terça-feira, 4 de novembro de 2014

Capítulo 19

Capítulo Dezenove
Estou acasalada. Jeanie sorriu e se enrolou no colo de True dentro do SUV.
Ele insistiu que se sentasse ali quando outros Novas Espécies entraram no veículo
para escoltá-los onde quer que estivessem indo. O sol saiu a pouco e Jeanie olhou pela
janela lateral quando chegaram a seu destino.
Um Nova Espécie, vestindo o uniforme da ONE, abriu a porta do motorista.
— Oi, Slade.
— Nós temos um novo casal, ficarão na casa ao lado de Justice. Esta é Jeanie e já
conhece True.
O homem sorriu. — Recebemos um telefonema informando que estão recémacasalados.
— Disseram também que ela está em perigo?
Todo humor deixou o rosto do homem. — Sim. Eu enviei um oficial para verificar
sua casa e ele disse que está tudo bem. Nós aumentaremos as patrulhas.
— Bom. — Slade pisou no acelerador quando o portão se abriu para deixá-los
passar. — Estas são as cabanas dos casais acasalados e de alguns Espécies com
responsabilidades maiores.
Jeanie olhou para as casas grandes. — Cabanas? Deve ter mais de três mil metros
quadrados. A minha versão de cabana e a sua são completamente diferentes.
True atraiu sua atenção com um olhar de interrogação.
— Cabanas são casas minúsculas, um tanto quanto atraentes, mas pequenas.
Slade riu. — Tudo é maior com Novas Espécies.
True riu. — Tudo.
Homens! Jeanie imaginava por onde ia as mentes deles, falaram e decidiram sem
contar com ela, em alguns aspectos eram mais humanos do que queriam admitir.
Jeanie se manteve em silêncio até que entraram por uma estrada e o carro parou.
True abriu a porta, pegou-a nos braços e saiu. O outra Nova Espécie ficou no SUV.
— A equipe de segurança está a caminho. Entre e relaxe. Alguém trará comida e
roupa dentro de uma hora. Aproveitem que estão recém-acasalados. A porta esta
destrancada. Justice pediu que trouxessem um café da manhã para vocês. — Slade
explicou. — Espere a campainha tocar em aproximadamente dez minutos. Eles já
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começaram a preparar a comida na cafeteria então é questão de minutos que enviem
alguém para entregá-la. Eles são rápidos.
True e Jeanie caminharam até a porta principal. Ela olhou a casa. Era de um tom
bonito de rosa e enorme. Qualquer dos apartamento que viveu provavelmente caberia na
garagem. Girou a maçaneta e a porta se abriu, entrou e olhou dentro.
— Uau. Está completamente mobiliada. — Isso a surpreendeu.
— A companheira de Justice viveu aqui um tempo.
Ela olhou para ele. — Eles viveram separados depois de acasalarem?
Ele riu. — Foi antes deles se acasalarem. Ele queria tê-la por perto. — Fez um
gesto com a cabeça. — A casa deles é aquela.
Ela olhou na direção que indicou e viu uma casa muito maior. — É de intimidar.
— Você não quer viver ao lado deles? — True franziu o cenho. — Quero que seja
feliz.
— Ele é o líder da ONE. É como uma celebridade. Eu nunca pensei que seria
vizinha de alguém tão conhecido. Eu não me importo. É só um pouco estranho.
True a surpreendeu rindo e abruptamente pegou-a nos braços. Ela envolveu os
braços ao redor de seu pescoço. — Conheço os costumes humanos. Vou carregar você
para dentro.
— Isto é realmente doce. — Ela sentiu-se comovida com o gesto. — Obrigada.
Ele entrou e deu a volta e com o pé fechou a porta. Moveu seu peso o suficiente
para trancar a porta. Seus olhos se encontraram. — Você quer uma cerimônia de
casamento? Nós podíamos convidar sua família e amigos.
Ela se imaginou fazendo este telefonema para seus pais. Teriam muitas perguntas,
começando por como conheceu True. Teria que contar porque raramente ligou, devido as
situações de perigo que viveu e isso não seria divertido.
— Talvez em alguns meses. — Ela decidiu. — Por agora, acho que temos o
suficiente com isto.
