Shadow não se importava de aprender coisas novas, mas natação na rápida corrente não apenas parecia perigoso, como também não trouxe nenhum interesse. Shadow não estava empolgado que o rio estivesse tão perto da cabana, porque isto representava um perigo para Bela, então aprenderia assim que Torrent tivesse um tempo livre na agenda dele.
Shadow sentou-se em um tronco caído, olhando através do rio para o outro lado. Um movimento pegou sua atenção, quando avistou um macho Espécie abaixado estudando algo na água. O macho estava longe, mantendo distância da cabana, mas avistá-lo não foi reconfortante. Ele se levantou, deixando sua presença visível.
Eles encaram um ao outro através da água. Shadow manteve uma postura tensa, as mãos fecharam-se em ameaça, certificando-se que o macho soubesse que defenderia o perímetro do território. Um sorriso curvou nos lábios do outro Espécie e uma mão levantou acenando.
— Vou ficar neste lado. — ele gritou. — Acompanhando um dos meus leões.
Shadow não teve nenhuma dificuldade em ouvir o que foi dito apesar do som da água corrente.
— Bom.
O macho assentiu.
— É uma fêmea. Ela está vagando, mas não acho que atravessou. — Ele endireitou-se, caminhou ao longo da margem e então apontou. — Ela saiu do rio aqui. Está tudo bem.
Leões selvagens. Shadow estremeceu um pouco. Ele não era contra os animais, mas não tinha muita experiência com eles. O gato de Lauren era o único com quem realmente passou um 77
tempo, e ele era animal pequeno. O conceito de um maior com garras e presas afiadas não era algo com que quisesse entrar em contato pessoalmente.
O macho acenou novamente e virou, desaparecendo nas árvores espessas. A boca de Shadow despencou. Não havia como negar o que viu. O macho da Zona Selvagem não só tinha características mais animalescas e formatos de olhos incomuns — ele tinha um rabo. Não era um longo demais, mas estava pendurado na parte de trás do short solto até as panturrilhas nuas.
Havia muitas coisas que odiava na vida que lhe foi dada, mas foi poupado do que Mercile considerou um fracasso. Aqueles machos com suas características mais alteradas realmente tiveram uma vida difícil. Leu os relatórios sobre como foram tratados nas instalações de testes. A maioria foi alojada em canis no estilo de jaulas de verdade. Alguns tiveram muito poucas habilidades de comunicação já que os técnicos não falavam com eles frequentemente. Eram alimentados e tratados como se fossem puramente animais, e não tiveram o benefício de qualquer tipo de educação. A maioria dos Espécies podia ler, foram ensinados em uma idade jovem, ainda que fosse apenas para propósitos de experiências. Era duro julgar o resultado da droga se o participante não podia se comunicar verbalmente, ou ler para ver se sua memória ou vista foram adversamente afetadas.
Seu próprio abuso pareceu mínimo comparado aos outros, enquanto se sentava no tronco, ponderando a vida de um residente da Zona Selvagem. Eles nem se sentiam confortáveis vivendo entre seu próprio tipo em Homeland. Shadow recebeu a oportunidade de trabalhar próximo com humanos na força tarefa. Gostou da maioria deles, embora houvesse algumas exceções. Eles não o fizeram parecer inferior aos humanos, mas apenas não eram amigáveis demais, preferindo se afastarem emocionalmente dos outros membros. Não era pessoal. Tratavam todos desse jeito, Espécie ou humano.
Olhou para o céu, julgando que estava fora da cabana por tempo suficiente. Ele saiu às pressas quando fugiu de Bela. A tentação de compartilhar sexo com que ela foi quase insuportável, até que percebeu que a tinha prendido na mesa. Ela merecia melhor do que ser pega na cozinha. A culpa bateu com força e rápido.
Bela merecia uma cama e um macho que soubesse mais sobre sexo para se certificar de que apreciasse. Esse macho devia ser suave, falar palavras bonitas para ela, apesar dele sentir como se constantemente estivesse enfiando o pé na boca. Ela quis que a beijasse. Sua cabeça inclinada para trás e seus lábios divididos enquanto fechava os olhos, foi uma boa indicação. Havia só um problema. Ele nunca beijou uma fêmea antes.
— Merda.
