Capítulo Dois
Darkness
se despiu do uniforme e colocou uma regata e calças de moletom com ONE impresso
em branco no material preto. Isso não era o traje ideal para um interrogatório,
mas os armários foram danificados na explosão. Ele descartou o uniforme e
deixou cair em um monte no chão, coberto de poeira e pó de gesso. O quarto de
trocas estava lotado de outros Espécies.
Bluebird
se apressou com outro monte de roupas.
—
Aqui vamos nós. Esse é todo o suprimento que temos em mãos. Está muito quente
para agasalhos.
—
Todo mundo está bem. – Flame entrou na sala. – O último dos nossos oficiais foi
contabilizado. Há apenas pequenos ferimentos.
—
E os humanos? – Darkness engoliu de volta um rosnado.
—
Quatro morreram, mas um está quase vivo. – Flame segurou seu olhar. – Ele foi
levado de helicóptero para uma unidade de trauma no mundo exterior. Ele sofreu
queimaduras graves e ferimentos internos. Nosso time médico não acredita que
ele vá sobreviver.
—
Que pena. Eu tinha algumas questões para eles. – Nenhuma simpatia pelas mortes
alcançou Darkness.
—
Fizemos uma barricada nos portões da frente – Snow parou ao seu lado, retirando
o uniforme. – Homeland está oficialmente fechada. Justice está lidando com a
mídia enquanto Fury está esperando a força-tarefa se juntar para começar a
investigação. Trey já está aqui, então ele vai falar com Tim. – Ele espirrou. –
Acho que nunca mais vou cheirar nada em meu nariz. Inalei muito daquela merda.
—
A poeira não era toxica. – Bluebird começou a recolher os uniformes sujos. –
Pelo menos, foi o que Trey disse. Era mais densa por causa do colapso no
prédio. Ele disse que os novos prédios não possuem materiais venenosos.
—
Bom saber. – Snow espirrou novamente. – Mas eu estava falando sobre a fumaça do
fogo.
—
Oh. – Ela pausou os braços lotados. – Vou pegar mais roupas para o suporte. –
Ela girou e correu para fora.
— Estão todos bem? – Rusty foi a próxima
a entrar.
—
Apenas alguns cortes e machucados. – Flame respondeu. – Não perdemos ninguém.
—
Disse a você para ficar com a prisioneira. – Darkness deu um passo á frente,
pegando a atenção de Rusty.
—
Ela está trancada na sala de interrogatório numero três. Era a mais longe das
danificadas. Ela não estava carregando nada na roupa, chequei e peguei como
evidência. Ela quer água. Eu posso dar um pouco a ela?
—
Sim, vá lá montar guarda. Estarei lá em um momento. – Ele se sentou, debatendo
se sequer deveria colocar as botas de volta. Elas estavam coberta por pó de
gesso. Ele parou. – Foda-se.
—
Desculpe-me? – Snow estava se vestindo também, mas pausou e olhou para ele.
—
Vou falar com nossa prisioneira assim.
—
Você vai interrogar um suspeito descalço e fora do uniforme? – As sobrancelhas
de Flame se ergueram.
—
Se você quiser ir lá onde as luzes das celas colidiram com os armários de metal
e se arriscar a ser eletrocutado para recuperar minhas coisas, fique a vontade.
– Darkness apontou para onde a sala de roupas dos machos ficava. – Não tenho
tempo para correr até em casa e voltar, tampouco. Nós precisamos de respostas.
Nós fomos atacados.
Flame
fechou a boca e acenou de modo afiado.
—
Quer ajuda? – Flirt se moveu para frente, quase trocando o uniforme por roupas
de corrida. – Dois de nós talvez intimide mais o homem.
—
É uma mulher. – Darkness olhou para frente. – Vou lidar com isso sozinho.
—
Pensei que você não interrogava fêmeas. Gostaria de me voluntariar para fazer
isso. – Snow estava colocando a camisa.
—
Vou fazer uma exceção dessa vez, eu vi o que ela fez. Ela foi muito bem
treinada e um soldado não é apenas uma mulher. Eles são de longe os mais
perigosos.
—
Eu realmente quero interroga-la. – Snow persistia.
—
Não.
Darkness
não quis esperar um minuto a mais por mais conversa. Ele precisava de respostas
e iria consegui-las, não importava o que tivesse que fazer. A raiva apareceu
enquanto ele manobrou ao redor do
prédio. Todos os Espécies tinham ouvido as notícias e correram para lá. Ele os
ultrapassou, sentindo um pouco de orgulho pela unidade e calma que eles
mostravam apesar das circunstâncias.
Ele
pausou fora da porta da sala de interrogatório e se afundou no fato de que
tinha que entrar lá e fazer o que fosse preciso para fazer a fêmea falar.
