CAPÍTULO 9 Í
Lauren lutou para afastar o nervosismo enquanto abria a porta de onde trabalhava para Wrath. Ele tentou abri-la para ela, mas negou com a cabeça. — Você é um cliente. Devo impressioná-lo em vez do contrário. Agradeço o gesto, mas agora não é hora para ser um cavalheiro.
Ele não disse nada quando entrou no escritório. Lauren sorriu para Kim, a recepcionista, e esperou que não parecesse forçado. Seu coração acelerou, não queria deixar Wrath ou sua equipe desapontada e pegar Bill era importante para eles.
— Oi, Kim. Este é o Sr. Williams. Estamos voltando para meu escritório, assim posso pegar a listagens de apartamentos. Alguém já chegou?
— Mel estava aqui quando cheguei, John B e John T estão aqui também, e Gina está em seu escritório tendo uma discussão com um gerente de banco, que está dando canseira em um de seus clientes sobre seu empréstimo. Kim estremeceu. — Evite-a. Ela está irritada.
— Obrigado pelo aviso. Lauren deu alguns passos, mas parou. — Oh, ontem à noite Mel me fez mostrar uma propriedade para Brent. O cara estava interessado, mas tinha algumas perguntas que não pude responder. Havia alguns grandes e feios, containers de carga dentro do armazém e ele queria saber se ficam ou vão. Brent vem hoje?
— Não sei. Eu poderia bipá-lo se você quiser, e descobrir.
— Isso seria ótimo. O homem tinha algumas outras perguntas, se Brent ligar de volta, por favor, transfira a ligação para meu escritório. O comprador está realmente interessado na propriedade.
Kim assentiu, e agarrou o telefone. Lauren sorriu para Wrath e o levou pela entrada para uma sala maior. Lauren avistou John T em uma das estações de computador e o abordou.
— Se sentar-se aqui, estarei logo com você, Sr. Williams. Lauren direcionou Wrath para pegar uma cadeira perto de onde John T trabalhava.
Wrath se sentou e Lauren focou em seu colega de trabalho, que sabia que saía com Brent. Gostavam de ir de bar em bar juntos, e imaginou que ele poderia ser sua melhor aposta em localizar o monstro perdido que Wrath caçava.
— Bom dia John. Recebi um telefonema ontem à noite da Mel, mandando que mostrasse uma propriedade de Brent. O comprador está realmente interessado, mas teve algumas perguntas que não pude responder. Você sabe onde Brent está? O comprador quer o armazém, mas não ficou entusiasmado vendo containers de cargas enormes na propriedade. Não sei se o dono planeja removê-los ou se concorda em deixar.
— Ele recebeu um telefonema ontem depois do trabalho, e decolou para fora daqui como um morcego fugindo do inferno. John encolheu os ombros, ainda digitando. — Não soube dele desde então. Deveria ter aparecido no Bugle ontem à noite.
— O que é isto?
Ele sorriu. — É nosso bar de Streep favorito. Vamos lá algumas vezes por semana.
Ela tentou parecer desinteressada. — Oh. Bem, se conseguir falar com ele, pediria para me ligar?
— Claro. Agarrou seu celular, e virou-se em sua cadeira. Avistou Wrath, e parecendo assustado, soltou seu telefone na mesa. Atrapalhou-se, o agarrou e virou para enfrentar a tela novamente. — Ligarei para ele agora. 76
Lauren virou, sorrindo para Wrath. — Por aqui, Sr. Williams. Pegarei as listagens de apartamento.
— Lauren!
Lauren pulou, virando. Mel estava parada em seu escritório, olhando fixamente para Wrath com uma expressão estranha em seu rosto.
— Oi, Mel. Esta é o Sr. Williams. Ele está interessado em apartamentos.
Mel sorriu, mas pareceu forçado. — Posso falar com você por um momento?
Lauren assentiu e acenou para Wrath ir em direção a uma porta aberta, em frente da área da recepção apenas virando a esquina. — Aquele é o meu escritório. Continue indo e voltarei em um segundo. Moveu-se em direção a sua chefe, perguntando-se se ela estaria em apuros por tentar discutir na noite passada antes de mostrar à propriedade. — O que foi, Mel?
Mel esperou até Lauren entrar no escritório antes de falar. — Quem é ele? Manteve a voz baixa.
— Aquele é o Sr. Williams. Estava apenas de passagem nesta área, e planejou ficar por um tempo.
Mel mastigou seu lábio inferior por alguns segundos então franziu a testa. — Ele ligou e marcou um encontro?
