Capítulo
Doze
Kat
saiu pelos portões, ignorando os idiotas a chamando do lado de fora. Seu humor
estava cheio o suficiente para ela estar grata por não ter sua arma, talvez
ficasse tentada a atirar na boca de um protestante. O taxi esperava do outro
lado da rua, ela apenas enfiou a mala no banco traseiro e subiu depois;
cuspindo o nome da companhia de carros de aluguel. O motorista acenou e se
afastou da confusão.
A
ONE tinha que ter sabido o tempo todo, o fato não deveria tê-la surpreendido.
Darkness tinha dado dicas o suficiente, um pouco das questões sem resposta
continuavam. Eles sabiam seu nome real? Mason sabia que sua identidade tinha
sido descoberta? Se sim, ele estaria zangado. Kat colocou o cinto de segurança
e fechou os olhos.
Era
um procedimento escrever um relatório. Mason iria mastigar sua bunda de um lado
para outro quando ela olhasse para ele, apenas não queria lidar com isso. A
corrida curta terminou e ela pagou o motorista, levou apenas alguns minutos
para recuperar o carro do estacionamento onde o tinha deixado.
Kat
sempre tinha seguido as regras, era algo que ela tinha acreditado. A vida era
uma droga, mas seu trabalho fazia sentido em todo aquele caos. Tinha entrado na
agência para fazer a diferença, para ajudar a fazer do mundo um lugar mais
seguro. Kat sentia que Mason a tinha colocado na categoria dos caras maus, a
ONE já tinha sido vitimada o suficiente.
Escuridão
a perseguia enquanto dirigia, sentia como se suas entranhas tivessem sido arrancadas.
Kat acreditava no que Darkness tinha dito a ela, nenhuma simpatia surgiu pela
vadia que ele tinha matado. Darkness talvez se sentisse atormentado por isso,
mas isso era limpo e seco para ela. Que aquela mulher tivesse ficado próxima a
Darkness e ainda o machucado daquela forma, a enraiveceu. Isso apenas cimentou
seu pensamento de que era menos uma pessoa diabólica existindo no mundo, graças
a Darkness. Kat lamentou a perda dos irmãos dele também, doendo por ele.
—
Droga. – Kat suspirou, segurando o volante com força. – Estou completamente
fodida.
Nada
mais fazia sentido, queria apenas ir para casa e lamber suas feridas. Kat olhou
a sua volta, percebendo que tinha dirigido sem rumo. Levou alguns minutos para
descobrir onde estava e pegar a via expressa. Era exatamente onde ela deveria
ir. Lar.
Poderia haver horas ou dias antes que
Mason percebesse que ela não estava mais em Homeland, Kat não tinha visto
nenhum dos três agentes que tinha reconhecido quando foi embora, apesar de, ele
poderia ter outra vigilância nos portões. Ela olhou para o espelho retrovisor,
procurando pela parte traseira; poderia ter colocado um rastreador em seu carro
também. Kat debateu se deveria sair e pegar outro carro alugado, mas abandonou
a ideia. Se Mason quisesse encontra-la, ele iria fazer isso. Não tinha sequer
dinheiro suficiente para ficar em um hotel, suas identificações e cartões de
crédito poderia ser rastreados.
Kat
saiu da estrada para pegar alguma comida no drive-thru, isso não ajudou seu
estômago aborrecido. A causa disso era saber que nunca veria Darkness
novamente, ele tinha entrado sob sua pele de um jeito enorme. Sempre tinha
debochado quando ouvia uma de suas amigas dizerem que elas se apaixonavam forte
e rápido por algum cara, aquilo nunca tinha sido sua experiência.
Kat
tinha amado antes, mas seu orgulho vinha sempre em primeiro lugar, era uma
consequência de sua infância. O primeiro passo para a aceitação era compreender
o problema. Seus pais tinham se divorciado quando ela tinha oito anos, cada um
casando com cônjuges mais jovens no segundo casamento. Sua mãe tinha terminado
com um trapaceiro em série para quem ela sempre dava desculpas, isso tinha
enojado Kat. A mulher do seu pai o tinha pelas bolas também. Kat tinha jurado
que ninguém a faria de idiota e tinha se afastado de qualquer homem que não se
conformasse com sua versão ideal de namorado.
