sábado, 25 de outubro de 2014

Prólogo



PRÓLOGO
Zandy sabia que estava em um mundo de merda. Ainda não estava certa sobre como saiu para tomar algumas bebidas e afogar as mágoas, e como ela havia acabado em uma bagunça, mas tinha. Um copo bateu na parede perto dela, cerveja espirrou na sua pele e ela se encolheu na cadeira para não servir de alvo. Um corpo caiu a poucos metros de distância. O homem grunhiu pela pancada no chão duro e esforçou-se para voltar a ficar em pé. Ela se levantou rapidamente e a cadeira de madeira colidiu no chão quando se virou.
A luta havia se movido para seu caminho. Idiotas bêbados estavam fazendo o seu melhor para bater uns nos outros, e ela ficou presa do outro lado do bar. O olhar freneticamente procurava uma saída, uma porta ou mesmo uma janela para fugir. Três paredes sólidas a rodeavam e a única saída seria lutar através do aperto firme dos clientes do bar em combate.
— Oh inferno, — ela murmurou.
Uma das mesas perto dela tombou quando um homem caiu contra ela depois de levar um soco no rosto. A mesa quase esmagou seus pés por alguns centímetros e ela virou, subiu na cadeira que tinha desocupado e escalou em cima da mesa de canto. Não havia outro lugar para ir. Mais dois corpos bateram no chão muito perto para o seu conforto. Mais um mergulhou em cima do par caído e eles rolaram perigosamente perto de onde estava. Golpes foram trocados e até mesmo puxavam o cabelo do oponente.
Sua visão da sala ficou melhor a partir do ponto elevado em cima da mesa, mas garantiu-lhe que ainda estava presa. Dois pequenos grupos de homens brigando pelo jogo de futebol na televisão se transformaram em uma luta que abrangeu toda a extensão da sala, parede a parede. Pelo menos quarenta homens se envolveram. As poucas mulheres que estiveram dentro do bar foram correndo para as portas e Zandy as invejou. De jeito nenhum poderia navegar com segurança através da luta para segui-las para fora.
Suas costas pressionaram firmemente à parede, a respiração saiu em ofegos curtos e orou para que a polícia chegasse para acabar com isso antes que o pior da luta a alcançasse. Os homens brigando no chão bateram na parte inferior da sua mesa, balançou e um gemido escapou dos seus lábios entreabertos. Ela olhou para a mesa ao lado, pronta para saltar, mas um homem corpulento de repente caiu nela. A mesa entrou em colapso sob o peso dele e Zandy estremeceu quando ele pousou em cima da mesa quebrada.
Arrependimento a encheu. Deveria ter ficado em casa. Só quis esquecer o sofrimento passando sua noite mal humorada sobre o tapa que a vida lhe dera. Deixar Los Angeles para morar no norte da Califórnia pareceu um sonho tornado realidade quando foi oferecido um trabalho melhor remunerado. Ela se mudou, usando cada centavo das economias para comprar a sua primeira casa e pensou que tudo daria certo. Dentro de três semanas ela soube do desastre, do erro que fez após iniciar a nova vida. Seu chefe acabou por ser um controlador de escravos sádico e um porco chauvinista. O idiota sabia o quanto ela dependia do emprego e estava se aproveitando ao máximo disso. Ele passou a última semana tornando-a miserável. Perturbou a tal ponto que ela acabou no Mickey’s Bar e Grill. Outro erro.
Dois homens se agarravam, lutando ao mesmo tempo em seus pés. Eles bateram na parede perto dela e tropeçaram no homem ainda tentando desenredar seu corpo bêbado da mesa destruída. Ambos caíram em cima dele. Zandy freneticamente olhou através da sala de novo, rezando para que todos simplesmente parassem de lutar.
As portas do bar foram abertas e ela viu vários homens extraordinariamente altos entrar. Todos usavam os mesmos uniformes pretos e equipamento anti-motim1. Seus capacetes pretos, coletes sobre os peitorais e rostos cobertos por viseiras eram as únicas coisas que a deixaram feliz em ver. Alegria a dominou, pois a ajuda chegou e agora eles controlariam a sala rapidamente.
1
ˇ Contra revoltas
2
ˇUm grupo de pessoas pulando sobre uma só e criando uma torre de pessoas, enquanto esmaga a que está na parte inferior.
