CAPÍTULO DEZ
Um barulho
despertou Zandy e olhou ao relógio no criado mudo. Já passava das onze. Tiger
finalmente chegou. Estava de bruços debaixo das coberturas, mas deixou a luz
acesa na sala de estar do apartamento de um quarto. O cabelo estava ainda
umedecido do banho que tinha tomado. Usou o braço para levantar-se e virar na
cama. As coberturas deslizaram um pouco quando o olhar varreu o quarto escuro
até que encontrou sua forma mais escura perto da cômoda.
— Eu estava me
perguntando se você já tinha aparecido. Obrigado pelas roupas e todo o material
que já foi entreg...
A sombra se
lançou para ela, atingiu a cama forte o suficiente para derrubá-la estendida, e
uma mão enluvada apertou a garganta. Choque a inundou quando dedos apertaram
dolorosamente até que ela não conseguiu respirar. A boca abriu para gritar
quando o corpo na cama com ela deslizou ainda mais perto quando ela tentou
lutar debaixo das coberturas.
Não era Tiger.
Ela não conseguiu ver o rosto do homem. A mão se sentia grande e ele era pesado
enquanto tentava prendê-la. Pânico e puro terror a fez agarrar a garganta – ele
estava estrangulando-a. Ela encontrou pele um pouco acima das luvas de couro e
cravou as unhas. Os pulmões queimavam por falta de oxigênio e ela se concentrou
em ferir seu atacante.
Ele gritou e o aperto na sua garganta relaxou por uma fração
de segundos. Foi apenas o tempo suficiente para ela sugar o ar. Ela gritou. O
som saiu mais como um guincho. O homem largou a largou. Ele caiu da
borda da cama quando Zandy gritou novamente, pulando cegamente para o outro
lado da cama colocar espaço entre eles.
Uma forma
escura se ergueu do chão e correu em direção ao canto do quarto. Ele atingiu a
janela de vidro com força suficiente para atravessá-la. O ar fresco encheu o
quarto, enquanto ela continuou a arquejar. Madeira estilhaçou do outro lado do
apartamento e dois Novas Espécies correram para dentro do quarto pela sala de
estar. Um acendeu a luz, ambos farejavam o ar e o loiro se apressou em direção
à janela destruída.
— Fique com
ela. Era um macho humano, — ele rosnou antes de pular na abertura para
perseguir o atacante.
O oficial que
ficou ergueu as mãos de um modo quase calmante para mostrar que não representava
nenhum perigo para ela.
— Você está
bem?
Ela assentiu e
tentou falar, mas em vez tossiu. A garganta doía. Sentiu dificuldade de engolir
antes de falar novamente.
— Eu acordei e
alguém estava no quarto.
Ele andou
lentamente ao redor da cama e se inclinou. Uma mão agarrou o lençol e ergueu
isto até seu peito.
— Você está
nua. — Ele cheirou. — Ele não a agrediu sexualmente.
Ela agarrou o
lençol que o oficial lhe deu, ainda segurando a garganta com a outra. Ele tinha
visto seus seios nus. O cabelo caindo pelos ombros não os escondia totalmente,
mas, naquele momento, estava muito confusa e assustava para ficar envergonhada.
— Você viu o
rosto dele? — Ele se afastou assim que ela segurou o lençol sem sua ajuda. —
Sabe quem era?
Ela tinha
pensado que fosse Tiger, mas não podia declarar isso sem admitir que eles
estavam dormindo juntos para explicar por que ele estaria no seu quarto.
— Não. Estava
muito escuro.
Ele agachou-se
e suavemente moveu a mão da garganta. Um grunhido suave veio dele quando estudou
seu pescoço.
— Ele te
machucou.
— Ele tentou
me estrangular. Estava usando luvas. Eu senti quando tentei fazê-lo soltar.
O oficial
pegou sua mão e cheirou as pontas do dedo.
— Você o fez
sangrar. Limpe-os na colcha. Quereremos o odor do sangue dele.
