sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Capítulo 04



Capítulo Quatro
Kat caminhou ao redor da casa pequena depois da ducha e apreciou quão bem as acomodações da ONE eram apesar dela não ter permissão para sair sem pegar o telefone e pedir por uma escolta. Aos visitantes não era permitido andar em Homeland sem um deles.
O chalé com dois quartos tinha mobília charmosa e era aconchegante, a mala dela tinha sido procurada e entregue. Alguns novos danos se mostravam na mala de plástico, mas Kat estava grata que tivesse sobrevivido à explosão. Todas as suas roupas tinham sido colocada em uma das camas que ficavam na pequena área do pátio.
A campainha tocou e ela se tencionou, não esperando ninguém até de manhã. Abriu a porta, no entanto, se sentido segura; a ONE tinha seguranças em sua bunda. Uma fêmea estava parada lá, uma que não tinha encontrado antes, e segurava uma bandeja coberta.
— Darkness pediu para entregar seu jantar. Sei que você tem estoque de comida, mas ele disse que esse é o jeito dele de se desculpar por ser cruel com você.
— Obrigado. – Kat estava surpresa.
— Mova-se e vou trazer isso.
— Sou Kat, a propósito. – Ela andou para o lado e balançou o braço. – Entre.
— Sou Sunshine.
— Amei seu cabelo. – A mulher felina alta NE era linda.
— Obrigada. É natural. – A mulher se virou e lançou um sorriso.
Isso surpreendeu Kat. As madeixas da mulher tinham que ter, pelo menos, seis cores diferentes. Ela não mencionou que isso a lembrava do cachorro de sua vizinha ou que ela quase parecia uma mistura de um gato quem eles pegaram o DNA. Kat nunca olharia para Calicos do mesmo jeito novamente.
— Eu conheço o caminho, a maior parte desses chalés tem a mesma planta baixa. – Sunshine caminhou para a cozinha e colocou a bandeja em cima do balcão – Você está bem? Percebi que Darkness deve ter feito algo realmente ruim para me pedir para entregar comida. Ele é assustador.
— Estou ótima. Foi apenas uma confusão nos portões.
— Fomos atacados e você fez os caras maus irem pro espaço! – A mulher arqueou as sobrancelhas e gargalhou. – Todo mundo está falando sobre isso.
Kat tinha que admitir que não tinha pensado sobre muita coisa desde que tinha lhe sido mostrado o chalé. Homens tinham morrido, eles tinham planejado machucar, mas não significava que ela não teria algumas coisas com que lidar. O relatório que teria que escrever quando retornasse para o escritório iria ser um pesadelo, ela também queria olhar para os antecedentes deles. Isso provavelmente ajudaria a aliviar um pouco do estresse sobre o incidente quando checasse os antecedentes.
— Ótimo. – Ela esperava que seu sarcasmo não fosse percebido.
— Tivemos sorte, nenhum dos nossos morreram, apesar de minha amiga Breeze ter sido presa sob uma parte do teto. Caiu em cima dela.
— Ela está bem?
— Sim, Breeze é durona. O telhado realmente caiu em cima das mesas, mas ela tinha batido no chão primeiro, então isso não a acertou. Ela apenas precisou de um banho até que fosse para casa. Os machos pegaram os únicos chuveiros funcionando, então todas as fêmeas em serviço foram para o dormitório para se limpar. Breeze ficou apenas com raiva que isso aconteceu.
— Isso não deveria ter acontecido.
— Os portões da frente estão fechados. Eles terão equipes vindo a noite para trabalhar neles, mas vai levar pelo menos dois dias.
— Isso é rápido.
— O dinheiro fala, a merda anda. – Sunshine sorriu alegremente. – É o certo a dizer? Pagamos muito para ter construtores trabalhando ao longo do relógio quando precisamos que algo seja feito rápido.
— Você acertou em cheio. – Kat queria mudar de assunto. – Sabe algo sobre as aulas que supostamente vou começar a ensinar amanhã?
— Claro. Eu vou participar.