— De acordo. — Ele girou e obervou o quarto.
Ela seguiu seu olhar. A sala de estar era grande e incluía uma bonita lareira. A
cozinha e a sala de jantar pareciam modernas e bem mobiliadas.
— Jeanie? — Ela voltou seu rosto para olhar em seus olhos. — Você está
preocupada com o fato de sua família e amigos não gostarem de mim?
— Não. Acho que ficarão surpresos já que nunca lhes o disse que estava
realmente acontecendo em minha vida, mas uma vez que passar o choque irão querer
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saber tudo e vão te receber muito bem. Sempre me ensinaram a julgar as pessoas por
suas ações em lugar de sua raça, religião ou o tipo de educação que tiveram. Que você
seja um Nova Espécie não vai importar. Você é uma pessoa incrível, True.
— Você mordeu o lábio quando eu perguntei sobre casamento.
— Não é nada a ver com você. Eu juro. Dizer que estamos somos juntos vai ser a
parte fácil. Eles irão querer saber como nos conhecemos. Esta será a parte difícil. Deixame
ansiosa. Eles vão ficar furiosos quando eu contar sobre minha vida dupla e que menti
sobre meu trabalho e porque não os visitei com frequência. Isso é algo que gostaria de
evitar por um tempo maior.
— Eu entendo. Nós temos muita tensão neste momento.
— Exatamente. Não tenho pressa para falar com eles.
Deu um passo mais pela sala de estar e a desceu para o chão. — Fique aqui. Vou
verificar a casa.
— Aquele guarda no portão disse que alguém já fez isto.
Ele franziu o cenho. — Você é minha companheira. Sua segurança é meu dever.
Jeanie engoliu um protesto e se limitou a assentir. True abriu a porta do armário
para investigar e desapareceu por alguns segundos para verificar a cozinha e então
caminhou corredor abaixo em direção ao que ela assumiu fossem os quartos.
— Tenha cuidado. — Ela gritou.
Ela podia jurar que o ouviu grunhir e sorriu. Ele era tão adorável quando ficava
paranoico e protetor. Tirou os sapatos, sentou-se no sofá, luxuoso e cômodo. A televisão
grande chamou sua atenção e queria ligá-la.
Foi algo do que sentiu falta quando foi morar com True, ele não tinha uma ou tirou
da casa quando a levou com ele. O controle remoro parecia fazer sinais para ela e não
resistiu a tentação.
— Tudo é seguro.
Ela girou em direção a ele e sorriu. — Sabia que estaria. — Ela bateu levemente no
sofá. — Sente-se perto de mim. Foi uma noite longa, verdade?
Ele se aproximou, mas em vez de sentar-se, inclinou-se e pegou-a nos braços. —
Há uma grande cama em um dos quartos no corredor. Você precisa dormir.
Seu estômago fez barulho e ela ruborizou um pouco sabendo que ele ouviu.
Ele olhou ao redor. — Comida primeiro.
— Eles disseram que enviariam algo.
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A campainha tocou. Ela riu. — Bem a tempo.
Ele suavemente colocou-a no sofá. — Eu pegarei. Você fica aqui.
Ela não protestou. O esgotamento estava cobrando sua parte e seu lado doía, mas
não iria falar sobre isso agora. True a colocaria na cama sem deixá-la sair e a alimentaria
com sua própria mão se necessário. Não pôde ver a pessoa que estava na porta porque o
grande corpo de True a impedia, mas ouviu quando trocaram algumas palavras suaves
antes de ele fechar a porta e girar, segurando uma bandeja coberta em uma mão.
— Café da manhã.
Ele colocou na mesa e ergueu a tampa. Havia dois pratos e uma jarra de suco e
leite. Os talheres estavam enrolados em um guardanapo. A visão do grande bife com
ovos mexidos e batatas fritas a deixou com água na boca.
— Coma o que quiser. — True deu a volta na bandeja. — O bife está bem
passado.
— Você pode dizer apenas olhando para ele?
— Meu nariz me diz. Justice disse que estávamos acasalados assim eles o
passaram um pouco mais.
— Por quê?
Ele se sentou no chão próximo a ela em vez de no sofá. — Para não ofender você.