Ela não foi a única a notar sua chegada. Corpos surgiram no seu caminho — bêbados apavorados possivelmente com medo de serem presos e Zandy gritou quando alguém caiu contra a sua mesa. Virou, a madeira estalou sob o peso do homem, e as mãos dela se agitaram para pegar alguma coisa, qualquer coisa, mas acabou batendo o traseiro com força no chão.
Dor disparou por sua coluna e a atordoou, mas se recuperou rapidamente quando alguém quase pisou nos seus dedos. Zandy lutou para chegar às mãos e joelhos. Freneticamente rastejou à outra mesa para esconder-se debaixo, uma vez que estar em cima de uma não foi bom, mas ela não fez. Algo grande e corpulento pousou nas suas costas, empurrou-a contra o chão, e bateu o ar fora dos pulmões. O homem em cima dela não se levantou. Ele era incrivelmente pesado e mais peso aterrou-a contra a dura superfície implacável quando outro corpo caiu em cima dele. O peso deles era tanto que ela mal conseguia respirar.
O calcanhar de alguém apoiou no seu quadril, um homem amaldiçoou alto e o peso desabou sobre as pernas dela quando ele tropeçou para trás. Zandy gemeu com a dor de ter pelo menos três homens esparramados em cima dela. Rapidamente se transformou ainda mais infernal quando mais homens tropeçaram nos caídos.
O horror da situação encheu seus pensamentos, quando ela tentou se mover. Eles a tinham presa. Ela não podia sequer sorver ar para os pulmões a partir da enorme quantidade de peso a prendendo e ela estava prestes a morrer em um repugnante chão de bar sob uma pilha de cachorro2 de idiotas bêbados.
Ela conseguiu dobrar o rosto contra um dos seus braços erguidos em uma tentativa de protegê-lo quando alguém deu uma cotovelada ou um soco na sua nuca. Os corpos se deslocaram quando eles começaram a lutar entre si. Ela atraiu uma respiração dolorosa, sentindo seu corpo todo em pó, e conseguiu sufocar outro grito aterrorizado.
Por que eles não percebem que estão me matando? Eles não sabem que eu estou debaixo deles? Oh Deus! Mais corpos aterrissaram sobre ela até que seus quadris e costela se sentiam como se estivessem prestes a estalar com a pressão do peso deles combinado. Isso ensinou-lhe uma nova definição de pura agonia. Doeu tanto que ela não poderia ter puxado fôlego mesmo se tivesse sido capaz de inspirar.
Um punho atingiu seu braço, o tecido rasgou e alguma coisa cavou dolorosamente na sua bunda. Um dos sapatos escorregou quando os corpos rolaram um pouco sobre ele. Jeans áspero raspou o lado inferior do seu pé e a maior parte do peso sobre ela parecia como se centrado nos pulmões. Ela não conseguia respirar. Puro pânico a agarrou quando nenhuma quantia da luta moveu alguém em cima dela. Ela arranhou o piso de madeira, não mais se importando o quão sujo estava e virou o rosto. Seus olhos se abriram. Viu a perna de uma mesa a centímetros do braço estendido e conseguiu enrolar os dedos em torno da madeira.
Zandy tentou puxar o corpo, mas a força enfraqueceu. Manchas apareceram na frente dos seus olhos. O rosto parecia muito quente e soube que estava sufocando. Ela piscou, focada apenas na sua mão, e seu braço sacudiu em músculos tensos.
A madeira raspou o chão. A mesa se moveu um pouquinho, em vez dela. Mais manchas piscavam e ela soube naquele momento que estava prestes a morrer. Dane-se. Sua cabeça caiu até que o rosto descansou no chão frio. Os pulmões queimavam, mas nenhum ar entrava na boca aberta. A lembrança da mãe dela passou pela cabeça – seu vigésimo primeiro aniversário quando ela recebera o discurso sobre os perigos de ir a bares e como meninas boas e tementes a Deus os evitavam. Sua mãe sabia tudo sobre evitar o pecado.
Zandy lutou contra a escuridão que ameaçava levá-la, não querendo deixar a vida. Podia imaginar a polícia informando aos pais a forma que ela tinha morrido, imaginou como eles estariam desapontados dela mais uma vez. Eles transformariam sua morte em uma lição de alcoolismo para todos na família. Eles poderiam até mesmo ir mais longe e compartilhar com toda a igreja como ela tinha morrido em um chão de bar.