Homeland fora atacada e isso poderia ter custado á vida de muitos Espécies. Ele
estava no caminho para retirar o motorista da van, mas admitia que isso
provavelmente, custaria a sua própria vida. Ele tinha pulado do topo da parede
para o telhado do prédio de segurança uma vez que ficou claro que as balas eram
inúteis. A fêmea havia feito o trabalho dele, ao invés disso.
Por
quê? As
táticas dela foram claras, muito precisas. Ela tinha treinamento que não
deveria possuir. Ele tinha que ser pressionado além do limite para fazer o que
ela fizera, ele se virou e sacudiu o telefone, a Segurança atendeu no segundo
toque.
—
Conte-me tudo o que conseguiram sobre a fêmea que estamos retendo.
Ele
ouviu sua raiva se construindo. Darkness precisava parar de pensar nela como
uma fêmea. Ela era uma ameaça. Ele precisava se lembrar disso. As táticas
normais não iriam funcionar. Ele teria que ser mais esperto que ela e a manter
de guarda baixa, um plano se formou e ele puxou respirações calmantes. A raiva
era a última coisa que ele precisava usar contra alguém com a provável base dela.
*
* * *
Kat
manteve os olhos fechados e tentou ignorar o ar frio. A adrenalina a havia
drenado emocionalmente. Era uma reação normal sob circunstâncias tensas. Ela
apenas tinha encarado a morte, tinha tomado á vida do motorista que atirou e
provavelmente os companheiros dele. Pelo menos dois deles, com certeza. O
cara saindo por trás não foi torrado.
Kat
piscou com a comparação com comida que a mente dela criara e mudou o peso na
cadeira de metal. Não a ajudava que não estivesse quente. Ela se debateu em
andar pela sala, mas se decidiu contra isso. O risco de levantar mais suspeitas
pelos ONE era muito alto se ela falhasse em agir e bancar a assustada e tímida
ratinha. Era o que eles iriam esperar e o que ela precisava para dar a eles se
tivesse alguma chance de recuperar sua identidade falsa.
O
clique de uma fechadura precedeu a porta sendo aberta. Um homem de cabelos
escuros entrou. Ele era mais bronzeado com hipnotizantes olhos escuros, que
eram
negros. Ele olhou para ela, suas feições
sombreando. Ela o mediu e tinha quase dois metros de altura. Darkness. Tem
que ser ele. Ai caralho, ele é enorme e intimidante.
Kat
tomou notas dos densos e musculosos braços dele e os ombros realmente largos. A
regata se erguia acima da parte superior do corpo dele e descia abaixo, para
onde ele tinha amarrado os laços da calça preta. Eles não estavam amarrados, os
laços brancos apenas pendiam livres. Ele tinha pernas fortes e bem torneadas,
evidentes mesmo através do material mais grosso, e pelo menos um pé gigantesco
descalço. O olhar muito casual que atirou não era o que ela esperava.
—
Quem é você?
Isso
confirmou a identidade dele. Kat nunca esqueceria aquela voz profunda.
—
Kathryn Decker, mas todos me chamam apenas de Kat, para encurtar.
A
porta bateu, selando os dois lá dentro. Ela olhou para isso, esperando que se
abrisse uma segunda vez.
—
Ninguém mais virá para cá. Não haverá resgate.
—
Não era suposto que uma mulher esteja presente? – Ela se focou no rosto dele.
Darkness permaneceu lá, a poucos passos da porta.
—
Você percebeu que não está mais dentro dos Estados Unidos? Você está no
território da ONE uma vez que passou pelos portões. Diga-me a verdade porque,
acredite em mim, você não quer que eu te faça falar. Suas leis de
interrogatório não são aplicadas aqui. – Um som suave, ameaçador veio dele. Não
era exatamente um rosnado, mas não era amigável também.
—
Você não pode me matar. – Medo subiu pela espinha de Kat, mas ela o empurrou
para baixo.
Darkness
se aproximou e ergueu a cabeça o suficiente para que ela desse uma boa olhada
no rosto dele. A respiração parou nos pulmões. Ele tinha um dos rostos mais
masculinos que ela tinha visto. Os ossos da face eram pronunciados,
possivelmente um índio americano. O queixo quadrado estava sob um par de lábios
cheios em um ângulo severo, duelando com o pestanejar dos seus olhos. Foi á
forma dos olhos dele, no entanto, que realmente a assustou. Justice North tinha
a forma de gato, mas as dele não eram nem mesmo próximas em crueldade. Kat
continuava não sabendo a exata cor daqueles olhos, mas ela apostava que eram
castanhos escuros. Cílios inusitadamente longos rodeava-os.
Respire, droga. Kat sugou o ar,
forçando os pulmões a trabalhar novamente. O jeito que ele se vestia era uma
tática para tirá-la do jogo. Ela precisava se manter inteira, isso era difícil
de fazer com aquela expressão de predador esperando que ela caísse na
armadilha.
