sábado, 25 de outubro de 2014

Capítulo 10



CAPÍTULO DEZ
Um barulho despertou Zandy e olhou ao relógio no criado mudo. Já passava das onze. Tiger finalmente chegou. Estava de bruços debaixo das coberturas, mas deixou a luz acesa na sala de estar do apartamento de um quarto. O cabelo estava ainda umedecido do banho que tinha tomado. Usou o braço para levantar-se e virar na cama. As coberturas deslizaram um pouco quando o olhar varreu o quarto escuro até que encontrou sua forma mais escura perto da cômoda.
— Eu estava me perguntando se você já tinha aparecido. Obrigado pelas roupas e todo o material que já foi entreg...
A sombra se lançou para ela, atingiu a cama forte o suficiente para derrubá-la estendida, e uma mão enluvada apertou a garganta. Choque a inundou quando dedos apertaram dolorosamente até que ela não conseguiu respirar. A boca abriu para gritar quando o corpo na cama com ela deslizou ainda mais perto quando ela tentou lutar debaixo das coberturas.
Não era Tiger. Ela não conseguiu ver o rosto do homem. A mão se sentia grande e ele era pesado enquanto tentava prendê-la. Pânico e puro terror a fez agarrar a garganta – ele estava estrangulando-a. Ela encontrou pele um pouco acima das luvas de couro e cravou as unhas. Os pulmões queimavam por falta de oxigênio e ela se concentrou em ferir seu atacante.
Ele gritou e o aperto na sua garganta relaxou por uma fração de segundos. Foi apenas o tempo suficiente para ela sugar o ar. Ela gritou. O som saiu mais como um guincho. O homem largou a largou. Ele caiu da borda da cama quando Zandy gritou novamente, pulando cegamente para o outro lado da cama colocar espaço entre eles.
Uma forma escura se ergueu do chão e correu em direção ao canto do quarto. Ele atingiu a janela de vidro com força suficiente para atravessá-la. O ar fresco encheu o quarto, enquanto ela continuou a arquejar. Madeira estilhaçou do outro lado do apartamento e dois Novas Espécies correram para dentro do quarto pela sala de estar. Um acendeu a luz, ambos farejavam o ar e o loiro se apressou em direção à janela destruída.
— Fique com ela. Era um macho humano, — ele rosnou antes de pular na abertura para perseguir o atacante.
O oficial que ficou ergueu as mãos de um modo quase calmante para mostrar que não representava nenhum perigo para ela.
— Você está bem?
Ela assentiu e tentou falar, mas em vez tossiu. A garganta doía. Sentiu dificuldade de engolir antes de falar novamente.
— Eu acordei e alguém estava no quarto.
Ele andou lentamente ao redor da cama e se inclinou. Uma mão agarrou o lençol e ergueu isto até seu peito.
— Você está nua. — Ele cheirou. — Ele não a agrediu sexualmente.
Ela agarrou o lençol que o oficial lhe deu, ainda segurando a garganta com a outra. Ele tinha visto seus seios nus. O cabelo caindo pelos ombros não os escondia totalmente, mas, naquele momento, estava muito confusa e assustava para ficar envergonhada.
— Você viu o rosto dele? — Ele se afastou assim que ela segurou o lençol sem sua ajuda. — Sabe quem era?
Ela tinha pensado que fosse Tiger, mas não podia declarar isso sem admitir que eles estavam dormindo juntos para explicar por que ele estaria no seu quarto.
— Não. Estava muito escuro.
Ele agachou-se e suavemente moveu a mão da garganta. Um grunhido suave veio dele quando estudou seu pescoço.
— Ele te machucou.
— Ele tentou me estrangular. Estava usando luvas. Eu senti quando tentei fazê-lo soltar.
O oficial pegou sua mão e cheirou as pontas do dedo.
— Você o fez sangrar. Limpe-os na colcha. Quereremos o odor do sangue dele.
