sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Capítulo 022



Capitulo Vinte e Dois
Kat olhava para Mason, o humor dele variava onde era um sinal de alto estresse. Ele não confiava nela e não deveria. Mason manteve um ligeiro aperto na arma, ela tinha se aproximado o suficiente para olhar para saber que estava destravada. Ele tinha colocado a arma contra a perna e mantinha o olhar em Missy, pestanejando. Ela não gostou disso nem um pouco.
— Precisamos conversar. – Ele lançou um olhar agudo para Missy. – Mas eu a quero em minha vista.
— Okay. – Kat se ergueu a mesa, se movendo lentamente, para evitar fazê-lo pular. Ela entrou no corredor.
Mason se aproximou de Kat, apontando a arma para o peito dela. Estava claro que ele esperava que ela fosse tentar desarmá-lo. Kat colocou as mãos no batente da porta então ele se sentiu mais seguro. Mason se virou o suficiente para manter as duas no campo de visão.
— Ela é um risco.
— Ela vai fazer tudo o que eu disser. – O maior medo de Kat tinha se tornado realidade. Tinha imaginado o que Mason estava pensando e agora sabia. – Temos estado juntas por um tempo realmente longo. Ela é completamente submissa. – Ela usou o termo que ele provavelmente entenderia melhor.
— Preciso saber se você está cem por centro comprometida. Você não tem nada a perder por outro lado. – Ele manteve a voz baixa.
— O que você tem em mente? – Pavor fez o estômago dela se agitar.
— Mate-a.
— Acho que isso é um pouco drástico. – Kat esperou que tivesse mascarado seu horror.
— Merda nenhuma. – Ele assobiou. – Estou encarando a prisão ou pior se aqueles animais me pegarem. Preciso saber que posso confiar em você. Mate aquela vadia.
Kat podia entender a logica, tão bagunçada quanto isso era. Ela seria procurada pela polícia por assassinato se matasse Missy. Recuperando Jerry Boris e fazendo ele desistir do dinheiro seria uma estratégia de sobrevivência. Eles iriam precisar do
dinheiro para obter identidades falsas para deixar os EU para um país que não extraditava onde poucos milhões podiam providenciar uma vida luxuosa.
— Mate-a. – Ele sussurrou e ergueu a arma para a cabeça dela. – Ou eu vou te matar.
— Tudo bem, me dá a arma.
— Eu pareço estúpido para você. – Mason deu um passo atrás.
— Vou pegar uma das minhas então. – Kat não estava surpresa que ele não tinha caído nisso.
— Então você pode atirar em mim? – Ele sacudiu a cabeça. – Mãos nuas.
— Isso é frio. – Kat endireitou os ombros. – Mas como você disse, há milhões envolvidos. Tenho certeza que eu posso lidar com isso.
Mason sorriu. A opinião de Kat sobre Mason nunca tinha sido boa, mas agora ele não era melhor que uma merda no vaso para ela. Matar alguém que se ama por dinheiro era o mais baixo que alguém poderia chegar.
— Você mata ela e vamos embora. Eu sei que empresas eles usam para entrar em Homeland. Devemos atingi-los logo. É a melhor hora.
Ele estava certo. Muitas pessoas não estariam muito alertas – dormindo ou apenas acordando – se eles entrassem em Homeland por volta das sete da manhã. Isso seria o tempo que os caminhões de entrega começariam a andar.
— Okay, eu vou ter a metade. Certo? Não foda comigo, Mason.
— Eu não vou. Eu poderia usar você, Katrina. Você é inteligente. Nós iriamos ter um tempo mais fácil viajando como um casal. – A atenção dele desceu para os seios dela.
A pele de Kat se arrepiou pelo jeito que Mason olhava para ela, nunca permitiria que ele a tocasse.
— Você está certo. – Ela sorriu, fingindo que ele era atrativo para ela. Foi um dos atos mais difíceis que ela teve que fazer. – Vamos precisar depender um do outro.
— Nós vamos. – Ele olhou para os seios dela novamente. – Em todos os sentidos.
Que nojo! Kat forçou o enjoo de volta.
— Vou fazer isso agora, no entanto não quero que ela veja isso acontecendo. Missy poderia gritar. Nossos vizinhos chamam a polícia toda vez que discutimos. – Kat queria que ele continuasse acreditando que ela e Missy eram um casal, um com problemas
domésticos. – Vou esperar até que a guarda dela esteja baixa e me mover atrás dela. vamos fazer isso no escritório dela, é o lugar mais longe desse lado da casa.
— Faça isso. – Mason de afastou e manteve a arma mirada nela.
Kat cruzou a cozinha, Missy se apertou contra o fogão e encontrou seu olhar. Confia em mim, Kat moveu a boca.
— Como você está aguentando, querida? – Kat parou na frente de Missy, segurando a mão dela.
— Assustada. – Missy sussurrou.
— Vai ficar tudo bem. – Kat sabia que Mason continuava a três metros atrás dela, assistindo e ouvindo tudo. No entanto, ele não poderia ver seu rosto. Ela olhou para o balcão, procurando por uma arma.
O fogão pegou sua atenção.
— Por que não vamos para o seu escritório? Você pode escrever enquanto conversamos.
— Tudo bem.
Kat colocou o braço na cintura de Missy e deslizou a mão para os botões do fogão. Mason não iria ser capaz de ver isso, ela girou todos. Os olhos se Missy se arregalaram, mas Kat sacudiu a mão dela, dando a ela um olhar firme. Kat sentiu um pouco de orgulho de sua melhor amiga quando ela sorriu.
— Eu deveria terminar um pouco do meu livro. – Missy bravamente se adiantou.
O ligeiro som do gás saindo do fogão poderia ser ouvido, mas Kat duvidava que chegaria do outro lado do cômodo. Entretanto, Mason iria senti-lo em breve. Kat empurrou Missy para longe dele e virou, colocando-a detrás do corpo.
Mason voltou para o corredor, dando a elas uma abertura maior. Kat levou a amiga para o outro cômodo.
— Ela gosta de acender algumas velas quando escreve, isso a faz relaxar. – Ela endereçou a Mason, mas manteve o aperto em Missy. – Vou acender algumas.
Missy empalideceu, Kat a empurrou contra a janela que encarava o quintal.
— Onde você mantém o isqueiro? Continua na sua mesa?
— Está em uma das minhas gavetas. – Missy sussurrou, pegando a dica.
— Mason talvez esteja interessado no que esta em sua gaveta. Ele não te conhece, certo Mason?
Mason mordeu a isca. Kat tinha implicado que talvez lá houvesse uma arma; ele se moveu ao redor da grande mesa e se curvou, mantendo a arma nelas. No entanto a atenção dele estava dividida, quando puxou a gaveta da esquerda aberta no lado da grande mesa. Lá havia quatro isqueiros ao todo. Kat sabia quão bagunçadas elas estavam, ele teria que remexer nelas. Mason se curvou um pouco mais e Kat usou a oportunidade para agarrar o isqueiro do abrigo próximo às velas aromáticas de Missy.
— Devemos alimentar o cachorro e o gato logo. – Missy segurou seu braço, os dedos se enterrando.
Kat piscou, não havia jeito de salvar os animais. Era a vida de Missy na linha. Ela sabia que sua amiga tinha adivinhado o que ela estava fazendo e tinha dito isso para lembra-la que eles estavam no andar superior.
— Eles não são uma prioridade agora.
Lágrimas encheram os olhos de Missy e Kat teve que olhar para longe, doía nela também. O cheiro de gás alcançou seu nariz. Mason bateu outra gaveta e teve que virar para abrir uma atrás, a arma descansou na mesa, apontando na direção delas. Kat se moveu para ficar entre Missy e a arma, ela olhou para as cortinas. Elas eram horríveis, as mesmas flores impressas que compunham a maior parte da casa. A casa tinha sido o sonho delas, mas comprariam outra. Missy não poderia ser substituída.
— Nada. – Mason se moveu ao redor da cadeira e abriu a outra gaveta, ele subitamente ficou tenso. – Que cheiro é esse?
— Que cheiro? – Ela deu a ele um olhar em branco. O tempo tinha acabado.
Mason cheirou e se ergueu, se movendo para a porta do corredor. A arma dele se sacudiu e Kat girou, acendendo o isqueiro na primeira tentativa. Ela o pressionou contra as cortinas, empurrando para baixo na guia. Uma chama irrompeu. No segundo em que percebeu que as cortinas estavam em chamas, Kat o deixou cair e passou os braços ao redor de Missy.
— Que porra? – Mason gritou.
Kat empurrou Missy para longe das chamar e juntou as cortinas para mantê-las pegando fogo. A janela era unicamente de vidro desde que elas não a tinham substituído por uma mais eficiente. Missy tinha instalado uma persiana grossa cinzenta, a única coisa entre elas e o vidro.
Um tiro soou enquanto Kat girava, usando toda sua força para jogar as duas através do vidro. Elas bateram no vidro e quando isso quebrou não havia nada, mas felizmente a persiana e as roupas delas as protegeram.
Darkness se aproximou da casa com a equipe, gesticulando para eles se separarem e cercarem a casa. O som de um tiro cortou a noite. Ele congelou, aterrorizado do que isso significava. Isso foi imediatamente seguido por uma explosão nos fundos da casa, houve uma explosão de luz cegante e as janelas ao longo da frente da casa explodiram para fora. O som foi ensurdecedor e ativou os alarmes dos carros ao longo da rua, eles soaram e buzinaram, as luzes piscando.
— Movam-se. – Darkness rugiu. – Cheguem lá!
Qualquer plano de se esgueirar e tirar o homem foi esquecido. Darkness se lançou sobre o lado do portão e pulou, não se preocupando com o que estava do outro lado. Ele aterrissou no concreto e olhou horrorizado para os pedaços fumegantes da construção. Os fundos da casa tinham sido destruídos – uma ferida irregular de chamas abertas. As chamas pulavam de dentro, lembrando-o de uma tocha na área. Fumaça negra o atingiu enquanto corria para entrar, preparado para se lançar na casa queimando atrás de Kat.
Sua visão periférica pegou um movimento e ele congelou, virando a cabeça naquela direção. Um braço desnudo se ergueu do que parecia ser uma sessão de painéis de madeira. A mão era pequena e aparentava ser feminina.
— Kat! – Ele correu em direção a ela, esquivando-se de pedaços de detritos flamejantes.
Sangue manchava a palma dela quando ele a agarrou apertando, usando a outra mão para ergueu o painel de cima dela, ele o jogou para o lado. Não era Kat olhando para ele quando Darkness caiu de joelhos. Ela tinha cabelos loiros, olhos azuis aterrorizados e usava uma camisola. Cortes e sangue fresco marcavam os membros dela, mas ela não parecia estar gravemente ferida.
— Onde ela está? – Ela tentou se mover, mas gritou.
— Kat?
Ela assentiu.
— A casa explodiu e isso me jogou para longe dela. – A mulher tentou se sentar novamente, mas caiu espalmada, choramingando.
— Fique deitada. – Darkness pediu.
Book estava ao seu lado em uma instante, atendendo a mulher. Darkness se ergueu e procurou freneticamente o jardim. Um pedaço enorme do teto estava amassado dois metros à frente. Um pé ensanguentado cutucava para fora, debaixo da bora. Era pequeno e sem vida.
— Kat! – Darkness estava apavorado quando se curvou, com medo do que encontraria. O teto parecia pesado, dois metros e meio de comprimento e cinco metros de largura, isso tinha sustentado um dano profundo. Os dedos dele se engancharam numa borda e Trey se apressou para o outro lado, ajudando Darkness a movê-lo.
— Agora. – Trey impulsionou.
Eles ergueram ao mesmo tempo e jogaram para o lado, não era tão pesado quanto ele tinha pensado. Darkness olhou para baixo e dor o partiu ao meio, tinha encontrado Kat. Os joelhos dele entraram em colapso. Kat estava de lado, uma mão sobre o rosto como se ela tivesse tentado proteger a cabeça. Sangue por um corte no antebraço manchava a pele dela. sangue cobria o peito de Kat, mas Darkness não tinha certeza se isso era do primeiro ferimento ou pior. O pijama de Kat estava rasgado, manchas vermelhas em alguns pontos.
— Porra. – Trey assobiou e agarrou o celular. – Transporte aéreo para Homeland ou ligar para uma ambulância?
Darkness nem mesmo tinha certeza se Kat estava viva. Ele respirou, o cheiro da fumaça estava muito forte, mas ele pôde cheirar o sangue de Kat. Custou muito se aproximar e tocá-la. Darkness gentilmente segurou o braço dela e o moveu, sangue cobria a bochecha. Os olhos de Kat estavam fechados e Darkness não tinha certeza se respirava enquanto checava por pulso. Ele pressionou a ponta dos dedos contra a coluna da garganta dela. Ele não sentiu nada.
— Não! – Ele rugiu em angústia. O braço de Kat se contorceu e Darkness rosnou. – Transporte aéreo. – Ele apenas a queria em Homeland.
— Estou nisso, não mova-a. – Trey ordenou.
Darkness se curvou sobre Kat, empurrando os detritos para longe.
— Kat? Estou aqui. É Darkness.
Os olhos dela permaneceram fechados, mas ela continuava viva. Darkness quis pegá-la e coloca-la nos braços quando algo explodiu dentro da casa. Foi uma explosão menor, mas o suficiente para o fazer temer que mais da casa iria cair no quintal. Ele virou,
avaliando a casa novamente. Os dois pisos tinham ido nos fundos da casa, chamas tinham se espalhado para as outras áreas.
— Aqui é Trey. – O humano gritou. – Precisamos que aquele helicóptero volte. Desça ele na frente da casa, se você puder. Temos duas mulheres feridas. Alerte o Centro Médico, trauma severo. – Ele pausou. – A porra da casa explodiu.
Darkness bloqueou tudo menos Kat. Ele colocou o corpo acima do dela, mas manteve todo o peso fora. Queria protege-la de mais dor. Alguém o agarrou pelo braço, o sacudindo. Ele virou e rosnou, olhando para os olhos de Trey.
— Deixe-me ajudá-la, eu tenho algum treinamento médico. Ela está sangrando. – O homem o soltou e arrancou o colete e então a camisa. Ele começou a rasga-la em tiras.
Darkness sabia que Trey estava certo. Kat precisava de ajuda, mas ele estava congelado, sua mente em branco.
— Mova-se. – Trey repetiu. – Vamos parar os sangramentos ou ela não vai aguentar.
Darkness se afastou um pouco, Try assumiu o lugar. Isso fez Darkness se sentir indefeso, algo que ele odiava. Kat fez um som suave de dor quando Trey moveu o braço ensanguentado dela e passou a manga da camisa ao redor da ferida, usando as pontas para amarrar.
— É muito apertado.
— Você quer que ela sangre? – Trey pestanejou. – Procure por algo plano onde podemos coloca-la. O helicóptero não estava esperando uma emergência médica. Não temos uma maca nele, eu perguntei.
Sirenes cresceram mais perto, Darkness não se moveu para longe de Kat. Ele viu Trey cobrir cuidadosamente o corte no tornozelo dela, a causa do sangue no pé dela. Darkness sabia que deveria segurar os humanos e tomar o controle da situação. Novas Espécies estariam em perigo se ele não fizesse. Ele apenas não podia deixar Kat. Ele nem mesmo poderia seguir as instruções de Trey em como ajuda-la, era como se estivesse desligado até que gentilmente segurou a mão dela no chão próximo ao seu joelho. Não estava sangrando, mas estava sem vida.