— Onde elas serão ministradas? Ninguém me disse.
— No bar. É grande o suficiente para acomodar todos que querem vir.
— Vou dar aulas em um bar? – Isso surpreendeu Kat.
— Não é como aqueles nos seus filmes. Dançamos lá e eles servem cafeína, na maioria das vezes. – Sunshine abriu os armários e removeu um prato. – Aquela é uma coisa maravilhosa.
— Dançar?
— Cafeína.
— Sou parcial com isso, pessoalmente.
— A maioria de nós não bebe álcool, tem um gosto horrível e como nosso metabolismo é difícil ficar e permanecer bêbado. – Ela curvou os lábios e mostrou as presas. – Eu não vejo a graça nisso. Álcool deixa você delirante e estúpido, qual é a graça nisso?
— Não tenho certeza. Não sou uma bebedora.
— Bom. Muitos de nós se inscreveram para sua aula. Raramente temos humanos que querem ensinar aulas. Todos estão excitados, mas devo te avisar que muitos machos estarão lá porque você é uma fêmea.
— Quer um refrigerante? – Kat abriu a geladeira.
— Não, obrigado. Quer que eu saia?
— Fique, estou adorando a companhia. Por que os caras estão vindo, porque sou uma mulher?
— Alguns dele estão procurando por companheiras. Justice desencorajou fortemente eles de falar com os protestantes ou com as caçadoras de companheiros nos portões.
— Caçadoras de companheiros? Quem são essas?
— Fêmeas que aparecem procurando por um dos nossos machos para acasalar com eles. – Sunshine tomou assento no balcão. – Muitas delas são va... O que isso diz? Uma bola tímida de uma sacola cheia de amendoins?
Kat gargalhou, ela abriu a tampa sobre a bandeja e olhou para o maior pedaço de carne que já tinha visto. Ele tinha que pesar pelo menos meio quilo.
— Uau.
— Não gosta de carne?
— É grande o suficiente para dois. Não posso comer tudo isso.
— Ótimo, estou com fome. – Sunshine pulou do assento e pegou outro prato. – Isso é, se você não se importar.
— Não.
Sunshine encontrou talheres, cortou o bife no meio e colocou um no prato para Kat.
— Este é para você.
— Obrigado. – Kat sentou no balcão e abriu seu refrigerante. – Então, conte mais sobre aquelas caçadoras de companheiros, estou curiosa.
— Elas mostram os peitos para nós. Caminhei nas paredes dos portões e elas podem dizer qual de nós são machos e fêmeas. Estou cansada de ver seios.
— Eu passo. – Isso era engraçado.
— É como se um pequeno flash de seios fosse o suficiente para deixar nossos machos em frenesi sexual. Talvez sim, se elas tentassem na Zona Selvagem. Alguns dos nossos machos iriam gostar de ir para isso, aquelas humanas iriam lamentar se um daqueles machos a pegassem e levassem para casa.
— Por quê?
— Não sei se estou autorizada a dizer. – Sunshine pausou.
A implicação de segredo pegou a natureza curiosa de Kat. Onde eles escondiam algo?
— Bom, acho que estaria tudo bem dizer que é chamada de Zona Selvagem por uma razão. Alguns de nós não são tão civilizados quanto os outros. Eles foram duramente maltratados por Mercile, então humanos não são amigos. Eles vivem lá para evitar correr, excetos para companheiros. Ta... – Sunshine parou. – Uma companheira vive lá há alguns anos. Claro que o companheiro dela é muito protetor, então ela está a salvo de qualquer um sendo mau com ela.
— Ela é humana? – Era uma suposição calculada.
— Sim. Não há perigo em dizer isso a você.
— Então, como uma mulher poda lamentar terminar na Zona Selvagem? Estou curiosa.
