CAPÍTULO 5 Í
Lauren decidiu que realmente odiava Brent. Ele era muito pior do que apenas um imbecil cruel. Ele cometeu crimes sérios e horríveis contra os Novas Espécies, mas atualmente era ela quem pagava por eles. Virou-se de lado no colchão e usou seu braço como travesseiro.
Inalou o perfume masculino da Wrath, decidiu que era agradável e permitiu que o som do chuveiro a acalmasse. Bocejou. Wrath estava sendo gentil agora, mas algumas horas atrás tinha sido uma história diferente. Nunca sentiu tanto medo do que quando foi sequestrada, e quando Vengeance ameaçou estuprá-la.
Lutou para dormir e se perguntou se seu captor cochilou no chuveiro. Estava lá por muito tempo. A água cortou de repente como se ele tivesse lido seus pensamentos, e esperou que ele saísse. Seria rude ir dormir sem dizer boa noite.
A porta abriu minutos depois, e sua mente sonolenta pulou acordada à vista dele entrando no quarto, vestindo nada além de um par de cuecas boxer. Seu tórax desnudo tinha uma pele toda bronzeada, músculos e perfeição pura. Seus bíceps eram bem definidos, grossos, e tinha os ombros largos. Sua boca secou.
Ele parou para olhar para ela fixamente com um olhar curioso, e inclinou a cabeça enquanto a olhava. — Você está bem?
Ela olhou abaixo por seu corpo, pela cueca boxer e suas coxas volumosas, e mais músculos. Ele era o epítome da masculinidade, e parecia melhor do que qualquer um dos modelos do calendário na parede de sua casa.
— Lauren? Wrath franziu a testa. — Você parece mais pálida.
— Onde está o resto de suas roupas?
— Normalmente durmo sem nenhuma roupa, mas estou corretamente coberto. Olhou para baixo antes de encontrar o olhar dela novamente. — Meu pau está escondido.
Ela não pôde dizer nada sobre aquilo. Sua mente parou por segundos, enquanto seu olhar viajava por cada centímetro dele.
— Visto roupas durante as horas de trabalho e aprecio ficar relaxado quando durmo. Foi um dia longo e nós dois precisamos dormir. Voltarei logo. Esqueci-me de pegar roupa de cama extra para o chão. Eles mantêm sacos de dormir e travesseiros extras no final do corredor, em uma despensa. Pausou. — Você precisa de uma bebida antes de dormir? Posso pegar um copo com água ou um refrigerante.
— Estou bem. Ela engoliu.
Ele virou. A cueca boxer delineava sua musculosa bunda perfeita, e suas costas eram largas. Abriu a porta do corredor e saiu. Lauren rolou sobre suas costas para olhar fixamente o teto, e de repente riu. Foi bom que ela tenha sido sequestrada em vez de Amanda. Sua melhor amiga teria visto o corpo de Wrath e o atacado. Wrath podia tentar um santo a pecar. Tinha um corpo que qualquer mulher apreciaria.
Um movimento chamou sua atenção, e ficou contente que ele tinha sido rápido executando sua incumbência. No entanto, não fosse Wrath quem entrou no quarto. A porta fechou silenciosamente, enquanto Vengeance olhava para ela. O terror a fez sentar-se para olhá-lo embasbacada.
— Você enganou Wrath com seus bonitos olhos e voz suave. Rosnou um som ameaçador. — Mas não a mim. Suas mãos fecharam em punhos ao seu lado, enquanto dava um passo mais para 42
perto. — Senti seu cheiro hoje e você fede ao inimigo. Você será minha companheira, e fará o que eu mandar para me levar até Bill. Você não pertence mais a ele, e vai carregar meu cheiro.
Lauren sabia que estava em perigo quando o homem careca rosnou novamente, enquanto bloqueava a porta por onde entrou. Arremessou o olhar para o banheiro. Estava só há alguns centímetros do final da cama, mas não tinha uma fechadura no lado de dentro. Jogou-se naquela direção do mesmo jeito. Iria pelo menos pôr uma porta entre eles. Quase conseguiu quando de repente ele a agarrou.