Um rugido animalesco subiu acima dos sons da briga. Zandy tinha ouvido histórias de pessoas à beira da morte ouvindo anjos cantando, mas ninguém jamais havia murmurado sobre barulhos assustadores. Naquele momento ela soube que estava indo para o inferno. Admitia que provavelmente ganhou uma pequena condenação eterna por algumas das coisas que fez em seus trinta e um anos de vida, mas isso ainda era ruim.
A vida deslizou dela e não teve escolha a não ser aceitar seu destino quando tudo simplesmente desbotou em preto.
Tiger se enfureceu. A ONE oferecera ao xerife local qualquer apoio que ele pudesse precisar, mas ninguém esperou que o humano idoso tomasse tão literalmente. A Reserva recebeu uma chamada de emergência do xerife Greg Cooper pedindo-lhes por assistência imediata para acabar com uma briga de bar. Ele e os adjuntos não podiam lidar com o distúrbio sozinhos.
Ele olhou com aborrecimento para os homens Espécies que rapidamente reuniu.
— Não machuquem os estúpidos e bêbados seres humanos. Apenas vamos acabar com isso e limpar o prédio.
Nenhum dos seus homens Espécies queria estar ali. Teriam preferido ainda estar em guarda. Lidar com humanos nunca pressagiava bem. Espécies eram temidos ou desprezados pelos seres humanos. Sua alteração humana e a genética animal híbrida os fez diferentes, mais fortes, e a maioria das pessoas não podiam aceitá-los. Ser solicitado para policiar os moradores da cidade vizinha soletrava desastre ao modo de pensar de Tiger, mas apenas seguia ordens. Justice havia estendido a mão para os seus vizinhos, ofereceu ajuda para promover a boa vontade e eles estavam presos rompendo com uma briga.
Os dois humanos mais perto viram Tiger quando ele agarrou seus ombros para separá-los. Um olhar para ele e fugiram para a porta, mais assustados dele do que qualquer que seja a raiva que os fez socar um ao outro em primeiro lugar. Ele se moveu para o próximo grupo lutando, abriu caminho entre eles e arrancou sua viseira para se certificar que podiam ver suas feições.
— Pare, — ele rosnou, sem hesitar em usar o medo como meio de esvaziar o bar.
Um grito feminino soou do fundo da sala e a cabeça de Tiger virou naquela direção. A fêmea parecia aterrorizada. O olhar dele fixou em uma mulher ruiva encolhida em cima de uma mesa no canto, mas de repente ela caiu no chão e ficou fora da vista.
Tiger olhou para seus homens que estavam trabalhando colocando os humanos para fora, mas não eram rápido bastante para alcançar a mulher. Ele continuou olhando para o lugar onde ela havia desaparecido. Ele era mais alto que os humanos e tinha uma visão melhor, mas não viu a cabeça dela reaparecer.
O que uma pequena mulher humana está fazendo no meio de uma luta? Ele não teve resposta, mas percebeu que ela não tinha senso comum. As fêmeas humanas eram frágeis e não agressivas. Os instintos de Tiger gritaram que ela estava em perigo. Ele decidiu entrar no meio para buscá-la e se dirigiu naquela direção.
— Saiam, — ele rosnou aos humanos, agarrando-os sem cuidado e os empurrando.
A pequena fêmea ainda não ficou visível, mas ele viu homens caindo naquela área. Ele observou outro rosto desaparecer no mar de cabeças e teve uma horrível sensação de que a mulher estava em algum lugar naquele emaranhado de corpos em queda.
Um humano bêbado girou e lançou um soco no rosto de Tiger, mas seus reflexos eram melhores. Ele puxou a cabeça para o lado. O punho do homem errou por um centímetro e sua palma grande fechou sobre a mão antes que pudesse retirar para dar outro giro. O temperamento dele transbordou e aplicou um pouco de força demais. O macho que agarrou, gritou quando os ossos quebraram e Tiger rugiu ao bêbado antes de liberá-lo.
O bêbado puxou a mão ferida, começou a chorar como se fosse uma mulher e tropeçou em direção à saída do bar. Tiger seguiu em frente com o olhar procurando por uma pequena ruiva enquanto jogava corpos fora do caminho.
Sua audição aprimorada pegou um suave choramingo feminino segundos depois por cima da maldição,o som de carne batendo carne, a respiração pesada das pessoas ao redor dele e de móveis sendo quebrados. Ele zoneou naquela área, se chocou com os corpos e jogou-os para trás. A fêmea estava em sérios apuros e ele não dava a mínima se danificasse alguns humanos no processo de encontrá-la.