—
Eu realmente poderia. Você está pronta para falar a verdade agora? Quem você
realmente é? O que está fazendo aqui?
Ele
está blefando. Ela
esperava que sim.
—
Meu nome é Kat Decker – Ela mentiu. – Cheque minha licença de motorista. Ligue
para meu chefe. Pediram que eu viesse para Homeland por duas semanas para
ministrar aulas forenses e mostrar a sua segurança um pouco das coisas novas no
comportamento criminal.
—
Você é do Exército? Marinha? Forças Especiais? – Ele deu mais um passo para
perto.
—
Laboratório de crimes. – Ela balançou a cabeça.
Darkness
rosnou.
Kat
tentou não reagir, mas falhou. Seu corpo se tencionou pelo som ameaçador e
perigoso. O desenho da sala não a fez se sentir segura de jeito nenhum. Não
havia câmeras ali. Ela procurara por todos os sinais de como eles poderiam
monitorá-la, mas não encontrou nenhum. Eles estavam realmente sozinhos na sala.
—
Onde você aprendeu a invadir uma van blindada?
—
Assisti muitos filmes de ação e aprendi todas as coisas a se fazer.
A
boca dele se pressionou em uma fina linha raivosa, assegurando que ele não
estava acreditando naquela besteira. Ela tentou novamente.
—
Eu amo ver filmes. Explodir tudo e atirar em tudo para salvar o mundo e esses
tipo de coisa. Você acredita que quando eu era criança, eu queria ser uma
estrela de filme de ação? – Ela não pôde resistir. – Bruce Willis é meu ídolo.
As
mãos dele se fechados nos lados, á única reação dele. Kat talvez tivesse ido
longe demais com sua resposta, mas esperava que ele tivesse senso de humor. Ele
não tinha.
—
Não estou no clima para ficar jogando. Leve minhas palavras como um aviso.
Minha paciência está quase no fim.
Kat respirou fundo e exalou devagar. Ela
sabia que estava em um gelo fino e que tinha que dar a ele algo válido.
—
As balas estavam batendo na van. Não era preciso ser um gênio para descobrir
que era blindada. Eu gritei para que parassem a chuva de balas, mas acho que
ninguém me ouviu como todo aquele barulho. Talvez eles não tenham visto isso do
ângulo que estavam, mas eu estava tipo muito perto e era pessoal, desde que
eles estavam tentando liberar o portão. Percebi que eles iam precisar tirar meu
carro do caminho para atacar seu segundo portão.
—
Como você sabia os planos deles?
—
Eu não sabia. Fiz uma aposta educada. Era apenas senso comum, eu apenas queria
pará-los. Suas balas não estavam funcionando, então peguei a arma de Rusty e
procurei por um ponto fraco. Eles não blindaram a trava da porta do motorista.
– Ela hesitou. – Vi que o motorista e o passageiro estavam usando roupas de
assalto completas. Algo devia ser feito bem rápido eu reagi antes que pudesse
pensar nisso. Lembro da última vez que os veículos passaram pelos seus portões.
Quantos morreram? Dezesseis pessoas?
—
Dezessete. – Ele murmurou
Kat
o estudou e estava claro que Darkness não apreciou ser lembrado da brecha que
foi feita depois que Homeland se abriu primeiro.
—
Eu vi um jeito de abrir a porta do motorista e fiz isso. Atirei na trava da
porta e arranquei o motorista de lá, desarmar o motorista não ia pará-lo. O
passageiro poderia ter apenas pulado para o motorista e vi movimentos lá atrás.
Isso significava que eles tinham pelo menos mais um comparsa. Isso seria um
banho de sangue. Você alguma vez viu o que caras maus com armas e roupas
completas de invasão podem fazer? Eu já. Disse a você que assisto muitos
filmes. Olhei para baixo e vi granadas próximas ao motorista. Eu as joguei para
dentro e fechei a porta.
—
Como você sabia o que eles eram?
—
Porque eu não sou uma idiota. – Kat estava começando a ficar irritada. – Foi
pelo jeito que eles pareceram pra mim. Eu não tinha muito certeza do que eles
fariam, mas obviamente significava que eles fariam algo contra a ONE. Eu usei
contra eles, ao invés disso.
—
Por que você não tinha certeza do que eles iam fazer? – Uma das sobrancelhas
dele se arqueou.
— Eles eram como explosivos caseiros com
relógios é isso que quis dizer. Eu não vi nenhum cilindro, o que iria indicar
uma arma química, então assumi que eles iriam entrar e boom! Eu estava
certa. Eu não tinha exatamente muito tempo para lidar com isso, uma vez que eu
estava na mira do passageiro, que estava tentando me matar.
—
Quatro humanos foram mortos dentro da van e o quinto que sobrou não vai viver
por muito tempo. – Darkness endireitou a postura e cruzou os braços acima do
peito.
