PRÓLOGO
Zandy sabia que
estava em um mundo de merda. Ainda não estava certa sobre como saiu para tomar
algumas bebidas e afogar as mágoas, e como ela havia acabado em uma
bagunça, mas tinha. Um copo bateu na parede perto dela, cerveja espirrou na sua
pele e ela se encolheu na cadeira para não servir de alvo. Um corpo caiu a
poucos metros de distância. O homem grunhiu pela pancada no chão duro e
esforçou-se para voltar a ficar em pé. Ela se levantou rapidamente e a cadeira
de madeira colidiu no chão quando se virou.
A luta havia
se movido para seu caminho. Idiotas bêbados estavam fazendo o seu melhor para
bater uns nos outros, e ela ficou presa do outro lado do bar. O olhar freneticamente
procurava uma saída, uma porta ou mesmo uma janela para fugir. Três paredes
sólidas a rodeavam e a única saída seria lutar através do aperto firme dos
clientes do bar em combate.
— Oh inferno,
— ela murmurou.
Uma das mesas
perto dela tombou quando um homem caiu contra ela depois de levar um soco no
rosto. A mesa quase esmagou seus pés por alguns centímetros e ela virou, subiu
na cadeira que tinha desocupado e escalou em cima da mesa de canto. Não havia
outro lugar para ir. Mais dois corpos bateram no chão muito perto para o seu
conforto. Mais um mergulhou em cima do par caído e eles rolaram perigosamente
perto de onde estava. Golpes foram trocados e até mesmo puxavam o cabelo do
oponente.
Sua visão da
sala ficou melhor a partir do ponto elevado em cima da mesa, mas garantiu-lhe
que ainda estava presa. Dois pequenos grupos de homens brigando pelo jogo de
futebol na televisão se transformaram em uma luta que abrangeu toda a extensão
da sala, parede a parede. Pelo menos quarenta homens se envolveram. As poucas
mulheres que estiveram dentro do bar foram correndo para as portas e Zandy as
invejou. De jeito nenhum poderia navegar com segurança através da luta para
segui-las para fora.
Suas costas
pressionaram firmemente à parede, a respiração saiu em ofegos curtos e orou
para que a polícia chegasse para acabar com isso antes que o pior da luta a
alcançasse. Os homens brigando no chão bateram na parte inferior da sua mesa,
balançou e um gemido escapou dos seus lábios entreabertos. Ela olhou para a
mesa ao lado, pronta para saltar, mas um homem corpulento de repente caiu nela.
A mesa entrou em colapso sob o peso dele e Zandy estremeceu quando ele pousou
em cima da mesa quebrada.
Arrependimento
a encheu. Deveria ter ficado em casa. Só quis esquecer o sofrimento passando
sua noite mal humorada sobre o tapa que a vida lhe dera. Deixar Los Angeles
para morar no norte da Califórnia pareceu um sonho tornado realidade quando foi
oferecido um trabalho melhor remunerado. Ela se mudou, usando cada centavo das
economias para comprar a sua primeira casa e pensou que tudo daria certo.
Dentro de três semanas ela soube do desastre, do erro que fez após iniciar a
nova vida. Seu chefe acabou por ser um controlador de escravos sádico e um
porco chauvinista. O idiota sabia o quanto ela dependia do emprego e estava se
aproveitando ao máximo disso. Ele passou a última semana tornando-a miserável.
Perturbou a tal ponto que ela acabou no Mickey’s Bar e Grill. Outro erro.
Dois homens se agarravam, lutando ao mesmo tempo em seus pés.
Eles bateram na parede perto dela e tropeçaram no homem ainda tentando
desenredar seu corpo bêbado da mesa destruída. Ambos caíram em cima dele. Zandy
freneticamente olhou através da sala de novo, rezando para que todos
simplesmente parassem de lutar.
As portas do
bar foram abertas e ela viu vários homens extraordinariamente altos entrar.
Todos usavam os mesmos uniformes pretos e equipamento anti-motim1. Seus capacetes pretos, coletes sobre os peitorais e rostos
cobertos por viseiras eram as únicas coisas que a deixaram feliz em ver.
Alegria a dominou, pois a ajuda chegou e agora eles controlariam a sala
rapidamente.
1
ˇ Contra revoltas
2
ˇUm grupo de pessoas pulando sobre uma só e criando uma torre de
pessoas, enquanto esmaga a que está na parte inferior.
Ela não foi a
única a notar sua chegada. Corpos surgiram no seu caminho — bêbados apavorados
possivelmente com medo de serem presos e Zandy gritou quando alguém caiu contra
a sua mesa. Virou, a madeira estalou sob o peso do homem, e as mãos dela se agitaram
para pegar alguma coisa, qualquer coisa, mas acabou batendo o traseiro com
força no chão.
