CAPÍTULO DOIS
Richard
sentou-se rígido na cadeira.
— Não temos de
responder às mensagens de ódio. Às vezes, se realmente ficar chateado,
envio-lhes uma de volta. — Ele sorriu. — Basta ser educado. Isso é o que me foi
dito. Ninguém disse que eu não poderia ser educado e sarcástico.
Zandy riu.
Richard virou
a tela do computador na sua direção.
— Leia esta
mensagem e me deixe saber quando terminar. Eu vou te mostrar a minha resposta.
Ela caminhou
até sua mesa, se inclinou e começou a rolar a mensagem. Seu temperamento
explodia quando acabou. Um homem estava chamado as Novas Espécies de um bando
de animais raivosos, que todos devem ser castrados e colocados para dormir. O
olhar dela encontrou o de Richard e ele clicou para a página que estava
trabalhando.
Zandy começou
a rir quase que imediatamente. Ele escrevera uma carta extremamente educada
para dizer ao idiota que eles sentiam a mesma coisa sobre ele e compartilhavam
os sentimentos amorosos sobre homens como ele. Era tudo educado a menos que
você realmente lesse a mensagem original que ele enviou. Richard piscou.
— Eu me senti
obrigado a responder a esta.
— Isso é um
motim. Espero que quando ele a receber que rache o seu traseiro.
— Eu também.
O saco de correio estava lotado e ela abriu, agarrou a de
cima e usou um abridor de cartas para abri-la. Seu colega de trabalho lhe disse
para escanear cada uma para o computador — eles as salvavam digitalmente, assim
como as arquivam — e digitar quaisquer respostas que ele sentia necessário.
O departamento
de saída imprimiria e enviaria as cartas que ela digitou. Era um trabalho
sombrio. A maioria das mensagens recebidas a irritou, mas ela encontrou algumas
boas que as crianças enviaram.
O tempo voou.
Zandy sentou-se ao estilo indiano, a saia dobrada entre as coxas, digitando uma
resposta para uma doce garotinha em Iowa que escrevera para dizer que amava as
Novas Espécies e pensava que eles eram muito legais, quando a porta se abriu.
Zandy ergueu os olhos quando Slash entrou.
— Hora do
almoço, — anunciou Richard.
Zandy puxou a
saia e colocou os sapatos. Pegou a bolsa.
— Você não vai
precisar disso. Seu dinheiro não é bom aqui. Basta soltar a bolsa na mesa. É
seguro. Roubo nunca é um problema.
Zandy acenou a
Richard e seguiu os homens para fora do prédio. Slash estudou-a quando ela se
sentou no banco da frente do jipe.
— Você gosta
do trabalho?
— Estou feliz
de ter um.
Ele assentiu.
— Bom. — O
olhar dele fixou no retrovisor. — Como foi seu dia, Richard? Ainda perde a
paciência?
Richard riu.
— Não tão
longe hoje. Zandy me manteve de bom humor através do pior do correio.
Slash ligou o
motor.
— Ótimo. Estou
contente que não é o meu trabalho ler essa merda. Estaria louco o tempo todo.
Eles foram
levados a poucos quarteirões ate um grande prédio. Não foi marcado, mas ela
teve a certeza que era um hotel. Havia um monte de jipes e carros de golfe
estacionados ao longo da rua e nos espaços de estacionamento. Nervosismo a
atingiu.
— Parece
lotado.
— Todos nós
almoçamos ao mesmo tempo. — Richard desceu da parte traseira. — Eles fazem um
enorme buffet, exceto as filas de mover-se rápido. Temos uma hora para comer.
Quando Richard
disse a palavra “enorme” Zandy imediatamente pensou no seu anjo caído. Ela cerrou
os dentes, sabendo que tinha de parar de fazer isso. Ele tinha um nome. Tiger.
Olhou em torno de um grande saguão exatamente dentro do edifício quando ela,
Richard, e Slash entraram pela porta dupla.