Eles
eram caras maus, mas isso ainda a atingiu com força. Ela nunca tinha matado
alguém antes. O treinamento que tivera não cobria a realidade de ter aquelas
noticias.
—
Você matou humanos, entende isso?
Kat
acenou com força, não confiando na própria voz. Os idiotas talvez tivessem
merecido aquilo, mas a realidade era cruel. Eles provavelmente tinham família e
amigos que iam sofrer a perda deles. Mesmo o sem-coração tem mães.
—
Responda. – Darkness mandou em uma voz rude.
—
Sim. – Kat cresceu na defensiva porque isso cresceu seu acordo com o estresse.
– Você entende que eles não iriam derrubar seus portões em um veiculo armado,
usando roupas de combate militar, para trazer cupcakes e mensagens de amor? Eu
estava tentando proteger os Novas Espécies.
Darkness
se moveu rápido o suficiente para fazer Kat retroceder quando ele fechou a
distância entre eles, se dobrou e agarrou os lados da cadeira dela. Ele colocou
o rosto quase nariz com nariz com ela. Os olhos de Darkness eram sombreados com
a cabeça para frente, mas eles pareciam muito ameaçadores, Kat tentou ir para
trás, mas não havia lugar nenhum para ir com a cadeira de metal pressionada
firmemente contra sua espinha.
—
Você espera que eu acredite que você é uma técnica criminal de um laboratório,
quando você apenas lidou sozinha com cinco homens? – Darkness rosnou
profundamente pela garganta, provando que não era completamente humano.
—
Sou realmente boa em meu trabalho. Eu vi um monte de coisas ruins e não esqueça
meu amor por filmes de ação. – Kat forçou um sorriso e ignorou as batidas
rápidas do seu coração.
Darkness
assobiou, soprando nela com o cheiro de chocolate e menta. Kat esperava que sua
respiração cheirasse tão bem quanto, desde que seus lábios estavam separados. A
urgência de olhar para a boca dele era forte para superar, mas ela lamentou tão
logo fez
isso. Seus olhos se arregalaram de
surpresa e medo ao sinal das duas longas e terríveis presas.
—
Ai, caralho. – Ela não queria ter dito isso tão alto.
O
lábio superior de Darkness se ergueu para dar a Kat uma melhor visão delas.
Tinha que ser de propósito. As próximas palavras mataram qualquer dúvida.
—
Eu não sou como você. – O tom dele se aprofundou. – Vou te mostrar misericórdia
se começar a me dar respostas honestas. Aqueles homens foram enviados aqui para
morrer como idiotas para que acreditássemos em você?
—
O quê? – Isso a arrancou do estupor causado pelas presas assustadoras dele. Kat
olhou dentro dos olhos de Darkness.
—
Você me ouviu. Foi um tipo de show planejado para ganhar nossa confiança?
—
Você está drogado? – Ela estivera excitada em visitar Homeland, mas isso tinha
se tornado um pesadelo. Sua cobertura estava muito ferrada, a menos que ela
pudesse se sair dessa situação. Ser acusada de ser conivente com as intenções
idiotas em matar os Novas Espécies ligou seu modo vadia. — Eu não sei se você correu
da casa de guarda ou se já estava do lado de fora, mas aquele idiota no banco
do passageiro tentou realmente me transformar em queijo suíço. Aqueles
explosivos poderiam ter escapado de minhas mãos antes que eu os jogasse dentro
da van. Eu poderia ter sido jogada para longe junto com aqueles idiotas. Como
se atreve? – Kat olhou para ele. – Tá pensando que é o único que está tendo um
dia ruim? Eu apenas queria vir para Homeland me divertir um pouco, conhecer
Novas Espécies e ensinar algumas aulas. Essa era minha única agenda. Agora,
estou trancada em uma sala com um paranoico idiota.
O
silêncio era absoluto. Kat repassou o que havia dito a ele e fechou os olhos. Merda.
Se controle, droga. Estou me quebrando tão rápido quanto um recruta no primeiro
dia de treinamento.
Darkness
soltou a cadeira, segurou as costelas de Kat e a ergueu do assento. Os pés dela
não tocavam o chão enquanto ele caminhou pela sala e colocou a bunda dela na
mesa. Darkness agarrou a corrente ligando os dois pulsos algemados na frente do
corpo e forçadamente ergueu os braços dela, empurrando-os. Ele contornou a mesa
e Kat caiu para trás quando Darkness puxou-a ao longo da superfície, só parando
quando ela estava esticada em cima da mesa.
—
Abra caminho para cima. – Ele rosnou, se aproximando o suficiente para pegar o
rosto dela. – Te desafio. Mostre-me quão bem treinada uma técnica de
laboratório é no combate mano a mano.
