sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Capítulo 20



Capítulo Vinte
O humor de Kat estava sombrio enquanto ela esperava a médica loira entra na sala de exame. Ela olhou para o relógio na parede. Os minutos passavam vagarosamente e ela tinha certeza que esse tinha sido os vinte minutos mais longos de sua vida. A porta se abriu e ela ficou tensa. Não foi a doutora Alli, como ela tinha se apresentado, quem entrou. Darkness caminhou para dentro da sala.
Ele parecia quente no uniforme. No entanto, as feições dele estavam duras e o olhar escuro a prender no assento ao lado da mesa de exame.
— Olá.
Isso é tudo que ele tem a dizer pra mim? Kat não o tinha visto desde que ele fugiu do quarto na noite anterior. Mais tarde Field tinha aparecido, parecendo culpado e arrependido, para informar a ela que tinha sido instruído para movê-la para a habitação dos hóspedes.
Darkness não a queria mais em sua casa. Isso tinha doído, mas ela não estava surpresa.
— Eu deveria te agradecer por aparecer para pegar o resultado?
— Já descobriu?
— Ainda esperando. – Ela sacudiu a cabeça.
Darkness descansou contra a parede e cruzou uma bota sobre a outra. O silêncio dele a chateou. Kat lidou em permanecer sentada, mas estava tentada a cruzar a distância de poucos metros entre eles e o socar. Isso talvez a fizesse se sentir melhor, mas no final, ela usou palavras ao invés disso.
— Da próxima vez, tenha bolas para chutar uma mulher para fora de sua casa você mesmo.
Darkness pestanejou.
— Você me ouviu.
— Achei que era melhor fazer um término limpo.
— E o que você vai fazer se eu estiver grávida? – Kat arqueou uma sobrancelha.
— Eu não sei. – Darkness rosnou e olhou para longe.
— Eu muito menos, concordamos com algo.
— Você a criança seriam bem cuidadas.
— É melhor isso não ser uma ameaça.
A pele escura de Darkness empalideceu ligeiramente e ele olhou para ela.
— Você sabe que eu nunca te machucaria ou permitiria que alguém o fizesse. Quis dizer que a ONE e eu iriamos ter certeza que vocês dois estivessem providos e protegidos.
— À distância.
— Você iria ficar em Homeland ou na Reserva.
— Estou assumindo que, qualquer que eu escolha, você estará no outro local?
Darkness não disse nada, isso respondeu à pergunta. Kat tinha apostado certo. A porta se abriu e a doutora Alli entrou.
— O teste de gravidez é negativo. – Ela mexeu as mãos como se estivesse nervosa, olhando entre os dois. – Vou sair agora. – Ela se virou para ir embora.
— Tem certeza? – Darkness se afastou da parede.
— Sim. – A loira pausou. – Tenho certeza. Os níveis de hormônios iriam estar cravados se ela estivesse carregando um bebê Espécie. Eu poderia fazer uma ultrassonografia, mas isso não é necessário.
— Obrigado. – Darkness permitiu que ela saísse.
A porta se fechou e Kat deslizou do topo da mesa, as pernas se sentindo um pouco trêmulas. Ela odiou o desapontamento que sentiu com as notícias. Não seria a pior coisa ter um bebê, mas parte dela tinha começado a gostar da ideia. A outra parte estava agradecida. Darkness iria ter o desejo dele, eles teriam uma separação limpa. Não haviam nada para os prender juntos.
— Isso é bom.
Kat olhou para Darkness. Ele está tentando me convencer ou a ele mesmo?
— Não vou te afastar de sua celebração, tenho um taxi para pegar. – Ela caminhou para a porta e segurou a maçaneta.
Darkness subitamente caminhou atrás dela e bateu a mão na porta para mantê-la fechada. Kat podia senti-lo perto. Se ela se virasse, eles iriam se tocar. Isso a fez continuar, imaginando porque ele não estava abrindo a porta para ela.