Lauren assentiu, e esperou que sua chefe não estivesse planejando ferrar com ela, tentando roubar um cliente. Não seria a primeira vez. Claro que Mel não percebeu que Wrath não era um cliente real, e se preocupou com o que aconteceria se sua chefa quisesse mostrar a listagens ao invés dela.
— Como foi à exibição ontem à noite? Mel mudou de assunto.
Lauren conseguiu esconder seu alívio. — Bom. O Sr. Herbert está interessado na compra da propriedade, mas havia uns containers de cargas grandes dentro do armazém que ele não estava interessado. Perguntou-me sobre eles, mas não é minha listagem. Não sabia se ficavam ou se seriam removidos. Ele queria conversar com Brent.
— Passarei isso adiante. Mel estudou Lauren. — Certo. Vá em frente e lide com o Sr. Williams, mas marquei uma reunião para daqui a meia hora. Pode dar-lhe café enquanto espera por você. Não levará muito tempo. Olhou em seu relógio. — Meu escritório em meia hora e é obrigatório. Pode ir mostrar às propriedades que ele estiver interessado logo depois da reunião.
— Está tudo bem? Normalmente não marcamos reuniões quando os clientes estão aqui.
A boca de Mel curvou em um sorriso. — Tudo está bem, Lauren. Nós tivemos um problema de estacionamento com o proprietário e prometi conversar com todos os funcionários. O homem é um saco, mas não queremos perder nosso arrendamento. Não levará mais que alguns minutos. Só quero falar com todo mundo de uma vez, para que ninguém se sinta descartado, mas nós duas sabemos quem são os dois piores infratores. Ambos John T e John B sabem bem que não devem usar o beco. Os outros inquilinos reclamaram.
— Certo. Deixou Mel e retornou ao seu escritório, sorriu para Wrath. Sentou-se em sua mesa e olhou para a entrada aberta, abaixando a voz. — Ficaremos aqui por pelo menos meia hora. Minha chefe convocou uma reunião e disse que era obrigatório. Isso deve significar que ele tem que aparecer para isto também. Ele pode entrar a qualquer hora.
— Vocês ouviram isso? Pareceu estar escutando em seu receptor, e deu a Lauren um leve aceno com a cabeça, mantendo sua voz baixa também. — Eles ouviram.
—Farei as listagens enquanto esperamos. Nós apenas fingiremos olhar para elas para passar o tempo.
Lauren o fez aproximar sua cadeira para mais perto, para que ambos pudessem visualizar a 77
tela do computador. — Enquanto olhamos os apartamentos, podemos ver quem entra pela porta. Nunca me canso de olhar para estes. Alguns deles são bem legais.
— Gosto dos degraus curvados e a grande banheira. Ele apontou para o monitor do computador, mas sua outra mão roçou e esfregou a coxa dela, antes de inclinar-se de volta em sua cadeira.
Eles visualizaram várias listagens, quando o telefone de Lauren tocou mais ou menos quinze minutos depois, e ela atendeu. — Lauren Henderson.
— Oi, Lauren. É Brent.
O seu olhar voou para Wrath. — Oi, Brent.
Wrath ficou tenso em sua cadeira e se debruçou para mais perto. Lauren inclinou o telefone, esperando que pudesse ouvir ambos os lados da conversação.
— Ouvi que estava me procurando.
— Sim. Tive que mostrar uma propriedade de um armazém por você ontem à noite. O cara está interessado, mas não quer os containers de carga. Tinha algumas perguntas sobre o telhado, bem, sabe como é, mas não tive respostas para ele. Queria que eu conseguisse as respostas e me encontrasse com ele hoje.
Olhou para Wrath para pedir alguma direção, e levantou sua mão questionando sobre o que mais dizer. Ele assentiu para ela. E murmurou. — No armazém ao meio-dia.
— Ele queria que o encontrasse lá ao meio-dia de hoje, para mostrar-lhe durante dia claro. Disse a ele que tentaria mandar você no meu lugar, assim poderia responder suas perguntas desde que é sua listagem. Ele pareceu realmente quente com a propriedade.
Brent riu. — Ótimo. Eu o encontrarei. Obrigado, Lauren. Sei que nós não nos demos bem, mas foi realmente legal ter me ligado. Você podia ter me ferrado com a coisa inteira.
— É sua listagem, Brent. Um dia poderei ter uma emergência e pode ser que tenha que mostrar uma de minhas propriedades. Esperaria que fizesse direito. Controlou-se para não bufar. O cara não teria nenhum escrúpulo em roubar um negócio bem debaixo do nariz dela.
— Obrigado. Eu o encontrarei ao meio-dia. E desligou.
