sábado, 25 de outubro de 2014

Capítulo 2



CAPÍTULO DOIS
Richard sentou-se rígido na cadeira.
— Não temos de responder às mensagens de ódio. Às vezes, se realmente ficar chateado, envio-lhes uma de volta. — Ele sorriu. — Basta ser educado. Isso é o que me foi dito. Ninguém disse que eu não poderia ser educado e sarcástico.
Zandy riu.
Richard virou a tela do computador na sua direção.
— Leia esta mensagem e me deixe saber quando terminar. Eu vou te mostrar a minha resposta.
Ela caminhou até sua mesa, se inclinou e começou a rolar a mensagem. Seu temperamento explodia quando acabou. Um homem estava chamado as Novas Espécies de um bando de animais raivosos, que todos devem ser castrados e colocados para dormir. O olhar dela encontrou o de Richard e ele clicou para a página que estava trabalhando.
Zandy começou a rir quase que imediatamente. Ele escrevera uma carta extremamente educada para dizer ao idiota que eles sentiam a mesma coisa sobre ele e compartilhavam os sentimentos amorosos sobre homens como ele. Era tudo educado a menos que você realmente lesse a mensagem original que ele enviou. Richard piscou.
— Eu me senti obrigado a responder a esta.
— Isso é um motim. Espero que quando ele a receber que rache o seu traseiro.
— Eu também.
O saco de correio estava lotado e ela abriu, agarrou a de cima e usou um abridor de cartas para abri-la. Seu colega de trabalho lhe disse para escanear cada uma para o computador — eles as salvavam digitalmente, assim como as arquivam — e digitar quaisquer respostas que ele sentia necessário.
O departamento de saída imprimiria e enviaria as cartas que ela digitou. Era um trabalho sombrio. A maioria das mensagens recebidas a irritou, mas ela encontrou algumas boas que as crianças enviaram.
O tempo voou. Zandy sentou-se ao estilo indiano, a saia dobrada entre as coxas, digitando uma resposta para uma doce garotinha em Iowa que escrevera para dizer que amava as Novas Espécies e pensava que eles eram muito legais, quando a porta se abriu. Zandy ergueu os olhos quando Slash entrou.
— Hora do almoço, — anunciou Richard.
Zandy puxou a saia e colocou os sapatos. Pegou a bolsa.
— Você não vai precisar disso. Seu dinheiro não é bom aqui. Basta soltar a bolsa na mesa. É seguro. Roubo nunca é um problema.
Zandy acenou a Richard e seguiu os homens para fora do prédio. Slash estudou-a quando ela se sentou no banco da frente do jipe.
— Você gosta do trabalho?
— Estou feliz de ter um.
Ele assentiu.
— Bom. — O olhar dele fixou no retrovisor. — Como foi seu dia, Richard? Ainda perde a paciência?
Richard riu.
— Não tão longe hoje. Zandy me manteve de bom humor através do pior do correio.
Slash ligou o motor.
— Ótimo. Estou contente que não é o meu trabalho ler essa merda. Estaria louco o tempo todo.
Eles foram levados a poucos quarteirões ate um grande prédio. Não foi marcado, mas ela teve a certeza que era um hotel. Havia um monte de jipes e carros de golfe estacionados ao longo da rua e nos espaços de estacionamento. Nervosismo a atingiu.
— Parece lotado.
— Todos nós almoçamos ao mesmo tempo. — Richard desceu da parte traseira. — Eles fazem um enorme buffet, exceto as filas de mover-se rápido. Temos uma hora para comer.
Quando Richard disse a palavra “enorme” Zandy imediatamente pensou no seu anjo caído. Ela cerrou os dentes, sabendo que tinha de parar de fazer isso. Ele tinha um nome. Tiger. Olhou em torno de um grande saguão exatamente dentro do edifício quando ela, Richard, e Slash entraram pela porta dupla.
Lembrou-se de repente do colegial, quando eles chegaram ao refeitório. Estava tudo voltando para ela enquanto olhava à sala do tamanho de um ginásio. Mesas foram alinhadas em fileiras com lixeiras colocadas estrategicamente. Ela se sentiu totalmente deslocada. Havia quatro filas e um balcão longo de aço no lado oposto da sala. Muitas das longas mesas já estavam cheias.
Zandy olhou em volta para as pessoas enquanto seguia Slash e Richard a uma das filas. A fila de fato se movia rapidamente. Havia apenas um punhado de funcionários completamente humanos e que tinham que estar em desvantagem de trinta para um. Isso a deixou se sentindo desconfortável.