— Kat. – Darkness murmurou.
Lágrimas encheram seus olhos. Kat esperava que ele dissesse que estava pronto para tentar ter um relacionamento real, que tinha mudado de ideia. Ela não iria segurar a respiração.
— O quê?
— Você considerou trabalhar com a ONE?
— Sim. – Kat se recusava a olhar para ele. – Agradeço a oferta, mas não. Vou continuar no FBI se eles permitiram isso ou trabalhar em outro lugar depois que a investigação estiver completa. Vou daqui a pouco falar com o supervisor no comando, planejo ir para casa primeiro e pegar algumas roupas de verdade. – Kat olhou para baixo para a camiseta da ONE e calças de moletom, menos para o logo dele. – Essa não é a minha melhor roupa para impressionar.
— Você precisa de algo?
Uma longa lista se formou na cabeça dela, começando por ele caindo de joelhos e implorando para ela ficar.
— Não. A ONE me assegurou que vão pagar o taxi para me levar para casa. É tudo o que eu preciso. Minha escolta vai me levar para um dos portões, eles querem evitar que alguém me veja saindo.
— Eu...
— Você o quê? – Kat piscou as lágrimas de volta e virou. Darkness era tão alto e grande. Ela sempre relembraria isso sobre ele, e como ele cheirava tão bem.
— Te desejo o melhor, Kat. – Dor passou pelos olhos de Darkness ou talvez fosse um pensamento desejoso da parte de Kat.
— Você também. – Ela girou. – Tenho que ir se isso é tudo o que quis dizer.
Darkness soltou a porta e deu um passo atrás, Kat girou a maçaneta, abriu a porta e escapou para o corredor em passos rápidos. Não quebre. Não dê a ele a satisfação de saber que te machucou. Kat repetia isso na cabeça até que localizou sua escolta próxima a porta da frente.
— Vamos embora.
O macho assentiu e a levou para o Jeep esperando. Kat estava deixando Homeland e nunca iria voltar. Isso deveria fazer Darkness feliz. Ela estava miserável, mas não era
da conta dele. Isso endureceu um pouco seu coração. O portão se tornou uma porta na parede com um único oficial Nova Espécie a ajudando, lá haviam alguns armados no caminho em cima da parede.
— Apenas caminhe através do corredor e através do portão da casa diretamente além. Um taxista está esperando na frente da casa, ele vai acreditar que você é uma residente aqui. Ele já foi pago. – O oficial forçou um sorriso. – Por favor, não revele a localização da casa para ninguém. Os dois portões de trás e da frente estarão abertos para você.
— Obrigado, não vou contar a ninguém. – Ela quis dizer isso.
As instruções eram claras. Ela deixaria Homeland, cruzaria o quintal e caminharia através de um bonito e arrumado jardim para o portão da frente, evitando a casa conjugada. Um taxi estava estacionado na rua. A mulher dirigindo sorriu enquanto ela se sentava no banco de trás.
A motorista recitou seu endereço.
— Está correto, certo? Sua mãe disse que você teve uma briga com seu namorado quando ela ligou. Ela já pagou pelo cartão de crédito, então eu não me incomodei em esperar enquanto você pegava mais de suas coisas.
— Vou voltar mais tarde. – Kat se recostou, era uma boa cobertura. – Ele precisa de tempo para se acalmar.
— Eu sinto muito, querida. Os homens podem ser tão idiotas. – A motorista colocou o carro em marcha.
— Sim, eles podem. – Kat pensou em Darkness. Ela não tinha ninguém a culpar além de si mesma por esperar mais com Darkness. Isso não suavizava o coração partido, entretanto. – Eu não quero conversar.
— Claro, entendi. – A mulher ligou o rádio, uma estação country.