Tiger parou onde tinha visto pela última vez a mulher ruiva e encontrou um grupo de homens esparramados no chão. Eles estavam dando socos com os cotovelos e punhos. Um homem continuou lançando a cabeça para trás no estômago de um homem debaixo dele que puxava seu cabelo. Tiger rapidamente esquadrinhou o monte e viu um braço delicado saindo debaixo de tudo. Era um fino e pálido e distintamente feminino. A mão dela estava espalmada para baixo ao lado da perna de uma mesa, esmalte rosa claro nas unhas. Ela não se mexia.
Raiva atravessou Tiger. Os idiotas bêbados estavam em cima da fêmea, esmagando-a sob seus corpos maiores e somente aquela quantidade pequena dela podia ser vista. Ele não podia notar nada do corpo dela, exceto a parte inferior do braço, pulso e mão. Outro rugido rasgou da sua garganta. Ele se curvou, agarrou rudemente o primeiro corpo que alcançou e jogou o homem longe do monte. O homem gritou quando voou pelo ar e bateu na parede. Tiger não deu a mínima. Agarrou outro homem, lançou-o em outra direção e libertou uma das pernas da mulher.
Ele finalmente libertou-a e caiu de joelhos ao lado da imóvel fêmea. A cabeça dela ficou virada para ele, apesar do longo cabelo vermelho derramado sobre suas feições, escondendo-as. Ele rugiu novamente, exigindo a ajuda de seus homens quando percebeu que o peito dela não estava subindo e descendo.
Slash de repente apareceu de joelhos na sua frente com a mulher entre eles.
Mais homens vieram em seu auxílio, mantendo os outros humanos longe e limpado a área.
As mãos de Tiger tremiam quando rapidamente, mas com cuidado, avaliou a mulher. Ela tinha marcas de pegadas na bunda, costas e coxas, onde os homens haviam pisado no seu corpo. Um rosnado rasgou da sua garganta. Ele desejou que houvesse matado os que tinham feito isso com ela. Ele teve muito cuidado quando a virou no caso de ossos quebrados.
Ele gentilmente a deitou de costas, supondo que ela só pesava cerca de cinquenta e oito quilos e aproximadamente um metro e sessenta e três de altura. Usava jeans e uma blusa rosa de manga. A manga estava rasgada do cotovelo ao ombro, prova de que ela não só foi pisoteada, mas golpeada. Seus ossos eram pequenos e ele rapidamente encostou a cabeça de lado sobre o monte dos seios macios. Ele não ouviu nenhum batimento cardíaco e fez um ruído angustiado.
— Merda, — sussurrou Slash. — Eles mataram a pequena mulher.
Tiger levantou-se e apertou as costelas dela, verificando por fraturas, mas não sentiu nenhuma. Ela estava quente quando ele tocou sua pele. Calculou quanto tempo fazia desde que tinha a ouvido gemer e supôs que foi menos de um minuto. Não era tarde demais. Conferiu as costelas de novo, sabia que se estivessem esmagadas seria impossível, mas novamente não encontrou nenhum osso quebrado.
— Que diabos você está fazendo? — Xerife Cooper engasgou. — Você está sentindo os seios dessa mulher?
— Não, — Tiger rosnou. Ele rasgou o colete, arrancou-o e gentilmente levantou a cabeça da fêmea o suficiente para usá-lo de travesseiro no chão.
— Ela não está respirando, — Slash informou ao homem idoso. — Os bêbados a esmagaram.
— Filho de uma cadela! — Xerife Cooper suspirou. — Apenas filho de uma cadela.
Tiger ignorou os homens para se concentrar na fêmea enquanto inclinava a cabeça dela para trás e deitada no chão. O coração martelava, mas ele foi treinado para reagir a emergências pela Dra. Trisha. Justice tinha insistido que todos os oficiais soubessem técnicas de salvamento básicas e Tiger havia concordado. Ele nunca foi mais feliz por aquelas aulas do que naquele momento.
A mão tremia um pouco quando empurrou o cabelo ruivo fora do rosto da mulher. Ela era bonita com suas delicadas feições humana, lábios carnudos e cheios e nariz fino. O rosto que tinha estado contra o chão ficou ligeiramente vermelho, mas o resto da pele estava completamente pálido. Ela ainda não respirava.
Ele se sentou e localizou a área correta, então colocou as mãos entre os seios. Esperava que o generoso tamanho deles amortecessem as palmas das suas mãos o suficiente para evitar a quebra dos ossos. Ele fez trinta compressões torácicas.