Choque a impediu de responder de modo que o oficial usou parte da roupa de cama para limpar as pontas do dedo. O sangue manchou o tecido e ela percebeu que devia ter realmente agarrado seu atacante. Ele soltou sua mão e levantou-se.
— Eu guardarei a porta. Entre no banheiro e lave as mãos. Os machos humanos podem carregar doenças. Use sabão.
— Estou nua, — ela lhe lembrou.
Ele pausou para olhá-la.
— Eu não vou olhar. Se apresse, mais oficiais estão a caminho. — Ele caminhou até a cômoda e tirou algumas das roupas que Tiger tinha mandado para ela. Ele retornou ao seu lado e ofereceu. — Só saia quando estiver vestida.
Ele virou, se moveu para a porta do quarto e virou as costas para ela. Ela olhou a janela quebrada, as cortinas balançando na brisa, antes de afastar o lençol para correr nua até o banheiro. Assim que a porta foi fechada ela percebeu o quanto estava tremendo.
Alguém a atacou na cama. Quando olhou no espelho, viu marcas vermelhas na garganta onde foi apertada. Ela inclinou a cabeça para dar uma olhada melhor. Provavelmente teria hematomas. Sua mão subiu para tocar os lugares doloridos, mas ao ver sangue nos dedos parou. Abaixou o olhar até a pia para ligar a água. As mãos tremiam muito enquanto as ensaboava e esfregava debaixo das unhas.
A camiseta e calça de moletom eram muito grandes, mas não teve escolha. Abriu a porta quando as vestiu. Dois oficiais estavam no seu quarto. O que tinha cuidado dela estava tirando o edredom da cama. Ele dobrou para manter as manchas de sangue em cima.
— Aqui, — ele passou a colcha para o outro oficial. — Leve para a Segurança imediatamente. — Ele virou-se para encarar Zandy. — Você está bem? Estamos rastreando o macho que te atacou. Ele disse alguma coisa para você?
— Não. Ele estava perto da cômoda quando acordei e, ele simplesmente me atacou. Ele agarrou minha garganta e eu não consegui respirar.
— Ele queria mantê-la em silêncio, — o segundo oficial declarou. — Ele deveria saber que estávamos a postos lá fora.
Um terceiro oficial entrou no quarto.
— Nós encontramos o ponto de entrada dele. Atravessou a janela da cozinha no fundo. Chocar-se nesta janela para escapar custou-lhe danos graves, julgando pela quantidade de sangue que encontramos lá fora. Não deve demorar muito para localizá-lo. Não será capaz de fugir. — Ele observou Zandy severamente. — Você está bem, fêmea?
— Estou bem. Abalada, mas vou viver.
— Ele machucou sua garganta, — o primeiro oficial informou a pessoa que parecia estar no comando. — Devíamos acompanhá-la ao médico.
— Está só vermelho. Posso respirar bem agora e está só um pouco dolorido. Tenho certeza que não preciso de um médico.
— Você tem certeza? — Todos os três estudaram a ela.
— Sim. Eu só quero uma bebida. — Ela avançou por eles e entrou na sala de estar. A bolsa estava no chão e todo o conteúdo foi esvaziado em cima da mesa de café.
Ela levantou a carteira e abriu. O dinheiro ainda estava lá e ela mostrou aos oficiais que haviam a seguido. — Ele não era um ladrão. Não sei o que ele estava procurando.
— Não se preocupe. Vamos descobrir quando o pegarmos.
Ela soltou a carteira na mesa e entrou na cozinha. Era pequena e o olhar imediatamente focou na janela. Foi fechada, mas podia ver onde a fechadura foi quebrada na parte inferior.
* * * * *
Tiger estava furioso enquanto olhava Vengeance. O homem rosnou para ele, de mau humor. Estava realmente testando a paciência de Tiger. Passou as últimas horas tentando acalmar o macho, mas admitia estar pronto para chamar alguém para tranquiliza-lo e derrubá-lo para a noite.