Darkness
não era como ninguém que ela teria casado ou quisesse passar o resto da vida.
Ele caíra na categoria ‘inferno, não’. Ele não iria apoiar sua carreira, viver
com ele em Homeland não iria funcionar. Ele não poderia deixar a ONE para viver
em seu mundo. Ele não estava emocionalmente disponível.
—
Eufemismo. – Kat murmurou.
Não
haveria momentos de banhos brincalhões em um futuro com ele. Nada de dormir nos
dias de folga, aninhada contra ele. Isso significaria que Darkness realmente
teria que deixa-la muito próxima. Uma risada afiada se ergueu e Kat a sufocou.
Darkness nem mesmo iria deixar que ela o tocasse durante o sexo, ele sempre a
restringia. Ele poderia ser o cara do pôster para questões de controle, Kat já
tinha um monte deles ela própria.
Eles
apenas faziam uma horrível combinação. Isso não diminuiu o pânico que ela
sentia. Aquela dor no peito e as lágrimas no canto dos olhos eram realmente uma
vadia. Tinha se apaixonado por ele.
Kat piscou com força a visão de sua casa
quando ela entrou na rua, lutando contra a urgência de chorar. Isso não era
algo que ela fazia com frequência. Ver o carro de Missy ajudou a juntar as
emoções. Kat desligou o motor, pegou a mala e desceu.
—
Está em casa? – Kat gritou quando entrou na casa, colocou a mala ao lado da
porta e a chutou para fechar.
—
É melhor você ser um trabalhador braçal quente ou minha melhor amiga. – Missy
chamou do andar de cima. – Eu tenho uma arma.
—
Não atire com sua arma imaginária em mim.
—
Senti sua falta. – Missy correu escada abaixo.
Elas
se abraçaram e Missy se afastou um pouco, dando a Kat um olhar avaliador.
—
Você parece acabada.
—
Obrigado. Seu cabelo em um rabo de cavalo e manchas de tinta em seus joelhos
não é seu melhor look também.
—
Alguém me abandonou, então estive pintando o quarto de hóspede sozinha. – Sua
melhor amiga sorriu. – Tenho sorte que alguns acabaram na parede e, pelo menos,
escovei meus cabelos. Parece que você se escondeu de uma escova.
—
É uma longa história.
—
O tipo que você não pode me contar? Apenas me diga que você não foi ao inferno
e voltou com todas essas roupas. Nada dessa coisa de balas ou nada mais, certo?
—
Estou bem.
—
Coisa entediante, hem?
—
Eu não diria isso.
—
Pode me contar tudo?
—
Sabe como isso funciona. – Kat balançou a cabeça.
—
Mas você está bem?
Kat
deu de ombros.
—
Você parece triste. – Missy se aproximou.
—
Estou.
— Odeio seu trabalho, já mencionei isso
antes?
—
Constantemente.
—
Podemos brincar de vinte perguntas?
—
Não.
—
Eu tinha que perguntar. Está com fome?
—
Já parei para um hambúrguer.
—
Isso é bom, desde que eu comi o último pedaço de pizza na geladeira. Eu não descongelei
nada, não tinha nenhuma pista de quando você ia vir para casa. Você vai ficar
ou apenas parou para pegar um novo conjunto de roupas?
—
Eu tecnicamente ainda estou na minha tarefa, mas não planejo deixar a casa em
breve. – Kat olhou ao redor da sala de estar. – Gosto da estante que você
colocou aqui.
—
Obrigado. – Missy sorriu. – Eu iria receber o crédito, mas realmente foi meu
cunhado. Eu não pude ter sentido de direção e Ângela parou aqui. Ele parecia
entediado ouvindo nossas fofocas, então eu fiz a coisa de irmãs colocando-o
para trabalhar.