O grito que tentou sair foi cortado, quando ele a virou e esmagou-a de lado na parede a centímetros de sua meta. O forte choque tirou o ar de seus pulmões, e uma mão agarrou em seu cabelo na base de seu pescoço. Lutou para respirar enquanto ele a conteve para envolver seu braço ao redor de sua cintura, e a arrancou do chão para erguê-la contra seu corpo. Virou e arrancou em direção à porta.
Finalmente encheu seu pulmão de ar e gritou. Chutou freneticamente em uma tentativa de tropeçar, mas ele conseguiu ficar de pé não importando o quão forte ela jogasse suas pernas para baixo. A mão deixou seu cabelo quando puxou a porta e a levou para o corredor. Duas portas depois entraram em um quarto e trancou a porta. Imaginou que estavam agora dentro do quarto dele.
Outro grito rasgou de sua garganta quando ele a lançou em um colchão firme. Aterrissou de cara para o colchão, e levou atordoados segundos para perceber o que estava acontecendo. Cuspindo cabelo de sua boca ainda aberta enquanto erguia a cabeça, e olhava-o fixamente com horror. Ele estava há meros centímetros de distancia.
— Eu a reivindico, rosnou. — Você é minha companheira agora.
Ele agarrou a frente da sua calça e a realidade do que planejava fazer caiu sobre ela. Lauren reagiu. — Vá se foder, gritou e rolou.
A cama não estava contra uma parede, do jeito como estava a de Wrath. Estava no centro do quarto e ela bateu de lado no chão com força. O colchão rangeu quando Vengeance andou sobre ele. Encarando-a até rolar para baixo da cama, tentando escapar. Não tinha nenhum outro lugar para ir, quando freneticamente analisou o quarto, procurando por uma fuga. As portas para o corredor e o banheiro estavam muito longe para que fizesse isto.
Pés bateram no chão menos que um centímetro de distancia do seu rosto, quando ele saltou do colchão, e ela ofegou quando a cama de repente foi arrancada de cima dela. Vengeance arremessou-a fora do caminho. O som da armação batendo na parede foi alto, e ela olhou fixamente para ele com pavor.
— Você quer ser tomada no chão? Tudo bem. Ele avançou.
Ela quis fugir novamente, mas ele moveu-se rapidamente. Apenas soltando seu grande corpo. A dor de ser esmagada nunca aconteceu. Ao invés disso, os braços dele aguentaram a maior parte de seu peso e ele acomodou-se acima dela lentamente, prendendo-a no concreto, e apoiando seu peso em um braço. Sua mão livre agarrou sua calça de moletom, enquanto rolava o suficiente para pôr espaço entre seus quadris e arrancou com força. O tecido foi rasgado.
Lauren gritou novamente e tentou arranhar seu rosto, mas ele se afastou. Ao invés disso achou seu pescoço e cavou suas unhas na pele quente. Ele uivou com dor. Suas mãos se tornaram brutais. Rolando-a sobre seu estômago, prendendo-a dolorosamente contra o chão e rosnou.
— Não lute ou a machucarei.
— Vá para inferno. Ela gritou, lutando para fazê-lo sair detrás dela. — Deixe-me ir!
— Eu a reivindico como minha companheira. Você aprenderá a apreciar meu toque.
— Você é doen... 43
A porta foi arrombada e bateu na parede com força. Lauren virou sua cabeça o suficiente para ver a fonte do grunhido maligno, que enviou calafrios abaixo pela sua espinha. Shadow e Wrath entraram no quarto e o dois pareciam furiosos.
— Ajude-me. Ofegante seu olhar bloqueou com o de Wrath.
— Eu a reivindico como minha. Vengeance berrou. — Saiam e deixe-nos formar um laço afetivo.