Ficou de pé e começou a voltar para a cabana. De uma forma ou de outra, precisava descobrir como dar a Bela o que ela precisava. Queria fazer direito por ela, e mais importante, ele a queria. Wrath estava certo. Ninguém poderia tê-lo forçado a escoltá-la para a Reserva, a menos que no fundo, ele quisesse. Não negaria aquela verdade. Poderia não ser o macho certo para ela, mas desejava que fosse.
A cabana apareceu à vista e uma sensação profunda de alívio o encheu, quando viu fumaça saindo da chaminé.
Bela sentava-se no sofá, segurando um pequeno livro de bolso quando entrou. Seus olhos escuros se ergueram e seu coração disparou dentro do peito. O desejo de ir até ela, cair de joelhos e apenas tocá-la, o agarrou com força. Ela tinha trocado de roupa enquanto esteve fora, algo que mostrava menos pele. Perguntou-se se tinha feito isto em resposta por ter fugido mais cedo. 78
— Oi. — Ela fechou o livro depois de cuidadosamente colocar um marcador de páginas no lado de dentro. — Você saiu por horas.
— Precisava pensar.
— Você está indo embora? — Eles enviarão outro oficial para cá para me proteger, ou retornaremos a Homeland juntos?
— Você quer retornar? Quer outro macho aqui com você? Um protesto congelou em sua língua. Recusou-se a forçá-la a ficar com ele. Faria o que ela quisesse, ainda que isto o matasse.
— Não. — Ela inclinou-se.
— Bom. — Ele entrou na cabana, fechou a porta e trancou-a. — Gosto de estar aqui com você.
Um pouco da tensão deixou suas características delicadas.
— Sério?
— Sim. — Odiou sentir como se fosse um fracasso como macho. — Estou atraído por você, Bela. O que sinto é um pouco de medo.
Seus lábios se separaram.
— Você tem medo de mim?
— Não estou certo em como lidar com as emoções que sinto quando estou perto de você. Nunca as experimentei antes.
— Eu também não. — Ela bateu levemente no sofá próximo a ela. — Você vai se sentar?
Ele cruzou a sala e cuidadosamente se sentou na extremidade do sofá, a um metro de distância dela. O seu cheiro maravilhoso fez o membro estremecer. Por que sempre se sentia suado, nervoso e altamente excitado quando ela estava por perto? Toda sua confiança desaparecia.
— O que você está lendo?
— Um livro de romance.
Ele olhou para aquilo, divertido pela capa com um macho e uma fêmea entrelaçados em um abraço.
— Eles são interessantes?
— Sim. Acho que sim.
— Isto é tudo o que você lê?
— Não. Eu amo livros de terror também.
Isso o surpreendeu.
— Você gosta?
— Sim. Especialmente os de crime. Os livros tipo “quem é o culpado”. — Ela pausou. — Tive acesso a livros de mistério para crianças no porão. Achei uma caixa deles armazenados em um canto, atrás de algumas mobílias. Havia apenas quatorze deles, mas os conhecia de cor de lê-los tantas vezes. — Isso foi quando era livre para percorrer o porão inteiro. Mais tarde um quarto foi construído para mantê-la em uma única área.
— Estou contente que aprendeu a ler.
— Eu também. Um dos guardas era legal comigo quando era jovem. Acho que tinha pena de mim. Ele tinha uma filha.
Não iria admitir que o Mestre descobriu e despediu o homem. Mencionar o Mestre sempre azedava o humor de Shadow. Aquele guarda foi à única pessoa que tinha feito alguma coisa por ela sem esperar algo em retorno.
— Você lê livros? 79
— Às vezes. Houve longos períodos de inatividade quando trabalhei para a força tarefa, entretanto tivemos dias onde pareceu que apenas fechava os olhos, antes que estivéssemos saindo novamente.
— Isto era excitante?
— Às vezes.
— Você já sentiu medo?
— Nós invadíamos prédios e casas procurando por ex-empregados da Mercile. Às vezes eles revidavam. Muitas vezes já tinham ido embora.
— Isso soa assustador, mas sou tão agradecida que a força tarefa exista. Eles me acharam.
— Eu sei. — Sua mão suavemente tomou a dela. — Você ainda está tendo pesadelos sobre o membro da força tarefa?
— Não. — Sorriu. — Não estou mais. Não desde que te conheci.
Ele ponderou o que isso significava, mas isto não importava, desde que ela dormisse mais facilmente.
