domingo, 2 de novembro de 2014

Capítulo 03

Capítulo Três 
— O que você estava fazendo? — Tiger estava furioso e não estava fazendo nenhuma tentativa de esconder isto.
— Mostrando para Moon que ele podia confiar em mim. 41

Joy estava cansada depois de passar uma noite inquieta na casa que a atribuíram. Pediu para ser escoltada para lá depois do que aconteceu. Precisava de um tempo longe de Moon depois de quase morrer. Suas visitas chegaram depois do café da manhã.
— Ela não tem nenhum direito de estar perto dele. — Hoje Harley vestia uma camisa de heavy metal com sua calça jeans. As botas de motoqueiro deviam ser algo que usava diariamente. — Ele obviamente não a queria morta, mas da próxima vez pode nos forçar a destrancar a gaiola para salvar sua vida. É sorte pura que ele só quis ser deixado a sós com ela. Ele não está em nenhuma forma para ser razoável.
— Concordo. — Justice North severamente a estudou. — Você não devia ter chegado tão perto dele.
— Ele falou.
As sobrancelhas pretas de Justice curvaram.
— Ele falou? Ninguém me disse isto.
— Foram só algumas palavras. — Tiger o informou. — Ele ainda é perigoso e não é ele mesmo.
— Ele não disse nada para nós quando estávamos dentro de sua gaiola o amarrando. — Justice olhou para Harley. — Por que ele não disse para nós pararmos? Ele não teve nenhum problema em lutar conosco enquanto o contínhamos.
— Você fez isto? — Joy queria estar lá. — Ele está bem?
— Ele está bravo. — Tiger encolheu os ombros. — Ninguém foi machucado.
Alívio foi imediato.
— Bom.
— Ela não tem nenhum direito para estar próximo a ele. — Harley repetiu. — Vocês não sabem sua história.
Joy não ficou surpresa que Harley estava prestes a dizer ao outros sobre seu passado com Moon. Ele a advertiu que faria qualquer coisa para afastá-la de Moon. Harley era um homem de palavra.
— Nós estamos cientes de sua história. — Justice o rejeitou com uma aceno de mão enquanto estudava Joy. — Estou mais preocupado que você arriscou sua vida sem nos consultar primeiro.
— Eu estava estabelecendo confiança. Eu não posso parar de trabalhar com ele e ter de pedir uma decisão sua toda vez.
— Ela permitiu que Moon tocasse em seus seios depois de mostrá-los a ele.
Joy estremeceu com o tom severo de Harley.
— Você está fazendo isto soar vulgar, mas não foi. — Odiou com o jeito que os olhos de Justice arregalaram em reação. — Não é o que você deve estar pensando. Moon está interessado em sexo e é o único caminho que achei para motivá-lo a trabalhar comigo. — Suas bochechas esquentaram de vergonha. — Eu terei que fazê-lo falar. Caso contrário, não posso ajudá-lo. Eu não mostrei meus seios. Eu mostrei um pouco de decote.
— Ele não quer conversar. — Harley rosnou. — Ele quer te foder.
— Harley! — Justice rosnou de volta. — Já chega!
— Você sabe o que ela fez com Moon e ainda sim você a chamou?
— Moon a respeita. 42