— Selvagem, entendeu? – Sunshine cortou um pedaço da carne e olhou para Kat. – Eles não são educados. Suas fêmeas veem Justice na TV e assumem que todos têm as maneiras dele. Elas estariam erradas. Os machos da Zona Selvagem não usam palavras educadas e conversam com as fêmeas. Eles apenas querem seduzir uma fêmea. Eles
não estão interessados em discussões extensas, se entende o que quero dizer. Eles gostam de sexo e podem ficar um pouco empolgados, um macho iria pegar uma mulher que dissesse sim e iriam direto ao ponto. Sei que fêmeas humanas costumam que humanos levem as coisas mais devagar. Espécies amam colocar o rosto entre as pernas de uma fêmea, com frequência.
— Oh. – Kat pegou um pedaço do seu bife, estava delicioso. Ela pensou sobre o que tinha aprendido. – Eles apenas vão para isso, hum?
— Isso funciona para um sexo quente, mas eles são um pouco rudes. – Sunshine gargalhou. – Não sei se um humano pode lidar com isso. Eles não iriam machuca-las ou forçar, mas isso seria um passeio selvagem.
Darkness apareceu na cabeça de Kat. Ele disse que gostava de sexo duro.
— Quão duro?
— Nossos machos são fortes. Não compartilhei sexo com um de vocês, mas tenho visto alguns pornôs na internet. – Ela assobiou. – Não quero compartilhar sexo com um dos seus machos. Eu teria quebrado o maxilar dele se ele me chamasse de algumas coisas que os ouvi dizer para suas parceiras eles são muito egoístas. – Ela acenou. – Já viu os vídeos de massagem alguma vez? Eles brincam com as fêmeas, mas não as despem, então empurram os paus nelas. Como isso é prazer mutuo? Eles encontram isso, mas as fêmeas apenas recebem o eixo. Você notou minha insinuação lá?
Kat gargalhou.
— Muitos deles não sabem o que fazer quando vão para baixo de uma fêmea também. Como é ser satisfatório que eles lambam seu clitóris? Isso parece irritante.
— Aqueles vídeos são muito tristes.
— Como são os machos humanos na realidade? – Sunshine olhou para ela curiosamente.
— Não como naqueles vídeos ou eles não teriam sexo com frequência. Eu nunca teria sexo se metade daquelas merdas realmente acontecesse em um quarto. Aquelas coisas que reviram o estômago.
— Você tem um companheiro? Não cheiro um macho em você, mas você tomou banho recentemente.
— Não, sou solteira.
— Você é uma mulher atraente, pensei que todas vocês quisessem um companheiro. Assumo que você escolheu não ter um.
Kat se mexeu no seu assento, relembrando da última conversa com a mãe. Tinha sido mais uma palestra. Ela não estava dando netos à mulher e isso, aparentemente, era decepcionante.
— Eu trabalho muito. Alguns homens são intimidados por meu trabalho e não apreciam saber que eles vem em segundo lugar na minha lista de prioridades.
— Você resolve crimes, isso é importante. Eles deveriam estar orgulhosos.
— Acho que a maioria se senti irritado ou negligenciado porque amo o que eu faço. Eu admito que meu último relacionamento terminou por causa de um caso em que trabalhei. Perdi a festa de aniversário dele e então o deixei na mão na semana do casamento do melhor amigo dele por causa do trabalho. Ele me deu um ultimato e não gostou da resposta.
— Qual era o ultimato?
— Ele ou meu trabalho.
— Oh, isso é triste. – Sunshine deu uma mordida.
Isso resumia a vida de Kat. O trabalho vinha primeiro e qualquer coisa em segundo.
— Recentemente, tenho considerado ter um companheiro.
O anúncio de Sunshine a tirou dos próprios pensamentos.
— Sério? Como ele é?
— Não escolhi um ainda, isso vai ser difícil. Todos os machos com quem compartilhei sexo, tem suas boas qualidades e defeitos.
— Com quantos você dormiu?
— Não permito que eles durmam em minha cama. Isso implicaria em um compromisso e não estou pronta para isso ainda. Nossos machos tendem a ficar possessivos rapidamente se você não colocar limites. Eles os respeitam. Seu mundo é diferente do meu. Compartilhar sexo com os machos é considerado ruim de onde você vem. Aqui? – Sunshine sorriu. – Já viu nossos machos? Sou uma fêmea com um saudável apetite sexual. Não temos que nos preocupar sobre doenças sexuais ou gravidez. Seria estranho não compartilhar sexo com frequência com diferentes machos, a menos que eles queiram uma companheira.