— Você está com fome? Eu estou.
— Sim. — Ela brilhou ainda mais. — Farei o jantar. Sei que é um pouco cedo, mas você pulou o café da manhã e o almoço já passou.
— Eu ajudarei.
Shadow a seguiu para a cozinha, apreciando a visão dela por trás. Ela tinha uma bunda redonda, cheia para alguém do seu tamanho e cabia em um jeans perfeitamente. A regata abraçava sua cintura. O cheiro de seu xampu e sabonete provocavam seus sentidos.
Eles trabalharam bem juntos, enquanto preparavam cachorros quentes e batatas fritas. Era uma refeição fácil que não exigia que passassem muito tempo na cozinha. Bela levou seu prato para a sala de estar, e bateu levemente no sofá próximo a ela.
— Você quer assistir um filme enquanto comemos? — Apontou para a parede onde os DVDs estavam alinhados. — Vi alguns bons filmes de ação que poderíamos gostar.
— Claro. — Queria passar um tempo com ela.
Isto era relaxante e uma emoção estranha subiu por seu peito com a cena doméstica que pintavam. Olhou em torno da cabana, perguntando-se como seria se realmente compartilhassem uma casa de verdade. Uma que os dois vivessem juntos. O desejo o atingiu enquanto seu olhar retornou para Bela.
Ela levantou dois filmes para sua inspeção.
— Qual? Realmente quero ver ambos.
Bela tirava seu fôlego. Teve que respirar fundo para responder.
— Você escolhe. Podíamos assistir os dois.
Alegria iluminou sua expressão.
— Fantástico!
Sim, é, concordou.
* * * * *
Bela se enrolou mais apertado contra o peito de Shadow. O braço dele ao redor da sua cintura a fez parecer mais segura. Eles não eram reais, mas os caras maus no filme ainda eram assustadores. Agarrou sua camisa enquanto olhava fixamente para a televisão.
— Você acha que eles sobreviverão? 80
Ele assentiu roçando o queixo contra o topo de sua cabeça.
— Os caras bons sempre ganham.
Nos filmes.
— Espero. Odeio aquele gângster. O segundo no comando devia ter atirado nele.
Shadow riu.
— Então o filme teria terminado depois de dez minutos.
— Verdade. — Ela esfregou seu rosto contra o material suave da camisa dele. Amou estar tão perto. Tudo que leu insinuava que os homens não se importavam quando as mulheres se agarravam neles durante cenas assustadoras de um filme. — Oh não. Eles não sentem aquele imbecil rastejar atrás deles?
— Humanos não têm nosso sentido de olfato.
— Ah. — Ela assentiu. — Certo. Apenas queria dizer, sabe, como sentir o perigo em suas costas?
— É um filme. — Ele ofereceu-lhe uma grande tigela que segurava. — Mais pipoca?
— Acho que estou pronta para explodir.
— Essa é a nossa quarta tigela. — Ele se debruçou e colocou-a na mesa.
Não estava prestes a mencionar que ele comeu três delas. Shadow tinha um grande apetite para acompanhar seu grande corpo. Ajustou-se para lhe permitir apoiar a tigela, e se aninhou contra ele novamente quando se endireitou.
A ação no filme ficou intensa à medida que desenvolvia. Notou o modo como Shadow esfregou a perna dela com sua mão agora livre. Era bom e a distraiu da tela. Não que se importou.
— Viu? Ele salvou a fêmea e os caras ruins estão mortos.
— Foi bom.
Odiou ver os créditos rolarem. Era o último dos dois filmes e isso significava que provavelmente iriam para a cama. Um olhar para o relógio confirmou que passava das nove da noite. Shadow gostava de levantar cedo, o que significava que estaria pronto para dormir.
Quase tinha sido como um encontro, sem a parte de sair.
— Eu desligarei.
Bela se sentou e assentiu.
— Certo. Limparei a mesa e levarei tudo para a cozinha.
Eles se separaram e ela se apressou enxaguando a louça. Seus nervos golpeavam. Queria pedir a Shadow para compartilhar sua cama, mas não estava certa se ele aceitaria. Até agora se recusou. Não queria repetir a semana anterior. Ouvir um não machucava.
— Precisa de ajuda?
Ela assustou-se e engasgou, balançando a cabeça.