— Terminei tudo o que posso. – Trey se ergueu. – Vou encontrar algo para usar como uma maca ou pegar uma da ambulância. Vou mandar os paramédicos para ela, tenho certeza que eles virão com a polícia. Todos no quarteirão devem ter ligado para ajuda.
Darkness o ignorou, olhando para o rosto de Kat. Os olhos dela permaneciam fechados.
— Kat? Pode me ouvir? Estou aqui.
Era culpa dele que ela estava deitada no chão. Ele a tinha mandado embora de Homeland. Kat estaria dormindo segura na cama dele de outro modo. Darkness examinou visualmente o corpo dela. cada corte, cada traço de ferimento repousava diretamente sobre os ombros dele. Kat quis dar uma chance à relação entre eles, ele a mandou embora.
— Kat. – A voz suave da mulher sussurrou.
Darkness virou a cabeça, a mulher loira caiu ao lado dele. O medo bruto no rosto dela talvez estivesse refletido no rosto dele se fosse capaz de olhar em um espelho. Lágrimas corriam livremente pelo rosto dela e Darkness invejou a habilidade de chorar. Ele sofria o suficiente, mas seus olhos permaneciam secos.
— Ela me salvou. – Missy fungou. – Ela explodiu a casa porque acho que Mason ia me matar. – Os ombros dela sacudiam enquanto ela lutava contra as lágrimas. – Ela nos jogou pela janela antes que explodisse. – Ela arfou, chorando. – Ela se colocou entre eu e o vidro. Atingimos o chão e ela rolou para cima de mim. Quando a casa caiu, apenas a jogou para longe. Eu deveria tê-la segurado apertado. Eu deveria ter... – Ela parou de falar, se dissolvendo em soluços.
Darkness percebeu que deveria tentar confortar a fêmea, mas não poderia. Ele virou a cabeça, olhando para onde tinha sido uma casa. Todo o lado do fundo da casa estava exposto para mostrar o interior queimando. O telhado tinha colapsado onde não havia sido explodido. Kat tinha feito aquilo para salvar a amiga. Ele queria matar Missy. Raiva pura o bateu, mas ele não a jogou na loira. Kat tinha que amá-la para sacrificar a própria vida.
Umidade encheu seus olhos, deixando a visão dele embaçada. Darkness foi para baixo, ficando mais perto do rosto de Kat. Ele detectou a respiração dela contra os lábios dele. Era fraca, mas ela estava viva. Darkness apenas não sabia por quanto tempo. Kat iria morrer. As sirenes pararam próximas. Seu cérebro começou a funcionar e um novo alvo para sua raiva apareceu. Ele se ajeitou e virou a cabeça, segurando um aperto no ombro de Missy. Ele a sacudiu uma vez.
— Onde está Mason?
Missy ergueu um dedo trêmulo para a casa destruída.
— Nós estávamos no escritório, ele estava perto da porta. Ele cheirou o gás e caminhou para o corredor. Ele atirou em nós quando Kat nos jogou pela janela. E explodiu.
Darkness podia ver que ela estava em choque. Ele estava dividido entre ir caçar Mason, se algo tivesse sobrado, e permanecer com Kat. Não queria que ela morresse sozinha. Não Kat. Ele se curvou, pressionando o rosto próximo ao dela.
— Estou aqui, Kat. Não me deixe.
— Aqui atrás! – Trey gritou. – Por aqui.
— Por favor, abra seus olhos. – Darkness pressionou, assistindo, esperando que ela fizesse isso. – Você é uma mulher durona, não deixe esse bastardo vencer. Ele ganha se você morrer.
Algo pesado caiu ao lado deles e Darkness ergueu a cabeça, rosnando para a ameaça. A fêmea humana em uma uniforme azul escuro estava de joelho no outro lado de Kat, um kit médico agarrado nas mãos. Os olhos dela se arregalaram e ela empalideceu.
— Ajude-a, você é médica. – Ele olhou para baixo, percebendo que tipo de uniforme era.
Ela assentiu, parecendo se livrar do medo que ele tinha instalado.
— Qual é o nome dela? você sabe?
— Kat. Ela é minha. Não a deixe morrer.
— Darkness, se afaste. – Trey agarrou seus ombros. – Há mais deles, eles precisam de acesso a ela e você está no caminho.
— Não consigo. – Darkness olhou para o homem.
— Tem que conseguir. – Trey se curvou, olhando para os olhos dele. – Deixe que eles a ajudem.
— Minhas pernas não funcionam.
— Você quebrou algo? – Trey olhou para baixo.
— Não posso me mover, não posso deixa-la.
Pena passou pelos olhos azuis do homem e ele se curvou, passando um braço ao redor de Darkness. Ele o puxou para cima, grunhindo um pouco no processo.
— Porra, você é pesado. Trave seus joelhos.
Darkness fez como ele disse, encontrando a si mesmo de pé novamente. Trey manteve o aperto nele e o forçou a se afastar. Mais três humanos se juntaram ao redor de Kat,
puxando detritos para ter acesso a ela. A alguns metros, mais dois humanos ajudavam Missy a se mover, pedindo a ela para se deitar então eles poderiam examiná-la.
Book apareceu. O macho tinha manchas escuras sob o nariz e ao redor da boca, como se tivesse respirado muita fumaça. Ele carregava um cachorro em um braço e um gato no outro. Eles estavam vivos, mas pareciam muito petrificados para se mover para longe. Apenas ficaram nos braços do macho, colocados contra o peito.
— Você foi lá atrás deles? – Trey sacudiu a cabeça. – Espécies fodidos loucos.
— Missy estava histérica e preocupada com eles. – Book pestanejou.
— Não posso acreditar que eles sobreviveram. – Trey liberou o aperto ao redor da cintura de Darkness. – Você está bem agora?
— Onde está o helicóptero? – Darkness permaneceu de pé.
— Está esperando. – Trey o soltou. – Você não o ouviu? Darren o desceu no fim da rua. Ele não queria que as hélices afetassem o fogo aqui.
— Precisamos levar Kat para Homeland.
— Eles vão querer leva-la para o hospital. – Trey hesitou.
— Homeland. – Darkness rosnou.
Trey caminhou para longe e parou próximo aos paramédicos, conversando suavemente com eles. Darkness não pôde ouvir as palavras. Alguns humanos estavam gritando e ele virou a cabeça, olhando para os que não tinha notado até agora. Bombeiros estavam jogando água na casa e a polícia estava movendo escombros, procurando por outras vitimas.
— Ela está em estado crítico. – Trey retornou para o lado de Darkness, parecendo sombrio. – Eles não puderam encontrar nenhum sinal de respiração no pulmão esquerdo dela, é o lado que ela caiu. Ela talvez tenha lesões por esmagamento. Hemorragia interna. – Ele pausou. – Os sinais vitais dela estão ruins.
Darkness manteve os joelhos travados, os paramédicos pegaram uma maca, colocaram um colar cervical ao redor do pescoço de Kat e a viraram contra a maca. Eles usaram restrições para passar ao redor da cabeça dela e do corpo, até mesmo as pernas, para mantê-la imóvel.
— Darkness. – Trey murmurou. – Eles não acham que ela vai conseguir. Eu sinto muito, cara.
Não! Darkness empurrou Trey e caminhou para os homens levantando Kat na maca. Ele olhou para a mulher que tinha assustado.
— Você tem uma ambulância lá na frente?
Ela assentiu.
— Trey, equipe, pegue Missy. Vamos embora. – Ele virou, estudando os animais nos braços de Book. – Traga-os também.
— Vocês todos não vão caber na ambulância com ela. – A mulher humana informou a ele. – Não há espaço suficiente.
— Eles vão para o helicóptero e vão esperar por sua ambulância levar Kat para ele. Eu vou ficar com ela. – Darkness lançou um olhar furioso a Trey. – Vocês não saiam sem nós. Informe Homeland que estamos indo, quero todos os médicos esperando e diga a eles para deixar as drogas de cura prontas.
— Ela é humana. – Book deu um passo à frente.
— Ela não vai morrer. – Darkness rosnou. – Eu não vou permitir isso.
— Faça como ele disse. – Trey empalideceu.
— Eu não posso permitir que você faça isso. – A fêmea humana protestou.
— Qual é o seu nome? – Darkness rosnou para ela.
— Heather.
— Eu sou o pior fodido pesadelo, Heather. Perceba isso e pare de discutir comigo. Faça como eu digo. Você vem conosco no helicóptero, eu insisto. Você pode trabalhar nela e mantê-la viva até que nossos médicos a tenham.
— Porra. – Trey murmurou. Ele ergueu a voz, aprofundando o tom. – Essas são ordens oficiais da ONE, nós temos jurisdição. Mandamos na cena e na sua ambulância. – Ele caminhou para frente e parou diante de Heather. – Você está trabalhando para a ONE agora até nova ordem. Vamos embora, você o ouviu.
Darkness olhou para Trey, o homem deu de ombros. Os dois sabiam que estavam ultrapassando os limites, mas ele apreciou que o macho o cobrisse. Darkness inclinou a cabeça, reconhecendo o débito.
— Tim e Justice vão entregar nossas bundas. – Ele murmurou baixo o suficiente para apenas Darkness ouvir. – Mas que se dane, essa é sua mulher.
Darkness ficou com Kat enquanto eles a colocaram dentro da ambulância e dirigiram rua abaixo. O helicóptero tinha aterrissado em uma encruzilhada, carros estavam alinhados, o tráfego bloqueado. Muitas pessoas estavam para fora dos carros. Darkness os ignorou, gritando ordens para que os paramédicos carregassem Kat para o helicóptero. Heather parecia assustada, mas subiu a bordo com eles.
Missy se sentou próxima a Book. Ele a segurou contra o corpo, como se ela tivesse um tempo difícil em se sentar direito sem ajuda. Dois dos machos tinham os animais de estimação nos colos. O cachorro parecia bem, mas o gato aparentava estar aterrorizado, as garras presas no colete de Jinx. Jinx acariciou as costas do gatinho, a cabeça abaixada, os lábios se movendo como se falasse com o pequeno.
Darkness tomou a palavra após ajudar a segurar a maca ao longo do banco, ele se manteve próximo a Heather desde que eles não poderiam afivelar os cintos. Ele agarrou a lado debaixo da maca e olhou para ela.
— Vou ter certeza que você não caia, mantenha sua atenção em Kat. Não a deixe morrer. – Ele teve que falar alto para ser ouvido.
— Isso é insano! – Ela gritou. – Ela precisa ser levada para um hospital.
Trey fechou a porta do lado e se agachou ao lado deles, agarrando uma alça desde que não havia nenhum lugar para sentar. Ele pegou um fone de ouvido, gritando para o piloto.
— Aqui vamos nós. Voe como nunca voou antes, Darren.
O helicóptero se ergueu rápido, eles sacudiram duro. Darkness manteve um braço ao redor de Heather quando ela deslizou, mas ela empunhou os lados da maca, agarrando-se a ela. Darkness se focou no rosto de Kat, ela estava respirando, mas o rosto estava muito pálido. Ela tinha que sobreviver até que alcançassem Homeland.
Heather ganhou a atenção dele quando ela agarrou sua mão. Ele virou a cabeça, olhando para ela. Ela se moveu para o cinto, deixando claro que ele deveria segurá-la ali. Ele segurou lá na espinha dela. Heather abriu o kit médico e começou uma intravenosa. Darkness admirou a coragem e habilidades dela enquanto ela trabalhava sobre pressão.
Fury acreditava que ele tinha sido desenhado para Kat porque ela era uma mulher corajosa. Ele não sentiu atração por Heather, apesar da aparência apelativa dela. As memórias de Kat apareceram. Ela tinha sido desenhada para ele como ninguém mais. O feriu vê-la deitada naquela maca quando outras imagens estavam tão frescas em sua
mente – ela rindo e até mesmo olhando pra ele com raiva. Tanta vida tinha brilhado naqueles olhos.
Ele talvez nunca mais visse aquilo novamente ou ouvisse o som da voz dela. ele seria deixado com nada exceto pequenas lembranças, sabendo que tudo poderia ter sido diferente se não tivesse negado quão importante ela tinha se tornado para ele. Queria protege-la, mas ao invés disso a tinha deixado vulnerável. As emoções se ergueram, quase o afogando em tristeza.
Darkness lutou para respirar, a dor o comendo por dentro. Ele queria rugir para fora sua raiva pela injustiça disso. Parte dele queria bater em algo até que seus punhos sangrassem, a outra parte sabia que nunca perdoaria a si mesmo se a perdesse.
Não me deixe, Kat. Não morra, continue lutando, Darkness a estimulou silenciosamente. Vou fazer qualquer coisa se você apenas ficar comigo.
Capítulo Vinte e Três
— Por que está demorando tanto? – Darkness embalava seu punho sangrando, ignorando o buraco que tinha colocado em uma parede.
— Você se sente melhor? – Fury suspirou. – Permita que Paul coloque uma bandagem nisso. Você vai deslizar em seu próprio sangue.
— Eles já estão com ela há dez horas. – Darkness se recusava a parar de compassar.
— Isso leva tempo. – Fury o relembrou. – Você insistiu que eles dessem a elas as drogas curativas. Eles tiveram que mantê-la fortemente sedada e estabilizaram o coração dela antes de operar para parar a hemorragia interna. Nenhuma noticia é bom noticia, isso significa que ela continua viva.
— Talvez eles estejam com medo de me contar. – Ele parou.
— Eu estaria. – Trey sorveu seu café.
— Você não está ajudando. – Ellie murmurou.
— Você iria querer contar a ele? Darkness é assustador quando está compassando e acertando aleatoriamente as paredes. – Trey arqueou as sobrancelhas. – Entretanto, eles teriam que dizer a ele. Estou tentando melhorar o humor. Ela está aguentando lá.
— Por que mesmo você está aqui? – Darkness olhou para o humano.
— Quero saber como sua namorada está. Estou torcendo por ela.
— Você não deveria estar na reunião da força-tarefa?
— Eu não fui convidado. – Trey hesitou. – Estou suspenso por alguns dias.
— Tim te suspendeu? – Darkness rosnou. – Eu vou cuidar disso.
— Calma lá. – Trey murmurou. – Você quer alguém para pulverizar, mas não tem nada a ver com você ou com o que fizemos na noite passada.
— Por que você foi suspenso? – Fury pestanejou. – Eu não ouvi nada sobre isso.
— Isso é entre Tim e eu. Quebrei uma das regras dele. Ele está chateado, mas vai superar. Não vou dizer mais nada. – Trey ficou quieto.
Darkness continuou a compassar, Justice entrou no Centro Médico e Darkness olhou para ele.
— Você tem algo a me dizer?
Justice olhou para Fury.
— Nada ainda. – Fury olhou para o relógio. – Ela é uma lutadora.
— Para uma humana? – Darkness rosnou. – É isso que você quis dizer?
— Pare. – Fury ergueu as mãos. – Você está procurando por uma briga e não vou dar isso a você.
— Não olhe pra mim. – Justice sacudiu a cabeça. – Eu li os relatórios e não tenho problemas com nada que sua equipe fez. Retornamos a paramédica para a casa dela, ela terá uma boa história para conta e foi muito compreensiva pela situação estressante. Não haverá nenhum problema com as autoridades humanas. Quero que você saiba que a polícia recuperou um corpo da casa de Katrina. É Robert Mason.
Aquilo salvava Darkness do trabalho de caçar o homem e o matar.
— Eles têm certeza? – Fury parecia cético. – Eu vi alguns noticias, não sobrou muito da casa.