Kat tocou o estômago, deveria ser uma notícia fantástica que tinha evitado uma gravidez não planejada. A ideia de ter um pequeno mini Darkness tinha estado em sua mente com frequência e ela tinha começado a gostar do conceito. Ele tinha que estar sentindo o oposto.
O táxi parou na frente da sua casa e Kat agradeceu a motorista e saiu, era bom estar em casa. A pintura estava descascada e as janelas precisavam ser substituídas, mas era sua casa. Missy iria estar feliz em vê-la. Ela teve que tocar a campainha desde que não tinha as chaves.
Missy atendeu e instantaneamente sorriu.
— Você está em casa! – Ela a abraçou forte. – Senti sua falta.
— Quis ligar, mas não fui capaz. – Darkness tinha certeza disso. – Você está bem?
Missy a soltou e a puxou para dentro, fechando a trancando a porta.
— Estou bem. Tudo limpo, gente. É apenas Kat.
Um homem uniformizado caminhou pelo corredor para a sala de estar. Ele segurava uma arma e as letras ONE colocadas no colete dele indicavam quem ele era. As feições dele revelavam que ele não era um NE. O segundo cara que caminhou pelo corredor vindo da cozinha era. Ele era alto, um macho de cabelos brancos com incomuns olhos azuis.
A visão dele chateou Kat.
— O que eles ainda fazem aqui? – Ela se direcionou para o oficial mais próximo, evitando olhar para o NE novamente.
— Fomos atribuídos para guardar a casa em caso de alguém aparecer.
O temperamento de Kat explodiu. Darkness queria uma separação limpa e ela também.
— Caiam fora da minha casa.
— Estamos sob ordens. – O homem argumentou, segurando sua arma.
— Kat. – Missy sussurrou. – Está tudo bem. Há quatro deles, dois estão dormindo agora, enquanto esses estão no turno. Eles estão aqui para me proteger.
— Eu posso fazer isso. – Ela foi o rosto do homem uniformizado. – Cai fora da minha casa. Não me faça pegar o telefone e chamar a polícia. Eu vou. Pegue sua equipe e vá. Estou em casa. Vocês pegaram minhas armas?
— Não.
— Então caiam fora. Vocês tem cinco minutos. – Ela caminhou ao redor dele, agarrando o pulso de Missy e a arrastando para a cozinha. – Vou fazer um sanduiche para mim e é melhor vocês terem ido no tempo em que eu terminar de comer. Voltem para a ONE.
— Kat. – Missy protestou.
Kat parou quando o Nova Espécie bloqueou seu caminho. Ele rosnou baixo e seus estranhos olhos se estreitaram.
— Estamos sob ordens para permanecer, senhorita Perkins.
Kat soltou Missy e enfiou o dedo no centro do colete dele.
— Você diga a Darkness para ir para o inferno. Ele me queria fora da vida dele e eu estou. Isso significa que você caras estão saindo da minha casa.
Confusão passou pelo rosto do cara.
— É melhor terem ido em cinco minutos ou vocês podem explicar para o departamento de polícia e provavelmente para as estações de TV com as orelhas deles para os escâneres dele sobre o porquê de vocês estarem aqui. Eu não quero ou preciso da proteção da ONE. Vocês não querem chamar atenção que estão aqui. Eu iria chamar isso de um acordo justo. Caiam fora! – Kat o empurrou na parede e caminhou para a cozinha.
— Kat, eles são legais. Eles estão preocupados sobre Robert Mason. Eles vieram aqui para nos manter seguras no caso dele aparecer.
— Ele não vai aparecer. – Kat virou, tentando acalmar seu temperamento. – Eu sou o menor dos problemas dele. Ele foi suspenso e está sob investigação. Ele abusou de sua posição, gastou dinheiro e o tempo dos agentes e eu nunca mais quero ouvir sobre Novas Espécies nunca mais. Fui clara?
— Oh, Kat. – Missy a estudou, pena se mostrou em sua expressão. – Eu sinto muito.
