CAPÍTULO UM
Zandy tentou
silenciar a raiva, mas isso foi quase impossível de se fazer. Ela tinha uma
hipoteca para pagar. Todas as suas economias foram para o pagamento para obter
sua casa e ela precisava comer. Ter eletricidade e gás estaria bom também.
Mesmo se vendesse a nova casa, o mercado estava em baixa e iria perder o patrimônio.
O pensamento
de voltar ao sul da Califórnia e ter de viver com os pais na sua idade foi o
suficiente para deixá-la desesperada. Eles iriam repreendê-la sobre fazer outra
tolice, dizer quão desapontados estavam com ela e esfregar cada erro que já cometeu
no seu rosto. Ela faria tudo para evitar isso, inclusive tomar qualquer
trabalho, mesmo se ela se arriscasse a topar com alguém ligado a uma das noites
mais embaraçosas da sua vida.
Olhou para a
área de recepção onde aguardava e soube que ela atingiria aquele fundo do poço.
Era o último lugar que queria estar, mas eles estavam contratando. Era um lugar
grande. As chances de topar com ele tinham que ser quase nulas e só tinha que
acreditar nisso se quisesse manter a coragem que tomara para chegar a Reserva.
O ódio por Jordan Parks fez suas orelhas quentes. O idiota
havia a demitido depois que repetidas vezes se recusou a dormir com o sapo. Ele
fizera sua vida insuportável por semanas, provavelmente esperando que ela se
demitisse, mas ela era mais obstinada do que isso.
Era uma
pequena cidade, oportunidades de trabalho eram escassas e a próxima cidade com
empregos estava a uma distância de vinte minutos. Seu carro era velho. Não
duraria seis meses de condução na montanha, e os ônibus só funcionavam uma vez
por dia. Ela estava em um inferno de uma confusão, porque o imbecil tinha a
demitido.
Ela engoliu a
raiva e forçou um sorriso quando uma porta se abriu. Um funcionário de
aparência feliz é mais contratado do que um mal-humorado, lembrou a si mesma.
A
recepcionista era alta, as feições eram belas e ela sorriu de volta.
— Ele está
pronto para entrevistá-la.
Zandy
levantou-se e se sentiu pequena, mesmo nos saltos de dez centímetros, em
comparação a mulher que passou. Uma olhada ao corpo ágil e atlético também a
fez sentir-se lamentavelmente fora de forma. Entrou no escritório, manteve o
sorriso no lugar e esperou que conseguisse o emprego. Era o único listado no
papel, a menos que ela quisesse trabalhar meio período recolhendo animais
atropelados para controle de animais. Duvidava que eles fossem contratá-la e
não pagavam o suficiente para ela sobreviver.
Ela parou a
poucos metros dentro do escritório para estudar o homem sentado atrás da mesa.
Tinha cabelo castanho claro com mechas loiras passando por eles. Olhos azuis a
encaram e ele acenou-lhe uma cadeira. Ela viu a aliança de casamento na mão
bronzeada, observou os ombros largos e a forma como o terno agrupou sobre os
bíceps. Ele estava tão em forma como sua recepcionista e ela esperou que eles
não considerassem isso contra ela, que ela não estivesse.
— Sente-se,
Srta. Gordon. Sou Slade North.
Ela passou-lhe
o currículo quando se sentou na cadeira grande e tentou relaxar, mas foi
impossível fazer. Precisava do emprego desesperadamente. O trabalho de meio
período não pagava suas contas, mas este iria. Na verdade foi listado para mais
do que ela havia feito no seu último trabalho.
Ele colocou o
papel na mesa, não leu, mas ao invés a observou.
— Eu já tenho
uma cópia do seu histórico de trabalho. Você teve de enviar por fax juntamente
com outras informações que requisitamos para fazer uma verificação de
antecedentes. — Ele fez uma pausa. — Você tem o trabalho.
Choque a
atingiu.
— Mas você não
falou comigo.
— Já sei tudo
sobre você que precisamos. Tem as habilidades necessárias para o trabalho, não
tem um registro de prisão e não está associada com qualquer um que nos causou
problemas. Seus pais foram entrevistados e vocês não foram considerados
racistas. — Ele encolheu os ombros. — É simples assim.
