quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Capítulo 7

CAPÍTULO SETE Í
Laurann Dohner Brawn
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Brawn teve dificuldade para abrandar sua respiração e obter o controle do seu corpo. Os de-dos estavam brancos de agarrar fortemente as barras que o mantinha no lugar. O rugido o ajudou a liberar um pouco da frustração, enquanto o cheiro do medo de Becca no ar o perseguia.
Ele causou aquele medo, mas precisava. Dois segundos a mais com ela em seu colo e teria feito algo horrível. Poderia tê-la machucado e reagiu fazendo com que fosse para longe dele antes da tentação se transformar em um ato físico.
Seu pau doía muito, mas tentou ignorá-lo. Os olhos se fecharam enquanto se concentrou em respirar pela boca, não que isso ajudasse já que o gosto dela ainda permanecia e queria rugir no-vamente.
O desejo de se virar, ir atrás de Becca, arrancar suas roupas e forçá-la a ficar de joelhos sobre a cama era insuportável. Não devia ter feito mais do que beijá-la, mas seus melhores planos foram para o inferno rapidamente e no segundo que sua boca encontrou a dela. Ofegava com dificuldade e lutava contra todos os instintos que gritava pegue-a!
Achou que o beijo seria doce, carinhoso e que conseguiria lidar com isso. Em vez disso, tinha experimentado a mais forte onda de excitação que jamais experimentou. Mal se lembrou das mal-ditas câmeras, o seu medo delas e o quão o odiaria se a despisse e enterrasse o rosto onde seus dedos tocaram seu mel. A lembrança do quão apertada ela era o deixou com medo de não manter o controle dos seus desejos. A pegaria muito forte, muito rápido e rasgaria a maldita e doce vagina dela. Queria fazê-la gritar seu nome, mas não de dor.
Seu peito latejava onde ela o mordeu e a dor aguda dos dentes tirando seu sangue quase o fez perder o controle. Ela não era dos Espécies, isso não significava que estivesse pedindo para mordê-la e se acasalar com ela. Provavelmente foi muito severo em sua urgência de fazê-la go-zar, mas esperava que esse não fosse o caso. Essa preocupação o ajudou a reprimir algumas de suas paixões.
Nunca quis fazer mal a Becca. Preferiria sofrer uma agonia torturante antes de tirar sangue dela. Ela confiava nele, precisava de sua proteção, mesmo que fosse mais um perigo para ela quando estava em seu colo do que todos os bastardos que os sequestraram. O pensamento do que poderia ter acontecido resfriou seu sangue ainda mais.
Pegá-la como se fosse uma Espécie seria imperdoável. Ela não era grande, poderosa ou forte o suficiente para combatê-lo se não quisesse que ele fizesse qualquer coisa com ela. Estaria impo-tente à sua luxúria e preso em sua neblina, ela poderia não perceber isso até que tudo estivesse acabado. Às vezes, um macho precisava dar um bom soco ou brigar para chamar sua atenção quando a paixão governava.
Brawn finalmente se sentiu calmo e estável o suficiente para pedir desculpas. Isso prejudica-ria seu orgulho um pouco ao admitir que quase se desequilibrou, mas a verdade poderia tirar o medo que causou quando lhe mostrou seu lado não domesticado. Virou-se e a culpa o dominou de novo quando olhou para ela amontoada do outro lado da gaiola.
Tinha afundado no chão, dobrado os joelhos, os braços abraçando-os livremente, e sua respi-ração lenta assegurava-lhe que dormia. Não podia ver seu rosto pois estava pressionado contra suas pernas. Como permaneceu de pé foi algo que não conseguiu entender, mas se aproximou Laurann Dohner Brawn
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lentamente. Mãos macias deslizaram sob suas coxas e costas. Gentilmente a levantou e não acor-dou enquanto a segurava nos braços. Sua cabeça rolou contra o peito, perto da marca da mordida que deixou nele e virou-se lentamente. Seu passo era leve quando se aproximou da cama, levantou o pé para chutar o cobertor e suavemente a deitou de lado.
Não queria soltá-la, poderia ter sentado com ela em seus braços, mas pensou melhor. Seu pênis tinha acabado de relaxar o suficiente para descer e não estava prestes a abusar da sor-te. Brawn a cobriu com o cobertor, e estudou seu rosto delicado abertamente.
Ela tinha um nariz engraçado, mas gostava. Sua boca era pequena, mas carnuda e certa para beijar. Paixão começou a incendiar dentro dele de novo e rapidamente se levantou, virou-se e afastou-se dela.