— Você atacou uma humana enquanto trabalhava para a força-tarefa, foi assim que você acabou aqui. Sei que queria fazer alguma coisa, mas estragou tudo. Não vou discutir mais com você, Ven. Tenho coisas para fazer hoje à noite e gostaria de dormir um pouco. Coisas mais importantes estão acontecendo aqui, mais importantes do que você lançando ataques porque não está feliz aqui.
— Eu deveria estar fazendo alguma coisa.
— Eu entendo, mas você tentou forçar acasalamento com uma fêmea. — O celular de Tiger tocou e ele pegou. — Tiger.
— A mulher humana, Zandy Gordon, foi atacada no seu apartamento na habitação humana.
Tiger rosnou de raiva e choque que alguém tivesse prejudicado Zandy novamente.
— Como? Quem fez isso? Ela está bem? Onde estavam os oficiais que atribui para protegê-la?
Timber soou bravo também.
— Eles estavam próximos da calçada, na frente do edifício. Você disse para mantê-los fora. Um macho humano irrompeu através de uma janela dos fundos. Tentou estrangulá-la na cama, mas ela conseguiu gritar. O atacante humano está ferido e sangrando. Estamos rastreando ele agora e está indo em direção à Zona Selvagem. Vai ser um bastado miserável se chegar lá. Os selvagens irão matá-lo se o encontrarem antes dos nossos oficiais.
— Zandy está bem?
— Ela está bem. Recusou tratamento médico e os oficiais estão com ela agora.
— Estou na Zona Selvagem com Vengeance. Verei se eu posso interceptá-lo.
— Ele está sangrando muito.
— Ela fez muito dano a ele? — Isso o surpreendeu pois Zandy não era uma mulher grande, mas um pouco de orgulho inchou dentro do peito também.
— Não. Ele pulou por uma janela depois que ela gritou. Deve ter se cortado muito.
— Bom. Te chamarei se eu o encontrar ou você me chama se ele for encontrado. — Ele terminou a conversa.
— O que aconteceu?
Tiger estudou Vengeance e lutou contra a raiva. Queria castigar o humano por tocar Zandy.
— Tenho um trabalho para você. É um excelente rastreador, não é? Um homem humano de alguma maneira transgrediu na Reserva e atacou uma funcionária humana. Ele está vindo para cá e quero a sua ajuda para encontrá-lo. Apenas não o mate. Quero saber o que ele está fazendo aqui.
Vengeance assentiu.
— Eu poderia fazer uma boa caçada.
Tiger concordou.
— Eu também. Só lembre-se de mantê-lo vivo e ele precisa ser capaz de falar. Eu quero um pedaço dele para mim.
Tiger e Vengeance entraram no Jipe. Tiger encontraria o homem e removeria a mão que tentou matar sua Zandy. Ele se forçou a respirar fundo para tentar acalmar-se. Se não tivesse ficado preso no trabalho, estaria com ela e não permitiria que ninguém lhe causasse dano.
Dirigiu para encontrar a equipe de rastreamento. Um edredom foi tirado da cama de Zandy e oferecido a todos os machos para cheirar. Ele viu as manchas de sangue na colcha e ira tomou conta dele. Não se acalmou até que percebeu que tinha vindo do macho. O fedor do macho humano misturado com temor de Zandy colocou-o no limite. Ele saltou de volta no Jipe e olhou para Vengeance.
— Você tem o odor dele?
Vengeance assentiu.
— Quem é a fêmea? Ela cheira bem. Ela tomou banho recentemente.
— Esqueça a mulher humana, — rosnou Tiger. — Vamos encontrar o macho.
Vengeance levantou-se do banco e farejou o ar.
— É fraco, mas eu o tenho. — Ele apontou. — O vento está soprando daquela direção.
Tiger acelerou e observou o Espécie. Os caninos tinham um olfato mais forte que felinos. Era a única coisa que ele odiava sobre sua herança. Agora ele queria ser a pessoa a farejar o humano e localizá-lo. Os dedos agarraram o volante dolorosamente devido a ira. Em breve colocaria as mãos no homem. Ele seria um filho da puta miserável por ir atrás de Zandy.