Kat permaneceu deitada, ele não a havia
machucado. Ela talvez tivesse uma contusão ou outra na bunda para superfície
dura quando ele a largou lá, mas era uma extensão dela. A superfície da mesa
estava fria. Darkness manteve um aperto firme na corrente para manter os braços
dela restritos acima da cabeça. Era imperativo que ela acalmasse a situação
nervosa. Kat poderia usar as pernas, dobrando-as e chutando-o, tentando
manda-lo para trás, mas isso iria apenas provar que ela não era quem dizia ser.
—
Me desculpe se chamei você de idiota. Estava apenas chateada que você me acusou
de uma coisa horrível. Arrisquei minha vida lá fora. Isso não foi encenação.
Darkness
se abaixou e agarrou a frente das calças, Kat tinha esquecido que vestia apenas
calcinha e um sutiã naquele momento. Medo real a pegou de que ele a atacaria
sexualmente. Darkness era um enorme bastardo, realmente forte, e provavelmente
pesaria o dobro dela. Ela era violenta, mas duvidava que pudesse lutar com ele
por muito tempo. Todos os músculos se enrijeceram em preparação para, pelo
menos, tentar. Darkness não expôs o pênis, ao invés disso ele arrancou o cordão
do moletom.
Kat
visivelmente relaxou até que ele começou a prendê-la a algo acima de sua
cabeça. Ela se virou o suficiente para olhar pra cima e ver o anel parafusado e
então olhou para o rosto dele.
—
O que está fazendo?
—
Tendo certeza que você vai ficar exatamente onde quero você.
—
Quero sentar na cadeira. – Kat se sentiu exposta, deitada de costas,
praticamente nua.
—
Quero a verdade. – Ele se endireitou e deu um passo atrás.
Kat
puxou as algemas, mas a corda a impediu. Ela olhou para os lados da mesa, mas
não poderia rolar sem cair contra as cadeiras à esquerda ou à direita.
—
Quem você realmente é? Vamos parar com esse jogo. Sua identidade era boa, mas
meus oficiais são melhores. Alguém fodeu com tudo quando eles criaram sua
história. Nossa checagem de segurança rastreou você até três anos atrás e então
acabou. Não há nada sobre você.
Kat
olhou dentro dos olhos dele, esperando que estivesse blefando, mas viu a
verdade refletida neles. Merda. O rato bastardo do Mason tinha fodido
com os papeis e, de fato, tinha explodido sua cobertura.
—
Eu me divorciei. – Mentiu. – Passei a usar meu nome de solteira. – Foi uma
tentativa melhor.
— Essa é uma mudança interessante. –
Darkness sorriu, mas isso não alcançou os olhos. – Checando a base de dados
você existia, mas quando procuramos dados fora dos sites com o número do cartão
social, pertencia a uma Eleanor Brinkler. Ela era uma dona de casa com setenta
anos, que morreu há dez anos. – Darkness vagarosamente correu o olhar abaixo do
corpo de Kat e voltou. – Não sou um profissional em como uma mulher de oitenta
anos deve parecer, mas tenho certeza que você não está nem perto dessa idade.
Kat
entrou em pânico, mas tentou mascarar suas feições, fortemente pensando em algo
para dizer.
—
Você não parece morta. – Darkness deu um passo á frente e olhou para os peitos
dela. – Está respirando. – Seu olhar se encontrou com o dela. – Qual seu nome
verdadeiro? Quem mandou você e por quê?
—
Deve ter havido um terrível engano. – Era tudo o que ela podia dizer. Kat foi
pega e Robert Manson a tinha colocado em uma bagunça infernal. Sua identidade
falsa fora um trabalho urgente e confuso.
—
Não quero te machucar. – Darkness se colocou para frente, colocando o rosto próximo
ao dela novamente. – A voz dele baixou para um murmúrio. – Não me faça fazer
isso, doçura. Eu tenho memórias o suficiente para assegurar que tenho pesadelos
quando todas as vezes que durmo. Apenas me diga quem você realmente é, e porque
veio para Homeland. Você foi descoberta.
Kat
lambeu os lábios, tentada a dizer a ele a verdade. Mason nunca deveria tê-la
enviado disfarçada à Homeland. Isso provavelmente faria os dois serem
demitidos, mas seria pior se ela falasse. Ninguém queria uma agente trabalhando
para eles se ela quebrasse sob pressão. Darkness estava apenas fazendo seu
trabalho e era muito bom nisso. Kat o respeitava.
—
Você parece tão suave e frágil. – Ele pausou, olhando para ela. – Deixe-me
dizer algumas coisas a você sobre mim. Você já ouviu falar de um humano chamado
Darwin Havings?