— Ótimo. — Ela
sorriu, aliviada que foi tão fácil. — Isso é maravilhoso. Realmente preciso
deste emprego, Sr. North. Você não vai se arrepender de me dar uma chance.
— Me chame
Slade. Nós falamos com seus colegas de trabalho do último emprego. — Ele
franziu a testa. — Você não anotou que o seu último empregador a assediou, mas
deveria.
Não teríamos considerado isso contra você. Foi imperdoável o
seu chefe assediá-la sexualmente, mas isso não vai acontecer aqui. Não quero
compartilhar sexo com você. Estou muito bem casado e prefiro morrer a tocar
qualquer uma, exceto a minha Trisha. Sem querer te ofender, mas é a verdade.
A boca de
Zandy se abriu e olhou espantada para ele.
Ele franziu a
testa.
— Eu fui muito
brusco? Pensei que poderia ser uma das suas preocupações depois do seu emprego.
Seus colegas de trabalho nos disseram o que o seu último chefe tentou e ele te
demitiu porque se recusou a compartilhar sexo com ele. Não quero que você se
preocupe.
Ela demorou um
segundo para se recuperar.
— Você é
franco. Eu lhe darei isso, mas obrigado. Estou aliviada de ouvir isso e, sim,
após minha última experiência, acho que é uma preocupação.
— Você não tem
nada a temer aqui. Meu povo, nossos homens, vão deixar você sozinha. Basta
dizer-lhes para parar, que não tem interesse neles se algum se aproximar de ti.
Apreciamos honestidade e franqueza. Não há confusão dessa forma. Há também um
monte de palavras e frases que seu povo usa que ainda estamos aprendendo. Às
vezes isso causa barreiras linguísticas ou mal-entendidos. Basta falar a sua
opinião de forma clara e vamos ouvir. Você pode falar comigo imediatamente se
surgir qualquer problema e eu vou lidar com isso. Queremos que você seja feliz
trabalhando conosco.
— Obrigada.
— Você poderia
começar a trabalhar agora?
Ele a
surpreendeu novamente.
— Claro. — Ela
não planejara mais do que a entrevista de emprego, mas não ia dizer não. Eram
apenas oito da manhã. Ela não tinha nada melhor a fazer do que ir para casa e
assistir jogos e não se importava de evitar isso.
— Isso seria
ótimo.
Ele balançou a
cabeça.
— Creek, minha
recepcionista, vai chamar por um de nossos homens para acompanhá-la ao prédio
C. Será informada de suas funções quando chegar lá. — Slade fez uma pausa. —
Por causa de segurança você não está autorizada a deixar o prédio durante o
horário de trabalho até o almoço. Um dos nossos homens irá encontrá-la no
portão todos os dias quando chegar e acompanhá-la a partir dali e depois de
volta ao portão no final do dia. No almoço, um homem vai acompanhá-la ao nosso
refeitório. Peço desculpas, mas não podemos tê-la perambulando livre. Temos
muitos inimigos e tem que ser assim para fins de segurança.
— Eu entendo.
Poderia simplesmente arrumar um sanduíche então não precisarei de um
acompanhante na hora do almoço.
Ele sorriu.
— Refeições
são gratuitas, Srta Gordon. Servimos comida excelente e você deve aproveitá-la.
— Obrigada.
Ele se levantou e estendeu a mão. Zandy levantou-se para
colocar a sua, muito menor, na dele para que pudessem balançá-las. Ele tinha um
aperto firme, soltou-a rapidamente e assentiu.
— Aproveite o
seu trabalho.
— Obrigada. —
Ela pegou a bolsa e saiu do escritório.
Creek sorriu e
acenou-lhe para tomar um assento.
— Um
funcionário foi chamado para levá-la ao prédio C. Vai gostar de trabalhar aqui.
Zandy gostou
da mulher Nova Espécie e sorriu.
— Obrigada.
Tenho certeza que vou. Todos que conheci até agora têm sido maravilhosos.
Creek bufou.
— Exceto pelo
fato de que você tem que ser revistada cada vez que entrar em nossos portões.
— Colocaram
uma mulher para me revistar, mas não foi tão ruim. Foram realmente bons nisso.
— Tentamos.
Nos sentimos mal por ter que tocar todos, mas é necessário. Apenas algumas
semanas atrás, um homem veio para uma entrevista de trabalho e encontraram uma
arma escondida dentro da cueca. Ele era de um grupo de ódio e queria filmar
Slade morto.