Brass se apressou para dentro do quarto, ficou ao lado de Shadow, e revelou os dentes afiados quando rosnou. — Não. Você não pode forçá-la a se acasalar. O que há de errado com você, Vengeance? Largue-a agora.
— Eu a reivindico como minha companheira e ela fará o que eu disser. Vengeance rosnou ferozmente. — Mostrarei lhe meu domínio até que me obedeça.
O nariz de Wrath chamejou e seus dedos curvaram em garras, e lançou-se em Vengeance. Tudo o que Lauren podia fazer era ficar tensa, com o reconhecimento de que outro corpo estava prestes a esmagá-la no chão. Ao invés disso o corpo de Vengeance rolou e colidiu na parede.
Mãos agarraram seus braços superiores e a arrastaram em direção à porta. Olhou até ver que foi Shadow que fez isto. Brass moveu-se, agarrou o outro braço de Lauren, e ambos os homens a ergueram. Eles a empurraram de costas, mais perto da porta e puseram seus corpos na frente do dela.
— Deveríamos acabar com isso? Shadow falou com raiva em seu tom.
— Não. Brass rosnou de volta. — Ven foi longe demais. Se Wrath matá-lo, que seja. Ele foi atrás de uma fêmea. Ele está instável.
Lauren estava tremendo muito enquanto se debruçava contra a moldura da porta. As palavras dele foram absorvidas e também a seriedade. Avançou o suficiente para ver em volta deles e a visão a chocou. Vengeance e Wrath estavam atacando um ao outro, mas não era como qualquer lutar que já tinha visto. Eles estavam chutando, trocando socos e lutando, enquanto ela observava. Os homens colidiram a certa altura e foram ao chão. Os dentes afiados cortavam e arranhavam um ao outro até que se separaram. Ambos os homens pularam de pé.
Vengeance chutou de repente, tentando pegar seu oponente no estômago. Wrath esquivou-se do calcanhar e lançou um chute que atingiu Vengeance no rosto. O homem foi jogado para trás contra a parede. Bateu com força, grunhiu, e virou-se. Rosnou enquanto mostrava os dentes mortais e tentou agarrar Wrath pela cintura para derrubá-lo. Wrath rosnou de volta, mostrando seus próprios dentes assustadores, e saiu do caminho para evitar os braços estendidos de Vengeance. Suas mãos com garras cortaram Vengeance e ambos os homens bateram no chão novamente. Rolaram, trocando golpes e socos. Sangue manchava seus corpos.
Lauren suplicou, horrorizada com o show de violência pura. —Detenha-os.
Shadow voltou para agarrar seu braço suavemente. — Eles lutam por você. Wrath tem de fazer isso e Vengeance precisa aprender que não pode machucar fêmeas.
Os dois homens pularam separando-se novamente, rosnaram um para o outro. Vegeance de repente uivou e saltou. Aparentemente estava indo em direção a garganta de Wrath, mas Wrath jogou os braços dele para cima, empurrando as mãos com garras de Vengeance para o lado. Seu cotovelo bateu com força no pescoço de Vengeance. O homem fez um som sufocante e bateu no chão. Wrath caiu em cima de suas costas, e prendeu seu braço ao redor da garganta de Vengeance, apertando firmemente.
— Você a tocou novamente, Wrath rosnou. — Você a levou da minha cama. Você está fora de controle.
Vengeance tentou erguer seu corpo o suficiente para rolar, mas não conseguiu fazer isto. 44
Desmoronou de volta no chão.
— Eu devia te matar. Devia quebrar seu pescoço. Se você até mesmo olhar para ela, ficar na distância do cheiro dela novamente, morrerá. Wrath rosnou, enfurecido.
Os músculos do braço de Wrath inchavam, enquanto Vengeance sufocava e ofegava. Seu corpo estremeceu e seus dedos arranharam o concreto, enquanto seu rosto ficava pálido com a falta de oxigênio. Os olhos de Vengeance rolaram e ele ficou mole. Longos segundos passaram antes de Wrath suavemente xingar. Largou o pescoço do homem e ficou de pé.