— Não ouvi você entrar na cozinha.
— Desculpe.
— Está bem. Você se move tão silenciosamente para alguém tão grande.
— A água estava ligada.
Gostou que não mencionasse que sua audição não era tão boa quanto à dele.
— Acabei. Fechou as torneiras. — cortando a água. — Estou pronta para ir para a cama.
— Eu me certifiquei que tudo está seguro. — Ele manteve alguns centímetros entre eles. — Pronta?
— Sim. 81
Ele ficou perto enquanto subiam e ela parou em sua porta. A tentação de pedir para que continuasse seguindo-a para seu quarto era forte. Virou-se para olhá-lo. Shadow olhou de volta, mudo e sexy.
Seja forte. Apenas pergunte. Seus lábios separaram.
— Boa noite. — Ele deu um aceno com a cabeça antes de virar e caminhar para sua porta. — Durma bem, Bela. Desaparecendo no lado de dentro.
— Droga. — ela sussurrou, enfrentando sua porta aberta.
Shadow não só entrou em seu quarto, como agora estava no banheiro. Olhando fixamente para a porta fechada que conectava seus quartos, desejou que ele a abrisse para o quarto dela. A luz apagou e ouviu-o retornar ao seu quarto. A porta fechando no lado dele era deprimente.
Usou o banheiro, escovou seus dentes e escutou por algum som vindo do quarto de Shadow. A escuridão debaixo da porta implicou que foi imediatamente para a cama.
De volta ao seu quarto, tirou suas roupas e vestiu uma camisola. Os lençóis estavam frios quando deitou na cama, depois de apagar a luz. Virou de lado e suspirou. Queria Shadow. Não só para enrolar-se enquanto dormia — ela queria tocá-lo. Tê-lo tocando-a de volta. As lembranças de suas vizinhas e seus homens continuavam aparecendo em sua mente.
Era frustrante querer algo quando não podia ter. O conselho de Breeze também veio a sua mente, mas o descartou. Não queria que Shadow se sentisse como se o estivesse pressionado para fazer sexo, e iria se ficasse nua e apenas entrasse em seu quarto. Ele concordaria se ela exigisse sexo?
Balançou a cabeça. Definitivamente não era como o queria. Havia uma conscientização de seu corpo que parecia interminável. Era culpa dele. Todos aqueles músculos e sons sensuais que ele fazia, fazia com que pensasse sobre sexo com ele. Não conseguia esquecer de acordar naquele abrigo com seu pênis rígido aconchegado entre suas coxas.
Algo fez cócegas em seu tornozelo e moveu-se por sua perna. Parou, provavelmente era o lençol que estava sobre ela de forma errada. Sua mente vagou de volta para os pensamentos em Shadow, e como o trazê-lo para sua cama. Os dias estavam se esgotando quando retornariam para Homeland. Sua ideia de se banhar com ele na água vestindo o maiô minúsculo que Breeze embalou, que poderia tentá-lo ao sexo, não tinha sido uma opção ainda. Ele não a deixaria próximo ao rio novamente até que um deles pudesse nadar.
Seus olhos abriram de repente quando algo fez cócegas no seu pé novamente. Seu coração saltou e sua respiração congelou. O que quer que fosse moveu-se novamente. Ergueu-se e cegamente agarrou a luz enquanto puxava as pernas até seu peito. A luminária clicou e ela agarrou o lençol, o jogando para trás.
Uma aranha preta foi tudo que viu antes de reagir. O grito agudo rasgou dela antes que pudesse impedi-lo e rolou imediatamente para fora da cama. A aranha parecia segui-la, enquanto seu olhar horrorizado a localizou na extremidade do colchão. Um baque alto soou em algum lugar na cabana, e uma porta bateu em uma parede. Passadas pesadas diminuíram enquanto se movia para pôr distância entre ela e a cama.
A porta de seu quarto abriu de repente e Shadow invadiu. Ela virou a cabeça, olhando para ele. Ele vestia nada além de uma cueca boxer e um olhar feroz.
— O que foi? — Seus dedos estavam dobrados em garras, sua atenção imediatamente fixa na janela. — Alguém está do lado de fora?
— Hã, é uma aranha. — Sua mão tremia quando a ergueu para apontar.
A boca de Shadow despencou, enquanto olhava boquiaberto para ela. 82
— Olhe para ela. É grande. Estava em meu pé.