Tinha de haver mais de duzentas Novas Espécies no almoço. As mulheres eram altas e de aparência atléticas, mas os homens eram maiores. Ela viu um homem andar perto dela e a quantidade de alimento na sua bandeja a espantou. Seu prato era do tamanho de uma travessa e foi empilhado cerca de seis centímetros de altura com carne.
— Não encare, — ordenou Richard suavemente.
Ela virou a cabeça.
— Eu estava olhando para a quantidade de comida.
Ele deu uma risadinha.
— Eu acho que deveria avisá-la que a maioria deles come a carne crua por dentro. Não fique chocada. Quando atingirmos a frente do buffet, vá para a esquerda, não à direita. A esquerda tem carnes plenamente cozidas. A direita é o lado cru. Parece cozida até mordê-la. Eu cometi esse erro no meu primeiro dia aqui e, embora fosse divertido para todos ao meu redor, não tanto para mim.
— Obrigada. — Ela quis dizer isso. Odiaria acabar com a carne crua como a sua seleção para o almoço.
Slash se dirigiu para a direita e Zandy seguiu Richard para a esquerda. Nem todos os Novas Espécies escolheram carne crua para as refeições uma vez que alguns permaneceram à frente deles na fila. Seu colega de trabalho lhe entregou um prato de tamanho normal e pegou o dele. Ela o seguiu quieta ao longo do buffet, espantada com a quantidade e variedade de comida. Ela terminou com bolo de carne e molho, purê de batatas, milho, um pouco de tiras de frango, algumas batatas fritas, e uma fatia de bolo de chocolate. Ela pegou um refrigerante e talheres por último.
Sentaram-se ao lado da parede do fundo perto das portas de entrada em uma mesa vazia. Richard sorriu.
— Eu lhe disse que realmente servem um buffet ou o quê?
Ela desembrulhou o guardanapo de papel, espalhou sobre o colo e assentiu. Cortou seu bolo de carne e mordeu. Surpreendeu-a quando o sabor encheu sua boca e ela gemeu levemente.
— Assim como mamãe faz, hein? Eles têm um serviço de bufê e são muito bons.
— Este bolo de carne está incrível. O molho é de cogumelos e está muito bom.
Ele concordou.
— Você sempre pode voltar para o segundo. E terceiro. Ninguém vai te olhar estranho se fizer isso. Comemos muito menos do que eles.
Zandy viu alguém andando até a mesa e reconheceu um rosto familiar.
— Oi, Creek. Você vai comer conosco?
— Sim. — Creek se sentou ao lado de Zandy e sorriu para Richard. — Olá, humano.
Ele riu.
— Olá, Creek. Eu sou Richard.
Creek se virou no assento.
— Como foi seu primeiro dia até agora, Zandy?
— Ótimo. Amo o meu trabalho. — Zandy olhou o prato da nova amiga, viu alguns bifes com uma grande salada e, em seguida, percebeu o que parecia um café gelado.
— Eu não vi esses. Amo café gelado.
Creek apontou.
— Eles estão lá no canto à direita. Eles têm um de sabor de chocolate, um com hortelã, e um de noz. Nós amamos a cafeína.
— Quem não? — Zandy sorriu.
Ela olhou ao redor da sala. Tudo parecia bem. Alguns dos Novas Espécies estavam olhando para ela, mas achou que tinham de estar tão curiosos sobre ela como estava sobre eles. O movimento da porta chamou sua atenção quando dois homens altos entraram no refeitório.
Era ele, seu anjo caído. Usava o uniforme preto, menos o colete à prova de balas, e caminhava lado a lado com um homem igualmente grande. Eles estavam conversando baixinho, mas ela ignorou o amigo dele. O foco bloqueado em Tiger. Não podia acreditar que estava vendo ele novamente, mas soube, sem dúvida, que não estava enganada. O cabelo parecia uma cor de mel listrada na luz do dia – realces de vermelho, tons de loiro e suave marrom, combinados. Pendurava livremente em torno de seus ombros e ela vividamente lembrou quão macio e acetinado parecia ao toque. Ele passou pela sua mesa e ela teve uma vista das suas costas.