Choque a
impediu de responder de modo que o oficial usou parte da roupa de cama para
limpar as pontas do dedo. O sangue manchou o tecido e ela percebeu que devia
ter realmente agarrado seu atacante. Ele soltou sua mão e levantou-se.
— Eu guardarei
a porta. Entre no banheiro e lave as mãos. Os machos humanos podem carregar
doenças. Use sabão.
— Estou nua, —
ela lhe lembrou.
Ele pausou
para olhá-la.
— Eu não vou olhar. Se apresse, mais oficiais estão a
caminho. — Ele caminhou até a cômoda e tirou algumas das roupas que Tiger tinha
mandado para ela. Ele retornou ao seu lado e ofereceu. — Só saia quando estiver
vestida.
Ele virou, se
moveu para a porta do quarto e virou as costas para ela. Ela olhou a janela
quebrada, as cortinas balançando na brisa, antes de afastar o lençol para
correr nua até o banheiro. Assim que a porta foi fechada ela percebeu o quanto
estava tremendo.
Alguém a
atacou na cama. Quando olhou no espelho, viu marcas vermelhas na garganta onde
foi apertada. Ela inclinou a cabeça para dar uma olhada melhor. Provavelmente
teria hematomas. Sua mão subiu para tocar os lugares doloridos, mas ao ver
sangue nos dedos parou. Abaixou o olhar até a pia para ligar a água. As mãos
tremiam muito enquanto as ensaboava e esfregava debaixo das unhas.
A camiseta e
calça de moletom eram muito grandes, mas não teve escolha. Abriu a porta quando
as vestiu. Dois oficiais estavam no seu quarto. O que tinha cuidado dela estava
tirando o edredom da cama. Ele dobrou para manter as manchas de sangue em cima.
— Aqui, — ele
passou a colcha para o outro oficial. — Leve para a Segurança imediatamente. —
Ele virou-se para encarar Zandy. — Você está bem? Estamos rastreando o macho
que te atacou. Ele disse alguma coisa para você?
— Não. Ele
estava perto da cômoda quando acordei e, ele simplesmente me atacou. Ele
agarrou minha garganta e eu não consegui respirar.
— Ele queria
mantê-la em silêncio, — o segundo oficial declarou. — Ele deveria saber que
estávamos a postos lá fora.
Um terceiro
oficial entrou no quarto.
— Nós
encontramos o ponto de entrada dele. Atravessou a janela da cozinha no fundo.
Chocar-se nesta janela para escapar custou-lhe danos graves, julgando pela
quantidade de sangue que encontramos lá fora. Não deve demorar muito para
localizá-lo. Não será capaz de fugir. — Ele observou Zandy severamente. — Você
está bem, fêmea?
— Estou bem.
Abalada, mas vou viver.
— Ele machucou
sua garganta, — o primeiro oficial informou a pessoa que parecia estar no
comando. — Devíamos acompanhá-la ao médico.
— Está só vermelho.
Posso respirar bem agora e está só um pouco dolorido. Tenho certeza que não
preciso de um médico.
— Você tem
certeza? — Todos os três estudaram a ela.
— Sim. Eu só
quero uma bebida. — Ela avançou por eles e entrou na sala de estar. A bolsa
estava no chão e todo o conteúdo foi esvaziado em cima da mesa de café.
Ela levantou a
carteira e abriu. O dinheiro ainda estava lá e ela mostrou aos oficiais que
haviam a seguido. — Ele não era um ladrão. Não sei o que ele estava procurando.
— Não se
preocupe. Vamos descobrir quando o pegarmos.
Ela soltou a
carteira na mesa e entrou na cozinha. Era pequena e o olhar imediatamente focou
na janela. Foi fechada, mas podia ver onde a fechadura foi quebrada na parte
inferior.
* * * * *
Tiger estava furioso enquanto olhava Vengeance. O homem
rosnou para ele, de mau humor. Estava realmente testando a paciência de Tiger.
Passou as últimas horas tentando acalmar o macho, mas admitia estar pronto para
chamar alguém para tranquiliza-lo e derrubá-lo para a noite.
