segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Capítulo 015


CAPÍTULO 15 Í
Duas semanas de miséria se passaram desde que chutou Justice de sua casa. Ele a deixou sozinha, conseguiu evitá-la completamente. Ela forçou sua atenção em Breeze.
Um grande edifício apareceu por trás da mulher Espécie e a emoção brilhou em seus olhos.
— É isso. Vai se divertir, Jessie.
— Este é seu grande ponto de encontro, hein?
— Sim. É um bar e clube de dança juntos. Este é o lugar onde a gente sai com os amigos ou se liga com um macho se quisermos compartilhar sexo. Vou apresentá-la e vai fazer novos amigos. A dança é divertida e estamos ficando bons nisso. Ellie gosta de dançar e nos ensinou. Vai ser bom para você fazer algo além de trabalhar ou ficar dentro de casa.
— Adoro Ellie. — Jessie admitiu. Conheceu a mulher que dirigia o dormitório das mulheres, instantaneamente se identificou com ela e se tornaram amigas. Ellie era a primeira mulher humana a se casar com um macho Espécie. Só trabalhava algumas horas por dia no dormitório, mas funcionava sem problemas. Jessie passava todo seu tempo no dormitório quando não estava de mau humor na casa dela. Parecia que seu trabalho na ONE consistia em sair com as mulheres e ser sua amiga.
— Adoro Ellie também. — admitiu Breeze.
— Ela é divertida, mas espero que se sinta melhor logo. Essa coisa no estômago pela gripe me preocupa. Vomitou novamente hoje.
— Está sob cuidados de um médico e vai ficar bem. — Breeze mudou de assunto. — Vê por que ela é minha melhor amiga?
— Sim.
Música alta explodia do interior do edifício antes de chegarem às portas duplas. Breeze abriu um lado e acenou para Jessie entrar, seu amplo sorriso a convidando a partilhar o clube Espécies. Isso divertiu Jessie, que secretamente imaginava que seria provavelmente o bar e clube de dança mais bobo que viu, porque essas pessoas eram novas em festa, mas jurou que tentaria se divertir.
A sala era grande, aberta e mal iluminada. Tinham um bar que funcionava ao longo de uma parede, perto da porta da frente e mesas na mesma área. Mesas de bilhar e máquinas de pinball foram adicionadas. Na parte de trás do edifício, a alguns passos, uma pista de dança cheia de corpos em movimento chamou sua atenção.
A surpreendeu ver dezenas de mulheres do dormitório junto com os homens. Devia haver mais de uma centena e sua capacidade de dançar parecia bastante avançada. Ela os observou balançando graciosamente, os movimentos sexy e nenhum pouco bobos. Suas sobrancelhas levantaram, mas manteve o sorriso no lugar quando a porta fechou atrás delas e Breeze agarrou sua mão, a puxando na direção do bar.
— Nós gostamos de dançar. — gritou Breeze sobre a música. — Vamos pegar uma bebida. Laurann Dohner Justice
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Jessie pediu uma bebida mista, querendo ficar um pouco tonta após as últimas semanas, mas observou que a maioria dos clientes bebiam refrigerante direto das latas. Sentaram-se no bar. Breeze se torceu em seu assento bebendo o refrigerante e olhou com cobiça para os dançarinos.
— Vá dançar, Breeze. Posso ver o quanto quer.
Breeze olhou para ela.
— Venha comigo.
— Vou um pouco, mas quero terminar meu drinque primeiro.
— Basta sair e me encontrar quando terminar. Nossos homens são educados e não vão atacá-la. Tem que dizer que deseja compartilhar sexo com eles, se quiser levar um para casa com você. Amo dançar! — Breeze disparou de seu lugar, deixando o refrigerante, e quase correu para a pista de dança.
Jessie estava feliz que não esteve engolindo a bebida quando ouviu as palavras de despedida da outra mulher. Compartilhar sexo? Levar alguém para casa? Merda! Tomou um gole de bebida, esperando que sua nova amiga não esperasse que ficasse com um cara para um caso de uma noite. Teve muitas conversas com as mulheres, sabia que faziam isso muitas vezes, mas não esperava que Breeze pensasse que podia desfrutar desse passatempo. Terminou a bebida com esse pensamento sombrio pendurado em sua cabeça.
O barman era uma fêmea Espécie chamada Christmas. Era uma pessoa naturalmente feliz e sorria o tempo todo. Ela caminhou até Jessie com outra bebida, e em seguida, foi embora. Jessie deu de ombros e tomou um gole, admirando seu serviço ao cliente. Não trocavam dinheiro, e obviamente não esperavam que alguém pedisse outra bebida, o que garantia que seus clientes nunca tivessem sede.