Harley bufou.
— O que você sabe sobre o que aconteceu entre ela e Moon no Setor Quatro Justice?
— Ela era sua psiquiatra depois que ele foi libertado da Mercile e ele falava altamente dela.
— Ele confiou nela e queria fodê-la, mas foi embora dele. Ela o machucou.
Os machos na sala de repente viraram sua atenção em sua direção. Joy abraçou sua cintura, tentando parecer pequena em sua cadeira. Seu queixo ergueu, entretanto enquanto olhava fixamente para Harley.
— Eu não o machuquei.
— Mentira. Você escolheu seu trabalho em vez dele. Você acha que ele era muito estúpido para saber disso? Para compreender o quão pequeno ele significou para você fazer isso com ele? Tinha sentimentos por você, mas você empacotou suas tralhas e caiu fora. Não estava lá para ver como isso o afetou. Ele também odiou a outra psiquiatra que ficou com ele. Ela era uma cadela fria que agia como se nós fôssemos animais de estimação que precisavam de carne para nos retreinar dos hábitos ruins que trouxemos da Mercile.
— Não foi assim. — Joy estremeceu, achando que ele falava de Geraldine, sua supervisora anterior. A mulher não tinha nenhum bom senso. Eles nunca veriam olho no olho em como aconselhar os sobreviventes, mas a fez estremecer por dentro se Harley falava a verdade. Isso certamente não esteve em nenhumas das notas que ela submeteu que eram efetivas e quais não eram.
Harley deu um passo ameaçador para mais perto, os punhos fecharam em seus lados, mas parou.
— Foi exatamente desse jeito. Ele te disse que te queria e você permitiu que pensasse que tinha uma chance. Você prometeu seu corpo para fazê-lo se abrir em suas sessões, mas fugiu quando estava na hora de pagar.
Vergonha depressa transformou em raiva.
— Eu não prometi nada. Eu continuei dizendo-lhe que não podíamos fazer sexo. Eu era sua terapeuta.
— Ética. Sim. Ele mencionou isto. — Harley rosnou. — Você permitiu que ele acariciasse seus peitos antes enquanto estava o alimentando com essas desculpas mentirosas? Você provocou seu pênis nas sessões para fazer com que falasse e eu ficarei irritado se permitir que você faça isso com ele duas vezes, só para deixá-lo desapontado novamente.
— Eu não fiz isso! — Ficou de pé olhando para ele. Sua palma coçou para dar um tapa no filho da mãe. — Me mantive estritamente profissional quando ele era meu cliente. Nunca tocou nos meus seios ou em qualquer outra parte de mim, exceto minhas mãos, nas poucas vezes que queria me deixar desconfortável tentando me intimidar. Eu fui clara que nós não podíamos nunca ter uma relação sexual e não me acuse de influenciá-lo. Eu não fiz isso!
Harley mostrou suas presas.
— Você não tem coração e não se importou nada com ele. 43

— Você não tem nenhuma ideia do que você está falando, Harley. Você está errado. É por isso que eu deixei meu trabalho. Eu sabia que era somente uma questão de tempo antes dele me machucar porque eu senti muito por ele.
— Você admite que seu trabalho era mais importante que ele. Caso contrário, teria ficado com ele.
Ficou boquiaberta para ele, ignorando todo mundo na sala já que ninguém falava.
— Como eu podia ter ficado com ele? Você sabe o que teria acontecido se eu dormisse com ele?
— Ele teria sido feliz.
— Eu teria sido despedida por fazer sexo com ele… e muito pior.
— Seu trabalho era mais importante! — Harley enrolou seu lábio em desgosto. Ele girou a cabeça para olhar para Justice. — Ela precisa ser escoltada para fora de Homeland e longe de Moon. Nós não podemos confiar nela em não machucá-lo novamente. Seu bem-estar não é sua prioridade e nunca será.
— Foda-se Harley. — explodiu antes de poder atar seu temperamento. — Eu faria qualquer coisa por Moon.
Olhou para ela.
— Você o deixou quando sabia que ele precisava de você.
Joy balançou a cabeça.
— O quão ingênuo você é? Você me ouviu quando disse que eles teriam me despedido se eu dormisse com ele? Você acha que teriam me permitido chegar perto dele depois disto? Era um local secreto! — Tentou frear suas emoções. Era difícil de fazer. — Havia câmeras e guardas rastejando por todo lado. Eles teriam descoberto isso rápido se eu permitisse que minha relação com Moon progredisse para uma sexual. Eu teria sido forçada a ir embora e eles teriam provavelmente me mantido na prisão, aguardando julgamento por qualquer queixa que podiam colocar em mim para me manter presa por tanto tempo possível por medo que eu desse a localização daquele local.
Harley franziu a testa.
— Eu teria perdido tudo para dormir com ele uma vez. — Sentou-se com força na cadeira, abraçado seu peito novamente, e olhado fixamente para seu colo. — Não pense que eu não estava tentada. Eu me importei com Moon. Você não tem nenhuma ideia do quanto. — Engoliu com força, limpando sua garganta sufocada pela emoção. — Mas eu também sabia que machucaria mais Moon se nós dormíssemos juntos. Eu sempre o coloquei primeiro.
— Como teria machucado mais Moon? — Foi Justice quem falou.
Encontrou seu olhar. Ele não parecia bravo.
— Moon teve muitos problemas se ajustando à vida depois da Mercile. Ele era antissocial e briguento com os guardas. Imagine o quanto pior teria sido se ele tivesse que me ver sendo arrastada para fora da propriedade algemada. Ele poderia ter até tentado a vir para me ajudar, pensando que estava me protegendo. Teria o feito odiar os guardas mais do que já odiava ou até ser baleado se matasse ninguém. Os guardas eram ordenados a não machucar Espécies exceto em uma situação de vida ou morte se um 44