Zandy ficou
chocada.
— Isso é
terrível.
— Alguns seres
humanos nos odeiam. — Creek encolheu os ombros. — Eles nos culpam por aquilo
que somos embora nunca nos foi dada uma escolha. Agora só queremos viver em paz
e isso ofende alguns da sua espécie. Tememos contratar seres humanos, sem
ofensa para você; mas muitos de nós não têm as habilidades para fazer todas as
tarefas necessárias. Aprendi como usar computadores e digitar para me tornar
uma recepcionista. Uma humana fez esse trabalho antes de mim, mas ela vendeu
alguns documentos aos repórteres por dinheiro. Eventualmente vamos ser capazes
de fazer a maioria das tarefas conforme mais de nós aprendem habilidades,
embora os humanos em que confiamos manterão seus empregos.
— Foi uma
porcaria isso que ela fez.
Creek
assentiu.
— Sim. Slade
confiou nela. Ela parecia uma avó. É esse o jeito certo de dizê-lo? Eu vi
filmes de Natal e ela parecia como a Sra. Papai Noel. Foi triste quando traiu a
nossa confiança e realmente feriu os sentimentos de Slade. Ele gostava dela e
isso o deixou muito deprimido.
— Eu não o
culpo. Não há nada pior do que alguém que você confia te trair. Especialmente
por dinheiro.
Uma expressão
de interesse despertou nos olhos da mulher.
— Você foi
traída por dinheiro?
— Eu fui
traída, mas eu nunca tive dinheiro para roubarem e não houve tablóides para
vender, essas coisas me fariam mal. Só imagino que isso seria pior.
Creek
assentiu.
— Você tem
filhos? Gosto deles.
Zandy sacudiu
a cabeça.
— Não. Fui casada duas vezes, mas nenhum deles era do tipo
paternal. Ou leal. — Ela encolheu os ombros. — Agora eu desisti de todo o plano
de ter filhos. Passei dos trinta e desfruto de não ter um homem na minha vida.
— Você teve
dois companheiros? — Os olhos de Creek se arregalaram. — Eles morreram?
— Eu me
divorciei deles. O primeiro foi um babaca trapaceiro que agarrava qualquer
coisa que dissesse sim. O segundo, bem ele foi um vagabundo.
— Ele vivia
nas ruas?
Zandy riu.
— Ele
provavelmente está agora que não estou por perto para sustentá-lo. Gostava de
se sentar no seu traseiro o dia todo sem fazer nada e não conseguia encontrar
um emprego para salvar sua vida. Era preguiçoso e eu me fartei disso. Eu me
divorciei dele e ele foi morar com uma mulher dois prédios depois. Enquanto eu
trabalhava e o sustentava, ele estava dormindo com ela. Sou uma horrível juíza
de caráter quando se trata de homens, sei disso agora, e desisti de encontrar
outro.
— Eu não culpo
você. — Creek estendeu a mão e apertou a dela em apoio. — Nossos homens não são
vagabundos. Eu ouvi que alguns dos seus machos não são muito fortes, mas os
nossos se mantém em boa forma. Não vai encontrar nenhum fraco aqui. Nossos
homens morreriam antes de esperar que uma mulher cuidasse deles como se fossem
impotentes. Eles não têm esse traço ruim.
— Você é
casada? Tem filhos?
Creek sacudiu
a cabeça.
— Eu apenas
tenho sexo com homens diferentes. Não tenho planos de acasalamento com um.
Nossas fêmeas são incapazes de conceber filhos por isso não há razão para se
estabelecer com apenas um macho. Eles são um pouco controladores. Lidamos com
isso toda a nossas vidas e não desejamos ser anunciadas do que fazer.
Um sorriso
curvou os lábios de Zandy e ela gostou muito da mulher.
— Isso parece
sensato. Você não precisa de um homem para completar sua vida. Pelo menos é o
que digo a mim mesma cada vez que um cara bonito me paquera. De jeito nenhum,
não mesmo. Estou melhor solteira.
A porta do
escritório se abriu e um homem alto vestido de preto entrou. Zandy sentiu a cor
deixar o rosto quando fitou as feições dele. Ela o encontrara antes. Não
conseguia lembrar seu nome, mas lembrava dele do mesmo jeito. Tinha sido
algumas semanas atrás, mas nunca esqueceu seu rosto.