— Eles tiveram identificação positiva. Ele era uma prioridade desde que era do FBI e por causa da associação com a ONE. Eles pegaram registros dentários e imediatamente compararam eles no laboratório. O pai de Jessie colocou pressão neles também. É ele, não há dúvidas. O corpo estava gravemente danificado, mas sobrou o suficiente para eles fazerem outras distinções. – Justice caminhou para a máquina de café e pegou um copo. Ele se virou, estudando Darkness. – Temos pesadas perguntas da imprensa sobre o que aconteceu na noite passada, mas isso está sendo cuidado. A família dela está se comunicando com Missy. Não vamos permitir que eles tenham acesso a Homeland, mas Missy assegurou a eles o que está sendo feito por Katrina.
Darkness deu de ombros. Não sabia muito sobre a família de Kat, ele não tinha perguntado.
— Eles querem vê-la?
— Eles tem que voar. – Justice assentiu. – Eles vivem em outros estados, ela tinha Missy listada como seu contato médico no FBI. Isso foi sorte para nós desde que a fêmea está aqui e não protestou por nada que nosso centro médico está fazendo.
— Ela provavelmente não percebeu o quão perigoso essa droga de cura é. – Fury murmurou.
Darkness olhou para ele.
— Não estou dizendo que você agiu errado pedindo que fosse dado a ela. – Fury começou rapidamente. – Eu já tive que tomar a mesma decisão. – Ele lançou um olhar significativo para Ellie. – Apenas espero que a amiga dela não esteja informada dos efeitos colaterais.
— Quais são eles? – Ellie se aproximou do companheiro.
— Ele foi testado em Espécies, mas quando eles testaram em humanos isso causou ataques cardíacos e apoplexia massiva. Era muito potente para eles aguentarem. – Fury segurou a mão de Ellie.
— Pense em doses massivas de anfetaminas. – Trey adicionou. – Eu li sobre isso quando colocaram na companheira de True depois que ela foi baleada. Acelerou o processo de cura, mas também acelerou os batimentos cardíacos dela, causando muita arritmia e ataque cardíaco. O paciente também pode ter um derrame porque a pressão sanguínea vai para o teto. – Ele olhou para Darkness. – Você teve que aceitar os riscos.
Tenho certeza que ela continua lá por causa das drogas. Isso deu a ela uma chance real de sobreviver se eles apenas a manterem estabilizada. Isso é uma linha fina entre manter os sinais vitais dela altos o suficiente para mantê-la viva, mas baixo o suficiente para combater os efeitos colaterais das drogas.
— Bem, Jeanie está bem agora. – Ellie sorriu. – As drogas a salvaram, apenas precisamos pensar positivo. Elas vão salvar Katrina.
— Kat. – Darkness rosnou. – Ela gostava de ser chamada assim.
— Não. – Fury rosnou de volta. – Você quer arrumar uma briga? Não com minha mulher.
— Estou frustrado. – Darkness se acalmou. – Desculpe, Ellie.
— Está tudo bem. – Ela manteve o sorriso no lugar. – Você não iria ser o único Espécie que já tentou me testar.
A porta do outro lado da sala se abriu e a doutora Alli saiu. Ela tinha mudado o avental por um par de camiseta e shorts, as sandálias eram quietas no chão enquanto ela se aproximava. A expressão dela mascarava as emoções, mas ela prendeu o olhar em Darkness, caminhando diretamente para ele. Ela parou.
— Aquela é uma senhorita durona que temos lá, Darkness. Eu não sai com noticias até que tivesse certeza que ela iria fazer isso, salvo circunstancias imprevistas.
Ele deixou as informações se assentarem.
— Era tocar e ir. – Doutora Alli sorriu. – Eu não vou mentir. Tivemos um tempo infernal descobrindo que dosagem ela poderia aguentar, mas dar a ela o suficiente para ajuda-la. Os paramédicos na cena estavam errados, o pulmão dela estava machucado, mas não tinha colapsado. Ela teve fraturas capilares ao longo da caixa torácica, mas elas foram remendadas. Nós também não encontramos nenhuma hemorragia interna, então não tivemos que operar. Ela apenas se machucou como o inferno, teve muitas contusões precisou de pontos em três lugares. Ela perdeu muito sangue por todos os lados, o que explica seus assustadores sinais vitais quando ela chegou. Ela estava sofrendo por choque extremo. Ela é do tipo sanguíneo de Trisha, isso foi uma sorte. Treadmont insistiu em manter todos os tipos sanguíneos das companheiras em mãos apenas para o caso de uma de nós precisar.
— Eu posso ver Kat? – Darkness estava com medo de acreditar em Alli.
— Sim, vou te levar para trás. Nós a temos presa a muitos monitores, quero que você esteja preparado para isso. Treadmont e Trisha esta com ela. Ela está se curando tão
rápido que já estamos prontos para remover os pontos, então você não vá ver eles lá. Na próxima vez vamos apenas usar as bandagens se alguma vez precisarmos usar as drogas curativas em um de nós. Estamos mantendo-a sedada para lidar com os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea. Estamos ao redor dela para ter certeza que ela...
— Ela o quê? – Darkness não gostou do modo com o sorriso dela desapareceu e preocupação brilhou nos olhos dela.
— Ela recebeu muitas pancadas na cabeça. Tivemos que coloca-la para dormir rápido quando os batimentos cardíacos aceleraram muito, mas queríamos ter certeza que ela estava bem. Os escâneres que fizemos quando ela chegou mostraram alguns inchados, mas agora eles se foram. – Dra Alli se aproximou e colocou a mão no peito dele. – Estávamos preocupados com os danos.
— No entanto, ela está bem, certo? – Ele se sentiu doente.
— Foi um ferimento muito próximo a cabeça. Você a trouxe rápido e começamos imediatamente com as drogas. Pensamos que a pegamos a tempo, antes que ela sofresse um ferimento permanente. As imagens parecem boas agora, não há sangramento. Estamos correndo scans a cada hora para vê-la, a última coisa que queríamos fazer era abri-la. Não temos um neurocirurgião em Homeland, mas temos um em espera de um dos centros de traumas mais próximos para o caso de precisar.
— E se houver um dano?
Dra Alli mordeu o lábio inferior.
— Apenas me diga.
— Estamos consultado o departamento de neurologia. Se houver um dano e se for leve, ela pode não lembrar o que aconteceu com ela. Amnésia curta é uma possibilidade. Isso pode causar algumas mudanças de personalidade, oscilação de humor, depressão. – Ela pausou. – Pode haver algumas leves mudanças físicas. Visão embaçada, dores de cabeça e alguma fraqueza nos membros. Vamos procurar por dificuldades verbais também, fala arrastada ou problema em identificar palavras, faladas ou ouvidas.
Darkness fechou os olhos, isso doía. É minha culpa. Ele não podia parar de repetir aquilo dentro da cabeça. Deveria ter mantido Kat em Homeland, algemada em sua cama, ao invés de empurrá-la para longe. Ela quis que ele a encontrasse no meio do caminho, mas ele se recusou até mesmo a tentar.
— Darkness? – Dra Alli afagou o peito dele. – Ela é durona.
— Você disse que já a derrubou uma vez. Ela está bem? – Ele abriu os olhos.
— Ela abriu os olhos, pareceu confusa, mas então os batimentos cardíacos subiram muito alto. A desacordamos. Ela nunca falou, foi muito rápido. Os sedativos são duros para apagar e nós apenas não tivemos tempo suficiente para permitir que ela se tornasse coerente. – Ela deixou cair a mão. – Você quer vê-la?
— Quero.
— Siga-me. – Ela girou e rapidamente caminhou para longe.
Darkness permaneceu atrás dela. Eles tinham duas salas em funcionamento e foi onde ela o levou. A doutora Trisha e o Treadmont estavam em um cômodo grande, os dois sentados em cadeiras. Eles pareciam cansadas e tinham trocado as roupas também. A doutora Trisha sorriu para ele, isso pareceu forçado. O doutor Treadmont apenas abaixou a cabeça, olhando para algo no laptop.
Kat continuava deitada em uma maca acolchoada, eles tinham fios em cada lado dela. Ela vestia uma camisola hospitalar, um cobertor a cobria até o meio do peito. Os dedos de Kat estavam cobertos por clipes plásticos e uma coisa verde estava colocada no antebraço, próxima ao cotovelo. Isso pingava fluidos e drogas no sistema dela. Os fios de um monitor cardíaco corriam sob o topo da camisola para o peito dela. Kat respirava sozinha, mas continuava parecendo muito pálida.
Darkness parou ao lado da cama dela, o outro braço de Kat estava coberto onde ele sabia que ela tinha sofrido uma torção profunda, isso estava preso quase ao redor do braço dela. Ele pestanejou.
— É a cura. – A doutora Alli o informou. – Estamos mantendo isso nela, então é melhor não colocar isso. Quer ver os outros ferimentos dela?
Ele sacudiu a cabeça em concordância.
A doutora Alli ergueu o cobertor e Darkness rosnou. Kat tinha estado de lado quando ele a encontrou e muitos corpos tinham estado no caminho quando os paramédicos a tinham amarrado à maca. Trey tinha coberto Kat com cobertores para mantê-la aquecida contra os efeitos do choque, ele percebeu que os quadris e pernas estavam danificados.
As feridas pareciam como se ela tivesse sido cortada com uma lâmina grossa, a pele estava marcada por contusões multicoloridas, um progresso natural do processo de cura. Já estava em estágio avançado, eles já tinham começado a parecer amarelados.
— Eu não sei se isso foi pelos detritos da explosão ou se ela caiu em algo. – Dra Alli explicou. – Ela foi arranhada dos dois lados, de qualquer forma. O lado esquerdo foi cortado assim, mas ela tem os piores ferimentos no lado direito. O braço, a cabeça e as costelas.
Darkness se aproximou, notando como suas mãos tremiam quando cuidadosamente agarrou a camisola de Kat e puxou para baixo. Almofadas circulares atadas ao monitor descansavam sobre os seios dela e mais fios corriam para o inferior da costela. Haviam contusões abaixo do seio direito de Kat, ele soltou e se aproximou.
— Isso parecia pior quando ela foi trazida. – A doutora Trisha se moveu para o outro lado da cama. – Os cortes menores e as feridas nelas já estão quase curadas. Nem mesmo restaram contusões. – Ela encontrou o olhar dele. – Temos uma decisão a tomar, vou falar a amiga dela.
— Que decisão? – Ela ganhou toda a atenção de Darkness.
— Mantê-la nas drogas até que esteja completamente curada ou não. Neste ritmo isso vai acontecer até amanhã à noite. A outra opção de retirá-la delas para se curar naturalmente o resto do caminho. Se decidirem isso, vamos limpar o sistema dela para remover as drogas.
— Como ela está lidando com elas?
— Bem, considerando que ela está quase em coma. – A doutora Trisha deu de ombros e olhou para a doutora Alli.
— Eu disse a ele, todos estamos preocupados com o ferimento próximo à cabeça. – A doutora Alli puxou uma respiração. – Estamos ansiosos para acordá-la e ver como ela está.
— Ela não está mais em estado crítico. – Trisha o informou. – Isso seria seguro. O maior inimigo dela era a perda de sangue que sofreu e o trauma pelos ferimentos. Lutamos com os dois e vencemos. Vou falar com Missy e deixa-la decidir.
— Mantenha-a nelas. – Darkness sacudiu a cabeça. – Kat odiaria ficar contida no Centro Médico, deixe-a se curar completamente.
— Isso não cabe a você. – O doutor Treadmont destacou.
Darkness virou para olhar para o homem.
— Não é. Elas são hóspedes em Homeland e a melhor amiga dela está listada como sua parente mais próxima, os registros dela foram enviados para nós.
— Vocês farão como estou pedindo. – Darkness se afastou da cama e avançou para Treadmont. – Mantenha-a com as drogas.
A doutora Alli agarrou seu braço. Ele parou, não querendo empurrá-la. Ela caminhou ao redor dele, colocando seu pequeno corpo entre ele e o homem.
— Vamos mantê-las nelas, mas se ela começar e mostrar sinais de que a droga é muito para aguentar, vamos parar. Acho que é um compromisso razoável.
— Isso é bom. – Ele rosnou baixo, olhou para o doutor, mas se acalmou.
Darkness se soltou da mão de Alli e voltou para a cama, olhando Kat dormir. Ele não planejava sair, não confiava mais em Treadmont. O enfureceu que o homem iria desconsiderar seus desejos quando isso era sobre Kat. Darkness a tinha colocado em perigo, mas ele também teria certeza que ela estava completamente curada antes de que eles permitissem que ela acordasse.
— Vamos mantê-la aqui enquanto está com as drogas. – Trisha pegou os olhos deles. – Certo? Vamos movê-la para um quarto uma vez que estivemos prontos para acordá-la.
— Sim.
Kat iria querer saber que Mason estava morto, a próxima pergunta iria se provavelmente sobre a amiga. Ele se aproximou, pegando a mão dela.
— Como está Missy?
— Ela está bem. – A doutora Alli o assegurou. – Algumas contusões e cortes, mas nada sério. Ela apenas precisou de algumas bandagens e bolsas de gelo. Temos ela em um dos quartos.
— Elas tem animais de estimação. – Ele lembrou disso. – Onde eles estão?
— Book os levou para casa, eu os chequei. Não sou uma veterinária, mas eles pareciam bem. – Trisha se moveu para longe. – Ele vai mantê-los no dormitório dos homens até que Missy e Kat estejam prontas para deixar Homeland.
— Elas não têm outro lugar para ir. A casa delas foi destruída. – Darkness baixou a voz no caso de Kat poder ouvi-lo.
— Tenho certeza que a ONE vai ajuda-las a encontrar um novo lugar. – Alli se aproximou e afagou o braço dele. – Ela vai ficar bem, Darkness. Por que você não tenta dormir um pouco? Esteve acordado a noite toda. Vamos trazer alguns colchoes pra cá e vamos descansar um pouco. Terei um trazido para você também.
— Não.
— Darkness?
Ele olhou para baixo, para a companheira de Obsidian. Ela olhava de volta para ele com um olhar determinado.
— Estou acostumada a lidar com caras teimosos e cheios de rosnados. Você não me assusta. Quer ficar aqui? Você vai tirar uma soneca. Isso não está em discussão. Vamos te acordar se algo der errado. Kat está dormindo, descanse enquanto pode.
Ele entendia a logica disso e cedeu, assentindo.
— Bom. – Alli deu um passo atrás.
* * * * *
— Que bagunça. – Justice disse e suspirou, tomando um assento na área de espera.
— Isso poderia ter sido pior. – Fury colocou Ellie mais perto. – Ele continua negando, mas tem fortes sentimentos por aquela mulher.
— Você acha que isso é uma negação? – Ellie não parecia convencida. – Eu estava com medo de que ele ficaria louco se ela morresse. Eu tive Paul com uma arma de tranquilizantes no outro lado do balcão para o caso de precisarmos derrubá-lo.
— Darkness é teimoso. Podemos ser irmãos, mas eu sou o inteligente. – Fury virou a cabeça e colocou um beijo na testa de Ellie. – Eu parei de lutar com meus sentimentos por você.
— Está um circo fora dos portões. – Justice se ajeitou e esfregou a testa. – Repórteres, detetives de polícia e o FBI, todos querem entrevistar Darkness e a equipe. Disse a eles que estavam no Centro Médico. Deixei que eles assumissem que todos precisavam de tratamento pelos ferimentos.