Dor disparou
por sua coluna e a atordoou, mas se recuperou rapidamente quando alguém quase
pisou nos seus dedos. Zandy lutou para chegar às mãos e joelhos. Freneticamente
rastejou à outra mesa para esconder-se debaixo, uma vez que estar em cima de
uma não foi bom, mas ela não fez. Algo grande e corpulento pousou nas suas
costas, empurrou-a contra o chão, e bateu o ar fora dos pulmões. O homem em
cima dela não se levantou. Ele era incrivelmente pesado e mais peso aterrou-a
contra a dura superfície implacável quando outro corpo caiu em cima dele. O
peso deles era tanto que ela mal conseguia respirar.
O calcanhar de
alguém apoiou no seu quadril, um homem amaldiçoou alto e o peso desabou sobre
as pernas dela quando ele tropeçou para trás. Zandy gemeu com a dor de ter pelo
menos três homens esparramados em cima dela. Rapidamente se transformou ainda
mais infernal quando mais homens tropeçaram nos caídos.
O horror da
situação encheu seus pensamentos, quando ela tentou se mover. Eles a tinham
presa. Ela não podia sequer sorver ar para os pulmões a partir da enorme
quantidade de peso a prendendo e ela estava prestes a morrer em um repugnante
chão de bar sob uma pilha de cachorro2 de
idiotas bêbados.
Ela conseguiu
dobrar o rosto contra um dos seus braços erguidos em uma tentativa de
protegê-lo quando alguém deu uma cotovelada ou um soco na sua nuca. Os corpos
se deslocaram quando eles começaram a lutar entre si. Ela atraiu uma respiração
dolorosa, sentindo seu corpo todo em pó, e conseguiu sufocar outro grito
aterrorizado.
Por que eles não percebem que estão me matando? Eles
não sabem que eu estou debaixo deles? Oh Deus! Mais corpos aterrissaram sobre ela
até que seus quadris e costela se sentiam como se estivessem prestes a estalar
com a pressão do peso deles combinado. Isso ensinou-lhe uma nova definição de
pura agonia. Doeu tanto que ela não poderia ter puxado fôlego mesmo se tivesse
sido capaz de inspirar.
Um punho
atingiu seu braço, o tecido rasgou e alguma coisa cavou dolorosamente na sua
bunda. Um dos sapatos escorregou quando os corpos rolaram um pouco sobre ele.
Jeans áspero raspou o lado inferior do seu pé e a maior parte do peso sobre ela
parecia como se centrado nos pulmões. Ela não conseguia respirar. Puro pânico a
agarrou quando nenhuma quantia da luta moveu alguém em cima dela. Ela arranhou
o piso de madeira, não mais se importando o quão sujo estava e virou o rosto.
Seus olhos se abriram. Viu a perna de uma mesa a centímetros do braço estendido
e conseguiu enrolar os dedos em torno da madeira.
Zandy tentou
puxar o corpo, mas a força enfraqueceu. Manchas apareceram na frente dos seus
olhos. O rosto parecia muito quente e soube que estava sufocando. Ela piscou,
focada apenas na sua mão, e seu braço sacudiu em músculos tensos.
A madeira
raspou o chão. A mesa se moveu um pouquinho, em vez dela. Mais manchas piscavam
e ela soube naquele momento que estava prestes a morrer. Dane-se. Sua cabeça
caiu até que o rosto descansou no chão frio. Os pulmões queimavam, mas nenhum
ar entrava na boca aberta. A lembrança da mãe dela passou pela cabeça – seu
vigésimo primeiro aniversário quando ela recebera o discurso sobre os perigos
de ir a bares e como meninas boas e tementes a Deus os evitavam. Sua mãe sabia
tudo sobre evitar o pecado.
Zandy lutou
contra a escuridão que ameaçava levá-la, não querendo deixar a vida. Podia
imaginar a polícia informando aos pais a forma que ela tinha morrido, imaginou
como eles estariam desapontados dela mais uma vez. Eles transformariam sua
morte em uma lição de alcoolismo para todos na família. Eles poderiam até mesmo
ir mais longe e compartilhar com toda a igreja como ela tinha morrido em um
chão de bar.
Um rugido
animalesco subiu acima dos sons da briga. Zandy tinha ouvido histórias de
pessoas à beira da morte ouvindo anjos cantando, mas ninguém jamais havia
murmurado sobre barulhos assustadores. Naquele momento ela soube que estava
indo para o inferno. Admitia que provavelmente ganhou uma pequena condenação
eterna por algumas das coisas que fez em seus trinta e um anos de vida, mas
isso ainda era ruim.