Jessie virou no assento, estudou os dançarinos e viu Breeze dançando com um alto macho Espécie na frente. O sorriso foi instantâneo. O casal se movia junto, peito a peito e flertavam escandalosamente. Quase podia imaginá-los fazendo sexo quando a mulher alta se virou nos braços do cara mais alto, empurrou sua bunda contra a frente de seu jeans e se mexeu em seus braços. Jessie tomou outro gole de bebida, percebeu que provavelmente ia para casa já que Breeze encontrou alguém e decidiu sair no segundo drinque. Não queria beber e dirigir, mesmo que fosse apenas num carrinho de golfe.
Terminou seu segundo drinque e Christmas encontrou seus olhos. Jessie balançou a cabeça negativamente. A barman se moveu e Jessie enfrentou a pista de dança novamente. Breeze e o macho dançaram quatro músicas juntos, músicas rápidas, mas quando a música terminou, a próxima era uma melodia mais lenta, voltada para a dança lenta.
Muito poucos dançarinos deixaram a pista de dança para ir na direção do bar. Podia atestar depois de observá-los dançando que estavam com sede. Quando os corpos se afastaram um casal dançando chamou a atenção de Jessie. O sorriso escorregou de seu rosto e a dor atravessou seu coração.
Justice dançava com Kit, uma fêmea Espécie com quem falava com frequência, no dormitório feminino. Laurann Dohner Justice
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Seu cabelo vermelho brilhante caia em seus ombros. Tinha cerca de 1,80m de altura e belos olhos felinos. Usava uma minissaia de couro preta e uma camiseta que revelava sua barriga lisa.
Jessie espiou as pernas bem torneadas que pareciam nunca terminar até seus sensuais saltos agulha. Provavelmente por isso parecia ser quase tão alta quanto o homem que a segurava firmemente em seu abraço enquanto se moviam juntos.
Justice era um grande dançarino. Era uma pantera, Jessie pensou. Eram animais graciosos e mostrava no jeito sedutor que se movia. Os braços musculosos estavam expostos, já que usava uma regata justa e calça jeans desbotada. Seu cabelo estava solto, não preso no seu rabo de cavalo de costume e parecia sexy como o inferno.
Kit se aproximou dele e virou até as costas pressionarem contra a frente de Justice.
Justice estendeu a mão e agarrou seus quadris, se movendo eroticamente contra ela como se estivessem fazendo amor. Kit virou a cabeça, olhou atrás para Justice e sorriu. Pareciam o casal perfeito e Kit era uma mistura de gato, como Justice. Era sua companheira ideal.
O estômago de Jessie apertou pela percepção de que Kit podia ser a única que mudaria para sua casa um dia. Jessie lutou contra as lágrimas que encheram seus olhos, mas se recusou a chorar pelo babaca e cerrou os dentes para combatê-lo. A imagem deles juntos na cama era vívida enquanto seus corpos se moviam com a música, Justice tocando com as mãos os quadris de Kit. Um de seus braços deslizou em torno de sua cintura para puxá-la mais perto e Kit riu. A mulher se virou, colocou os braços frouxamente ao redor de seu pescoço e esfregou o corpo ao longo da sua frente com os lábios quase se tocando.
Jessie virou, enganchou os pés no fundo do banco do bar e se levantou do assento para se inclinar para frente. Olhou para baixo freneticamente pelo bar e chamou a atenção de Christmas. Encenou um, por favor, com a boca. Christmas acenou.
Jessie sentou no banco e virou a cabeça, incapaz de afastar o olhar do acidente de trem de seu coração despedaçado. Justice ainda dançava com Kit agarrada a ele. Enquanto Jessie assistia, a mulher desceu seu corpo, se esfregando contra a frente de Justice e as mãos espalmaram sobre a barriga nua. Jessie se obrigou a se afastar, achando demasiado doloroso assistir, a tempo de ver Christmas deixar sua bebida. Jessie forçou um sorriso para agradecer, esperou tempo suficiente para a barman seguir em frente e tomou a coisa em alguns grandes goles.
— Jessie! — Flame deu um passo ao lado dela, sorrindo. — Está aqui.
— Estou. Como está? — Percorreu o olhar sobre ele, feliz que bloqueava a visão da pista de dança com o corpo grande. Vestia uma camiseta como a maioria dos homens lá e calça preta. O cabelo estava preso num rabo de cavalo.
— Estou bem. Nunca ligou.
Ela não fez.
— Sinto muito. Esta é a primeira noite que venho aqui. Breeze me trouxe.
Ele sentou na banqueta ao lado dela.
— Como está o trabalho? Laurann Dohner Justice
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— É fácil. Sento-me o dia inteiro falando com as mulheres e as fazendo se abrir comigo. Dou algumas aulas de culinária e mostro como usar a internet. — Encolheu os ombros. — Gosto disso.
— Fez amigos?
— Fiz. — Era verdade. Fez um monte de amigas. Não que pudesse contar seus problemas, já que seu principal era Justice North. — Como está seu trabalho?
Ele sorriu.
— Começamos a perseguir os manifestantes de volta e não gostam disso. Alguns partiram.