Lembrou-se de
repente do colegial, quando eles chegaram ao refeitório. Estava tudo voltando
para ela enquanto olhava à sala do tamanho de um ginásio. Mesas foram alinhadas
em fileiras com lixeiras colocadas estrategicamente. Ela se sentiu totalmente
deslocada. Havia quatro filas e um balcão longo de aço no lado oposto da sala.
Muitas das longas mesas já estavam cheias.
Zandy olhou em volta para as pessoas enquanto seguia Slash e
Richard a uma das filas. A fila de fato se movia rapidamente. Havia apenas um
punhado de funcionários completamente humanos e que tinham que estar em
desvantagem de trinta para um. Isso a deixou se sentindo desconfortável.
Tinha de haver
mais de duzentas Novas Espécies no almoço. As mulheres eram altas e de
aparência atléticas, mas os homens eram maiores. Ela viu um homem andar perto
dela e a quantidade de alimento na sua bandeja a espantou. Seu prato era do
tamanho de uma travessa e foi empilhado cerca de seis centímetros de altura com
carne.
— Não encare,
— ordenou Richard suavemente.
Ela virou a
cabeça.
— Eu estava
olhando para a quantidade de comida.
Ele deu uma
risadinha.
— Eu acho que
deveria avisá-la que a maioria deles come a carne crua por dentro. Não fique
chocada. Quando atingirmos a frente do buffet, vá para a esquerda, não à
direita. A esquerda tem carnes plenamente cozidas. A direita é o lado cru.
Parece cozida até mordê-la. Eu cometi esse erro no meu primeiro dia aqui e,
embora fosse divertido para todos ao meu redor, não tanto para mim.
— Obrigada. — Ela
quis dizer isso. Odiaria acabar com a carne crua como a sua seleção para o
almoço.
Slash se
dirigiu para a direita e Zandy seguiu Richard para a esquerda. Nem todos os
Novas Espécies escolheram carne crua para as refeições uma vez que alguns
permaneceram à frente deles na fila. Seu colega de trabalho lhe entregou um
prato de tamanho normal e pegou o dele. Ela o seguiu quieta ao longo do buffet,
espantada com a quantidade e variedade de comida. Ela terminou com bolo de
carne e molho, purê de batatas, milho, um pouco de tiras de frango, algumas
batatas fritas, e uma fatia de bolo de chocolate. Ela pegou um refrigerante e
talheres por último.
Sentaram-se ao
lado da parede do fundo perto das portas de entrada em uma mesa vazia. Richard
sorriu.
— Eu lhe disse
que realmente servem um buffet ou o quê?
Ela
desembrulhou o guardanapo de papel, espalhou sobre o colo e assentiu. Cortou
seu bolo de carne e mordeu. Surpreendeu-a quando o sabor encheu sua boca e ela
gemeu levemente.
— Assim como
mamãe faz, hein? Eles têm um serviço de bufê e são muito bons.
— Este bolo de
carne está incrível. O molho é de cogumelos e está muito bom.
Ele concordou.
— Você sempre
pode voltar para o segundo. E terceiro. Ninguém vai te olhar estranho se fizer
isso. Comemos muito menos do que eles.
Zandy viu
alguém andando até a mesa e reconheceu um rosto familiar.
— Oi, Creek.
Você vai comer conosco?
— Sim. — Creek
se sentou ao lado de Zandy e sorriu para Richard. — Olá, humano.
Ele riu.
— Olá, Creek.
Eu sou Richard.
Creek se virou no assento.
— Como foi seu
primeiro dia até agora, Zandy?
— Ótimo. Amo o
meu trabalho. — Zandy olhou o prato da nova amiga, viu alguns bifes com uma
grande salada e, em seguida, percebeu o que parecia um café gelado.
— Eu não vi
esses. Amo café gelado.
Creek apontou.
— Eles estão
lá no canto à direita. Eles têm um de sabor de chocolate, um com hortelã, e um
de noz. Nós amamos a cafeína.
— Quem não? —
Zandy sorriu.