— Não. – Ela avisou. – Nem mais uma palavra. – Seu tom se suavizou. – Não quero falar sobre isso. Não quero falar sobre ele. Quero apenas comer e seguir com minha vida, okay?
— Claro. – Missy assentiu. – Vou agradecer a eles e dizer adeus.
— Você faz isso. – Kat abriu a geladeira, olhando para o relógio acima do fogão. – Cinco minutos, Missy. Quis dizer isso. Quero que eles vão embora.
— Okay, Kat. – Missy a deixou sozinha.
Kat abriu um refrigerante e umas das saladas empacotadas que Missy gostava tanto, a dor no peito iria eventualmente desaparecer. Ele não a tinha deixado com outra opção. Definhar por um homem que nunca iria permitir a si mesmo de se aproximar dela era uma perda de tempo. Ela assumira o risco, tentando por ele, mas essa era uma batalha perdida.
— Droga. – Kat sussurrou. Não seria fácil superar Darkness. Nem um pouco.
* * * * *
— O que você ia preferir que eu fizesse? Amarrá-la e amordaça-la para impedi-la de chamar o departamento de polícia? – Snow cruzou os braços no peito. – Ela estava zangada com você. Isso estava aparente.
— Você não deveria ter saído. – Darkness rosnou.
— Eles não tiveram escolha. – Fury foi para o lado de Snow. – Eles foram demitidos. Não temos jurisdição para permanecer dentro de uma casa sem o consentimento do dono. Nós temos os olhos em Robert Mason. Ele está indo entre o escritório do advogado e casa, não fez nenhum movimento de retaliação contra sua Kat.
— Ela não é minha. – Ele assobiou.
— Você está certo, ela não é. – Fury caminhou na frente dele. – Você a mandou embora. Ela é uma oficial treinada. Você viu em primeira mão quão bem ela pode cuidar de si mesma nos nossos portões. – Ele olhou para Snow. – Ela tem armas em casa?
— Duas armas e um rifle no closet. – Snow se sentou. – Nós as deixamos lá.
— Ela está armada. – Fury virou a cabeça para olhar incisivamente para Darkness. – Ela pode lidar com um único humano se a situação surgir.
— A segurança na casa dela era uma piada. – Darkness não estava pronto para concordar. – Pelo menos me permita enviar uma equipe para instalar um sistema.
— Não. – A cadeira de Justice rangeu. – Eu estava pronto para colocar uma equipe em campo, mas Katrina Perkins deixou claro que não iria receber mais assistência nossa. Devemos respeitar a decisão dela.
— Vou pagar por isso eu mesmo. – Darkness segurou o olhar do macho felino.
— Não. – Justice repetiu. – Snow, você está dispensado.
O macho saiu, fechando a porta atrás dele. Justice suspirou alto e se recostou.
— Você deveria ter pedido a ela para ficar se estava tão preocupado sobre a fêmea, Darkness.
— Eu não achei que ela fosse chutar nossa equipe.
— Você queria ela fora da sua vida. – Fury bufou. – Deixe-a ir.
— Ela corre riscos. – Darkness argumentou.
— Você não tem isso em dois caminhos, irmão. – Fury se sentou e balançou a cabeça. – Ela não é um tipo de humana indefesa. Você esteve com ela porque ela é durona. Mason não deu nenhuma indicação de que ela está em perigo. O FBI o tem monitorado de perto também. Eles compartilham as descobertas deles tão longe. A relação dele com Jerry Boris foi a única razão dele procurar por ele, eles não encontraram nada muito longe que indicasse que ele sabia ou fazia parte do que Boris fez com a ONE. Os humanos podem ser fortemente leais a família. Sabe o que eu penso?
— Não quero saber. – Darkness lançou a ele um olhar sujo. – Estou saindo agora. – Ele girou e marchou para a porta.
Foi uma surpresa quando Snow esperava do lado de fora do prédio, o macho se aproximou com uma expressão sorridente.
— Você se importa com aquela fêmea.