— Estou no Centro Médico e Darkness também. – Trey esticou os braços, se ajustando na cadeira. – Então isso não é exatamente uma mentira. Quer que eu faça essa merda de dança de besteiras? Apenas me diga o que você quer que eles saibam.
Justice pareceu considerar isso.
— Isso é antes ou depois de você dar a uma fêmea humana uma tour por Homeland?
— Desculpe por isso, eu posso explicar. – Trey fez uma careta.
— Deixe pra lá, Jinx já fez isso. Foi inteligente. Ela não chamou a polícia ou a impressa. Estamos enviando a ela uma cesta com a merchandising da ONE e os arranjos estão sendo feitos para que ela visite Homeland na próxima semana. Teremos que explicar que ela não pode tirar fotos a menos que a gente aprove-a, mas terei Flame ou Smiley a escoltando. Eles podem parar no bar e almoçar, é um preço pequeno a pagar por não ter manchetes dizendo “Equipe da ONE rouba carro de mulher sozinha”. Você sabe que alguns jornalistas iriam implicar que estamos sequestrando mulheres para trazê-las para Homeland.
Fury rosnou.
— Tim está chateado com você. – Justice baixou as mãos e se focou em Trey. – Quer me dizer por quê?
— Não. É pessoal.
Justice pareceu em guarda, estudando Trey.
— Não podemos falar para ninguém sobre a ligação que veio da casa de Katrina. Eles querem umas transcrição disso. Book me assegurou que Katrina estava apenas planejando entrar em Homeland como uma tática para manter o homem até que ajuda pudesse chegar. Eu concordo, prefiro não ter que explicar isso para a imprensa. Eles tendem a torcer a verdade.
— Merda nenhuma. – Trey murmurou. – Eles vão pensar que o FBI estava conspirando para ultrapassar Homeland em vez de ser apenas um agente corrupto que se juntou ao cunhado para receber dinheiro por revelar o paradeiro de Espécies encarceradas.
— Exatamente. – Justice sorveu seu café. – O FBI iria querer manter uma tampa na investigação de Mason, isso os faria parecer ruins.
— Dane-se eles. – Trey pestanejou.
— Sempre pense dois passos à frente, Trey. – Justice gargalhou. – Poderíamos conceder a verdadeira história para a impressa ou poderíamos ter a apreciação do governo. O que soa mais útil para a ONE? Mason está morto, nós temos Boris sob custódia. – Justice pausou. – Eles vão ficar nos devendo e podemos sempre soltar os detalhes depois, se a oportunidade aparecer.
— Ganhamos pontos de brownie. – Ellie adicionou. – Entendi.
— Esse é um jeito de colocar. – Justice sorriu com ironia.
— Sim, entendi também. – Trey falou com Justice. – Qual história eles vão contar então? Aquelas TVs ao redor não vão desaparecer até que tenham algo ou apenas possam fazer merda. Você sabe que isso não vai acontecer.
— Nosso time de relações públicas está trabalhando nisso. Até agora eles acreditam que deveriam soltar uma nota dizendo que Katrina Perkins é uma consultora da ONE, atribuída pelo FBI para nos ajudar. Teremos ameaças mortais ao longo dos EUA e em outros países, isso soa razoável e ela pode ficar em Homeland por pouco tempo. Estamos dizendo que ela deveria entrar, mas não entrou, o FBI e a ONE enviou equipes para checa-la.
— Estou vendo aonde isso vai. – Trey assentiu. – Katrina e Missy foram cobertas pela fumaça de uma quebra na linha de gas. Mason alcançou a casa primeiro e forçou caminho para checa-las. A casa explodiu e nós chegamos à cena. A única coisa que me irrita sobre esse cenário é que Mason vai parecer como um herói que morreu tentando salvar uma colega de trabalho.
— Concordo que isso é péssimo, mas iria explicar por que nossa equipe chegou lá e isso não causaria um escândalo de corrupção no FBI. – Justice inclinou a cabeça. – Nós todos podemos caminhar para longe disso com uma boa impressão. Tenho certeza que eles estão aguardando para permanecer em silêncio ou concordar com nossa versão dos eventos.
— Posso cuidar disso. – Trey se ergueu. – Quer que eu lide com isso?
— Vá ver nossa equipe de relações públicas primeiro. Nós pagamos muito dinheiro então os coloque para trabalhar, eles estão concentrados na sala de conferencia no prédio de escritórios. Eles vão te ajudar a lidar com a imprensa e vou fazer uma nota com isso em algumas horas. Vou deixar Tim saber que estou te colocando no comando de lidar com esse tipo de coisa da força-tarefa. Isso vai parecer mais formalmente oficial ter um membro da equipe integrado à imprensa.
— Estou nisso. – Trey disse enquanto deixava o Centro Médico.
— O que você acha que está acontecendo na cabeça do seu irmão sobre Katrina? – Justice virou para Fury.
— Inferno se eu sei. – Fury deu de ombros. – Darkness resiste a laços emocionais, mas parece realmente mexido porque ela quase morreu. Ele agora vai perceber o que ela significa ou apenas crescer mais teimoso para mantê-la a distância de um braço. Eu não faço ideia de que caminho vai seguir, estou apenas feliz que ela não morreu.
— Ele deixou Homeland para ir para o mundo dos humanos. Isso é grande. – Ellie olhou para eles dois. – Ele tinha que se importar com ela. Ele se recusou a ir atrás da Presente que ele trabalhou tão duro para encontrar.
— Eu sei, temos que esperar e ver como isso vai ser. – Fury colocou Ellie mais perto.
— Espero que, seja lá que o futuro dele reserve, não mais explosões estejam envolvidas. Quase estou com medo de pensar nas consequências se ele a fizer sua companheira. – Justice sorriu.
— O que isso significa? – Ellie pestanejou.
— Merdas parecem explodir quando Kat está perto. – Fury murmurou. – Essa é uma perigosa ou azarada fêmea.
Uma porta se abriu do outro lado da sala e Sunshine pisou para fora, ela olhou ao redor e então para Fury.
— É seguro?
— Trey não vai voltar e nossa área está cercada pelo pessoal para mantê-los onde eles estão.
— Venha. – Sunshine chamou.
— Eu desenhei isso para vocês. – Salvation correu para fora da sala procurando os pais, segurando um papel.
— Venha mostrar para a mamãe! – Ellie deslizou para longe de Fury e abriu os braços.
O garoto a abraçou e sorriu, segurando um desenho que tinha feito com lápis de cor.
— Essa é você e papai.
— Vocês dois parecem tão finos. – Justice deu risada.
— Somos pessoas varetas, eu amei. – Ellie sorriu.
— Desculpe interromper. – Sunshine pediu. – Ele é hiperativo e é difícil mantê-lo contido em um escritório.
— Obrigado por cuidar dele. – Fury colocou o filho no colo. – Nós dois queremos estar aqui pelo Darkness.
— Esta tudo bem. – Sunshine se aproximou. – Amo passar tempo com ele.
— Vamos ficar aqui por mais algumas horas. – Fury olhou para o relógio. – Quero ter certeza que Darkness não surte se as condições da fêmea mudarem. Você poderia leva-lo para nossa casa.
— Ele quer ficar próximo de você. – Sunshine esticou a mão. – Salvation? Você ia gostar de ver um filme comigo? Eu tenho alguns dentro do laptop.
— Qual filme? – Salvation pulou do colo de Fury e correu para Sunshine. – Eu amo filmes.
A fêmea Espécie o ergueu, segurando-o perto.
— Qualquer filme que você quiser, essa é a coisa boa da internet. Podemos aluga-los. Vamos voltar para o escritório até que chegue. – Ela olhou ao redor, obviamente em alerta. – Vou me sentir melhor se estivermos lá. Há humanos...
— Ele não entende a necessidade de sigilo. – Fury clareou a garganta e sacudiu a cabeça.
— Certo. – Sunshine assentiu.
Capítulo Vinte e Quatro
Kat abriu os olhos, a primeira coisa que veio a tona foi um teto almofadado. Ela piscou, tentando fazer sentido de por que estava lá ao invés do pipocado do seu quarto. A
memória apareceu rápido. Kat virou a cabeça e olhou para o monitor ao seu lado direito, o ritmo cardíacos estava normal de acordo com os números.
Tinha pulado de uma janela com Missy e então havia dor e um barulho alto, o gás deveria ter inflamado. Ela olhou abaixo para o braço, uma intravenosa lá e um sensor de oxigênio anexado ao seu dedo. Com medo, ela moveu as pernas, mudando os pés na cama de hospital. Elas estavam lá e intactas. O outro braço doía e ela virou para olhar para a atadura de gaze ao redor do antebraço.
Estou viva. Missy? Oh Deus! O pânico entrou e ela tentou se sentar. Foi mais fácil do que ela pensou que seria e menos doloroso. Isso não é um hospital. Ela reconheceu o layout. É o Centro Médico deles. Estou em Homeland? Ela estava sozinha no quarto com a porta parcialmente aberta para um corredor silencioso.
Algo escuro se moveu na ponta da cama, foi apenas um flash do que pareceu ser cabelos negros e então ela arfou, quase caindo quando um garoto colocou a cabeça para cima. Olhos escuros com incomuns, longos e finos cílios olhavam para ela. Ele se ergueu um pouco, os dedos agarrando os trilhos. Kat tomou a forma do nariz dele. Ele piscou, a expressão curiosa.
Ele parece com Darkness, exceto pela forma dos olhos. Talvez fosse apenas a cor e o tom de pele, mas Kat viu uma semelhança. Ele se ergueu mais alto, revelando a boca. Ela estava fechada, mas a inclinação para baixo era uma carranca. Ele não falou, apenas continuou a assisti-la.
Kat clareou a garganta.
— Qual é o seu nome? – Ela sorriu, esperando que ele não fosse embora.
— Quem é você?
— Eu sou Kat.
— Você não parece um.
Ele tinha uma voz grossa para uma criança, mas estava claro que era Nova Espécie. Kat jurava que ele tinha cinco anos de idade, pelo que pôde ver dele.
— É apenas um nome. Eu não sou um gato de verdade.
Ele se abaixou e desapareceu. Kat continuou lá, sabendo que ele não tinha deixado o quarto. Ela o teria visto indo com a visão clara da porta. Algo colidiu com a cama à esquerda e ele se endireitou, olhou para ela a poucos centímetros de distância, olhando para o monitor e então para o rosto de Kat.
— Você está machucada?
Kat ajeitou o corpo, um lençol cobria a maior parte e ela vestia uma camisola.
— Acho que estou bem na maior parte, me sinto bem.
— Você está no Centro Médico. – Ele se aproximou e tocou o clipe de plástico no dedo dela. – Isso dói? Está te beliscando.
— Não, não está apertado. – Kat continuou lá.
Ele puxou e a máquina apitou. Ele rosnou, jogando o clipe no chão, mas então olhou de volta para ela. Os olhos dele estavam grandes, quase amedrontados.
— Está tudo bem. – Kat resistiu a rir. – Os monitores fazem barulhos estranhos. Você não me machucou e não posso te machucar. Você não me disse seu nome.
— Salvation.
— É um nome legal. – Kat olhou para a porta, imaginando onde todos estavam por que o garoto estava em seu quarto. Ela não podia ver Novas Espécies permitindo que crianças corressem livremente pelo Centro Médico, isso não seria seguro com todas as drogas e equipamentos que ele poderia pegar. – Onde estão sua mamãe e o papai?
— Eu saí escondido. – Ele abaixou a voz. – Sunshine adormeceu, ela estava me olhando. Meus pais estão na sala de espera, eu passei por detrás do balcão, então eles não me viram. Eles estavam conversando.
Kat estava tentada e empurrar o botão de assistência na cama hospitalar, ela apostava que os pais dele não ficariam felizes se descobrissem que ele tinha escapado da babá. No entanto, ela não queria coloca-lo em problemas.
— Você deveria voltar para ela. Ela vai acordar e ficar preocupada se você não estiver lá.
— Ela ronca.
— Sério? – Kat deu risada.
— Alto. – Ele sorriu, a expressão adorável. – Isso me acordou.
— Salvation. – A porta subitamente se moveu e Darkness preencheu o espaço.
O garoto pulou, girando para olhar para a voz rosnada. Kat lançou a Darkness um olhar de advertência.
— Não o assuste.
— Ele deveria ficar assustado. Ele sabe melhor que fugir de alguém o olhando. – Darkness entrou no quarto, focado no garoto. Ele apontou para o corredor. – Corra para seu pai, ele está à esquerda.
Salvation correu, se movendo rápido para um garoto pequeno. Ele estava fora da porta em um flash, Kat olhou para Darkness.
— Isso que quis dizer. Você não deveria ter usado aquele tom.
— Ele não deveria estar aqui, estávamos procurando por ele. Sunshine acordou para descobrir que ele tinha saído. Todo mundo se mexeu para procurar no prédio.
— Ele é apenas uma criança pequena, não pode ter mais que cinco anos. Que criança não explora ao redor?
— Ele tem três e é Espécie. É uma questão de segurança.
— Três? – Ela estava surpresa. – Ele é apenas um bebê então. – Um enorme. – Você o assustou pra valer.
— Nossas crianças não são indivíduos desajeitados e indefesos nos primeiros anos de vida. Ele engatinhou aos três meses, começou a correr quando tinha seis meses e falou sentenças completas antes do primeiro aniversário. Ele estava lendo e fazendo o que a maioria das suas crianças fazendo na escola no segundo aniversário. Você talvez o veja como um bebê, mas ele não é humano. Ele sabe que não há desculpas para ele deixar o cuidado de Sunshine e entende porque tem que seguir regras. Elas estão lá para a proteção dele. – Darkness caminhou para o fim da cama.
— Eles envelhecem mais rápido? – Kat deixou aquilo assentar.
— Não, não temos a idades dos cachorros. – Darkness rosnou.
— Eu não quis dizer isso desse jeito.
— Continuo dizendo que somos diferentes de você.
— Eu não vou discutir com você. – Kat puxou uma respiração calma. – Onde está Missy? Ela está bem?
— Ela está bem.
— Obrigado. – Kat fechou os olhos, seu medo se aliviando.
— Você quase morreu salvando-a. – Darkness rosnou. – Não me agradeça, eu apenas cheguei a tempo para ver os resultados do seu esforço. Você estava morrendo.
— Eu me sinto bem. Um pouco dolorida, mas... – Ela olhou abaixo para o corpo.
Outro rosnado partiu de Darkness e ele se lançou, ficando no rosto dela quando caminhou para o outro lado da cama e se curvou.
— Demos a você drogas para te curar. Você estava sangrando quando te encontrei. Imóvel. Quase morta.
Os olhos de Darkness eram quase pretos e os lábios dele se separaram, revelando as presas. Kat continuou lá, pensando no que ele tinha dito.
— Você me salvou, obrigado.
— Você arriscou sua vida por outra, eu não quero seu agradecimento. Missy disse que você ligou o gás e usou isso para explodir sua casa. Ela também disse que você usou seu corpo para cobrir o dela dos vidros e dos destroços caindo. Nunca mais faça isso novamente.
— Ela é minha melhor amiga. – Kat tentou descobrir a razão da raiva dele. – Você teria feito o mesmo. Mason ordenou que eu a matasse e essa foi a única coisa que eu pude pensar em fazer, ele tinha a arma.
— Apenas não faça isso novamente. – Darkness se afastou alguns centímetros.
Darkness estava preocupado, Kat achou isso tocante.