— Eu estava apenas curiosa. Não sei muito sobre NE. – Ela não era uma que julgava.
— Permitir a um macho passar a noite em sua cama pode dar a ele a ideia de que ele pode apenas dormir lá todas as noites. Há algo que você deve ter ouvido. Dê a eles um passo e eles vão levar uma milha. Eles são agressivos, então você deve ser tão agressiva quanto. Lembre-se disso enquanto estiver aqui, porque alguns dos machos virão atrás de você. Eles veem as humanas como mais submissas e fáceis de dominar.
— Okay, terei isso em mente.
— Chute os machos para fora de sua cama se permitir um compartilhar sexo com você, diga a ele para ir embora depois, não se abrace com ele. Bom, a menos que ele seja um primata. Eles tendem a precisar disso ou os sentimentos deles seriam feridos, mas corte isso depois de cinco minutos. De outra forma, eles vão te pressionar para ficar. Eles podem ser muito persuasivos.
Persuasivo era um eufemismo. Kat teria implorado que Darkness a fodesse se ele não tivesse sido chamado para fora da sala de interrogatório. Ela estivera perigosamente perto de se quebrar em pouco tempo. Ele tinha sido tão bom atormentando seu corpo até que estava fisicamente doendo para gozar.
— Eles veem os casais acasalados e desejam ter alguém que dependa deles daquele jeito.
— Como elas são dependentes? – A acusação de Mason apareceu, ele pensava que as mulheres eram dependentes dos homens.
— Suas fêmeas gostam dos abraços constantes e do jeito que os machos são protetores com elas. – Sunshine terminou sua metade do bife e pestanejou. – Chamamos isso de irritante, mas suas fêmeas parecem pensar que é cativante quando eles rosnam para outros machos que ficam perto delas. Os machos realmente parecem ansiar para que uma fêmea os ame. – Ela pausou. – Nunca tivemos isso. Eles também do sentimento de precisar de uma fêmea. Isso faz sentido? Ser a pessoa mais importante para outra depois que fomos apenas números é uma coisa memorável.
— Entendo. – Isso quebrou um pouco o coração de Kat.
— Suas fêmeas também parecem apreciar o sexo e não as culpo. – O humor de Sunshine se iluminou. – Nossos machos não são nada como seus machos naqueles pornôs. Nenhum Espécie nunca iria chamar uma fêmea por nomes ruins ou ataca-las, nossos machos tem muito tesão, mas não são egoístas. Eles farão qualquer coisa para dar mais e mais prazer.
Não Darkness. Ele a atormentou além do limite. Kat nunca tinha ficado ligada tão rápido ou experimentou uma frustração sexual daquele nível antes. As palavras de Sunshine tinham explodido a teoria de Mason sobre a água. Ótimo sexo e um cara que ia dar a elas muita atenção tinham que ser razão suficiente para que mulheres quisessem viver com os NE. Assim como para os homens, provavelmente seria desejável ter alguém para compartilhar a vida depois de todo o inferno ao qual eles sobreviveram.
— Eu deveria ir, estou escalada para uma troca essa noite. Estamos dobrando as patrulhas e providenciando segurança para lidar com os trabalhadores humanos que chegarão. Vejo você no bar amanhã, estou realmente ansiosa para aprender. – Sunshine ofereceu a mão. – Foi bom conhecer você e obrigado por compartilhar seu bife.
— Obrigado por trazê-lo e pela conversa. – Kat sacudiu a mão da Espécie.
— Agradeça a Darkness. Você nunca respondeu a minha pergunta, o que ele fez a você?
— Apenas começamos com o pé errado quando entrei em Homeland. Não há nada difícil a dizer. – Kat não iria responder. Grande mentirosa. Ela forçou um sorriso. – Tenha uma boa noite, espero que nada mais aconteça.