As calças do seu anjo foram moldadas a um traseiro agradável e musculoso. Tinha uma cintura em boa forma e a parte superior do corpo era tão grande e musculosa como ela se lembrava. O fato de que ela havia bebido nada tinha a ver com a forma como sexualmente atraente ele tinha sido já que ela teve de engolir em seco para não engasgar. Ele era lindo, todo masculino. Mesmo a maneira que se movia mostrava uma graça e sensualidade que a teve observando com atenção especial.
Ele olhou por cima do ombro, quase pareceu sentir seu intenso escrutínio e examinou a área até que chegou ao dela. Seus olhares se encontraram por alguns instantes antes dele olhar para frente, deu mais alguns passos e todo o corpo pareceu virar pedra. Ele parou abruptamente.
O coração de Zandy disparou e ela se esqueceu de respirar quando ele virou a cabeça novamente, desta vez encontrando-a imediatamente. Ela estudou seus olhos deslumbrantes. Eles eram exatamente como se lembrava – felino, um azul incrível, mas ela não conseguia distinguir a cor dourada neles de tão longe. O rosto era tão áspero, masculino e fascinante também. Os lábios dele se separaram, forçando-a a lembrar-se vividamente de como ele tinha gosto de cereja quando se beijaram e quão famintos aqueles lábios generosos podiam parecer sobre os dela.
O amigo dele levou mais alguns passos antes de perceber que perdeu seu companheiro, virou-se e disse alguma coisa. Tiger realmente estremeceu, como se assustado. Zandy mordeu o lábio e baixou o olhar ao prato. Ele a reconheceu. Merda. O som de Richard e Creek falando assegurou-lhe eles não tinham notado a sua falta de atenção.
Ela esperou alguns segundos antes de erguer os olhos novamente. Ele ainda estava ali olhando para ela. Ela forçou um sorriso que não sentia, não certa do que mais fazer. E se ele caminhar ate aqui? O que eu digo? Por favor, não, ela gritou silenciosamente. Por favor, só vá embora. Ele se afastou quase como se tivesse a ouvido e continuou em direção ao buffet. Zandy soltou a respiração que esteve segurando.
É ela. Tiger se moveu no piloto automático para receber o almoço, a mente cambaleando de ver a humana que havia salvado naquele bar. Fazia algumas semanas, mas estava certo que era a mesma fêmea. Ela estava comendo no refeitório, compartilhando uma mesa com Creek e Richard Vega, e ele não sabia por quê.
As mãos tremiam o suficiente para sentir alívio quando se sentou no seu lugar regular e abaixou a bandeja. A última coisa que precisava era deixar cair o almoço. A lembrança da pequena fêmea não só afetou sua capacidade de pensar e sua coordenação, mas também seu pênis agitou.
— Você está bem, Tiger?
Tiger olhou para Snow, sem palavras.
O macho Espécie de cabelos brancos sentado em frente a ele franziu a testa.
— Você está com raiva.
— Eu estou bem. — Ele não estava, mas se recusou a admitir isso.
Snow assentiu.
— Eu percebi que você viu a fêmea humana quando entrou. Ela é quente, não é? Notei-lhe no segundo que entramos.
Quente? Essa palavra não faz justiça a isso. Ela fazia seu sangue ferver.
Tiger quis gemer, mas conseguiu dar de ombros, fingindo indiferença.
— Ela é atraente.
— Você acha que ela gosta dos nossos homens? — Interesse despertou nos olhos azul-pálidos. — Eu não me importaria de experimentar sexo compartilhado com um ser humano se fosse ela. Parece um pouco pequena embora e iria, provavelmente, ter medo de nós.
Tiger se lembrou dela puxando seu cabelo na base do pescoço para empurrar seu rosto para baixo para encontrar seus lábios depois que exigiu que ele a beijasse. Seu pênis se tornou mais duro com a lembrança de tê-la em volta do corpo, pressionada firmemente a ele. Ela foi agressiva para uma mulher humana. Os lábios dela foram suaves, ela tinha cheirado tão bem e os seus gemidos o levaram a loucura para estar dentro do seu corpo.
Não, ela não era uma humana receosa dos homens da Espécie. Ela sabia o que queria. Ela foi atrás de mim e iniciou o sexo. Ele não ia admitir isso a Snow, entretanto, ou a qualquer outra pessoa. Ele tinha deixado de fora aqueles detalhes nos relatórios para evitar de ser provocado sobre fazercom uma humana no capô de um dos jipes da ONE, como se não tivesse controle. Ele tinha perdido totalmente isso com aquela mulher. Não era exatamente o seu momento de maior orgulho.