estivesse fora de controle, mas eles tinham a autoridade de apagar permanentemente a ameaça em uma situação extrema. Eu não estava disposta a arriscar sua vida ou vê-los decidirem que era incapaz de lidar com sua liberdade. Você sabe o que eles fizeram com Espécies incapazes de integrar com os humanos que trabalharam lá?
Justice suspirou.
— Eu sei. Eles os mantiveram fortemente sedados e longe dos outros. Muitos dos nossos residentes da Zona Selvagem foram trazidos para nós depois de sofrer este tratamento.
— Exatamente! — Moveu o olhar para Harley. Ele não apareceu tão bravo quanto antes. — É por isso que parti quando tive chance. Sabia que era só uma questão de tempo antes dele ter sucesso em me seduzir e que isso podia matá-lo ou enviá-lo para uma das enfermarias do hospital onde ficaria fortemente drogado. O pensamento de qualquer uma dessas coisas acontecendo com ele me despedaçava em tiras por dentro. Eu não pus minha carreira antes de Moon. Eu fiz a única coisa que podia ter certeza que teria o melhor resultado para ele. Imaginei que estaria bravo no máximo, mas isso tudo seria dirigido a mim. Ele estaria seguro.
Harley chegou mais perto e pausou, estudando-a.
— Merda. — Girou suspirando. — Eu acredito nela.
— Joy?
Odiou o modo como seu intestino revirou enquanto segurava o olhar de Justice North.
— Sim? — Ele podia pedir para ela ir embora. Era a pior coisa que ele podia fazer. Ficou mudo por tanto tempo que seu estômago ameaçou expulsar seu café da manhã. Ficaria despedaçada se fosse mandada embora. Não fez nenhuma exigência nem para ser atualizada da condição de Moon. Teria que imaginar se ele se recuperou ou piorou. Não haveria nada que pudesse fazer sobre isto.
— Por favor, deixe-me tentar ajudá-lo.
Ele piscou, sem dizer nada.
— Você quer que eu implore? — Seu orgulho tomaria um grande golpe, mas era Moon. — Eu farei isto. Eu consegui que ele falasse. Ele se acalma ao meu redor. Ele disse meu nome. Deixe-me tentar alcança-lo.
Justice olhou ao redor para os homens.
— Deixe-nos a sós por alguns minutos.
— Não. — Harley os enfrentou. — Deixe-a tentar.
O líder da ONE se levantou. Ele não pareceu bravo, mas pareceu surpreso.
— Você está me dando ordens?
— Moon teve fortes sentimentos por ela. — Harley não se retirou. — Ele é como um irmão para mim. Todos nós nos importamos, mas eu o conheço melhor. — Ele pausou, olhando para Joy, depois de volta para Justice. — Nós vamos ter que mantê-lo fortemente sedado a toda hora se ele não voltar do que foi feito com ele. Ele é muito letal em sua condição atual até para ser libertado na Zona Selvagem. Merda, estou certo que também podemos concordar que todo macho preferiria ser mantido em um coma que pôr o resto do nosso povo em perigo. Ela conseguiu que ele falasse e ele a largou no segundo que estavam sozinhos. Ele não queria mata-la. 45