Ela olhou ao
redor da sala. Tudo parecia bem. Alguns dos Novas Espécies estavam olhando para
ela, mas achou que tinham de estar tão curiosos sobre ela como estava sobre
eles. O movimento da porta chamou sua atenção quando dois homens altos entraram
no refeitório.
Era ele, seu
anjo caído. Usava o uniforme preto, menos o colete à prova de balas, e
caminhava lado a lado com um homem igualmente grande. Eles estavam conversando
baixinho, mas ela ignorou o amigo dele. O foco bloqueado em Tiger. Não podia
acreditar que estava vendo ele novamente, mas soube, sem dúvida, que não estava
enganada. O cabelo parecia uma cor de mel listrada na luz do dia – realces de
vermelho, tons de loiro e suave marrom, combinados. Pendurava livremente em
torno de seus ombros e ela vividamente lembrou quão macio e acetinado parecia
ao toque. Ele passou pela sua mesa e ela teve uma vista das suas costas.
As calças do
seu anjo foram moldadas a um traseiro agradável e musculoso. Tinha uma cintura
em boa forma e a parte superior do corpo era tão grande e musculosa como ela se
lembrava. O fato de que ela havia bebido nada tinha a ver com a forma como
sexualmente atraente ele tinha sido já que ela teve de engolir em seco para não
engasgar. Ele era lindo, todo masculino. Mesmo a maneira que se movia mostrava
uma graça e sensualidade que a teve observando com atenção especial.
Ele olhou por
cima do ombro, quase pareceu sentir seu intenso escrutínio e examinou a área
até que chegou ao dela. Seus olhares se encontraram por alguns instantes antes
dele olhar para frente, deu mais alguns passos e todo o corpo pareceu virar
pedra. Ele parou abruptamente.
O coração de
Zandy disparou e ela se esqueceu de respirar quando ele virou a cabeça
novamente, desta vez encontrando-a imediatamente. Ela estudou seus olhos
deslumbrantes. Eles eram exatamente como se lembrava – felino, um azul incrível,
mas ela não conseguia distinguir a cor dourada neles de tão longe. O rosto era
tão áspero, masculino e fascinante também. Os lábios dele se separaram,
forçando-a a lembrar-se vividamente de como ele tinha gosto de cereja quando se
beijaram e quão famintos aqueles lábios generosos podiam parecer sobre os dela.
O amigo dele
levou mais alguns passos antes de perceber que perdeu seu companheiro, virou-se
e disse alguma coisa. Tiger realmente estremeceu, como se assustado. Zandy
mordeu o lábio e baixou o olhar ao prato. Ele a reconheceu. Merda. O som de
Richard e Creek falando assegurou-lhe eles não tinham notado a sua falta de
atenção.
Ela esperou alguns segundos antes de erguer os olhos
novamente. Ele ainda estava ali olhando para ela. Ela forçou um sorriso que não
sentia, não certa do que mais fazer. E se ele caminhar ate aqui? O que eu
digo? Por favor, não, ela gritou silenciosamente. Por favor, só vá
embora. Ele se afastou quase como se tivesse a ouvido e continuou em
direção ao buffet. Zandy soltou a respiração que esteve segurando.
É ela. Tiger
se moveu no piloto automático para receber o almoço, a mente cambaleando de ver
a humana que havia salvado naquele bar. Fazia algumas semanas, mas estava certo
que era a mesma fêmea. Ela estava comendo no refeitório, compartilhando uma
mesa com Creek e Richard Vega, e ele não sabia por quê.
As mãos
tremiam o suficiente para sentir alívio quando se sentou no seu lugar regular e
abaixou a bandeja. A última coisa que precisava era deixar cair o almoço. A
lembrança da pequena fêmea não só afetou sua capacidade de pensar e sua
coordenação, mas também seu pênis agitou.
— Você está
bem, Tiger?
Tiger olhou
para Snow, sem palavras.
O macho
Espécie de cabelos brancos sentado em frente a ele franziu a testa.
— Você está
com raiva.
— Eu estou
bem. — Ele não estava, mas se recusou a admitir isso.
Snow assentiu.
