terça-feira, 4 de novembro de 2014

Capítulo 21

Capítulo Vinte e um
True moveu-se, sem saber o que o despertou. Girou a cabeça para olhar no relógio
na mesinha de ao lado. Era pouco mais das quatro da manhã. Jeanie pacificamente
dormia, enrolada em seus braços. Ele cuidadosamente soltou-a e ficou em pé, caminhou
e encontrou sua calça no chão. Seu celular não tinha nenhuma mensagem. Ele franziu o
cenho, percebendo que não foi a causa.
Escutou, esforçando-se para ouvir qualquer barulho, mas não ouviu nada. Girou,
caminhou para o banheiro e o usou. Um olhar para Jeanie na cama, lhe assegurou que
ela dormia em silêncio quando abriu a gaveta da cômoda e tirou uma camiseta. Vestiu-a
depressa e decidiu dar uma volta pela casa.
Não havia necessidade de acender as luzes. Sua visão noturna lhe permitia ver
tudo com clareza. Ele entrou no quarto de hospedes e olhou ao redor. Nada estava
alterado. Moveu-se pelo corredor, parou no banheiro e depois para a sala de estar.
Estava a caminho da sala de jantar quando um golpe suave chamou sua atenção. Girou a
cabeça, identificando que o ruído veio dali. Levou alguns segundos para alcançar uma
das janelas e abrir a cortina.
Relaxou quando percebeu que uma árvore era a fonte. A medida que o vento
soprava, um galho roçava na janela. Soltou a cortina e afastou-se. Um rangido de metal
leve o fez girar, seus instintos continuaram em alerta. Podia ser alguém fora ou apenas
uma brisa forte criando mais sons, mas não voltaria para a cama até ter certeza.
True se arrastou em direção ao corredor novamente, inalando os cheiros ao redor.
Nada parecia fora de lugar ou estranho. O cheiro do jantar que Jeanie fez o pegou, o
cheiro dela e o seu, ele podia até descobrir quais os sais de banho que ela usou mais
cedo. Parou na frente da porta do quarto, olhando-a. Ela dormia na mesma posição.
Pum. Ele grunhiu baixo, movendo-se pelo corredor até a sala de estar. Parou ali,
esquadrinhando o cômodo e inalando novamente. Um cheiro estranho tocou seu nariz,
algo que ele não podia identificar. Cheirava a ar artificial. Uma leve coceira apareceu em
seu nariz, assegurando que o cheiro era errado, não era uma árvore, mas não podia
identificar.
Sua visão periférica pegou um movimento que chamou sua atenção. Seu ritmo
cardíaco acelerou ao ver a porta do armário lentamente se mover. Ele agarrou seu
celular, olhou para baixo e desejou que fosse uma arma. A tela se iluminou a seu toque e
enviou uma mensagem de três palavras para Darkness.
Envie ajuda agora.
Colocou o telefone no bolso e decidiu não pegar a arma no quarto, ficou tenso, se
preparou para atacar qualquer um que saísse do armário. A porta parou de se mover e se
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esforçou para ouvir os sons de respiração, mas nada aconteceu. Ele avançou, movendose
silenciosamente. Fez uma pausa e puxou a porta do armário, preparado para lutar.
Seus olhos se ajustaram a o interior mais escuro, mas não viu nada. Estava vazio.
Franziu o cenho, mas logo uma leve brisa tocou sua pele. Seu olhar se ergueu e ele
aproximou-se, olhando para o teto do armário. Um buraco quadrado estava aberto. O
sótão estava muito escuro. Tinha certeza de que teria percebido que a porta do sótão
estava faltando quando fez sua verificação antes. O cheiro de árvore artificial era mais
forte naquela área.
Que diabos?
Um barulho muito leve o surpreendeu. Soava como se alguém houvesse inalado
profundamente. Ele girou a cabeça quando uma forma escura se levantou detrás do sofá.
Parecia humano, entretanto um pouco arredondado, vestido todo de preto e com óculos
estranhos. Ele os viu antes na equipe da força tarefa. Sabia que aqueles óculos de
proteção dava ao humano a habilidade de ver também, se não melhor, do que ele podia.
Um uivo de ira saiu de seus lábios quando ele avançou, enfrentando a ameaça.
Quatro pontos agudos de dor golpearam seu peito enquanto ele alcançava o sofá,
se preparou para mergulhar e agarrar o humano. Seu corpo falhou em cumprir sua
vontade e caiu contra o móvel, virando-o. Seu impulso o levou para frente enquanto batia
contra o sofá e caía no chão. Rolou e ficou ali. Seu corpo sentia-se pesado e ele não
podia mover ou braços ou pernas. Uivou dentro de sua mente enquanto lutava contra as
drogas. Jeanie estava em perigo. Sua companheira precisava dele. De alguma maneira
encontrou forças para se levantar do chão.
— Maldito bastardo, é duro, não é? — A voz pertencia a um homem.