— Também espero. Tivemos problemas suficientes para um mês inteiro.
Kat levou Sunshine até a porta e acenou um adeus, ela observou o Jeep deslizar pela rua com um guarda dentro. Ele provavelmente estava lá para manter um olho nela. Fechou e trancou a porta.
Não costumava se deitar cedo, seu trabalho a mantinha ocupada e quando estava em casa, ela e Missy ficavam trabalhando na casa. Elas estavam começando a remodelar a cozinha ultrapassada. Kat desejou ligar para a amiga, mas não poderia se arriscar. A ONE tinha tido acesso ao seu novo telefone quando ela estivera na sala de interrogatório e poderia estar de olho em cada ligação que ela fizesse, isso iria alertá-los de sua verdadeira identidade.
Kat deu uma volta na casa, admirando-a. Lavou rapidamente os poucos pratos, ignorando a máquina de lavar pratos, colocar uma na própria casa era um sonho, mas ela não queria gastar isso com alguns pratos e talheres.
Era uma noite agradável e olhou para o céu, era lindo ver tantas estrelas, algo que sentia saudade na cidade. Kat ia se virar quando o clarão de uma pequena luz pegou seu olho e levou sua atenção para a casa ao lado, uma grande figura saiu das sombras e Darkness encontrou seu olhar.
Ele segurava um cigarro nas mãos e parecia estar assistindo Kat enquanto o erguia para os lábios, dando um trago e soltando a fumaça. Ela ficou surpresa que ele fumasse, desde que não tinha visto muitos Espécies fazendo isso; também era uma lembrança de que seus cigarros e o isqueiro não tinham sido devolvidos. Tinha alguns maços guardados em sua mala, no entanto.
Darkness se moveu para perto e parou na parede de três metros que dividia os pátios, entrando no dela. Ele parecia realmente alto e usava um pijama negro de seda sem camisa, Kat tentou manter os olhos no alto e não admirar o peito dele. Ela não disse nada enquanto ele se aproximava o suficiente para tocar, ergueu a cabeça para manter o contato visual.
Darkness girou o pulso e ofereceu o cigarro a ela. Kat não hesitou, fumar era um dos seus maus hábitos. Ela aceitou e tomou um longo trago, seus olhos se fecharam e ela prendeu a fumaça nos pulmões antes de vagarosamente soltá-la. Olhou para Darkness e ofereceu de volta.
— Pode ficar. – Ele alcançou dentro dos bolsos da calça.
Kat seguiu os movimentos dele e admitiu que ficando por um pouco de tempo para o abdômen dele. Darkness tinha músculos ótimos, cada músculo disposto deliciosamente na pele firme dele, ele pegou sua carteira e o isqueiro, segurando-os na palma.
— Me perguntava onde eles estavam.
Darkness removeu um segundo cigarro do maço e o ergueu quando colocou o maço e o isqueiro na mesa do pátio.
— Isso não é saudável.
— Todo mundo tem um vício. – Kat já tinha ouvido isso milhões de vezes. – Esse é o meu. Não fumo todo o tempo, mas faço quando estou estressada. Tem sido uma semana difícil pra mim. Não sabia que você fumava.
— Eu não fumo. – Darkness tragou e baforejou.
— Com certeza parece que sim. – Kat balançou uma sobrancelha e deu outra tragada no dela.
— Queria tentar isso.
— Então?
— Tem gosto de merda e cheira ruim.
— Então, porque está fumando? – A mão dela parou no caminho para os lábios.
— Estou tentando te conhecer.
— Então está fumando meus cigarros? Como isso está indo para você?
Darkness deu outro trago, girou e caminhou até um vaso de plantas. Ele se abaixou, mostrando uma bunda musculosa naquela seda, esticando as calças do pijama. Ele amassou o cigarro na terra, girou e se aproximou dela novamente.
Kat não tentou pará-lo quando ele arrancou o cigarro dos seus dedos e sorriu.
— Encontre outro vício. – Ele alcançou os lados e pegou o maço dela e o isqueiro. – Não vendemos cigarros aqui em Homeland.