Creek sorriu.
— Este é
Slash. Slash, esta é Zandy Gordon. Ela vai trabalhar no prédio C. Você é o seu
acompanhante para hoje?
Merda, a mente
de Zandy gritou. Talvez ele não se lembre de mim. Ficou de pé quando o olhar do
homem pousou nela. Os olhos azuis se estreitaram e ele inclinou a cabeça
enquanto a estudava atentamente. Um sorriso subitamente curvou sua boca e ela
quase estremeceu, sabendo que a reconheceu, com certeza.
Ela podia ver
diversão no olhar dele.
— Você é a pequena mulher do bar que foi esmagada pelos
homens bêbados, — ele confirmou. — Como você está, pequena fêmea?
— Zandy
Gordon, — Creek corrigiu. — Você já a conheceu antes?
Slash sorriu
sem rodeios.
— Brevemente.
É bom ver que se recuperou completamente. — Ele estendeu a mão.
Ela não teve
escolha exceto apertar a mão grande do homem. Sua pele era quente quando
agarrou a mão dela com firmeza e deu-lhe um aperto. Ele a soltou, mas
permaneceu perto. Ela teve de inclinar a cabeça para trás para olhá-lo.
— Me chamo
Zandy. Você é muito alto.
Creek riu.
— Sim. Nossos
homens são todos altos, mas assim é a maioria das nossas mulheres. Eu tenho um
metro e oitenta e cinco. E você, Slash? Um metro e noventa?
Ele assentiu,
ainda sorrindo para Zandy.
— Venha
comigo. Irei escoltá-la ao trabalho.
A vontade de
deixar o novo emprego e fugir agarrou-a. Pelo menos ele não foi o que ela
molestara. Poderia ser pior. Esse pensamento mal a confortou. Ela se virou para
Creek.
— Obrigada.
Foi bom conhecer e conversar com você.
Creek sorriu.
— Gostaria que
pudéssemos nos tornar amigas. Poderíamos almoçar juntas. Posso facilmente
encontrá-la na cantina. Gostaria disso?
Zandy sorriu.
— Adoraria. Te
vejo na hora do almoço.
Ela seguiu
Slash para fora do prédio. Ele não se virou para garantir que ela o seguia até
que estavam do lado de fora e ele parou ao lado de um jipe preto. Ele se sentou
no banco do motorista e ela subiu no lado do passageiro, olhando-o com cautela
quando ele encontrou seu olhar.
— Você está
trabalhando aqui agora.
— Sim.
Ele riu e
ligou o Jeep.
— Você causou
uma forte impressão em Tiger.
— Quem? — Ela
sabia, entretanto. Agora ela tinha um nome para o misterioso homem que
molestara. Nunca esqueceu os impressionantes olhos felinos azul-dourados.
— Tiger é o
macho que deu vida a você.
O coração dela
quase parou.
— Me deu vida?
— Foi um inferno de um ótimo beijo, mas isso é exagerar um pouco.
— Você não
estava respirando quando ele afastou os bêbados do seu corpo, que foi esmagado
contra o chão. Ele teve que colocar a boca na sua para forçar ar nos pulmões
para você respirar de novo.
Choque a
rasgou.
— Eu não
estava respirando?
— Não. Tiger
ajudou seu coração a bombear e forçou ar nos seus pulmões. Carregou você para
fora para esperar a ambulância uma vez que lhe deu vida de volta. — Ele riu. —
Presumi que ele acreditou que precisava de mais ajuda,
considerando que colocou a boca em você de novo.
Suas bochechas
inflamaram.
— Podemos
deixar este assunto? Por favor? Essa não foi minha melhor noite e continuo
tentando esquecer todos os detalhes.
— Podemos
deixá-lo. Não se preocupe. Tiger me disse para nunca mencionar o que aconteceu
entre os dois a ninguém. Mantive minha palavra. Não escrevemos o que aconteceu
na parte exterior no nosso relatório ao xerife ou a ONE.
Um relatório?
Oh inferno! Só o pensamento a fez sentir-se ainda mais envergonhada. Slash
tinha dito que não escreveram o que ela fez, o que significava que ninguém
sabia que ela molestara... Tiger. Sim, esse nome se encaixa. Ela afastou essa
linha de pensamento. Tinha se referido a ele como seu anjo caído e odiou as
muitas noites que as lembranças do que eles fizeram juntos a manteve acordada.