O chão era duro e frio, onde estava sentado, de costas para Becca, seu olhar preso nas portas duplas, onde esperava que seu inimigo viesse por ele e sua fêmea.
Minha fêmea? Maldição. Fechou os olhos, respirou fundo e tentou se lembrar que ela não era sua e nunca poderia ser. Tim Oberto nunca permitiria que sua filha ficasse com um Espécie, temia ser perigoso para o seu bem-estar e Brawn não poderia ir de encontro ao raciocínio de-le. Fêmeas humanas que se acasalavam com Espécies acabavam em perigo. Não apenas por causa de seus companheiros.
As portas se abriram do outro lado da sala. Os olhos de Brawn se abriram e viu quatro huma-nos carregando um macho dos Espécie inconsciente e devolvê-lo à sua jaula. Inalou e fez uma care-ta. O cheiro da paixão solitária, as drogas de procriação e o mau cheiro de seu inimigo não caíram bem em seu estômago vazio.
Não haviam alimentado a ele ou Becca. Isso o preocupava muito. Implicava que não queriam mantê-los vivos por muito tempo, mas não fazia sentido se planejavam vendê-los para alguém quando não fossem mais uteis. Lembranças de seus anos nas instalações de teste vieram à tona e relaxou. Esses bastardos trabalharam para Mercile e isso significava que só dariam comida, se con-seguissem o que queriam.
Os homens partiram tão rapidamente quanto vieram e relaxou novamente, virou a cabeça para estudar Becca e esperava que não voltassem por um longo tempo. Provavelmente estava muito cansada, não foi drogada, o que significava que não dormiu da mesma forma que ele. Seu olhar voltou para a porta para manter vigília. Realmente não podia proteger Becca, mas o fez se sentir melhor para protegê-la do mesmo jeito.
* * * * *
Becca pulou acordada quando botas ecoaram na sala. Adormeceu no canto, aninhada como uma bola, observando Brawn tentar se acalmar. Ele manteve-se de costas para ela, se recusou a sequer olhar sua direção e a exaustão finalmente a tomou. Acordou na cama com um cobertor a cobrindo.
Brawn estava ao lado da cama, perto o suficiente para tocar a traseira de seu moletom, e viu quem fazia aqueles sons. Virou a cabeça a tempo de ver Randy e alguns de seus capangas virem Laurann Dohner Brawn
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como um furacão em sua direção. Pavor doeu seu estômago e imaginou que o tempo acabou. Um olhar na direção das outras gaiolas confirmou isso, uma vez que a gaiola do 919 não estava mais vazia. Um corpo do sexo masculino podia ser visto na cama por trás das grades. Ou foi drogado ou estava dormindo pois não se movia até onde poderia dizer.
— Becca? Temos que sobreviver. — Brawn resumiu a situação em voz baixa. — Faça o que pedirem.
Olhou para ele, mas ainda se recusava a olhar para ela, seu único foco era os quatro capan-gas, que pararam em frente à porta da gaiola. Todos retiraram suas armas de choque, os examina-ram e Randy foi o que falou.
— Está na hora. — Olhou para Brawn. — Se mova bruscamente e daremos choque em você e em sua namorada. — Bateu em sua arma. — Elas foram alteradas por um dos nossos homens e ele removeu a segurança da tensão. Você sabe o que isso significa? Ele vai matá-la. Você luta e ela morre.
— Não gosto disso. — Dean sibilou. — Vamos derrubá-lo, temos ordens para isso e quando acordar, vai estar acorrentado. É muito perigoso abrir essa maldita porta para movê-lo com ele acordado.
— A doutora Elsa dá as ordens. — Randy, obviamente, não estava animado pois parecia co-mo se tivesse chupado um limão. — Ela não quer ele fodido a menos que tenhamos que fazer is-so. Acha que pode diminuir seu humor.
— Merda. — Ray murmurou. — Vamos trazer a doutora até aqui para ela remover esse grande bastardo se tem tanta certeza que vai proteger a cadela que ele está fodendo. Acho que vai tentar nos matar. Não são muito inteligentes. — Randy se aproximou, seu olhar focado em Brawn e suas sobrancelhas se ergueram.
— Você chateou sua namorada? Parece que ela te mordeu.
— Não. — Brawn foi para trás, agarrou o quadril de Becca e delicadamente a manobrou para trás de seu corpo enquanto ela ficava de pé ao lado dele. — Vou obedecer. Não a machu-que. Entendo que está disposto a matá-la se eu mentir. — Virou a cabeça na direção de Ray. — Não sou estúpido.