— Você atacou
uma humana enquanto trabalhava para a força-tarefa, foi assim que você acabou
aqui. Sei que queria fazer alguma coisa, mas estragou tudo. Não vou discutir
mais com você, Ven. Tenho coisas para fazer hoje à noite e gostaria de dormir
um pouco. Coisas mais importantes estão acontecendo aqui, mais importantes do
que você lançando ataques porque não está feliz aqui.
— Eu deveria
estar fazendo alguma coisa.
— Eu entendo,
mas você tentou forçar acasalamento com uma fêmea. — O celular de Tiger tocou e
ele pegou. — Tiger.
— A mulher
humana, Zandy Gordon, foi atacada no seu apartamento na habitação humana.
Tiger rosnou
de raiva e choque que alguém tivesse prejudicado Zandy novamente.
— Como? Quem
fez isso? Ela está bem? Onde estavam os oficiais que atribui para protegê-la?
Timber soou
bravo também.
— Eles estavam
próximos da calçada, na frente do edifício. Você disse para mantê-los fora. Um
macho humano irrompeu através de uma janela dos fundos. Tentou estrangulá-la na
cama, mas ela conseguiu gritar. O atacante humano está ferido e sangrando.
Estamos rastreando ele agora e está indo em direção à Zona Selvagem. Vai ser um
bastado miserável se chegar lá. Os selvagens irão matá-lo se o encontrarem
antes dos nossos oficiais.
— Zandy está
bem?
— Ela está bem.
Recusou tratamento médico e os oficiais estão com ela agora.
— Estou na
Zona Selvagem com Vengeance. Verei se eu posso interceptá-lo.
— Ele está
sangrando muito.
— Ela fez
muito dano a ele? — Isso o surpreendeu pois Zandy não era uma mulher grande, mas
um pouco de orgulho inchou dentro do peito também.
— Não. Ele
pulou por uma janela depois que ela gritou. Deve ter se cortado muito.
— Bom. Te
chamarei se eu o encontrar ou você me chama se ele for encontrado. — Ele
terminou a conversa.
— O que aconteceu?
Tiger estudou
Vengeance e lutou contra a raiva. Queria castigar o humano por tocar Zandy.
— Tenho um
trabalho para você. É um excelente rastreador, não é? Um homem humano de alguma
maneira transgrediu na Reserva e atacou uma funcionária humana. Ele está vindo
para cá e quero a sua ajuda para encontrá-lo. Apenas não o mate. Quero saber o
que ele está fazendo aqui.
Vengeance
assentiu.
— Eu poderia
fazer uma boa caçada.
Tiger
concordou.
— Eu também. Só lembre-se de mantê-lo vivo e ele precisa ser
capaz de falar. Eu quero um pedaço dele para mim.
Tiger e
Vengeance entraram no Jipe. Tiger encontraria o homem e removeria a mão que
tentou matar sua Zandy. Ele se forçou a respirar fundo para tentar acalmar-se.
Se não tivesse ficado preso no trabalho, estaria com ela e não permitiria que
ninguém lhe causasse dano.
Dirigiu para
encontrar a equipe de rastreamento. Um edredom foi tirado da cama de Zandy e
oferecido a todos os machos para cheirar. Ele viu as manchas de sangue na
colcha e ira tomou conta dele. Não se acalmou até que percebeu que tinha vindo
do macho. O fedor do macho humano misturado com temor de Zandy colocou-o no
limite. Ele saltou de volta no Jipe e olhou para Vengeance.
— Você tem o
odor dele?
Vengeance
assentiu.
— Quem é a
fêmea? Ela cheira bem. Ela tomou banho recentemente.
— Esqueça a
mulher humana, — rosnou Tiger. — Vamos encontrar o macho.
Vengeance
levantou-se do banco e farejou o ar.
— É fraco, mas
eu o tenho. — Ele apontou. — O vento está soprando daquela direção.
Tiger acelerou
e observou o Espécie. Os caninos tinham um olfato mais forte que felinos. Era a
única coisa que ele odiava sobre sua herança. Agora ele queria ser a pessoa a
farejar o humano e localizá-lo. Os dedos agarraram o volante dolorosamente devido
a ira. Em breve colocaria as mãos no homem. Ele seria um filho da puta
miserável por ir atrás de Zandy.