Tiger xingou.
— E se ele tentar mantê-la refém para ganhar sua liberdade?
Harley suavemente rosnou.
— Nós teremos que sair e deixa-la lá com ele. — Segurou o olhar de Joy. — Você está disposta a concordar com isto? Quer dizer que você está por conta própria se ele tentar usar sua vida para nos fazer destrancar o portão da gaiola. Não podemos permitir que ele fique livre. Nós o localizaríamos rápido, mas ele podia matar alguém primeiro. É muito arriscado.
As implicações eram claras. Eles não negociariam a sua vida se viesse a um impasse.
— Eu não posso concordar com isto. — Justice rosnou. — Nenhum Espécie iria.
Joy engoliu a sensação de enjoou enquanto olhava para Justice.
— Eu não sou Espécie e eu farei isto. Estou disposta a pôr minha vida em perigo por Moon. Eu quero fazer isto.
— Moon pode matar você. — Sua expressão fechada, escondendo toda emoção.
— Entendo.
— Ele pode te molestar ou pior se colocar as mãos em você novamente. — Sua mandíbula apertou. — Só porque barras estão entre vocês não quer dizer que ele não pode fazer muitas coisas se você estiver ao alcance.
— Eu entendo isto também. Ele é letal até atrás das barras. — A memória estava ainda muito fresca em sua mente da mão de Moon apertando seu seio, mas também estava quando ele agarrou sua garganta. — Eu tratei seu povo, Justice. Eles me disseram algumas das maneiras como mataram empregados da Mercile. — Teve pesadelos, mas eles não eram invocados por simpatia pelas pessoas que morreram. Os Novas Espécies tinham que viver com o conhecimento assombroso do que tiveram que fazer para sobreviver. — Alguns deles tentaram me horrorizar com detalhes muito específicos dessas mortes. Eles pensaram que eu os julgaria pelo que foram forçados a fazer para ficarem vivos.
— O que você disse a eles quando compartilharam essas histórias? — Justice ergueu sua cabeça, obviamente curioso.
— Eu disse que eles deviam colocar isto atrás deles. Não foi culpa deles. Qualquer um faria o que fosse preciso para sobreviver em circunstâncias extremas e era para estarem orgulhosos por terem saído daquele inferno. — Pausou. — Fora do registro, depois que eu ouvi o que fizeram com eles dentro daquelas gaiolas, aqueles imbecis abusivos da Mercile mereceram morrer depois de torturar Espécies. Que pena que mais deles não foram mortos.
— Você devia ter dito isso a eles depois.
Ela sorriu, mas não estava sentindo graça.
— Eu disse. Fora do registro.
Um sorriso arrastou os cantos de sua boca. Ele se debruçou para trás, relaxando.
— Como eles responderam a isso?
— Da mesma maneira como você acabou de responder. Eu não queria que eles se sentissem culpados por tirar o lixo.
Tiger riu. 46

— Por que você não podia ter sido minha psiquiatra? — Olhou para Justice. — A minha continuava dizendo que era errado matar de qualquer forma. Ela não tinha ideia.
— Deixe a psiquiatra fazer isto. — Harley murmurou. — É Moon.
O sorriso de justice enfraqueceu quando fechou os olhos e deu algumas respirações profundas.
— Você arriscaria sua vida por qualquer um de nós, Justice. Nós arriscaríamos nossas vidas por outros Espécies. Esqueça que ela é uma fêmea humana. Ela é adulta e sabe onde está se metendo. Você a ouviu. — Harley cruzou os braços sobre o peito largo. — Ela está bem ciente do que Espécies são capazes.
— Eu estou. — concordou, olhando entre o líder da ONE e Harley, ainda um pouco atordoada que ele estava do seu lado depois de jurar escoltá-la para fora de Homeland.
Justice abriu seus olhos e raiva queimava nas profundidades de seu olhar.
— Tudo bem. — Debruçou-se para frente, olhando-a de perto. — Você provavelmente vai ser morta ou desejar que tivesse se isto acabar mal. Ele é selvagem. Você está certa que está disposta a correr esses riscos?
— Sim. — respondeu sem vacilação, embora por dentro tremesse um pouco de medo.
— Você o amou?
Ela assentiu.
— Sim. — Diria o mesmo se perguntasse se ainda amava Moon.
Olhou para ela por longos segundos, talvez julgando sua honestidade.
— Certo. Posso respeitar isto. Eu faria qualquer coisa por Jessie. — Ele se levantou e caminhou para a porta. — Você devia fazer seu testamento no caso disto dar errado. O advogado passará por aqui antes de você vê-lo novamente. Você deve assinar um termo de responsabilidade, entretanto eu duvido que valerá a pena qualquer coisa se desafiado. É tudo que podemos fazer para evitar processos de sua família se isto não acabar do modo que esperamos. — Ele girou ainda relativo a ela com raiva. — A realidade é dura. Esteja certa disso.
Ela teria levantado também, mas não confiava nas pernas no momento. Acabaria com sua atuação destemida se elas desmoronassem debaixo dela.
— Você podia pedir para seus advogados se apressarem com a papelada? Eu já tenho um testamento. Quero voltar para ele.
Ele piscou.
— Quais são as regras?
Piscou novamente.
— O que você quer dizer?
— O quão longe eu tenho permissão para ir com ele antes de você considerar um cruzamento de limites? Até agora ele só está respondendo me querendo.
— Merda. — Tiger sussurrou. — O quão longe você está disposta a ir?
— Eu vou fazer tudo e qualquer coisa para salvar Moon. — Ela falava sério. — Mesmo que isso signifique entrar na gaiola para não ter nenhuma barra entre nós.
— Filha da mãe. — Justice silvou. — Nós não sabemos o que Moon fará com você. 47