— Isso é uma loucura. — O quarto homem acrescentou. — Vai dar merda, uma vez que a porta se abrir, ele vai tentar matar quanto de nós puder. Perdi três da minha equipe de segurança para bastardos como esse. Ele pode saltar para nós, se mover super rápido e veja aquelas malditas unhas. Elas são mais duras do que a nossa e podem rasgar a pele toda.
— Eu sei. — Admitiu Randy. — Mas recebemos ordens. — Sua voz se elevou. — Sua namora-da morre, se você me fizer pensar que vai atacar um de nós.
— Não vou. — Brawn hesitou. — Vou levá-la. Não posso lutar com ela em meus braços. Isso o fará se sentir mais seguro? — Surpresa cintilou nos rostos dos homens e Randy assentiu brusca-mente.
— Sim. Faça isso. Carregue-a com ambos os braços por que se a deixar cair, vai bater forte o suficiente para rachar o maldito crânio no chão duro. — Levantou uma perna e deu um passo. — Iria fodê-la. Laurann Dohner Brawn
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Brawn lentamente virou-se para encontrar o olhar preocupado de Becca. Havia o deixado fu-rioso de alguma maneira, mas estava oferecendo uma tentativa de não escapar como garantia por sua segurança. Dobrou os joelhos um pouco e abriu os braços.
— Coloque seus braços ao redor do meu pescoço. — Mordeu o lábio.
— Sinto muito.
— Pelo o que? Isso não é culpa sua. Nada disso é. Basta fazer como eles dizem e não vão ter motivo para tentar prejudicá-la. Não vou lutar contra eles. Sua segurança vem em primeiro lugar.
— O que você está dizendo para ela? — Randy parecia irritado. — Vamos e parem de enro-lar. — A cabeça da Brawn se virou e rosnou baixo.
— Ela está assustada. — Olhou para Becca novamente. — Segure-se em mim. Não estava com raiva de você. Aquilo foi dirigido a mim. Agora não é o momento para discutir isso.
Becca estendeu a mão e colocou os braços em volta do pescoço dele. Colocou um braço em volta da cintura dela, levantou o outro e a pegou por trás dos joelhos, prendendo a camisola para manter sua decência enquanto a erguia. Lentamente virou-se para estudar os homens com os olhos apertados.
— Vou me mover lentamente. Posso sair agora?
Randy balançou a cabeça para um dos rapazes e um Ray muito nervoso se aproximou para desbloquear as correntes e abriu a porta da gaiola. Fez bem para o coração de Becca ver o terror nos rostos daqueles imbecis sobre o que Brawn poderia fazer com eles. Ele era intimidador, um homem grande e poderoso. Sem ela, provavelmente poderia acabar com eles.
— Saia. — Randy pediu. — Tranquilo e lento, gatinho.— Ergueu a arma, apontou para Becca e franziu a testa. — O primeiro tiro será nela.
— Não vou arriscar a vida dela. — Brawn moveu-se cautelosamente para fora da gaiola, seus passos eram lentos e não ameaçadores.
Medo e incerteza lutavam dentro de Becca enquanto eram levados para uma sala diferente daquela em que 919 foi acorrentado. Esta tinha uma beliche de metal e uma câmera montada no canto. Uma mesa foi montada em outro canto. A porta se fechou atrás deles e os capan-gas mantiveram suas armas apontadas para eles.
— Coloque-a no chão e caminhe até a cama. — Randy orientou.
Brawn hesitou. — Você não precisa me acorrentar. Eu disse que não iria lutar.
— Faça o que eu digo. Isso não é assunto de debate. Tire a roupa, deite de costas e não lute quando estiver contido. Entendeu?
Brawn a colocou de pé, a soltou e caminhou até a cama longa de metal, com barras na cabe-ceira e uma pequena barra para sustentar os pés. Uma careta acentuou mais suas belas feições enquanto se aproximava da cama e Becca propositadamente virou as costas para poupar-lhe o olhar também. Ray se apressou e apontou sua arma para o rosto de Becca, enquanto Randy rastre-ava os movimentos de Brawn com a sua. Os outros dois homens colocaram suas armas para a por-ta e moveram-se para fora de sua linha de visão para ir atrás de Brawn.
Ouviu o ruído da calça de moletom ser removida, a cama guinchou com seu peso e correias se agitaram. Randy abaixou a arma e deu um passo mais para perto dela, ganhando sua total aten-ção. Laurann Dohner Brawn
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— Aqui está o que você vai fazer. Você está ouvindo?