* * * * *
Zandy olhou
através da mesa de café para Smiley enquanto ele a observava. Ela se sentou no
sofá enquanto ele se estabeleceu na cadeira.
— Você tem que
tomar conta de mim, hein?
Ele deu de
ombros. Ele tinha aparecido há dez minutos antes em um par de moletons e uma
camiseta folgada. O cabelo estava molhado, solto e ele não estava nem usando
sapatos. — Snow foi chamado à Homeland uma vez que precisaram de ajuda extra. —
Você está familiarizada comigo e Timber me pediu para sentar com você. Queria
alguém aqui que já passou algum tempo contigo.
— Você estava
de folga.
Ele deu de
ombros novamente.
— Não me
importo. Comi e tomei banho. Estava entediado de qualquer maneira. Como está a
garganta?
— Melhor.
Coloquei um pouco de gelo. — Ela mudou de posição. — Você não precisa realmente
se sentar comigo.
— O humano
ainda está foragido e nos sentiremos melhor se alguém estiver com você.
— Você não
está nem usando sapatos.
Ele sorriu.
— Muitos de
nós odeia usá-los, mas somos obrigados para o turno. Eu estou de folga.
O silêncio foi um pouco desconfortável. Zandy não sabia o que
mais dizer. Smiley inalou e sorriu.
— O quê?
— Seu odor
está mudando.
— O que isso
quer dizer?
Ele hesitou.
— Você estará
ovulando em breve.
— O quê? — Ela
ficou boquiaberta com sua declaração fora-de-tempo.
— Você está
prestes a entrar no cio Zandy.
Ela abriu a
boca, mas nenhuma palavra saiu.
— Nossas mulheres
tentam esconder o odor de nossos homens. É excitante.
— Ovulando?
Você pode cheirar isto? Mesmo?
— Sim.
— Excelente, —
Ela murmurou sarcasticamente. — Como diabos Richard acha isso divertido?
— Eu não
entendo. Richard já avisou que seu calor estava vindo?
— Não importa.
Então, você apreciou o tempo hoje? — Ela decidiu mudar de assunto depressa.
— Foi um dia
bom. Obrigado por perguntar. — Seu olhar estreitou enquanto a observava. — Suas
bochechas estão mais rosadas. Esta é um conversa desconfortável para você?
Entrar no cio é perfeitamente natural.
Ele não ia
deixar essa conversa passar.
— As mulheres
não entram no cio. E sim, esse não é tema que quero discutir.
— Fêmeas
experimentam cio. Não existe nada para estar envergonhada. Meu nariz não mente
e você está no cio. Devia falar com uma de nossas mulheres sobre como esconder
isto de nossos homens antes de você completamente atingir essa fase. Está muito
fraco agora, mas todo macho sentirá quando se tornar mais forte. Eles se
oferecerão para compartilhar sexo.
— Por quê? —
Ela ficou atordoada e curiosa.
— Nada cheira
melhor ou tem um gosto melhor que uma fêmea no cio. — Seu olhar vagou por seu
corpo. — Posso fazer-lhe perguntas que podem fazer suas bochechas corarem mais?
É atraente.
— Hum, eu acho.
O que você quer saber?
— Nossas
fêmeas sentem forte desejo de ter relações sexuais enquanto estão no cio. Os
humanos reagem dessa maneira?
— Não. Nós nem
sequer sabemos quando estamos ovulando.
Ele franziu a
testa.
— Sério?
— Obviamente.
Você está me dizendo algo que não sabia. Eu não tinha ideia.
— Você não
sente um aumento na sua libido?
Ela teve desde
que conheceu Tiger, mas ele era quente.
— Não, — ela
mentiu.
Ele
recostou-se na cadeira e os dedos tamborilavam nos braços.
— O sexo entre nós seria bom, Zandy. Posso ser gentil. Tem
certeza que não está interessada? Já teve tempo para pensar sobre isso?
Seus olhos
arregalaram.