— Eu percebi
que você viu a fêmea humana quando entrou. Ela é quente, não é? Notei-lhe no
segundo que entramos.
Quente? Essa
palavra não faz justiça a isso. Ela fazia seu sangue ferver.
Tiger quis
gemer, mas conseguiu dar de ombros, fingindo indiferença.
— Ela é
atraente.
— Você acha
que ela gosta dos nossos homens? — Interesse despertou nos olhos azul-pálidos.
— Eu não me importaria de experimentar sexo compartilhado com um ser humano se
fosse ela. Parece um pouco pequena embora e iria, provavelmente, ter medo de
nós.
Tiger se
lembrou dela puxando seu cabelo na base do pescoço para empurrar seu rosto para
baixo para encontrar seus lábios depois que exigiu que ele a beijasse. Seu
pênis se tornou mais duro com a lembrança de tê-la em volta do corpo,
pressionada firmemente a ele. Ela foi agressiva para uma mulher humana. Os
lábios dela foram suaves, ela tinha cheirado tão bem e os seus gemidos o levaram
a loucura para estar dentro do seu corpo.
Não, ela
não era uma humana receosa dos homens da Espécie. Ela sabia o que queria. Ela
foi atrás de mim e iniciou o sexo. Ele não ia admitir isso a Snow, entretanto, ou a qualquer
outra pessoa. Ele tinha deixado de fora aqueles detalhes nos relatórios para
evitar de ser provocado sobre fazercom uma humana no capô de um dos jipes da
ONE, como se não tivesse controle. Ele tinha perdido totalmente isso com aquela
mulher. Não era exatamente o seu momento de maior orgulho.
— Deveríamos
sentar com ela e ver como reage a mim?
— Não. — Tiger evitou rosnar ou atacar para golpear o outro
macho por sequer pensar em tentar ganhar o interesse sexual da mulher. A ideia
de vê-la tocar Snow o colocou de mau humor.
— É isso
mesmo. — O humor de Snow morreu. — Você não gosta das fêmeas humanas. Você
gosta mais das nossas.
Tiger apenas
acenou a cabeça. Não queria insistir no fato de que se ela decidisse
compartilhar sexo com um macho da Espécie, ele queria ser o que ela escolhia.
Eles começaram algo juntos, que não foram capazes de terminar. Seu pau doía,
preso dentro da calça apertada demais, agora que havia um espaço livre muito
menor dentro deles. Ele mal se absteve de rosnar.
Slash se
sentou ao lado de Snow, olhou diretamente nos olhos de Tiger e sorriu
maliciosamente.
— Adivinhe
qual é meu dever hoje?
Ele sabe que
ela está aqui, Tiger adivinhou, severamente olhando de volta para o amigo
divertido. Ele esperava que seu aviso silencioso chegasse e prendeu a
respiração, esperando para ver se Slash iria dizer algo que não deveria.
— Há uma nova
mulher humana que trabalha no prédio C. Comecei a acompanhá-la entre fazer as
rondas de segurança. Ela está sentada na última mesa perto da porta à esquerda.
— Eu a vi. —
riu Snow. — Ela estava com medo de você? Eu queria saber se ela gosta dos
nossos homens. Ela é quente.
— Ela é
quente, — concordou Slash. — Não parecia temerosa. O nome dela é Zandy Gordon e
eu olhei no seu arquivo. Ela não é casada, solteira, trinta e um anos, e vive
cerca de treze quilômetros do portão leste da Reserva. — Ele nunca desviou o
olhar de Tiger, claramente enviando sua própria mensagem.
Tiger às cegas
pegou o bife do topo da pilha, levou à boca e mordeu cruelmente. O gosto de
sangue enchendo a boca ajudou a aliviar um pouco da ira e o impediu de olhar
através da sala como se estivesse obcecado com a mulher.
Slash se
recusou a parar de provocá-lo.
— Eu fico de
acompanhá-la de volta ao prédio C e no final do dia vou levá-la ao portão
leste. Que é para onde movemos o carro dela uma vez que será mais fácil para
ela ir para casa de lá.