A vida
deslizou dela e não teve escolha a não ser aceitar seu destino quando tudo
simplesmente desbotou em preto.
Tiger se
enfureceu. A ONE oferecera ao xerife local qualquer apoio que ele pudesse
precisar, mas ninguém esperou que o humano idoso tomasse tão literalmente. A
Reserva recebeu uma chamada de emergência do xerife Greg Cooper pedindo-lhes
por assistência imediata para acabar com uma briga de bar. Ele e os adjuntos
não podiam lidar com o distúrbio sozinhos.
Ele olhou com
aborrecimento para os homens Espécies que rapidamente reuniu.
— Não
machuquem os estúpidos e bêbados seres humanos. Apenas vamos acabar com isso e
limpar o prédio.
Nenhum dos seus homens Espécies queria estar ali. Teriam
preferido ainda estar em guarda. Lidar com humanos nunca pressagiava bem.
Espécies eram temidos ou desprezados pelos seres humanos. Sua alteração humana
e a genética animal híbrida os fez diferentes, mais fortes, e a maioria das
pessoas não podiam aceitá-los. Ser solicitado para policiar os moradores da
cidade vizinha soletrava desastre ao modo de pensar de Tiger, mas apenas seguia
ordens. Justice havia estendido a mão para os seus vizinhos, ofereceu ajuda
para promover a boa vontade e eles estavam presos rompendo com uma briga.
Os dois
humanos mais perto viram Tiger quando ele agarrou seus ombros para separá-los.
Um olhar para ele e fugiram para a porta, mais assustados dele do que qualquer
que seja a raiva que os fez socar um ao outro em primeiro lugar. Ele se moveu
para o próximo grupo lutando, abriu caminho entre eles e arrancou sua viseira
para se certificar que podiam ver suas feições.
— Pare, — ele
rosnou, sem hesitar em usar o medo como meio de esvaziar o bar.
Um grito
feminino soou do fundo da sala e a cabeça de Tiger virou naquela direção. A
fêmea parecia aterrorizada. O olhar dele fixou em uma mulher ruiva encolhida em
cima de uma mesa no canto, mas de repente ela caiu no chão e ficou fora da
vista.
Tiger olhou
para seus homens que estavam trabalhando colocando os humanos para fora, mas
não eram rápido bastante para alcançar a mulher. Ele continuou olhando para o
lugar onde ela havia desaparecido. Ele era mais alto que os humanos e tinha uma
visão melhor, mas não viu a cabeça dela reaparecer.
O que uma
pequena mulher humana está fazendo no meio de uma luta? Ele não teve resposta,
mas percebeu que ela não tinha senso comum. As fêmeas humanas eram frágeis e não
agressivas. Os instintos de Tiger gritaram que ela estava em perigo. Ele
decidiu entrar no meio para buscá-la e se dirigiu naquela direção.
— Saiam, — ele
rosnou aos humanos, agarrando-os sem cuidado e os empurrando.
A pequena
fêmea ainda não ficou visível, mas ele viu homens caindo naquela área. Ele
observou outro rosto desaparecer no mar de cabeças e teve uma horrível sensação
de que a mulher estava em algum lugar naquele emaranhado de corpos em queda.
Um humano
bêbado girou e lançou um soco no rosto de Tiger, mas seus reflexos eram
melhores. Ele puxou a cabeça para o lado. O punho do homem errou por um
centímetro e sua palma grande fechou sobre a mão antes que pudesse retirar para
dar outro giro. O temperamento dele transbordou e aplicou um pouco de força
demais. O macho que agarrou, gritou quando os ossos quebraram e Tiger rugiu ao
bêbado antes de liberá-lo.
O bêbado puxou
a mão ferida, começou a chorar como se fosse uma mulher e tropeçou em direção à
saída do bar. Tiger seguiu em frente com o olhar procurando por uma pequena
ruiva enquanto jogava corpos fora do caminho.
Sua audição
aprimorada pegou um suave choramingo feminino segundos depois por cima da
maldição,o som de carne batendo carne, a respiração pesada das pessoas ao redor
dele e de móveis sendo quebrados. Ele zoneou naquela área, se chocou com os
corpos e jogou-os para trás. A fêmea estava em sérios apuros e ele não dava a
mínima se danificasse alguns humanos no processo de encontrá-la.