—
Bom trabalho.
—
Ele era um bundão mal-humorado, mas Ângela disse a ele para pôr uma rolha
nisso. – Missy se curvou e agarrou a mala de Kat. – Vamos lá, nós vamos
desfazer essa mala. Você não tem nenhum segredo aqui que não posso ver, tem?
—
Não, apenas roupa suja.
—
Você a desfaz então, vou assistir. Estou feliz que você esteja em casa.
—
Onde está Butch?
—
No adestrador, eles vão trazê-lo em uma hora. O cão sentiu sua faltam, mas ele
vai estar chateado quando vir para casa. Ele vai receber a tosa de verão e você
sabe o quão emburrado ele fixa quando o colocamos naquele trauma. Ele leva isso
para o lado pessoal.
Kat
estava feliz de estar em casa, isso colocava de volta o senso de normalidade
que ela precisava desesperadamente na sua vida naquele momento. Kat seguiu
Missy escada acima e elas viraram a direita, seguindo pelo corredor até seu
quartos. Um som pequeno a parou, Missy se virou.
—
Oh, esqueci. Estou sendo babá para George, o do outro lado da rua.
Kat voltou para localizar o som e olhou
dentro do quarto de Missy. Um pequeno gato cinza com uma bola de lã descansava
na cama, ele olhou de volta para ela. Os olhos do gato a lembraram de Darkness,
apesar da cor azul deles.
—
Butch amou Gus, esse é o nome do gatinho. Ele tem dez semanas, não é um inferno
de fofo? É um pesadelo nas cortinas, mas elas eram feias de todo jeito.
Coloquei a caixa de areia em meu quarto, então não se preocupe. Mantive a porta
do seu quarto fechada, não que ele deixe meu quarto. Ele é tipo um medroso por
ser um gato. A mãe de George ficou doente e ele não podia deixar Gus sozinho.
—
Está bem.
—
Você está branca como uma folha, não me diga que gatos te assustam. Sei que
você não é alérgica.
—
Eu apenas não esperava isso. – Kat forçou um sorriso. – Ele é lindo.
—
Fico feliz que você pense assim, planejo mantê-lo. George meio que se cansou
dele e queria encontrar uma casa para ele. Butch adorou Gus e acho que ele
ficaria de coração partido se Gus fosse embora. – Missy bateu os cílios. –
Posso mantê-lo?
—
Eu não ligo, essa é sua casa também.
—
Sabia que éramos melhores amigas por uma razão. Você está em casa, Gus! – Missy
abriu a porta de Kat e colocou a mala no closet. – Isso significa que você
também vai limpar a caixa de areia?
—
Não força. Seu gato, sua merda.
—
Posso lidar com isso. Apenas não me encha se ele atacar suas cortinas também,
realmente deveríamos queimá-las. Acho que ele odeia estampa de flores, o que
não posso culpa-lo.
Kat
olhou para sua janela, as cortinas tinham vindo com a casa.
—
Sem problema. Não seria uma grande perda, seria?
—
Alguma vez pensou que deveríamos ficar envergonhadas? Quero dizer, há quanto
tempo moramos aqui? Ainda temos caixas que não desfizemos na garagem. Você está
mais fora do que aqui e meu nariz está geralmente enfiado na frente da tela do
meu computador, eu deveria apenas colocar uma cama no meu escritório lá em cima
desde que eu praticamente vivo lá. Somos workaholics que são
malditamente preguiçosas para consertar nossa casa. Percebi que, a este ritmo,
talvez façamos algo legal com isso em vinte anos ou mais. Eu estava apenas
motivada a pintar o quarto de hóspedes
porque minha mãe ameaçou fazer uma
visita, você sabe que ela ficaria puta se nós a colocássemos em um quarto de
cor verde lima.
—
Somos foda. – Kat chutou os sapatos e se sentou na cama.