— Você gosta de seus bifes crus. — Ela lembrou. — Eu não me importo.
Ele sorriu. — Eles foram prestativos e não sabiam disto. Está bem, eu gosto assim.
Provavelmente querem se assegurar que me deixe montá-la e não quiseram que ficasse
irritada ao ver meu garfo pingando sangue. Eles querem evitar qualquer coisa que possa
me prejudicar. — Ela riu. — Precisaria de muito mais do que isso para evitar que vá para
a cama com você.
Todo humor deixou seu rosto quando olhou para ela. — Coma, Jeanie.
Ela sabia muito bem o que este olhar significava e esqueceu seu garfo. — Você me
quer.
— Sempre. — Seu olhar foi para o peito. — Muito. Coma rápido.
— Nós podíamos guardar tudo na geladeira e comer mais tarde. Eu não me
importo de comer frio.
— Eu me importo quando sente fome e que decida saciar minhas necessidades
físicas antes das suas. Coma, companheira.
Ela levantou o garfo e a faca já que ele parecia empenhado em se assegurar que
comesse antes de ir para a cama.
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A cautela se foi quando ela comeu metade da bandeja antes de ficar satisfeita.
Nunca seria capaz de comer o que consideravam uma comida adequada. O prato de True
estava completamente limpo já que comia mais. Ela olhou para ele.
— Estou cheia e totalmente pronta para ir para a cama quando você for.
Ele soltou seu prato e ficou de pé. — Você quer dormir?
Ela balançou a cabeça. — Eu quero você. É como se fosse nossa lua de mel. Nós
podemos dormir depois. Então, onde está este quarto? — Ela ficou em pé.
— Na realidade são dois. — Ele andou ao redor da mesa e parou quase peito a
peito com ela e estendeu a mão. — Deixe-me mostrar a você o que acho que gostará
mais.
— Mostre o caminho, sexy. — Ela tentou pegar sua mão, mas ele agarrou seus
quadris ao invés.
Ele grunhiu baixo, sentindo prazer com o apelido e levantou o corpo ao nível do
dele. — Me abrace.
Ela envolveu os braços ao redor de seu pescoço e suas pernas ao redor da cintura.
Ele caminhou devagar, roçando seu corpo enquanto olhava em seus olhos.
— Nós vamos bater em uma parede. — Não que se importasse.
Ele riu. — Não irei. — Ele afastou o olhar e logo entrou em um quarto.
Jeanie olhou ao redor e viu que era um quarto bem mobiliado com uma enorme
cama com postes. Voltou-se para True e ele a beijou. Fechou os olhos e enquanto abria a
boca e gemia contra sua língua. Lentamente deslizou a língua pela sua, com uma
promessa do que estaria por vir quando ficasse nua.
Ela rompeu o beijo. — Coloque-me na cama.
Ele a soltou e ela caiu sobre o colchão suave com um salto. Ela riu. — Está com
pressa? Isso é divertido.
— Você está na cama. — Ele sorriu, curvou-se para tirar as botas, segurando-se
em um dos postes da cama para manter o equilíbrio. — Agora tire suas roupas antes que
eu arranque-as.
Ela se sentou ficando de joelhos enquanto tirava a camisa. Jogou-a de lado. — Eu
quero você nu também.
Tirou a calça com rapidez, por ser de elástico saiu facilmente, deitou-se no centro
da cama e jogou a calça em True. Ele tinha tirado a camisa e estava movendo o zíper da
calça, quando a calça dela bateu em seu peito. Ela começou a rir enquanto ele levantava
a cabeça com surpresa.
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— Depressa preguiçoso. — Ela deitou-se totalmente nua, sabendo que tinha toda
sua atenção. Deu a volta e ficou sobre os joelhos e as mãos sorrindo. — Você disse algo
sobre montar. Imagino que esta seja a posição.
Ele grunhiu baixo e depressa tirou suas roupas. Apoiou-se na beirada da cama e
se arrastou até ela, com o olhar um pouco selvagem, seus afiados dentes aparecendo e
um brilho feroz em seus olhos. Gostava de vê-lo tão excitado, nu, com os músculos bem
definidos.
