sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Capítulo 017


CAPÍTULO 17 Í
Um alarme de carro disparando ao longe despertou Lauren e ela ficou tensa, desorientada, mas o braço ao redor da sua cintura, a fez lembrar-se de depressa de sua realidade. Estava presa dentro de uma jaula com 140, sua bochecha descansava em seu braço e o som que ouviu era típico.
— Está tudo bem. Ele assegurou-lhe. — Nós ouvimos esses sons às vezes.
— Alarme de carro, ela forneceu. — Todo mundo parece ter um destes hoje em dia. Acho que está ventando lá fora ou um gato saltou nele. Meu Tiger disparou muitos deles.
— Tiger?
— Meu animal de estimação.
— Você está aquecida o suficiente?
— Sim. Obrigada. Ele estava mantendo-a aquecida, fez seu sono suportável no espaço limitado, e fechou seus olhos novamente, pronta para se desligar.
140 rosnou, seu corpo ficou rígido e sua cabeça ergueu.
— O que foi? Você vê um rato?
— Não. Sinto cheiro de humanos.
— Eu sinto também, um dos outros Espécies sussurrou.
— Desconhecido. Um deles rosnou.
—Graças a Deus! A alegria bateu em Lauren enquanto tentava se sentar, mas 140 a segurou contra ele. — Solte-me. Deve ser a cavalaria.
— Quem? 140 não a largou.
— A ONE. Eles devem ter nos achado, entenderam minha mensagem, e nos descobriam. Todos permaneçam calmos. Ela sussurrou. — Estes serão os homens bons e alguns de seu povo devem estar com eles. Lágrimas encheram seus olhos. — Wrath deve estar lá fora também.
Um homem gritou e foi o começo da ação rápida, que fez Lauren gritar apavorada e confusa. As placas sobre as janelas explodiram, vidro quebrou e estrondos altos a ensurdeceram. Gritos de homens, luzes ofuscantes, e fumaça vieram junto.
Grandes formas pareceram voar pelas janelas, agora destruídas, e o grande corpo atrás dela foi imediatamente embora. Ele quase pisou nela quando prendeu seu corpo entre suas panturrilhas, se colocando por cima dela meio inclinado. Ele rosnou.
Ela teve que piscar algumas vezes para se ajustar as lanternas, ressaltando por toda parte da grande sala. Botas batiam sobre o chão da velha pista de dança, e assistiu formas escuras passarem correndo pelos lados das jaulas. Uma das grandes formas foi para o outro lado da gaiola e rosnou. Sua cabeça foi naquela direção, e Wrath abaixou o suficiente para que o visse claramente.
— Wrath! Tentou se virar e rastejar para ele, mas as pernas de 140 ainda a prendiam.
140 virou-se, e rosnou para Wrath, e recusou-se a solta-la. Wrath mostrou os dentes afiados, mas não fez quaisquer sons assustadores. Ergueu sua lanterna, possibilitando-lhe ver mais de suas características. Era a melhor visão que Lauren já viu.
— 140? Este é Wrath. Está tudo bem. Você pode soltar as minhas pernas, e deixar-me ir para ele?
Ele se moveu, se afastou, e ela rastejou alguns centímetros para Wrath. As mãos dele vieram através das barras estreitas, segurou seu rosto e a puxou para tão perto que sua pele esfregou contra o metal. Seus olhos pareciam pretos, enquanto olhava fixamente para eles. Os sons de ordens gritadas da força tarefa enfraqueceram, enquanto toda sua concentração estava nele. 141

— Ele a forçou a procriar? Machucou você? Não consigo sentir o cheiro agora pela maneira que com que entramos.
— Não.
Ela passou suas mãos pelas barras para tocá-lo. Ele estava morno. Ele a deixou acariciar seu queixo em ambos os lados e até abaixou-se para nivelar seus rostos.
— Você está me dizendo à verdade? Não foi machucada?
— Estou bem. Estou ótima. Você está aqui. Você veio por mim.
— Sempre, ele jurou.
