua nova família Espécies.
— Trey! — Tim cobriu sua outra orelha para ouvir melhor. — Nós temos uma situação. Olhe ao redor e mande todos os homens de sua equipe removerem seus fones agora mesmo, apenas no caso do piloto esquecer-se de fazer disto uma conversa privada. — Pausou. — Estão todos sem? Pausou novamente. — Bom. Apenas escute-me. O rastreador de emergência de Shadow foi ativado, e foi assim que aqueles bastardos atacaram a Reserva e acharam a Presente. Você entende o que isso quer dizer. Não fui eu ou você, então sabemos quem restou. Prenda ambos no momento que aterrissar e arraste seus traseiros para a Segurança. Nós daremos um jeito mais tarde, mas ficarei 153

puto se formos ferrados uma segunda vez. Segurou o olhar de Shadow enquanto silenciosamente escutava a resposta, assentiu e desligou. — Trey está resolvendo. Ele está puto.
— Eu também.
Tim empurrou seu telefone dentro do bolso.
— Nós descobriremos qual deles foi.
— Quero estar lá.
Tim hesitou.
— Vamos descobrir quem é primeiro, e então eu pessoalmente deixarei você sozinho na sala com o filho da puta. — Olhou ao redor e abaixou sua voz. — Sabe quantas vezes quis dizer aos outros caras na equipe sobre meu neto, mas não tive permissão? Graças a Deus. — Cerrou os dentes. — Ele podia ter vendido essa informação também. Pensei que a ONE estava sendo paranoica não permitindo que os humanos soubessem, mas não estava. — Colocou os punhos nos quadris. — Só deixe o suficiente dele intacto para eu pegar um pedaço.
Shadow não estava prestes a fazer promessas que não estava certo se poderia manter.
— Preciso retornar para Bela. Esta informação não podia esperar. Sei que você está com tudo sob controle agora.
— Precisa ir à Segurança para relatar a missão. Você estava na cena.
— Os mercenários foram contratados pelo humano rico que comprou Bela da Mercile. Ache-o para ter certeza que nunca mais será capaz de tentar isto novamente. Ela precisa de mim. Afastou-se antes que Tim pudesse responder.
Bela e Destiny ambos viraram quando ele entrou no quarto. O macho estava muito perto dela, mas apenas segurava um gelo em sua bochecha ferida. Ele olhou ao redor, cheirou, e sabia que ninguém mais entrou no quarto enquanto esteve fora.
— Obrigado por protegê-la. — Assentiu para o enfermeiro. — Como ela está?
— Nada parece quebrado e ela não está exibindo quaisquer sintomas de uma concussão. Pedi um raio-X para certificar-me. Ela é uma Presente. É melhor prevenir do que remediar. Seus ossos não são tão densos quanto das nossas outras fêmeas. Ia levá-la assim que retornasse. Está tudo bem mover sua fêmea agora?
Shadow deu a volta nele e levantou Bela em seus braços. Gostou que o macho soubesse a quem ela pertencia.
— Vá na frente.
— Posso caminhar. — ela murmurou.
— Sei que pode. — Apenas não queria que ela caminhasse. Ainda parecia um pouco pálida e tinha passado por muita coisa. — Deixe-me cuidar de você. — Como se lhe desse uma escolha, mas era educado por pelo menos permitir que ela pensasse que tinha uma.
— Obrigado Shadow. — Sua bochecha machucada aninhou-se na parede de seu peito, enquanto descansava a cabeça lá, os braços envolveram ao redor de seus ombros.
Destiny abriu bem a porta e ele seguiu o enfermeiro pelo corredor abaixo, para fazer qualquer que fosse o teste que os asseguraria que Bela não tinha nenhum dano sério. Shadow estava ansioso, querendo ir para a Segurança pessoalmente para mostrar o seu desgosto a um de seus membros da força tarefa, mas isso significava deixá-la.
Bela era sua principal prioridade.