Kat
travou as feições, mas seu coração deu um pulo. Harvings era atualmente o
número trinta e dois na lista dos mais procurados do Departamento de Segurança
de Homeland. Ele tinha sido um bastardo rico com negócios baseados no Oriente
Médio e ligação com os países de terceiro mundo. Ele também era suspeito de
investir pesadamente nas Indústrias Mercile. A última associação que tinha
ouvido falar dele sob o olhar duro das autoridades e o que eles tinham descoberto
era algo muito ruim, mas não havia evidência. Os rumores eram de que Havings
estava envolvido com o tráfico sexual e de
drogas, eles também encontraram
indicações de que ele talvez fosse culpado por roubar do exército americano no
Afeganistão e vender as armas roubadas aos rebeldes. Isso o colocou na lista de
procurados.
—
Não. Ele é uma estrela de ação? – Uma técnica de um laboratório criminal não
deveria estar familiarizada com o nome, porque ele não estava nos noticiários.
—
Ele foi um humano ruim que conheci.
Kat
teve que se lembrar de regularizar a respiração, algo que era muito difícil de
fazer desde que estava freneticamente tentando entender como aquele encontro
era possível. Por quê? Como? Quando? Uma suspeita horrível a pegou de
que seu estúpido chefe poderia estar certo. Eles têm negócios com Havings? A
ONE seria o local ideal para ele se esconder. Nós não temos jurisdição em
Homeland ou na Reserva. Ele pode se esconder de nós dentro dos portões e aqui
não poderia haver uma droga de coisa que pudéssemos fazer sobre isso.
—
Eu fui um no grupo de Espécies que ele levou de Mercile.
—
Por quê? – Kat relaxou ligeiramente. Isso significava que tinha acontecido no
passado, quando Darkness era um prisioneiro na companhia. Havings tinha tido
acesso aos Novas Espécies então. Essa conexão continua ativa?
—
Era um teste. – Darkness rosnou, levantando a cabeça e continuou a assistir os
olhos dela. – Eles colocaram colares explosivos em nossos pescoços. Nós éramos
irmãos biológicos e eles sabiam que estávamos avisados de nossas conexões,
porque eles nos mostraram a prova. Nascemos do mesmo conjunto de embriões que
eles criaram de dois humanos que tinham misturado. Eles sempre criavam embriões
múltiplos, com frequência do mesmo par de humanos, algumas vezes pareando um ou
os dois com outros doadores para diferentes características físicas. Nossas
genéticas animais variavam, mas nosso DNA mostrou uma combinação familiar. Foi
por isso que ele nos quis. Ele sabia que nos protegeríamos uns aos outros e
faríamos tudo por nossos irmãos.
Jesus. Um pouco do
controle caiu e Kat sabia que sua expressão revelava a simpatia que ela sentia.
—
Por que colares explosivos?
—
Nós sabíamos que tirá-los mataria nossos irmãos se nós não seguíssemos as
ordens.
—
Isso é fodido. – E também uma tática terrorista – uma muito extrema. Ela
não mencionou a última parte.
Darkness balançou a cabeça e a ergueu
novamente, o nariz dele se alargou enquanto deslizou contra a garganta dela.
Darkness inalou, parecendo cheirá-la. Kat não protestou, mas isso a fez olhá-lo
de um novo jeito. Isso era um pouco sexual.
—
Somos protetores dos nossos por natureza e eles usaram isso. – Darkness
sussurrou. – Quer saber o que eles fizeram conosco?
—
Claro. – Seu estômago se retorceu com uma sensação ruim de que ela não iria
gostar da resposta.
—
Eles nos ensinaram como lutar e matar. Nós éramos quatro armas vivas com
reflexos mais rápidos, corpos mais fortes e sentidos mais afiados que os
humanos. – Darkness ergueu a cabeça e foi para o outro lado do pescoço de Kat,
inalando novamente. Isso colocou o peito dele em contato com os seios dela. –
Nossos professores eram mercenários com sotaques estranhos. Eles eram brutais.
Porra.
Os
sotaques estranhos que ele falou eram característicos. Darvin Havings apenas
contratava seus guarda-costas dos contatos no Oriente Médio, eram os tipos
usualmente ligados a assassinatos planejados. Eram realmente péssimas notícias
que eles tinham treinado Darkness. Kat poderia apenas imaginar as coisas a que
ele foi sujeitado.
—
Aprendi tudo sobre como torturar alguém até que me contassem qualquer coisa que
eu quisesse saber.
Suspeitas
confirmadas.
Kat puxou outra respiração profunda, tremendo por dentro, assustada. Tinha sido
treinada para aguentar tortura, mas não ao tipo de coisa pesada que ele
provavelmente aprendeu. Darkness iria usar isso para quebra-la? Se sim, ele
iria fazer qualquer coisa que funcionasse para ter as respostas. Significava
que isso poderia ficar feio e perigoso, com a possibilidade de perder partes do
corpo ou a morte.
—
Você está assustada, posso sentir o cheiro disso. Apenas me diga a verdade. –
Darkness se moveu novamente até que pudesse olhar diretamente nos olhos de Kat.