— Não quero que ela fique em perigo. – Darkness se recusava a admitir mais.
Snow lambeu os lábios e olhou ao redor antes de deslizar a mão para dentro do colete. Ele ofereceu um cartão.
— Aqui.
— O que é isso? – Darkness olhou para os números escritos nele.
— O código de acesso para as imagens das câmeras que colocamos do lado de fora da casa de Katrina Perkins. Eu não as removi. As câmeras do interior foram retiradas, mas você terá uma visão completa da frente e dos fundos da propriedade.
— Por que você as deixou? – Darkness guardou o cartão.
— Eu gostei de Missy. – Snow hesitou. – Ela era legal e eu queria manter um olho nela. Acho que isso importa mais para você do que pra mim. Eu a assustava muito para pegar seu interesse.
— Obrigado.
— De nada. – Snow parecia como se quisesse dizer mais.
— O quê?
— Você tinha uma fêmea, por que desistir dela? Foi por tudo que ela iria perder se fizesse parte do nosso mundo?
— Eu não sou o tipo para companheiro.
Entendimento passou no rosto do outro macho.
— É difícil vencer o passado. Não há ponto no futuro se você não deixar ir.
— Não é tão simples.
— Nos adaptamos. – Snow o relembrou. – Sempre aspiramos ser mais do que queremos ser. Você não mantém seu objetivo bem?
— Sou muito danificado.
— Todos nós somos em certos graus. Alguns danos são visíveis, alguns são entranhados profundamente dentro de nossas almas. É parte de ser Espécie. Você não é o macho menos propenso a ter uma companheira que já conheci. Valiant tem Tammy.
— Ele pelo menos estava pronto para ter uma companheira.
— Pronto e capaz de ser bem sucedido são duas coisas diferentes. Eles fizeram isso funcionar. Aquele é o único macho com quem eu não poderia viver. – Snow sorriu. – Acha que ela está surda agora, ouvindo os rugidos dele? Ele não é mais paciente e calmo dos machos.
— Ele não iria assustá-la.
— Ele me assusta, assim como aos residentes da Zona Selvagem e eles não são exatamente o que eu consideraria sãos. Isso fala de volumes, não fala?
Darkness teve um flashback de um momento com Kat. Ele quase pôde ouvir a voz dela. Nós temos dois volumes. Alto ou mudo.
— Eu não sou ele.
— Você é mais racional. Ele permite os sentimentos saírem em grande forma, até demais. Ele não sabe balancear.
— Nem eu.
— Você tentou?
— Não vou discutir isso.
— Você se importar com aquela fêmea, isso é um fato. Já considerou que ela pode encontrar algum humano? E se ele a machucar? Os humanos podem trair uma mulher, eles carregam doenças sexuais também. Eu fui a umas das aulas dela. A violência
doméstica é um problema no mundo dela. Eu não acho que ela escolheria um humano fraco para cruzar com ela. Ele poderia causar sérios danos ou matá-la.
— É o suficiente. – As coisas que Snow descreveu o enfureceram.
— Já assistiu aos jornais deles? Eles mostram roubos e invasões de casas, estupros, assassinatos e vários atos de violência. Não temos essas coisas em nossos territórios. As paredes ao nosso redor nos protegem e nossas fêmeas da violência do mundo de fora. É nosso dever como machos mantê-las seguras. Sua fêmea não está aqui.
— Ela não é minha fêmea. – Ele rosnou.
— Você não perdeu seu temperamento antes de conhecê-la. – Snow sorriu. – Você teria calmamente me corrigido. Ela já te mudou.
— Eu sou o mesmo macho.
— Talvez você devesse ir para casa e dar uma boa olhada no espelho. – Snow sacudiu a cabeça. – Está em negação. Minta para os outros, mas não para si mesmo.