Ele levou seu olhar de volta para algo atrás e acima dela.
Ela virou sua cabeça e viu 140 os assistindo quietamente do outro lado da gaiola. Ele franziu a testa, seus olhos estreitaram-se e ele balançou a cabeça.
— Tenho uma companheira. Ela está no andar de baixo. Estava apenas mantendo a sua aquecida. A pele dela é mais fria que a nossa. Por favor, ache minha companheira.
Lauren olhou para Wrath. — Ela está doente. Não sei o que fizeram com ela ou por que, mas eles a mantêm no porão.
Brass de repente estava lá. — Estou nessa. Eu a pegarei. E correu para longe.
Wrath largou Lauren e moveu-se para a porta da jaula. Um membro humano da força tarefa o encontrou lá. O homem caiu de joelhos, apontou uma lanterna para a fechadura e retirou um pequeno kit de um dos bolsos em sua calça.
— Isto será fácil demais, o homem riu, olhando para Wrath. — Posso soltar todos eles? É seguro? Virou sua cabeça para olhar cautelosamente para 140. — Nós estamos aqui para salvar você e seu povo. Agradeço se não tentar me atacar. Vocês acabariam com nossa raça.
140 assentiu. — Sabemos que não são nossos inimigos. Virou a cabeça para os outros três Novas Espécies. — Relaxem. Estão aqui para nos libertar.
— Os deixe sair. Wrath ordenou. — Lidarei com isto se um atacar.
O humano no chão foi trabalhar na fechadura. Em trinta segundos conseguiu abrir. Ele se levantou, abriu a porta e andou para trás. Lauren correu para os braços abertos convidativos de Wrath.
Ele a ergueu fora de seus pés, seus braços quase a esmagando contra seu tórax, até que seus rostos estavam nivelados. Ela lançou seus braços ao redor de seu pescoço, e embrulhou suas pernas ao redor de sua cintura. Ela o agarrou e enterrou seu rosto contra seu pescoço, emocionada por poder tocá-lo novamente. A iluminação no quarto aumentou finalmente pegando sua atenção, e ela ergueu a cabeça para perscrutar ao redor.
Membros da força tarefa que entraram com lanternas a bateria permaneciam observando-os calmamente, e Lauren riu quando Wrath começou a cheirá-la.
— Preciso de um banho. Você poderia parar com isso até que eu cheire melhor.
Ele riu. — Não me importo. Você está segura.
— Eu sabia que viria. Ela olhou fixamente em seus olhos. — Não tive nenhuma dúvida disto.
Ele rosnou. — Não vou deixá-la ir novamente.
— Minha companheira. — 140 rosnou. — Posso ir para ela?
Wrath inclinou a cabeça para olhar ao redor de Lauren, aliviou sua pegada, mas se recusou a soltá-la. — Espere aqui onde é seguro. Eles a trarão para você assim que julgarem que é seguro move-la. Ela virá sem nenhum dano de nossa parte.
140 compassou na cela e Lauren não entendeu por que ficou dentro dela, quando a porta foi escancarada. Olhou para longe, percebeu que as outras portas das jaulas foram destrancadas pelo membro da força tarefa, ainda assim, nenhum dos três saiu também. O seu olhar varreu para 142

procurar pela sala por uma razão, percebeu que pelo menos dez humanos e cinco Novas Espécies estavam olhando os recentemente libertados homens, e perguntou-se se o medo os afastava de se aventurarem lá fora.
— Vocês podem sair de suas jaulas. Lauren os informou.
O macho felino de cabelo dourado saiu cuidadosamente da jaula, olhando incerto e se preparou para atacar se necessário. Um movimento no canto de seus olhos a fez virar a cabeça, e ficou boquiaberta quando uma alta, cabeluda fêmea Nova Espécie veio andando a passos largos para o edifício. Ela não estava vestindo um uniforme, apenas uma calça jeans e uma camiseta. Seu olhar escuro percorreu em volta da sala, passou por Lauren e Wrath e fixou-se no felino que congelou a passos de distância da porta da jaula aberta.