Mais dois dardos afiados entraram em sua carne, afundando em suas costas
próximo às omoplatas. Ele desmoronou, mas conseguiu respirar.
— Corra! — Rugiu essa palavra quando seu rosto caiu no tapete.
Ele tentou se erguer novamente, lutando mais forte para ficar consciente. Sua
companheira estava desprotegida. A droga em seu organismo o tinha bem tonto. Tentou
escapar disto, mas não podia mover seus braços. Conseguiu abrir seus olhos e viu de
onde estava no tapete como o humano com roupa escura corria pela sala até a porta
principal e a abria. Outra figura entrou.
— Maldição, isso é o que você chama de silêncio? Maldito idiota. — Outro macho
reclamou em um tom suave. — Eles provavelmente ouviram tudo do portão.
— Aqueles animais têm grande audição, mas não tão boa. Estamos dentro e eles
estão muito longe. Além disso, estaremos longe antes que alguém saiba que estivemos
aqui.
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— E os vizinhos, maldição? Podem ter ouvido. Se um deles vive ao lado, pode ter
ouvido algo. Vamos. Nós não temos tempo para discutir. Sabia que deveria ter vindo
sozinho.
— Como se pudesse passar pela abertura do sótão. Apenas mova seu traseiro e
acalme-se. Você ouviu nosso chefe. Ninguém sabe sobre aqueles túneis. Eles nunca
esperariam que alguém pudesse chegar tão longe dentro de Homeland.
— Vamos em frente. Onde está a mulher?
— Eu não sei. O animal deve ter me ouvido rastejando por cima. Ele saiu e me
pegou justo quando me deixei cair. Disparei seis dardos. Este filho da puta é forte.
— Mova-se e deixe de conversa. Temos que pegar a cadela e sair em dez minutos.
Devemos seguir o plano.
True os olhava sem poder fazer nada enquanto corriam para o corredor em direção
a Jeanie. Uma porta se fechou antes que os perdesse de vista e ouviu o baque violento
da madeira se quebrando. Ele perdeu a consciência.
* * *
Corra! Som atravessou seu sono. Jeanie acordou de repente e sentou-se de golpe
no quarto escuro. Não havia dúvida sobre este grunhido. True! Ela esticou a mão e
encontrou apenas lençóis. Seu coração acelerou. Ela imediatamente sentiu medo.
Luzes apareceram na casa ao lado. Ela podia vê-los através das cortinas e voltou
sua cabeça nessa direção. Não foi um sonho. O som era real. Por uma fração de segundo
se dividiu entre correr para fora e ver o que estava errado e fazer exatamente o que ele
gritou que fizesse. Não poderia tê-lo dito a ninguém mais.
Uma porta se fechou e ela ouviu vozes suaves. Deslizou fora da cama e curvou-se,
agarrando a primeira coisa que encontrou no chão, uma camisa. Suas mãos tremiam
enquanto subia a camisa pela cabeça e a puxava. Um golpe alto soou no corredor, quase
como se algo tivesse caído. Ela perguntou-se o que estava acontecendo.
Jeanie se apressou para a porta do quarto e a fechou, torcendo a fechadura. A
porta era sólida, mas não manteria ninguém fora se a chutassem. Ela freneticamente
olhou para a cômoda na parede próxima à porta e agarrou a extremidade da parte de trás.
O terror a deixou mais forte que o normal já que puxou com força e sentiu que a movia.
Ela saltou para trás para não esmagar os dedos do pé ao aterrissar para frente. Girou,
agarrou a cadeira do outro canto e a ergueu. Suas costas protestaram, mas ela a soltou
no espaço entre a porta e a cômoda caída para preencher o vazio.
Não impediria ninguém de entrar, mas os atrasaria. Retrocedeu, insegura se
deveria tentar se esconder ou sair pela janela. Um corpo batendo contra a porta do
corredor decidiu por ela. Ela se apressou para o banheiro e fechou a porta, trancando-a
também. A madeira se rompeu quando alguém bateu nela com algo pesado na tentativa
de abrir a porta do quarto.
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— Oh, Deus!
Acendeu a luz, freneticamente procurando por uma arma. Sabia que estava em
dificuldades quando pareceu ouvir alguém amaldiçoando em voz alta (alguém que não
era True) e percebeu que soava muito perto para estar ainda no corredor ou pelo menos
conseguiu abrir a porta o suficiente para ver que estava bloqueada.
Agarrou a porta de vidro do chuveiro e a abriu, colocando-a no caminho da porta do
banheiro, agarrou um frasco de xampu. Suas mãos tremiam enquanto abria a tampa e o
jogava no chão pela porta quando ela conseguiu abri-la. Despejou tudo no azulejo.
Agarrou a loção de corpo, fazendo o mesmo.
O condicionador estava muito longe de seu alcance, teria que entrar no chuveiro,
assim voltou-se. Viu a janela e se lançou. Suas mãos tremiam enquanto trabalhava no
trinco, mas finalmente conseguiu que girasse. Empurrou forte e a janela se abriu ao
exterior.