— A casa?
— Destruida.
— Mason? – Isso não veio como uma surpresa.
— Morto.
— Bom.
— Eu teria matado ele se continuasse vivo quando cheguei.
— A explosão o levou?
— Sim, ele foi encontrado nas cinzas depois que os bombeiros foram capazes de apagar o fogo.
— Quão chateada Missy está... Comigo? – Mais detalhes vieram à mente.
— Ela disse que você fez tudo para salvá-la.
— Quero dizer sobre Butch e Gus, são o cachorro e o gato dela. Não pude salvá-los. Mason iria atirar nela se eu me recusasse a provar que estava comprometida a ser a parceira dele. Ele não iria me deixar perto o suficiente para desarmá-lo ou até mesmo atacar, então ela poderia ter corrido.
— Eles sobreviveram. Missy disse a um dos nossos machos que eles continuavam dentro da casa e o bastardo maluco foi atrás deles. Book tem sorte que não foi morto. Os fundos da casa tinha ido e a frente ia entrar em colapso e estava em chamas. Ele os encontrou debaixo do colchão que os prendeu contra a parede próxima à janela que ele pulou para pegá-los. Isso provavelmente os protegeu da maior parte da fumaça.
— Por favor, agradeça a ele por mim. Acho que ela não me perdoaria nunca se eles tivessem morrido.
— Ela te deve a vida. – Darkness rosnou. – Como você está se sentindo? – Ele parecia procurar os olhos dela, procurando por algo.
— Um pouco grogue e dolorida. – Kat olhou para o braço. – Quão ruim está abaixo da gaze?
— Você vai ficar bem. Eles estavam preocupados sobre danos à sua cabeça.
Kat alcançou, examinando os cabelos e a forma da cabeça com os dedos.
— Está intacta, eu pareço ruim?
— Está pálida, também tem todo seu cabelo. Eles não tiveram que operar, mas você sofreu um sangramento na cabeça, havia inchaço.
— Havia?
— As drogas curativas dos Espécie foram efetivas. Os ferimentos abertos se fecharam e a maior parte das suas contusões desapareceram.
— Ferimentos abertos? – Kat olhou para o braço novamente. – Há mais?
— Suas costelas e a coxa foram cortadas.
Kat empurrou o lençol e ergueu a camisola, ela encontrou mais gaze no lado direito. Darkness agarrou a camisola e puxou para baixo.
— Qualquer um pode entrar, você não tem nada embaixo disso.
— Não me importo, quero ver o que aconteceu comigo.
Darkness se endireitou, cruzou o cômodo e fechou a porta. Ele girou a fechadura e retornou para o lado da cama, ele baixou o apoio e ofereceu um braço a ela.
— Eu vou te ajudar. Os médicos disseram que você pode ficar de pé e usar o banheiro com assistência. Você poderia sofrer tonturas e fraqueza por um dia ou dois. Há um espelho no banheiro.
— Estou um pouco trêmula. – Kat deslizou as pernas para fora.
— Você quase morreu.
Kat permitiu que Darkness a ajudasse a sair da cama e entrar no banheiro, ele a ajudou a remover a camisola e ela olhou para o espelho. Gaz cobria seu braço e dois lugares nos quadris e perna, as costelas pareciam descoloridas sob um seio. Ela virou, olhando acima do ombro.
— Estava muito pior. – Darkness ressoou, o tom revelando a raiva. – As drogas trabalharam muito bem em você.
Darkness gentilmente removeu a gaze do braço dela. Kat o olhou, não surpresa em quão gentis aquelas grandes mãos poderiam ser. Ele jogou a bandagem no lixo e Kat olhou para a pele avermelhada, marcas fracas revelaram que pontos estiveram lá. Kat vacilou nos pés.
Darkness se curvou, pegando-a nos braços.
— Você deveria permanecer na cama.
— Quanto tempo fiquei desacordada?
— Apenas desde a noite passada.
— Isso é maravilhoso, eu não sabia que drogas assim existiam.
— Apenas Espécies as usam.
— Vocês deveriam compartilhá-la com o mundo. Sabe que milagre é que elas curam tão rápido?
— Mercile fez testes em humanos. – Um músculo ao longo da mandíbula dele pulou, a raiva clara. – Os resultados foram mortais. Somos mais resistentes que seu tipo. As drogas não seriam dadas a você por causa do risco de morte, mas você estava tão machucada que não havia nada a perder. É maravilhoso que esteja viva. – Ele a carregou para a cama de hospital e a deitou nela. – Vai ter que se aquietar por alguns dias. Seu corpo aguentou muita coisa, Kat.
— Eu me sinto bem. – Ela deixou aquelas informações se assentarem.
— Levou três médicos toda a noite para ter certeza que não te sedaram até a morte para evitar que seu ritmo cardíaco e a pressão sanguínea te matassem enquanto estava com as drogas. É uma sorte que você fez isso, Kat. Você talvez se sinta como se estivesse bem, mas seu corpo provavelmente nunca sofreu tanto estresse.
— Obrigado. Assumo que você pediu a eles para fazer isso?
— Você ia morrer de outra forma. – Ele hesitou. – Era sua única chance.
— Por favor, agradeça a todos por mim.
— É o trabalho deles.
O assunto estava fechado, Darkness não parecia estar esperando ou ser capaz de aceitar sua gratidão. Kat mudou o tópico para um mais seguro.
— Eu gostaria de falar com Missy.
— Ela está no corredor abaixo.
— Ela está em Homeland?
— Para onde nós supostamente deveríamos manda-la? A casa de vocês foi destruída. – Darkness pegou uma camisola limpa e ajudou-a a colocar pela cabeça e então puxou para baixo até que estava decentemente coberta.
— Obrigado, Darkness.
— Para de me agradecer. – Ele se afastou. – Eu supostamente deveria ter permitido que você fosse enviada para um hospital humano para morrer? – O tom dele se aprofundou para um rosnado. – Eu supostamente deveria apenas acreditar que eles iriam fazer tudo o que pudessem para te salvar? Pensei que você estava morta quando te encontrei debaixo do pedaço do telhado que caiu em cima de você.
— O telhado caiu em cima de mim?
— Apenas seu pé estava de fora. Foi como eu te encontrei.
— Graças a Deus eu não estava usando sapatos cor de rubi, Missy diz que eu pareço uma bruxa algumas vezes.
— O que isso significa? – Darkness fez uma careta.
— Desculpe, essa é minha tentativa falha de humor.
— Não foi engraçado! – Ele rugiu.
Kat tinha começado.
— Descanse. – Darkness arquejou, se afastando. Ele não gritou daquela vez, mas ainda parecia enfurecido. – E não mencione o garoto para ninguém, você não deveria tê-lo visto.
— Eu assinei o acordo de confidencialidade. Ele é lindo. Ele não vai estar com problemas, vai? Juro que não direi a ninguém sobre ele.
— É melhor ele não ter ido ao quarto de Missy, preciso checar isso. Isso faria um risco à segurança dela.
— Ela ia preferir morrer a pôr a vida de uma criança em perigo, eu a conheço tão bem como a mim mesma. Ela é minha melhor amiga. Não a ameaçe, Darkness. Apenas explique a situação ou eu farei se Salvation tiver feito uma visita a ela. Missy vai manter segredo.
— Fique na cama e permita que a seu corpo mais tempo para se curar.
Ele girou, destrancou a porta e se foi. Kat descansou contra os travesseiros.
— Merda. – Tinha quase morrido, Darkness tinha salvado a vida dela. Todos os fatos estavam se assentando. Ele também tinha tentado brigar com ela.
Tanto para uma separação limpa. Ela tinha voltado para Homeland. Se acreditasse em sinais, esse seria um de neon. Ela e Darkness não estavam acabados. Não por um longo tiro. Eu não sinto por isso, apenas acho que ele sim.
Darkness localizou Fury e Salvation abaixo no corredor, ele se aproximou. Fury sussurrava para o garoto, o punindo sobre o comportamento. Ele estava no chão, de joelhos no nível do garoto. Darkness pegou o final da conversa.
— É por isso que você não pode perambular por ai, Salvation. Aquela humana sabia sobre nossas crianças, mas e se ela não soubesse? Você é muito novo para entender, mas nós temos inimigos. Você precisa confiar em mim, eu sou seu pai.
— Desculpe. – Salvation pareceu contrito.
— Você precisa apenas ser mais cuidadoso. – Fury mexeu nos cabelos dele e o colocou nos braços.
— Ele visitou Missy também? – Darkness parou a poucos passos dele.
— Não, apenas Kat. – Fury olhou para cima e sacudiu a cabeça. – Como ela lidou com isso?
— Ela acha que ele é um bebê.
— Ellie também acha. – Fury sorriu.
— Eu não sou um bebê. – Salvation rosnou, mostrando as presas.
— Então siga as ordens e não vá contra as regras do seu pai. – Darkness se curvou. – Os adultos conhecem limites.
— Eu não sou um adulto, sou um jovem macho. – Sal descansou pesadamente contra o pai, um pouco de medo brilhando nos olhos.
— Isso vai ser um problema? – Fury abraçou o garoto no peito e se ergueu para ficar de pé com o filho nos braços.
— Kat não vai dizer nada sobre Sal. Ela entende por crianças Espécie precisam permanecer em segredo.
— Bom. Como ela está?
— Muito melhor, mas fraca.
— Isso é o esperado. Trisha e Alli foram para casa com os companheiros. Treadmont queria ser informado quando ela acordasse.
— Por quê?
— Para checar a paciente dele. Ele é o único médico no turno agora.
— Ela está bem.
— Não há nenhum dano neurológico?
— Ela está um pouco... – Darkness procurou por uma palavra apropriada. – Branda, mas acho que é por causa do sedativo.
— Ted pode determinar melhor do que você.
— Ela está bem, apenas não tão focada quanto o normal. Não há dificuldade na fala, perda de mobilidade nos pés e a memória está intacta. Essas foram as coisas que eles disseram para procurar. Diga a ele para evitar o quarto dela.
— Por que você não quer que Treadmont a veja? Ele é um bom médico.
— Ele queria tirá-la das drogas de cura.
— Okay. – Fury pestanejou. – Porque é perigosa para humanos.
— Ele ia deixar a escolha para Missy.
— Ela é a amiga dela.
— Era minha escolha, mas ele não a respeitou.
— Você não é o companheiro dela, ou é? – As sobrancelhas de Fury se ergueram.
— Preciso ir.
— Aonde? De volta para o quarto dela?
— Ela precisa descansar, tenho coisas a fazer.
— O que é mais importante que ficar com sua fêmea enquanto ela está no Centro Médico? – Fury sorriu.
— Pare com isso.
— Com o quê?
— Ser divertido.
— Ela é sua, admita isso. Você geralmente nega isso quando digo.
— Não estou brincando de palavras com você. – Darkness estava irritado. – Kat e Missy não tem um lar, eu não quero que ela trabalhe mais para o FBI. Isso significa que elas vão precisar de uma casa. Kat vai trabalhar para a ONE, eu tenho arranjos para fazer.
— Você está mantendo-a. – Fury gargalhou. – Eu terei papéis de companheiros impressos. Meus parabéns.
— Não me faça xingar na frente do seu filho. – Ele lançou um olhar para Salvation e depois para Fury. – Fique fora dos meus assuntos.
— Qualquer coisa que você disser, irmão.
— Mantenha seu filho longe de Missy, isso iria realmente ajudar.
— Mas Sal pode ter acesso livre a Kat? – Fury teve o nervo de gargalhar novamente.
Darkness rosnou e saiu do Centro Médico, Fury estava sendo insuportável de propósito. Haviam detalhes que ele precisava cuidar antes de Kat e Missy serem liberadas. Darkness correu para a Segurança, esperando que um pouco de exercício iria liberar um pouco de sua raiva.
Ele entrou e escaneou o cômodo, notando todos que estavam no dever. Precisava pedir um favor e Buebird parecia ser a mais legal para fazer isso. Ela tinha dito que queria ser de alguma ajuda. Darkness se aproximou dela. Ela virou a cadeira, seu sorriso instantâneo.
— Olá, Darkness.
— Preciso de uma lista de todas as casas disponíveis em Homeland. – Ele olhou ao redor e se agachou, baixando a voz.
As sobrancelhas dela se arquearam, a surpresa evidente.
— Na área Espécie. Há alguma aberta?
Bluebird se recuperou e virou o rosto para a tela, as pontas dos dedos flutuaram pelo teclado enquanto ela procurava a informação que ele queria.
— Sempre. Por que você quer saber?
— Não faça perguntas.
— Elas são geralmente para casais acasalados. – Ela pausou, virando a cabeça. – Você pegou uma?
— Não.
Bluebird girou de volta.
— Vê os pontos iluminados? – Ela apontou para um. – True e Jeanie normalmente estão nessa casa, no entanto isso apareceu na pesquisa como disponível por que nós os removemos do sistema quando pensamos que o FBI estava atrás dela.
— Qual é a mais distante das outras?
— É apenas curiosidade ou você quer marca-la como sendo usada? – Ela deu a ele a informação.
— Vou ficar com ela.
— Okay. – Ela pestanejou. – Você não quer mais viver no dormitório masculino? Alguns machos tem casas privativas. Você vai ficar próximo a Brass quando ele estiver em Homeland. Ele é um macho solteiro.
Darkness se debateu em dar a Bluebird uma resposta, percebendo que ela merecia uma.
— Quero mais privacidade, alguns eventos recentes me deixaram irritado com alguns machos.
— Você sabe que qualquer um teria te atribuído uma casa se você apenas pedisse. Por que vir para mim como se não quisesse que ninguém soubesse?
— Não posso fazer nada sem todo mundo querer discutir isso. – Darkness cerrou os dentes, mas se acalmou.
— Todos se preocupam porque nos importamos com você.
— Estou cansado disso. Isso vai me permitir ir e vir como eu quero, sem isso ser comentado.
— Entendido.
— Eles continuam permitindo que fêmeas humanas amigas das Espécies fiquem no dormitório das mulheres do jeito que Ellie ficou?
— Não precisamos de uma nova mãe da casa, mas sim, ficaria tudo bem para Katrina ficar lá se você quiser. Nós somos amigáveis com as fêmeas humanas.
— Há algum apartamento aberto?
— Sempre. Nós estamos em menor número que os machos.
— Há alguém esperando para uma tour pelo dormitório?
— Eu posso fazer isso. – Bluebird sorriu. – Eu gostaria de conhecer Katrina melhor.
— Obrigado. – Darkness fez uma careta. – Vou ver quando Treadmont vai liberar a paciente dele.
— Apenas me chame. – Ela piscou. – Você tem meu número.
Darkness deixou a Segurança, a mente trabalhando. Não tinha muito tempo e haviam muitas coisas para fazer. Ele chamou Book pelo telefone, o macho atendeu ao primeiro toque.
— Como estão os animais de Missy?
— Bem. O cachorro dorme muito, ele é preguiçoso. – Book gargalhou. – Por outro lado, o gato está lutando para abrir a porta e destruiu um laço da minha bota. Ele parece estar começando a ter dentes.
— Tenha-os prontos para ser movidos. Missy deve ser liberada do Centro Médico em breve, ela vai querer que os animais vão com ela.
— Okay. – Book hesitou. – Ela não tem um lar para onde retornar.
— Estou ciente. – Darkness desligou, pegando um dos Jeeps estacionados fora da Segurança.
Capítulo Vinte e Cinco
— O que você quer dizer com Missy foi embora? – Kat avaliou astutamente o doutor Treadmont. Ele tinha uma personalidade rude, foi desagradavelmente direto e não tinha bons modos a sua cabeceira.
— Darkness a levou embora algumas horas atrás.
— Para onde ele a levou?