— Apostarei que me matar não será a primeira coisa em sua lista de desejos.
Ele se virou e seus ombros largos estavam tensos.
— É melhor você estar certa. Eu gosto de dormir a noite e duvido que durma bem se você for mutilada ou morta. Não sei se eu devia dizer obrigado ou te jogar para fora da nossa terra para sua própria proteção. — Pausou na porta. — Converse com ela, Tiger. Explique sexo selvagem para ela. No final, a escolha é dela. — A porta fechou quando ele partiu.
Tiger encontrou seu olhar e abriu a boca.
— Não. — Joy abraçou sua cintura, incapaz de esconder as emoções. — Eu posso imaginar no que eu estou me metendo se chegar a isso. Não muda nada. Eu ainda arriscaria.
Seus lábios selaram firmemente enquanto se levantava.
— Os advogados podem ter o seu termo dentro de uma hora. — Pausou. — Você poderia querer ligar para sua família. Não diga a eles onde está ou o que esta acontecendo. Só… ligue para eles. — Pausou na porta, olhando fixamente para ela. — Você tem certeza que está disposta a fazer isto? Nossas fêmeas teriam medo dele agora.
Queria assustá-la implicando que devia ligar para as pessoas queridas para dizer adeus. Funcionou, mas não ia recuar agora. Teve dois anos para viver com remorsos dolorosos. De jeito nenhum ia deixar Moon novamente. Poderia ser a única chance que tinha para concertar o passado.
— Eu tenho certeza.
— Você é valente. — Ele partiu, silenciosamente fechando a porta.
— Você me surpreende. — A voz profunda segurou uma pintada de respeito.
Joy quase se esqueceu de Harley. Ele se moveu para estar na frente dela. Encolheu os ombros.
— Você estava errado sobre mim. Eu realmente me importo com Moon. Eu sempre me importei e ainda me importo.
— Parece. — De repente se abaixou até seu nível. — Escute-me.
Começou, pensou, preparando-se para mais ameaças medonhas dele sobre o que ele faria com ela se machucasse Moon. Era uma reação natural de alguém se sentindo impotente quando alguém que eles amavam estava em risco. Eles precisavam de um caminho para tentar controlar a situação.
— Não lute se ele conseguir colocar as mãos em você. Ele ficará com muita raiva. Vá quieta. — Pausou. — Se ele afundar os dentes em você, não puxe. Não grite. Não lute. Fui claro? Ele é mais animal que humano nesse momento. Mostre-lhe submissão absoluta se você quiser uma chance de sobreviver.
Ela assentiu não confiante em sua voz naquele momento. Suas advertências colocaram imagens vívidas em sua mente. A parte do gritar a fez pensar no quão forte Moon seria se oferecesse a ele seu corpo. Ele era um cara realmente forte e grande.
— Bom. — Harley estudou suas características. — Ele falou sobre você para mim. Disse que você era valente e tinha a coragem de uma de nossas fêmeas. Eu não acreditei nisso até agora. Ele pode nunca entender por que você fugiu. Estou te dando uma chance, então não estrague. Ele é a pessoa mais próxima para mim e eu já perdi muito em minha vida. — Seu foco abaixou para seu corpo, depois voltou para cima. — É 48