— Que diabos você está fazendo agora? — O xerife se aproximou.
— CPR3, — Tiger grunhiu.
3
ˇ Ressuscitação Cardiopulmonar.
Ele arrancou a camisa, enrolou e empurrou atrás da nuca dela para manter a cabeça inclinada. Verificou para garantir se as vias respiratórias estavam desobstruídas, beliscou o nariz com cuidado, abriu a mandíbula para separar seus lábios de aparência suave e pressionou a boca sobre a dela. O olhar dele desviou ao peito. Olhou para a divisão cremosa espreitando do topo da blusa e forçou ar para os pulmões dela. Seu peito se moveu enquanto ele respirava por ela.
Tiger sugou ar, cobriu os lábios novamente e soprou ar dentro dela. O olhar preso no seu decote viu o peito se expandir. Ele começou um novo ciclo de compressões torácicas e ela sacudiu um pouco debaixo dele. Ele se afastou e observou a contração dos seus músculos faciais. Ele abaixou a cabeça para descansar o ouvido sobre os seios e ouviu o batimento cardíaco. Ela inalou por conta própria, mais um arquejo que uma respiração, e ele relaxou enquanto se endireitava.
— Ela está respirando de novo e tem o batimento cardíaco de volta. — Ele olhou para o xerife. — Eles devem ter pressionado todo o ar dos seus pulmões até que o coração parou, mas eu cheguei a ela na hora certa.
— Vou chamar uma ambulância. — O humano idoso pegou o rádio. — Muito obrigado.
Tiger estudou a fêmea com cuidado. A cor dela melhorou enquanto respirava e ele odiou a visão dela naquele chão. Ele foi treinado para proteger uma pessoa abatida e ferida, e esperar por ajuda uma vez que tivesse feito tudo que podia, mas algo dentro dele detestou tê-la deitada onde os humanos a haviam ferido.
Ele se inclinou e gentilmente colocou os braços por baixo dela. Ela era tão leve como tinha imaginado quando a levantou contra o peito e usou a força nas pernas para ficar de pé. Seu olhar encontrou Slash.
— Pegue as minhas coisas. Vou levá-la para fora ao ar fresco enquanto esperamos a ambulância.
Slash assentiu, pegando a camisa destruída de Tiger e o colete descartado. Tiger moveu sua preciosa carga e virou, avaliando o resto do bar. Seus homens tinham retirado os humanos. As lutas cessaram e os seus oficiais atendiam os feridos. Alguns deles eram os que ele tinha jogado para alcançar a fêmea, mas não se sentiu culpado.
Saiu do bar e caminhou ao redor do prédio, desesperado para fugir dos humanos que haviam prejudicado a mulher. Eles estavam bêbados, estúpidos, e ele não queria arriscá-la estar em perigo novamente. Levou-a para um dos jipes que vieram. Usou o cotovelo para testar o calor do capô antes de gentilmente a deitar nele de lado e manteve o braço no local para amortecer a cabeça dela enquanto estudava seu rosto.
A sua coloração ficou muito melhor, quase normal, mas ainda pálida. Supôs que poderia ser sua coloração natural com o cabelo vermelho. Os longos fios eram ondulados, longos e belos. Caia provavelmente até o meio das costas e era suave. A mulher se mexeu um pouco, moveu uma das pernas e os lábios se separaram levemente quando um suspiro saiu.
Tiger rezou para que ela não acordasse até a chegada da ambulância. Ela veria suas feições alteradas, perceberia que ele era Espécie e, talvez, começaria a gritar. As luzes do estacionamento estavam brilhantes e ela o veria claro o suficiente para saber que não era um de seus homens. Ele realmente odiava quando as mulheres humanas o viam e perfuravam seus tímpanos com os gritos. Às vezes elas faziam isso e o deixava maluco. Observou o rosto dela, esperando que não acordasse, mas ele poderia dizer que ela iria.
Ela se moveu novamente, mudando a cabeça na curva do seu braço. Tiger olhou para ela quando ela soltou um suspiro, farejando um agradável cheiro frutado. Os olhos dela se abriram. Tiger esperou para ela perceber suas feições e começar a gritar. Os seus olhos eram verdes escuros e bonitos. Ela olhou para o céu, piscou e, finalmente focou nele. Confusão foi uma emoção fácil de ler. Ela piscou novamente e estudou suas feições. Ela respirou fundo e o olhar viajou sobre seus ombros nus, braços e peito.