Ela riu, mais que um pouco embriagada e feliz por se agarrar a outro tema que a impedisse de olhar acima do ombro para ver o que Kit fazia com Justice.
— Isso é ótimo.
— Dance comigo. — Ele estendeu a mão. — Não tenha medo. Se não sabe dançar, não importa. Metade de nós não sabe, mas gostamos de nos divertir.
Jessie hesitou. Seu olhar se deslocou para a pista de dança com medo, mas Justice não estava mais lá. Saiu com Kit e um olhar abrangente em torno não o encontrou, e percebeu que saiu do bar. Se foi embora não teria que se preocupar de encontrar com ele. Talvez dançar tirasse de sua cabeça o que estaria fazendo com a alta e sexy mulher felina. Colocou a mão na maior de Flame. Sua pele estava quente, a lembrando de Justice. Empurrou o pensamento longe, não querendo chorar.
Jessie percebeu que era a pessoa mais baixa na pista de dança quando ficou claro o quanto mais altos todas as pessoas ao seu redor eram. Flame sorriu e começou a dançar, melhor do que deixou implícito. Ela se soltou, apenas para a música e sentir a batida. O álcool ajudou e, quando Flame se moveu, não hesitou em dançar contra ele.
Justice saiu do banheiro e foi até o bar onde Kit disse que o encontraria depois que usasse o banheiro das mulheres. Ela pediu suco e acenou para algumas pessoas.
Ele sentiu alguém vindo por trás e se virou para receber Breeze.
— Oi, Justice. Como está hoje? Está tirando uma noite de folga finalmente?
Ele sorriu.
— Todo mundo deveria ter uma noite de folga.
— Já ouviu sobre Tammy e Valiant? Como estão indo?
— Estão bem, Breeze. Estou feliz em dizer que já não aterrorizam o sono de ninguém.
Breeze sorriu e se virou, observando a pista de dança. Ela riu.
— Ótimo. Ela está se divertindo dançando. Ela faz isso muito bem também.
Justice tomou um gole da bebida que Chistmas entregou a ele.
— Quem é? Trouxe uma das novas aqui?
— Mais ou menos. — Breeze riu. — Ela é nova, mas não é Bela. Trouxe Jessie Dupree.
Justice quase deixou cair o copo. Ele se torceu em sua cadeira e examinou a pista de dança, não tendo que procurar muito para encontrar Jessie. Dançava com Flame na borda exterior do grupo. Justice fixou os olhos no par. O cabelo de Jessie estava solto, roçando no jeans apertado que abraçava sua bunda e camiseta preta decotada e apertada, exibindo o cremoso vale entre os seios. Laurann Dohner Justice
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Dançava tão bem que o ciúme o encheu instantaneamente, enquanto observava Jessie mexer a bunda e mover os braços acima da cabeça. Flame agarrou a mão de Jessie e a girou em seus braços até que caiu contra seu peito, a mão agarrando seu ombro e Flame se atreveu a baixá-la. A visão do homem dobrando as costas femininas e se pressionando firmemente contra ela arrancou um grunhido de sua garganta. Ele levantou tão rápido que a banqueta bateu no chão.
Kit e Breeze ergueram a cabeça para ele. Breeze falou primeiro.
— O que é isso? O que há de errado?
Ele olhou para Breeze.
— Trouxe uma humana aqui?
Ela parecia chocada.
— É Jessie. Ninguém iria incomodá-la.
—Está segura aqui — Kit confirmou. — Todo mundo a ama. Os machos vão se comportar.
— Ela não deveria estar aqui. — Ele conseguiu conter seu temperamento, mas não o suficiente para rosnar para ambas as mulheres. Seu olhar furioso se voltou para Jessie a tempo de ver mais de seus seios do que queria que alguém visse. — Tirem-na daqui, agora.
Breeze engasgou.
— Mas Justice, juro que ninguém vai machucá-la.
Ele virou a cabeça em sua direção e a olhou com raiva.
— É humana e sob nossa proteção. Nem todos gostam de humanos. Leve-a para casa agora, onde estará segura.
— Ela está com Flame. Ninguém ousará chegar perto dela com ele. Vai defendê-la se houver algum risco se esse é o problema. — Breeze mordeu o lábio. — Está segura comigo e está segura com ele. Flame nunca permitiria que nada acontecesse com Jessie. Ele gosta dela.
Kit bufou.
— Flame gosta de Jessie? Isso é dizer o mínimo. Ela é tudo que ele pergunta quando o vejo. Fala sobre ela indefinidamente. Não precisa se preocupar, Justice. Apostaria que se Flame conseguir, vai proteger seu corpo durante toda a noite, de todas as maneiras imagináveis. A única coisa que deixaria de tocar hoje à noite é ele mesmo.
Justice viu vermelho e saiu na direção da pista de dança. Flame tinha liberado Jessie, mas ainda dançavam muito juntos. Justice observou Jessie e o modo como se movia o lembrou de sua primeira noite juntos, quando ela subiu em cima e ele se enterrou dentro dela.
