sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Capítulo 014


CAPÍTULO 14 Í
Lauren estava assustada e com raiva ao mesmo tempo. O banco de trás era apertado com 140 compartilhando o espaço limitado. Desistiu de bancar a inconsciente depois que seu protetor Nova Espécie sussurrou para que se sentasse.
Mary e um de seus homens discutiam na frente do carro. O outro homem permanecia seguindo-os em outro veículo. Não havia nenhum jeito de Lauren conseguir uma chance de escapar, mas olhou pelas janelas para rastrear para onde estavam indo. Aprendeu sua lição em estar mais ciente do seu ambiente, depois que deixou a sede da força tarefa, mas não tinha nenhuma ideia de onde estava localizada.
— Não me importo qual a sua opinião, Marvin. Cale a boca. Você está me dando dor de cabeça.
O capanga que dirigia atirou um olhar para a mulher no banco do passageiro. — Nós devíamos fazer alguns experimentos enquanto a temos. Olhou para trás para Lauren, e seu olhar abaixou para seu seio, antes de girar para enfrentar a estrada novamente. — Eu a aqueço antes de nós a passarmos para um deles.
Mary bufou. — Você é tão patético. Não trabalhou para Mercile pelo dinheiro, não foi? Foi pela oportunidade de pegar mulheres que não podiam te impedir. Esqueça-a. Você ouviu o animal sobre sua sensação de cheiro. Você não vai foder com minhas chances de conseguir minha irmã de volta, só porque é um pervertido.
Lauren olhou fixamente para a careca do homem na frente dela, e imediatamente o odiou. Ela tinha um pressentimento de que esse era o homem que 140 a advertiu sobre querer tocá-la. Ele era bruto e parecia ter a moral de um gato de beco.
— Sua irmã é uma cadela e nenhum deles vale à pena arriscarmos nossas vidas. Eles foram pegos, então digo para deixá-los se ferrarem.
Mary estendeu a mão e beliscou seu braço. Ele gritou, se afastou, e o carro desviou.
— Não faça isto. Poderia ter perdido o controle do carro.
— Minha irmã vale mais a pena viva para mim do que você vale. Nunca se esqueça disso. Pausou. — E ela sabe de muita coisa também. Não falará, mas dê um mês ou dois com ela presa por eles, e aposto que venderia nossa própria mãe. A prisão é um lugar desagradável e todos nós queremos evitá-la. Ela pode ferrar com a gente, se nós não salvarmos sua pele, e isso também vale para a equipe dela. Eles sabem nossos nomes, todos nós trabalhamos juntos, e você confiaria em algum deles não nos entregando para salvar suas próprias peles, se oferecerem um acordo?
— Maldição, Marvin murmurou, quando bateu nos freios num sinal vermelho. Ele virou sua cabeça, e olhou fixamente para os seios de Lauren novamente, antes de franzir a testa para Mary. — Preciso de algum alívio da tensão. Não tirarei suas calças. Não tenho sido leal? Não fiz toda a merda que você me disse para fazer?
140 rosnou. — Seu companheiro vai saber. Você quer que te diga o que você comeu no almoço? Eu posso. Ela também lutaria. Virou sua cabeça e fixou sua olhar nela. — Você permitiria que fizesse uso do seu corpo de qualquer forma? Ele gosta de abrir suas calças e ordenar as fêmeas a pôr sua boca nele.
O nojo fez Lauren querer vomitar, e virou a cabeça para encontrar o olhar do homem no banco na frente dela. — Prefiro morrer e posso prometer-lhe que se abrir suas calças perto de mim, 120

precisará de um cirurgião de trauma depois que acabar com você.
Mary riu. — Estou começando a gostar dela só um pouco. A ideia de alguém arrancando seu pau é divertida. Alcançou o braço de Marvin e beliscou novamente. — Pare de ser um filho da puta tão doentio. Olhos na estrada e feche sua boca, a menos que esteja relacionado a não pensar com seu pau.
— Vadia. Marvin murmurou. — Pare de fazer isso com meu braço. Machuca.
A luz ficou verde e ele pisou no acelerador com raiva. — Pare de chamar atenção sobre nós, idiota. Ela virou em seu banco e olhou para Lauren. — E estou de olho em você também. As janelas atrás são pintadas, mas não tente chamar nenhuma atenção. Entendeu? O carro atrás de nós se certificará de que cairemos fora. Se qualquer policial aparecer ele fará algo para distraí-los.