— Aquela coisa minúscula? — Ele abaixou, olhando para ela em vez do intruso em sua cama. — Você caiu da cama?
— É uma aranha. — Por que ele não entendia o quão assustadoras elas eram? Ela me tocou.
Ele olhou para a aranha, depois para ela.
— Inferno.
Ele se endireitou, caminhou para a cama e levantou a aranha. Ela se encolheu. A coisa podia morder. Poderia ser pequena, mas qualquer coisa com oito pernas tinha de ter pequenas presas afiadas. Isto fazia sentido para ela. Talvez suas pequenas pernas tivessem garras pontudas. Oito delas. Odeio aranhas. Essas coisas assustadoras e feias.
Shadow desapareceu no banheiro. Ouviu a água ligar. Ele retornou e curvou-se, suas mãos ainda úmidas enquanto a erguia do chão. Tentou colocá-la de volta em sua cama, mas ela agarrou-se em sua pele quente, agitando a cabeça.
— Ela pode ter família. Talvez um ninho em minha cama.
Suas sobrancelhas curvaram-se quando parou, depois virou e a levou para o corredor. Usou seu cotovelo para acender a luz antes de suavemente colocá-la de pé.
— Você está bem?
— Estava em minha cama. Em meu pé.
— Agora está do lado de fora. Abri a janela e a pus lá fora. Não voltará aqui para dentro.
— Por que suas mãos estavam molhadas?
— Eu as lavei. — Deu a ela um olhar preocupado. — Imagino que tenha horror a aranhas?
— Sim.
Seus lábios torceram.
— Era minúscula, Bela. Nem mesmo venenosa. Estou bem certo disto. Espere. Irei checar sua cama e seu quarto.
Ela o seguiu só até dentro do quarto, e viu quando ele agitou seus lençóis, a colcha, e até ergueu a cama para olhar embaixo dela. Varreu o quarto, abriu as gavetas e empurrou a mobília até que finalmente olhou para ela.
— Nenhum ninho e nenhuma família. — Diversão refletia em seus olhos. — Era uma aranha eremita.
— Isto não é engraçado. — Ela acalmou-se. — Sinto muito. Eu gritei, não foi?
— Sim.
— Realmente as odeio.
— Percebi isto.
Ela retornou para o corredor e ele a seguiu.
— Você tem medo de retornar ao seu quarto? Quer que cheque novamente? Podíamos trocar de quartos. Não há nenhuma aranha em minha cama.
Aí estava sua chance. Podia usar o medo novamente para convencê-lo a permitir que dormisse com ele, mas ainda se sentia culpada por ter feito isto no abrigo. Honestidade era melhor. Era a característica da Espécie que mais admirava, e Shadow merecia isso de uma mulher.
— Estou bem. Sei que procurou completamente e criaturas não mais me aborreceram.
— Bom.
Era impossível não notar seu peito. Tão largo, tão nu e tão perto. Os discos planos de seus mamilos eram hipnotizantes, mas não mais que o jeito que seus músculos do estômago a tentavam para tocá-los, traçar cada um e continuar indo mais abaixo. 83
— Bela?
Percebeu que estava olhando fixamente para sua cueca. Um calor aqueceu suas bochechas enquanto erguia seu queixo.
— Durma comigo. Não por causa da aranha ou porque acabei de levar um susto. Quero que me abrace porque gosto quando você faz isso.
Ele não disse nada além de engolir com força suficiente para que visse seu pomo de adão indo para cima e para baixo.
Ela deu um passo mais perto, até quase se tocarem.
— Não é hora de nós irmos além dos nossos passados? Somos dois adultos. Estou atraída por você. Acho que está atraído por mim. — Olhou para baixo e viu o modo que sua boxer encheu. O contorno de seu pau não podia deixar de ser notado. — Sei que está atraído por mim. Segurar-me não foi bom? Gostei de dormir em cima de você.
— Devemos conversar. — ele finalmente falou.
— Sobre que?
— Isto.
Chega de enrolação INFERNOOOOOOOOOOOOOOO
ResponderExcluirVerdade. Já tô ficando frustrada já. AFF... 😅
ExcluirKkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirLi com a voz da Carminha gritando kkkkkkkkkk
ExcluirKkkkkkk berreiiii
ExcluirQue homem mais frouxo MDS
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