— Obrigado,
mas não.
— Você quer
Tiger. — Seus dedos pararam de tamborilar. — Ele nunca estará aberto para tomar
uma companheira. Você é uma mulher solteira. Não quer um companheiro?
Ela estava
começando a se sentir desconfortável.
— Olha,
Smiley. Você é um homem atraente, mas não estou interessada em você. Estou
lisonjeada, mas é um firme não.
— Você foi
despertada por Tiger. Também é humana. Nossas mulheres não apreciam vínculos
com machos, mas me disseram que vocês apreciam. Ele raramente compartilha sexo
com a mesma fêmea mais do que duas vezes por ano. Eu não ouvi falar que ele já
tenha tocando uma humana. Você tem necessidades que ele nunca vai atender.
— Só porque
estou atraída por alguém não significa que eu quero ter sexo com qualquer um.
Ele sorriu.
— Eu nunca vou
entender as fêmeas humanas.
— Não é só
você. Todos os homens não nos compreendem.
— Eu tenho
algo em comum com seus homens afinal de contas.
— Acho que
sim. — Ela se levantou. — Você pode ir para casa. Eu não preciso de uma babá e
já é tarde. Vou tentar dormir um pouco.
Ele não se
moveu.
— Tem certeza
que não quer companhia na sua cama? Sou hábil com sexo. Você teve um trauma e
não deve ficar sozinha. Eu poderia distraí-la.
O cara era
persistente.
— Estou muito
certa.
— Eu vou fica
aqui até o macho ser capturado. Isso é o que eu fui ordenado para fazer. Eu não
te incomodarei. — Seu olhar vagado por seu corpo. — Eu nunca iria para onde eu
não fui desejado. Não se preocupe, não vou entrar no seu quarto. Descanse bem,
Zandy.
— Obrigado.
Ela fugiu e
fechou a porta entre eles. Não estava preocupada que ele viria atrás dela. Seu
olhar desviou para a cama. Novas roupas de cama substituíam a anterior. Um dos
oficiais fez a cama para ela.
Tiger não
estava vindo. Isso era óbvio. Decepção a agarrou e ela mudou da calça de
moletom pesada para um short fino. A janela foi fechada com tábuas e alguém aumentou
muito o calor para compensar por quão gelado o quarto se tornara depois que a
janela foi destruída.
Um bocejo
rompeu dela enquanto se esticava em cima do edredom. Tinha sido um dia longo e
traumático. Foi atacada no portão e depois novamente na Reserva. O dia não
podia terminar rápido o bastante. Smiley estava na sala de estar e ela sabia
que ninguém passaria por ele.
Estava segura.
* * * * *
Tiger correu
para a esquerda das árvores enquanto Vengeance desviava para a direita. O
humano tomou a floresta e eles tiveram que deixar o Jipe para trás. O humano
havia cometido um erro uma vez que seu cheiro era mais fácil de seguir com a
vegetação espessa bloqueando o vento.
Tiger se
agachou, farejou o ar e soube que estava perto de encontrar seu alvo. O cheiro
era forte e a presa estava apavorada. Ele tinha feito quase dois quilômetros,
mas isso não seria longe o suficiente para escapar. O humano desacelerou de
exaustão e sua debilidade era a certeza de tê-lo apanhado.
Tiger correu,
seguindo o odor. Viu algo adiante e se apressou para isto. A visão era boa de
noite. Era um presente do seu DNA alterado. Estava grato por isto hoje à noite.
O humano
estava mancando. Tiger cheirou Vengeance vindo do outro lado para prender a
presa entre eles. Este era o macho que tinha tocado Zandy. Silenciosamente
desacelerou antes de pular para pousar ao lado do alvo.
O humano
ofegou e caiu de bunda no chão. Tiger rugiu. O macho gritou em resposta. O
fedor de terror se intensificou – um aroma agridoce. A vontade de despedaçar o
filho da puta foi forte, mas ao invés Tiger estendeu a mão, apertou o macho
pela camisa e o puxou em pé. Ele era grande para um homem humano.
— Por que você
atacou a mulher e invadiu seu quarto?