Tiger sentiu o
temperamento explodir. Slash estava atraindo-o, dizendo-lhe onde poderia
encontrar a fêmea mais tarde. Zandy era um nome estranho para uma humana, mas
ela não era exatamente normal em qualquer maneira.
Ele perdeu a
batalha e seu olhar procurou-a. Seu longo cabelo vermelho estava em um rabo de
cavalo e ela estava rindo de alguma coisa que um dos seus dois companheiros
havia dito. Ela não usava muita maquiagem, não havia na noite em que a conheceu
também, mas ela era muito atraente sem isso. Ele ouviu seu riso por cima do
barulho de vozes e cerrou os dentes. O pau latejava contra a coxa onde estava
preso, e à vontade de ir atrás dela agarrou-o fortemente.
Sabia que se
arrependeria se levantasse, invadisse toda a sala e a agarrasse. Ele a queria
de volta sob ele, mas desta vez não pararia e não dava a mínima que o olhassem
compartilhar
sexo com ela. Iria alertar a todos os homens a ficar longe
dela também. Eles vão saber que ela é minha.
Esse
pensamento chocou-o suficiente para prender seu desejo e até causou um choque
de receio de atacar. O que diabos está errado comigo?
— Tiger?
Ele afastou o
olhar de Zandy para olhar a Snow.
— O quê?
Snow riu.
— Eu estava
falando com você, mas você estava pensando em algo tão profundo que não me
ouviu. O que está na sua mente?
— Eu estava
pensando em outra coisa. — Tiger não entrou em detalhes.
Slash riu.
— Eu aposto
que pensava no seu próximo turno noturno e como espera que o xerife humano não
nos chame em mais emergências.
Tiger rosnou
um aviso a Slash, mas ele apenas sorriu em resposta.
Snow franziu o
cenho.
— Eu não
entendo.
— O xerife
humano está sempre nos chamando para coisas estúpidas, — explicou Slash. — Nós
tememos isso. É por isso que Tiger simplesmente rosnou. É irritante.
Tiger planejou
chutar o traseiro de Slash na primeira vez que estivessem sozinhos. O homem
definitivamente atraiu-o, mencionando como ele encontraria Zandy. Rasgou um
pedaço do bife e se focou exclusivamente na comida. Ele não ousou olhar na
direção dela novamente.
Obrigou-se a
ouvir e responder a conversa à mesa. Zandy não foi mencionada de novo, mas ele
não conseguia tirá-la dos pensamentos.
* * * * *
— O portão
leste? Mas o meu carro... — Zandy disse.
— Foi movido.
No portão você teve que entregar as chaves do carro. Este é o motivo. Nós
protegemos seus carros para impedir os manifestantes de adulterá-los. Os
manifestantes têm sido conhecidos por pintar em spray palavrões nos carros dos
visitantes.
— Oh.
— Você vive
mais perto do portão leste. Está poupando-lhe quilômetros se usá-lo. De manhã
volte por ele. Sua escolta estará esperando lá.
— Será você?
Ele encolheu
os ombros.
— Eu não
atribuo funções.
Ela assentiu.
— Oh.
— Tiger faz.
Merda.
— Tiger é
chefe da segurança.
Duas vezes merda. Ela tinha molestado o chefe de segurança da
ONE na Reserva. Excelente. Odiou a si mesma. Realmente fez. Sentou-se no Jipe
em silêncio, pensando naquela informação e quão desconfortável Tiger poderia
fazer sua vida se guardou rancor. Eles dirigiram até o portão e Slash
estacionou o jipe perto da guarita.
Ela avistou
quatro oficiais ONE patrulhando. Dois dentro da guarita e mais dois em cima dos
muros de nove metros que cercavam todo o perímetro da Reserva. Eles carregavam
armas.
— Eu não vejo
manifestantes.
— Não. Você
não irá aqui. Recentemente compramos o terreno adjacente desta seção. Nós não
estendemos as paredes ainda, mas pretendemos. É propriedade privada assim
quando eles chegam temos eles presos por invasão. Basta aparecer neste portão
pela manhã. Seu carro está estacionado lá. — Ele apontou.