— Eu antigamente era 52, mas escolhi o nome de Midnight. Parou a alguns centímetros de distância dele, abertamente estudou suas características, e calorosamente sorriu. — Estão protegidos dos técnicos que os prendiam, e não estão mais a mercê deles. Pausou. — Estão livres. Vocês irão para casa conosco, para nosso povo, e nunca mais serão trancados novamente. Ela curvou sua cabeça para ele ligeiramente, antes de encontrar seu olhar fixo atordoado mais uma vez. — Chamamos a nós mesmos de Novas Espécies e vocês têm uma família agora. Olhou para todos os quatro machos antes de encarar o macho felino novamente. — Todos vocês são uma família.
— Não posso acreditar que isto é real. O felino loiro se afastou da sua jaula e virou-se para olhar para Lauren. — Você não estava tentando nos enganar com as histórias que compartilhou.
Lauren balançou a cabeça. — Não. Eu não estava.
O canino de cabelo escuro saiu de sua jaula, e caminhou em direção a Midnight. A mulher Espécie ficou ligeiramente tensa, o encarou, mas não recuou. Ele se moveu um pouco mais perto dela, seu olhar vagou por seu corpo e ele cheirou. Lauren teria dado um tapa em qualquer cara que abertamente mostrasse seu interesse sexual, mas Midnight pareceu não estar ofendida. Ele hesitou.
— Posso?
O olhar de Midnight estreitou. — Você deseja ter uma sensação melhor de mim?
Ele apenas olhava fixamente para ela.
— Tudo bem, mas não toque. Não te conheço.
Sua linguagem corporal permaneceu em alerta, mas ficou quieta, enquanto ele lentamente a circulava, a cheirou algumas vezes e pareceu olhar cada centímetro de seu corpo e roupa.
— O que ele está fazendo? Lauren sussurrou para Wrath.
— Não está certo do que pensar dela, e todos os odores que está sentindo são novos para ele. Nós temos prazer de selecionar tudo que usamos pelo cheiro. Xampu, loção corporal e até nossos sabões de lavar roupa. Ele não abordará um macho com sua curiosidade, então trouxemos uma fêmea, esperando que isso acelere o processo deles confiarem em nós. Wrath manteve sua voz baixa, seus lábios quase contra sua orelha e sua pegada apertou. — Ela é menos ameaçadora para eles.
Lauren assistiu o canino finalmente recuar alguns centímetros, um franzido firmemente curvou seus lábios. — Você é uma dos nossos, mas você cheira tão diferente.
— Isto é liberdade. Midnight olhou para o outro Nova Espécie que tinha acabado de deixar a jaula, então voltou sua atenção para 140. Ela cheirou o ar, lentamente chegou mais perto de onde ele esperava em sua jaula, e parou na porta aberta. Olhou para Shadow.
— Onde está a fêmea Espécie? Ela é a companheira dele? Posso sentir o cheiro dela saindo dele. 143

— Brass e a equipe a estão pegando. Ela estava mantida em um local separado no edifício.
140 rosnou. — Eu a quero.
— Calma. — Midnight sussurrou, abrindo as mãos ao seu lado. — Ela estará segura com eles. Eles a trarão assim que for libertada. Seu olhar arremessou para Shadow novamente. — Por que está demorando?
— Não sei.
— O que acontecerá conosco agora? O canino chegou mais perto de Midnight. Ele invadiu seu espaço pessoal novamente, mas não a tocou.
Midnight ficou no lugar mais uma vez, e apenas encontrou seu olhar fixo e intenso calmamente. — Você me seguirá para fora deste edifício. Há veículos lá fora esperando para nos levar para casa e se encontrará com mais de nós. Pausou. — Temos espécies e humanos não ameaçadores que trabalham para nós. Eles te checarão para ter certeza que não precisa de tratamento médico e você será legal com eles.
Suas sobrancelhas se ergueram.
— Eles são nossos amigos. Midnight hesitou. — Sei que pode não entender isso, mas estes humanos nunca prejudicaram nosso povo. Não trabalharam para a Mercile e nos ajudam. Nós não somos doutores, mas eles são. Você entende?