Justice chegou à pista de dança quando Jessie se virou para ele. Ela estava com as mãos sobre a cabeça, os punhos juntos e mexia o corpo. O olhar de Justice se prendeu na bunda bem feita dela e a quis tanto que suas calças ficaram dolorosamente apertadas.
Seu coração disparou, o sangue correu para seus ouvidos e soube, naquele momento, que se Flame tocasse sua mulher, o maldito homem perderia a mão. Laurann Dohner Justice
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Jessie estava tendo um bom momento. Flame era um grande dançarino. Mergulhou com ela algumas vezes e a virou novamente. Jessie amou a reprodução da canção, que era uma de suas favoritas, e ergueu as mãos para balançar com o ritmo.
Uma grande mão de repente segurou em torno dos pulsos de Jessie acima de sua cabeça. Ela ofegou quando dedos fortes os algemaram e não conseguia puxar os braços para baixo. Ergueu a cabeça e ficou chocada com as feições enfurecidas de Justice.
Jessie ficou nervosa por descobri-lo ainda no bar. Tinha certeza que havia saído com Kit. Ele deu a volta à sua frente, manteve seus braços presos acima e continuou a olhar. Raiva derramava de seu olhar, que parecia mais escuro que o normal — sem os pontinhos azuis habituais. Ela ficou séria rapidamente.
— Oi, Justice. — Flame gritou para ser ouvido. — Algum problema?
Justice finalmente desviou o olhar dela para encarar Flame. Os olhos escuros se estreitaram, seu nariz queimou e um grunhido saiu em vez de palavras, quando seus lábios se abriram. Flame empalideceu e recuou. Justice o ignorou para olhar Jessie novamente.
— Precisa ir para casa. Este não é um lugar seguro para uma humana. — Sua voz saiu áspera, rude e não muito humana.
Ela rangeu os dentes enquanto sua própria raiva crescia. Justice só estava chateado por que estava lá e dançando com outro homem. Não tinha que ler mentes para saber onde seus pensamentos estavam — sua linguagem corporal gritava a explosão de ciúmes. O filho da puta era um hipócrita.
— Bobagem. Estou me divertindo com meus amigos e estou dançando.
— Está saindo agora. — O nariz de Justice ardia.
Jessie o odiou naquele momento. Realmente o fez. Estava lá com outra mulher, ela teve que vê-lo se esfregar e ainda tinha a coragem de pedir para ela sair.
— Sinto muito, senhor North. — declarou Jessie desafiadoramente. — Teria pedido sua permissão, mas o vi dançando com Kit. Não queria interromper a maneira como vocês dois estavam se tocando e esfregando um contra o outro.
Justice empalideceu um pouco e algo em seus olhos mudou, se suavizou. Seu aperto sobre seus pulsos aliviou e ela os desceu, deu um passo atrás e colocou espaço entre eles.
— Vamos discutir isso depois. Vá para casa.
— Na verdade, não temos nada a discutir. Confie em mim. Vim aqui e aprendi totalmente minha lição. Nunca vou cometer este erro novamente. — Ela lutou contra as lágrimas. — Tenha uma boa noite com Kit. Parecem tão... perfeitos juntos.
Justice olhou em seus olhos e deu um passo hesitante mais perto. Jessie piscou rapidamente as lágrimas que enchiam seus olhos e se afastou, totalmente pronta para desmoronar em seu estado de embriaguez, mas orgulhosa demais para fazê-lo. Deu apenas alguns passos quando uma mão grande e quente a deteve, agarrando seu braço. Ela olhou acima para Justice.
— Sinto muito por essa noite, mas é como tem que ser. Há momentos que temos de fazer certas coisas para o bem de todos. Laurann Dohner Justice
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O que isso significava? Entendeu a parte do sinto muito. O resto era grego para Jessie. Não entendia uma palavra.
— Não entendi a última parte.
Ele a olhou por longos segundos e seus dedos a soltaram.
— Vamos discutir isso amanhã.
Amanhã. Não ia para sua casa ou teria companhia que o impediria de falar com ela naquela noite. A dor a atravessou por essas implicações. Kit e Breeze entraram em seu caminho. Kit parou ao lado de Justice e colocou a mão em seu braço.
— Justice, ela estava apenas se divertindo. Deixe-a sozinha e venha dançar comigo.
Breeze o olhou.
— Juro que se a deixar ficar, vou ajudar Flame a guardá-la.
Flame se apressou a acrescentar.
— Vou protegê-la com minha vida, Justice.
Justice se dirigiu a Breeze.
— Leve-a para casa agora.
Flame estendeu a mão para Jessie.
— Vou levá-la para casa.
Jessie viu o nariz de Justice tremer e ele olhou para ela. Seu olhar baixou quando a mão de Kit massageou seus bíceps e ele não se afastou do toque dela.