— Deveríamos sentar com ela e ver como reage a mim?
— Não. — Tiger evitou rosnar ou atacar para golpear o outro macho por sequer pensar em tentar ganhar o interesse sexual da mulher. A ideia de vê-la tocar Snow o colocou de mau humor.
— É isso mesmo. — O humor de Snow morreu. — Você não gosta das fêmeas humanas. Você gosta mais das nossas.
Tiger apenas acenou a cabeça. Não queria insistir no fato de que se ela decidisse compartilhar sexo com um macho da Espécie, ele queria ser o que ela escolhia. Eles começaram algo juntos, que não foram capazes de terminar. Seu pau doía, preso dentro da calça apertada demais, agora que havia um espaço livre muito menor dentro deles. Ele mal se absteve de rosnar.
Slash se sentou ao lado de Snow, olhou diretamente nos olhos de Tiger e sorriu maliciosamente.
— Adivinhe qual é meu dever hoje?
Ele sabe que ela está aqui, Tiger adivinhou, severamente olhando de volta para o amigo divertido. Ele esperava que seu aviso silencioso chegasse e prendeu a respiração, esperando para ver se Slash iria dizer algo que não deveria.
— Há uma nova mulher humana que trabalha no prédio C. Comecei a acompanhá-la entre fazer as rondas de segurança. Ela está sentada na última mesa perto da porta à esquerda.
— Eu a vi. — riu Snow. — Ela estava com medo de você? Eu queria saber se ela gosta dos nossos homens. Ela é quente.
— Ela é quente, — concordou Slash. — Não parecia temerosa. O nome dela é Zandy Gordon e eu olhei no seu arquivo. Ela não é casada, solteira, trinta e um anos, e vive cerca de treze quilômetros do portão leste da Reserva. — Ele nunca desviou o olhar de Tiger, claramente enviando sua própria mensagem.
Tiger às cegas pegou o bife do topo da pilha, levou à boca e mordeu cruelmente. O gosto de sangue enchendo a boca ajudou a aliviar um pouco da ira e o impediu de olhar através da sala como se estivesse obcecado com a mulher.
Slash se recusou a parar de provocá-lo.
— Eu fico de acompanhá-la de volta ao prédio C e no final do dia vou levá-la ao portão leste. Que é para onde movemos o carro dela uma vez que será mais fácil para ela ir para casa de lá.
Tiger sentiu o temperamento explodir. Slash estava atraindo-o, dizendo-lhe onde poderia encontrar a fêmea mais tarde. Zandy era um nome estranho para uma humana, mas ela não era exatamente normal em qualquer maneira.
Ele perdeu a batalha e seu olhar procurou-a. Seu longo cabelo vermelho estava em um rabo de cavalo e ela estava rindo de alguma coisa que um dos seus dois companheiros havia dito. Ela não usava muita maquiagem, não havia na noite em que a conheceu também, mas ela era muito atraente sem isso. Ele ouviu seu riso por cima do barulho de vozes e cerrou os dentes. O pau latejava contra a coxa onde estava preso, e à vontade de ir atrás dela agarrou-o fortemente.
Sabia que se arrependeria se levantasse, invadisse toda a sala e a agarrasse. Ele a queria de volta sob ele, mas desta vez não pararia e não dava a mínima que o olhassem compartilhar
sexo com ela. Iria alertar a todos os homens a ficar longe dela também. Eles vão saber que ela é minha.
Esse pensamento chocou-o suficiente para prender seu desejo e até causou um choque de receio de atacar. O que diabos está errado comigo?
— Tiger?
Ele afastou o olhar de Zandy para olhar a Snow.
— O quê?
Snow riu.
— Eu estava falando com você, mas você estava pensando em algo tão profundo que não me ouviu. O que está na sua mente?
— Eu estava pensando em outra coisa. — Tiger não entrou em detalhes.
Slash riu.
— Eu aposto que pensava no seu próximo turno noturno e como espera que o xerife humano não nos chame em mais emergências.
Tiger rosnou um aviso a Slash, mas ele apenas sorriu em resposta.
Snow franziu o cenho.
— Eu não entendo.
— O xerife humano está sempre nos chamando para coisas estúpidas, — explicou Slash. — Nós tememos isso. É por isso que Tiger simplesmente rosnou. É irritante.