Ela viu uma
pequena área de estacionamento e seu carro.
— Obrigada.
Slash
assentiu.
— Eu vou pegar
as chaves. Fique aqui.
Zandy desceu
do Jeep, pegou a bolsa e esperou. Ela viu Slash rir e conversar com os dois
policiais dentro da guarita, antes de aceitar as chaves de um deles. Voltou
para ela e as entregou.
— Pela manhã,
eles te deixarão entrar. Estacione o carro onde ele está e deixe as chaves na
ignição. Eles precisam das suas chaves no caso de ter que ser movido para algum
ponto. É uma medida de segurança. Vão revistar o seu carro e examinar cada
centímetro dele também assim ninguém bagunça com o seu carro plantando uma
bomba. — Zandy olhou para ele, atordoada demais para falar.
Slash sorriu.
— Tenha uma
boa noite. — Ele subiu no Jeep e recuou-o. Acenou e depois foi embora.
Bomba?
Merda. Não admira que o salário seja tão bom. Estou recebendo adicional de
perigo. Ela caminhou
até o carro e percebeu que os dois homens na parede a observavam de perto. Ela
subiu e jogou a bolsa no banco do passageiro. Ela ligou o carro e deu marcha
ré. O portão foi aberto enquanto ela dirigia para ele lentamente. Um dos
oficiais acenou para ela e ela deixou a Reserva.
Dirigiu cerca
de um quilômetro pela estrada sinuosa e cercada de florestas antes que
avistasse o Jeep preto ONE estacionado de um lado ao outro de ambas as pistas.
Ela bateu nos freios, franzindo a testa, se perguntando onde o motorista estava
e por que bloquearam a estrada. Seu olhar disparou pela floresta, mas ela não
viu ninguém. Ela desligou o carro, esperou, e aguardou que o motorista
retornasse logo uma vez que as árvores a impediam de dirigir em torno do
veículo abandonado. Longos minutos se passaram e ela decidiu chamar para ver se
o motorista a ouviria.
O som de um
homem gritando chegou aos seus ouvidos no segundo que ela abriu a porta do
carro e ficou e pé. Se virou na direção dos xingamentos obscenos e mordeu o
lábio quando ele chegou mais perto.
— Eu juro que
estou perdido, caralho.
— Certo, — uma
voz masculina rosnou. — Claro que você estava.
— Você me deixe ir, agora, seu filho da puta. Como se atreve
a colocar as malditas patas esquisitas em mim? Foda-se.
— Você está
invadindo e vai ser preso por isso.
— Vá para o
inferno, babaca. Deixe-me ir.
Zandy viu
movimento cerca de cinco metros à esquerda. Estava tentada a subir de volta no
carro e dar a volta. O portão não estava longe e ela temia qualquer tipo de
cena que encontraria do outro lado. O homem xingando parecia muito beligerante.
Um homem de
aparência rude em seus vinte anos saiu da linha das árvores. O rosto estava
vermelho de raiva, mas as mãos estavam atrás das costas. Alguém mais alto se
moveu por trás dele, forçando-o à frente, e reconhecimento atingiu quando ela
viu naquele segundo o rosto. Ela congelou. Tiger não a viu de imediato, muito
determinado a controlar o homem que empurrava para frente. O homem furioso
tentou fazer uma pausa disso, mas Tiger se moveu, agarrou-o pelo ombro da
jaqueta jeans e puxou-o de volta.
— Não me faça
persegui-lo, — rosnou Tiger. — Você não vai chegar longe com as mãos algemadas
atrás das costas.
— Foda-se,
aberração. Deixe-me ir. Você não tem nenhum maldito direito de me tocar ou
algemar. Vou processar o seu traseiro, bichano do caralho.
Tiger rosnou
ferozmente.
— Continue
assim, caipira. Posso apresentar mais acusações contra você. Está invadindo a
propriedade ONE com um rifle. Isso não pressagia nada de bom para você em tudo.