— Ela não é burra. 140 disse e suspirou. — Sabe que precisa dela e sobreviverá se apenas concordar em conseguir o que você quer. Ele trocou um olhar com o motorista. — É com seus próprios técnicos que deveria se preocupar.
— Ele está ficando muito falador. Marvin xingou. — Parece que precisamos lembrá-lo do seu lugar. Ele deu uma risada de repente. — Preciso visitar sua companheira novamente?
— Merda, Mary retrucou, e sua mão voou e bateu atrás da cabeça do capanga, quando 140 rosnou alto no espaço limitado. — Você é uma porra de um idiota. Realmente quer insultá-lo neste carro? Não quero morrer quando ele se jogar do banco e arrancar a cabeça de seu corpo.
— Ela disse que preferiria morrer a sentir suas mãos explorando seu corpo novamente. Eu o mataria se a machucasse ou se já a machucou. Ela é minha.
Lauren viu pura raiva nas características de 140, o modo como suas mãos apertaram em seu colo, e como seu peito cresceu e caiu severamente, quando parecia arfar num acesso de raiva.
— Ele não vai fazer merda nenhuma com ela. Mary jurou, tentando manter a paz pelo menos uma vez. — Cuidei disto quando ele a molestou, não foi? Retorceu-se em seu banco e olhou fixamente para 140. — Acalme-se agora. Isto é uma ordem. Lembre-se do nosso acordo? Você faz como foi informado e nenhum dano vai acontecer com sua namorada. Marvin vai manter sua grande boca fechada de agora em diante, ou eu pessoalmente beliscarei algo muito mais doloroso que seu braço.
O vislumbre que Lauren estava tendo da vida de 140, a deixou brava o suficiente para querer chegar mais para frente e quebrar o pescoço de Marvin. Claro que não era forte o suficiente, mas lamentou que não fosse ele quem apunhalou com o abridor de carta. O fato de que matou alguém foi empurrado para trás. Ela não podia lidar com isso agora. Além disso, quanto mais tempo passava com o par discutindo na frente, mais justificado parecia.
— Qual é o nome dela? Lauren manteve a voz baixa, e esperou distrair o ainda furioso Nova Espécie.
Ele virou seu olhar frio para ela e seu nariz alargou. — Minha.
Ela deixou aquilo passar, realmente não acreditando que a mulher tinha aquele nome. Seu olhar foi para o motorista, e soube que aquela declaração de possessão foi para o benefício do motorista.
— Ela é felina como você ou canina como… — Quase disse o nome de Wrath. — Meu companheiro.
— Ela é primata.
— Oh Lauren hesitou. — Acho que não vi um deles ainda.
— Pensei que fosse acasalada com um. Mary deu um olhar severo para ela no banco dianteiro. — Muitos deles sobreviveram.
Lauren encontrou o olhar da cadela calmamente. — Sou. Meu companheiro é canino e 121

todas as pessoas que conheci em Homeland ou eram desse jeito ou felino.
— Primatas não são comuns. 140 falou. — Eles não fizeram tantos deles. O que é Homeland?
— Cale a boca. Mary retrucou. — Não diga a ele nada sobre a porra da NSO. Entendeu Lauren? Nem uma palavra.
Estava tentada a manter a conversar, mas 140 balançou a cabeça. Lacrou seus lábios e cerrou os dentes. Apostou que Mary não queria que 140 soubesse sobre ninguém do seu povo que estava livre. Daria-lhe esperança de que pudesse ser salvo também.
O carro diminuiu a velocidade e virou. Lauren olhou para a janela e percebeu que entraram em uma parte velha da cidade, onde muitos negócios fecharam devido à economia ruim. Realmente se transformou num bairro pobre no decorrer dos anos, já que tinha frequentado à área no final de sua adolescência, e inicio do século vinte. Tábuas nas janelas se tornaram uma visão comum, enquanto continuavam a dirigir por algumas ruas estreitas.
— Você sabe onde nós estamos?
Lauren encontrou o olhar de Mary calculando e agitou a cabeça. — No lado leste da cidade. Sou uma agente imobiliária e conheço minhas propriedades. Eles estavam realmente na área de fronteira do lado sul, e quase fora dos limites da cidade.