— Sim. — Olhou para ele.
Ele girou, caminhou até a mesa onde uma bandeja com itens foi colocada e segurava um tu-bo de algo e um copo de amostras. — Lubrificante e um copo com uma tampa que você vai se-lar. Preciso soletrar? — Olhou por cima do ombro e sorriu. — Assim que ele gozar, você corre para a porta e ela se abrirá. Ray pegará a amostra de você e Dean atirará em você se tentar qualquer merda. — Seu olhar se ergueu para a câmera antes de lançar-lhe um olhar de advertência. — Vou estar assistindo a cada movimento que fizer. Não brinque com suas correntes ou se arraste a partir do momento que ejacular até você levar até a porta. — Se virou totalmente para ela e se aproxi-mou com os dois itens. — A doutora quer, pelo menos, oito amostras desta vez. — As sobrancelhas de Becca levantaram.
— Oito? — Randy inclinou a cabeça e franziu a testa.
— Oito. Você tem um problema com isso?
— Ele pode ter. — Calor aqueceu seu rosto. — Isso é muito.
— Não para eles. — Randy estudou Brawn. — Se segurando para sua namorada, hein? Ela é uma retardada ou o quê?
— Ela é humana. — Brawn respondeu com uma voz profunda e com raiva. — Não é uma fê-mea Nova Espécie. — Uma risada escapou de Randy e sua seriedade desapareceu.
— Oh, não é bonito, gente? — Aproximou-se de Becca. — Seu namorado pode ser um gati-nho, mas transam como cães no cio. O perfume de uma mulher disposta ou uma os tocando os deixará duros por horas. Só precisa de cerca de vinte segundos de recuperação e vai estar bom para um acidente vascular cerebral ou para ser sugado novamente. — Estendeu o tubo e o co-po. — Não o deixe jogar em sua boca. Saliva misturada com esperma fode a constituição da amos-tra. Não cuspa no copo.
Becca rigidamente aceitou os itens, odiava Randy e esperava que quando seu pai chegasse lhe desse uma arma. Gostaria de disparar contra Randy novamente e não erraria se fosse dada uma segunda chance.
— Mais alguma coisa? — Seu olhar a percorreu.
— Sim. Talvez quando tiver terminado com ele, você poderia me dar uma mãozinha. — Riu enquanto se virava e caminhou para a porta. — Apresse-se, se quiser comer ou não quiser que ele seja conectado a essa máquina. Você tem duas horas.
Os homens saíram do quarto e Becca estava lá de costas para a cama. Brawn estava acorren-tado nu. Olhou para o tubo e para o copo da amostra, olhou para a mesa para ver mais copos e fechou os olhos. Esta seria difícil.
— Becca? — Brawn falou baixinho. — Está tudo bem. Estou contido e não posso te machu-car.
— Não estou preocupada com isso. — Seus olhos permaneceram fechados. — Sinto tanto por isso.
— Não é nenhuma dificuldade. — Rosnou suavemente. — Eu que me sinto culpado. — Isso fez com que quase se voltasse para ele.
— Por quê? Você não nos sequestrou. Laurann Dohner Brawn
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Ele hesitou. — Isso vai ser muito mais fácil para mim do que será para você. Vou compensar isso de alguma forma para você. — Ela respirou fundo.
— Por que você ficou furioso? — Incomodava-lhe como reagiu violentamente dentro da gaio-la depois de tê-la beijado... E feito muito mais. — Fiz alguma coisa? Te machuquei? Não queria mordê-lo.
— Eu queria você e estava muito fora de controle para arriscar. — Honestidade soou em sua voz.
Virou-se, manteve os olhos fechados e sabia que teria que abri-los. — Sinto que estou pres-tes a te estuprar ou coisa parecida.
— Becca? Olhe para mim. — Obedeceu e aquela era uma visão que nunca iria esquecer. Seu longo corpo estava estendido sobre a cama, cada centímetro dele nu. Estava deitado de costas e seu pênish76 se projetava para cima, grosso e duro. Seu olhar permaneceu lá por segundos antes de mudar seu foco para seu rosto. Calmamente.
— Quero que você me toque. Não posso perder o controle agora. Me sinto culpado por isso, mas é a verdade. Sou doente por isso? — Deu um passo mais perto dele sem pensar nisso.
— Não.