Slash disse
que ela tinha deixado uma impressão em Tiger, mas ele deixou uma enorme nela
também. Ela mentalmente chutou a si mesma. Cada vez que pensava nessa palavra
se lembrava da mão dela cavando na calça do homem e segurando o pênis. Tinha
que ser o álcool. Simplesmente tinha que ser. Ele realmente não poderia ter
sido tão atraente e bem desenvolvido.
Ela sorriu
quando uma brincadeira filtrou através dos seus pensamentos. Como você
transforma um homem qualquer em perfeição? Beba um pacote de seis de cerveja. Ela
teve bebidas mistas, que eram mais fortes. Tiger não podia realmente ter
parecido tão bom quanto se lembrava. Provavelmente não era nem mesmo tão
excelente beijador. Tinha que ter sido a bebida.
Slash
estacionou na frente de um prédio com um grande C acima das portas. Ela olhou
para outros prédios, viu mais letras, e pensou alto,
— Por que os
edifícios não estão numerados?
Ele segurou o
olhar dela, parecendo sombrio.
— Nós já fomos
conhecidos por números em vez de nomes dentro das instalações de teste, e
vê-los nos faz lembrar momentos ruins. Optamos por usar letras ao invés de
números.
— Sinto muito.
— Ela se arrependeu de perguntar e simpatia surgiu.
— Você não
sabia. Não há nenhum mal em fazer perguntas e as acolhemos. Nós mesmos
perguntamos muito quando não entendemos alguma coisa. Sei que não quis me
ofender e espero que nunca façamos qualquer pergunta que te ofenda. Não ia ser
a nossa intenção. — Ele saiu do banco do motorista. — Vou retornar para
acompanhá-la para o almoço. Precisa de um oficial ao seu lado enquanto estiver
na propriedade ONE. Nos desculpamos, mas é necessário. Há câmeras dentro de
todos os nossos edifícios e até mesmo fora. Tivemos de implementar esta medida
de segurança, e é para sua segurança bem como para nossa. Trabalhar aqui fará
de você um alvo aos nossos inimigos. Isso lhe proporciona um ambiente de
trabalho seguro.
Ela deslizou
do assento já que o Jeep não tinha portas.
— Eu sabia
disso sobre as câmeras. Está no pacote de informações que eu tive de ler antes
de me inscrever ao trabalho, e sei que preciso ser revistada todos os dias.
Ele parou
perto dela.
— Vou te apresentar ao macho com quem trabalhará.
Slash abriu a
porta para ela e Zandy entrou em um espaço de escritório grande e aberto cheio
de armários de arquivos e duas mesas grandes. Um homem sentado atrás de um
computador, olhou para eles e sorriu enquanto se levantava. Se aproximou deles.
— Olá. Sou
Richard Vega. Você deve ser Zandy Gordon. — Ele abriu um sorriso a Slash. —
Como está indo hoje, Slash?
— Eu estou
bem, Richard. Aqui está ela. — Ele franziu a testa e os olhos se estreitaram. —
Lembre-se do que lhe foi dito. Você não quer compartilhar sexo com esta.
A boca de
Zandy abriu. Girou a cabeça para olhar com os olhos arregalados a Slash, mas
ele só virou e saiu. Seu novo colega de trabalho gargalhou.
— Isso saiu
errado. Eles apenas me matam de rir.
O homem
retornou ao assento, sorriu, e ela ficou boquiaberta.
— Foi-me dito
o motivo pelo qual deixou seu último trabalho. Ele quis dizer que eu não tenho
que te assediar sexualmente. Eles meio que falam de um jeito que pode ir além
de incorreto às vezes. — Richard riu. — Como está. Sinto muito, mas foi
engraçado. Você devia ter visto seu rosto. Juro que não sou um lunático. Você vai
ter um lugar? Aquela será a sua mesa.
Ela relaxou e
se sentou. A cadeira era confortável e deixou cair a bolsa no chão, ainda
observando o novo colega de trabalho. Richard Vega estava nos seus trinta e
tantos anos, hispânico, com cabelos pretos levemente grisalhos e olhos
castanho-claros, sorridentes.