Aquela resposta fez a outra mulher sorrir. — Sim, você certamente conhece suas áreas. Encarou a frente do carro, descartando-se de Lauren.
Eles estacionaram em uma calçada bloqueada por um velho portão de segurança. Mary abaixou a viseira e bateu no controle remoto. O portão agitou e cambaleou, quando começou a rolar lateralmente para permitir que o carro passasse. O reconhecimento atingiu Lauren imediatamente. O lugar uma vez foi uma boate popular. Jasper tinha um novo nome pintado na parte de trás do edifício decrépito, algum nome de restaurante, mas estava certa de que era o mesmo.
140 agarrou o pulso de Lauren suavemente, quando estacionaram e continuou segurando-a, enquanto saíam do carro. Encarou Mary com um olhar desafiante.
— Fiz tudo o que ordenou e me comportei. Quero ver minha fêmea agora.
Mary cruzou seus braços em cima do seu peito, ergueu o queixo e o franziu para ele. — Você quer? Você está soando muito confiante.
— Por favor. Sibilou e abaixou seu olhar para o piche rachado.
Isso pareceu deixar a cadela feliz e soltou seus braços para os lados. — Está bem. Leve-a para uma gaiola, e poderá ir para o andar de baixo. Farei o telefonema.
— Obrigado. 140 puxou Lauren. — Venha.
A porta dos fundos era de metal enferrujado. Marvin destrancou com uma chave do chaveiro do carro, e isto guinchou causando um alto barulho quando abriu. O interior era escuro e o cheiro de mofo, poeira, e ar envelhecido agrediu o nariz de Lauren imediatamente. O chão parecia desigual debaixo de seus sapatos, enquanto caminhavam por onde costumava ser uma cozinha. Aparelhos de cozinha velhos, manchados, e quebrados indicavam que não eram usados a pelo menos alguns anos.
Choque a agarrou, quando saíram da área da cozinha para onde costumava ser a área de dança do clube. As janelas estavam todas com tábuas, e escombros de partes do teto enchiam o chão. Algumas mesas quebradas foram empurradas contra as paredes manchadas, mas foi às cinco grandes jaulas de animais que a fizeram tropeçar. Eram mais ou menos de dois metros de altura, talvez um metro quadrado, e três delas estavam ocupadas. Machos Novas Espécies permaneciam olhando fixamente de volta para ela, por detrás das barras. 122

Eles vestiam calça de moletom, sem camisa, e todos pareciam que precisavam tomar um banho. Um deles rosnou—um som perigoso—e seus olhos escuros fixaram-se em Lauren. Um frio correu por sua espinha ao ver o ódio dirigido a ela, enquanto encarava cada um.
— Está tudo bem. 140 a assegurou.
Ele a levou a uma das jaulas vazias, colocando-a o mais longe dos homens, e a guiou para o lado de dentro. O chão era de metal sólido, enquanto as paredes e o teto eram barrados com barras de centímetros de espessura. Ele fechou a porta e Marvin chegou mais perto com as chaves. O som disto sendo trancado era distintivo.
— Vá, 140. Mark está esperando por você. Se comportar-se mal antes de ser trancado na jaula de sua namorada, ele foi informado para atirar na cabeça dela.
— Eu sei. 140 virou-se, marchou por outro corredor que era usado para levar aos banheiros, e ficou longe de suas vistas.
Marvin chegou mais perto de Lauren e abaixou seu olhar para seu seio. — Você quer comer?
Ela não disse nada além de recuar da porta, não que pudesse ir longe.
— Você faz algo para mim e retornarei o favor.
— Você é realmente patético e repulsivo. Posso entender completamente porque um monstro como você teria que trancar uma mulher, e ameaçar matá-la de fome para tentar fazê-la tocar em seu feio rabo. Não, obrigada. Prefiro comer meu sapato.
— Sua vadia, cuspiu. — Espere alguns dias e depois diga isso.
Virou-se de costas para impedi-lo de olhar mais para seus seios, e observou o quanto o clube velho mudou. O telhado obviamente vazava com o aparecimento da cor amarelada, e dos painéis do teto destruídos, e as paredes estavam manchadas. Alguém colocou papel de parede próximo as tábuas nas janelas. Estava descascando e enegrecido ao redor das extremidades, que imaginou ser a fonte do cheiro de mofo que a fazia respirar pela boca.