Sangue manchava ao redor da boca de Wrath e em seu tórax. Mais sangue estava em ambos os braços, e descia por seu torso até sua cintura e sua cueca boxer. Até uma coxa e um joelho estavam sangrando. Olhou para Brass.
— Ele não está bem para esta missão ou para estar ao redor de outros. Vou matá-la da próxima vez que o vir se não mandá-lo para a Zona Selvagem da Reserva. Ele devia estar com os outros machos indomados. Ele tem sorte por estar vivo.
Brass assentiu. — Eu o vigiarei e pedirei para virem buscá-lo. Ele não deixará a Zona Selvagem.
Wrath rosnou. — Ele está morto se estiver aqui de manhã. Estará morto se sair da Zona Selvagem. Seu olhar furioso voltou-se para Lauren. Sua voz saiu estranhamente profunda, mas parou de rosnar. — Vamos para meu quarto.
As pernas de Lauren não se moviam, o choque a mantinha paralisada. Queria fazer tudo o que ele dizia, mas seu corpo não respondia. Wrath lentamente foi em sua direção, mas pausou alguns centímetros de distancia. Ele respirou fundo.
— Até que ele vá embora você ficará no meu quarto. Vire-se, Lauren. Não quero tocar em você ensangüentado. Por favor, vá agora.
Ela conseguiu controlar seu corpo e deu a volta. Wrath ficou logo atrás dela, até entrarem em seu quarto. A porta bateu atrás deles. Lauren saltou, virou e olhou fixamente para Wrath com os olhos arregalados. Ele ainda parecia furioso, seus olhos estavam pretos de raiva. Tentou lembrar que não se dirigia a ela.
— Vou tomar banho para lavar o sangue. Sente-se na cama e não se mova. Respirou fundo. — Não deixarei você fora da minha vista até Vengeance ir embora. Respirou fundo novamente. — Vá dormir e saiba que isso não acontecerá novamente. Ele morrerá se vier atrás de você novamente.
Assentiu muda, sem saber o que dizer. Estava tremendo muito. Suas pernas estavam tão trêmulas que quase não conseguiu chegar até a cama onde desmoronou. Deitou-se de lado, encarando o lado oposto de Wrath, e olhou fixamente para a parede. Seus olhos encheram-se de lágrimas e tremeu.
O coração de Wrath estava acelerado e precisava pôr espaço entre si mesmo e Lauren. A adrenalina da batalha atravessava seu corpo, fazendo sua pele coçar. O desejo de correr, uivar, ou continuar lutando o deixou no limite. Podia ter matado Vengeance, quase matou, mas recuperou o controle a tempo de impedir isto. Isso deveria contar, acalmou-se um pouco, mas não confiava nele mesmo para estar próximo dela.
Sua raiva por Lauren ter sido atacada no quarto dele, por um macho que estava com intenções de tomar seu corpo e reivindicá-la o enfureceu violentamente. O cheiro do seu medo ligou um interruptor dentro dele, um que o arremessou em pura sede de sangue.
O sangue de Vengeance e seu próprio cobriam sua pele enquanto entrava no banheiro, mas a violência e a raiva da batalha rapidamente se tornou desejo, e a necessidade de reivindicar 45
Lauren, antes que outro macho pudesse tentar tira-la dele novamente. Seu pau inchou com sangue, diante do pensamento de retornar ao seu quarto e despi-la. Suas mãos apertaram enquanto respirava pela boca para diminuir o fedor de sangue. Seu lado primitivo a queria tanto que doía. Seu corpo tremia com a necessidade de ir atrás dela.
Imagens brutais filtraram por seus pensamentos e esfriou seu sangue aquecido, o suficiente para manter o controle. Ele a machucaria no estado em que estava. A pegaria com força, sem consideração, só para satisfazer sua própria necessidade. Seria pior que Vengeance se fizesse isso. Wrath sabia que era errado forçar uma fêmea a se tornar sua companheira.