Lauren sorriu para Wrath, feliz por tê-lo ajudado. Brent era um cara mau que precisava ser preso. Bill, corrigiu. Era um ex-funcionário da Mercile que machucou pessoas como Wrath e isto a deixava puta.
Ele sorriu e abaixou a voz. — Ele irá para um encontro ao meio-dia no armazém.
Lauren de repente percebeu o quão próxima estava de perder Wrath. — Bem, o que acontece agora? Olhou fixamente em seus óculos escuros. Sussurrou, esperando que a dor que de repente sentia não soasse em sua voz. — Essa é a parte onde me deixa e volta para sua vida, enquanto volto para a minha?
— Nós não o capturamos ainda. Você virá comigo.
Lauren silenciosamente admitiu que não estava pronta para dizer adeus a Wrath. Ele se debruçou mais perto dela e sua mão subiu sob sua saia, acariciando sua perna. A mesa os escondia de qualquer pessoa que passasse pelo seu escritório, e ela olhou fixamente para os óculos escuros que odiava, sabia que a olhava de volta, e podia sentir o desejo que os dois compartilhavam crescer entre eles.
Decidiu dizer a verdade. Sentiria a falta dele e esperava que pudessem se ver depois que capturarem Bill. — Eu...
— Lauren?
Lauren pulou, surpreendida pela voz de sua amiga. Wrath tirou sua mão da perna dela, quando Amanda entrou no escritório. Os olhos da mulher arregalaram enquanto olhava 78
boquiaberta para Wrath e lambeu seus lábios.
— Estou com um cliente, Amanda. Sr. Williams, está é minha melhor amiga, Amanda Davis. Hesitou, dando a sua amiga um olhar frustrado. — Essa não é uma boa hora. Ligarei para você mais tarde.
Amanda não se moveu, mas estufou o peito. — Oi, Sr. Williams.
Lauren cerrou os dentes. Amanda estava olhando o corpo de Wrath como se ele fosse uma costela de porco, o que ela amava.
— Por favor, me diga que é solteiro. Amanda se sentou na cadeira perto da porta, cruzou as pernas e pareceu estar confortável.
Wrath sorriu. — Sou.
Amanda olhou em direção ao teto. — Existe um Deus. Riu e bateu seus cílios para Wrath. — Sou solteira também. E procurando.
Wrath manteve seu sorriso no lugar. — Tudo bem.
— Amanda. Lauren disse com uma voz apertada. — O Sr. Williams é um cliente. O que você está fazendo aqui tão cedo?
— Estava entediada e pensei em vir ver se pode jantar comigo hoje à noite, antes do filme.
— Estou ocupada. Na realidade vou ter que cancelar nossos planos do cinema. Iremos amanhã.
Amanda fez beicinho.
— Estou mostrando ao Sr. Williams alguns apartamentos.
Amanda sorriu. — Tenho um apartamento para mostrar-lhe. O meu, ela piscou. — Acho que você apreciaria particularmente meu quarto.
— Amanda, Lauren advertiu. — Pare.
Amanda a ignorou. — Quer ir para casa comigo e ver meu quarto, lindo? Para que comprar um quando pode apenas morar comigo? Acho que agitaria meu apartamento. Você malha muito, não é?
— Amanda! Lauren estava ficando furiosa.
Amanda deu um sorriso para ela. — É por isso que você está solteira. Estou tentando não ser solteira. Psiu. Ele é todo grande e solteiro. Quantas chances tenho de tentar atraí-lo para casa comigo? Amanda sorriu para Wrath. — Então, o que me diz? Quer que lhe mostre meu apartamento hoje? Nós podíamos sair agora mesmo.
Wrath parou de sorrir. — Agradeço a oferta, mas Lauren vai me mostrar apartamentos hoje.
— Quero lhe mostrar mais do que apenas um apartamento. Amanda abaixou sua camisa, empurrando seu peito para frente novamente. — E sei que quero mostrar-lhe mais do que um apartamento. O olhar dela saltou para o colo dele e ficou lá.
— Amanda! Lauren engasgou.
John T chegou à porta. — Hora da reunião, Lauren.
Lauren se levantou agitada de raiva. Virou-se para Wrath. — Não devo demorar. Virou, dando a sua amiga uma olhada. — Amanda, pare com isso e se comporte.
Amanda sorriu. — Mas não quero ser boazinha. Piscou para Wrath. — Quero ser má. Muuuito má.
Lauren saiu do seu escritório, silenciosamente jurando matar sua melhor amiga mais tarde, por flertar com Wrath. Amanda nunca deveria dar em cima de um cliente de Lauren, mas podia ter rido disso. O que não era engraçado era que estava atrás de Wrath. Sua raiva queimava.