— Novas
Espécies, bem, — ele riu, — eles levam algum tempo para se acostumar. São
pessoas muito boas. Só espero que você tenha um grande senso de humor, porque
vai precisar.
— Isso saiu
errado. — Ela sorriu.
Ele riu de
novo.
— O último
homem saiu porque se mudou para o Arizona para ajudar a filha com os netos. Eu
não assediei sexualmente ele caso esteja se perguntando.
Zandy riu.
— É sempre bom
saber. Há alguém aqui que não saiba por que deixei meu último trabalho?
—
Provavelmente não. Eles estão cuidando de você, acredite ou não. Queriam
garantir que isso nunca aconteça com você novamente. Como um funcionário, eles
serão protetores de você. Jogue fora o código de normas da política de trabalho
normal, se você tiver um. Está em um mundo completamente novo.
— Estou
começando a ver isso.
Seu sorriso
desvaneceu.
— Minha esposa
adoeceu no mês passado com um caso grave da gripe e teve que ser hospitalizada.
Temos dois filhos pequenos. A ONE não só enviou flores à minha esposa, mas
convidaram meus filhos para vir trabalhar comigo já que eu insistia em
trabalhar. Enviaram duas de suas mulheres para brincar com minhas crianças o
dia inteiro para mantê-los entretidos. Eles são incríveis e ainda por cima, quando
eu levei a minha esposa para casa, eles nos entregaram comida por uma semana.
Disseram que era apenas para ajudar minha família. Esse é o tipo de pessoas
para quem estará trabalhando e queria que soubesse disso.
— Obrigada por
me dizer. Eles parecem ótimos.
Ele subitamente sorriu de novo.
— Sim. Assim
quando eles deslizarem com as palavras, simplesmente saiba que não foi
intencional. Ria muito. Eu faço.
— Entendo.
— Você está
pronta para aprender o que fazer? Espero que tenha um bom senso de humor, porque
vai precisar dele com este trabalho. Caso contrário pode ficar bastante
chateada.
— Por quê? —
Ela não gostou do som disso.
— Nós somos o
departamento do correio de entrada. Todas as correspondências de ódio, as
correspondências de fãs, tudo isso, vem direto para nós. É o nosso trabalho
ler, separar e responder. E tenha em mente que devemos responder agradavelmente
sem importar o quê. — Ele se levantou e apontou. — Vê esses armários de
arquivos?
Ela estudou as
poucas dezenas de armários de arquivo.
— Sim.
— É aí que
toda a correspondência de ódio vai, as ameaças de morte, e a merda realmente
assustadora.
Zandy deu a
ele um olhar horrorizado.
— Há muito
deles.
— Você deveria
ver o segundo andar. É o depósito. Estes armários são apenas dos últimos cinco
meses.
Choque passou
por ela.
— Todos
aqueles estão cheios de mensagens de ódio?
— E ameaças de
morte. Sim. Mantenha o senso de humor, se tiver um. Vai precisar dele. Se algo
entra que for realmente específico ou simplesmente lhe dá arrepios, o traga ao
meu conhecimento imediatamente. Estes nós entregamos ao FBI. — O olhar dela
vagou ao redor da sala grande em todos os armários e fez seu peito doer para
ver o tipo de ódio que as pessoas eram capazes. — A parte triste é que esse povo
é simplesmente incrível, inferno, melhor do que as pessoas que eu conheci por
toda a minha vida. Eles têm de lidar com todo esse ódio a cada dia. A parte boa
sobre o trabalho, porém, é que recebemos um monte de cartas de fãs também.
Essas são divertidas e agradáveis. Pegue-o se encontrar algo realmente grande.
Eu gosto de dá-los para a ONE, assim eles pensam que alguns de nós são pessoas
decentes.
Ela olhou para
dois sacos de correio perto da porta.
— É o correio
de hoje?
Ele riu.
— Com certeza
é. Você enfrenta a da esquerda e eu vou enfrentar a da direita. E não se
preocupe. Todo o correio é examinado contra venenos e bombas.
Seu ritmo
cardíaco acelerou por um segundo. Ela nunca considerou isso e engoliu em seco.
— É sempre bom
saber.
Richard riu.
— Bem-vinda ao
trabalho da ONE. Eu mencionei que eles te alimentam de graça e servem um ótimo
buffet no almoço?