— Socorro! — Ela gritou quando tentou subir e sair pela janela.
A porta do banheiro explodiu dentro e ela gritou, raspando os joelhos e as mãos no
processo, mas pulou para o lado de fora. Nem sequer sabia qual era a altura, mas
aterrissou na grama em um abrir e fechar de olhos.
— Ahhhh!
Um sujeito gritou antes de um impacto barulhento soar no banheiro. Vidro se
quebrou, seguido de um som parecendo um corpo chocando-se contra o vaso. Obrigouse
a levantar, ignorando a dor na perna, por ter caído sobre ela. Olhou ao redor, sabendo
que o pátio traseiro estava totalmente cercado por um muro e que Justice North morava
na parte esquerda. Ela simplesmente esqueceu em que direção era por alguns segundos
enquanto mancava.
Segurou o ar e gritou novamente caso não tivessem ouvido seu primeiro grito. As
luzes acenderam por cima do muro, assegurando-lhe que estava na direção certa.
— Maldita cadela. — Alguém amaldiçoou atrás dela um segundo antes de um
braço se envolver ao redor de sua cintura e a levantar.
Ela lutou, tentando dar a volta e arranhar seu rosto. Seus dedos golpearam algum
tipo de metal, como se ele estivesse usando algo em sua testa. Sua outra mão golpeou
sua boca e apertou com tanta força sua cintura que ela silvou de dor.
— Cale-se ou romperei seu pescoço. Pare de lutar. Levarei você viva ou morta.
Voltou-se com força. Seus pés se arquearam com tanta força que ela perdeu a
capacidade de respirar. Ele estava apertando seu estômago e doía sua ferida, como se
houvesse recebido outro disparo. Agachou, golpeando-a.
— Onde maldição está?
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Ela ficou olhando para as luzes da casa ao lado, mas não podia emitir nenhum
som. Uma forma grande saltou próxima a eles. — Canto direito do jardim lateral. Está
escondido atrás do ar condicionado.
— Vamos sair daqui. Eles vão aparecer por todos os lugares.
— Eu vou matá-la. — O outro sujeito prometeu. — Aquela cadela jogou merda
sobre o chão e acho que quebrei o traseiro quando deslizei. Meu pé está fodido por cair
sobre o vaso.
— Chore mais tarde.
Ele a ergueu, mas a manteve inclinada para frente, arrastando-a enquanto ela
lutava para respirar. Sua mão se moveu enquanto corria o suficiente para ela puxasse ar
pelo nariz. Eles rodearam a casa pelo lado direito do pátio onde estava mais escuro.
— Por aqui. — O outro sussurrou. — Está escondido sob a grama falsa, colocaram
sobre a grelha.
Que grelha?
O sujeito que a segurava parou e silvou contra sua orelha. — Um som e deixarei
aqui sei cadáver.
Ela acreditava nele. Seus olhos se ajustaram o suficiente para ver como o outro
homem se curvava e puxava uma seção da grama artificial próxima à unidade de ar
condicionado. Ela viu o concreto e o que parecia ser algum tipo algum duto de drenagem.
O homem ergueu a tampa e a colocou de lado.
— Leve-a para baixo primeiro e a pegarei. Eles não nos encontrarão.
Jeanie estava com medo de que tivessem razão. Ela entrou no pátio traseiro uma
vez e nunca soube o que havia ali. O homem que a segurava se agachou novamente,
forçando-a a fazer o mesmo que seu corpo pesado contra ela. Ele a imobilizou com as
pernas e a segurou. A mão deixou seu rosto e ela puxou uma boa quantidade de ar para
seus pulmões. Não teve a chance de gritar.
Algo foi dolorosamente empurrado em sua boca e seu cabelo foi puxado quando
ele amarrou a mordaça com um puxão maligno. Lágrimas de dor a cegaram quando
piscou e então ele a empurrou, forçando-a rastejar em direção ao buraco aberto.
Suas mãos doíam, lembrando-a que as tinha machucado antes. Era quase algo
natural tentar proteger suas palmas feridas, mas se lembrou do que True disse sobre seu
sangue. Ela esperava que estivessem feridas o suficiente para sangrar, mas estava muito
escuro para ver. Deslizou-as pela grama falsa e o concreto para ter certeza que deixava
tanto cheiro quanto possível, até que o idiota atrás dela a empurrou com força contra suas
costas. Ela caiu de ponta-cabeça no buraco escuro.
A queda foi terrível e ela ficou tensa, acreditando que bateria contra o concreto.
Tudo que pode fazer foi lançar os braços para frente e tentar proteger seu rosto e cabeça.
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Foi um choque quando aterrissou na água fria. Sua cabeça desceu e ela bateu em algo
duro com os pés. A dor a atordoou, deixando-a imóvel.