melhor você não estar me enganando e amarelar. Eu enfrentei Justice e Tiger para te dar esta chance. Eu não teria feito isto, mas estou desesperado para salvá-lo. Eles também ou nunca teriam concordado em permitir isto.
— Eu também. — Palavras sinceras. — Eu não o deixarei desta vez.
Um curso de compreensão fluiu entre eles. Harley de repente estendeu a mão para seu bolso de trás e retirou um telefone celular. Ela se perguntou se ele o ofereceria para ela fazer aqueles telefonemas. Ao invés disso olhou para baixo e o tocou, tocando no painel.
— Eu quero que você veja algo.
— Certo.
Girou o rosto do telefone em sua direção e um vídeo começou a tocar. Pegou-o de seus dedos, olhando fixamente para um Moon sorridente exibido na tela pequena em sua palma. Ele estava ao ar livre, vestindo uma camiseta e bermuda. Humor refletia em seus olhos bonitos.
— O que você está fazendo? — Sua voz era rouca, a que se lembrava.
— Fazendo uma lembrança. — Harley riu. — Os vídeos são populares.
Moon riu.
— Eu não vou mesmo fazer sexo com você. Você não é meu tipo. Pensei que estes eram os únicos vídeos que você assistia.
— Ha-há. — Harley bufou. — Eu acho que você está conversando sobre você mesmo em vez de mim.
— Nós somos amigos porque temos muito em comum. — Moon olhou para longe, depois de volta para a câmera. — Por que você não as filma? — Empurrou um dedo polegar por cima do seu ombro. — Elas são mais interessantes que eu.
Harley Deslocou a câmera para registrar algumas fêmeas Espécies jogando vôlei. Depois de alguns segundos ele ampliou de volta para Moon.
— Eu quero filmar você. Você está deixando a Reserva em breve e vou sentir sua falta. Eu o assistirei quando ficar com saudades.
Moon sorriu.
— É só por um mês. Você nem vai notar que fui embora. — Apontou novamente na direção das fêmeas. — Você pode jogar com elas e parecer triste, assim elas mantêm você ocupado. Soa como se eu estivesse te fazendo um grande favor. — Suas mãos agarradas nos quadris. — Você vai ganhar pena. Diga-lhes que você sente falta de sair comigo e as leve em sua moto.
— Não será o mesmo. — Harley soou um pouco deprimido. — Eu realmente vou sentir sua falta.
De repente Moon ficou sombrio, o olhar escuro olhando a câmera.
— Eu voltarei antes de você notar e nos divertiremos. Sentirei sua falta também. Nunca achei que um dia seria tão próximo de alguém. — De repente sorriu. — Agora desligue isso e vamos jogar um pouco de bola. Jogaremos dois contra cinco e mostraremos a elas como é que se joga antes de eu partir.
Harley riu e o vídeo terminou. Joy piscou de volta lágrimas quando ergueu o olhar para o homem estendendo sua mão para ela devolver o celular. 49