— Você precisa responder às minhas perguntas antes que eu responda as suas. – Ele tentou empurrar a luz nos olhos dela novamente.
Kat o bloqueou, agarrando a pequena lanterna e a arrancando das mãos dele.
— Para onde ele a levou?
— Eu não sei, ele não me respondeu. Aquele é um Espécie rude. Eu o lembrei que eu não a tinha liberado oficialmente, mas ele me disse que iria me colocar em uma das camas se ele não saísse do caminho dele. Ele nem mesmo esperou por uma cadeira de rodas e rosnou algo sobre como as pernas dela não estarem quebradas e que ela apenas
poderia caminhar bem pelas próprias pernas. Agora, se comporte antes que eu chame um enfermeiro para te segurar deitada.
— Eu não faria isso, se fosse você. – Ela avisou. – Eu me sinto bem.
— Você sofreu um ferimento muito próximo à cabeça. Eu gostaria que você respondesse as minhas perguntas e preciso checar a dilatação das suas pupilas, você pode ter sofrido um dano cerebral.
— Estou começando a ver porque Darkness rosnou para você. Estou bem.
— Você está irritada. Isso é uma indicação que você pode ter problemas neurológicos.
— Meu único problema é que você continua me aborrecendo. Acha que Darkness é rude? Eu quero apenas saber onde minha melhor amiga está.
— Eu não sei, ele provavelmente a levou para os portões da frente.
— Merda. – Kat empurrou os cobertores do colo e alcançou a barra lateral para soltá-la. – Mova-se.
— Você não está indo a lugar algum.
— Tenho que encontrar Missy, ela vai surtar. – Meu kit de emergência está na mala, eu tenho roupas o suficiente para nós duas. Vamos precisar de um quarto de hotel e descobrir o próximo movimento.
Kat deixou a barra cair e saiu da cama, o médico tentou pará-la, mas ela o empurrou para trás. Ela se sentia mais forte enquanto se erguia. Sem tonturas.
— Volte para a cama, senhorita.
— Preciso de algo para vestir, não vou sair pelos seus portões com minha bunda exposta. – Vou ter uma conversa doce com o taxista para nos levar para casa. Posso pagá-lo depois que recuperar minha mala. Tenho certeza que ele fará isso se eu prometer a ele uma gorjeta de cinquenta dólares.
— Volte para a cama ou chamarei um enfermeiro.
— Faça isso. Talvez ele ou ela vai me encontrar alguns roupas ou alguma outra coisa para vestir.
O doutor Treadmont deixou escapar um xingamento e saiu pela porta, Kat fez isso no banheiro e olhou para seu reflexo. Continuava incomumente pálida, mas jogar água no rosto ajudou. Ela encontrou uma escova de dentes no gabinete, não usada, escovou os
dentes e usou os dedos para pentear os cabelos. Vozes no outro quarto a asseguraram que o doutor tinha cumprido a ameaça. Ela caminhou para fora, preparada para uma batalha verbal.
Darkness e doutor Treadmont se encaravam. Field, o Nova Espécie com quem ela tinha falado antes, pairava perto da porta. Kat pausou, olhando a cena.
— Você não ameaça Kat. – Darkness rosnou.
— Ela não está saindo dos meus cuidados. – Treadmont atirou de volta. – Field? Faça-o sair desse quarto.
— Sem chance. – Os olhos de Field se arregalaram e ele deu um passo para o corredor.
— Hey. – Kat interrompeu. – Darkness, onde está Missy? Você não a deixou apenas fora dos portões, não é?
— Não, ela está segura. – Ele se virou para olhar para ela.
— Obrigado. – Kat descansou contra a porta. – Eu estava imaginando ela lá fora com aqueles protestantes.
— Você acredita que eu a colocaria em risco? – Ele pestanejou.
— O doutor Treadmont implicou que você talvez colocasse. Você saiu, eu tirei uma soneca e acordei com ele tentando brincar das vinte questões. Eu não estou no meu melhor humor. Então eu queria ver Missy e ele disse que você a tinha levado embora. Você não estava exatamente alegre com o que fiz para protegê-la de Mason. – A suspeita bateu. – Ela não está trancada ou algo assim, certo?
— Não, ela está com os animais de estimação. – Darkness rosnou. – Algumas fêmeas Espécies estão com ela.
— Gostaria de ser levada até ela. – Kat deixou sair um suspiro de alívio e olhou para Field. – Pode me encontrar algo para vestir? Roupa cirúrgicas, qualquer coisa. Apenas algo que não estava aberto ao longo das costas.
Ele assentiu e saiu pela porta. Doutor Treadmont ergueu os braços e virou, o seguindo para fora do quarto.
— Ninguém me ouve. Eu sou apenas a porcaria do doutor que ficou acordado a noite inteira e a maior parte do dia para olhar para minha paciente.
— Obrigado! – Kat gritou atrás dele. Ela abaixou a voz, olhando para Darkness. – Ele é meio agressivo.
— Ele é bom no que faz.
— Obviamente. Eu continuo aqui e você me disse que eu estava em má forma. Apenas não gosto das luzes brilhantes que ele tentou enfiar nos meus olhos e da atitude dele. Que papelada eu tenho que assinar para ser liberada? Preciso levar Missy e eu para casa. Bem, para o que sobrou da nossa casa, para meu carro. Isso deve ter sobrevivido. Tenho que pegar minha mala para fora do porta-malas e nos colocar em um hotel.
Darkness piscou, mas não disse nada. Kat passou ao redor dele, caminhou para a porta e olhou para o corredor. Field carregava um pequeno conjunto de roupas, ele pausou na frente dela.
— Espero que isto sirva. Fui para a área médica onde Trisha e Alli mantém algumas leggings e camisetas, vocês todas são do mesmo tamanho. As calças talvez fiquem um pouco pequenas em você desde que é mais alta que elas.
— Obrigado. – Kat aceitou-as e deu um passo atrás, fechando a porta.
Darkness permaneceu no banheiro enquanto Kat colocou as roupas na cama e colocou as mãos para trás, procurando pelas cordinhas da camisola.
— Uma pequena ajuda?
— Esse é o seu plano? Ficar em um hotel? – Ele correu os dedos para puxar as cordinhas.
— Sim, eu tenho economias. Amanhã vamos procurar por um aluguel, o depósito para os animais vai ser caro, mas posso lidar com isso. Missy vai precisar de um computador também, ela fica um pouco louca se não puder escrever por alguns dias. Sei que ela tem backups online de todo o trabalho, é uma preocupação a menos. Ela pode fazer isso em qualquer lugar contanto que tenha internet e eletricidade. Tenho cartões de crédito e débito extras escondido em minha mala, vamos ficar bem. Apenas espero que meu seguro cubra o que aconteceu na casa, o que eu duvido desde que eu a explodi, mas os relatórios da policia vão ajudar. Isso foi feito sob coação.
Kat arrancou a camisola e colocou a camiseta, a legging foi difícil de colocar em cima das bandagens, mas ela lidou com isso. Kat olhou para baixo.
— Suponho que você não poderia encontrar pra mim um sutiã no meu tamanho? Sinto-me um pouco estranha sem um. Sapatos também seria legal. – Ela virou para olhar Darkness.
— A polícia não contou a verdade.
— O quê? – Kat ergueu a cabeça.
— Ninguém queria a verdade sobre Mason ou o que realmente aconteceu saindo na mídia. Eles teriam torcido para coisas negativas sobre o FBI em geral e sobre a ONE.
— Eles vão pensar que explodi a casa para fraudar a companhia. Haverá uma investigação sobre o que causou a explosão.
— Isso está sendo cuidado, vai ser declarado como um acidente.
— A ONE vai cobrir isso? – Aquilo a surpreendeu. – Eles podem fazer isso?
— Você pode dizer ao nosso departamento legal suas considerações e eles vão te ajudar a lidar com o mundo lá fora e as coisas em relação à casa. Não se preocupe com isso agora.
— Você entende que eu seria presa se preencher uma declaração falsa? Se eles provarem que liguei o gás e coloquei fogo nas cortinas? É um crime destruir a própria casa e então cobrar o seguro para cobrir o que você ainda deve de hipoteca. Não quero ir para a prisão, a imprensa pode chutar minha bunda. Eu vou contar a verdade a eles. – Kat olhou para ele.
— Você fala demais. – Darkness deu de ombros e se curvou, pegando-a nos braços.
— Me coloca no chão.
Ele a ignorou, carregando-a pela porta, e a mudou nos braços para girar a maçaneta. Ele usou o pé para empurrar isso aberta e caminhou pelo corredor, Kat passou os braços ao redor do pescoço dele.
— Eu posso caminhar, você está me levando até Missy?
— Eventualmente. Precisamos conversar primeiro.
Ela estudou a expressão severa dele, Darkness parecia zangado e determinado.
— Tudo bem. Apenas não comece a latir pra mim sobre colocar minha bunda na reta por minha melhor amiga.
— Eu não sou de latir.
— Não. Você rosna e grunhe.
A boca dele se apertou em uma linha branca, mas Darkness não disse nada. O lobby estava vazio, as portas de saída se abriram automaticamente e ele a carregou para fora. Kat olhou para o céu, percebendo que o dia já tinha quase passado. O sol continuava em cima, mas não ficaria por muito tempo. Darkness parou na frente de um Jeep e a colocou no assento do passageiro.
— Obrigado.
— Pare com isso. – Ele rodeou o veículo e subiu no assento do passageiro.
— Desculpe. É isso que as pessoas dizem quando outras pessoas fazem algo legal para elas. Isso é chamado ser educado, você deveria tentar isso algumas vezes. Onde estamos indo, se não é encontrar Missy?
— Você vai ver.
— Okay. – Kat colocou o cinto de segurança. – Estamos jogando o jogo de poucas palavras novamente.
Darkness ligou o motor e os colocou em marcha, Kat agarrou o assento com as duas mãos, imaginando o que ele estava fazendo. Ela percebeu que ele não estava indo em direção aos portões da frente.
— Para onde está me levando?
— Não quero ninguém nos incomodando, temos algumas coisas para discutir.
— Tudo bem. Isso continua não respondendo a minha pergunta.
— Estou te levando para minha casa.
Eles passaram pelo dormitório masculino. Kat virou a cabeça, pestanejando para ele.
— Sua casa é lá atrás.
— Me mudei.
— Para onde?
— Para um lugar onde ninguém pode ouvir se houver gritos.
— Ótimo. – Isso não soou bom. Kat sabia que Darkness estava furioso que ela tinha arriscado a vida e ele tinha arrumado um monte de problemas para salvá-la. Ela estava grata por tudo que ele tinha feito. Ele estava provavelmente tendo uma pequena birra.
Uma pequena guarita apareceu à esquerda, com portões nos dois lados da estrada que ele virou. Darkness diminuiu e o Nova Espécie caminhou para fora do prédio, o oficial olhou para dentro enquanto acenava para eles seguirem. Os portões se abriram para permitir que eles entrassem na área de Homeland que ela não tinha visto ainda.
— O que é isso?
— A área em que Espécies vivem. É similar à habitação dos humanos, mas os chalés são maiores.
— Não sabia que eles eram separados.
— Agora você sabe.
Kat enfiou as unhas no assento, Darkness estava realmente irritando-a. ele dirigiu para uma rua abaixo com casa muito bonitas, virou à direita e então à esquerda. Ele parou na rua com uma bonita e marrom casa solitária, desligou o motor e estacionou na área em frente à casa.
— Não se mova.
— Okay.
Darkness saiu e caminhou pelo caminho até a porta da frente. Kat não tinha ideia do porque ele a estava fazendo esperar ali, a menos que ele tivesse que visitar alguém primeiro. Darkness retornou um minuto depois e se aproximou dela, ele apenas foi para frente, retirou rapidamente seu cinto de segurança e a ergueu do assento. Ela abraçou os ombros dele enquanto ele a carregava pelo caminho.
A porta da frente permanecia aberta e Darkness entrou na casa e então usou o pé para bater a porta. Ele parou. Kat olhou ao redor. Era um espaço aberto, mostrando uma sala de estar, de jantar e um bar que os separava da cozinha.
— Lugar legal.
— Obrigado. – Ele caminhou através da sala para seguir por um longo corredor.
— Onde estamos indo?
— Meu quarto.
Eles passaram por uma porta aberta à direita, provavelmente o quarto de hóspedes. A porta além deles parecia um banheiro pelo olhar rápido que ela pegou. Darkness pausou no fim do corredor e virou, tendo certeza que ela não iria bater no batente da porta enquanto ele os levou para a suíte máster da casa.
— Isso é maior que seu apartamento.
— É de dois quartos e dois banheiros. Não é tão grande quanto as casas na área que os Espécies vivem, mas foi a que escolhi. – Darkness se aproximou da cama e se curvou, deixando-a no topo da cama. Ele a deixou ir e se endireitou, se afastando alguns passos.
Kat ficou confortável e puxou uma respiração profunda.
— Okay, você me trouxe ate aqui, deixe-me ter isso. Vá em frente e grite comigo, diga-me o que fiz para te chatear. Estou pronta.
— Você não tem permissão para arriscar sua vida por mais ninguém, você ficou muito próxima da morte. Isso é inaceitável.
— Nós já tivemos essa briga. – Kat estava surpresa pelo tom racional dele. – Missy é minha melhor amiga e Mason não me deu muita escolha. Onde ela está?
— Eu a coloquei em um apartamento dentro do dormitório das mulheres junto com os animais de estimação dela. Ela está bem, uma amiga vai ter certeza que ela está confortável. As fêmeas vão olhar por ela e dar tudo o que ela precisa para se ajustar à nova vida aqui.
— A ONE concorda com isso? – Essa não era a resposta que ela tinha esperado.
— Eu disse que você iria trabalhar para a ONE, fiz algumas perguntas e você não precisa mais trabalhar para o FBI, dê seu aviso. Você e Missy são um pacote, você se preocupa com ela. Isso significa que nos importamos com ela também.
Elas não iriam ficar sem casa, seria uma coisa apertada compartilhar um apartamento de um quarto com Missy, mas elas já tinham feito isso depois do ensino médio. Missy iria provavelmente pegar a sala como seu escritório. Isso não interromperia o tempo de sono de Kat. Isso também significava que ela poderia dar um beijo de adeus na investigação sobre Mason e todo o estresse que vinha com seu trabalho. A polícia não poderia tocar nela se eles a declarassem como culpada. Isso era quase bom demais para ser verdade.
— Eu não sei como te agradecer o suficiente. – Darkness tinha feito tudo isso possível.
— Pare de dizer isso. – Ele rosnou, os olhos brilhando com raiva.
— Tudo bem. Foda-se, assim está melhor? – Isso puxou um pouco do temperamento ruim dela.
— Apenas se for uma oferta.
Aquilo a atingiu com força, ela olhou para ele. Darkness se aproximou e subiu na cama, prendendo as pernas dela entre as separadas dele. Kat olhou nos olhos dele, surpresa. Ele tinha aquele olhar faminto que ela se lembrava tão bem.
— Hm-hm, eu não estou fazendo isso novamente. – Ela colocou as palmas no peito dele. – Fizemos uma separação limpa, lembra?
— As coisas mudaram.
— Mas você não. Nós não queremos as mesmas coisas. Você deixou claro que não pode haver nada mais além de sexo com você, é mais que isso para mim.