—
Você não está bem. – Missy sentou próxima a ela. – Nem mesmo vacilou quando
mencionei minha mãe. Ela te deixa louca.
—
Não, não estou bem. – Kat sacudiu a cabeça.
—
Isso é o chocolate do dia ou eu deveria abrir uma garrafa de vodca que nos
deram no natal? Quão ruim é?
—
Acho que nem mesmo os dois iriam ajudar.
—
Droga. – Missy mordiscou o lábio inferior. – Você atirou naquele idiota do seu
chefe? Eu deveria assar biscoitos para o time da SWAT que talvez venha atrás de
você? Eu talvez os distraísse enquanto você escapa pelos fundos.
—
Ele está vivo e bem, eu acho. Estou evitando ele.
—
Você disse a ele que não era um par de peitos? Sempre quis soca-lo. Não
acredito que ele pensou que nós estávamos nessa. Sem ofensas, mas quando eu
transo ele tem que ter um pênis e realmente ser um cara. Seu chefe é um agente
de merda se ele não descobriu que eu escrevo sob um pseudônimo depois de cavar
em nossas vidas. Minhas histórias são sobre ter sexo quente com homens. Isso
iria ser uma dica, até mesmo para aquele babaca.
—
Como está o manuscrito?
—
Bem. Terminei meu último livro e comecei um novo, é sobre um bonitão shifter
gato. Culpe Gus, eu culpo. Ele é tão bonitinho.
—
Pare. – Kat se jogou para trás e fechou os olhos.
—
Você gosta de ouvir sobre minhas histórias. Ele tem dois metros de altura,
musculoso e têm aqueles lindos olhos como Gus. Ele vai salvar a mulher que teve
seu carro preso na lama e ele tem que leva-la para casa porque uma tempestade
os prendeu quando as estradas alagaram. Ela está impressionada com todos
aqueles músculos e pula na cama com ele. A ficção é muito melhor que a realidade.
Lembra do último cara com quem eu dormi? Dois minutos no máximo com minhas
pernas envolta dos quadris dele e ele não poderia achar meu clitóris nem para
salvar sua vida. Minha garota vai transar com estilo.
— Sério. Pare. – Kat se aproximou e usou
as costas da mão para dar uma pancada na perna de Missy.
—
Pessoas reais tem sexo. – Ela suspirou. – Você alguma vez já pensou em
contratar aqueles acompanhantes masculinos? Eu pensei sobre isso. Você iria me
prender? Eu poderia dizer que foi para propósitos de pesquisa. Isso ia colar?
Você sabe, para ver se eles realmente fazem sexo por dinheiro. Não sou policial
então não estou obrigada a prendê-lo se ele fizer. Então novamente, com minha
sorte, ele teria um péssimo sexo com minhas pernas envolta dele. Aposto que
poderia pagar ele para uma das minhas cenas de sexo e dizer a ele parar agir
igual. Ouvi que alguns deles são atores.
—
Eu tive sexo. – Kat se sentou e abriu os olhos.
A
boca de Missy caiu aberta.
—
Quebrei as regras e fui para cama com alguém que não deveria ter ido.
—
Outro agente?
Kat
sacudiu a cabeça.
—
Seu suspeito? – Missy a olhou boquiaberta.
—
Não, não exatamente.
—
Isso soa ameaçador. Ele era quente?
—
Escaldante.
—
Ele estava na lista do mais procurados? Eu ainda deveria assar aqueles cookies?
Apenas lembre-se que a janela na lavanderia é a única que abre quando você a
empurra.
—
Nenhuma equipe da SWAT está vindo, desculpe te desapontar. Sei que você pensa
que eles são um tanto sexy. Pareço ser séria? Não quero sorrir.
—
Eles são, em minha defesa. Por que você não está bem?
—
Eu me apaixonei por ele, mas ele não é o tipo de cara para se assentar. – Kat
não olhou para longe.
—
Você não é o tipo de mulher para se assentar.
—
Ele talvez fosse capaz de me mudar. – Kat odiou o jeito que isso doeu.