Tiger parou onde tinha visto pela última vez a mulher ruiva e
encontrou um grupo de homens esparramados no chão. Eles estavam dando socos com
os cotovelos e punhos. Um homem continuou lançando a cabeça para trás no
estômago de um homem debaixo dele que puxava seu cabelo. Tiger rapidamente
esquadrinhou o monte e viu um braço delicado saindo debaixo de tudo. Era um
fino e pálido e distintamente feminino. A mão dela estava espalmada para baixo
ao lado da perna de uma mesa, esmalte rosa claro nas unhas. Ela não se mexia.
Raiva
atravessou Tiger. Os idiotas bêbados estavam em cima da fêmea, esmagando-a sob
seus corpos maiores e somente aquela quantidade pequena dela podia ser vista.
Ele não podia notar nada do corpo dela, exceto a parte inferior do braço, pulso
e mão. Outro rugido rasgou da sua garganta. Ele se curvou, agarrou rudemente o
primeiro corpo que alcançou e jogou o homem longe do monte. O homem gritou
quando voou pelo ar e bateu na parede. Tiger não deu a mínima. Agarrou outro
homem, lançou-o em outra direção e libertou uma das pernas da mulher.
Ele finalmente
libertou-a e caiu de joelhos ao lado da imóvel fêmea. A cabeça dela ficou
virada para ele, apesar do longo cabelo vermelho derramado sobre suas feições,
escondendo-as. Ele rugiu novamente, exigindo a ajuda de seus homens quando
percebeu que o peito dela não estava subindo e descendo.
Slash de
repente apareceu de joelhos na sua frente com a mulher entre eles.
Mais homens
vieram em seu auxílio, mantendo os outros humanos longe e limpado a área.
As mãos de
Tiger tremiam quando rapidamente, mas com cuidado, avaliou a mulher. Ela tinha
marcas de pegadas na bunda, costas e coxas, onde os homens haviam pisado no seu
corpo. Um rosnado rasgou da sua garganta. Ele desejou que houvesse matado os
que tinham feito isso com ela. Ele teve muito cuidado quando a virou no caso de
ossos quebrados.
Ele
gentilmente a deitou de costas, supondo que ela só pesava cerca de cinquenta e
oito quilos e aproximadamente um metro e sessenta e três de altura. Usava jeans
e uma blusa rosa de manga. A manga estava rasgada do cotovelo ao ombro, prova
de que ela não só foi pisoteada, mas golpeada. Seus ossos eram pequenos e ele
rapidamente encostou a cabeça de lado sobre o monte dos seios macios. Ele não
ouviu nenhum batimento cardíaco e fez um ruído angustiado.
— Merda, — sussurrou
Slash. — Eles mataram a pequena mulher.
Tiger
levantou-se e apertou as costelas dela, verificando por fraturas, mas não
sentiu nenhuma. Ela estava quente quando ele tocou sua pele. Calculou quanto
tempo fazia desde que tinha a ouvido gemer e supôs que foi menos de um minuto.
Não era tarde demais. Conferiu as costelas de novo, sabia que se estivessem
esmagadas seria impossível, mas novamente não encontrou nenhum osso quebrado.
— Que diabos
você está fazendo? — Xerife Cooper engasgou. — Você está sentindo os seios
dessa mulher?
— Não, — Tiger
rosnou. Ele rasgou o colete, arrancou-o e gentilmente levantou a cabeça da
fêmea o suficiente para usá-lo de travesseiro no chão.
— Ela não está
respirando, — Slash informou ao homem idoso. — Os bêbados a esmagaram.
— Filho de uma cadela! — Xerife Cooper suspirou. — Apenas
filho de uma cadela.
Tiger ignorou
os homens para se concentrar na fêmea enquanto inclinava a cabeça dela para
trás e deitada no chão. O coração martelava, mas ele foi treinado para reagir a
emergências pela Dra. Trisha. Justice tinha insistido que todos os oficiais
soubessem técnicas de salvamento básicas e Tiger havia concordado. Ele nunca
foi mais feliz por aquelas aulas do que naquele momento.
A mão tremia
um pouco quando empurrou o cabelo ruivo fora do rosto da mulher. Ela era bonita
com suas delicadas feições humana, lábios carnudos e cheios e nariz fino. O
rosto que tinha estado contra o chão ficou ligeiramente vermelho, mas o resto
da pele estava completamente pálido. Ela ainda não respirava.
Ele se sentou
e localizou a área correta, então colocou as mãos entre os seios. Esperava que
o generoso tamanho deles amortecessem as palmas das suas mãos o suficiente para
evitar a quebra dos ossos. Ele fez trinta compressões torácicas.
— Que diabos
você está fazendo agora? — O xerife se aproximou.