O homem empurrou seu cabelo e puxou para cima até o ar golpear seu rosto. Um
braço envolveu sua cintura e a ergueu. Ela não podia ver nada. Estava completamente
negro. Estava molhada, tossindo e sufocando com a mordaça e tinha água no nariz.
O sujeito que a segurava a agitou com força e parou o ataque de tosse. Movia-se
de um modo que dizia a ela que a água estava na altura de suas coxas e suas pernas
estavam nela até os quadris.
— Fique quieta. — Ele exigiu, sem fôlego.
Tentou gritar, mas a mordaça amortizou o som que foi mais que um gemido. Ele
soltou a mão de sua cintura e agarrou sua garganta.
— Eu posso ainda estalar seu pescoço.
Algo espirrou atrás deles e o sujeito parou.
Em segundos alguém ofegou por ar. — Maldição. Não nos pagam o suficiente. —
O outro macho sussurrou.
— Diga. — Murmurou o homem. — Você cobriu nossa rota de fuga?
— Sim. Eles não encontrarão nenhuma pista.
Inclinaram seu caminho pela água. Estava muito escuro para ver qualquer coisa e
Jeanie sentia apenas terror e miséria. Estava molhada e doía todo seu corpo. Não lutou,
apenas tentou manter a respiração. A mordaça estava tão molhada que ameaçava
estrangulá-la, nem sequer podia cuspir a água.
Eles pararam e ela se levantou, suas pernas nuas raspando no cimento. No
entanto, isso a fez sair da água fria. O homem que a segurava subiu a seu lado, seu
corpo chocou-se contra o dela e a agarrou pelo cabelo.
— Fique quieta.
Ela não podia ver nada, não entendia como ele podia. Ficou em pé e seu braço se
envolveu ao redor dela para erguê-la novamente. Caminhou com ela para frente, suas
pernas chocando a cada passo. Ele parou e soou como se uma dobradiça de metal gritou
antes de ele avançar. Segundos mais tarde gritou novamente, como se ele fechasse um
portão ou porta. Estava tão escuro que ela não podia dizer o que era.
— Quanto tempo falta? — Disse o segundo homem que estava atrás deles.
— Nós estamos em algum lugar sob a rua. Mantenha baixa sua maldita voz. Os
degraus estão adiante e há uma tranca. Nós não teremos que nos preocupar depois disto.
Estaremos livres e limpos.
— Você tem certeza de não sabem sobre este lugar?
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— Não. Foi isso que o chefe disse. Ele disse que roubou as plantas do edifício e
eles não têm ideia ou teriam instalado segurança. Fomos capazes de chegar até aqui sem
chocar com outra coisa que cadeados. Quer levá-la? Ela está ficando pesada.
— Eu entrei na casa porque você é muito grande, assim pode garantir que não
diminuía nossa velocidade.
Eles pararam e quem a segurava a deixou descer, caindo sobre seus pés
descalços. No entanto, não a soltou. Ele se curvou o suficiente para deixar os lábios
próximos a seu ouvido.
— Escute. Há um buraco dois metros na sua frente. Há uma escada. Se você não
fizer exatamente o que eu disser, mergulhará mais ou menos trinta metros para a morte.
Entendeu?
Jeanie conseguiu movimentar a cabeça.
— Se correr, cairá direito no maldito buraco. Tem uma chance de sobreviver se não
fizer nada estúpido. Vou deixá-la ir, mas vou dirigi-la com o braço. Simplesmente vire e
olhe em meu rosto.
— Precisa de luz? — O outro homem disse.
— Não. Assim é mais divertido. Talvez ela caia. Pagam-nos por ela tanto viva como
morta.
— O chefe a prefere viva. Ele quer saber o que ela disse a ONE.
— Mas morta também é bom.
— Você é mau.
O sujeito que a segurava bufou. — Diga algo que não sei. Vire-se princesa. É
melhor ser inteligente e escutar atentamente.
Ela girou quando ele a deixou ir, tomando cuidado para não mover muito os pés. O
chão estava frio e tinha certeza de que estavam em algum tipo de túnel, já que disseram
algo sobre debaixo da rua. Um sistema de drenagem? Por que a ONE não saberia sobre
isto? Não era um mistério que contratariam alguém para sequestrá-la. Ela realmente
queria viver porque isso significava ficar cara a cara com o homem que mentiu para ela e
a usou. Seu sequestrador levantou o braço.
— Dê um passo atrás e lembre-se que isto é um buraco. Deve descer mais ou
menos dez centímetros você sentirá o primeiro degrau.
Os próximos minutos foram terríveis enquanto seguia cegamente as instruções do
homem em quem ela não confiava. A escada de metal era áspera, os degraus separados
da forma que disse que estariam. Cada um deles cravava em seus pés nus no centro
quando ela cuidadosamente descia até o desconhecido. Estava tão escuro que não podia
ver nada.