A porta de Mel estava aberta então ela apenas entrou. Sua chefe aguardava na mesa olhando para Brent e os dois viraram para olhar fixamente para Lauren. Tentou esconder seu 79
choque em vê-lo lá. Eles de alguma maneira não o perceberam passar por seu escritório, e desejou que pudesse dar um sinal para Wrath. Ela treinou suas feições, esperava, e tentou parecer tranquila. Era difícil, sabendo que estava na mesma sala com um assassino, e alguém que abusou dos Novas Espécies.
John T e John B entraram no escritório atrás dela, e fecharam a porta. Gina estava ausente. Mel depressa caminhou adiante e agarrou os ombros de Lauren.
— Você precisa me dizer agora mesmo como aquele homem em seu escritório a contatou, e quando.
Um tiro de alarme passou por Lauren. Seu coração batia em seus ouvidos, e olhou fixamente muda para sua chefe. Finalmente conseguiu fazer seu cérebro funcionar. — Ele me ligou ontem e marcou o encontro. Por quê? O que está acontecendo?
Brent olhou para ela. — Você não notou algo estranho nele?
Lauren balançou a cabeça. Esperava que a boa audição de Wrath pudesse perceber o que estava acontecendo no escritório. O medo de que suspeitassem da verdade a agarrou, mas não entendeu como sabiam que Wrath não era exatamente um homem normal. Brent não o viu e ele era a pessoa que poderia reconhecer um Nova Espécie.
— Não. Por quê?
John T franziu a testa. — Ele está de óculos. Como ela saberia a menos que já tivesse visto um deles, visto as diferenças faciais? Duvido que já tenha visto.
Oh meu Deus. Lauren se apavorou, mas tentou controlar suas feições para esconder seu medo. John T sabe com certeza o que Wrath é, mas como?
Mel assentiu. — Você precisa sair agora, Lauren. Aquele homem em seu escritório é… Um estuprador. Ele consegue agentes imobiliários para mostrar-lhe a propriedade, e ataca no segundo que estão sozinhos. Nós lidaremos com isto.
— Mas… — Lauren tinha perdido as palavras. Estudou as pessoas no escritório e sentiu seus ossos gelar. Estavam mentindo e todos os quatro sabiam que Wrath era um Nova Espécie. — Certo, mas minha bolsa está em meu escritório. Eu a pegarei, darei uma desculpa e irei embora. Avisar a Wrath.
— Apenas a deixe lá. Brent de repente agarrou Lauren. — Vá, agora. Empurrou-a em direção à porta dos fundos do escritório de Mel.
— Mas…
Lauren foi empurrada para fora pela porta dos fundos para um beco, antes que pudesse protestar. A porta foi fechada em seu rosto, a trava deslizou alto o suficiente para que ouvisse, e o choque correu por ela por estar trancada do lado de fora.
Sabiam que Wrath era um Nova Espécie, livraram-se dela, e estavam protegendo Brent por alguma razão. Apavorada pela segurança de Wrath, virou e correu pelo beco para chegar ao SUV, para dizer à equipe o que estava acontecendo. Precisavam avisar a Wrath que saísse ou precisavam entrar lá.
Amanda estava com Wrath. Um medo maior a fez correr mais rápido. Quase quebrou um tornozelo em sua pressa, os saltos alto do sapato a impediam, mas estava agradecida quando avistou o SUV. Um carro quase a atropelou quando se esqueceu de olhar antes de cruzar a rua. O motorista apertou o freio, buzinou e a xingou.
Brass abriu a porta do passageiro, saiu e a pegou quando praticamente se jogou em seu grande corpo. Mãos firmes agarraram seus braços.
— O que está acontecendo? Onde está Wrath?
— Acho que eles sabem que é um Nova Espécie. Enrolaram-me com umas besteiras sobre 80
Wrath ser um estuprador, antes de me empurrarem pela porta dos fundos. Brent está lá, estavam todos agindo estranhamente e meus colegas de trabalho parecem estar protegendo-o.
Brass xingou. — Fique aqui. Ergueu-a pelos braços, pressionou-a contra o lado do SUV e a soltou. — Estamos entrando.
Lauren tentou recuperar seu fôlego. — O beco. Ofegou jurando depois comprar uma esteira no futuro para conseguir ficar mais em forma. — Eles podem sair pelos fundos se tentarem fugir.
Brass virou para Brian—ambos ele e Shadow saíram do SUV. — Vá pelo beco e tenha a certeza de que não escapem por aquele caminho. Brian decolou em uma corrida na direção que Lauren acabou de vir.