* * * * * 154

Bela não reclamou enquanto esperava por Destiny retornar. Shadow pairava ao seu lado e estava agradecida. Ele até exigiu que comida fosse trazida para ela, enquanto esperavam pelos resultados. Seu estômago estava cheio.
— Fui informado que o resultado do raio-X foi bom. — o enfermeiro declarou quando caminhou de volta para a sala. — Você está bem. Nem mesmo uma fratura, e a contusão só te deixou mais bonita. Piscou e sorriu.
Shadow rosnou.
— Sem paquerar.
— Isso se chama ter boas maneiras. — Destiny endureceu. — Queria que ela sorrisse, elogiando-a. Não estou oferecendo para compartilhar sexo com sua fêmea. Acha que sou cego ou meu nariz não está funcionando? Seu cheiro está por toda parte dela e seu nome é muito preciso no momento.
Bela franziu a testa.
— Seu nome é preciso?
— Ele é sua “Sombra”. — Destiny de repente riu. — Essa foi boa, não foi? Ele está bem ao seu lado.
Ela sorriu.
— Obrigado por cuidar de mim.
Shadow rosnou novamente, chamando o olhar dela.
— O que? — Ela não entendia por que ele parecia bravo.
— É trabalho dele tratá-la. Eu é que estou cuidando de você.
— Certo. — Começou a perguntar-se se Shadow estava mais machucado do que divulgou. Ele estava estranhamente irritado e talvez um pouco irracional, para fazer uma distinção tão leve. — Permitirá que Destiny olhe seus cortes? Sentiria-me melhor. Não quer que eu me preocupe com você, não é? Eu irei.
— Estou bem. — Levantou a cabeça com teimosia. — Nenhum dos meus machucados exige sua ajuda.
— Ele está bem. — Destiny concordou. — Estava olhando seus ferimentos e o modo como está se movendo. Ele tem alguns hematomas, mas os cortes não são ruins. Só desinfete-os na primeira chance que tiver e coloque alguns curativos nos piores. Nós combatemos as infecções facilmente, mas por que arriscar? — Ele virou-se, abriu um armário e removeu uma caixa pequena. — Aqui. É um mini kit médico. Tem tudo o que vai precisar.
— Obrigado.
A porta abriu atrás deles e um humano entrou. Lembrou-se de quando foi salva. Bela ficou tensa até Shadow ficar entre eles. Seu corpo a protegeu completamente da visão do outro homem.
— Queria que soubesse que ambos os suspeitos estão detidos, e Al está investigando suas contas bancárias, registros telefônicos e rastreando seus movimentos nas últimas vinte e quatro horas. Nós descobriremos qual foi.
— Obrigado Tim. — Shadow suavemente rosnou. — Ainda quero sua cabeça.
— Tenho um pressentimento que não vai haver muito restando desse imbecil, quando ele for despedaçado pela nossa equipe. Ele quebrou o código. Nunca ferre com seus irmãos. Estamos enviando um dos helicópteros de volta para Homeland. Justice ligou e quer que você escolte a Presente de volta. Ela está muito exposta aqui e tenho que concordar. Ela precisa de mais segurança.
— Compreendido. 155

— Saímos em vinte minutos. Alguns dos homens o cobriram lá.
— Terei oficiais nos levando.
O homem hesitou.
— Só porque tivemos uma maçã ruim isto não estraga a torta inteira, Shadow. Não quero que isto te azede na força tarefa.
— Confio na equipe, mas sei que os oficiais desejam falar comigo. Isto vai dar-lhes a oportunidade.
— Claro.
Shadow apertou a mão do homem e Tim partiu. Olhou para ela tristemente.
— Vamos. Tenho que dar um relato da missão antes de irmos para o helicóptero.
— Então estamos voltando para Homeland. — Ela realmente não precisava dizer as palavras, mas isto era o melhor do que realmente queria falar. O que isso iria fazer com a curta relação deles?
— Estamos. Você estará mais segura lá. Há muito espaço aberto aqui para invadirem, e quilômetros de paredes que podem obviamente serem capazes de passar.