O cheiro de
urina foi forte. O humano tinha molhado a si mesmo. Vengeance riu. Tiger
esperou pelo humano responder.
— Pensamos que
ela era Jessie North, — ele soluçou.
Tiger rosnou.
— Ela não é.
— Eu sei. Eu
vi sua carteira de motorista.
O bolso dianteiro
do homem começou a tocar. Tiger rasgou o material, pegou o celular e olhou para
o identificador de chamada. Rosnou e virou isso para enfrentar o macho que
segurava. — Quem é esse?
— Um dos
caras. Ele disse que ia me encontrar do outro lado do muro para me tirar daqui.
Vengeance
rosnou.
— Você não vai
se encontrar com ele. Estou faminto, Tiger. E você? Eu digo para comermos este
filho da puta.
O humano gemeu
de horror, quase causando em Tiger um sorriso. Vengeance era bom em aterrorizar
os estúpidos. Ele acreditou que eles o comeriam agora. Se o homem tivesse um
cérebro, saberia que não comiam pessoas e, ainda que fizessem, com certeza não
iriam querer algo que emitia fedor de odor corporal e mijo.
— O que você
queria com Jessie North?
Tiger rosnou
quando o homem recusou a responder. Soube que foi a coisa certa a fazer quando
sons chorosos vieram do humano.
— Recebi ordens de matá-la. Certo? Foi-me dito para fatiar a
maldita garganta dela. Ela está traindo a humanidade por dormir com um de vocês
animais. Não é exatamente correto.
— Por que você
atacou a mulher humana na cama?
— Ela está
vivendo com vocês babacas também. Todas as putas merecem morrer se deixam um de
vocês trepar com elas.
Em um ataque
de raiva, Tiger arremessou o filho da puta. As costas do macho bateram em uma
árvore com força. Ele gemeu quando caiu no chão e continuou gemendo de dor.
Tiger tinha vontade de matá-lo, mas a presença de Vengeance evitou que fizesse
isso.
— Eu estou a
ponto de perder a paciência e precisamos dele vivo. Você arrasta traseiro dele
para o Jipe, Ven? Vou fazer uma chamada. Precisamos interrogá-lo e ver com quem
está trabalhando, assim podemos reunir os bastardos estúpidos.
Vengeance
assentiu.
— Acho que vou
molhar ele alguns vezes no rio primeiro. Não quero senti o cheiro dele enquanto
nós o levamos.
— Boa ideia. —
Tiger baixou a voz. — Certifique-se de não afogá-lo, mas não me importaria se
ele pensasse que você pode.
Vengeance riu
e arrastou o homem humano em pé.
— Vamos,
calças mijadas. O rio está chamando seu nome.
O humano
gritou. O som foi estridente e Tiger encolheu-se. Ouviu Vengeance rosnar em
resposta.
Tiger abriu o
telefone e discou para Segurança.
— Nós temos o
homem humano. Verifique todos os muros. Ele disse que alguém o encontraria para
pegá-lo. Encontre e agarre-os. Tenho o telefone dele. — Tiger abriu isso. — Ele
fez duas chamadas desde o ataque, para dois números diferentes. Prepare-se para
rastreá-los. Quero todos estes bastardos apanhados. Pensaram que a mulher
humana era a companheira de Justice. Ele estava aqui para matá-la. Chame
Homeland e peça-os para reforçar a segurança em torno de Justice e Jessie. —
Ele desligou.
Tiger ordenou
Zandy a ficar na Reserva, pensando que ela estaria mais segura atrás dos seus
muros. Em vez disso ela foi atacada por viver na Reserva e ser humana. Ele
caminhou até o Jipe para esperar. Olhou o céu, desejando que estivesse na cama
com Zandy. Queria vê-la para se certificar que estava realmente bem. Ele virou
quando ouviu Vengeance e o macho humano assustado e molhado vindo do bosque.
— Ele está
limpo. — Vengeance riu.
— Ele tentou
me matar, — o macho humano cuspiu.
Tiger riu.
— Cale a boca
ou eu pedirei a ele que continue tentando até que tenha sucesso.