— CPR3, — Tiger grunhiu.
3
ˇ Ressuscitação Cardiopulmonar.
Ele arrancou a
camisa, enrolou e empurrou atrás da nuca dela para manter a cabeça inclinada.
Verificou para garantir se as vias respiratórias estavam desobstruídas,
beliscou o nariz com cuidado, abriu a mandíbula para separar seus lábios de
aparência suave e pressionou a boca sobre a dela. O olhar dele desviou ao
peito. Olhou para a divisão cremosa espreitando do topo da blusa e forçou ar
para os pulmões dela. Seu peito se moveu enquanto ele respirava por ela.
Tiger sugou
ar, cobriu os lábios novamente e soprou ar dentro dela. O olhar preso no seu
decote viu o peito se expandir. Ele começou um novo ciclo de compressões
torácicas e ela sacudiu um pouco debaixo dele. Ele se afastou e observou a
contração dos seus músculos faciais. Ele abaixou a cabeça para descansar o
ouvido sobre os seios e ouviu o batimento cardíaco. Ela inalou por conta
própria, mais um arquejo que uma respiração, e ele relaxou enquanto se
endireitava.
— Ela está
respirando de novo e tem o batimento cardíaco de volta. — Ele olhou para o
xerife. — Eles devem ter pressionado todo o ar dos seus pulmões até que o
coração parou, mas eu cheguei a ela na hora certa.
— Vou chamar
uma ambulância. — O humano idoso pegou o rádio. — Muito obrigado.
Tiger estudou
a fêmea com cuidado. A cor dela melhorou enquanto respirava e ele odiou a visão
dela naquele chão. Ele foi treinado para proteger uma pessoa abatida e ferida,
e esperar por ajuda uma vez que tivesse feito tudo que podia, mas algo dentro
dele detestou tê-la deitada onde os humanos a haviam ferido.
Ele se
inclinou e gentilmente colocou os braços por baixo dela. Ela era tão leve como
tinha imaginado quando a levantou contra o peito e usou a força nas pernas para
ficar de pé. Seu olhar encontrou Slash.
— Pegue as minhas coisas. Vou levá-la para fora ao ar fresco
enquanto esperamos a ambulância.
Slash
assentiu, pegando a camisa destruída de Tiger e o colete descartado. Tiger moveu
sua preciosa carga e virou, avaliando o resto do bar. Seus homens tinham
retirado os humanos. As lutas cessaram e os seus oficiais atendiam os feridos.
Alguns deles eram os que ele tinha jogado para alcançar a fêmea, mas não se
sentiu culpado.
Saiu do bar e
caminhou ao redor do prédio, desesperado para fugir dos humanos que haviam
prejudicado a mulher. Eles estavam bêbados, estúpidos, e ele não queria
arriscá-la estar em perigo novamente. Levou-a para um dos jipes que vieram.
Usou o cotovelo para testar o calor do capô antes de gentilmente a deitar nele
de lado e manteve o braço no local para amortecer a cabeça dela enquanto
estudava seu rosto.
A sua
coloração ficou muito melhor, quase normal, mas ainda pálida. Supôs que poderia
ser sua coloração natural com o cabelo vermelho. Os longos fios eram ondulados,
longos e belos. Caia provavelmente até o meio das costas e era suave. A mulher
se mexeu um pouco, moveu uma das pernas e os lábios se separaram levemente
quando um suspiro saiu.
Tiger rezou
para que ela não acordasse até a chegada da ambulância. Ela veria suas feições
alteradas, perceberia que ele era Espécie e, talvez, começaria a gritar. As
luzes do estacionamento estavam brilhantes e ela o veria claro o suficiente
para saber que não era um de seus homens. Ele realmente odiava quando as
mulheres humanas o viam e perfuravam seus tímpanos com os gritos. Às vezes elas
faziam isso e o deixava maluco. Observou o rosto dela, esperando que não
acordasse, mas ele poderia dizer que ela iria.
Ela se moveu
novamente, mudando a cabeça na curva do seu braço. Tiger olhou para ela quando
ela soltou um suspiro, farejando um agradável cheiro frutado. Os olhos dela se
abriram. Tiger esperou para ela perceber suas feições e começar a gritar. Os
seus olhos eram verdes escuros e bonitos. Ela olhou para o céu, piscou e,
finalmente focou nele. Confusão foi uma emoção fácil de ler. Ela piscou
novamente e estudou suas feições. Ela respirou fundo e o olhar viajou sobre
seus ombros nus, braços e peito.