Ele rosnou e Midnight fez algo que fez Lauren ofegar, enquanto Wrath ficava tenso. A mulher de repente virou, seu pé saiu do chão e ela bateu nas pernas do canino por debaixo dele. Ele bateu no chão duro de costas e Midnight saltou em cima dele. Ela sentou-se em sua cintura e rosnou quando se debruçou por cima dele. Suas mãos seguraram seu rosto e ela chegou tão perto que podiam ter se beijado.
— Não se mova, ela exigiu. — Fique tranquilo e me escute cuidadosamente. Um daqueles humanos é uma fêmea acasalada com um dos nossos machos. Odiaria levá-lo para casa apenas para ser morto por ele, quando não lhe der nenhuma escolha a não ser protegê-la. Quaisquer dos humanos com quem entrar em contato são nossos amigos. Você me entende?
Ele rosnou, mas não lutou.
Midnight hesitou antes de soltá-lo e ficar de pé. Ela ofereceu-lhe a mão. — Você está mais fraco agora. Foi enjaulado e duvido que o alimentaram bem. Eu podia acabar com você em uma briga. Se comporte. Você está livre, mas isso não significa que pode ser um imbecil.
Lauren fechou sua boca e assistiu a forte fêmea puxar o macho de pé. Ele não grunhiu novamente, mas manteve-se afastado dela. Toda sua raiva pareceu ter sido nocauteada dele, tão eficazmente quanto o ar em seus pulmões devem ter sido, quando foi derrubado no chão.
O felino de cabelo dourado fez um barulho longo, e Midnight virou-se em sua direção. Ela ficou tensa e suas características apertaram.
— Você precisa ser levado para o chão e conversar?
Ele balançou a cabeça e lentamente sorriu. — Você é uma fêmea feroz. Há mais como você para onde estamos indo?
Um riso abafado escapou dela e soltou as mãos ao seu lado. — Sim. Você é mais um amante do que um lutador, não é?
Ele fungou. — Não cheiro nenhum macho em você. Existe um em sua vida?
— Existe. Não sou acasalada com ele, mas existem bastante fêmeas para você conhecer melhor. Nós discutiremos isso no caminho para nossa casa. Informarei no caminho o certo e o errado para consegui-las.
— Bom.
— Onde está minha fêmea? 140 começou a andar em sua cela, agitado. Midnight chegou 144

mais perto dele.
— Calma, ela sussurrou. — Eles a trarão logo. Ela atirou em direção a Shadow um olhar preocupado.
— Posso ir até ela? Sei onde ela está. Por favor? Ela estará... — 140 parou de falar e virou a cabeça na direção do corredor. Ele se jogou adiante, deixou sua jaula e correu naquela direção.
Brass de repente apareceu carregando uma alta, e parecendo frágil mulher Nova Espécie em seus braços. Um cobertor estava embrulhado ao redor de seu corpo, mas isto não escondia o quão magra estava. Sua cabeça descansava contra seu peito e não parecia que estava consciente. Ele viu 140 vindo e congelou, ficando naquele modo.
140 os alcançou e abriu seus braços. — Dê-me ela.
Brass hesitou. — Ela precisa de um médico. Nós precisamos do transporte aéreo para levá-la para a nossa instalação médica. Ele olhou ao redor da sala, procurando por alguém. — Tim? Consiga um dos nossos helicópteros para cá agora mesmo. Ela está em condições críticas.
— Dê-me ela. 140 rosnou.
— Eu vou dar. Brass assegurou. — Você pode segurá-la, mas precisamos levá-la para os nossos doutores. Chegou mais perto do Espécie triste e transferiu a mulher para seus braços. — Sabe o que fizeram com ela? Os humanos que capturamos não falaram.
140 suavemente embalou a mulher em seus braços, e descansou sua bochecha contra o topo de sua cabeça. A dor soava em sua voz.