— É uma coisa boa que trouxe mais deles.
— Você trouxe? – Ele sorriu.
Kat os tinha visto quando tinha desempacotado tudo, tinha pensado que precisasse de pelo menos alguns maços para precisar estar em Homeland.
— Eu trouxe.
— Tem certeza? – A risada suave dele era legal.
— O que isso quer dizer?
— Boa noite, Kat. Durma bem. Estarei na porta ao lado se precisar de mim. – Ele depositou o maço nas mãos dela antes de retornar para o próprio pátio. Kat o assistiu jogar seu cigarro fora antes dele entrar na casa pela lateral.
Ela permaneceu lá por alguns segundos antes de volta para dentro e ir diretamente para o quarto principal. Tinha deixado sua mala no chão próximo a cama e a ergueu, colocando-a no colchão. Ela a abriu e arquejou. Os quatro maços que trouxera não estavam mais dentro da seção com zíper no canto, estava aberta e vazia.
Darkness deveria ter entrado e retirado eles, Kat examinou as janelas e descobriu que um lado estava aberto. Ela travou os dentes e desejou saber que tipo de jogo o Nova Espécie planejava.
— Merda.
Ele esperava que ela espancasse a porta dele e o mandasse devolver seus cigarros? Talvez entrasse na casa dele para pegá-los de volta? Ela subitamente riu, estava tentada
a apenas fazer isso. Seu humor desapareceu, no entanto. Darkness talvez estivesse tentando-a a fazer algo que a jogasse para fora de Homeland. Ela não podia arriscar.
Kat se sentou e assentiu, não seria a primeira vez que não poderia fumar. Ela frequentemente levava chicletes também. Não tinha nenhum e imaginava se Homeland tinha uma loja de conveniência aberta de noite. Ela duvidava.
— Droga.
Darkness olhou a tela e sorriu para o jeito frustrado de Kat. Ele se inclinou e descansou contra os travesseiros macios, ajustando o laptop mais alto nas pernas. Imaginava se ela iria confrontá-lo sobre o roubo, Kat não tinha achado as câmeras escondidas na casa ou procurado por nenhuma; ele a tinha visto desde que ela chegara, com exceção do banho. Darkness tinha usado o tempo para deslizar dentro da casa dela para ter acesso à mala, queria que ela soubesse que estivera ali.
Kat se ergueu e caminhou para a janela, fechando e travando, antes de puxar as cortinas. Darkness a seguiu através da casa clicando em outras câmeras posicionadas, Kat checou as fechaduras de todas as janelas e fechou as cortinas, uma parte dele se sentiu culpado. Kat deveria se sentir segura em Homeland, mas isso tinha sido um movimento estratégico para mostrar a ela que poderia chegar a ela em qualquer momento.
Kat entrou no quarto e fechou á porta, ela girou a fechadura e foi para o banheiro. Ele tinha uma câmera lá, mas não a ativou. Ela merecia alguma privacidade. Podia ver o telefone dela carregando na cômoda, poderia ter ligado á câmera se ela tivesse o levado com ela, para saber o que iria fazer. Em poucos minutos, ela deixou o banheiro e puxou a mala da cama.
Darkness riu com a mostra do temperamento dela. A perda dos cigarros iria irritá-la e mantê-la desequilibrada, era o que ele precisava. Kat tinha cometido um erro. O celular próximo a ele tocou e ele o alcançou, vendo que era da Segurança.
— Darkness.
— Achei que você gostaria de saber que estamos prontos para vigiar a localização da Presente.
— Obrigado por me informar, Fury.
— Você conseguiu a localização dela do Boris, percebi que você ia gostar de uma atualização. – O macho respondeu.
— Agradeço por isso.
— Quer ser o primeiro a fazer contato se resgatarmos ela viva?
— Não. Nunca desejei deixar as terras da ONE para me aventurar no mundo lá fora.
— Pensei que iria oferecer a você ao invés de Jaded, ele está voando hoje á noite.
— Por quê? Ele gosta de ficar na Reserva.