—
É por isso que está me cheirando? – Ela não tinha certeza do que fazer.
—
Eu posso ter um tempo para pensar sobre isso? – Kat realmente não precisava da
lembrança.
—
Quer que eu espere enquanto se recupera para vir com mais mentiras
convincentes? – As sobrancelhas dele se ergueram.
—
Quero te falar a verdade, mas não posso.
— Sabe o quão animalescos alguns de nós
podem ser? – Darkness colocou ambas as mãos na mesa, uma em cada lado do peito
de Kat, e se aproximou até que estivesse quase metade em cima dela.
—
Não realmente. Li os jornais e assisti algumas entrevistas.
—
Você viu o que queremos que veja. Eu não sou Justice North.
Kat
podia acreditar nisso. O senhor North parecia muito amigável, até mesmo fofinho
na televisão. Ele mostrava um rápido senso de humor e uma personalidade fácil
de lidar. Darkness não tinha nenhuma dessas coisas.
Ele
separou os lábios e mostrou as presas novamente. Kat olhou para elas e então
esperou que ele não estava implicando em usá-la para mordê-la. Isso
provavelmente iria doer como o inferno.
—
Imagine os instintos predadores aprimorados, combinados por ser encorajado a
ser melhor que a humanidade. Foi para isso que fui feito quando fui tirado da
Mercile e enviado para aqueles humanos, se eles podem ser chamados disso.
Diga-me a verdade ou verá do que sou capaz de fazer. Pode ser brutal.
Lágrimas
reais encheram os olhos de Kat e não havia nada que ela pudesse fazer, mas
piscou-as de volta. Darkness era um mestre em infligir medo, desde que ela
acreditou em cada palavra que ele disse.
—
Honestamente. Eu não tenho nenhuma intenção oculta. Queria apenas impedir
aqueles homens de machucar seu pessoal. – Kat olhou dentro dos olhos
impressionantes de Darkness, esperando que ele visse a verdade. – Não quero que
nenhum Nova Espécie se machuque. Estava ansiosa para ensinar algumas aulas e
passar um pouco de tempo aqui em Homeland. Pensei que isso seria legal, quase
umas férias.
—
Não faça isso, doçura. – Os olhos de Darkness se estreitaram.
—
Juro por minha vida que cada palavra que disse é absolutamente verdade.
—
Quis dizer para não chorar. – Darkness fechou os olhos e ergueu o queixo para
olhar para longe. – Porra.
A
reação dele deixou Kat atônita. Darkness ou era um ator maravilhoso ou um
mestre na decepção. Por outro lado, ela pensou que ele estava sentindo um pouco
de simpatia. Darkness olhou para ela novamente e a expressão torturada no rosto
dele esfaqueou o coração dela.
— Não posso fazer isso. – Ele balançou a
cabeça. – Não vale a pena minha alma, ou o que sobrou dela.
—
Não pode fazer o quê?
—
Fingir que você é uma mulher do meu passado, então posso fazer efetivamente meu
trabalho. Eu realmente admirei suas habilidades lá fora. Não acho que poderia
ter feito tão bem como você fez ou lidar com aqueles humanos tão rapidamente.
Ou você pensa rápido em seus pés ou eram brilhantes e estratégicos movimentos.
Você é uma das melhores assassinas que já conheci, se esse é o caso. Se eu
estou errado... – Ele olhou para o peito de Kat. – Isso faz você
excepcionalmente sexy.
Kat
não sabia se deveria estar lisonjeada ou ofendida. Ela não disse nada.
—
Você representa um problema para mim, Kat. Se esse é o seu nome.
—
É. Todos me chama assim.
—
Eu duvido.
—
Por quê? O que é tão inacreditável em meu nome?
—
Você está na ONE e tem o nome de um felino?
—
Isso é soletrado com um K. – Isso afundou nela.
—
Não me importo. Porque não usar um nome mais humano como Mary?
—
Não foi o que meus pais escolheram, realmente foi uma homenagem a minha avó.
Ela morreu enquanto minha mãe estava grávida de mim. – Isso também era verdade.
– É apenas uma estranha coincidência.
Darkness
não parecia convencido.
—
É muito óbvio, se você pensar sobre isso. Eu teria que ser idiota para escolher
esse nome e eu nem mesmo fiz conexão com gatos até que você tocou no assunto.
Eu não sou uma idiota. Eu teria feito um trabalho perfeito construindo uma
identidade falsa para mim mesma.
—
Nisso eu acredito.
—
Bom.
—
Para quem você trabalha?
—
Departamento de Polícia de Bakersfield, laboratório de criminalística.
— De que cor é seu sutiã?