— Estou excitado, e você não está. Isso é traumático para você, estou ciente disso, mas ainda assim, desejo sentir suas mãos em mim. — Desviou o olhar, olhou para o teto e sua boca ficou ten-sa em uma linha, apertada firme.
Becca, de repente não se sentia tão desconfortável quanto antes. A fez chegar ao clímax, foi maravilhoso e queria fazer o mesmo por ele. Não podia deixar de estremecer com a presença da câmera, mas quando lançou um olhar para ela e percebeu que poderia bloquear a maioria das coi-sas com o seu corpo se ela se sentasse na beirada da cama ao lado do seu quadril. Endireitou os ombros.
— Somos uma equipe. Vamos passar por isso juntos.
Suas palavras pareceram surpreendê-lo e encontrou o seu olhar firme quando sentou-se no espaço entre o quadril e a borda da cama. Não era muito largo. Colocou o copo ao lado de sua coxa para mantê-lo preso entre eles depois de tirar a tampa, abriu o lubrificante e espalhou um pouco em seus dedos. Embora não conseguisse encontrar o olhar dele.
— Você está pronto?
— Sim. — Os músculos do seu estômago ficaram tensos. — Sinto muito, Becca. — Sussurrou.
Finalmente ela olhou para cima. — Não sinta. Apenas me diga antes, hum, você sabe. — Ele assentiu. — O que você prefere? — Se sentiu febril com suas bochechas coradas enquanto sussur-rava, lembrando de manter a voz baixa para dar-lhes alguma privacidade. Esse provavelmente foi o encontro sexual mais estranho que já teve. Não estavam se beijando ou envolvidos no momen-to. O quarto era frio, estéril e o homem estava acorrentado, enquanto um bastardo doente assistia no outro quarto. — Rápido? Lento? Deveria saber disso já que somos um casal. Sua mão pegou o pau, mas hesitou um centímetro de distância.
— O que quer que faça vai ser bom. — Sua voz saiu rouca.
— Você tem certeza que eu posso fazer isso? Quero dizer... Merda. Laurann Dohner Brawn
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— Sim. Basta lembrar que faço sons. Alguns podem soar como se eu estivesse com raiva, mas é normal. Você não pode me machucar e desejo o seu toque.
Se concentrou em seu pênis. Era grosso, perfeito e algo que considerava bonito. Um sorriso quase surgiu quando percebeu, sem acreditar que usou esse termo para o pênis de um ho-mem. Seus dedos acariciaram o eixo, explorou a pele macia enrolada numa ereção muito dura. Um ronronar profundo encheu a sala e ergueu o olhar para ver rosto de Brawn.
Ele fechou os olhos, provavelmente para deixá-la mais confortável e mordeu seu lábio inferi-or. Parecia tão sexy e ele não era o único que se preocupava em parecer pervertido, porque era uma imagem quente tê-lo acorrentado. Só queria que estivessem em sua casa, na cama dela e sozinhos.
Ele tremeu um pouco na cama, enquanto ela envolvia sua outra mão ao redor da coroa de seu pênis, acariciou e agarrou firmemente seu eixo. Começou lento, explorando e ao mesmo tem-po acariciando-o de cima abaixo e sua respiração aumentou. Fascinou-a, observando seus múscu-los tensos quando começou a lentamente balançar seus quadris. Um brilho fino de suor irrompeu em seu peito, seu ronronar aumentou em ressonância e foi a coisa mais quente que já viu na vida.
— Eu vou... — Rosnou, sua voz áspera.
Ela soltou uma mão, agarrou o copo e se perguntou como diabos iria fazer isso funcionar. Os pés de Brawn se apoiaram contra a barra inferior da cama aonde estava acorrentado, inclinou seus quadris para cima e ela abaixou seu pau até quase tocar a barriga. O copo pegou sua semente quando começou a gozar.
Gemeu alto, balançou com a força de seu clímax, e teve que se lembrar de segurar o copo quando realmente queria apenas vê-lo. Ouvi-lo fez seus mamilos se apertarem. Seu corpo estre-meceu um pouco com cada golpe, enchendo o copo um pouco mais enquanto o ordenhava para sair cada gota com os dedos. Largou seu eixo e seus músculos relaxaram, seu corpo grande se es-parramou, enquanto ofegava.
Becca se lembrou da tampa do copo, ficou de pé com as pernas trêmulas e caminhou até a porta. Foi aberta antes que chegasse perto e Ray estendeu uma mão com luva . Sua boca se abriu, mas depois fechou. Pegou o copo sem comentar nada e saiu, fechando a porta atrás dele. Becca correu de volta para o lado de Brawn depois de pegar um novo copo de amostra da mesa.