— Você fica aqui, Lauren. Brass checou suas armas amarradas a em seus quadris. — Você estará segura aqui.
— Minha amiga Amanda está lá também. Ela é uma loira vestindo uma camisa azul e uma saia preta.
— Entendido. Shadow disse.
Ambos os homens correram para o outro lado da rua pela calçada, em direção ao seu edifício comercial. Lauren finalmente recuperou seu fôlego e franziu a testa. Não queria esperar no SUV, estava muito preocupada com sua amiga e Wrath para ser tão paciente. Poderiam precisar dela. Afastou-se do lado do veículo e depressa os seguiu.
Estava tão preocupada e distraída com o que podia estar acontecendo com Wrath, à equipe e Amanda, que quase caiu de bunda quando se virou para enfrentar a voz que gritava.
— Ei!
Amanda acenava para ela da rua, estava na frente da porta aberta do motorista de seu carro, que estava estacionado um pouco distante dela no meio-fio. — Deus, aquele homem era quente. Quero tirar a roupa dele e o borrifar com sal, assim posso tomar doses de tequila em seu corpo.
— Pensei que estivesse lá dentro.
— Sua chefe ordenou-me para ir embora. Disse que a mandou em uma ligação de emergência para atender um encanador em uma propriedade. Aquela mulher é uma cadela que provavelmente queria uma chance com ele ela mesma, mas não vou deixar isso barato. Diga-me que tem o número do Sr. Williams e qual é por Deus, o primeiro nome do homem? Ele não me disse.
Lauren virou a cabeça para olhar fixamente para o edifício comercial. — Fique aqui. Apenas… Fique aqui. Não se mova!
— Certo! Traga-me seu número.
Lauren assentiu, voltando sua atenção para o escritório, morrendo para saber o que estava acontecendo lá dentro. Amanda estava segura. Isso era um grande alívio, mas não se acalmaria até que visse Wrath. Caminhou pela grama e evitou a calçada dianteira, que podia ser vista da área da recepção. A mesa de Kim estava vazia quando se esticou até a janela e espiou. Lauren franziu a testa.
Lauren facilmente deu a volta para o lado do edifício, e rastejou em direção a uma das janelas da área do escritório. Hesitou, ergueu a cabeça e espiou o lado de dentro. O que viu a deixou boquiaberta. Brass e Shadow estavam encarando uma parede e John T tinha uma arma apontada em suas costas, enquanto Mel e Brent permaneciam por perto de pé, discutindo. Podia ouvir suas vozes alteradas, mas não conseguia entender as palavras. Onde está Wrath? Onde está Kim, Gina, e John B?
Lauren abaixou-se e se manteve abaixada para prevenir ser vista pelas janelas. Praticamente 81
rastejou em direção à parte de trás do edifício até que alcançou o beco. Ofegou. Brian estava estirado de costas no chão próximo à porta dos fundos. Correu até ele. Sangue fresco estava manchando sua testa. Alguém o atingiu com algo, mas ele estava respirando. Suas mãos tremiam muito enquanto procurava em seus bolsos e localizava um telefone celular, contente por ele ter um.
O primeiro número dizia BASE quando verificou os telefonemas recentes, e apertou o discar no celular. Um homem respondeu no primeiro toque.
— Alô?
— Quem está falando é Lauren Henderson. É da Sede?
O homem hesitou. — Quem é e como conseguiu o telefone de Brian?
— Ele está sangrando no chão. Disse o endereço e nome de onde ela trabalha. — Eles estão com Brass, Shadow e Wrath do lado de dentro. Meu colega de trabalho tem uma arma apontando para Brass e Shadow. Não vi Wrath ainda, mas ele estava lá dentro. Devo ligar para a polícia?
— Não, o homem falou. — Estamos a caminho. Fique com Brian. Ele está respirando? —
Lauren checou Brian de novo, verificou se seu peito subia e descia, e respirou para se acalmar, tentando controlar seu pânico. — Sim, mas está frio. Bateram na cabeça dele com algo, mas não está aqui próximo a ele e não vejo nada com sangue. Estamos no beco atrás do edifício.
— Não se mova e fique no telefone. Não desligue. Mandaremos equipes até você em minutos.
Lauren deixou a linha telefônica aberta e colocou no colete de Brian, assim não seria visto, mas o cara podia ainda ouvir o que estava acontecendo. Não tinha nenhuma intenção de apenas ficar esperando pela ajuda chegar, enquanto Wrath podia estar em perigo. Levantou-se, correu para o outro lado do edifício e rastejou para passar pelas janelas até que alcançou seu escritório.