Ele estremeceu interiormente. Esquecera que tinha arrancado a camisa e sabia que ela provavelmente acreditaria que estava sendo abusada sexualmente por ver a parte de cima do seu corpo exposto.
Ela não gritou, mas fez a última coisa que ele esperava quando ela olhou novamente para ele. Um sorriso curvou seus lábios e ele podia jurar que viu um lampejo de diversão naqueles lindos olhos.
Zandy abrira os olhos para um mar de estrelas em um céu escuro. A mente se sentia confusa, como se acabasse de sair de um sono profundo, mas ela não estava na sua cama. Piscou e desviou o olhar um pouco somente para fitar o mais marcante par de olhos azuis felinos que já vira. Sua cor, formato e os cílios realmente longos cercando-os, hipnotizou-a.
O tom de azul era excepcional e ela percebeu que dourado rodeava as bordas exteriores das íris ovais. Poderia tê-los encarado eternamente, mas a curiosidade a fez estudar a estrutura óssea majestosa dele, também estranha com as maçãs do rosto mais marcadas e elevadas, mas muito atraente. Ele era o homem mais masculino que já tinha visto — bonito, impressionante e
fascinante, tudo ao mesmo tempo. Seu tom de pele dourado cortejava a juba espessa emoldurando seu rosto. Cores listradas de loiro claro-arenoso misturados com vermelho eram entrelaçadas, que caíram sobre um par de ombros realmente largos. Seu olhar parou logo acima dos mamilos escuros e planos. Ela saboreou a visão de seu peitoral perfeito, largo e sem pelos. Muita pele bronzeada, músculos bem definidos e bíceps impressionantes roubaram sua atenção. O olhar mergulhou mais embaixo à sua barriga plana, o firme abdômen definido visível. Seu coração acelerou a bater loucamente contra suas costelas. Ele era magnífico, um deus.
Não um deus, uma pequena voz de consciência declarou. Ele tem que ser um anjo. Ela franziu o cenho, tentando pensar além da confusão. O inferno tem anjos? Lúcifer não era um anjo caído? Ela estava confusa nos seus estudos bíblicos de infância, mas estava bastante certa de que isso é o que ele era. Isso significa que a deslumbrante criatura diante dela tinha que ser um anjo caído também.
— Estou pronta para ir com você, — ela sussurrou.
Ele piscou e as sobrancelhas subiram ligeiramente.
— Vai comigo para onde?
Ele tinha uma voz profunda e rouca e lhe deu o tipo bom de calafrios. Ela ouvira que o diabo poderia tentar alguém ao pecado e se ele envia anjos caídos que se pareciam com este depois de morta recentemente, ela estava totalmente agradável para fazer tudo que ele quisesse.
Ela sorriu.
— Você pode me levar direto ao inferno, se você também estiver lá.
Um sorriso suavizou as feições dele e o fez ainda mais bonito.
— Você bebeu demais.
Ela sabia que a vida iria mordê-la no traseiro um dia. Deveria ter ouvido a mãe, mas era tarde demais agora. Zandy tentou se sentar. Queria dar uma olhada melhor nele. O travesseiro sob a cabeça acabou por ser um dos seus braços enquanto ele gentilmente a levantava. A outra mão dele curvada em torno da sua cintura, firmou-a quando ela se virou para ele e o olhar se prendeu no abdômen novamente. Pura perfeição.
— Eu sei. Fiz bastantes coisas que sabia que não deveria. Foi assim que eu cheguei aqui. — Ela lambeu os lábios e percebeu como o olhar dele desceu a sua boca. Ele era tão lindo, o mais bonito homem-fera que já vira, não que já tivesse realmente visto um antes. Este era o ponto. Ela se aproximou mais dele e sorriu.
Oh, ao inferno com isso. Eu já estou indo para o inferno, por que não realmente merecer isso? Ela temia que ele fosse somente acompanhá-la lá e ir embora. Ela mentalmente marcou da lista de coisas ruins que fizera. Sexo antes do casamento. Tinha roubado canetas do último trabalho. Houve aquela vez que chutou um dos seus ex-namorados nas bolas quando o encontrou a traindo. Foi errado, mas cara, teve uma sensação boa vê-lo bater no chão gemendo. Ele tinha quebrado seu coração e sequer pediu desculpas, por isso ela teve a certeza que ele sofreu um pouco também. Isso a levou para os divórcios e ela parou de listar seus pecados.