* * * * *
Zandy olhou através da mesa de café para Smiley enquanto ele a observava. Ela se sentou no sofá enquanto ele se estabeleceu na cadeira.
— Você tem que tomar conta de mim, hein?
Ele deu de ombros. Ele tinha aparecido há dez minutos antes em um par de moletons e uma camiseta folgada. O cabelo estava molhado, solto e ele não estava nem usando sapatos. — Snow foi chamado à Homeland uma vez que precisaram de ajuda extra. — Você está familiarizada comigo e Timber me pediu para sentar com você. Queria alguém aqui que já passou algum tempo contigo.
— Você estava de folga.
Ele deu de ombros novamente.
— Não me importo. Comi e tomei banho. Estava entediado de qualquer maneira. Como está a garganta?
— Melhor. Coloquei um pouco de gelo. — Ela mudou de posição. — Você não precisa realmente se sentar comigo.
— O humano ainda está foragido e nos sentiremos melhor se alguém estiver com você.
— Você não está nem usando sapatos.
Ele sorriu.
— Muitos de nós odeia usá-los, mas somos obrigados para o turno. Eu estou de folga.
O silêncio foi um pouco desconfortável. Zandy não sabia o que mais dizer. Smiley inalou e sorriu.
— O quê?
— Seu odor está mudando.
— O que isso quer dizer?
Ele hesitou.
— Você estará ovulando em breve.
— O quê? — Ela ficou boquiaberta com sua declaração fora-de-tempo.
— Você está prestes a entrar no cio Zandy.
Ela abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu.
— Nossas mulheres tentam esconder o odor de nossos homens. É excitante.
— Ovulando? Você pode cheirar isto? Mesmo?
— Sim.
— Excelente, — Ela murmurou sarcasticamente. — Como diabos Richard acha isso divertido?
— Eu não entendo. Richard já avisou que seu calor estava vindo?
— Não importa. Então, você apreciou o tempo hoje? — Ela decidiu mudar de assunto depressa.
— Foi um dia bom. Obrigado por perguntar. — Seu olhar estreitou enquanto a observava. — Suas bochechas estão mais rosadas. Esta é um conversa desconfortável para você? Entrar no cio é perfeitamente natural.
Ele não ia deixar essa conversa passar.
— As mulheres não entram no cio. E sim, esse não é tema que quero discutir.
— Fêmeas experimentam cio. Não existe nada para estar envergonhada. Meu nariz não mente e você está no cio. Devia falar com uma de nossas mulheres sobre como esconder isto de nossos homens antes de você completamente atingir essa fase. Está muito fraco agora, mas todo macho sentirá quando se tornar mais forte. Eles se oferecerão para compartilhar sexo.
— Por quê? — Ela ficou atordoada e curiosa.
— Nada cheira melhor ou tem um gosto melhor que uma fêmea no cio. — Seu olhar vagou por seu corpo. — Posso fazer-lhe perguntas que podem fazer suas bochechas corarem mais? É atraente.
— Hum, eu acho. O que você quer saber?
— Nossas fêmeas sentem forte desejo de ter relações sexuais enquanto estão no cio. Os humanos reagem dessa maneira?
— Não. Nós nem sequer sabemos quando estamos ovulando.
Ele franziu a testa.
— Sério?
— Obviamente. Você está me dizendo algo que não sabia. Eu não tinha ideia.
— Você não sente um aumento na sua libido?
Ela teve desde que conheceu Tiger, mas ele era quente.
— Não, — ela mentiu.
Ele recostou-se na cadeira e os dedos tamborilavam nos braços.
— O sexo entre nós seria bom, Zandy. Posso ser gentil. Tem certeza que não está interessada? Já teve tempo para pensar sobre isso?
Seus olhos arregalaram.