Um golpe soou na porta e esta abriu, admitindo Jaded, o membro de conselho. Olhou para Bela e apontou seu dedo polegar para Destiny sair, antes de se endereçar a Shadow.
— Você parece bem depois do que sofreu.
Ele manteve-se na porta enquanto falava, longe dela. Notou que Shadow não ficou entre eles. Devia confiar nele.
— Obrigado.
Os olhos de gato verde claro estreitaram.
— Ótimo trabalho. Breeze ficará bem. A fêmea é muito teimosa para estar machucada o suficiente para derrubá-la por mais que algumas horas enquanto passava pela limpeza do ferimento e pontos. Ela já fez um dos médicos, Dr. Harris ameaçar se demitir. — Ele riu. — Era o mais jovem. Ele aprenderá a ser tão ranzinza quanto seu pai quando lidar conosco. Autodefesa.
— Estou contente por ouvir que ela ficará bem.
Bela também estava. Manteve-se muda, entretanto, sem estar confortável com alguém que não conhecia.
— Justice quer um relatório completo quando chegar a Homeland. Você vai levar Bela para casa. A força tarefa está lhe dando uma carona em aproximadamente vinte minutos. Eles têm ambos seus helicópteros aqui.
— Tim acabou de me dizer.
Hesitou, olhou para Bela e limpou sua garganta.
— Talvez nós devêssemos conversar no corredor.
Shadow não se moveu.
— O que foi? Você não confia mais na equipe? Conheço aqueles machos. Seria raro um trair os outros. Minha fé não foi abalada.
— Não é isto. — Ergueu uma mão e correu os dedos bronzeados pelo seu curto cabelo preto. — Nós temos um problema. Moon foi baleado por um atirador com um dardo tranquilizante.
— Torrent me informou. Estava com ele quando recebeu o telefonema.
— Nós acreditamos que foi só uma distração para chamar nossos oficiais na direção dos portões dianteiros, assim podiam ganhar acesso a Zona Selvagem. Mas ele acordou selvagem. Não foi uma droga sonífera a qual ele foi exposto. Estou certo que atiraram nele de propósito, mas o resultado é muito pior.
Bela não gostou do silêncio desconfortável que de repente cobria o quarto. 156

— O que isso quer dizer?
Jaded realmente olhou para ela por mais que alguns segundos antes de olhar para Shadow. — Você está certo que não quer levar isto para longe dela? Pode ser triste.
— Não vou deixá-la sozinha. — Shadow cruzou os braços em cima de seu peito. — Ela é mais forte do que você imagina. Ela quase foi morta e ainda assim está calma.
— Entendido. — Chegou mais perto, abaixando a voz. — Moon está completamente selvagem. Não nos conhece, não quer ou não consegue falar e estar exibindo um comportamento violento ao extremo. O Dr. Harris mais velho pediu exames de sangue depois de seis dos nossos machos conterem Moon quando ele tentou matá-los. Levará tempo para ter resultados oficiais, mas alguns dos nossos machos cheiraram o dardo para comparar com drogas conhecidas. Nossos sentidos são mais rápidos do que passá-lo por máquinas para identificar. A droga é desconhecida para todos eles. Seu olhar moveu-se para Bela, depois retornou. — Há uma conexão entre Douglas Miller e a Mercile. Eles podem estar trabalhando juntos nisto. Quem mais poderia apresentar uma droga que pudesse fazer algo que enviaria um dos nossos para uma ira assassina? Mercile é o único que conseguiria isto com seu conhecimento de nossa biologia. Moon é um dos nossos machos mais calmos. Eu o conheço bem, mas aquele que enfrentei dentro do quarto dele era um estranho. Uma reversão completa e total de personalidade.
Os punhos de Shadow fecharam ao seu lado.
— Isso significava que isto foi planejado com muita antecedência. Eles devem estar trabalhando em uma droga que nos prejudicaria.
— Ou já a possuem, mas ninguém do nosso povo que sobreviveu já experimentou.