Seu pau pulsava dolorosamente e sabia que tinha que atender a suas próprias necessidades, antes dos seus instintos tomarem o controle. Ela era humana e ele não. A protegia e ela confiava nele. Por um momento lembrou-se de todas as mulheres humanas que foram usadas em vídeos para atormentá-lo e a vontade de buscar vingança o atingiu.
Isso o assustava, sabendo o que era capaz de fazer naquele momento. Lauren não era seu inimigo e não merecia se tornar o receptor de sua vingança. Era suave, agradável, e não lhe fez qualquer dano pessoal. Não pretendia machucá-la, mas naquele momento não tinha nenhuma gentileza para dar. Suas mãos abriram e freneticamente entrou pelo box do chuveiro. Precisava de água fria e uma maneira para soltar sua crescente agressão. Teve de lembrar-se que era forte o suficiente para manter seu lado animal atado. Machucar Lauren não era aceitável e era a última coisa que queria fazer. Infelizmente, o desejo de reivindicá-la prolongava.
Lauren tentou manter-se calada. Desabar na frente de Wrath depois dele brutalmente ter lutado para salvá-la, não seria algo que ele precisava ver. Ele já tinha feito mais do que o suficiente sem ter que segurar sua mão durante uma cena de soluços. Homens odiavam lágrimas, sabia disso, e não queria deixá-lo mais incomodado.
O som da água não a surpreendeu. Wrath disse que planejava tomar banho, mas a porta não fechou entre eles. Virou a cabeça para olhar na direção do banheiro e ficou chocada quando as costas ensanguentadas de Wrath ficaram claras à sua visão. Curvou-se, empurrando sua cueca ensanguentada para baixo. Sua bunda era tão bronzeada quanto o resto dele, nenhuma linha de bronzeamento marcava lá, e sua bunda era linda.
Seus lábios se separaram em surpresa muda. Disse que não a deixaria fora de sua visão, mas tomar banho com a porta aberta foi um pouco longe demais. Entrou no chuveiro e a porta de vidro era clara o suficiente para ver cada centímetro de sua exposição. Wrath não olhava em sua direção quando ergueu o queixo e empurrou seu rosto debaixo do jato. Estendeu a mão para limpar o sangue de seu braço.
A água vermelha escorria enquanto jorrava por suas costas, e sabia que deveria olhar para a parede novamente. Era rude e totalmente errado espiá-lo, mas apenas não conseguia parar. Wrath tinha o corpo mais bonito que já tinha visto em toda sua vida. Estava tão em forma, musculoso e atraente que não pôde resistir. Suas costas estavam de frente para ela, e ele parecia inconsciente do seu olhar atento.
Virou de lado e inclinou a cabeça para trás debaixo da água. Seus olhos estavam fechados enquanto esfregava seu rosto. Sua respiração parou enquanto suas palmas deslizavam abaixo de sua garganta para o peito. Era grande, largo e liso. Não tinha nenhum cabelo em seu peito. Aquelas mãos cegamente subiram, capturaram uma loção corporal, e despejou um pouco na palma, e voltou a ensaboar sua pele.
Lauren não podia parar de observar suas mãos, enquanto ensaboava os mamilos escuros tensos, e mais abaixo em sua barriga. Nem quis piscar. Seu estômago era duro e liso, os músculos 46
bem distribuídos. Mordeu seu lábio inferior enquanto seus dedos se retorciam. Invejava suas mãos, tocando toda aquela bonita pele. Apostava que ele era tão bom quanto parecia. Sua reação física foi surpreendente conforme seus mamilos formigavam e seu estômago apertou. Wrath era incrivelmente excitante.
Debruçou-se mais e virou-se enquanto ele se ensaboava. Sua boca despencou quando seu olhar desceu abaixo de sua cintura. Seu pau estava claramente exibido através do vidro. Estava duro, espesso, e o cara tinha bolas. Das grandes e nenhum pelo o cobria lá que pudesse ver. Raspou ou naturalmente não crescia naquela área da virilha.