— Eles têm lhe dado umas pílulas que a fazem ficar mais doente. Não sei o que é. Eles se recusaram a nos dizer o que fazem. Por favor, ajude-a.
Brass virou para um dos humanos membro da força tarefa. — Ligue para Homeland e diga-lhes para acordar todo mundo. Tenham Médicos aguardando. Olhou para um dos Novas Espécies. — Slash, ligue para Justice. Conte-lhe o que está acontecendo e que precisamos descobrir o que fizeram com ela. Estamos enviando os prisioneiros para Homeland, e quero Darkness lá para interrogar os bastardos. Ele os fará falar. Finalmente olhou de volta para 140. — Vamos fazer tudo o que pudermos para salvá-la. Você tem minha palavra.
Lauren piscou de volta as lágrimas. A mulher estava tão pálida, tão inanimada, que já parecia morta. A sensação pesada na sala a assegurou que todo mundo estava mais do que ciente do quão mal a Nova Espécie estava.
— Siga-me. Brass falou para 140. — Prometo que ninguém a tirará de você. Poderá ficar com ela, mas nossos médicos precisam trabalhar nela quando os alcançarmos. Você tem que permitir que façam isso. Prometo que farão todo o possível para salvar a vida dela.
— Por favor. 140 sussurrou.
Brass se moveu e todo mundo se afastou para dar caminho a eles. Alguns dos homens chutaram a parede abaixo de uma janela, para 140 não ter que andar por cima dela para chegar do lado de fora. Um helicóptero podia ser ouvido se aproximando, e Lauren abraçou Wrath mais apertado, agradecida por estarem juntos, e terem uma perspectiva mais feliz do que 140 e sua companheira.
— Aquela poderia ter sido você precisando de um médico.
Lauren olhou fixamente para os bonitos e assombrados olhos de Wrath, e sabia que os dois ponderaram a mesma coisa. Ele continuou a segurá-la até que ela falou.
— Você deveria me soltar. Não sou exatamente leve.
Ele balançou a cabeça. — Não. Vamos sair daqui. Estou levando-a para a minha casa.
Ela provavelmente deveria ter se sentido envergonhada dos muitos olhos que estavam os assistindo, mas não estava, enquanto Wrath caminhava com ela para fora. Enterrou o rosto em seu 145

pescoço, fechou seus olhos e apenas se agarrou nele.
Ele teve que colocá-la no chão quando andaram até o SUV para abrir a porta. Ela entrou, ele veio atrás dela e Shadow abriu a outra porta. Os homens estavam um em cada lado dela e se sentiu segura. Seu olhar foi para o edifício quase todo destruído, todas as janelas tinham buracos agora, e esperava nunca mais vê-lo novamente. Uma vez teve boas memórias do Jasper, mas não mais.
Wrath de repente se virou em seu lugar, suas mãos cavaram por trás de suas costas e debaixo de suas coxas, ergueu-a e colocou-a de lado em cima de seu colo. Ela não protestou, ao invés disso apenas se debruçou contra seu peito e enrolou-se em seu grande corpo.
— Você está realmente bem, Lauren?
Ela assentiu contra ele. — Estou. Estou apenas contente que acabou.
— Você é muito valente. Shadow declarou. — Achamos o macho que matou dentro de sua casa. Fiquei orgulhoso.
Seu estômago remexeu com a lembrança, e ela não estava certa do que dizer sobre isso. Seu silêncio esticou até as portas da frente do SUV abrirem. Dois humanos membros da força tarefa entraram, e ambos olharam para trás. Um rosto familiar sorriu para ela do banco do passageiro.
— Ei Lauren, Brian saudou. — Estamos contentes por tê-la de volta. Como você está?
— Muito melhor. É você? Estava sangrando e desmaiado da última vez que o vi.
— Estou bem. O que é uma pequena concussão e perda de sangue? É por isso que não estou dirigindo hoje. Ouvi o que estava acontecendo, quem foi sequestrada, e não perderia esta missão.
— Obrigada. A emoção sufocou sua voz. — Por favor, agradeça a todos que estava aqui hoje por mim.