—
Oh querida, eu sinto muito. Talvez ele vai se erguer e vir bater em nossa
porta.
Kat hesitou, quase desejando que aquilo
fosse verdade. Darkness nunca iria ligar para pedir sua volta, ele tinha
deixado isso bem claro que tinham terminado. A urgência de chorar retornou.
—
Ele não vai. Eu quebrei protocolos enquanto estava disfarçada. Eu fodi tudo,
Missy. Posso perder meu emprego e agora eu nem mesmo acho que me importo.
—
Pode enfrentar acusações criminais? – Sua amiga se aproximou e segurou sua mão.
—
Acho que não. Não, a menos que meu chefe quiser maquiar algumas coisas pra mim
como uma vingança. Eu não iria colocar isso para ele. Supostamente deveria
estar na missão, mas não liguei para dizer que fui embora. Preciso apenas de alguns
dias para botar minha cabeça no lugar.
—
Você começou a odiar seu trabalho. Sabe disso, certo? Desde que começou a ter
aquele babaca como chefe você tem estado miserável. – Missy respirou fundo. –
Sabe que pode confiar em minha com sua vida. Fale comigo. Precisa tirar isso do
seu peito ou isso vai te comer. Isso não vai longe.
Kat
se debateu, precisava contar a alguém.
—
Fui enviada para Homeland.
—
Você esteve lá! Oh meu Deus! – Missy guinchou.
—
Calada.
—
Desculpe, continue.
—
Não posso entrar em detalhes, mas o cara era Nova Espécie.
—
Você pegou um Nova Espécie? – Missy ergueu a mão livre e a colocou contra o
coração.
—
Para com isso.
—
Apenas me conte.
Kat
assentiu.
—
Eu te odeio agora. – Missy agarrou Kat. – Não, eu te amo. Amo. Ele era bom de
cama? Não me esmague.
—
Um quinze na escala de um a dez.
—
Eu sabia. – Missy riu. – Sua vadia sortuda.
— Já mencionei que nunca mais vou ver
ele?
—
Merda. – A alegria de Missy desapareceu rápido. – Ele não vai vir para nossa
porta, vai? Eles não deixam aquele lugar. – Ela esfregou o braço de Kat. – Eu
sinto muito. Que bastardo, eu nunca mais serei toda fangirl deles novamente.
—
Não seja tão dramática. Não é como se ele não tivesse me dito que era apenas
sexo. Eu apenas não esperava sentir tanto e realmente fodi tudo com meu
trabalho porque isso me colocou contra ele. Escolhi ele no final.
—
Ouvi que a ONE é tipo como outro país. Não acho que você dormindo com ele é
ilegal e não estava tecnicamente em solo americano. Acho que você está limpa
dessa coisa de quebra de conduta. Quero dizer, você não poderia ser demitida se
viajasse para o México e fixasse residência lá. Seria permitido ter sexo.
—
Eu estava no trabalho e compartilhei informações que não deveria ter compartilhado.
—
Isso é ruim.
—
Eu sei. Robert Mason vai ter minha bunda se ele descobrir.
—
Quais são as chances disso?
—
Não sei.
—
Vou pegar o chocolate e a vodca? – Missy se ergueu. – Agora.
—
Obrigado.
—
Então você vai me dar mais detalhes.
—
Não pode usar isso em um livro.
—
Droga. – Missy estreitou os olhos. – Essa foi eu brincando. Pense nesse quarto
como Vegas. O que é dito aqui, permanece aqui.
—
Obrigado.
—
Melhores amigas para sempre, lembra? Estou apenas feliz que você está falando
comigo. Você guarda muita coisa ai dentro, Kat. Fico o tempo todo preocupada
contigo.