— Isso ajuda.
É apenas a gente aqui o dia todo?
— Só você e eu.
Ela hesitou.
— Você se
importa se eu tirar os sapatos? Usei salto alto para a minha entrevista, mas
não estava esperando trabalhar todo o dia neles. Estes são os que apertam meus
pés, mas têm uma ótima aparência.
Ele riu quando
de repente levantou o pé para lhe mostrar as meias. Ela chutou os sapatos sob a
mesa.
— Você não tem
que se vestir tão formal também. Eles gostam de nos olhar casualmente
agradáveis. Sem suores ou camisas manchadas, mas você não tem que dar o seu
melhor.
—Obrigada. —
Ela se moveu ao redor da mesa para o saco à esquerda.
Richard se
aproximou e agarrou a parte superior do saco à direita.
— É mais fácil
se você simplesmente arrastá-los para o lado da mesa.
Ela agarrou
seu saco. Era do tamanho de uma mala grande. Puxou-o pelas cordas até a mesa.
Era pesado.
— Nós vamos
realmente terminar tudo isso em um dia?
— Sim.
* * * * *
Tiger
suspirou, passou os dedos pelos cabelos e franziu a testa para os dois machos.
— Basta. Vocês
estão me dando uma dor de cabeça.
Os dois machos
olharam para o outro. As roupas estavam rasgadas e pareciam prontos para lutar
novamente. Tiger se colocou entre eles e, finalmente, virou a cabeça para
arquear uma sobrancelha interrogativa para a fêmea.
— Kit? Quer
explicar por que convidou dois machos ao seu quarto para transar com você ao
mesmo tempo? Tinha que saber que desafiariam um ao outro.
Ela mordeu o
lábio e colocou as mãos nos quadris, uma expressão desafiante no rosto.
— Acreditaria
em mim se dissesse que foi um simples erro?
Raiva subiu e
Tiger grunhiu.
— Não minta. É
inaceitável.
Ela teve honra
suficiente para baixar o olhar e lhe dar uma posição submissa para mostrar
remorso.
— Eu estava
entediada. Pensei que eles poderiam lutar e o vencedor aquecer minha cama por
umas poucas horas. Foi emocionante até que você chegou para separá-los. — Ela
lançou a Tiger um olhar feio. — Arruinou minha diversão.
Um grunhido
retumbou de ambos os machos e suas iras se voltaram para a mulher em vez deles
mesmos. Tiger ficou tentado a deixá-la ao seu destino. Dois machos de saco
cheio que foram propositadamente atiçados um contra o outro e queriam uma
pequena vingança iria servi-la bem. Sabia que eles não a machucariam, os dois
machos eram amigos que, geralmente, tinham um bom controle, a menos que fosse
direcionado para outro macho. Ele tomou uma rápida decisão.
— Eu vou
embora. — Ele girou, invadindo o corredor.
— Espere! — O pânico na voz de Kit foi claro. — Faça-os sair
com você.
Tiger parou e
lentamente a enfrentou. — Você queria que eles lutassem, queria emoção e agora
tem. Você criou este problema, resolva-o por conta própria. — Ele olhou aos
machos. — Vão machucá-la?
Ambos
sacudiram a cabeça.
Tiger
assentiu.
— Bom o
suficiente. Tenho coisas para fazer, além disso. Resolva isso!
É por isso que
ele evitava fêmeas. Elas lhe causavam dores de cabeça e estavam sempre fazendo
o inesperado. Ele deixou o hotel e se dirigiu ao Jeep. A lembrança de certa
mulher encheu sua cabeça e ele grunhiu. A humana. Só pensar nela fazia seu
pênis contrair, assim ele empurrou as imagens de volta. Fêmeas eram más
notícias, mas as humanas eram para ser evitadas a todo custo. Especialmente
ruivas bonitas com assombrosos olhos verdes.
Parece que tiger vai ser pego de jeito kkkkk
ResponderExcluirTiger vai ficar de quatro por esta ruiva com os assombrosos olhos verdes kkkkkkkkk
ResponderExcluirJá tô vendo , e nem preciso ser vidente pra saber kkkkkkkk
Ela vai fazer ele ficar de 4 por ela
ResponderExcluirChegou a tua vez tigrão kkkkkkkkkkk
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