— Obrigado, mas não.
— Você quer Tiger. — Seus dedos pararam de tamborilar. — Ele nunca estará aberto para tomar uma companheira. Você é uma mulher solteira. Não quer um companheiro?
Ela estava começando a se sentir desconfortável.
— Olha, Smiley. Você é um homem atraente, mas não estou interessada em você. Estou lisonjeada, mas é um firme não.
— Você foi despertada por Tiger. Também é humana. Nossas mulheres não apreciam vínculos com machos, mas me disseram que vocês apreciam. Ele raramente compartilha sexo com a mesma fêmea mais do que duas vezes por ano. Eu não ouvi falar que ele já tenha tocando uma humana. Você tem necessidades que ele nunca vai atender.
— Só porque estou atraída por alguém não significa que eu quero ter sexo com qualquer um.
Ele sorriu.
— Eu nunca vou entender as fêmeas humanas.
— Não é só você. Todos os homens não nos compreendem.
— Eu tenho algo em comum com seus homens afinal de contas.
— Acho que sim. — Ela se levantou. — Você pode ir para casa. Eu não preciso de uma babá e já é tarde. Vou tentar dormir um pouco.
Ele não se moveu.
— Tem certeza que não quer companhia na sua cama? Sou hábil com sexo. Você teve um trauma e não deve ficar sozinha. Eu poderia distraí-la.
O cara era persistente.
— Estou muito certa.
— Eu vou fica aqui até o macho ser capturado. Isso é o que eu fui ordenado para fazer. Eu não te incomodarei. — Seu olhar vagado por seu corpo. — Eu nunca iria para onde eu não fui desejado. Não se preocupe, não vou entrar no seu quarto. Descanse bem, Zandy.
— Obrigado.
Ela fugiu e fechou a porta entre eles. Não estava preocupada que ele viria atrás dela. Seu olhar desviou para a cama. Novas roupas de cama substituíam a anterior. Um dos oficiais fez a cama para ela.
Tiger não estava vindo. Isso era óbvio. Decepção a agarrou e ela mudou da calça de moletom pesada para um short fino. A janela foi fechada com tábuas e alguém aumentou muito o calor para compensar por quão gelado o quarto se tornara depois que a janela foi destruída.
Um bocejo rompeu dela enquanto se esticava em cima do edredom. Tinha sido um dia longo e traumático. Foi atacada no portão e depois novamente na Reserva. O dia não podia terminar rápido o bastante. Smiley estava na sala de estar e ela sabia que ninguém passaria por ele.
Estava segura.
* * * * *
Tiger correu para a esquerda das árvores enquanto Vengeance desviava para a direita. O humano tomou a floresta e eles tiveram que deixar o Jipe para trás. O humano havia cometido um erro uma vez que seu cheiro era mais fácil de seguir com a vegetação espessa bloqueando o vento.
Tiger se agachou, farejou o ar e soube que estava perto de encontrar seu alvo. O cheiro era forte e a presa estava apavorada. Ele tinha feito quase dois quilômetros, mas isso não seria longe o suficiente para escapar. O humano desacelerou de exaustão e sua debilidade era a certeza de tê-lo apanhado.
Tiger correu, seguindo o odor. Viu algo adiante e se apressou para isto. A visão era boa de noite. Era um presente do seu DNA alterado. Estava grato por isto hoje à noite.
O humano estava mancando. Tiger cheirou Vengeance vindo do outro lado para prender a presa entre eles. Este era o macho que tinha tocado Zandy. Silenciosamente desacelerou antes de pular para pousar ao lado do alvo.
O humano ofegou e caiu de bunda no chão. Tiger rugiu. O macho gritou em resposta. O fedor de terror se intensificou – um aroma agridoce. A vontade de despedaçar o filho da puta foi forte, mas ao invés Tiger estendeu a mão, apertou o macho pela camisa e o puxou em pé. Ele era grande para um homem humano.
— Por que você atacou a mulher e invadiu seu quarto?