Olhou para as únicas fontes de luz, os corredores da cozinha e banheiros. Nenhuma luz estava ligada no espaço aberto. Duvidava que as luzes do teto funcionassem devido ao dano da água.
A única coisa dentro da sua jaula era um cobertor enrolado com aparência suja, em um canto.
— Deixarei você usar o banheiro se abrir sua camisa quando for lá.
Lauren virou e respondeu. — Prefiro urinar em minhas pernas.
O rosto do cara ficou vermelho brilhante. Xingou e arrancou as chaves de seu bolso. Ela ficou tensa quando ele alcançou a trava para destrancar a porta, sabia que planejava machucá-la, mas alguém saiu da cozinha.
— Deixe-a em paz, Marvin! Mary gritou. — Jesus. Você é um pervertido. Traga sua bunda para cá e me siga até o escritório. Nós temos trabalho a fazer.
Marvin hesitou, mas Mary fez a curva e desapareceu. Sua voz abaixou quando empurrou as chaves de volta para dentro do seu bolso.
— Vou machucá-la, cadela. Não fique muito convencida. Apenas espere.
Lauren assistiu-o ir e imaginou que falou sério em relação à ameaça. O esquisito era um total pervertido imbecil. Encarou os três Novas Espécies quando ficaram sozinhos, e sentiu medo com o olhar minucioso de ódio. Mas estavam presos também. Não conseguiriam pegá-la.
— Eu sou Lauren.
Ninguém falou.
Agarrou as barras e deu uma firme sacudida, mas eram tão sólidas quanto pareciam. Ela 123

respirou fundo, soltou-as e estudou cada um dos homens. Dois deles tinham características felinas, enquanto o outro tinha o formato dos olhos bem parecidos com os de Wrath e de Shadow.
— Por que estão olhando para mim desse jeito? Estou presa também e não estou com aqueles imbecis. Sou um cara do bem.
Um deles franziu a testa. — Você é fêmea.
— Sim.
— Um cara é um macho.
Sua boca separou surpresa por ele ter entendido o que disse literalmente. O loiro com olhos de gato cheirou o ar. — Ela cheira bem. Talvez eles queiram fazer testes de procriação.
— Testes de procriação? Seus olhos se arregalaram. Entendeu que pensavam que poderia ter sido trazida para fazerem sexo, e queria esclarecer aquele equívoco imediatamente. — Fui sequestrada para que pudessem me trocar por outras pessoas. Não estou aqui para fazer nenhum teste.
O canino de cabelo escuro rosnou. — Eu a quero. Já tem muito tempo desde que tive uma fêmea debaixo de mim.
— Vai demorar ainda mais porque isso não vai acontecer. Franziu a testa. — Estou esperançosa que sejamos todos encontrados e salvos logo.
O que estava mudo até então, um felino de cabelo dourado, sibilou. — Por quem?
— A ONE. Eles estão procurando por mim, bem um deles está, e se me achar, ele achará vocês também.
— Quem é ele? Que tipo de nome é ONE?
— ONE é o nome encurtado para Organização dos Novas Espécies. Pausou, percebendo por seus olhares em branco que não compreenderam, e lembrou que provavelmente não sabiam de nada. Sua suposição era que nunca foram libertados, e imaginou que fora informada sobre isso, já que Mary disse para que calasse a boca sobre o assunto.
— Novas Espécies são como vocês, as pessoas que as Indústrias Mercile criaram. Meu povo descobriu sobre o que estava sendo feito com seu povo, então arrombaram as instalações de prova e libertaram seu povo. Pausou, esperando algum tipo de reação, mas suas expressões faciais nunca mudaram.
— Eles começaram a ONE. Seu povo têm dois terrenos grandes, onde todos vivem juntos e procuraram por Novas Espécies como vocês, que não foram libertados. Espero que nos achem e todos nós seremos salvos.
O loiro bufou. — Ela está aqui para nos insultar. Virou de costas, se abaixou e se sentou no chão. — Ignorem-na.
— Isto é grosseiro e estou te dizendo à verdade. Não sei por que estão neste lugar, mas ouvi o suficiente para saber que os imbecis que os estão prendendo aqui, costumavam trabalhar para as Indústrias Mercile.
— Eles ainda trabalham. O canino de cabelo escuro rosnou. — Você está com eles.