— Há um médico da Mercile envolvido nisto.
— É isso que estamos presumindo neste momento. Douglas Miller podia estar esperando por uma oportunidade. Ele tem o dinheiro para sustentar os empregados que ainda estão atrás de nós. Puxei o arquivo de Miller, e por enquanto conseguimos congelar suas contas neste país, ele tinha um vasto alcance do Departamento de Justiça dos EUA. O bastardo até tinha um humano trabalhando para ele dentro da sede da força tarefa, para monitorar todos os movimentos. Alguns humanos são vingativos. Ele pode ter colocado isto em ação assim que percebeu que nós pegamos o que ele tinha. Finalmente viu sua chance de recuperar… o que queria.
— Quem é Douglas Miller? — Bela estava tentando seguir a conversa. — O que ele quer? É um dos donos da Mercile?
Shadow virou-se e chegou mais perto olhando em seus olhos. Sua mão era morna quando suavemente encostou-a em seu rosto no lado que não estava contundido.
— Douglas Miller é o humano que te aprisionou.
O Mestre. Era um bofetão emocional, mas manteve seu queixo para cima, resistindo enrolar-se em uma bola para se proteger da dor que percorria pelo seu corpo. Nem uma vez pediu para conhecer mais sobre o humano que a criou e a prendeu, indo além do que ele fez com ela. Parecia mais importante focar nos detalhes do que nos motivos.
A conversa entre Shadow e o membro do conselho de repente deixou uma sensação horrível. Estava contente por estar sentada. Shadow suavemente rosnou e com o polegar acariciou sua pele em conforto.
— Isto não é culpa sua.
— É de alguma maneira. Está atrás de mim. Ele me quer de volta. Afastou-se do seu toque para se debruçar de lado o suficiente para olhar para Jaded por trás dele. — Você acha que este… — Teve que pausar e engolir a bílis que subia. Não conseguia fazer seu verdadeiro nome passar pelos 157

lábios. — Bastardo está trabalhando com a Mercile para machucar os Espécies em vingança pelo meu salvamento?
Ele hesitou, olhando para Shadow.
Shadow andou para seu lado.
— Diga-lhe a verdade. Ela merece isto.
Bela ficou agradecida pelo apoio, e quase se esticou para pegar a mão que ele abaixou para seu lado. Resistiu, com medo de parecer mais fraca aos olhos do membro do conselho que seguramente presumia que ela era.
— Por favor, diga-me.
— Mercile está sem dinheiro e os empregados que fugiram também estão. Cortamos seu dinheiro e apreendemos tudo o que possuíam com a ajuda do presidente. Douglas Miller tinha muito dinheiro em países estrangeiros que não podíamos tocar. Ele é um homem procurado que não pode retornar aos Estados Unidos, ou qualquer país que o extradite. — Compaixão suavizou suas características. — Nós sabemos que ele contratou os humanos para virem atrás de você e acreditamos que seja responsável pela condição instável de Moon.
Jaded respirou fundo, exalando devagar.
— De maneira alguma isto é sua culpa. Foi só uma coincidência. Miller e alguns dos médicos da Mercile devem estar trabalhando juntos para alcançar metas semelhantes. Ele tem o dinheiro para se esconder e ajudá-los se desejar. Mercile fez uma tentativa prévia contra um dos nossos machos com uma droga que esperavam que o fizesse cometer um assassinato. Teria apoiado sua posição de que somos perigosos e não merecemos direitos humanos se Fury assassinasse sua companheira humana. Teria sido uma vitória importante para influenciar a opinião pública mundial, de que tinham o direito de usar os Espécies como ratos de laboratório para suas experiências.
Shadow chamou sua atenção.
— Uma enfermeira humana foi atribuída para Fury depois que foi baleado em uma tentativa de assassinato por outros humanos contra sua companheira. A droga que o expôs foi para deixá-lo agressivo e violento. — Olhou para Jaded. — Era a mesma droga?