Lauren escutou e não ouviu nada, levantou sua cabeça o suficiente para olhar fixamente em seu escritório pela janela. Wrath permanecia na mesma cadeira que estava sentado quando deixou seu escritório, mas parecia como se dormisse—sua cabeça estava inclinada para trás e seus braços pendiam molemente acima dos braços da cadeira. Um dardo de ponta vermelha estava preso em seu peito. Podia ver o movimento enquanto respirava, assegurou que estava vivo, mas obviamente drogado.
A adrenalina a percorreu. Wrath precisava de ajuda. Não fazia nenhuma ideia de quanto tempo levaria para outra pessoa chegar. De jeito nenhum iria apenas ficar lá sem fazer nada. A tela saiu facilmente e suavemente a colocou contra o lado do edifício. Seu olhar ergueu para a fechadura de dentro, conhecia bem aquela janela, já que emperrava frequentemente quando a abria, e agarrou a lateral de ferro com seus dedos. Ela remexeu, tentado não fazer barulho, e focou na porta aberta do escritório. Não havia nenhum movimento, mas teria que se esconder se alguém a viesse.
A fechadura estalou e ela pausou, esticando-se para ouvir qualquer sinal de que alguém lá dentro pudesse ter ouvido isso. Fracamente ouviu gritos, mas não podia distinguir o que estava sendo dito. Ninguém correu para a sala, então empurrou o vidro ao longo do caminho para deixar tudo aberto. Wrath estava muito perto. Não tinha nenhuma ideia do que fazer, uma vez que o alcançasse, mas talvez pudesse bloquear a porta do escritório para trancá-los lá dentro até a ajuda chegar.
As vozes estavam altas o suficiente com a janela aberta, que podia distinguir os gritos bravos de seus colegas de trabalho. Ergueu-se até a altura da cintura, levantou uma perna e empurrou sua saia do caminho. Escalar não era fácil, mas conseguiu e soltou de joelhos para rastejar para detrás da mesa para se esconder. 82
— O que diabo nós vamos fazer? Mel exigiu.
— Apenas acalme-se, Brent disse. — Continuo dizendo que pensarei em algo.
— É provavelmente sua culpa! Mel gritou. — Você ficou bêbado e disse a alguém quem realmente é? Droga, Bill. Disse que você estava pondo todos nós em risco, mas você parou de ser um idiota tão egoísta? Claro que não!
— Não fiz... Sua voz diminuiu e não pôde entender o resto do que dizia.
— Eles nos acharam! Mel gritou. — Você disse que ninguém conseguiria nos localizar aqui e confiei em você.
— Eles nos acharam. Era John T falando e estava obviamente furioso. — Vamos apenas pensar no que vamos fazer agora. Sugiro que os matemos e daremos o fora daqui.
— E ir para aonde? Vidro quebrou, Mel estava tão irritada que provavelmente jogou algo. — Nós investimos todo nosso dinheiro neste lugar para acobertar nossas identidades. Eles provavelmente congelaram nossas contas no banco. Estamos ferrados! Vou ter que ligar para a minha irmã, e vocês sabem o quanto não quero fazer isto. Queria ficar longe desta merda. Não queria ver nunca mais nenhum desses bastardos novamente, e agora temos três deles. Em… Nosso… escritório!
— Já chega! John B rugiu. — Ofereceram recompensa em dinheiro por eles. Temos três. Todo mundo acalmem-se. Não posso pensar quando estão gritando. Podemos usá-los para conseguir dinheiro rápido e começar tudo de novo em outro lugar.
— Quem vai trocá-los? Hã? Brent gritou. — Não eu. Isto é estúpido. Eles apenas farão uma armadilha e iremos para a prisão para sempre. Não vão nos pagar de verdade.
— Os tiraremos daqui e irei conseguir algum tempo para pensar em uma maneira infalível de sermos pagos pela ONE por devolvê-los. Somos mais espertos que aqueles bastardos. Precisamos apenas sair daqui antes que mais cheguem.
— Não se mova ou atirarei em você! John T gritou.
— Calma. A voz profunda de Brass alcançou Lauren já que não estava gritando. — O ONE pagará por nós. Só não machuque as mulheres.