Tiger planejou chutar o traseiro de Slash na primeira vez que estivessem sozinhos. O homem definitivamente atraiu-o, mencionando como ele encontraria Zandy. Rasgou um pedaço do bife e se focou exclusivamente na comida. Ele não ousou olhar na direção dela novamente.
Obrigou-se a ouvir e responder a conversa à mesa. Zandy não foi mencionada de novo, mas ele não conseguia tirá-la dos pensamentos.
* * * * *
— O portão leste? Mas o meu carro... — Zandy disse.
— Foi movido. No portão você teve que entregar as chaves do carro. Este é o motivo. Nós protegemos seus carros para impedir os manifestantes de adulterá-los. Os manifestantes têm sido conhecidos por pintar em spray palavrões nos carros dos visitantes.
— Oh.
— Você vive mais perto do portão leste. Está poupando-lhe quilômetros se usá-lo. De manhã volte por ele. Sua escolta estará esperando lá.
— Será você?
Ele encolheu os ombros.
— Eu não atribuo funções.
Ela assentiu.
— Oh.
— Tiger faz.
Merda.
— Tiger é chefe da segurança.
Duas vezes merda. Ela tinha molestado o chefe de segurança da ONE na Reserva. Excelente. Odiou a si mesma. Realmente fez. Sentou-se no Jipe em silêncio, pensando naquela informação e quão desconfortável Tiger poderia fazer sua vida se guardou rancor. Eles dirigiram até o portão e Slash estacionou o jipe perto da guarita.
Ela avistou quatro oficiais ONE patrulhando. Dois dentro da guarita e mais dois em cima dos muros de nove metros que cercavam todo o perímetro da Reserva. Eles carregavam armas.
— Eu não vejo manifestantes.
— Não. Você não irá aqui. Recentemente compramos o terreno adjacente desta seção. Nós não estendemos as paredes ainda, mas pretendemos. É propriedade privada assim quando eles chegam temos eles presos por invasão. Basta aparecer neste portão pela manhã. Seu carro está estacionado lá. — Ele apontou.
Ela viu uma pequena área de estacionamento e seu carro.
— Obrigada.
Slash assentiu.
— Eu vou pegar as chaves. Fique aqui.
Zandy desceu do Jeep, pegou a bolsa e esperou. Ela viu Slash rir e conversar com os dois policiais dentro da guarita, antes de aceitar as chaves de um deles. Voltou para ela e as entregou.
— Pela manhã, eles te deixarão entrar. Estacione o carro onde ele está e deixe as chaves na ignição. Eles precisam das suas chaves no caso de ter que ser movido para algum ponto. É uma medida de segurança. Vão revistar o seu carro e examinar cada centímetro dele também assim ninguém bagunça com o seu carro plantando uma bomba. — Zandy olhou para ele, atordoada demais para falar.
Slash sorriu.
— Tenha uma boa noite. — Ele subiu no Jeep e recuou-o. Acenou e depois foi embora.
Bomba? Merda. Não admira que o salário seja tão bom. Estou recebendo adicional de perigo. Ela caminhou até o carro e percebeu que os dois homens na parede a observavam de perto. Ela subiu e jogou a bolsa no banco do passageiro. Ela ligou o carro e deu marcha ré. O portão foi aberto enquanto ela dirigia para ele lentamente. Um dos oficiais acenou para ela e ela deixou a Reserva.
Dirigiu cerca de um quilômetro pela estrada sinuosa e cercada de florestas antes que avistasse o Jeep preto ONE estacionado de um lado ao outro de ambas as pistas. Ela bateu nos freios, franzindo a testa, se perguntando onde o motorista estava e por que bloquearam a estrada. Seu olhar disparou pela floresta, mas ela não viu ninguém. Ela desligou o carro, esperou, e aguardou que o motorista retornasse logo uma vez que as árvores a impediam de dirigir em torno do veículo abandonado. Longos minutos se passaram e ela decidiu chamar para ver se o motorista a ouviria.
O som de um homem gritando chegou aos seus ouvidos no segundo que ela abriu a porta do carro e ficou e pé. Se virou na direção dos xingamentos obscenos e mordeu o lábio quando ele chegou mais perto.
— Eu juro que estou perdido, caralho.
— Certo, — uma voz masculina rosnou. — Claro que você estava.
— Você me deixe ir, agora, seu filho da puta. Como se atreve a colocar as malditas patas esquisitas em mim? Foda-se.
— Você está invadindo e vai ser preso por isso.