Tiger ergueu a
cabeça e encontrou os olhos de Zandy. Piscou para ela, mas não pareceu chocado
ao vê-la parada ali. Ele empurrou o homem ao Jeep. Zandy foi ignorada enquanto
Tiger arrastou o homem para cima e jogou-o no banco traseiro. O homem amaldiçoou
alto, fazendo ameaças de uma ação judicial. Tiger arrancou outro par de algemas
e aferrou o homem a uma barra de metal com eles.
— Seu maldito
bichano! — O homem gritou. — Deixe-me ir. Você não tem nenhum maldito direito
de fazer isso comigo.
— Cale a boca,
— Tiger rosnou. — E uma vez que você está indo para a cadeia, eu não estaria
gritando bichano demais. Ouvi que sua espécie gosta de dobrar os machos ali. Se
mais alguém é tão estúpido como você é, então eles podem tomar isso como você
se oferecendo para ser um.
Zandy sorriu,
não podia evitar, e sabia que era errado achar isso engraçado. Tiger finalmente
se virou e encontrou os seus olhos. Ela viu suas narinas se alargar enquanto
ele se aproximava dela lentamente. Sua frequência cardíaca aumentou. Eles
estavam indo para conversar e ela não teve ideia do que lhe dizer.
— Onde diabos
você está indo? Você não pode me deixar aqui, aberração. Eu tenho direitos.
Tiger ignorou
o homem no Jeep. Zandy não se moveu quando Tiger diminuiu a distância entre
eles até que ele parou a poucos pés de distância. Eles apenas se encararam.
— Ei, bichano.
Deixe-me ir agora, porra! — O homem lutou com os punhos.
— Oi, — Zandy
ofegou, decidindo falar primeiro. Ela estava nervosa o suficiente para sentir a
necessidade de dizer algo, qualquer coisa. — Como tem passado?
Seus belos olhos estreitaram-se ligeiramente.
— Eu vou bem.
Você evitou brigas?
Ela corou com
a lembrança da sua decisão imprudente de ficar bêbada em um bar.
— Sim.
— Você é
pequena demais para se envolver com homens lutando.
— Eu não
estava exatamente envolvida. Estava sentada em uma mesa no canto mais afastado
quando estourou. Tudo aconteceu tão rápido que eu me encontrei encurralada e
eles começaram a vir no meu caminho. Eu não tive para onde ir, exceto em cima
da mesa. Teria ficado muito bem ali, se alguém não tivesse acertado ela e me
enviado ao chão. — Ela estudou-o de perto, ainda certa que ele tinha que ser o
homem mais sexy que ela já vira. — Obrigado por salvar minha vida.
Ele inclinou
um pouco cabeça, estudando-a atentamente.
— Foi por isso
que me beijou? Para me agradecer?
Ela sabia que
as bochechas avermelharam mais, envergonhada que ele queria uma explicação para
seu comportamento.
— Não.
— Então por
que você fez? Estou curioso.
— Você
realmente quer saber a verdade? — Ela paralisou, tentando pensar em um motivo
que não soasse tolo, mas não conseguiu chegar nada. O homem fazia o seu cérebro
não funcionar.
— Eu não iria
perguntar se eu não quisesse saber isso.
— Eu... — Ela
suspirou, decidindo apenas ser honesta. — Eu fiquei bêbada e pensei que estava
morrendo. Eu acordei e tive certeza que eu tinha. Você vai pensar que é
estúpido e eu duvido que realmente queira ouvir onde estava minha cabeça.
— Eu quero.
— Eu pensei
que morri e lá estava você.
Ele franziu a
testa.
— Eu não
entendo. — Ela queria que um buraco se abrisse sob ela, mas não fez.
— Pensei que
fosse algum tipo de guia que tinha vindo para me levar ao inferno.
Sua boca ficou
tensa.
— Entendo.
Acreditou que eu era um demônio. — Ele pareceu chateado.
— Não! — Ela
sacudiu a cabeça, odiando o jeito como ele olhou para ela naquele momento. Quis
corrigir isso. — Pensei que você era um anjo. — Ela omitiu a parte do caído.