— Vamos para casa. Wrath ferozmente rosnou. — Agora. Lauren precisa de um banho. Ligue o motor e nos leve para a sede. Não sei quanto tempo mais posso manter o controle.
O olhar de Lauren voou para Wrath. Surpreendeu-se com suas intenções de deixá-la nua, mas isso a divertiu também. — Você sentiu tanto minha falta assim, hã?
Ele rosnou em vez de responder, mas não parecia excitado. Sua expressão brava a confundiu enquanto olhava para ele no interior escuro do veículo, esperando que não estivesse assim porque conversou com Brian. Lembrou que achou que o cara estava flertando com ela mais cedo.
— Você está com o cheiro forte de outro macho. Shadow explicou. — Ele já está agitado porque estava preocupado que não conseguiríamos você de volta viva e bem. Teve todos os tipos de pensamentos horríveis passando pela sua mente, do que aqueles imbecis poderiam fazer com você. Está altamente estressado e o cheiro de outro macho em você o deixa muito pior. Precisa de um banho antes que ele possa se acalmar. É uma característica dos Espécies. Não apreciamos sentir o cheiro de outro macho nas nossas fêmeas. Shadow riu. — Fazer sexo com ele cheirando a outro macho, provavelmente o deixaria com um humor muito pior também.
Lauren olhou fixamente nos olhos de Wrath, sem ter tanta certeza se entendeu a razão para sua angústia. Podia aceitar que não fosse como os outros homens. — Ele apenas me manteve aquecida e nada aconteceu entre 140 e eu. Sinto muito que esteja chateado. Deixarei você lavar minhas costas, certo? É apenas temporário.
— Eu sei. Odeio que não estivesse lá para protegê-la.
Ela não sabia como o confortar. Ele estava realmente chateado e ela apenas se enrolou de volta em seu corpo. Seus braços envolveram ao redor dela firmemente.
Shadow atendeu a um telefonema no celular quando isto tocou, e escutou por alguns minutos. Desligou. — Nosso novo povo está no helicóptero em segurança. O doutor em voo está 146

examinando a fêmea, mas não parece bom. Eles farão tudo o que puderem.
Tristeza rastejou por Lauren. Pobre 140. Ergueu a cabeça e encontrou os olhos de Wrath. Se eu o perdesse para sempre… Empurrou o pensado para longe. Nem ao menos queria contemplar uma vida sem ele.
— Pude cheirar a doença nela. Wrath admitiu. — Isso nunca acabará Shadow? Aqueles imbecis nunca pararão de machucar nosso povo?
— Nós acharemos todos eles. Shadow prometeu. — Capturamos os humanos e eles nos dirão o que fizeram com a fêmea. Shadow pausou. — A propósito, você é brilhante Lauren. Queria te elogiar pela sua inteligência. Estamos todos muito orgulhosos de como manipulou o humano para ligar para Homeland. Wrath mencionaria isso ele mesmo, mas está muito sentimental agora.
— Estava assustada, e Mark estava desesperado o suficiente para aceitar qualquer plano para tirá-lo daquela bagunça. Ele disse que costumava trabalhar para Mercile, e acabou trabalhando para a mulher liderando aquele buraco infernal. Sinto muito sobre as mentiras que disse sobre ser companheira de Wrath, e do modo que impliquei que podia fazer acordos com a ONE. Ela encontrou os olhos de Shadow. — Tive que dizer muitas coisas para sobreviver e tentar guiá-los e para fazer com que viessem até nós.
— Você fez muito bem e as mentiras que disse foram boas. Shadow riu. — Você divertiu e impressionou Justice North. Estou certo que ele gostaria de encontrá-la, Lauren. Ele disse que você é uma fêmea muito valente.
— Isto é bom de ouvir. Eu o vi muito na televisão. Ele parece muito legal.
Shadow sorriu. — Ele é, a menos que lide com alguém que trabalhou para Mercile ou traiu nosso povo. Então, nem tanto.