— Vá para o inferno, babaca. Deixe-me ir.
Zandy viu movimento cerca de cinco metros à esquerda. Estava tentada a subir de volta no carro e dar a volta. O portão não estava longe e ela temia qualquer tipo de cena que encontraria do outro lado. O homem xingando parecia muito beligerante.
Um homem de aparência rude em seus vinte anos saiu da linha das árvores. O rosto estava vermelho de raiva, mas as mãos estavam atrás das costas. Alguém mais alto se moveu por trás dele, forçando-o à frente, e reconhecimento atingiu quando ela viu naquele segundo o rosto. Ela congelou. Tiger não a viu de imediato, muito determinado a controlar o homem que empurrava para frente. O homem furioso tentou fazer uma pausa disso, mas Tiger se moveu, agarrou-o pelo ombro da jaqueta jeans e puxou-o de volta.
— Não me faça persegui-lo, — rosnou Tiger. — Você não vai chegar longe com as mãos algemadas atrás das costas.
— Foda-se, aberração. Deixe-me ir. Você não tem nenhum maldito direito de me tocar ou algemar. Vou processar o seu traseiro, bichano do caralho.
Tiger rosnou ferozmente.
— Continue assim, caipira. Posso apresentar mais acusações contra você. Está invadindo a propriedade ONE com um rifle. Isso não pressagia nada de bom para você em tudo.
Tiger ergueu a cabeça e encontrou os olhos de Zandy. Piscou para ela, mas não pareceu chocado ao vê-la parada ali. Ele empurrou o homem ao Jeep. Zandy foi ignorada enquanto Tiger arrastou o homem para cima e jogou-o no banco traseiro. O homem amaldiçoou alto, fazendo ameaças de uma ação judicial. Tiger arrancou outro par de algemas e aferrou o homem a uma barra de metal com eles.
— Seu maldito bichano! — O homem gritou. — Deixe-me ir. Você não tem nenhum maldito direito de fazer isso comigo.
— Cale a boca, — Tiger rosnou. — E uma vez que você está indo para a cadeia, eu não estaria gritando bichano demais. Ouvi que sua espécie gosta de dobrar os machos ali. Se mais alguém é tão estúpido como você é, então eles podem tomar isso como você se oferecendo para ser um.
Zandy sorriu, não podia evitar, e sabia que era errado achar isso engraçado. Tiger finalmente se virou e encontrou os seus olhos. Ela viu suas narinas se alargar enquanto ele se aproximava dela lentamente. Sua frequência cardíaca aumentou. Eles estavam indo para conversar e ela não teve ideia do que lhe dizer.
— Onde diabos você está indo? Você não pode me deixar aqui, aberração. Eu tenho direitos.
Tiger ignorou o homem no Jeep. Zandy não se moveu quando Tiger diminuiu a distância entre eles até que ele parou a poucos pés de distância. Eles apenas se encararam.
— Ei, bichano. Deixe-me ir agora, porra! — O homem lutou com os punhos.
— Oi, — Zandy ofegou, decidindo falar primeiro. Ela estava nervosa o suficiente para sentir a necessidade de dizer algo, qualquer coisa. — Como tem passado?
Seus belos olhos estreitaram-se ligeiramente.
— Eu vou bem. Você evitou brigas?
Ela corou com a lembrança da sua decisão imprudente de ficar bêbada em um bar.
— Sim.
— Você é pequena demais para se envolver com homens lutando.
— Eu não estava exatamente envolvida. Estava sentada em uma mesa no canto mais afastado quando estourou. Tudo aconteceu tão rápido que eu me encontrei encurralada e eles começaram a vir no meu caminho. Eu não tive para onde ir, exceto em cima da mesa. Teria ficado muito bem ali, se alguém não tivesse acertado ela e me enviado ao chão. — Ela estudou-o de perto, ainda certa que ele tinha que ser o homem mais sexy que ela já vira. — Obrigado por salvar minha vida.
Ele inclinou um pouco cabeça, estudando-a atentamente.
— Foi por isso que me beijou? Para me agradecer?
Ela sabia que as bochechas avermelharam mais, envergonhada que ele queria uma explicação para seu comportamento.
— Não.
— Então por que você fez? Estou curioso.
— Você realmente quer saber a verdade? — Ela paralisou, tentando pensar em um motivo que não soasse tolo, mas não conseguiu chegar nada. O homem fazia o seu cérebro não funcionar.