Darkness assistiu o oficial caminhar para longe. Ele cerrou os punhos, zangado. Todos permaneciam dando conselhos a ele e não era a primeira vez que tinha sido acusado de não estar sendo honesto. Ele foi para casa e bateu a porta, traços ligeiros do aroma de Kat permaneciam no quarto. Darkness respirou pela boca e entrou no banheiro, acendendo a luz. Ele agarrou o balcão, inclinando-se para tomar o conselho de Snow.
O mesmo macho olhava de volta no espelho, ele não notou mudanças físicas. Tinha se esquecido de cortar os cabelos, que agora caiam em seus ombros. A última coisa que queria era se parecer com Fury ou com os irmãos que uma vez perdeu. Darkness fez uma nota mental para ter aquilo feito logo e foi para o quarto. Ele estudou a cama, as memórias de Kat eram inevitáveis.
Sentia saudades dela. Isso iria desaparecer com o tempo e ele voltaria a sua rotina normal. Ir para o trabalho, voltar para casa e ficar sozinho. Ele ficou olhando para o teto até adormecer, os pesadelos o acordariam em algum ponto. Ele iria tomar banho e começar o dia novamente, isso tinha se tornado um círculo sem fim que já não tinha qualquer apelo.
— Filha da puta. – Ele murmurou.
Darkness abriu o closet e retirou uma pasta. Kat não tinha tentado abri-la, ele tinha checado. Ele colocou a combinação certa e retirou o laptop. Em minutos tinha se plugado e colocado a vigilância de segurança – a frente e os fundos da casa de Kat na
tela dividida. Darkness removeu as botas, ficando confortável e se sentou na cama, colocando o aparelho no colo.
Não houve nenhum sinal de vida até que o sol baixou. As luzes começaram a se acender fora da casa, permitindo a ele rastrear movimentos. Uma mulher loira pausou na frente de uma janela no segundo andar na frente, essa tinha que ser Missy. Ela olhou para fora e virou, seus lábios se movendo.
Darkness odiou o modo que esperou que Kat iria entrar no campo de visão, a luz se apagou e o tempo passou. Ele se ergueu e fez uma pequena refeição. Retornando para o quarto, ele comeu enquanto continuava vendo a casa de Kat. O laptop coube na mesinha, encarando a cama dele.
O telefone tocou e ele atendeu.
— Darkness.
— Como você está?
— Estou bem, Fury.
— Você gostaria de vir para jantar?
— Já comi.
— Você poderia se juntar a nós amanhã.
— Estarei no meu turno amanhã à noite.
— Vou ligar novamente em alguns dias. –Fury suspirou.
— Faça isso. – Darkness desligou e colocou uma calça de pijama de seda.
Era cedo, mas ele se deitou e virou para seu lado, sua atenção na tela do laptop. Talvez não permitisse a si mesmo ser uma parte da vida dela, mas se sentia melhor assistindo-a. Era melhor que olhar para o teto. Essa desculpa o fez se sentir melhor.

12 comentários:

  1. Respostas
    1. Tenho quase todas as series dela,inclusive os últimos lançamentos.
      Mande e-mail
      mfribeiro2017@gmail.com

      Excluir
    2. Se puder me mandar tbem eu agradeceria ..

      thailapedroso@yahoo.com.br

      Excluir
    3. Se puder me mandar tbm...
      sabrinarafaela196@gmail.com

      Excluir
    4. Se puder me mandar tbm eu seria muito grata

      Evilinkris20@gmail.com

      Excluir
  2. Márcia Ribeiro, eu vou te manda uma mensagem. ❤️

    ResponderExcluir
  3. A pessoa tem q ter muita paciência pra ler essa história pq ela faz vc fica com ódio e senti pena dele tbm. Eu super entendo tudo q ele sofreu porém ficou nisso a história todinha.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Né, eu já conheci muita pessoa teimosa, mais ele. Ooo homen difícil viu, kkkkkk

      Excluir
  4. Por favor poderia me enviar também??? celyneestersatelesborges@hotmail.com

    ResponderExcluir