*
* * * *
Darkness bateu a porta da frente. Kat
tinha deixado Homeland. Ele tinha revisado a sequência da Segurança, ela tinha
entrado em um taxi após sair dos portões da frente. Justice e Fury tinham
perguntado a ele o porquê dela ter ido e teve que dizer algo. Tinha
compartilhado o que ela dissera a ele sobre os outros agentes, mas deixou claro
que isso poderia coloca-la em problemas. Ele até mesmo ofereceu a informação
que eles tinham discutido, apenas não disse a eles sobre o quê.
Ele
caminhou até o sofá e se sentou, batendo as botas na mesa de café. A madeira
estalou e Darkness deslizou para o lado para olhar a nova rachadura ao longo do
topo.
—
Porra.
Odiava
sentir como se tivesse traído a confiança de Kat. Os agentes que tinham
colocado como trabalhadores para consertar o dano no portão não seriam capazes
de fazer nada mais, eles tinham olhando muito ao redor – o interesse deles
muito intenso, mas não tinham tentado deixar a área do trabalho. Ele deveria
ter mantido a boca fechada. Culpa e arrependimento o comeram, então outra
emoção. Nunca a veria novamente e isso deixou um espaço vazio dentro dele.
Darkness
foi para trás e fechou os olhos, ajustando os braços ao longo da almofada
lateral. Algo ondulou e ele se mexeu, abriu os olhos. Um pedaço de papel se
projetava debaixo da almofada. Darkness o puxou, era de um caderno que ele
mantinha no balcão da cozinha para escrever a lista de mercado quando seus
suprimentos estavam acabando. A letra não era dele, Darkness leu e amaldiçoou.
Jerry
Boris. Você confiou em mim, estou confiando em você. K.
Ela
deveria ter escrito isso quando ele tinha ido ao quarto para pegar algo para
ela vestir. Darkness olhou para o nome, enfurecido. Por que o FBI estaria
interessado em Jerry Boris? Isso erguia todo tipo de perguntas e alarmes.
Darkness
retirou os pés da mesa e se ergueu, andou pela sala, segurando a nota dentro do
punho fechado. Kat estaria com problemas por dar a ele aquela informação. De
outro modo ela não teria desistido na cama. Por que ela?
Darkness
parou e desdobrou o papel, relendo. Isso o enfureceu. Por que Kat não poderia
apenas ter dito a ele uma vez que decidiu compartilhar o nome? Eu iria
tentar tirar mais respostas dela. Iria insistir para ela permanecer mais. Kat
tinha planejado para que a nota fosse encontrada apenas depois que deixasse
Homeland.
—
Droga. – Ele assobiou.
Darkness se aproximou do balcão, agarrou
o telefone e discou a extensão de Fury. O macho atendeu no terceiro toque.
—
Fury aqui.
—
Estou no meu limite e preciso de ajuda.
—
Darkness?
—
Quem mais iria ligar para você e dizer essas palavras?
—
Onde você está?
—
Em casa.
—
Estarei logo ai.
—
Obrigado. – Darkness desligou e recomeçou a andar.
Fury
deveria ter deixado seu escritório tão logo desligou, a batida na porta veio
mais rápido do que ele esperava. Darkness a abriu a foi para o lado, permitindo
ao macho entrar na casa. O nariz de Fury queimou e ele se virou, um olhar
especulativo nos olhos.
—
O quê?
—
Você precisa abrir algumas janelas.
—
Merda.
—
Você fez sexo com a agente do FBI. Não nos contou sobre isso, eu ainda posso
cheirá-la. É leve, mas consigo pegar.
—
Coloque seu nariz canino para baixo.
—
Essa é a causa da discussão que você teve com ela?
—
Você veio para me ajudar ou para ser irritante?
Fury
girou e caminhou para o sofá, ele cheirou e então se sentou.
—
O que posso fazer?
Darkness
cruzou a sala e sentou na mesa de café. Ele hesitou, não tendo certeza de onde
começar ou o que poderia ajudar.
—
Você a quer de volta?
Darkness fez uma careta.
—
Acha que é o único macho que permitiu a uma fêmea ir embora e então se
arrependeu? Eu deveria fazer uma lista de nomes que estão vindo a minha mente?