— Viu? Eu disse que eram sentimentais o suficiente para proteger inocentes. Você se mexe e rasgo a garganta da recepcionista. Ela não faz parte disso e está grávida de dois meses. Lute conosco e ela morre. Posso atirar em Gina muito antes de me alcançar. John B bufou alto. — O ONE nos pagará. Só precisamos sair daqui. Bill, onde tem mais dardos? Nós tranquilizaremos estes dois, prendemos as mulheres, e nos separamos, sua voz alterou. — Mais deles podem estar a caminho. Estes três podem ser olheiros ou algo do tipo. São caçadores, certo? Atire neles com os dardos, nós os levaremos para fora e pensaremos no resto quando estivermos seguros.
— Por favor, Kim implorou. — Deixe-me ir.
— Cale a boca. Não trouxe dardos suficientes. Brent soou furioso. — Você me disse que havia um deles. Não três.
— Ele entrou sozinho! John T gritou. — Se soubesse que havia mais, teria lhe dito no maldito telefone.
— Não se mova! John B gritou. — Juro que ele atirará em vocês dois e não receberão outra advertência. Estas mulheres morrerão também. Querem o sangue delas em suas mãos?
O coração de Lauren martelava e sabia que tinha de fazer algo. Ergueu sua mão para ligar para a polícia do telefone em sua mesa, mas a lembrança do sistema de telefone a fez parar. Todos os telefones mostrariam que uma linha estava em uso com uma luz vermelha. Não podia arriscar fazer um telefonema, mas seus colegas de trabalho estavam planejando pegar Wrath e não podia permitir que isso acontecesse. 83
Empurrou a mesa para testar o peso, mas ela não se moveu. Era a única coisa grande o suficiente na sala para impedi-los de quebrar a porta se a bloqueasse. Esse plano não funcionaria, porque podiam fazer como ela fez, dar à volta em torno do edifício, e entrar pela janela.
— Movam-se, John T ordenou. — No escritório dos fundos agora. Mantenham as mãos acima de suas cabeças, movam-se bem devagar. Se sequer se contorcer, vou atirar em você.
— Sim, Brent disse, faça isto. Nós temos cabos telefônicos. Os prenderemos, os levaremos para a parte de trás e agarramos o último depois que conseguirmos colocá-los no furgão. Pausou. — Vá pegar o furgão.
— Minha minivan? John B ofegou. — Todo mundo poderá ver dentro dela.
— O furgão da companhia, seu idiota! Mel gritou. — É maior. Tem área para cargas e janelas pintadas. Só tire os sinais da parte de trás.
— Porra, ele gritou. — Mova-se, Gina. Você também, Kim. Vocês fiquem perto de mim. Se eles atacarem, você duas morrem.
— Continuem andando, John T ordenou. — Mantenham suas mãos no alto. Mel vá pegar os cabos telefônicos. Você tem três lá. Use aqueles do fax também.
Lauren olhou ao redor da mesa, não viu ninguém, e rastejou até que pudesse espiar para fora da porta. Seus colegas de trabalho não estavam à vista, e se debruçou o suficiente para ver o escritório de Mel. As costas de John T estavam para ela e bloqueava a maior parte da entrada, impedindo-a de ver o que estava acontecendo no escritório de Mel. Todos pareciam estar lá.
Terror puro a agarrou, mas moveu-se, se levantou e pegou a cadeira de Wrath pelos braços. A parte de trás cavava em sua barriga enquanto puxava. À medida que as rodas se moviam em cima do tapete as botas dele arrastavam, deixando isso mais difícil para ela. Puxava, rezando para que ele não deslizasse da cadeira. Ele era muito pesado para pôr de volta se escorregasse.
Parou, escutou, e ouviu seus colegas de trabalho discutindo no escritório de Mel. Olhou em torno do canto novamente, as costas de John T estavam voltadas para ela, e freneticamente puxou. A cadeira deixou seu escritório, mordeu de volta um gemido, e continuou puxando Wrath em direção à frente. Apenas precisava fazer isto mais ou menos por uns três metros até a área da recepção. Fez isso sem ninguém a ver. Encheu-se de culpa por deixar os Novas Espécies e seus colegas de trabalho na mira de uma faca. Embora não pudesse ajudá-los. Wrath era o único que podia salvar. Precisava deixá-lo em segurança primeiro e apenas rezar para o homem com quem falou no telefone de Brian, chegasse a tempo para ajudá-los. Seria suicídio correr para o escritório de Mel para tentar salvar os outros.
Suas costas bateram na porta de vidro do exterior, mas não abriu quando se empurrou contra ela. Bateu com sua bunda, mas o vidro quase não se moveu. Torceu sua cabeça, percebeu que alguém trancou a porta, e lutou para girar a tranca. A porta de vidro abriu e ar fresco encheu seus pulmões, enquanto dava uma respiração profunda. Puxou, arrastando a cadeira e Wrath para fora do edifício.