Seus olhos estavam fechados enquanto recuperava o fôlego e acariciou o peito depois lim-pando o lubrificante com a borda do cobertor.
— Você está bem? — Seus incríveis olhos se abriram para olhar para ela e aquele olhar era algo que nunca esqueceria quando sorriu. O amarelo tinha dominado o azul, parecia quase ouro e tirou seu fôlego.
— Amo suas mãos macias. — Lágrimas encheram os olhos dela, incapaz de detê-las.
— Que bom.
Alarme matou seu sorriso. — Desculpe, Becca.
— Pelo quê?
— Te prejudiquei com essa parceria. Você está aqui fazendo isso porque estava vivendo co-migo. Não deveria ter saído de Homeland. Você estaria em casa se não tivesse saído. Laurann Dohner Brawn
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Se inclinou sobre ele, seu cabelo caindo em seu braço e peito, e chegou perto o suficiente pa-ra quase tocar seus lábios com os dele. — Estou feliz por você estar bem. Temos que fazer isso mais sete vezes.
— Você está chorando. Isto fere você.
— É o stress, Brawn. — Sua mão acariciava seu peito. — Não estou ferida. Estou mais preo-cupada com você do que comigo. É você quem está acorrentado e tem que fazer isso mais sete vezes. Estou com a parte mais fácil, na verdade. — Ele balançou a cabeça rapidamente.
— Quanto mais rápido isso acabar, mais cedo nos levaram de volta à gaiola para nos alimen-tar. Vamos fazer isso. — Ficou surpresa.
— Mais uma vez? Tão cedo?
Lançou-lhe um olhar sombrio de determinação. — Sou um Espécie. Estou pronto.
Brawn se recusou a admitir que seu toque foi uma experiência incrível e já desejava que co-meçasse de novo. Poderia jurar que sentiu o cheiro de sua excitação, mas provavelmente era cedo demais. Suas lágrimas o rasgaram por dentro e sabia que uma vez que isso acabasse, se forem res-gatados, este dia lhe assombraria.
Ela se afastou dele e ele sentiu a falta da sua proximidade instantaneamente. Fechou os olhos, para que ela se sentisse mais confortável não sendo observada, sabia de sua aversão a câ-meras e odiava a forma como seu pau endureceu com a necessidade sabendo que suas mãos esta-riam nele novamente.
Seu esfregar de leve com as pontas dos dedos o fez morder os lábios para abafar um rosna-do. Seu coração disparou, seus braços se tencionaram contra as correntes e queria quebrá-las. Estava agradecido por elas o segurarem. Caso contrário iria agarrá-la, arrancar suas roupas e a prender sob seu corpo. Queria tanto estar dentro dela que o estava matando.
Apenas a imagem mental dela sob ele, suas coxas afastadas e o seu pau entrando em sua va-gina foi o suficiente para deixá-lo pronto para gozar. As mãos dela o estavam alimentando. A sen-sação era incrível, mas sabia que iria sentir-se melhor com as paredes vaginais o apertando mais que seu toque.
— Mais apertado. — Sussurrou entre os dentes, odiando-se um pouco mais por pedir.
Suas mãos o seguraram com mais firmeza, moveu-se mais rápido e conheceu a vergonha quando respondeu asperamente que deveria pegar o copo. O mundo tornou-se um névoa branca de prazer quando gozou fortemente, tentou lembrar de respirar e o prazer não parou até que lar-gou seu sexo. Ofegante, recuperou o fôlego e conheceu o puro inferno. Não só Becca nunca o olha-ria novamente sem se lembrar do que os malvados empregados da Mercile eram capazes co-mo acreditaria que era um homem patético que não conseguia segurar sua semente tempo sufici-ente para dar prazer se fossem compartilhar sexo.
Carícias leves traçaram sua pele e seu cabelo fez cócegas quando encostou-se a seu lado. — Vai ficar tudo bem. — Becca sussurrou. — Somos uma equipe e vamos passar por isso. Mais seis vezes. Isso é tudo.
Raiva apoderou-se dele. Estava tentando confortá-lo, garantir-lhe que tinham de alguma forma sobreviver e falhou com ela. Assentiu, não querendo olhá-la caso ela o olhasse com pieda-de. Não poderia aguentar isso. Laurann Dohner Brawn
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— Iremos passar por isso. — Manteve sua voz firme, forte e esperava que ela não perdesse todo o respeito por ele.

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