Posso te lembrar de minha história com Ellie.
—
Poupe-me. Eu não sou como os outros machos.
—
Merda nenhuma. Você a montou, isso diz tudo. Acha que não faço disso meu
trabalho para manter meu controle sobre você? Você não deveria tê-la deixado
tão perto, a menos que pudesse se conter do seu desejo de tê-la. Você acha que
é diferente, mas poucos machos realmente querem descobrir a si mesmos
dependentes de uma fêmea. Eles lutam contra isso, é a natureza Espécie na
maioria dos casos.
—
Isso é besteira.
—
Temos problemas de confiança. – Fury sorriu afetadamente. – É duro admitir que
precisamos ou queremos alguém o suficiente para arriscar doer. Esse é um traço
comum que todos os Espécie compartilham. Você se apaixonou por ela? Quer que
nós a trazemos de volta?
—
Não.
Fury
não parecia convencido, isso irritou Darkness.
—
Não quero que ela pague por confiar em mim.
—
Você já tem sentimentos.
—
Eu a admiro e não quero que ela seja machucada porque assumiu riscos por mim.
—
Já passamos por isso. Não é como se fossemos ligar para o FBI e perguntar se
eles enviaram agentes para Homeland. Eles querem fingir que isso não aconteceu
e somos bons nisso. Vamos apenas ser mais cuidadosos, intensificar nossos
processos de triagem e fazer checagens de antecedentes mais extensivas para
múltiplas pesquisas. Estamos sempre melhorando. Tudo o que podemos fazer é
esperar para preveni-los de fazer isso novamente.
—
Não contei tudo a vocês no escritório de Justice.
—
Okay. – Fury puxou uma respiração.
—
Isto é onde fica perigoso.
—
Merda. – Fury foi para frente. – Estou ouvindo.
— Eu quero protege-la, quero deixar isso
claro. Tenho a impressão que ela estará em um monte de problemas e a carreira
dela pode acabar.
—
Entendido.
—
Posso confiar em você? Isso talvez possa causar tensão com a ONE. Estou pedindo
a você para manter a informação entre nós. Eu não sei o que fazer.
—
Em outras palavras, você está pedindo para manter informações que deveria ser
compartilhada. – Os olhos de Fury se estreitaram.
—
Sim.
—
Eu amo a ONE e faria tudo pelos Espécies, mas há uma exceção. – O macho se
inclinou para trás e soltou um suspiro. – Essa é minha família. Eles sempre vem
antes e em primeiro lugar. Você caiu nessa categoria, eu não vou trair sua
confiança.
Darkness
se levantou e cruzou a sala, recuperando o papel que tinha deixado virado no
balcão. Ele caminhou para Fury e o estendeu, o macho o pegou e leu as palavras.
Fury empalideceu. Darkness se sentou novamente na mesa de café.
—
Kat implicou que estava sob ordens de procurar por um homem em Homeland e
ajuda-lo a fugir. Aqueles agentes que ela identificou nos portões talvez
estejam sob as mesmas ordens.
—
Por que o FBI iria querer Boris?
—
Ela não sabe, acredito nisso. Ela parecia confusa e não sabia o motivo pelo
qual o seu chefe queria o homem, mas ela pensava que era pessoal.
—
Acha que Boris ferrou alguém no FBI ou que ele talvez sabe algo potencialmente
danoso para eles?
—
É um dilema, não é? – Darkness encolheu os ombros.
—
Está colocando isso muito suavemente. – Fury foi para frente e colocou a nota
para baixo. – Ela confiou em você não compartilhar a informação. Vejo porque
você me chamou. Está dividido entre nós e não trair essa confiança.
—
Quero acesso a Boris novamente.
—
Por quê?
—
Ele tem as respostas, iria saber o porquê do FBI tem interesse nele. Dê-me uma
hora com o homem e não teremos que envolver ninguém mais que poderia machucar
Kat de
alguma forma. Os canais oficiais iriam
coloca-la em caminhos perigosos. Eles podem acha-la e descobrir que ela deu o nome
dele para mim.