Sua boca
relaxou e os olhos suavizaram um pouco.
— Você sempre
quis beijar um anjo?
— Não. — O
rosto dela tinha de estar flamejante por agora. — Eu pensei, desde que estava
indo para o inferno de qualquer maneira, que eu poderia muito bem fazer o que
eu realmente queria. Que foi te beijar. — E mais. Ela também deixou essa parte
de fora.
— Por que você
quer me beijar?
Será que esse cara nunca para de fazer perguntas? Ela queria
evitar soar ainda mais irracional. Trocou seu peso, os saltos altos fazendo os
pés doerem. Olhou para o rosto dele. Oh inferno. Dentro por um centavo4.
4
ˇ
De uma maneira simplista é dizer que
alguma coisa vale a pena, dar uma chance a isso, tomando todos os riscos e se
esforçando para atingi-la.
— Eu achei que
você era atraente e só queria te beijar.
— Achou? Passado.
Agora que você não está bêbada, eu não sou atraente?
Ela franziu o
cenho.
— Você é
atraente. Não ponha palavras na minha boca.
— Então você
ainda me considera atraente?
— Você sabe
que é.
Ele a olhou
por longos segundos.
— Você ainda
quer me beijar?
Ela pestanejou
algumas vezes e decidiu que queria, mas não quis admitir isso. Bêbada, ela foi
muito adiante, mas esse não era o caso quando estava sóbria. Ela engolou em
seco em vez de responder a pergunta e forçou o olhar do dele para o Jeep.
— O prisioneiro
lá está caindo. — O olhar virou de voltou para ele.
— Eu não dou a
mínima. Ele poderia calar a boca, se cair e bater a cabeça.
Ela sorriu,
gostando dele, e concordou que não seria uma coisa ruim se o homem alto e bruto
em restrições parasse de resmungar maldições.
Tiger de
repente avançou, invadindo seu espaço pessoal.
Ela engasgou
quando duas grandes mãos agarraram seus quadris suavemente para evitá-la de se
afastar dele. Os olhares se encontraram e prenderam. Os olhos dele eram tão
inacreditáveis como se lembrava, na verdade mais deslumbrantes na luz do sol,
pois as bordas douradas das íris azuis quase brilhavam, acentuando as partes
azuis. Os olhos felinos, combinados com os cílios grossos, eram
extraordinários.
Zandy respirou
instável, inalando o seu masculino, amadeirado perfume. Ela não resistiu quando
ele gentilmente a puxou mais perto até que teve de inclinar a cabeça para trás
para manter seus olhares presos e o corpo contra o dele. As mãos subiram
automaticamente para alisar no amplo peito dele. O material da camisa preta era
suave, mas o homem nela parecia muito sólido.
— Estou
curioso, — ele falou rouco. — Se te tocar é tão bom quanto me lembro. Vou te
beijar.
v
Q capítulo massa! Criativo, original. Cativante.
ResponderExcluirEssa autora é demais!!!
ResponderExcluirRindo muito!
ResponderExcluirRindo muito! Incrível o takento dessa autora.
ResponderExcluirTiger tá pagando a língua kkkkkkk
ResponderExcluirVerdade concordo.😂😂😂
ExcluirNenhuma expressão poderia representar tão bem esse livro
ResponderExcluirToma Tige chegou tua hr grandão...kkkkkk amanduuuuhhhh...😍👌😂❤
ResponderExcluirkkkkkkkk
ExcluirEu adoro!muito!
ResponderExcluirTiger tá pagando com a língua em meu filho kklkkkkkkkk
ResponderExcluirquem imaginaria que ele iria se apaixonar- obs: estou sendo sarcástica
ResponderExcluirFalou tanto dos outros machos e se apaixonou mais rápido do que eles (menos do valiant que ainda tem o Record)
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkkkk
ExcluirVdd
ResponderExcluirO tigre tá na coleira 😂😂😂
ResponderExcluirIsso meu tigrão vai com tudo é lace sua fêmea , vou adorar te ver boiolinha por ela
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