É assim. Ele pode dormir com Kit, mas não posso falar com outros homens. Jessie forçou um sorriso quando a dor rasgou através dela.
— Adoraria que me levasse para casa, Flame. Obrigada. — Ela segurou sua mão e virou as costas para Justice. — Bebi muito e não devo dirigir.
— Jessie! — Justice rosnou.
Ela olhou por cima do ombro.
— Se lembra do que eu disse sobre interação com machos Espécie? Eu falei com você. É melhor se lembrar do que eu disse cuidadosamente.
Ela ficou boquiaberta, soltou Flame e, lentamente, se virou para o homem que amava. Ela se lembrava de como jurou matar qualquer homem que ela deixasse tocá-la. Kit pressionou seu corpo contra seu lado, passou os dedos no braço para descansar em seu estômago, o esfregando um pouco acima do cós da calça jeans. Parecia uma coisa familiar.
— Calma, Justice. — Kit ronronou. — Se preocupa com ela porque está sob sua proteção, mas Flame não vai machucá-la.
— Breeze, leve-a para casa. Flame, fique aqui.
Foi uma ordem dada duramente, sem brincadeira, o tom ameaçador.
A raiva queimou em Jessie. Que bastardo!
— Sr. North, sou uma menina grande e solteira. Não tenho ninguém a responder, especialmente alguém que não conheço. Tive um ex-marido, mas era um bastardo enganador que não sabia como ser Laurann Dohner Justice
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leal. Saía para galinhar, mas esperava que eu ficasse sozinha em casa. Divorciei-me dele porque não é assim que funciona comigo e nunca será. Quando um homem te engana com outra pessoa, não tem direito de ficar bravo se eu tiver sexo com outra. Vou para casa agora, mas agradeço sua... — Ela hesitou, sabendo que falou demais, mas sem se importar. — Preocupação. — Jessie se virou. — Vamos, Flame. Vou te dar um tour pela minha casa, pois está sendo bom o suficiente para me levar para casa.
Andaram alguns metros, quando ela percebeu que não estava muito constante em seus pés e Flame agarrou seu braço, rindo.
— Bebeu demais, pequena Jessie.
— Provavelmente. Tomei uns três e não sou muito de beber.
— Quando foi a última vez que bebeu?
— Oh, cerca de um ano atrás. Era o primeiro...
Um braço se prendeu em volta da sua cintura e a puxou direto para fora de seus pés e ela bateu num corpo quente e duro. Estava atordoada demais para fazer mais que suspirar quando seus pés tocaram o chão novamente. Braços fortes a mantiveram presa e incapaz de se mover. Um rosnado alto soou próximo a sua orelha da boca de Justice, e Flame se virou para ver o que aconteceu com ela.
— Está bêbada e não vai levá-la a qualquer lugar. — Justice rosnou novamente. — Vá, Flame. Estou a protegendo e não há discussão. Seu pai ficaria furioso se alguém a tocasse enquanto não estava em seu juízo perfeito pela bebida.
Flame recuou, parecendo chocado e correu para longe sem outra palavra.
Jessie puxou uma respiração profunda, seu cérebro atordoado tentando absorver o que acontecia, mas uma respiração quente ventilou sua pele quando Justice baixou a cabeça para sussurrar em seu ouvido.
— Vou matá-lo, Jessie. É isso que quer? Me ver arrebentando Flame em pedaços, membro por membro? Pense antes de falar ou agir. Não estou fodendo Kit. Não compartilhei sexo com ninguém além de você desde que nos conhecemos. Foi apenas pelas aparências, para fazer meu povo se sentir confiante e acreditar que tudo está bem. — Seus braços a soltaram. — Vá para casa. Tenho um helicóptero para pegar em uma hora e devo participar de uma reunião na Reserva no início da manhã. Vamos terminar esta discussão depois que eu voar para casa no período da tarde. — Seu grande corpo tremia atrás dela. — Fique feliz por que preciso sair e não quer falar comigo agora mesmo. Sou perigoso. Iria te mostrar porque nunca vai aceitar qualquer outro macho, além de mim.
Ele a soltou tão rapidamente quanto a agarrou, recuou e disparou um olhar para Breeze.
— Leve-a para casa e a mantenha longe de todos os homens. Ela bebeu, precisa ser protegida e não está sóbria. Cheire-a e vai entender. Se alguma coisa acontecer com ela é seu traseiro que está na reta.
Ele saiu na direção da porta da frente. Laurann Dohner Justice
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— Justice? — Kit amaldiçoou. — Droga! — Ela se aproximou de Jessie e colocou as mãos nos quadris. — Você o deixou louco. — ela fez beicinho. — Estávamos nos divertindo e não gosto de seu pai, se coloca tal preocupação em Justice sobre sua segurança.
Breeze se adiantou, parecendo confusa.
— Vamos, Jessie. — Ela a cheirou. — Quantas bebidas tomou?