—
Preto. – Ele estava testando-a, tentando avaliar expressões faciais ou no seu
tom de voz para determinar se ele poderia pegar um sinal de que ela mentia. Kat
tinha feito a mesma coisa com suspeitos. – Meus cabelos são castanhos, assim
como meus olhos. Tenho um metro e sessenta, não me irrite perguntando meu peso.
Não vou falar. Todo mundo mente discriminadamente sobre isso.
—
Você tem sessenta e quatro quilos, não precisa. Ergui você da cadeira.
Ele
era bom. Kat realmente pesava sessenta e quatro quilos.
—
Você aparenta ser mais leve, talvez quarenta e cinco, mas você tem um bom tônus
muscular. Isso me diz que você malha ou treina com frequência. – Darkness
estudou os seios de Kat. – Sem cirurgia plástica. – Ele ergueu a cabeça e
parou, o olhar correndo acima do estômago dela e pernas. – Sem crianças.
—
Como sabe disso?
—
Você tem cicatrizes. Seu antebraço, uma próxima a panturrilha. Elas são
notáveis. É isso que estou dizendo. Uma gravidez iria marcar você tanto e
deixaria sinais. Seu baixo-ventre e coxas são impecáveis, nenhum sinal de
estrias.
—
Nem todas mulheres as tem. – Kat admirava o treinamento de Darkness em
observação. Isso foi tipo, quente.
—
Nem todas, mas a maioria tem pelo menos um pouco.
—
Eu não tenho filhos. – Kat confirmou.
—
Não usa maquiagem. – O foco de Darkness retornou ao rosto dela. – Isso também
explica suas roupas simples. Nenhum laço nelas e seu sutiã não é desenhado para
dar aos seus seios uma aparência maior. Você não deseja chamar a atenção de um
homem para você mesma. Por que isso?
—
Talvez eu não tenha tido tempo de me maquiar essa manhã. Assim como meu sutiã,
enchimentos são desconfortáveis como o inferno.
Darkness
a olhou, sem expressão, e Kat iria amar saber o que ele estava pensando.
Darkness
esperou que medo providenciasse o último puxão que ele precisava para que a
fêmea quebrasse. Tudo o que havia contado a ela era verdade. Ele a admirava.
Uma imagem passou do que iria acontecer se ele a transformasse em ossos
quebrados. Ela
teria gritado. Ele se sentiu como o
monstro que os humanos tinham tentando criar. Não poderia bater nela.
Ela
tinha olhos expressivos e bonitos. Darkness esperava que pudesse lê-la
corretamente e que os machos que haviam atacado os portões não estivessem com
ela. Iria irritá-lo muito se ela fosse má, ele já havia caído por uma fêmea que
o havia traído. Poderia usar aquela raiva em Kat, mas um olhar para a
fragilidade crescente dela o deixou gelado. Não haveria honra em machucar Kat.
Ela era inútil e, droga, realmente gostava dela.
A
frustração veio depois. Era seu trabalho conseguir respostas e descobrir quem
ela realmente era, ele apenas não poderia fazer isso efetivamente. Considerou
suas opções. Outra pessoa iria ter que assumir seu lugar. Ele nem mesmo queria
estar no prédio, sabendo o que iria acontecer na sala de interrogatório. Uma
onda de compaixão e proteção o engolfou, um enjoo cresceu em seu estômago,
pensando em outro macho infligindo dor para fazer Kat falar.
Olhou
dentro dos olhos dela, dividido entre o dever e o inesperado desejo de apenas
escolta-la para os portões. Isso colocaria um fim em tudo aquilo, mas não era
possível. Darkness decidiu tentar mais uma rodada de intimidação e medo.
Todas as mulheres nesses livros tem 1,60 de altura, são clones ? Americanas baixinhas ? Meio repetitivo
ResponderExcluirE loiras ou ruivas
ExcluirKkkkkkkk
ExcluirPenso a mesma coisa! Elas não podiam ser diferentes? Não consigo me identificar com nenhuma.
ExcluirA Jeanie , a Tammy e a Bela não são... E a Jessie pinta o cabelo... rs
ResponderExcluirNão tem uma pessoa preta nos livros. Tipo, em toda série e nenhuma pessoa. Eu gosto das séries mas seria mais legal se a autora diversificasse os personagens.
ResponderExcluirpior q eu reparei isso so agr ...KKAKAKAK eu achava q todos eles tinham uma cor escura.....
ExcluirGente os padrões dos EUA são diferentes dos daqui do Brasil. Aqui nós temos diversidade em todos os apectos lá nem tanto. Então sim, é normal que a autora tem colocado mulheres baixas e normalmente loiras nos livros pra ela é normal. Tanto que normalmente nos filmes que assistimos de origem americana reflete muito isso.
ResponderExcluirAo invés deles serem sempre ditos como bronzeados, podem ser mais brancos, ou pretos, ou só pele meio escura sem parecer que foi o sol
ResponderExcluir