— Eu vou te beijar, Kat. – Darkness colocou as mãos na cama, próximo aos quadris dela e se aproximou.
— Você não beija.
— Vou fazer uma exceção para você.
Kat olhou para os lábios de Darkness. Eles se separaram e ele correu a língua sobre eles antes de ficar mais próximo. Kat foi para trás, imaginando se isso era uma vingança por tê-lo irritado. Darkness tinha tido um monte de problemas por causa dela, primeiro salvando a vida dela e então conseguindo um trabalho e uma casa com a ONE.
— Não.
— Por que não? – Darkness falou suavemente, a voz rouca sexy.
— Isso é apenas cruel.
— Eu não compreendo.
— Sim, você compreende. Foi difícil o suficiente caminhar para longe uma vez.
Darkness ergueu uma mão e alcançou atrás dele, puxando algo do bolso traseiro. Metal clicou e ele mostrou a ela um par de algemas, Kat olhou para elas e então olhou nos olhos dele.
— Não.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— Não vou permitir que você me prenda a sua cabeceira e faça essa dança novamente.
— Eu vou permitir que você me toque do jeito que quiser, eu as removi para fazer um ponto. Não vou te restringir mais. – Darknes a jogou através do quarto.
— Você é um grande bastardo. O que eu fiz para merecer isso?
— Você ficou sob minha pele. – Darkness se ergueu, o movimento a fez cair de costas com as mãos ainda no peito dele, apenas alguns centímetros entre seus corpos. Darkness subiu sobre ela, prendendo-a embaixo dele. – Você quase morreu, quando ergui aquele telhado de cima de você eu não pude detectar sua respiração de primeira. Pensei que tinha te perdido para sempre.
— Então é assim que você decide se vingar? Me dá o que eu quero e então se arrepender disso depois?
— Perdi o controle da última vez que você me tocou? – Darkness teve o nervo de rir.
— O que te faz pensar que isso não vai acontecer novamente? Você é tão presunçoso.
— Eu estava muito focado em quão boas suas mãos eram para lembrar de usar uma camisinha, eu poderia ter te engravidado acidentalmente.
— Sim, esses foram os cinco dias de espera que nunca vou esquecer.
— Dessa vez vai ser diferente.
— Não, estou cansada de sexo casual.
— Não há nada de casual entre nós.
— Meu ponto exatamente.
Darkness ergueu uma perna e gentilmente afastou as dela. Kat as fechou juntas, sacudindo a cabeça.
— Não.
— Separe-as para mim.
— Darkness, não me seduza apenas para ser um idiota.
— Eu não sou.
— Certo. Temos sexo e então o quê? Vai me dizer para ir embora novamente? Aquele trabalho que ofereceu e viver no apartamento eram apenas besteira?
— Você não está vivendo no dormitório feminino.
— Disse que era onde Missy estava.
— Ela está, aquela é a nova casa dela.
— Ela vai ficar em Homeland, mas eu não?
— Você vai ficar aqui comigo.
Kat tinha que ter escutado ele errado.
— Essa é nossa casa. – Darkness disse enquanto separava as pernas dela novamente. – Nosso quarto. Nossa cama. – Ele girou subitamente, levando-a com ele. – E não haverá mais arrependimentos.
Kat terminou em cima dele, ela separou as pernas e se segurou no colo dele, empurrando contra o peito dele até que se sentasse no topo dele.
— Que tipo de jogo você está fazendo?
— Eu não estou. Você é importante para mim, não quero te perder.
— Está brincando comigo? – Darkness parecia sincero e isso a deixou zangada.
— Pareço estar brincando? – Darkness rosnou, seu humor batendo no dela. – Consegui uma casa para nós. Não deveríamos ter que viver no dormitório masculino onde outros machos podem ouvir qualquer coisa através das paredes.
— Você não tem relacionamentos. Você não deixa ninguém ficar muito próximo de você. O que mudou? Eu quase morri? É isso que está dizendo?
— Sim.
— E sobre amanhã ou na próxima semana quando você se ligar ao fato de que estou muito próxima? Você vai me empurrar novamente e erguer as paredes? Não, obrigada.
Darkness se sentou, quase a tirando do colo. Os braços dele passaram ao redor da cintura dela e ele a puxou apertado contra o peito até que estavam quase se abraçando.
— Tentei resistir às emoções que você trouxe, eu lamentei isso quando você deixou Homeland.
— Qual vez?
— As duas.
— Mas você me deixou ir uma segunda vez.
— O que você quer de mim, Kat? Eu consegui uma casa para nós e prometo que não vou te restringir mais durante o sexo. Estou me oferecendo para compartilhar uma vida com você.
— Você quer uma lista?
— Sim.
— Você nunca está em casa, já vivi com você antes.
— Vou trabalhar menos horas e passar mais tempo com você.
— Você não gosta de conversar, eu gosto. – Kat queria acreditar nele.
— Estou conversando com você agora.
— Esta é apenas porque você quer sexo, isso motiva qualquer cara a ser tagarela se ele pensa que vai entrar nas calcinhas de uma mulher.
— Quer uma prova de que vou fazer tudo para ser o tipo de macho companheiro de uma fêmea?
— Companheiros? – Ela não podia acreditar que ele tinha usado aquela palavra.
— Companheiros. – Darkness rosnou. – É isso que eu quero.
— Não é o que você quer.
— Eu quero você.
— Para sexo.
— Trabalhe comigo dessa vez, Kat. – O tom dele se suavizou. – Estou tentando.
— Eu não quero meu coração quebrado. – Lágrimas encheram os olhos dela e ela piscou-as de volta.
— Eu não vou te machucar.
— Você não vai querer. Nisso, eu acredito.
Darkness estava frustrado. Tinha esperado que Kat permitisse que ele a beijasse e apenas concordasse em se mudar com ele. Ao invés disso, ela estava sentada em seu colo e ele se sentia como se estivesse prendendo-a no lugar. Kat talvez colocasse espaço entre eles se ele permitisse isso, ele não iria.
Kat queria que ele falasse com ela. Não era fácil expressar seus sentimentos. Perde-la não era uma opção.
— Eu sinto coisas por você.
— Eu sinto, você está duro. – Kat se mexeu no colo dele.
— Você está nos meus braços.
— Preciso de mais do que sexo.
— Tive um pesadelo quando você estava dormindo ao meu lado.
— Aposto que sim.
— Posso terminar de falar? – Ele mostrou as presas.
— Claro.
— Você estava em cima de mim, me tocando, e então isso se tornou um pesadelo.
— Isso está apenas ficando mais e mais melhor. Me desculpe se isso te traumatizou.
Darkness rolou, prendendo-a sob ele novamente. Dessa vez ela não poderia fechar as pernas – os quadris dele as prenderam abertas. Darkness foi cuidadoso em colocar a maior parte do peso fora dela e estava consciente das ataduras dela. Não queria feri-la de forma alguma.
— Era sobre a fêmea que me traiu. Eu confiei em Galina. Ela tentou enfiar uma lâmina em meu coração depois que percebi que ela a razão por meus irmãos terem morrido. No sonho você se tornou ela e ela realmente me matou. Eu deixei minha guarda baixa por você e morri em meu sonho por causa disso.
— Isso é difícil. – A expressão de Kat mostrava tristeza.
— Isso me motivou a te manter à distância. Pensei que podia ignorar as emoções que você agitou em mim e que elas iriam desaparecer se você não fosse uma parte da minha vida. Elas não desapareceram. Você disse que isso iria acontecer e estava certa. Distância não fez eu te querer menos, apenas me fez me sentir miserável quando você foi embora.
— Eu me identifico com isso. – As mãos dela o massageavam por cima da camisa.
— Você quase morreu e tudo o que eu podia pensar era quão arrependido estava por te mandar para longe. Eu não teria a chance de te ter em minha vida novamente. – Darkness engoliu com força contra o nó na garganta. – Do que você chama isso? Isso foi um soco potente.
— Foi? – Os lábios de Kat se curvaram e ela sorriu.
— Sim, eu vi um futuro que não queria. Você não estaria nele. Não seria fácil mudar, mas estou motivado a tentar. Tudo o que tenho que fazer é pensar em ir para a cama sem você ao meu lado e sabendo que você não é a primeira coisa que vejo quando acordo. É uma perspectiva sombria. Eu te quero em minha vida, você faz dela um lugar melhor.
— Droga. – Kat mudou as mãos para os ombros de Darkness, curvando-as lá. – Beije-me.
— Você vai morar aqui comigo, Kat?
— Estou nisso se você estiver. Eu tinha que te sacudir, mas realmente quero te beijar. Você tem a melhor boca, eu já te disse isso?
— Tem sido um longo tempo, eu posso ser péssimo nisso.
— Eu vou me arriscar. – Kat sorriu. – Vou arriscar tudo quando isso vem de você.
— Eu também.
Darkness abaixou o rosto, focando toda a atenção na boca de Kat. Ele podia lembrar o básico, tinha sido ensinado como beijar, mas tinha sido há um tempo realmente longo. Era importante que fizesse isso bem para Kat.
Ela fechou os olhos quando suas respirações se misturaram e os lábios se separaram. Ele gentilmente cobriu os dela com os dele. Eles eram suaves e também Kat. Darkness deixou a língua sair, traçando a linha do lábio inferior de Kat, os dedos dela se torceram na camisa dele o apressando para continuar. A língua dela encontrou com a dele e ele rosnou, o controle deslizando. Darkness possuiu a boca de Kat, beijando-a profundamente.
Isso voltou para ele quando ela gemeu, encontrando a paixão dele. Darkness rolou, tendo certeza que eles não quebravam a conexão intima. Ele rasgou a camiseta dela, cuidadosamente não pegando a pele dela com os dedos, o material rasgou e Kat se mexeu, ajudando-o a remover isso do corpo. Ela se arrastou, tentando destruir a camisa dele.
Eles rolaram novamente uma vez que Kat estava nua da cintura para cima. Darkness a ajudou usando as unhas para rasgar a própria camisa, Kat enfiou os dedos dentro dos buracos, mais forte do que ela parecia quando os rasgou. As mãos dela correram pela pele de Darkness, explorando quase freneticamente cada pedaço. Ele agarrou a cintura da legging, puxando-a para baixo, acertou uma atadura e congelou, com medo de tê-la machucado.
Kat o deixou ir e se ajeitou, puxando a calça para baixo ela mesma. Darkness o rolou novamente, quase caindo da cama. Ele rosnou, quebrando o beijo, e se ergueu.
— Droga, deveríamos nos mover para o chão.
— Só se você ficar por baixo, queimadura de tapete é uma puta. – Kat ergueu os quadris, puxou a calça para baixo e chutou-as para longe.
Darkness permitiu a si mesmo admirar a beleza do corpo lindo de Kat, ele removeu o que restava da sua camisa, arrancou as botas e as calças. As ataduras de Kat apenas serviram como uma lembrança de quão perto ele chegou de nunca mais tocá-la novamente.
— Você é minha. – Darkness rosnou, se lançando para ela.
Kat não piscou ou pareceu alarmada. Ela abriu os braços e os passou ao redor dele quando ficou em cima dela, as unhas correndo nas costas dele. Kat separou bem as pernas para aceitar os quadris dele. Darkness ansiava para pegá-la, estar dentro de Kat e conhecer o calor dela. O cheiro do desejo dela era forte o suficiente para saber que ela estava tão pronta para ser preenchida quanto ele estava para preenchê-la. Ele queria beijá-la novamente e foi para a boca dela. Kat virou a cabeça no último segundo, evitando que ele fizesse contato.
— Pare!
— O quê?
Kat ajustou o aperto nele e empurrou contra o peito dele. Darkness se ergueu um pouco e ela virou a cabeça para olhar para ele.
— Camisinha. Não vou ter você destruindo as paredes do nosso novo quarto ou bagunçando suas mãos. Você pode ter esquecido, mas eu não. Diga-me que você tem alguma.
— Eu tenho, elas estão na gaveta da mesa de cabeceira.
— Pegue-as.
— Não. – Darkness segurou o olhar dela e ajustou os quadris, pincelando a ponta do pau contra a boceta dela, encontrando o ponto certo. Ele se empurrou para frente devagar, entrando nela. Kat ficou tensa, as unhas se enterrando no peito dele, mas um gemido baixo quebrou dos lábios dela.
— O que você está fazendo?
— Não permitindo que nada fique entre nós dois nunca mais.
As pernas de Kat se ergueram e se prenderam ao redor das costas das pernas de Darkness, ela as prendeu, as pernas prendendo os quadris dele para segurá-lo no lugar.
— Eu poderia ficar grávida.
— Eu vou me arriscar. Você pensou que Salvation era lindo, não pensou?
— Ele é adorável, mas o que você está fazendo? – Kat parecia surpresa e animada ao mesmo tempo.
— Provando que estou sério sobre você e fazendo nosso relacionamento durar. – Darkness mudou os quadris, indo para frente apesar das tentativas de Kat de mantê-lo parado. A boceta dela o agarrou tanto quanto as pernas tinham feito, mas ele continuou ajeitando para ter cada centímetro do pau dentro do corpo dela. – Estou completamente nisso, querida. – Darkness cutucou o rosto de Kat para o lado e mordeu a garganta dela. Kat gemeu e o acariciou. – Relaxe e aproveite isso. É o primeiro passo em acasalar. Estou te reclamando de todas as maneiras.
Kat relaxou o aperto nele e ergueu as pernas mais alto, passando-as ao redor da bunda dele.
— É melhor não se arrepender disso. Eu vou te matar. Lembro do que mais você mantém na gaveta.
— Estou certo disso. – Darkness a prendeu novamente. – Eu te amo, Kat. Você não terá uma razão para atirar em mim.
— Diga isso novamente. – Ela virou a cabeça para olhar para ele.
— Eu não vou te dar uma razão para atirar em mim.
A boca de Kat se abriu e ela não escondeu o ultraje. Darkness gargalhou.
— Eu te amo, Kat.
— Te amo também. – Lágrimas encheram os olhos dela. – Agora foda-me, perca o controle.
— Isso vai acontecer muito, sem mais restrições.
— Bom.
Darkness deixou o passado ir, Kat era seu futuro. Ele começou a se mover em cima dela, sendo gentil. Os gemidos de Kat era música para seus ouvidos, ele amava o modo
como as mãos dela deslizavam sobre a pele dele, as unhas correndo pela espinha. Os mamilos de Kat endureceram, se esfregando contra o peito dele. Darkness se apoiou em um braço e se ergueu apenas o suficiente para alcançar entre eles, encontrando o clitóris de Kat e o esfregando. A boceta de Kat se fechou apertado ao redor do seu eixo e ele cerrou os dentes, lutando com a urgência de gozar. Darkness esperou por ela. As paredes vaginais de Kat cerraram e sacudiram o seu eixo, ordenhando-o. Ele entrou profundamente dentro dela, rugindo enquanto esvaziava sua semente.
Darkness rolou de costas, levando Kat com ele então ela poderia deitar em cima dele. Os dois estavam arquejando e exaustos. Ele sorriu, mantendo os olhos fechados e não olhou para o teto. Estava focado na fêmea em seus braços. A vida era boa.
— Quer bater em algo? – Kat pincelou um beijo próximo ao mamilo dele.
— Não. – Darkness gargalhou.
— E se eu ficar gravida? Você vai surtar?
— Provavelmente, mas apenas porque não tenho certeza de que tipo de pai eu iria ser.
— Um bom, eu sei disso.
— Confio em você, Kat.
Darkness quis dizer isso.