Fale, ela ordenou à sua mente cambaleante.
— Hum, algumas. — Fechou a boca.
Breeze a levou até o carrinho de golfe e para casa. O silêncio se estendeu entre elas. Jessie ainda se sentia magoada pelo encontro com Justice, humilhada pela cena que fez e realmente bêbada. Não deveria ter pego essa terceira bebida.
— Vou levá-la para dentro. — A outra mulher a estudou. — Espécies raramente consomem bebidas alcoólicas. Têm gosto e cheiro ruins.
— Está me dizendo educadamente que estou fedendo não é?
Uma risada respondeu e Breeze a ajudou a levantar. O mundo oscilou um pouco para Jessie e lembrou que não bebia muitas vezes por uma razão. Calma. A mão apertou seu braço e a segurou.
— É pequena e não deve beber aquela coisa horrível, Jessie. É inteligente e não precisa. Deveria ver como fica descoordenada e seus olhos brilhantes.
— Não é bom olhar para mim né?
— Não.
Jessie riu, amando como os Espécies eram contundentes. Tentou abrir a porta, mas a danada da fechadura continuava se movendo. Breeze rosnou suave, puxou a chave da mão dela e a abriu. Acendeu as luzes.
— Vou ajudá-la a ir para a cama.
— Posso fazer isso sozinha. Este não é meu primeiro rodeio.
— O que significa isso? Não temos quaisquer touros no bar.
Outra risada veio de Jessie quando olhou para a alta mulher.
— É um provérbio. Já enchi a cara antes. Obrigada por me trazer para casa, mas posso lidar com isso a partir daqui.
— Tem certeza?
— Positivo. Obrigada. — Ela girou, tropeçou e focou em colocar um pé na frente do outro. A porta fechou ruidosamente atrás dela, assegurando que sua amiga saiu.
A depressão a atingiu duramente.
Justice e Kit pareciam bem juntos e ele podia não ter dormido com ela recentemente, mas a forma familiar como a mulher Espécie o tocava não deixava dúvidas que foram amantes no passado. Ele provavelmente estava vivendo e flertando com outras mulheres enquanto Jessie ficava em casa, miserável. Isso a deixou louca e pior, realmente machucada.
Não tinha certeza se ele disse a verdade. No que dizia respeito a ela, podia foder qualquer mulher Espécie em Homeland. Laurann Dohner Justice
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Lágrimas quentes encheram seus olhos e lamentou a embriaguez, uma vez que a deixava mais hormonal e menos racional. Justice era um idiota, mas era quente. Adorava estar em seus braços e o cara podia fazê-la gritar. Havia a parte sobre se apaixonar por ele também, mas bufou sobre isso.
— Tenho mau gosto para homens. — Fungou. O som de sua voz quebrada e a dor partiram o último pedaço de bravata que tinha para conter os soluços. Cambaleou para sua cama, subiu, se enrolou e puxou os joelhos.
Se apaixonou por um cara viciado em trabalho, líder dos Novas Espécies, seu chefe. Estava escrito desastre desde o momento que o viu, parecendo tão sexy de camiseta.
A calça jeans apertada não ajudou muito. Uma mulher teria que ser cega e estar morta para não notar Justice.
— Jessie? — Luz brilhante inundou o quarto quando Breeze correu para o quarto. — Você caiu? Está machucada?
Merda! Ela limpou o rosto, fungou e forçou seu corpo a se mover. Sentou, mas se recusou a olhar na direção da porta.
— Estou bem. Choro quando bebo. É apenas uma coisa humana — mentiu. — Pensei que tinha saído.
— Sei que algumas pessoas ficam doentes e vomitam quando bebem. Sou sua amiga e Justice me encarregou de você.
Ouvir seu nome só doeu mais e soluços se acumularam em seu corpo. Ela cobriu o rosto com as mãos, jurou nunca beber novamente e tentou falar.
— Estou bem. Basta ir para casa, Breeze. Vou estar melhor na parte da manhã.
— O que foi, Jessie? Está sempre tão feliz e agora está vermelha, molhada e triste. — Breeze agarrou seu ombro e puxou suas mãos para procurar o olhar de Jessie. Breeze amaldiçoou. — Vejo a dor. Quem fez isso?
— Não é nada. Ninguém me machucou.
— Está olhando para longe de mim. — Breeze acusou. — Está mentindo. Não faça isso. Somos amigas, mas me recuso a ter uma pessoa desonesta ao meu redor. Deve ser honesta.
A culpa comeu Jessie. Breeze não foi nada além de honesta e gentil com ela. Compartilhou segredos sobre as Espécies, confiou, e ela queria fazer o mesmo, mas isto era muito grande para contar.
— Eu gostaria de soltar tudo, mas simplesmente não posso.
A raiva de repente encheu o rosto de Breeze.
— Será que Flame te machucou? Será que te tocou em um lugar ruim? Estava chegando muito forte no bar? Vou causar-lhe uma dor tão grande que vai...