— Você é a coisa mais linda que eu já vi, — admitiu a ele brandamente. — Posso muito bem fazer o que eu mais quero agora, já que estou indo para o inferno de qualquer maneira, certo?
O olhar dele se estreitou ligeiramente. — O que você...
Ela se decidiu e o interrompeu.
— Dane-se. Eu quero você.
Zandy estendeu a mão e agarrou os ombros quentes. Abriu as coxas, puxando-o mais perto, forçando os quadris dele a atingir o limite do que ela sentava. Enrolou as pernas em torno das costas dele e apertou o corpo contra sua estatura alta. Ele ofegou em uma respiração e pareceu assustado. Ela sorriu. Estava prestes a mostrar-lhe o pecado.
Fechou uma mão ao redor da parte de trás do pescoço dele, enquanto a outra deslizou por seu firme tórax para desfrutar da sensação da pele quente e suave. Os dedos se espalharam sobre o estômago, sentia seu conjunto de músculos sob a palma da mão e só parou quando bateu no cós da calça, que a impediu de mais exploração.
— O que você está fazendo? — Ele rosnou as palavras.
Isso é tão sexy.
— Beije-me.
Ele piscou, mas não se moveu.
Seu controle na parte de trás do pescoço dele apertou, encontrou o cabelo lá e o apertou. Ela puxou a boca dele para a dela e o beijou. Lábios cheios e firmes pressionados contra o dela. Lambeu a linha que os separava e ele gemeu enquanto abria para ela. Zandy tirou vantagem, não certa de quanto tempo tinham antes de ele ter que levá-la para onde quer que fosse que ela estivesse indo. A língua entrou na boca dele. Os pontos afiados dos seus dentes a varreu, mas não doeu. Ele tinha presas, também. Presas, olhos de gato e voz de rosnado. Isso a excitava ainda mais e ela adorou o sabor dele quando a beijou de volta. Parecia que os anjos carregavam um sabor de cereja na boca e era o seu favorito. As mãos dele se moveram sobre seu corpo, envolveram em torno dela e seguraram a bunda para puxá-la com força contra ele. Zandy conheceu o céu instantaneamente quando o cume duro da sua ereção esfregou contra o clitóris através das roupas.
Ela apertou seu abraço quando ele a ergueu firmemente contra seu corpo. Moveu-se contra ele, esfregando no seu pênis, e isso era tão gostoso. Os seios doíam. Ela o queria mais do que já quis qualquer coisa e, de repente, ela conheceu o inferno também. Ele não podia transar com ela com as roupas.
A mão estava presa entre eles, mas ela encontrou um fecho, rasgou-o e depois outro para obter a calça aberta. Ela torceu a mão, encontrou a pele nua e quente e mexeu os dedos até que encontrou o pênis. Seu anjo não usava cueca. Os dedos o encontraram dobrado e à esquerda quando colocou os dedos em volta da circunferência grossa do membro.
Ele ronronou contra sua boca, grunhiu e o beijo tornou-se quase brutal. Ela não dava a mínima se ele a cortasse com as presas porque seus beijos estavam justo a fazendo queimar para tê-lo. Tentou posicionar o pênis para libertá-lo das malditas calças, mas ele estava incrivelmente duro. Seus corpos estavam pressionados muito bem juntos e ele ficou preso dentro deles.
Inferno! Talvez seja esse o ponto, ela decidiu, sentindo-se frustrada. Ela queria ambos nus, com ele enterrado dentro dela, mas tudo o que podia fazer era afagar qualquer parte dele que pudesse alcançar.
Arrancou a boca da dele para romper o beijo, ambos estavam ofegantes e ela fitou seus lindos olhos.
— Foda-me, — ela implorou. — Você é enorme e eu te quero dentro de mim tanto que me dói. Tire nossas roupas.
Ele grunhiu, os olhos se estreitaram e, de repente, a teve presa sobre a superfície dura de qualquer coisa que ela estivesse sentada. Uma das suas mãos deixou a bunda, agarrou a blusa dela e puxou. Uma palma áspera e quente deslizou ate o lado das suas costelas e ele moveu o largo peito, esmagando os seios dela sob ele, depois escavando um deles. Ele apertou, rosnou contra a sua língua e os quadris pressionaram firmemente entre o V das suas coxas espalhadas. A outra mão dele agarrou o seu pulso quando ele se moveu novamente e arrancou sua mão para fora da calça para forçá-la a liberar seu pênis. Em seguida, ele ajeitou a posição até que o seu comprimento duro esfregou contra seu clitóris.