— Falaremos sobre tudo isso mais tarde. Wrath escovou seus dedos pelo seus cabelos, acariciou sua bochecha e a puxou firmemente contra ele. — Preciso segura-la para assegurar a mim mesmo que está realmente aqui.
Lauren se ajustou contra ele até que chegaram a sede. Ela ainda não tinha nenhuma ideia de onde estava localizada, esqueceu-se de prestar atenção novamente. Wrath a ajudou a sair do SUV, a pegou em seus braços e andou a passos largos para o elevador com Shadow ao seu lado.
— Posso caminhar.
Wrath ignorou aquilo e virou sua cabeça para falar com Shadow. — Você, por favor, pode trazer comida para ela? Seu estômago está roncando.
— Claro. Enviarei alguém para conseguir algo bom para ela comer. Não deve levar muito tempo e baterei para informar que está do lado de fora da porta.
— Obrigado. Wrath andou para o elevador quando as portas abriram. — Colocarei as roupas dela no corredor. Você dará fim a elas para mim?
— Minhas roupas? Os olhos de Lauren arregalaram. Por que queria jogar fora suas roupas? Elas precisavam ser lavadas, mas não estavam rasgadas ou manchadas que pudesse ver.
— Eu irei. Shadow concordou, empurrou um botão no painel e falou com Lauren. — Ele nunca mais quer ver o que está vestindo. Só o lembrará do quão perto chegou de perdê-la.
Shadow os seguiu até o quarto de Wrath e abriu a porta para seu amigo, já que Wrath estava determinado a carregá-la por todos os lugares. Lauren o viu fechar a porta firmemente atrás dele. Olhou para Wrath. Estavam finalmente a sós.
Ele evitou olhar para ela, a levou para o banheiro e abaixou seu corpo o suficiente para deixá-la em pé. O espaço não era muito grande, Wrath era, e ficou estreito quando se curvou para ligar o chuveiro.
— Tire a roupa, pediu, sua voz estava áspera, enquanto ajustava a temperatura da água. — 147

Se apresse.
— Estou realmente bem, Wrath. Está sendo tão gentil, mas pode relaxar agora. Nós estamos aqui, juntos, e tudo vai ficar bem.
Um grunhido rasgou de sua garganta. Ele virou e suas mãos agarraram seus braços. Não machucou, mas podia se mover rápido. Seu tamanho era intimidador e isto a chocou quando suas presas foram exibidas.
— Não tenha medo de mim. Nunca a machucaria. Estou enfurecido comigo mesmo por permitir que se machucasse. Você está tentando me fazer sentir melhor, mas nada fará. Nunca deveria ter permitido que saísse da minha vista. Devia ter me certificado que todo mundo em Homeland soubesse que não queria voltar para descobrir que foi embora, e deveria ter insistido que a trouxessem para mim imediatamente. Eu a desapontei, deixei-a vulnerável para os meus inimigos e poderia ter morrido.
Lágrimas encheram seus olhos. Partia seu coração vê-lo tão perturbado e percebeu o quão profundamente se importava com ela. — Não é culpa sua, Wrath. Por favor, não culpe a si mesmo. Sabe com quem deveria estar furioso?
Seu aperto ficou gentil. — Quem?
— Os imbecis que me levaram, mas estou contente que isso aconteceu.
As feições de Wrath apertaram.
— Nunca teríamos descoberto sobre aqueles cinco Novas Espécies se não tivesse sido sequestrada. Estava assustada, faminta, e realmente foi ruim, mas não vamos esquecer a parte importante. Cinco de seu povo estão em Homeland agora, porque fui levada. Isso faz tudo valer a pena para mim.
— Sua vida é mais importante para mim.
Seu coração acelerou e lágrimas encheram seus olhos. — Você falou sério. Esperança chamejou que estivesse apaixonado por ela tanto quanto o amava. As palavras cresceram em sua garganta, mas não teve a chance de dizer-lhe como se sentia.
Ele olhou para longe, soltou seus braços e deu um passo para trás. Sua mão disparou e bateu na porta do banheiro, os fechando do lado de dentro. — Conversaremos sobre isso mais tarde. Preciso que este cheiro dele saia, Lauren.