— Não. — Jessie sacudiu a cabeça. — Foi um total cavalheiro, enquanto dançamos.
Breeze estava confusa.
— O que te causou dor? Está doente? Precisa de um médico?
— Não tem ideia de quanto preciso de alguém para conversar, mas simplesmente não posso. Laurann Dohner Justice
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— Entendo. É segredo. Temos essas coisas também.
Jessie chorou ainda mais. Que ela e Justice se ajustassem ao relacionamento estava bem. Ninguém nunca deveria saber. Breeze disse palavras suaves e colocou os braços em volta de Jessie.
Ela a acariciou nas costas quando a abraçou. Eventualmente Jessie parou de chorar.
— Me desculpe, eu desmoronei. Não deveria beber. Normalmente consigo me controlar quando estou assim.
— Está tudo bem, Jessie. Todos temos momentos que choramos.
— Você chora? — Jessie a estudou.
Breeze hesitou.
— Fiz quando era jovem, mas aprendi que lágrimas não aliviam a dor ou alteram as razões dela. Te invejo pela capacidade de liberar um pouco da dor através do esforço físico de chorar. Deve estar cansada agora e vai dormir depois de chorar tanto. Vou vigiá-la e ficar com você até dormir. Nossas mulheres que você trouxe para nós gostam disso. As faz saber que nos importamos e me importo com você, Jessie. Você é minha amiga.
— Obrigada. É minha amiga também. Aprecio me deixar desmoronar sobre você do jeito que fiz. Realmente ajudou não ficar sozinha.
— A qualquer hora. — Breeze hesitou. — Basta tentar me advertir da próxima vez que se sentir assim. Vou usar uma camisa grossa para suas lágrimas não encharcarem minha pele.
Uma gargalhada explodiu de Jessie.
— Peço desculpas por deixar sua pele molhada. Prometo, vou dizer imediatamente quando sentir a próxima vez que for chorar.
— Obrigada. — Breeze piscou para ela.
Breeze puxou as cobertas sobre Jessie e desapareceu no banheiro, saindo momentos depois com uma escova de cabelo e um pano. Entregou o tecido a Jessie.
— Assoe o nariz.
— Obrigada, mãe.
Breeze riu e apontou o cabelo de Jessie.
— Vou escovar. Vai acalmar você e todo mundo gosta.
— Isso é tão legal. Gosto disso.
Jessie relaxou enquanto a outra mulher envolvia seu cabelo pelas costas, aplicava a escova na parte inferior e, lentamente, trabalhava todos os nós. Era gostoso. Seu corpo relaxou e bocejou. A escova parou e caiu na cama quando Breeze se moveu. Uma de suas mãos moveu o cabelo de Jessie para colocá-lo sobre seu ombro e um grunhido suave saiu dela.
— Quem fez isso com você?
Confusa, Jessie virou a cabeça para franzir a testa para ela.
— Fez o quê?
Breeze agarrou seu ombro, empurrou a camisa do caminho e revelou mais de sua pele. Ela olhou para baixo, viu as marcas vermelhas quase curadas que restavam de quando Justice a mordeu o Laurann Dohner Justice
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suficiente duro para romper sua pele e soube que a cor desapareceu de seu rosto. Provavelmente haveria uma pequena cicatriz lá pelo resto de sua vida, uma vez que a vermelhidão desaparecesse.
— Jessie? Quem fez isso? Isto é de um dos nossos homens. — Breeze soltou um palavrão. —Existem apenas duas maneiras de um macho morder assim. Montado atrás e você lutou com ele para forçá-lo a te deixar imóvel ou um de minha espécie montou você e está mordendo humanas. Algumas humanas que dormem com Espécies pedem aos homens para mordê-las. Acham que seria um tesão, mas é estritamente proibido para nossos homens.
— Deixe para lá. — Jessie pediu suavemente.
Breeze soltou o ombro de Jessie, levantou e olhou para ela.
— Foi montada por um macho Espécie. Foi pela força ou algum está mordendo fêmeas pela novidade. Essa ferida não é tão velha. É por isso que estava chorando? Quero um nome agora.
— Por favor, Breeze. Não foi assim. Precisa deixar para lá.
— Vou ligar para os oficiais. Não entende a gravidade disso. Se um de nossos homens está forçando uma fêmea ao sexo ou a mordendo para se divertir, precisa ser impedido imediatamente. — Breeze girou para a porta.
— Pare!
Breeze virou e Jessie deu um olhar suplicante, em pânico pela ideia que sua amiga fizesse essa chamada.
— Não foi assim.
Um grunhido rasgou de Breeze.
— Como foi? Estou chamando os oficiais.
Justice ficaria furioso. O segredo acabaria se os oficiais fossem envolvidos.
Cada pedaço de dor que sentiu seria por nada e ele acharia que fez isso por vingança. Ela não era tão mesquinha.