— Há um evento de caridade para um grupo de resgate de animais que ele planeja participar.
— Ah. – Isso explicava tudo. Jaded tinha feito uma arrecadação de fundo para o resgate de animais para a empresa dele. – Diga a ele para fazer o primeiro contato.
— Você bloqueou a vigilância sobre nossa convidada.
— Estou permitindo acesso deles à vigilância quando estou incapacitado de vigiar a fêmea. – Darkness tinha esperado que a Segurança não iria compartilhar a informação, mas não estava surpreso.
— Você bloqueou a todos?
— Estou no comando da investigação. – Darkness não gostava da deia de ninguém mais assistindo Kat ou sabendo que ele invadira a casa e levara os preciosos cigarros dela. Ele também não os queria monitorando suas interações com ela.
— Justice me contou o que Snow disse. Isso vai se tornar um problema? Está atraído por essa fêmea?
— Não estou pensando puramente com o meu pau. – Isso o irritou. – Está me pedindo para passar a investigação para mais alguém?
— Não. Você está atraído por ela?
Darkness rangeu os dentes, não queria mentir, mas admitir a verdade talvez os fizessem questionar seu julgamento.
— Entendo.
— Eu não respondi.
— Seu silêncio falou por você. Sei que você pode estar se sentindo solitário desde que mantém todo mundo a um braço de distância. Isso vai ser um problema ou pode ser imparcial em caso de necessidade?
— Meu trabalho é descobrir o que ela faz aqui em Homeland e entender a missão dela. É exatamente o que planejo fazer.
— Isso é um fato. – Fury assinalou e pausou. – Acho que estou perguntando se você está bem.
— Estou bem.
— Deixe-me saber se houver algo que possa fazer se isso der voltas. – Fury hesitou novamente.
— O que isso quer dizer?
— Ela pode estar aqui para machucar, isso pode se tornar um conflito para você se estiver altamente atraído por ela. Estou dizendo que estou aqui para você e estou oferecendo ajuda se você se encontrar em problemas. É isso que a família faz.
— Eu não tenho família.
— Que droga! – Fury rosnou. – Você já ajudou a salvar minha vida uma vez. Por que insiste em negar nossa conexão? Eu tenho que estar morrendo novamente para que você admita o que somos um para o outro?
— Preciso ir. Há algo mais que você queira?
— Ia dizer a você para vigiar as costas, mas você sempre faz. Apenas me deixe saber se precisar de algo, e quero dizer qualquer coisa. Você tem meu apoio.
— Obrigado. – Darkness desligou e baixou o telefone no topo da cama.
A culpa o envolveu, mas ele a puxou de volta. Fury era um bom macho, mas não queria uma relação próxima com ele, apesar do laço de sangue pelo lado humano deles. Tinha aprendido sua lição e não iria se arriscar a perder alguém que gostava daquele jeito novamente.
Olhou para trás e relaxou vendo Kat enquanto ela levava o pijama para o banheiro, ele achou divertido que ela fosse para lá para se trocar. O divertimento desapareceu quando ponderou a ideia de que talvez ela estivesse alerta sobre as câmeras escondidas. Kat deixou o banheiro alguns minutos depois, puxou as cobertas e subiu na cama.
Ela parecia pequena e perdida no colchão grande quando rolou para o lado em posição fetal, era estranho que tivesse deixado as luzes ligadas. Darkness olhou para o relógio, era mais cedo do que ele pensava que ela iria se deitar.
Esperou até que tivesse certeza de que Kat dormira e transferiu os dados das câmeras para a Segurança e se levantou. Era muito tentador entrar novamente e compartilhar aquela cama, uma abundância de energia o impulsionou a mudar de roupa e sair pela porta do pátio. Não poderia resistir estar na casa ao lado.
— Droga.
Não havia como negar porque se sentia sufocado. Darkness forçou o olhar para longe das janelas do quarto de Kat, pulou o muro e começou a correr. Ele precisava queimar toda aquela tensão sexual ou iria acabar terminando o que tinha começado naquela sala de interrogatório.

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