— Certo.
Ele olhou fixamente em seus olhos. — Não me tema.
— Eu não estou com medo. Ela não estava.
Suas mãos rasgaram sua camisa. Tirou-a imediatamente de seu corpo. Ela não protestou quando ele caiu de joelhos, freneticamente removeu o resto de suas roupas até que estivesse totalmente nua diante dele. Ele ficou em pé, agarrou seus quadris e ela agarrou seus braços na parte de cima para manter-se equilibrada, quando ele a ergueu no jato de água morna.
Ele parou quando metade dele estava dentro e a outra metade estava fora do box do banheiro. O material rasgou quando tirou sua roupa depressa e as descartou no chão. Lauren apreciou cada centímetro bonito de pele perfeita que ele mostrou, e seu coração acelerou mais quando finalmente entrou completamente no pequeno espaço com ela. Nenhum cara já havia estado com tanta pressa para ficar totalmente nu em um chuveiro com ela antes, e isto a deixou um pouco ofegante.
Wrath estava ostentando uma grande ereção enquanto seu olhar amoroso a examinava. Sua masculinidade primitiva a fez sentir-se até mais feminina, e até minúscula, comparada ao seu tamanho. Ele se pressionou nela, olhou-a até embaixo e rosnou com uma voz profunda e sexy.
— Preciso lavar cada centímetro seu. 148

Lauren apertou suas costas contra o azulejo e espalhou seus braços e pernas separadamente, para dar-lhe acesso total a frente do seu corpo. — Sou toda sua, querido.
O desejo quente que chamejava em seus olhos marrons escuros, quase a derreteu onde ela permanecia. Sua mão disparou para a prateleira embutida, agarrou o frasco do sabonete líquido e esvaziou um monte em sua palma. O frasco bateu no chão e a fez saltar com o som alto, mas as mãos de Wrath de repente estavam por toda parte dela. Grandes mãos agarraram seus ombros, deslizaram até agarrar seus seios, e continuaram explorando abaixo por seus quadris.
Ela teve de se lembrar de respirar enquanto se debruçava contra o azulejo, suas mãos deixando trilhas de sabão de sua garganta até a cintura. Ficou mais difícil de respirar quando ele se ajoelhou e aquelas mãos arrastaram até seus pés. A textura áspera de seus calos nas pontas dos dedos a excitou.
— Você não estava brincando sobre me limpar, não é?
— Não, rosnou. — Vire.
Wrath batalhou com o desejo de uivar. Quase perdeu Lauren, outro macho poderia tê-la reivindicado e o conhecimento de que foi tocada por um, permanecia em sua mente, mesmo depois que lavou o fedor de 140.
Ela é minha! Aquele pensamento o fez deslizar suas mãos para o alto de suas pernas, para o lado de dentro de suas coxas, as separou, e explorou seu sexo. O pequeno suspiro de Lauren o excitou mais. Seu dedo provocou a junção de sua boceta e seu olhar focou-se lá. Precisava lembrar a ambos que ela pertencia-lhe.
Ele pressionou afastando mais suas pernas. O desejo de enterrar seu rosto lá cresceu, e lambe-la até que implorasse que a tomasse. Ele rosnou para anular o desejo de saborear a excitação que o asseguraria que ela o queria também.
Minha! Uma emoção feroz o agarrou e ele a pressionou mais contra a parede. Aninhou seu rosto no estômago dela, enquanto seus dedos exploravam a junção tentadora de sua boceta. Sabia que estava perdendo o controle, mas naquele momento não se importou. Precisava dela e a tomaria.
Sua audição aguçada capturou o som da porta exterior de seu quarto sendo aberta, e a frustração o atingiu rápido. Um grunhido saiu de sua garganta, enquanto esperava que fossem embora. Isso não aconteceu e pegou todo seu controle para se afastar, antes de forçar Lauren a abrir mais suas coxas para permitir que sua língua cavasse dentro da sua boceta morna e sedutora. 149

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