— Se te disser a verdade, jura que nunca vai repetir nada a ninguém?
Breeze parecia incerta.
— Não vou ficar em silêncio se um homem está machucando mulheres.
— Isso não foi o que aconteceu. Não me forçou e... — Tocou a marca da mordida. — Não foi simplesmente um de seus homens mordendo minha espécie para foder.
Breeze sentou na cama.
— Dou minha palavra. Fale.
Ela mordeu o lábio.
— No dia que Tammy e Valiant se casaram, conheci um de seus homens. Fui atacada por um homem recém-libertado e um cara me protegeu. Jantamos juntos e uma coisa levou à outra. Foi mútuo.
— O nome dele?
Esperava evitar responder.
— Tivemos sexo consensual. Laurann Dohner Justice
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— Ele te mordeu? — Breeze severamente franziu a testa. — Mudou de ideia durante o sexo e ele tentou forçá-la a ficar com ele? Eles não têm muito controle quando começam. Sinto muito, Jessie. Ele a machucou muito?
— Não me machucou nada.
— O viu novamente. Aqui? — Seu olhar se fixou na marca em seu ombro. — Está mal curada. Já está aqui há cerca de três semanas, certo?
— Foi aqui.
— Como essa mordida aconteceu?
— Estávamos fazendo sexo. — Fez uma pausa. — Ele me agarrou com os dentes. Disse-me para ficar quieta. Realmente preciso dizer isto em voz alta?
— Precisa, se não quiser explicar aos nossos oficiais. Derrame.
As bochechas de Jessie aqueceram.
— Ele estava tentando ser muito lento e gentil comigo para que não arriscasse me machucar, mas eu queria que ele não fosse. Meio que forcei a questão e ele me mordeu. Foi simples assim. Não doeu e ele ficou arrependido, mas não era para me machucar.
Breeze ficou olhando para ela, em silêncio, e manteve a carranca no lugar.
— O quê?
— Por que estava chorando antes? Ele mora na Reserva e teve que voltar? Sei que alguns dos nossos homens de lá estiveram aqui há algumas semanas. Diga-me o nome dele e vou trazê-lo de volta. Você, obviamente, sente sua falta se chora por sua ausência.
— Não estamos mais vendo um ao outro. Terminei com ele.
— Por que estava chorando? Mudou de ideia e o quer de volta?
— Gostaria que fosse assim tão simples. — Mais lágrimas ameaçavam transbordar. — Preciso de sua promessa que não vai contar nada a ninguém. Realmente preciso de uma amiga agora, Breeze. Preciso de alguém para conversar. Alguém que possa confiar.
— Pode confiar em mim. O segredo a fez chorar? Não vou deixar isso.
— Tinha que terminar tudo com ele, porque não quer que ninguém saiba que dorme comigo. — Lágrimas quentes caíram pelo rosto. — Dormiu na minha cama noite após noite, mas durante o dia se eu passasse por ele, provavelmente não teria me dado um olhar. Estou tão apaixonada por ele que me deixa doente. Colocou na cabeça que um dia vai conseguir uma mulher Espécie como companheira. Esse é seu grande plano, e não estou nele.
Breeze amaldiçoou.
— Ele é estúpido. É uma mulher doce, Jessie. Qualquer um dos nossos homens devia ter orgulho de apresentar você. Quanto tempo ficaram juntos?
— Dormiu na minha cama por quatro noites seguidas e provavelmente ainda estaria na mesma se eu não dissesse que não podia mais fazer esta coisa de segredo de amantes. Apenas não posso viver dessa maneira Breeze. Dói que ele nunca vá me reconhecer abertamente. Laurann Dohner Justice
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— Ele é estúpido. Alguns dos nossos homens acasalaram com sua espécie e são felizes. Tenho um plano. Vou fingir que não sei de nada e fazê-lo passar um tempo em torno de Ellie e Fury. Vai ver como estão felizes e descobrir que pode funcionar entre vocês. Diga-me seu nome e vou fazer. — Breeze sorriu. — Vamos corrigir isso.
— Ele já os conhece.
Isso limpou o sorriso do rosto de Breeze.
— Qual o problema? Todos podem ver como estão felizes. Deve abraçar a felicidade que pode ter com você.
O coração de Jessie acelerou quando hesitou.
— O problema é que acredita que vai estar abandonando seu povo se ficar comigo. Está preocupado com os grupos de ódio, com meu pai tirando o apoio das questões das Espécies em Washington e que todo o inferno vai desatar. Acho que também está preocupado que será um mau exemplo para seu povo se ficar comigo em vez de uma de suas mulheres.
Breeze franziu a testa.
— Ninguém tem tanta influência sobre todos nós ou seu pai.
— Apenas um. — Jessie sussurrou.
A cor lentamente drenou da face de Breeze.
— Justice.
Jessie explodiu em lágrimas e Breeze amaldiçoou baixinho. Laurann Dohner Justice
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