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Seu pé finalmente aterrissou contra o chão sólido e ela desceu, ficou imóvel, muito
apavorada para se mover. Estava em uma borda? O ar estava mais frio, mas não podia
cheirar qualquer coisa exceto a água suja da mordaça. Tinha um gosto ruim também.
Compor uma lista de doenças que podia pegar da água parada ajudou a distraí-la do
perigo.
— Mova-se meio metro à esquerda. — Seu capturador disse. — Caso contrário eu
pisarei em você.
Ela moveu-se à esquerda, seus pés cuidadosamente tocando a superfície para
assegurar onde pisava. O bastardo ria se divertindo. Suas botas ecoaram ruidosamente
quando ele roçou contra ela. Ele deve ter saltado a distância restante e aterrissou próximo
a ela. Agarrou seu braço novamente.
— Tenha certeza de lacrar tudo muito bem, ali em cima.
— Certo.
Algo metálico protestou antes de girar ruidosamente acima de sua cabeça. O
homem que a guiava a empurrou novamente, forçando-a caminhar à frente dele até que
parou e colocou a mão na parte superior de sua cabeça.
— Agache. Mantenha-se curvada um pouco. Caso contrário, vai golpear a cabeça
no teto do túnel. Fica estreito aqui até a próxima câmara.
Uma luz tênue iluminava o túnel quando começaram a se mover. Ela pôde ver mais
à medida que caminhavam, horrorizada por ver que tinha razão. Estavam em algum tipo
de sistema de drenagem. A sujeira manchava o concreto, mas diferentemente da outra
vez que se aventurou em um túnel similar quando era uma adolescente, este não tinha
nenhum sinal de pichação.
O túnel terminou e ela olhou para a câmara aberta que estava alguns metros a
frente. As lanternas de acampamento foram colocadas no chão pelo espaço e uma
cadeira de gramado de metal colocada no centro. O imbecil que a segurava levantou a
mão de sua cabeça e levantou-se, buscando seu rosto. Voltou a cabeça para olhá-lo
enquanto tirava os óculos de visão noturna e os empurrava para cima.
Era o loiro que tentou a sequestrá-la no apartamento de True. Tinha certeza de que
era o mesmo homem. Ele estava molhado, seu cabelo grudado na cabeça e rosto, mas
não havia duvida de que era ele quando franziu o cenho.
— A cadeira. — Ele empurrou seu queixo. — Caminhe para ela ou a colocarei ali.
Ela levantou uma mão e apontou para a mordaça, com medo de que ele batesse
nela se tentasse tirá-la.
Ele balançou a cabeça. — Isto é coisa do chefe.
Ele a empurrou adiante, quase a fazendo cair estes dois passos. Ela recuperou o
equilíbrio sem a ajuda dele e caiu na cadeira. A camiseta ela usava estava grudada em
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seu corpo. Puxou-a para cobrir seus joelhos, agradecida por usar a camisa grande de
True e conseguiu fazê-lo justo antes do loiro agarrar seu pulso e colocar algemas, dando
palmadas em suas mãos. Fechou os extremos das algemas do lado da cadeira e deu um
passo.
Ela girou a cabeça quando botas soaram e viu outro homem sair do túnel que
acabaram de abandonar. Ele tirou os óculos de visão noturna por completo e franziu o
cenho enquanto se aproximava e descia os degraus.
— Eu espero que este sujeito apareça logo. Quero que nos pague e possamos sair
daqui. Quero entregá-la rapidamente.
— Eu quero sair destas roupas molhadas. — O loiro amaldiçoou e se virou,
caminhando para uma bolsa de lona junto a uma parede. Ele se abaixou e abriu o zíper.
Para desgosto de Jeanie, ambos os homens começaram a desnudar-se. Ela fechou os
olhos, se recusando assistir. Os barulhos ecoaram por todo o lugar. Tentou esquecer que
estavam debaixo da terra, pois sempre teve fobia, mas parecia um problema minúsculo
comparado com outros que ela enfrentava.
Foi sequestrada e o homem que afirmava ser o Agente Brice estava
aparentemente a caminho do local. Um pouco de seu medo foi substituído por raiva. As
algemas eram um aborrecimento.
Levantarei e usarei a cadeira para golpeá-lo, prometeu. A imagem a ajudou a se
manter tranquila.
* * *
True recuperou a consciência com um rugido de raiva. Ele se sentou, empurrando
o homem que estava sobre ele. O Dr. Harris gritou, quase sem acovardar-se pelo golpe
dirigido a seu rosto. Uma mão forte apertou o punho de True e evitou que golpeasse o
humano. Justice se agachou no chão e moveu sua posição para entrar em seu ângulo de
visão, até que se transformou em seu único objetivo.
— Tranquilo. — Justice ordenou. — Você foi drogado, mas conseguimos tirá-lo
rápido suficiente para tratá-lo. Ficou inconsciente mais ou menos quinze minutos.