— Eu quero meu amigo de volta. — Sinceridade brilhou em seus olhos. — Isso foi gravado algumas semanas atrás. Este é o Moon que eu conheço. — Desviou o olhar, empurrando seu telefone de volta para dentro do bolso. Segurou seu olhar mais uma vez, mas viu lágrimas brilhar em seus olhos. — Eu preciso que ele seja concertado.
— Vou fazer o que for preciso. — Joy jurou.
* * * * *
Moon rosnou, ira era uma coisa viva dentro de seu corpo. Não conseguia pensar e nada fazia sentido. Dor, raiva, e o desejo de explodir eram tudo que sabia. Jogou sua cabeça para trás e uivou. Queria algo. Não. Alguém. Uma fêmea.
Uma lembrança lutou para a superfície, mas estava enterrada debaixo das camadas de névoa. Ela é real, não é? Não estava certo. Caminhava pela gaiola, rosnando para as barras que o continham, e queria correr. Seu peito as esmagou, mas não conseguia ficar livre.
Enxugou sua boca e um cheiro o fez congelar. Cheirou, trouxe seus dedos para seu nariz e inalou profundamente. Era familiar, fêmea. Fechou os olhos e a imagem de uma humana com cabelo escuro sentada atrás de uma mesa entrou em foco. Ela estava sorrindo para ele. Tinha uma massa de cachos sedosos presos com um grampo na nuca de seu pescoço em um coque, mas queria vê-lo solto. Os grandes olhos azuis com manchas amarelas em suas íris o fascinavam. Elas eram raras para um humano, mas não estava certo como sabia disto.
O som escuro de uma risada feminina acalmou um pouco sua raiva e teve um efeito calmante. Era uma memória. Agarrou-se a ela, tentando muito não perder de vista. As mãos delicadas, pálidas levantaram mostrando-lhe suas palmas enquanto o flashback se tornava mais vívido.
— Pare 466. Você está fazendo meu estômago doer. — Ela tinha uma voz musical. Suave. Doce. Sexy. Seu pênis endureceu imediatamente, quase tirando seu foco para longe dela para se fixar na fome sexual que remexeu.
Suas mãos caíram na mesa e se debruçou, ainda sorrindo diretamente para ele.
— Você inventou isso para ver o quão crédula eu sou. — Queria beijar aqueles lábios. O desejo de atacá-la, agarrá-la e a prender na superfície plana era forte. Suas roupas eram finas, fáceis de rasgar. — Nós deveríamos estar dizendo a verdade um para o outro, lembra? Isso foi engraçado, mas ficção.
— Talvez. — A emoção presa aquela palavra foi bem sucedida. Diversão. Estava brincando com ela. — A verdade é que eu realmente fui para a cama ontem à noite pensando em você.
Suas características fecharam toda a emoção.
— Não faça isso.
Ele se moveu ao redor da sua mesa e abaixou tão perto que pôde captar o cheiro de sua excitação. Seus dedos coçaram para livrar seu cabelo para ver o quão longo seria.
— Você pensou em mim? Você se tocou? — Queria que ela dissesse sim. Queria ser ele a tocá-la. 50

— Sente-se.
Ela estava o cortando e não gostava disto. Girou a cadeira apesar dela tentar para-lo agarrando a extremidade da mesa. Sua força não era nada comparada a dele e a visão de suas pernas naquela saia curta era algo que não esperava. Elas eram lisas, bem formadas, e bonitas. Ela engasgou, seus olhos alargaram, e sua respiração acelerou.
— Eu prefiro dividir a sua. — Estendeu a mão depois de largar um lado de sua cadeira, as pontas dos dedos suavemente acariciaram seu joelho. Tão suave. Inalou e sabia que seus sentidos não o estavam enganando. Ela o queria também, mas não admitiria isto. — Abra suas coxas. Deixe-me entrar. — Lambeu seus lábios. Podia devorá-la. Queria. Precisava.
— Você sabe que nós não podemos fazer isto. — Pânico se mostrou em seus olhos. — Por favor, não faça isso.
Ele não sentiu o cheiro de medo. Não, ela o queria também. Por que não cederia? Ele faria isto ser tão bom para ela, para ambos. Ela empurrou seu toque, bloqueando seus joelhos juntos e agarrou a sirene em sua mesa.
— Não me faça apertar o alarme. Por favor, 466. — Foi o suplicante desespero de seu tom que o parou, o fez se endireitar e se afastar.
Rejeitado. Novamente. Machucou. Doeu. Seu pênis doeu com a necessidade de pegá-la. Seu corpo respondeu as emoções e isso veio à tona com a memória.
Um tiro de agonia passou por ele e a névoa retornou. Uivou, rondando o confim da gaiola. A raiva aumentava. Precisava sair. Correr. Precisava de… algo. Não. Alguém… Tentou lembrar de quem, mas não conseguia. Um grunhido rasgou de sua garganta.

7 comentários:

  1. Que vontade de abraçar o Harley Mano 😢😢

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  2. Coitadinho quase chorando akii 😪😪 ...

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  3. Nossa, eu adoro o Moon desde a história da trisha. Ele não merecia isso, coitado 😔😔😔

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  4. Sinceramente esse papo de "seu trabalho é mais importante" se fosse comigo não ia colar. As pessoas sempre tem que se colocar em primeiro lugar antes de colocar alguém, e ela não tinha que abrir mão de toda a vida dela por ele.

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