—
Ela sabe que ele está no Centro Médico? Ela fez algumas tours. Ela o viu?
—
Ela não iria ter acesso permitido a áreas da base onde ele está sendo preso e
mantive controle sobre todos com quem ela conversou. Eu os entrevistei para ver
o que ela falou, tentando descobrir quem ela era realmente. Ela nunca perguntou
sobre humanos além das caçadoras de companheiros. Sunshine teve essa conversa
com ela. Nunca foi ao Centro Médico também, chequei duas vezes.
—
Precisamos dizer a Justice.
—
Ele talvez ira falar com o senador e pedir a ele para fazer perguntas. Não.
Você disse que eu poderia confiar em você.
—
Isso é maior do que a fêmea perdendo o emprego. Boris parece ser mais um
problema do que pensávamos. E se ele tiver ajuda de dentro do FBI com o esquema
de extorsões contra a ONE? Pagamos á ele muito dinheiro para recuperar outros
Espécies. Precisamos descobrir tudo o que pudermos para ter certeza que isso
não é uma possibilidade.
—
Não sei o suficiente sobre Kat para entender todos os riscos que ela enfrenta,
mas não vou arriscar. Recuso-me a permitir que ela pague por deixar essa nota.
Ela queria me ajudar.
Fury
empurrou o cabelo para trás, a frustração clara no rosto.
—
Tudo bem. Quer acesso a Boris?
—
Sim.
—
Tive uma atualização hoje das condições dele. – Fury se ergueu, começando a
andar. – Ele não está estável o suficiente para deixar Homeland e ser
transferido para Fuller. – Ele pausou, estudando Darkness. – Ele pode morrer se
você não for cuidadoso. Ele não está na melhor saúde, especialmente depois da
última vez que você teve uma conversa com ele.
—
Entendido.
—
Eu não me importaria se ele morresse, mas odiaria tentar explicar porque você
estava coberto com o sangue dele ou porque te coloquei lá. Estaríamos os dois
na frente de Justice. Você compreende?
—
Você teria que contar tudo a ele.
— Não. – Fury balançou a cabeça. – Eu
iria quebrar o coração dele permanecendo em silêncio. Te dei minha palavra.
—
Ele é seu melhor amigo.
—
Você é meu irmão. – Fury hesitou. – Mesmo que você não admita nossa conexão, eu
vou permanecer ao seu lado e isso significa protegendo sua fêmea também.
—
Ela não é minha.
—
Ela é a primeira coisa que você realmente se importou e por quem colocou sua
bunda na linha. Devo a ela por isso. – Fury deu de ombros.
—
Ela não é minha. – Darkness repetiu. – Você está exagerando.
—
Vamos ver. Apenas mantenha em mente que nós conhecemos um senador e poderia
obter o nome real dela se ela não o deu a você. Isso significa que poderíamos
localizá-la e tê-la de volta.
—
Por que iriamos fazer isso?
—
No caso de você decidir que deixa-la ir foi um erro.
—
Foi o melhor.
—
Para quem?
—
Nós dois.
—
Vamos para o Centro Médico.
—
Você tem um plano.
—
Vou apenas dizer que quero ver Boris e você vai me seguir para dentro. – Fury
balançou a cabeça. – Vou oferecer ao oficial uma pausa. – O macho pestanejou. –
Você talvez não tenha uma hora, mas vamos ver quanto tempo podemos conseguir.
Trabalhe rápido e tente não mata-lo.
—
Farei meu melhor.
—
Sabe que vai ficar me devendo por isso.
—
O que você quer? – Darkness cerrou os dentes.
—
Respostas.
— Mais tarde. – Darkness assentiu
abruptamente, o tempo tinha chegado para eles falarem do passado.
—
Claro.
Quii raiva de Darkness...e ao msm tempo qui pena tbm .. Afff.. 🤦♀️🤦♀️❤
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