— Jeanie! — Ele virou a cabeça, viu o lugar cheio de Espécies, mas ela não estava
lá. Justice soltou seu punho e agarrou seu ombro. — Nós estamos procurando-a. Eles a
levaram, mas não podem ter ido muito longe. Estamos fechados. Ouvi você quase ao
mesmo tempo em que Darkness recebeu sua mensagem e enviou um alerta geral.
Ninguém entrou nem saiu de Homeland. Temos todos acordados e caçando-os. Não há
nenhum lugar que possam se esconder por muito tempo.
A dor atormentava True com uma agonia intensa. Soltou-se de Justice e ficou em
pé. A vertigem quase o derrubou sobre o traseiro. O lugar e os rostos dos Espécie ao
redor ficaram borrados.
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— Eu disse que deveríamos tê-lo levado ao Centro Médico. — O Dr. Harris
protestou. — Nós não estamos certos do que deram a ele, mas foi uma dose muito alta.
Ele precisa ser monitorado por pelo menos doze horas. Ele...
— Não. — Justice grunhiu. — Saia se vai começar com isso novamente, Harris.
Sem faltar com respeito, mas sua companheira foi levada. Nenhum de nosso povo
consideraria perdoável se permitíssemos que ficasse drogado enquanto ela está em
perigo.
— Sim, porque morrer por insuficiência cardíaca é melhor. Há dúzias de vocês para
localizá-la. Por que ele precisa ser parte disto?
— Porque ela é sua companheira. — Darkness declarou em um tom frio. — Ele
prefere morrer a não fazer nada para trazê-la de volta. E ele é o único que pode garantir
com certeza se seu cheiro estava sob o que eles usaram para mascará-los.
O macho inclinou-se, olhando sobre o ombro de Justice.
— Está conosco? — Isso chamou a atenção de True.
— Sim, estou bem. Que cheiro?
— O cheiro forte de árvores. — Darkness disse. — Sente isto? Por que esta
espalhado. Não é um cheiro natural. Os caçadores humanos usam sprays para mascarar
seus cheiros quando estão na floresta ou escondidos nas árvores. Foi isso que usaram
aqui.
True percebeu que foi que sentiu na sala de estar e podia senti-lo agora. Ficou
mais irritado quando cheirou o ar. True queria assentir, mas temia sentir outra vertigem se
balançasse a cabeça. Respirou fundo e tentou ficar em pé, devagar desta vez. Justice lhe
ajudou quando se endireitou e logo cruzou as mãos. Ele continuava oscilando, mas o
homem o soltou depois de alguns segundos, sabendo que era uma questão de orgulho
próprio. True fechou as pernas e respirou profundamente. Isso ajudou.
— Eu preciso encontrar Jeanie. — Ele disse com a voz rouca.
Darkness segurou seu olhar enquanto se aproximava.
— Tem sangue no banheiro. Conhece o cheiro de sua companheira melhor que
ninguém. Veja se é capaz de nos dizer se é dela.
Raiva e medo se apoderaram de True ante o pensamento da morte ou feridas
graves. Ele deu um passo e tropeçou. Justice e Darkness agarraram seus braços. Apoiouse
neles o suficiente para se sustentar e caminhar. Ficava mais fácil conforme avançavam
pelo corredor. Mais Espécies estavam no quarto. A visão da porta destruída o devastava.
— Ela tentou deixá-los de fora. — Darkness disse tranquilamente. — Ela foi
esperta. Tombou a cômoda e colocou uma cadeira entre ela e a porta. Atrasou-os, pois
tiveram que quebrar a cadeira para entrar.
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— Deveria agradecer isso. — Justice murmurou. — Minha companheira teria saído
e lutado com eles.
— Eu disse para ela correr. — True tentava manter-se firme.
— Ela tentou. — Darkness chutou algumas partes da cadeira quebrada do
caminho. — Ela é uma boa companheira por escutar você e tentar seguir suas ordens.
— Estava ao lado. — True lançou a Justice um olhar acusador. — Porque demorou
para chegar aqui?
Ele estremeceu.
— Nós acordamos quando ouvimos alguém gritar algo, mas não consegui
entender. Acreditei que estava fazendo sexo com sua companheira. Escutamos, mas
depois parou, assim comecei a beijar Jessie... — Fez uma pausa. — Nós não ouvimos
nada até Jeanie gritar por ajuda e um estrondo alto soar. Eu saltei da cama, mas me
levou alguns segundos para vestir uma calça e deixar Jessie com uma arma. Eu corri e
achei você no chão. Ela já não estava quando entramos na casa.
True desceu o olhar. — Eu sinto muito por ter falado assim. Sabia que você
chegaria aqui tão rápido quanto possível. Foi minha culpa.
Justice grunhiu, parecendo discordar, mas não disse nada quando entraram no
banheiro. Foi outra visão que o surpreendeu. A porta foi golpeada e o chão estava coberto
de pedaços de vidro e a porta do chuveiro quebrada. Alguém obviamente deslizou em
algo no chão. A parede onde deveria estar o armário tinha um grande buraco e
fragmentos entravam, como se houvessem fechado as portas com um golpe.