Ele a surpreendeu deixando-a a seu lado em vez de tomar o corpo dela como
esperava. Moveu-se e pegou uma perna com um rápido movimento a tombou sobre suas
costas. Inclinou-se sobre ela e disse.
— Não posso te montar até que esteja muito molhada. — Um sorriso curvou seus
lábios quando ele olhou para suas coxas abertas. — E sei exatamente como conseguir te
deixar molhada. Abra para mim.
Ela não ruborizou quando atendeu seu pedido, True separou bem suas pernas
enquanto abaixava o rosto. Seus lábios roçaram com um beijo a parte interna de sua coxa
e se moveu para baixo, ela riu quando ele fez cócegas com o cabelo em seu ventre.
— O que é engraçado? — Ele olhou para cima, sem deixar de sorrir.
— Seu cabelo. — Ela explicou.
— Eu cortarei amanhã.
— Não. — Seus dedos tocaram as mechas soltas, afastando-o de seu rosto. — Eu
gosto como é. Não mude nada.
Uma sobrancelha se ergueu e seu sorriso sumiu. — O que quer dizer isto? Eu já
não te assusto?
— Isso.
— Bem, lembre-se.
Ela abriu sua boca para perguntar por que deveria se lembrar, mas True colocou as
mãos sobre seu traseiro e empurrou os ombros contra seus músculos internos,
obrigando-a a abrir mais. Sua boca era quente e úmida acariciando seu sexo e sua língua
excitando seu clitóris. Jeanie gemeu e True esperava que ela não arrancasse seu cabelo
enquanto o puxava. Muitas sensações o inundaram enquanto a beijava intimamente. Não
havia nada suave ou sensível na forma de manejar com o corpo dela. Os grunhidos que
saiam dele, vibravam contra seu excitado clitóris. Colocou o clitóris na boca, sugando com
força quando ela tentou resistir a tão intenso prazer e sem piedade a obrigou a gozar.
Jeanie gritou quando um clímax rápido e potente a golpeou. True afastou a boca e
ela ficou mole, com os olhos ainda fechados e sem força para abri-los, surpresa pela
intensidade do que acabou de sentir. Seu cabelo escorreu de entre seus relaxados dedos
e Jeanie nem sequer pode ofegar quando ele a levantou pelo traseiro, deu a volta
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colocando-a sobre estômago. Ficou sobre ela com suas pernas entre as dela e as abriu
mais.
— Jeanie. — Ele disse com voz áspera.
Ele a olhou por um segundo, com uma mão em seu traseiro enquanto a outra
agarrava seu pau. A grossa cabeça empurrou a entrada de sua boceta e pouco depois a
encheu completamente. Ela gemeu quando ele apoiou o peso sobre ela, com os braços
de cada lado de seus braços, prendendo-a sobre ele.
True se movia com um ritmo constante dentro e fora dela, com força suficiente para
que a cabeceira da cama golpeasse a parede. Outro orgasmo começou a se construir em
seu interior enquanto acompanhava o ritmo de seus quadris rápidos.
O prazer era tão intenso que nem sequer podia falar. Ela tentou igualar seus
movimentos, mas separou as pernas ainda mais e conseguiu que apoiasse o peso sobre
ela, imobilizando-a.
Era muito sensual ficar nesta posição e saber tudo o que podia sentir quando True
a fodia mais rápido e mais forte, sentia sua respiração ofegante contra a garganta e isso a
excitava mais. Suas paredes vaginais se apertaram e sabia que iria gozar.
— Não pare. — Ela implorou, sentindo em seu interior o incrível e grosso pau,
sabendo que estava a ponto de gozar pela segunda vez.
A dor aguda que irradiou de seu ombro próximo à curva de seu pescoço a lançou a
um clímax brutal e gozou com um grito.
True a mordeu mais forte com os dentes afiados, sentindo se aproximar de seu
próprio orgasmo. Cada jato de seu sêmen aumentando a sensação de calor em seu
interior enquanto seus quadris desaceleravam pouco a pouco, o pau de True ficou dentro
dela, até que parou os movimentos.
Ele lambeu a área palpitante e soltou um som animalesco, cheio de emoção. Ela
não pôde identificá-lo, mas gostou. — Minha. — Ele sussurrou.