Zandy gemeu. As malditas roupas não era sua ideia de perfeito, mas tomaria qualquer coisa que ele lhe desse. Ele rolou os quadris, empurrou contra ela novamente e ela agarrou-lhe o ombro com a mão que segurara o pênis. Ele apertou a lateral dos jeans dela. O material rasgou quando ele puxou e o nível da sua excitação agitou mais alto. Ele iria rasgar sua roupa e tomá-la.
SIM!
— Hum, desculpe? — Foi a voz de um homem, alto e próximo. — A ambulância está chegando e alguém vai perceber você e a mulher humana. Poderia dizer que ela estava tendo dificuldade em respirar, mas duvido que eles acreditem que é CPR.
Seu anjo arrancou a boca da sua e virou a cabeça para olhar algo atrás ele.
— Droga, — ele grunhiu. — Obrigado, Slash. Perdi todo o controle.
— Presumi. — O outro homem limpou a garganta.
Confusão encheu Zandy quando foi puxada de volta a uma posição sentada ao lado do anjo e ele a soltou. Ele a encarou com os olhos impressionantes enquanto recuava e as mãos baixaram para fechar a calça. Zandy virou a cabeça para olhar a outra criatura em pé a poucos metros de distância. Ele usava preto e tinha olhos felinos também. Ele não estava olhando para ela, mas em vez disso sorriu para seu caiu anjo.
— Desculpe, — a criatura de preto disse suavemente. — Se eu não o interrompesse a teria tomado onde está e a ambulância os veria. Vocês provavelmente teriam ficado constrangidos de ter testemunhas vendo o sexo entre vocês sobre o capô do Jeep.
Algo foi escrito em letras brancas na camisa preta do homem. Zandy semicerrou os olhos, leu três letras e soube que as vira em algum lugar antes. A memória lhe voltou em um flash. ONE era abreviação para Organização de Novas Espécies.
O olhar voltou ao seu belo anjo caído. Ele respirava com dificuldade e os olhos estavam presos no dela enquanto ela examinava suas feições. Podia realmente sentir a cor drenar do rosto.
— Eu não estou morta, estou?
O homem que esteve beijando sacudiu a cabeça.
— Você pensou que estava?
Ela sentiu o rápido resfriamento do seu corpo por causa do desejo ardente de saltar sobre o homem e levá-lo para o chão e arrancar as calças para continuar o que tinham começado.
— Oh merda. Você não é um...
Ela não poderia lhe dizer anjo caído, ele pensaria que era louca.
Inferno, ela era. Não, ela se corrigiu, eu estou bêbada.
— Eu sou o quê? — Seu tom aprofundou e raiva pareceu piscar nos seus olhos.
— Você é um daqueles Novas Espécies da Reserva, não é?
— Sim.
Zandy fechou os olhos e abraçou o peito. Ficou claro que ela por pouco tinha molestado uma Nova Espécie. Eles eram humanos que foram alterados com DNA animal. Alguma empresa farmacêutica louca os tornara parte animal e fizeram testes ilegais neles. Filhos de uma cadela. Ela abriu os olhos.
Ela disparou um olhar ao seu redor e reconheceu o estacionamento do bar.
O xerife e alguns dos seus adjuntos eram visíveis a distância perto da frente do edifício sob as luzes exteriores. Havia alguns bêbados discutindo com eles. Ela não tinha morrido no chão do bar como acreditou, mas subitamente desejou que tivesse. Fechou os olhos novamente. Não conseguia encontrar a coragem de olhar para o homem que tinha confundido com um anjo. Ela esperou em silêncio pela ambulância ao invés.

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  1. Onde compro este livros quero fazer coleção amei este livros se poder me mandar mostra do livro vou gráficas fazer obrigada

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    1. Oi não tem eles publicados no Brasil não, só os três primeiro

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  2. Vish e a vergonha q deu, coitada

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  3. E agora ele vai vê o que seus amigos passaram por causa de suas femias

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  4. Tô amando muito ❤️❤️ tô lendo em sequência 😍😍😍

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  5. 📌LI📌 ♡
    • Início & Fim •
    📍18/02/23📍

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  6. Que primeiro encontro maravilhoso minhas amigas kkkk , é agora que o tiger vai ficar caidinho por uma fêmea..

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