— Ela trancou a porta e fez uma armadilha para eles. Ela é inteligente. — Darkness
murmurou.
— Quando um deles passou pela porta, foi apenas para dar de cara com a porta do
chuveiro aberta. Foi resistência o suficiente para que perdesse o equilíbrio e deslizasse
no material que ela espalhou pelo chão. Parece que uma bota grande bateu no armário e
no vaso e há sangue de quem bateu neles. Não muito.
— Não é o sangue de Jeanie. Seus pés são pequenos e ela estava descalça.
— A janela. — Justice o guiou em direção a ela. — Ela saiu por aqui.
True recuperou o suficiente de seu equilíbrio para se controlar quando se
aproximou. A janela estava aberta e ele a cheirou. Seus sentidos estavam entorpecidos,
mas um pouco de sangue era visível na parte baixa da janela. Ele curvou-se e cheirou. O
alívio imediatamente veio.
— Não é dela.
— Tem certeza?
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Ele olhou para Darkness. — Eu sei que não é dela.
— Bom. Agora cheire ao redor da armação. Eu o fiz e encontrei mais. É diferente.
Não tinha certeza se era dela ou mais sangue de um homem sob este cheiro artificial.
— É dela. — Ele girou sua cabeça, cheirando o outro lado. — E aqui. Este sangue
é de Jeanie.
— É fraco. Ela provavelmente machucou as mãos quando agarrou a alça para
pular. — Justice retrocedeu, levantou um rádio e falou. — Quero nossos melhores
rastreadores aqui. Nós temos sangue de um dos humanos e da companheira.
True ficou tenso e então saltou, com apenas um careta de dor um de seus ombros
bateu contra o marco. Aterrissou no pátio traseiro. Ele manteve-se para baixo, olhando o
chão. Estava batido, pisoteado quando Jeanie e os machos saíram do banheiro. Ele
cheirou, não sentindo o sangue imediatamente. Então ele o fez. Pertencia ao macho
humano. Ele se aproximou, cheirando.
— O que você tem? — Darkness subiu na janela e se abaixou para cheirar
também. — Eu cheiro isto também. O macho andou por aqui e ele está sangrando.
— Nós precisamos de luzes aqui! — Justice gritou. — No quintal.
True manteve-se agachado, cheirando. — Eu perdi.
— Eu também. — Darkness franziu o cenho.
— Ele deve ter descoberto que estava sangrando e parou de alguma maneira.
Darkness grunhiu. — Eles são espertos.
True se levantou e começou a rodear o muro de tijolo que rodeava o pátio. Ele
cheirou, também procurando por evidência de onde estiveram cuidadosamente. Darkness
apareceu, fazendo o mesmo.
— Seria mais rápido se você começasse no outro lado.
— Você foi drogado. Dois narizes são melhores. Nós não queremos perder nada.
True deveria se sentir ofendido, mas o macho tinha um ponto. Ele não iria confiar
em seus sentidos nesse momento com vida do Jeanie em jogo. A porta de trás da casa se
abriu e mais machos entraram. Reuniram-se no centro.
— Eu não entendo. — Darkness grunhiu. — Eles voaram acima do muro?
True queria uivar de frustração. — Talvez voltaram para dentro e partiram pela
porta da frente ou o portão lateral.
— Você viu a fechadura no lugar e não foi tocada. Está enferrujada. — Justice
argumentou. — Também, fui o primeiro a chegar. Jessie queria vir mas pedi que ela
ficasse. Eles não partiram da frente. Duas equipes chegaram um minuto depois de mim.
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— Ele balançou a cabeça. — Tínhamos Espécies do lado de fora de sua casa. Eles não
saíram por ali.
— Os quintais? — Darkness saltou, caindo com graça sobre o canto de conexão
dos muros. Ele desviou a vista, girou sua cabeça e franziu o cenho olhando para baixo. —
Eu só vejo Espécies. Eles parecem estar procurando cada centímetro.
— Eu dei a ordem. — Justice grunhiu. — Como conseguiram sair? No que diz
respeito a esse assunto, como eles conseguiram entrar em Homeland?
— É quase como se eles voassem. — Um Espécie murmurou.
— Darkness? — Justice franziu o cenho. — É possível que eles de alguma maneira
voaram sobre Homeland e saltaram? Talvez encontraram um maneira de voar assim.
Ele saltou para baixo. — Estou estudando cuidadosamente as opções, mas acho
que não. Nós teríamos ouvido um helicóptero. Não tem como terem usado planadores. —
Ele apontou para a colina atrás deles. — Ainda que conseguissem subir lá para usá-lo
seria um salto fora de ponto, eles não têm o alcance para fazer isto daquela altura.
— Balões? — Tiger entrou no quintal. — Isto é possível?
Darkness bufou. — Sabe o tamanho que seria para transportar três humanos? Nós
teríamos visto e o radar também. Não tem como terem saído daqui ser serem
descobertos.