Jeanie demorou alguns segundos para se recuperar. O peso de True ainda a tinha
imobilizada, mas ele se apoiou nos braços, assim pode respirar.
— Você me mordeu? — Ela esticou o pescoço em uma tentativa para ver o que
fez, mas ele acariciou a marca com a boca, empurrando sua cabeça contra a cama.
— Sim. Eu a marquei como minha.
Ela relaxou debaixo dele e deixou esta declaração entrar em seu cérebro, ele a
mordeu e não se importou, era estranho porque sabia que ele a fez sangrar, já que ardia
um pouco quando ele passou a língua no local.
— Vai ficar uma cicatriz? — Ela não se importava desde que curasse rápido.
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Ele riu e roçou um beijo em seu pescoço. — Talvez, mas não é nada. Apenas…
meus dentes deixaram uma marca. Tem dois pequenos buracos. Sua família se
perguntará se acasalou com um vampiro.
— Está em meu ombro, não em meu pescoço. — Ela sorriu e roçou seus dedos.
— Eu podia morder seu pescoço, — ele a beijou novamente, — sua coxa. Posso
pensar em cem lugares onde posso deixar minha marca. Você está brava?
— Eu me acasalei com um Nova Espécie. — Realmente a divertia. — Ao menos
não marca seu território de outra forma. Pelo menos não dentro da casa. Estou ciente
dessa característica canina e, uhm, se surgir a necessidade faça fora de casa, no pátio.
Ele riu, aparentemente não insultado como ela ficou medo. — Bruxa.
Ele se ergueu e ela girou a cabeça o suficiente para vê-lo.
— Eu não morderei você novamente. O instinto me levou a morder minha
companheira e a marcá-la. — Sua expressão séria dizia mais que suas palavras.
— Está bem, de verdade, eu achei sensual e apenas doeu um pouco, mas apenas
uma vez, eh? Não iria achar sexy se morder minha coxa e definitivamente não quando
está aí abaixo. Isso poderia ser muito doloroso e impactante.
— Eu queria saborear seu sangue.
Isto a incomodou um pouco. — Como uma sede de sangue?
— Não. Eu sei como é seu cheiro e seu gosto, mas não do seu sangue. Agora eu
sei.
— Isto é importante?
Ele hesitou.
— True?
— É instintivo. Eu não sei por quê.
— Está bem.
— Nem sempre vou me comportar como você pensa. Às vezes posso parecer mais
animal que humano.
— Eu sei e aceito isto. Foi apenas uma mordida. Há algo mais que quer saborear
em mim? — Ela sorriu. — Apenas para saber.
Ele balançou a cabeça, olhando-a atentamente. — Mas não posso prometer que
não brincarei com seu cabelo e passarei algumas mechas por meu nariz de vez enquanto.
Eu amo como cheiram.
— Então que gosto tem meu sangue?
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— Delicioso. — Ele sorriu. — Eu sei como é agora e nunca esquecerei.
— Então se me cortar ao fazer minhas pernas ou você enquanto se barbear e
limparmos na mesma toalha, saberá qual o meu e o seu?
— Sim. Eu não faço a barba, no entanto.
Ela esqueceu sobre a falta de pelo facial. — Certo.
Ele rolou de lado, puxando-a com ele e a envolveu. — Durma. Você deve estar
cansada.
— Estou. — Ela amava ficar em seu abraço apertado enquanto ele ainda estava
dentro dela.
Ele se aproximou mais. — Eu amo você, Jeanie.
Lágrimas encheram seus olhos. Ela realmente precisava ouvir as palavras e ele
finalmente as disse. Melhor ainda, sabia que as queria dizer.
— Eu amo você também.
— Durma. Estou aqui e está a salvo.
* * *
True despertou, imediatamente consciente de seu ambiente. Pela respiração lenta
de Jeanie, sabia que ainda dormia. O barulho que o despertou soou novamente, lânguido
e apenas distinguível. Percebeu que era seu celular vibrando.
O som vinha de sua calça jogada do outro lado da cama. Afastou-se
cuidadosamente de Jeanie e colocou o cobertor ao seu redor para ficar quente. Ela não
se moveu, isso provava a falta de sentidos intensificados ou que estava simplesmente
muito cansada. Um olhar no relógio indicava que dormiram por seis horas.