O cheiro de urina foi forte. O humano tinha molhado a si mesmo. Vengeance riu. Tiger esperou pelo humano responder.
— Pensamos que ela era Jessie North, — ele soluçou.
Tiger rosnou.
— Ela não é.
— Eu sei. Eu vi sua carteira de motorista.
O bolso dianteiro do homem começou a tocar. Tiger rasgou o material, pegou o celular e olhou para o identificador de chamada. Rosnou e virou isso para enfrentar o macho que segurava. — Quem é esse?
— Um dos caras. Ele disse que ia me encontrar do outro lado do muro para me tirar daqui.
Vengeance rosnou.
— Você não vai se encontrar com ele. Estou faminto, Tiger. E você? Eu digo para comermos este filho da puta.
O humano gemeu de horror, quase causando em Tiger um sorriso. Vengeance era bom em aterrorizar os estúpidos. Ele acreditou que eles o comeriam agora. Se o homem tivesse um cérebro, saberia que não comiam pessoas e, ainda que fizessem, com certeza não iriam querer algo que emitia fedor de odor corporal e mijo.
— O que você queria com Jessie North?
Tiger rosnou quando o homem recusou a responder. Soube que foi a coisa certa a fazer quando sons chorosos vieram do humano.
— Recebi ordens de matá-la. Certo? Foi-me dito para fatiar a maldita garganta dela. Ela está traindo a humanidade por dormir com um de vocês animais. Não é exatamente correto.
— Por que você atacou a mulher humana na cama?
— Ela está vivendo com vocês babacas também. Todas as putas merecem morrer se deixam um de vocês trepar com elas.
Em um ataque de raiva, Tiger arremessou o filho da puta. As costas do macho bateram em uma árvore com força. Ele gemeu quando caiu no chão e continuou gemendo de dor. Tiger tinha vontade de matá-lo, mas a presença de Vengeance evitou que fizesse isso.
— Eu estou a ponto de perder a paciência e precisamos dele vivo. Você arrasta traseiro dele para o Jipe, Ven? Vou fazer uma chamada. Precisamos interrogá-lo e ver com quem está trabalhando, assim podemos reunir os bastardos estúpidos.
Vengeance assentiu.
— Acho que vou molhar ele alguns vezes no rio primeiro. Não quero senti o cheiro dele enquanto nós o levamos.
— Boa ideia. — Tiger baixou a voz. — Certifique-se de não afogá-lo, mas não me importaria se ele pensasse que você pode.
Vengeance riu e arrastou o homem humano em pé.
— Vamos, calças mijadas. O rio está chamando seu nome.
O humano gritou. O som foi estridente e Tiger encolheu-se. Ouviu Vengeance rosnar em resposta.
Tiger abriu o telefone e discou para Segurança.
— Nós temos o homem humano. Verifique todos os muros. Ele disse que alguém o encontraria para pegá-lo. Encontre e agarre-os. Tenho o telefone dele. — Tiger abriu isso. — Ele fez duas chamadas desde o ataque, para dois números diferentes. Prepare-se para rastreá-los. Quero todos estes bastardos apanhados. Pensaram que a mulher humana era a companheira de Justice. Ele estava aqui para matá-la. Chame Homeland e peça-os para reforçar a segurança em torno de Justice e Jessie. — Ele desligou.
Tiger ordenou Zandy a ficar na Reserva, pensando que ela estaria mais segura atrás dos seus muros. Em vez disso ela foi atacada por viver na Reserva e ser humana. Ele caminhou até o Jipe para esperar. Olhou o céu, desejando que estivesse na cama com Zandy. Queria vê-la para se certificar que estava realmente bem. Ele virou quando ouviu Vengeance e o macho humano assustado e molhado vindo do bosque.
— Ele está limpo. — Vengeance riu.
— Ele tentou me matar, — o macho humano cuspiu.
Tiger riu.
— Cale a boca ou eu pedirei a ele que continue tentando até que tenha sucesso.