Ele estremeceu
interiormente. Esquecera que tinha arrancado a camisa e sabia que ela
provavelmente acreditaria que estava sendo abusada sexualmente por ver a parte
de cima do seu corpo exposto.
Ela não
gritou, mas fez a última coisa que ele esperava quando ela olhou novamente para
ele. Um sorriso curvou seus lábios e ele podia jurar que viu um lampejo de
diversão naqueles lindos olhos.
Zandy abrira
os olhos para um mar de estrelas em um céu escuro. A mente se sentia confusa,
como se acabasse de sair de um sono profundo, mas ela não estava na sua cama.
Piscou e desviou o olhar um pouco somente para fitar o mais marcante par de
olhos azuis felinos que já vira. Sua cor, formato e os cílios realmente longos
cercando-os, hipnotizou-a.
O tom de azul
era excepcional e ela percebeu que dourado rodeava as bordas exteriores das
íris ovais. Poderia tê-los encarado eternamente, mas a curiosidade a fez
estudar a estrutura óssea majestosa dele, também estranha com as maçãs do rosto
mais marcadas e elevadas, mas muito atraente. Ele era o homem mais masculino
que já tinha visto — bonito, impressionante e
fascinante, tudo ao mesmo tempo. Seu tom de pele dourado
cortejava a juba espessa emoldurando seu rosto. Cores listradas de loiro
claro-arenoso misturados com vermelho eram entrelaçadas, que caíram sobre um
par de ombros realmente largos. Seu olhar parou logo acima dos mamilos escuros
e planos. Ela saboreou a visão de seu peitoral perfeito, largo e sem pelos.
Muita pele bronzeada, músculos bem definidos e bíceps impressionantes roubaram
sua atenção. O olhar mergulhou mais embaixo à sua barriga plana, o firme
abdômen definido visível. Seu coração acelerou a bater loucamente contra suas
costelas. Ele era magnífico, um deus.
Não um deus,
uma pequena voz de consciência declarou. Ele tem que ser um anjo. Ela franziu o
cenho, tentando pensar além da confusão. O inferno tem anjos? Lúcifer não era
um anjo caído? Ela estava confusa nos seus estudos bíblicos de infância, mas
estava bastante certa de que isso é o que ele era. Isso significa que a
deslumbrante criatura diante dela tinha que ser um anjo caído também.
— Estou pronta
para ir com você, — ela sussurrou.
Ele piscou e
as sobrancelhas subiram ligeiramente.
— Vai comigo
para onde?
Ele tinha uma
voz profunda e rouca e lhe deu o tipo bom de calafrios. Ela ouvira que o diabo
poderia tentar alguém ao pecado e se ele envia anjos caídos que se pareciam com
este depois de morta recentemente, ela estava totalmente agradável para fazer
tudo que ele quisesse.
Ela sorriu.
— Você pode me
levar direto ao inferno, se você também estiver lá.
Um sorriso
suavizou as feições dele e o fez ainda mais bonito.
— Você bebeu
demais.
Ela sabia que
a vida iria mordê-la no traseiro um dia. Deveria ter ouvido a mãe, mas era
tarde demais agora. Zandy tentou se sentar. Queria dar uma olhada melhor nele.
O travesseiro sob a cabeça acabou por ser um dos seus braços enquanto ele
gentilmente a levantava. A outra mão dele curvada em torno da sua cintura,
firmou-a quando ela se virou para ele e o olhar se prendeu no abdômen novamente.
Pura perfeição.
— Eu sei. Fiz
bastantes coisas que sabia que não deveria. Foi assim que eu cheguei aqui. —
Ela lambeu os lábios e percebeu como o olhar dele desceu a sua boca. Ele era
tão lindo, o mais bonito homem-fera que já vira, não que já tivesse realmente
visto um antes. Este era o ponto. Ela se aproximou mais dele e sorriu.
Oh, ao
inferno com isso. Eu já estou indo para o inferno, por que não realmente
merecer isso? Ela
temia que ele fosse somente acompanhá-la lá e ir embora. Ela mentalmente marcou
da lista de coisas ruins que fizera. Sexo antes do casamento. Tinha roubado
canetas do último trabalho. Houve aquela vez que chutou um dos seus
ex-namorados nas bolas quando o encontrou a traindo. Foi errado, mas cara, teve
uma sensação boa vê-lo bater no chão gemendo. Ele tinha quebrado seu coração e
sequer pediu desculpas, por isso ela teve a certeza que ele sofreu um pouco
também. Isso a levou para os divórcios e ela parou de listar seus pecados.
— Você é a coisa mais linda que eu já vi, — admitiu a ele
brandamente. — Posso muito bem fazer o que eu mais quero agora, já que estou
indo para o inferno de qualquer maneira, certo?