— Não estou. Não me insulte assim. As Indústrias Mercile não existem mais. Foram expostas, colocadas fora dos negócios, e todo mundo que trabalhou em suas divisões de pesquisas, e sabiam sobre as instalações de teste são procuradas pela polícia. Estão enfrentando sérios processos criminais. Eu li que muitos deles já estão servindo uma extensa pena na prisão.
— Fique calada. Mentiras. O canino rosnou novamente.
Ele estava começando a irritá-la. — Não, me escutem, uma vez que saia daqui vou fazer de tudo que puder para enviar ajuda de volta para vocês. Vocês verão. Andou no espaço pequeno. — Wrath me tirará daqui. Ela tinha fé que ele a salvaria de alguma maneira, ainda que tivesse que 124

trocar sua vida pela de Mel e seus outros ex-colegas de trabalho.
O canino rosnou novamente. — Acho que a trouxeram até aqui, para tentar ganhar nossa confiança e nos fazer acreditar em suas mentiras. Não serei amável ou gentil quando a montar.
O Espécie de cabelo dourado rosnou. — Já chega. Ela é humana e eles nunca a passariam para um de nós. Você viu o modo como 140 a tratou? O modo como suavemente a tocou? Ele implicou que ela não era inimigo. Sabe mais sobre ela do que nós sabemos e não vi nenhuma raiva em seus olhos, quando olhou para ela. Não sei por que está aqui, mas não faça ameaças até que saibamos mais.
— Ela é um deles. O canino rosnou novamente. — Nosso inimigo. São todos do mal e dizem mentiras para tentar nos enganar, para fazermos o que querem. Ela está planejando algo.
— Estou planejando sair daqui. Moveu-se para a porta da jaula novamente, agarrou as barras e sacudiu a coisa. A frustração cresceu. — Farei de tudo em meu poder para enviar a ONE para salva-los.
— Mentiras humanas, o canino rosnou.
— Eu me ressinto disto. Franziu a testa, sacudiu a porta novamente, mas não estava disposta a apenas desistir ainda. Talvez pudesse sacudir a fechadura para soltá-la. — Entendo que foram maltratados. Não consigo imaginar tudo o que sofreram, mas o que disse é a verdade. Muitos do seu povo foram libertados, eles não estão mais presos e estarão procurando por vocês, assim que lhes disser o que sei.
— O que quer dizer liberdade? O felino de cabelo dourado agachado em sua gaiola, a observou com olhos estreitados.
— Você não estará mais preso, ninguém o machucará, e nós seremos iguais. Olhou para ele.
— O que isso quer dizer?
Ela saiu da porta para enfrentá-lo e suspirou. — Quer dizer que você terá os mesmos direitos que eu tenho. Não somos inimigos, mas ao invés disso amigos. Ninguém te testará mais. Terão casas em vez de jaulas e nunca mais terá que lidar com esses imbecis, como as pessoas que os têm agora.
O canino bufou. — Depois ela dirá que nós chegaremos a comer quando estivermos com fome, poderemos nos limpar quando estivermos sujos, e conseguiremos acesso a fêmeas quando nós quisermos uma.
— Isto é exatamente o que estou dizendo.
O loiro virou a cabeça e a atirou um olhar. — Quantos de nós fazem parte desta ONE?
— Não sei os números exatos, mas centenas pelo menos.
— Mentiras, ele rosnou, empurrando seu olhar para longe, para dar-lhe a parte de trás de sua cabeça.
— Há algumas de nossas fêmeas lá? Elas foram libertadas?
Lauren encontrou e segurou o curioso olhar do felino de cabelo dourado. — Sim. Não existem muitas delas, pelo que entendo, mas minha melhor amiga disse que conheceu um bocado delas.
— Qual é a notícia ruim disto? O canino era obviamente o severo do grupo. — Existe sempre um preço. O que esperam por estes privilégios?
— Não existem eles. Suponho que ache que é como aqui, onde os ameaçam para que façam o que querem ou serão castigados? Sei que estão detendo a namorada de 140 sobre sua cabeça. A ONE é seu povo. Eles só querem que sejam felizes.
— Mentiras, o loiro sibilou.
Lauren sabia que não confiavam nela, pensavam que estava inventando coisas, então ela 125

parou de tentar. A única maneira de mostrar-lhes que não estava falando besteira, seria sobreviver por tempo suficiente, para esperançosamente ser trocada e então poderia contar a Wrath sobre eles. Talvez a ONE pudesse chegar antes que fossem removidos.

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