Ele deslizou da cama, curvou-se para recuperar sua calça e saiu do quarto. A porta
não fez nenhum ruído quando a fechou e caminhou pelo corredor até a sala enquanto
pegava o celular. Tinha quatro mensagens de texto, leu e depois pressionou o botão de
chamada.
— Olá Darkness.
— Desculpe por perturbar você. Queria se manter informado sobre o que está
acontecendo.
— Você foi atribuído a me atualizar? Eu acabei de ver os textos de Slade.
— A equipe entrou na casa de Boris e com sucesso plantou transmissores em
todos seus dispositivos eletrônicos. Ele não poderá tossir sem sabermos. Também
instalamos algumas câmeras assim podemos vigiar a maioria dos quartos. Clonamos dois
telefones celulares descartáveis que encontramos escondidos em sua garagem e
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colocamos um rastreador de alta tecnologia que Tim nos forneceu em seu carro e
podemos também descarregar toda a informação de seu computador. Boris voltou para
casa a meia hora atrás e o programa fantasma está em funcionamento. Conectou-se a
duas contas de e-mail que já conhecíamos e agora podemos ver tudo o que faz como se
estivéssemos ali.
— O que você descobriu?
— Ele está fingindo ser duas outras pessoas diferentes e estamos procurando
todos os registros de transporte para ver se voou ou inclusive pegou um ônibus ou trem
com estes nomes. Também estamos verificando agências de aluguel de carro. Até agora
não encontramos nada, mas parece que sua mulher pode ter razão e tem outros humanos
que estão sendo enganados e sendo usados da mesma forma como foi sua companheira.
True cerrou os dentes, furioso. — Acha que há mais Espécies por aí e conhece os
locais?
— Parece que sim. — A voz de Darkness soou com desprezo. — Ainda acho que
posso torturá-lo e tirar todas as informações, mas este é um bom plano no caso de não
conseguirmos nada. Poderíamos recuperar outros Espécies. Liguei para Fuller e falei com
o Diretor auxiliar, disse que sua mulher estava traumatizada pela tentativa de sequestro e
teve que tomar um medicamento forte e os médicos planejam deixá-la assim durante uns
dias. Boris entrou em contato com Jeff e a notícia foi transmitida. Agora se sentirá mais
seguro por um tempo, pensando que sua identidade como Agente Brice ainda é um
segredo.
— Eu não gosto disto. Poderia enviar mais humanos atrás de Jeanie.
— Sua mulher está segura, True. Tim tem um furgão estacionado dois quarteirões
da casa do humano e Boris está sob vigilância constante. Podemos entrar em sua casa e
prendê-lo em questão de minutos se tramar alguma coisa contra ela. Até agora ele não
mencionou sua companheira com exceção da conversa com o homem com quem
trabalha. Boris jurou que foi engano enviar homens para prendê-la e que tiveram a falsa
impressão de que era uma empregada de alta posição em Mercile. Claro que está
mentindo para cobrir seus caminhos, mas isto é tudo que foi dito.
True terminou de vestir a calça enquanto usava ombro para segurar o telefone
contra a orelha.
— Este lugar é seguro, verdade?
— Ninguém sabe onde ela está exceto os Espécies e Tim. Ele disse que não iria
transmitir as informações para ninguém de sua equipe, não gostou muito porque confia
neles, mas Justice ordenou que não dissesse. Quanto menos pessoas souberem, melhor.
Sua segurança é de grande importância para todos.
Isso aliviou alguns dos medos de True. — Quanto tempo acha que levará para
descobrir as novas identidades?
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— Tim acredita que saberemos em um dia ou dois e estamos cientes de tudo que
ele faz, o que fornecerá mais pistas. Espere um minuto que vou verificar algo.
True o ouviu escrever. Em poucos segundos Darkness agarrou o telefone
novamente. — Desculpe. Estou em contato com a força tarefa via o computador.
Disseram que Boris tem uma conta bancária em Dubai, no nome dessas identidades e
que fez uma transferência de fundos.
— Onde fica isto?
— Golfo Pérsico.
— Onde fica isto?
— Do outro lado do mundo.
— Ele planeja sair do país?