O olhar dele
se estreitou ligeiramente. — O que você...
Ela se decidiu
e o interrompeu.
— Dane-se. Eu
quero você.
Zandy estendeu
a mão e agarrou os ombros quentes. Abriu as coxas, puxando-o mais perto,
forçando os quadris dele a atingir o limite do que ela sentava. Enrolou as
pernas em torno das costas dele e apertou o corpo contra sua estatura alta. Ele
ofegou em uma respiração e pareceu assustado. Ela sorriu. Estava prestes a
mostrar-lhe o pecado.
Fechou uma mão
ao redor da parte de trás do pescoço dele, enquanto a outra deslizou por seu
firme tórax para desfrutar da sensação da pele quente e suave. Os dedos se
espalharam sobre o estômago, sentia seu conjunto de músculos sob a palma da mão
e só parou quando bateu no cós da calça, que a impediu de mais exploração.
— O que você
está fazendo? — Ele rosnou as palavras.
Isso é tão
sexy.
— Beije-me.
Ele piscou,
mas não se moveu.
Seu controle
na parte de trás do pescoço dele apertou, encontrou o cabelo lá e o apertou.
Ela puxou a boca dele para a dela e o beijou. Lábios cheios e firmes
pressionados contra o dela. Lambeu a linha que os separava e ele gemeu enquanto
abria para ela. Zandy tirou vantagem, não certa de quanto tempo tinham antes de
ele ter que levá-la para onde quer que fosse que ela estivesse indo. A língua
entrou na boca dele. Os pontos afiados dos seus dentes a varreu, mas não doeu.
Ele tinha presas, também. Presas, olhos de gato e voz de rosnado. Isso a
excitava ainda mais e ela adorou o sabor dele quando a beijou de volta. Parecia
que os anjos carregavam um sabor de cereja na boca e era o seu favorito. As
mãos dele se moveram sobre seu corpo, envolveram em torno dela e seguraram a
bunda para puxá-la com força contra ele. Zandy conheceu o céu instantaneamente
quando o cume duro da sua ereção esfregou contra o clitóris através das roupas.
Ela apertou
seu abraço quando ele a ergueu firmemente contra seu corpo. Moveu-se contra
ele, esfregando no seu pênis, e isso era tão gostoso. Os seios doíam. Ela o
queria mais do que já quis qualquer coisa e, de repente, ela conheceu o inferno
também. Ele não podia transar com ela com as roupas.
A mão estava
presa entre eles, mas ela encontrou um fecho, rasgou-o e depois outro para
obter a calça aberta. Ela torceu a mão, encontrou a pele nua e quente e mexeu
os dedos até que encontrou o pênis. Seu anjo não usava cueca. Os dedos o
encontraram dobrado e à esquerda quando colocou os dedos em volta da
circunferência grossa do membro.
Ele ronronou
contra sua boca, grunhiu e o beijo tornou-se quase brutal. Ela não dava a
mínima se ele a cortasse com as presas porque seus beijos estavam justo a
fazendo queimar para tê-lo. Tentou posicionar o pênis para libertá-lo das
malditas calças, mas ele estava incrivelmente duro. Seus corpos estavam
pressionados muito bem juntos e ele ficou preso dentro deles.
Inferno! Talvez seja esse o ponto, ela decidiu, sentindo-se
frustrada. Ela queria ambos nus, com ele enterrado dentro dela, mas tudo o que
podia fazer era afagar qualquer parte dele que pudesse alcançar.
Arrancou a
boca da dele para romper o beijo, ambos estavam ofegantes e ela fitou seus
lindos olhos.
— Foda-me, —
ela implorou. — Você é enorme e eu te quero dentro de mim tanto que me dói.
Tire nossas roupas.
Ele grunhiu,
os olhos se estreitaram e, de repente, a teve presa sobre a superfície dura de
qualquer coisa que ela estivesse sentada. Uma das suas mãos deixou a bunda,
agarrou a blusa dela e puxou. Uma palma áspera e quente deslizou ate o lado das
suas costelas e ele moveu o largo peito, esmagando os seios dela sob ele,
depois escavando um deles. Ele apertou, rosnou contra a sua língua e os quadris
pressionaram firmemente entre o V das suas coxas espalhadas. A outra mão dele
agarrou o seu pulso quando ele se moveu novamente e arrancou sua mão para fora
da calça para forçá-la a liberar seu pênis. Em seguida, ele ajeitou a posição
até que o seu comprimento duro esfregou contra seu clitóris.
Zandy gemeu.