— Eu não iria perguntar se eu não quisesse saber isso.
— Eu... — Ela suspirou, decidindo apenas ser honesta. — Eu fiquei bêbada e pensei que estava morrendo. Eu acordei e tive certeza que eu tinha. Você vai pensar que é estúpido e eu duvido que realmente queira ouvir onde estava minha cabeça.
— Eu quero.
— Eu pensei que morri e lá estava você.
Ele franziu a testa.
— Eu não entendo. — Ela queria que um buraco se abrisse sob ela, mas não fez.
— Pensei que fosse algum tipo de guia que tinha vindo para me levar ao inferno.
Sua boca ficou tensa.
— Entendo. Acreditou que eu era um demônio. — Ele pareceu chateado.
— Não! — Ela sacudiu a cabeça, odiando o jeito como ele olhou para ela naquele momento. Quis corrigir isso. — Pensei que você era um anjo. — Ela omitiu a parte do caído.
Sua boca relaxou e os olhos suavizaram um pouco.
— Você sempre quis beijar um anjo?
— Não. — O rosto dela tinha de estar flamejante por agora. — Eu pensei, desde que estava indo para o inferno de qualquer maneira, que eu poderia muito bem fazer o que eu realmente queria. Que foi te beijar. — E mais. Ela também deixou essa parte de fora.
— Por que você quer me beijar?
Será que esse cara nunca para de fazer perguntas? Ela queria evitar soar ainda mais irracional. Trocou seu peso, os saltos altos fazendo os pés doerem. Olhou para o rosto dele. Oh inferno. Dentro por um centavo4.
4
ˇ De uma maneira simplista é dizer que alguma coisa vale a pena, dar uma chance a isso, tomando todos os riscos e se esforçando para atingi-la.
— Eu achei que você era atraente e só queria te beijar.
— Achou? Passado. Agora que você não está bêbada, eu não sou atraente?
Ela franziu o cenho.
— Você é atraente. Não ponha palavras na minha boca.
— Então você ainda me considera atraente?
— Você sabe que é.
Ele a olhou por longos segundos.
— Você ainda quer me beijar?
Ela pestanejou algumas vezes e decidiu que queria, mas não quis admitir isso. Bêbada, ela foi muito adiante, mas esse não era o caso quando estava sóbria. Ela engolou em seco em vez de responder a pergunta e forçou o olhar do dele para o Jeep.
— O prisioneiro lá está caindo. — O olhar virou de voltou para ele.
— Eu não dou a mínima. Ele poderia calar a boca, se cair e bater a cabeça.
Ela sorriu, gostando dele, e concordou que não seria uma coisa ruim se o homem alto e bruto em restrições parasse de resmungar maldições.
Tiger de repente avançou, invadindo seu espaço pessoal.
Ela engasgou quando duas grandes mãos agarraram seus quadris suavemente para evitá-la de se afastar dele. Os olhares se encontraram e prenderam. Os olhos dele eram tão inacreditáveis como se lembrava, na verdade mais deslumbrantes na luz do sol, pois as bordas douradas das íris azuis quase brilhavam, acentuando as partes azuis. Os olhos felinos, combinados com os cílios grossos, eram extraordinários.
Zandy respirou instável, inalando o seu masculino, amadeirado perfume. Ela não resistiu quando ele gentilmente a puxou mais perto até que teve de inclinar a cabeça para trás para manter seus olhares presos e o corpo contra o dele. As mãos subiram automaticamente para alisar no amplo peito dele. O material da camisa preta era suave, mas o homem nela parecia muito sólido.
— Estou curioso, — ele falou rouco. — Se te tocar é tão bom quanto me lembro. Vou te beijar.
v

17 comentários:

  1. Q capítulo massa! Criativo, original. Cativante.

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  2. Rindo muito! Incrível o takento dessa autora.

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  3. Nenhuma expressão poderia representar tão bem esse livro

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  4. Toma Tige chegou tua hr grandão...kkkkkk amanduuuuhhhh...😍👌😂❤

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  5. Tiger tá pagando com a língua em meu filho kklkkkkkkkk

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  6. quem imaginaria que ele iria se apaixonar- obs: estou sendo sarcástica

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  7. Falou tanto dos outros machos e se apaixonou mais rápido do que eles (menos do valiant que ainda tem o Record)

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  8. Isso meu tigrão vai com tudo é lace sua fêmea , vou adorar te ver boiolinha por ela

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