A viagem de volta a Segurança foi curta. Tiger acelerou. Deixou o humano para ser interrogado. Normalmente ele faria isso ele mesmo, mas queria ver Zandy. Precisava vê-la. Jogou as chaves para Vengeance.
— Leve o Jipe para casa e pare de ser um babaca. Tenho coisas melhores para fazer com meu tempo agora mesmo do que lidar com seus acessos de temperamento. Patrulhe a Zona Selvagem se quiser fazer alguma coisa. Traga-os vivos se encontrar seres humanos.
Vengeance assentiu.
— Eu vou patrulhar.
— Bom.
Tiger decolou, correndo em direção ao prédio de Zandy. Precisava de um tempo para se acalmar antes de enfrentá-la. Não queria assustá-la e ele estava ainda sofrendo da sede de sangue. Sentia-se muito mais calmo quando bateu na porta da frente dela. Odiou achar trancada para mantê-lo fora. Smiley respondeu a porta.
Smiley franziu a testa.
— Ela está dormindo. Presumo que deseja fazer-lhe perguntas. Devia esperar até manhã. Ela nos contou tudo que sabe.
Irritação aumentou rapidamente ao ser dito o que fazer pelo outro macho.
— Está dispensado. Ficarei aqui até que ela acorde.
Smiley hesitou.
— Ela é atraída por você fisicamente. Cheiro isso nela quando você está perto. Gosto muito dela, Tiger. Gostaria de convencê-la a sair comigo. Não posso te dizer que compartilhe sexo, mas por favor, mantenha isto em mente se você farejar estimulação nela. Não quero outro obstáculo no meu caminho se ela não apreciar o resultado de você a tocando quando isso não significaria nada para você.
Tiger ficou imediatamente enfurecido.
— Saia, — ele rosnou.
Smiley soube que foi longe demais. Abaixou o olhar antes de avançar além do corpo rígido de Tiger. Tiger queria bater com força a porta, mas fechou-a silenciosamente, trancando. O macho acabou de admitir abertamente querer Zandy, mas não ia tê-la. Virou nos calcanhares, caminhou até a porta do quarto e abriu.
O quarto estava escuro com apenas um estreito feixe de luz vindo do banheiro. Zandy estava deitada de bruços em cima das cobertas. Os cheiros de outros machos mascararam bastante o dela. Isso deixou-o um pouco louco, sabendo o quão perto ela esteve de morrer e que não tinha estado lá para protegê-la. Outros vieram em seu socorro.
O short folgado mostrava as pernas nuas e um lado tinha deslizado até revelar uma nádega arredondada. Ela não estava usando calcinha e a camisa folgada subiu até revelar centímetros da sua coluna. O pensamento de Smiley vendo tanto dela o fez querer rastrear o macho e dar um soco no seu rosto.
Um grunhido suave recusou a ser negado, mas ela não se mexeu. Ele estendeu a mão e desabotoou a calça. Seu pênis flamejou. O desejo de tocá-la e tê-la debaixo dele o fez se despir depressa. Respirou os odores misturados no quarto e quis o dela submerso no dele. Sabia que estava sendo irracional, ela não era sua, mas não podia evitar.
Seu membro doía por querê-la tanto, quando ele colocou o joelho na cama e engatinhou até que se agachou sobre ela. Outro grunhido rasgou da sua garganta quando pegou um cheiro lânguido vindo dela. Seu coração correu. Zandy estava entrando no cio. Qualquer controle que ele tinha escapuliu.

3 comentários:

  1. Coitada de zandy atacada suas vezes...ti cuida Tiger pq já chegou um gavião kkklkk... amanduuuh ele com ciúmes... pra quem dizia qui nuca ia fika com uma humana kkkkk tá pagando a língua kkkk😌❤

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  2. Se lascou-se todinho,kkkkk🤣🤣🤣🤣🤣🤣

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  3. 😂😂😂😂😂😂😂 lascou-se

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