As malditas roupas não era sua ideia de perfeito, mas tomaria qualquer coisa
que ele lhe desse. Ele rolou os quadris, empurrou contra ela novamente e ela
agarrou-lhe o ombro com a mão que segurara o pênis. Ele apertou a lateral dos
jeans dela. O material rasgou quando ele puxou e o nível da sua excitação
agitou mais alto. Ele iria rasgar sua roupa e tomá-la.
SIM!
— Hum,
desculpe? — Foi a voz de um homem, alto e próximo. — A ambulância está chegando
e alguém vai perceber você e a mulher humana. Poderia dizer que ela estava
tendo dificuldade em respirar, mas duvido que eles acreditem que é CPR.
Seu anjo
arrancou a boca da sua e virou a cabeça para olhar algo atrás ele.
— Droga, — ele
grunhiu. — Obrigado, Slash. Perdi todo o controle.
— Presumi. — O
outro homem limpou a garganta.
Confusão
encheu Zandy quando foi puxada de volta a uma posição sentada ao lado do anjo e
ele a soltou. Ele a encarou com os olhos impressionantes enquanto recuava e as
mãos baixaram para fechar a calça. Zandy virou a cabeça para olhar a outra
criatura em pé a poucos metros de distância. Ele usava preto e tinha olhos
felinos também. Ele não estava olhando para ela, mas em vez disso sorriu para
seu caiu anjo.
— Desculpe, —
a criatura de preto disse suavemente. — Se eu não o interrompesse a teria
tomado onde está e a ambulância os veria. Vocês provavelmente teriam ficado
constrangidos de ter testemunhas vendo o sexo entre vocês sobre o capô do Jeep.
Algo foi
escrito em letras brancas na camisa preta do homem. Zandy semicerrou os olhos,
leu três letras e soube que as vira em algum lugar antes. A memória lhe voltou
em um flash. ONE era abreviação para Organização de Novas Espécies.
O olhar voltou
ao seu belo anjo caído. Ele respirava com dificuldade e os olhos estavam presos
no dela enquanto ela examinava suas feições. Podia realmente sentir a cor
drenar do rosto.
— Eu não estou
morta, estou?
O homem que esteve beijando sacudiu a cabeça.
— Você pensou
que estava?
Ela sentiu o
rápido resfriamento do seu corpo por causa do desejo ardente de saltar sobre o
homem e levá-lo para o chão e arrancar as calças para continuar o que tinham
começado.
— Oh merda.
Você não é um...
Ela não
poderia lhe dizer anjo caído, ele pensaria que era louca.
Inferno, ela
era. Não, ela se corrigiu, eu estou bêbada.
— Eu sou o
quê? — Seu tom aprofundou e raiva pareceu piscar nos seus olhos.
— Você é um
daqueles Novas Espécies da Reserva, não é?
— Sim.
Zandy fechou
os olhos e abraçou o peito. Ficou claro que ela por pouco tinha molestado uma Nova
Espécie. Eles eram humanos que foram alterados com DNA animal. Alguma empresa
farmacêutica louca os tornara parte animal e fizeram testes ilegais neles.
Filhos de uma cadela. Ela abriu os olhos.
Ela disparou
um olhar ao seu redor e reconheceu o estacionamento do bar.
O xerife e
alguns dos seus adjuntos eram visíveis a distância perto da frente do edifício
sob as luzes exteriores. Havia alguns bêbados discutindo com eles. Ela não
tinha morrido no chão do bar como acreditou, mas subitamente desejou que
tivesse. Fechou os olhos novamente. Não conseguia encontrar a coragem de olhar
para o homem que tinha confundido com um anjo. Ela esperou em silêncio pela
ambulância ao invés.
Onde compro este livros quero fazer coleção amei este livros se poder me mandar mostra do livro vou gráficas fazer obrigada
ResponderExcluirOi não tem eles publicados no Brasil não, só os três primeiro
ExcluirZandy sua lokaaa
ResponderExcluirKkkkkk
ResponderExcluirMe representa demais kkkk
ResponderExcluirAdorei
ResponderExcluirVish e a vergonha q deu, coitada
ResponderExcluirE agora ele vai vê o que seus amigos passaram por causa de suas femias
ResponderExcluirSe o Slash não chega.....
ResponderExcluirRapaizzzz
Tô amando muito ❤️❤️ tô lendo em sequência 😍😍😍
ResponderExcluir📌LI📌 ♡
ResponderExcluir• Início & Fim •
📍18/02/23📍
Que primeiro encontro maravilhoso minhas amigas kkkk , é agora que o tiger vai ficar caidinho por uma fêmea..
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