65 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Sempre tão bons....amo.... E muito obrigada por nos dar esse prazer Diana!

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  3. o melhor depois de Tiger rsrsr quente

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  4. Por favor alguém pode me na dar os outros livros,vou enlouquecer sem eles. linara2013.Moura@gmail.com
    Agradeço para quem conseguir me mandar!

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    1. Tentei enviar dá uma conferida se chegou

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    2. Oi gostaria dos outros livros também consegue me mandar ?
      taisilveira32@gmail.com

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    3. Se puderem me enviar os outros livros eu agradeceria muitos, estou louca procurando.
      Kawanbbe@gmail.com

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    4. Oí! Eu também gostaria de ler outros livros também, vc poderia me enviar por favor? rafamoura099@gmail.com

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    5. Olá, eu gostaria pedir a mesma coisa que eles, por favor. haha!
      Sonielyss17@gmail.com

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    6. Ei flor eu queria tbm kkk pode mandar pra mim pfvr? bellynhamf@live.com

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    7. Meninas, alguém tem o Numbers? manda pra mim? yara.patricio@gmail.com

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    8. Também gostaria dos livros 14 e 15. Por favor: lauanacastrojeremias@gmail.com

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    9. tm quero os livros, por favor...belladys@hotmail.com

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    10. Tbm quero os outros livros tbm hahah eyshila_bento@hotmail.com

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    11. Oi, também queria muito ler os outros livros, você puderia envialos pra mim também, por favor.
      Muito obrigada

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    12. Ooi, acabei de ler todos que estão disponíveis pela segunda vez kkkkk e agora q vi os comentários... Quem tiver pode me mandar os outros livros, por favor... 😊🙏🏼 Email: madu2908@gmail.com

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    13. Quem tiver os outros livros por favor me manda. Email: rayssamaciel353@gmail.com

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    14. Também gostaria de ler os outros livros. Quem tiver poderia me mandar, por favor. e-mail: larissavercosa67@gmail.com

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    15. Também gostaria de receber patycorrea1978@gmail.com

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    16. Também gostaria de receber
      luenalopes19@gmail.com

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    17. Se poder me mandar agradeço.
      laissafontes15@outlook.com

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    18. Alguém me manda por favor. laismacedodossantos@gmail.com

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    19. Alguém me manda os livros que faltam também please ... victoriarocha301@gmail.com

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    20. Se alguém puder me mandar os outros tbm
      jaquelineheloiza084@gmail.com

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    21. Se alguém puder me mandar os outros livros eu agradeceria eduarda.oliveirasantos71306@gmail.com

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    22. Tem pra download nesse site:

      http://caffecomlivroblog.blogspot.com/2018/12/laurann-dohner-serie-vlg.html

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  5. Alguém me manda os outros livros ou sabe informar se vai ser postado aqui??
    Sou muito viciada em leitura e quero muito continuar lendo.
    Se alguém tiver me manda por favor
    Wellwellayne.felipe@gmail agradeço desde já 😍😍

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    1. Por favor teria como enviar os outros livros afonsoizadora@Gmail.com

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  6. Adorei, todos as histórias, será que alguém pode me mandar os que vem depois deste?

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  7. Acabou nesse livro??? Tem mais?? Amo essa historia, quem tiver os proximos pode me mandar por favor?? flavia.sbr@gmail.com

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  8. Adorei essa série, quem tiver os próximos pode enviar pra mim tbm por favor???
    tamy.beatriz@hotmail.com

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  9. Também quero o próximo se alguém poder me enviar é:
    brendacarolljacomini@hotmail.com

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  10. Se puderem me enviar os outros livros eu agradeceria muitos, estou louca procurando.
    kawanbbe@gmail.com

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  11. Adoráveis. Todos os livros.
    Também gostaria de receber os outros livros. Obrigada por postar.
    ana.lucia.fs@outlook.com

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  12. Valiant, Darkness, Fury, Obsidian (meus favoritos)😍😍😍😍😍😍

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  13. Amei todos... Gostaria de ler os outros .. daianelola1@gmail.com me enviem por favor.. obrigada!

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  14. Quem tiver os outros livros da série me enviem por favor anaruthmaximo50@Gmail.com

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  15. Amei e gostaria de ler os outros livros. Quem os possuir, por favor, compartilhem comigo!!
    Sonielyss17@gmail.com

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  16. Gente oi! Se tiver mais livros depois desse pode me enviar por favor creio que haja mais não posso acreditar que a série acabe aqui juciaradavid@hotmail.com

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  17. Amei todos que li, puro deleite .
    Quero continuação.

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  18. Amei os livros, simplesmente incríveis, tem como me enviar os outros livros?
    caroltrombettaf@gmail.com

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  19. Oii,eu amei e queria muito ler os outros, alguém poderia me mandar por favor.
    Elysebarbosa23@gmail.com
    Muito obrigadaa.

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  20. Também gostaria dos outros livros. Alguém pode me enviar? cremerisa@hotmail.com
    Obrigadaaa

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  21. Oi,tb gostaria de receber os outros livros. Amei ,por favor mandar p
    Mim quem tiver cristianederizzo@hormail.com

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  22. Gente, amei a história do Darkness... tão dódoi tadinho! Mas enfim encontrou uma mulher maravilhosa à altura! Achei a Kat fantástica e amei que os pets foram salvos do incêndio pelo Book! E rachei de rir do Jinx pelos comentários quando tiveram que entrar no carro roubado da Amber... rs
    Demais!!!!
    Obrigada mais uma vez por compartilhar essa história conosco!
    Vcs são demais!!!

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  23. Também adoraria os livros poderia por favor me enviar ? andriellen60@gmail.com

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  24. Alguém poderia me enviar os outros livros, por favor. Larissavercosa67@gmail.com

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  25. Alguém poderia me enviar os outros livros, por favor. Larissavercosa67@gmail.com

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  26. Alguém poderia me enviar os outros livros por favor

    thailapedroso@yahoo.com.br

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  27. Book e Missy faria um casal maravilhoso, eu já quero um livro deles.

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  28. Alguém poderia me enviar os outros livros da série? Por favor?? karenndemoraes1@gmail.com

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  29. Alguém poderia me enviar outros livros da série? taiaraoliveira908@gmail.com

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  30. Alguém me pode enviar os outros livros da série por favorrrrrrr? naulila.silvestre@gmail.com

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  31. Alguém pode me enviar também os outros livros da série Vitoriamaria7219@gmail.com

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  32. Gente, quem tiver os livros me envia por favor!
    kethygomes18@gmail.com

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  33. Quem tiver os livros poderia me enviar por favor! raelysouza98@gmail.com

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