— Parece que ele planeja, mas não chegará muito longe. Não se preocupe, True,
não permitiremos que escape. Ele pagará pelo que fez com sua companheira e nosso
povo. Estamos sobre ele.
Precisava acreditar no que Darkness dizia ou fugir e buscar-lhe da mesma forma
que Moon fez para encontrar sua companheira, apenas que teria razões menos
amorosas.
Ele queria colocar suas mãos no humano e torcer seu pescoço até a última
respiração. True queria se assegurar que Boris nunca pudesse machucar Jeanie
novamente.
— Uhm, deixaram roupas e artigos pessoais para higiene junto a porta de sua
casa, não quiseram apertar a campainha caso... estivesse dormindo. Somos conscientes
de que não... dormiu na noite passada. Ligue para a portaria da comunidade quando você
quiser comida, eles tem na geladeira tudo o que precisar. Pensamos que poderia atacar
um guarda que entrasse em sua casa.
— Obrigado. Ligarei agora, você também não dormiu muito já que ficou
interrogando os guardas de Fuller.
— Estou bem sem dormir. — Darkness riu entre dentes. — Eu gosto de me manter
ocupado. — Seu tom soou áspero. — Além disso, eu teria pesadelos depois das coisas
que vi.
— Tão ruim foi?
— Nós discutiremos isto mais tarde. Agora mesmo sua companheira é nossa
prioridade. Como ela está?
— Bem. Jeanie é valente.
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— Você não grunhiu, assim eu assumo que está mantendo seu temperamento sob
controle, porque está dormindo?
— Boa tentativa.
— Volte para ela e descanse. Desfrute de sua companheira e deixe que cuidamos
de tudo. Ela é sua preocupação principal.
— Eu quero dez minutos com este homem quando ele for preso. — Darkness não
respondeu. — Ele deveria morrer pelo que fez. Eu me ofereço de voluntário para executálo.
— Eu concordo, mas você não é o único Espécie que ele prejudicou. Pode ser que
tenhamos que tirar a palha mais curta para decidir que vai matar o homem.
— Minha companheira foi a última.
— Fury disse que guarda rancor também. Talvez ambos pudessem despedaçá-lo
como um peru.— Darkness riu. — É uma boa imagem, não é?
True concordou em silêncio.
— Pegue o material na porta e ligue para a portaria quando quiser comida. Eu
preciso fazer mais telefonemas. Enviarei uma mensagem se houver alguma novidade.
— Obrigado.
True desligou o telefone e destrancou a porta da frente. Quatro caixas estavam
empilhadas na sombra da varanda. Ele olhou ao redor, mas não viu qualquer movimento.
Fez duas viagens para levá-las para dentro antes de trancar a porta novamente. A comida
podia esperar.
Pelo corredor foi tirando a calça e logo entrou na cama com Jeanie. Ela murmurou
algo enquanto dormia e se virava para ele, aconchegando-se contra seu peito. True
segurou uma mecha de seu cabelo e cheirou. Sua companheira estava a salvo e segura
em seus braços. Seguiria o conselho de Darkness e se preocuparia mais tarde.
Seu pau se agitou apenas por tê-la contra ele, mas ele ignorou o desejo de fazer
amor com sua companheira. Ela precisava dormir mais. Ele relaxou, fechou os olhos e
diminuiu a velocidade de sua respiração até cair no mundo dos sonhos.
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8 comentários:

  1. Eu queria morar em homeland. Imagina, não tem circulação de dinheiro, tu tem casa, comida e roupa. A contrapartida é ser ativo na comunidade ajudando como pode. Olha seria um ótimo negócio pro Jovem brasileiro que não consegue assinar a carteirA de trabalho 😔😔😩🤧😅

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    1. E tambem um mote de homem gostoso

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    2. É comunismo o nome. A melhor forma pra viver.

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    3. E estar rodeada de macho gostoso, pode dar até a perereca cair

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    4. Essa é a forma que a nossa sociedade deveria funcionar, só que os humanos são como uma praga.

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    5. E o melhor de tudo nao tem doença, pensa fazer sexo sem se importar em pegar uma IST

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  2. Aí como eu quero um macho desse e mora em homaland

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