— Talvez usassem algo menor.
Darkness balançou a cabeça. — Seria muito difícil de controlar com este vento sem
motores para guiá-los e nós os teríamos ouvidos. Apenas não conseguimos descobrir
como entraram e saíram.
— Então onde eles foram? — True estava frustrado e preocupado. Seu estômago e
contorceu e ele não tinha certeza do porquê, se pelas drogas ou por isso tudo. Ele girou,
olhando fixamente para o pátio. — O sótão. Foi por onde entraram na casa. — Ele lançouse
adiante, pronto para procurar por Jeanie, mas Tiger bloqueou seu caminho.
— Já olhamos lá. Foi como um deles entrou. Arrancou a saída de ar livre e usou a
lateral da casa e o utilizou para poder entrar.
— Qual o lado da casa?
— Direito. — Justice apontou. — Todas as casas têm.
True foi em direção àquela área e olhou para o buraco no lado da casa próxima ao
telhado. O enfurecia não saber antes ou ele teria feito com que ninguém pudesse entrar
desta maneira. Franziu o cenho, no entanto, olhando.
— Como um humano subiu ali?
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— Talvez subissem no telhado e usaram uma corda? — Darkness retrocedeu e
logo correu para ganhar impulso antes de saltar. Ele caiu sobre o telhado.
True ficou atordoado. Era um salto de seis metros. Os Espécies eram bons, mas
isso era algo que ele não poderia ter feito. Claro, não era felino. Eram melhores
saltadores que caninos. O macho se abaixou, facilmente escalando o telhado. Ele se
sentou com as pernas abertas no cume e olhou ao redor.
— Não há nenhum sinal deles. Eu não vejo quaisquer alterações aqui.
True olhou para o buraco. Se um humano não usou o telhado, teria precisado de
uma escada. Não havia nenhum sinal de uma. Ele caminhou adiante, deixando a grama
para a calçada. A unidade de ar condicionado estava lá, mas não era alta o suficiente
para ajudar um humano a ter acesso ao sótão, a menos que talvez alguém o tivesse
impulsionado. Ele se abaixou, olhando para a grama artificial que colocaram na área para
parecer mais natural olhando. Seu nariz pegou um cheiro leve e grunhiu, inclinando-se
mais perto.
— Jeanie.
— O que foi? — Tiger se aproximou com Justice em seus calcanhares. Um corpo
pesado aterrissou atrás dele quando Darkness saltou do telhado.
— Seu sangue. Está aqui.
True cheirou novamente, rastreando-o. Parou e recuou. Havia um buraco pequeno
na grama. Ele estendeu a mão e deslizou os dedos nela, tocando concreto. Ergueu a
grama, vendo mais do lugar que a terra que deveria estar ali. Puxou mais e encontrou
uma grelha de metal.
— Filho de uma cadela. — Darkness murmurou. — O que é isto?
True soltou a grama artificial do tamanho de um tapete e se inclinou, cheirando.
Algumas gotas de seu sangue estavam ao lado do buraco. Ele girou a cabeça, olhando
para o felino. — Foi como eles saíram.
— O que é isto? — Justice soou furioso. — Por que nós não sabíamos sobre isto?
É grande o suficiente para pessoas passarem por ele. Esta provavelmente foi a forma
como o humano escapou depois de sua primeira tentativa. Por isso não conseguimos
localizá-lo.
Darkness amaldiçoou e movimentou a cabeça. — Homeland foi construída como
uma base militar, correto?
— Sim. — Justice franziu o cenho.
— Os humanos podem ter construído túneis subterrâneos para que a chuva da
colina escoasse.
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— Eu não me importo com o que é. — True agarrou a grelha de metal e a ergueu.
Era pesada, mas cedeu facilmente. Ele jogou-a de lado. — Vou atrás dela.
Darkness agarrou seu braço. — Espere. Nós precisamos de mais homens e
lanternas. Nossa visão é boa, mas não haverá nenhuma luz ali.
— Merda. — True grunhiu. — Vou atrás de minha companheira.
— Cinco minutos. — Justice prometeu, pegando seu rádio para ordenar o que
precisavam. — Isto deve terminar em algum lugar. Tiger encontre alguém que saiba onde
acaba.
— Estou nisto! — Tiger gritou, rodeando a casa.
— Vou atrás dela. — True não podia esperar. Jeanie estava sangrando e em
perigo. Cada segundo podia contar. Darkness ficou em seu caminho.
— Escute. Ir correndo ali, colidindo com a escuridão poderia fazer com que a
matassem. Nós precisamos ser espertos e cautelosos sobre isto. Eu entendo que você
queira encontrar sua companheira, mas você a quer viva, não é?
O despedaçava, mas lutou para ser razoável.
— Nós vamos atrás dela, mas precisamos fazer isto do jeito certo.
Ele apertou os dentes. — Certo.
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