A viagem de
volta a Segurança foi curta. Tiger acelerou. Deixou o humano para ser
interrogado. Normalmente ele faria isso ele mesmo, mas queria ver Zandy.
Precisava vê-la. Jogou as chaves para Vengeance.
— Leve o Jipe
para casa e pare de ser um babaca. Tenho coisas melhores para fazer com meu
tempo agora mesmo do que lidar com seus acessos de temperamento. Patrulhe a
Zona Selvagem se quiser fazer alguma coisa. Traga-os vivos se encontrar seres
humanos.
Vengeance assentiu.
— Eu vou
patrulhar.
— Bom.
Tiger decolou,
correndo em direção ao prédio de Zandy. Precisava de um tempo para se acalmar
antes de enfrentá-la. Não queria assustá-la e ele estava ainda sofrendo da sede
de sangue. Sentia-se muito mais calmo quando bateu na porta da frente dela.
Odiou achar trancada para mantê-lo fora. Smiley respondeu a porta.
Smiley franziu
a testa.
— Ela está
dormindo. Presumo que deseja fazer-lhe perguntas. Devia esperar até manhã. Ela
nos contou tudo que sabe.
Irritação
aumentou rapidamente ao ser dito o que fazer pelo outro macho.
— Está dispensado.
Ficarei aqui até que ela acorde.
Smiley
hesitou.
— Ela é
atraída por você fisicamente. Cheiro isso nela quando você está perto. Gosto
muito dela, Tiger. Gostaria de convencê-la a sair comigo. Não posso te dizer
que compartilhe sexo, mas por favor, mantenha isto em mente se você farejar
estimulação nela. Não quero outro obstáculo no meu caminho se ela não apreciar
o resultado de você a tocando quando isso não significaria nada para você.
Tiger ficou
imediatamente enfurecido.
— Saia, — ele
rosnou.
Smiley soube
que foi longe demais. Abaixou o olhar antes de avançar além do corpo rígido de
Tiger. Tiger queria bater com força a porta, mas fechou-a silenciosamente,
trancando. O macho acabou de admitir abertamente querer Zandy, mas não ia
tê-la. Virou nos calcanhares, caminhou até a porta do quarto e abriu.
O quarto
estava escuro com apenas um estreito feixe de luz vindo do banheiro. Zandy
estava deitada de bruços em cima das cobertas. Os cheiros de outros machos
mascararam bastante o dela. Isso deixou-o um pouco louco, sabendo o quão perto
ela esteve de morrer e que não tinha estado lá para protegê-la. Outros vieram
em seu socorro.
O short
folgado mostrava as pernas nuas e um lado tinha deslizado até revelar uma
nádega arredondada. Ela não estava usando calcinha e a camisa folgada subiu até
revelar centímetros da sua coluna. O pensamento de Smiley vendo tanto dela o
fez querer rastrear o macho e dar um soco no seu rosto.
Um grunhido
suave recusou a ser negado, mas ela não se mexeu. Ele estendeu a mão e
desabotoou a calça. Seu pênis flamejou. O desejo de tocá-la e tê-la debaixo
dele o fez se despir depressa. Respirou os odores misturados no quarto e quis o
dela submerso no dele. Sabia que estava sendo irracional, ela não era sua, mas
não podia evitar.
Seu membro
doía por querê-la tanto, quando ele colocou o joelho na cama e engatinhou até
que se agachou sobre ela. Outro grunhido rasgou da sua garganta quando pegou um
cheiro lânguido vindo dela. Seu coração correu. Zandy estava entrando no cio.
Qualquer controle que ele tinha escapuliu.
Coitada de zandy atacada suas vezes...ti cuida Tiger pq já chegou um gavião kkklkk... amanduuuh ele com ciúmes... pra quem dizia qui nuca ia fika com uma humana kkkkk tá pagando a língua kkkk😌❤
ResponderExcluirSe lascou-se todinho,kkkkk🤣🤣🤣🤣🤣🤣
ResponderExcluir😂😂😂😂😂😂😂 lascou-se
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