Ninguém estava na calçada. A gravidade ajudou a mover a cadeira já que o edifício era mais alto que a rua. Virou, puxou freneticamente, e continuou indo. Seus olhos permaneceram no edifício. Esperava que seus colegas de trabalho fossem atrás deles a qualquer segundo, quando percebessem que está faltando um Nova Espécie, mas conseguiu chegar até aonde deixou Amanda.
— Abra a porta de trás agora. Lauren puxou com mais força, movendo-se mais rápido.
Amanda viu Wrath, a cadeira e Lauren. Ficou boquiaberta e seus olhos arregalaram.
— Abra a maldita porta, Lauren virou-se para ela. — Agora! Mova-se. A porta de trás. Pegue a porra da porta e abra. Agora, Amanda. Agora!
Amanda se mexeu. Bateu no botão para destrancar as portas e quase tropeçou no meio-fio, 84
enquanto corria em volta do carro para abrir a porta de trás, mas abriu assim mesmo e Lauren ofegante arrastou a cadeira até lá.
— Ajude-me a colocá-lo lá dentro.
— Que diabos? Os olhos de Amanda ficaram largos e ela parecia pálida.
— Explicarei mais tarde. Ajude-me. Ele pesa uma tonelada. Precisamos dar o fora daqui antes que alguém nos veja. Lauren agarrou o dardo do peito de Wrath e jogou dentro do bolso da saia. — Apresse-se.
Amanda agarrou o outro braço de Wrath e Lauren posicionou a cadeira na frente do banco de trás do carro. Agarrando-o firmemente, ergueu-o para manobrar seus membros para fora da cadeira.
— Jesus, Amanda grunhiu. — Minhas costas vão quebrar. Ele deve pesar pelo menos cento e dez quilogramas.
As duas conseguiram despejar Wrath inconsciente no banco de trás. Lauren dobrou suas pernas até que coubesse. Wrath não parecia confortável, mas estava dentro e seu rosto não estava esmagado contra o banco. Fechou a porta e abriu a do passageiro.
— Entre no carro, ofegou para Amanda.
Amanda correu em volta do carro e abriu a porta do motorista, desmoronando no banco. O motor ligou e o coração martelando de Lauren estava ameaçando explodir de cansaço e medo. Um olhar em seu escritório assegurou que ninguém tinha corrido para fora ainda, e retorceu-se em seu assento para ficar abaixada no caso de algo ter mudado.
— Dirija, droga. Tire-nos daqui.
Amanda soltou o verbo. — Oh meu Deus, Amanda murmurou. — Você vai nos fazer sermos presas. Sei que continuo reclamando sobre ser solteira, mas você perdeu o juízo? Não pode apenas sequestrar o homem. Ele é muito gostoso, mas o que estava pensando? Você está se drogando? Deixe-me ligar para a polícia e contar-lhes que teve uma recaída. Podíamos levá-lo para um hospital e eles a admitirão pra que faça uma avaliação.
— Eu não o sequestrei, droga. Isto não é o que parece. Precisamos ir. Dirija! Explicarei tudo para você mais tarde, mas ele está em perigo.
— Você sabe como amigos dizem aos amigos quando perderam o juízo? Amanda lambeu os lábios. — Essa é a hora.
Lauren ergueu sua cabeça o suficiente para ver o rosto da sua amiga corado e olhou para ela. Abriu sua boca, mas apenas a fechou. Estava muito cansada para gritar naquele momento. Decidiu apenas ser sincera.
— Você precisa confiar em mim. Por favor, dirija Amanda. Isso realmente não é tão ruim quanto pensa.
— Aonde vamos?
— Sua casa.
Amanda assentiu. — Certo. Merda, estamos muito encrencadas. É melhor ter uma boa razão para isso. Não posso acreditar no que estou fazendo.
Lauren queria usar o celular de Amanda para ligar para a polícia, mas não ousou depois que lhe pediram que não fizesse. Rezou para que a equipe chegasse, mas não estava disposta a espiar para ter certeza que a ajuda chegaria a tempo. Tirar Wrath de lá era a sua prioridade, a única coisa que podia fazer. 85
pq eu acho que a amanda tbm pode ter trabalhado para a mercile e que mais cedo ou tarde ela vai trair a lauren?
ResponderExcluirSerá?
ExcluirAí se isso acontecer , vou ficar muito puta kkk , porque já estou contando com ela junto com outro NE
ExcluirQueria ter uma amiga igual a amanda kkk topo colocar um homen desacordado no carro dela e levar para a casa dela só porq sua amiga insistiu kkk
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