— Não, de acordo com o teste de olfato. É outra coisa que aparenta ser muito pior que os sintomas que Fury sofreu. Moon está completamente violento e indiferente com qualquer um, ou qualquer coisa. Ou ele está com tanta dor que está além do pensamento, ou danificaram sua mente tão extensivamente que sua personalidade foi transferida para uma sobrevivência básica de sua genética animal. É isso que estamos avaliando agora, mas é cedo. Há sempre a esperança de que a droga se dissipará do mesmo modo que aconteceu no caso de Fury. Mandamos buscar especialistas. Eles chegarão dentro das próximas horas.
A culpa devorou Bela.
— Por que ele não morreu apenas?
Os olhos verdes de Jade mostraram raiva.
— Moon é meu amigo. Odeio vê-lo deste jeito, mas estou agradecido que tenha sobrevivido.
— Quis dizer o bastardo. Não seu amigo. — De repente desejou que estivesse sozinha com Shadow. — Ele ficou doente e está velho. É isso que quis dizer. Isto teria acabado se morresse. Ele não estaria por aqui para vir atrás de mim ou machucar nosso povo.
Não mencionou em voz alta que não estaria viva se ele morresse, enquanto era sua prisioneira. Os guardas não teriam ninguém para impedi-los de machucá-la da maneira que desejassem. Teriam destruído a evidência e queimado seu corpo em cinzas, o modo que os escutava conspirando às vezes. 158

— Entendo. — Jaded se acalmou. — Alguns humanos desejam nos machucar de qualquer maneira. Eles têm medo de nós ou se recusam a aceitar o que somos. Não leve isto para o lado pessoal. Se não fosse Douglas Miller, seria outra pessoa.
Ele falou com Shadow depois.
— Sairei agora. Queria que ficasse informado de tudo que sabemos até agora. Teremos fatos mais sólidos quando você chegar a Homeland para se encontrar com Justice. Os olhos de gato viraram para Bela. — Falei sério. Isto não é sua culpa. Somos diferentes e às vezes isto é razão suficiente para aflorar ódio de outros. Você não é de maneira nenhuma responsável por Douglas Miller ou suas ações.
Foi deixada sozinha com Shadow. As lágrimas ameaçaram derramar, mas lutou com elas de volta.
— Sinto-me culpada.
— Não devia. — Ele esfregou as pontas dos dedos em seu braço, acariciando lentamente.
— Você e Breeze foram machucados me protegendo. Outro Espécie foi machucado. Vi todos aqueles homens lá fora precisando de ajuda médica.
— A maior parte dos feridos são mercenários. — Sorriu em uma tentativa de humor.
O esforço não funcionou.
— Não suavize isso. Por favor? — Ela esticou a mão, o peito era morno e firme debaixo de sua palma. Acalmou-a apenas tocar em qualquer parte de seu corpo. — Você parecia já saber o nome. Como?
— Douglas Miller?
Ela assentiu.
— Tive que revisar todos os arquivos quando fui atribuído para a força tarefa. Ele é um fugitivo, um dos muitos que planejamos encontrar e capturar. Revisei os arquivos dos humanos de quem recuperamos as Fêmeas Presente depois que me contou sua história. A força tarefa não põe os nomes das vítimas naqueles arquivos, mas as pistas que você me deu foram suficientes para localizá-lo e os detalhes da operação que te salvou. Foi assim que soube também o que aconteceu com Fury e Ellie. Eles mantêm a equipe a par dos casos não encerrados. A enfermeira humana tinha ajuda do lado de fora, e estávamos ainda rastreando alguns dos associados da Mercile conhecidos por ela.
— Fury não ficou permanentemente danificado pela droga. Eu o vejo o tempo todo com Ellie. Ele nunca a machucaria. — Isso a fez sentir esperança por Moon. — O amor deles é bonito.
Shadow olhou para o relógio.
— Nós precisamos ir, amor. O helicóptero sairá logo.
— Certo.
— Ficará tudo bem.
Ela também esperava. 159