Lauren virou a cabeça e olhou fixamente para a parede, com os olhos arregalados. Não queria que a pegasse olhando estupidamente para ele, se abrisse seus olhos. Engoliu com força, mas a imagem de Wrath nu, molhado, queimava em seu cérebro.
Novas Espécies eram circuncisados, ou pelo menos Wrath era. Também era maior que qualquer homem que já tinha visto pessoalmente. Revistas e vídeos pornôs não contavam, mas podia assegura-se em uma comparação de tamanho com eles. Ouviu que adrenalina podia ser um afrodisíaco, mas não acreditou nisto até aquele momento. O ataque que sofreu deviria tê-la feito perder o desejo por homens, sexo especialmente, mas ao invés disso pareceu apenas exaltar suas emoções. Assistir Wrath ensaboar seu corpo musculoso a fez sentir bastante desejo.
Olhou de novo para ele, incapaz de resistir à tentação. Era proporcionalmente grande por toda parte. Suas mãos moveram-se mais para baixo, o movimento parecia mais como uma carícia agora, pelo menos em sua mente. Sua respiração parou quando seus dedos enrolaram ao redor de seu pau, deslizou para baixo do eixo e abriu para cobrir suas bolas pesadas. A mão subiu, agarrou seu pau novamente e lentamente ia da ponta para a base. Virou a cabeça ao redor até que não pudesse mais vê-lo. Ele está se masturbando? O choque atravessou-a. Não pode ser. De jeito nenhum. Estou bem aqui e a porta está aberta!
Longos segundos se passaram, mas teve que olhar. Sua cabeça virou na direção dele, e olhou em seu rosto primeiro para ter certeza de que seus olhos ainda estavam fechados. Estavam. Corajosamente arrastou seu olhar para baixo do corpo macio, lustroso e sensual, e aquela mão ainda trabalhava em seu pau rígido. Calor aquecia seu rosto à medida que assistia. Estava ensaboando lá, seus dedos agarravam o eixo firmemente e sua outra mão erguia-se contra a parede do chuveiro. Seus quadris lentamente balançavam para frente e para trás de um modo sensual, que a possibilitou imaginá-lo fodendo alguém naquele método lento e provocativo.
Seus seios doíam e podia sentir o quão úmida estava entre suas pernas, excitada pela visão do que ele estava fazendo com seu próprio corpo. Sentia-se mais quente, sabendo que ele não sabia que o observava. Isso a fazia parecer safada e completamente imoral. Uma pessoa decente continuaria de costas, mas não conseguia mover-se, seu foco travou em cada movimento. Seu pau pareceu crescer mais e seu corpo ficou tenso, os músculos esticaram, ficaram mais definidos enquanto ele gozava. Sua cabeça foi toda para trás, seus lábios se separaram e suas presas caninas brilharam. Ouviu-o gemer.
— Oh porra, sussurrou, e virou a cabeça antes que a pegasse assistindo-o como a espreitadora que era, e olhou fixamente para a parede. Seu coração martelava, seu corpo coçava, e seu clitóris pulsava. Wrath era tão sensual que se sentiu toda morna.
Imaginou que também foi afetado pela violência desde que estava obviamente excitado. Claro que com homens era provavelmente causado pela agressão de lutar, mas sua excitação era totalmente sua culpa do espetáculo que ele lhe deu.
Seus sentimentos estavam ligeiramente feridos. Por que ele não deu em cima dela se queria sexo? Olhou para baixo e fixou-se em seu corpo. Wrath era perfeito e ela não era. Lágrimas 47
queimaram atrás de seus olhos e lutou contra elas. Sabia que era estúpido sentir-se desse jeito, mas machucava. Sabia que suas emoções estavam exaltadas depois da tensão que tinha passado. Não vá por aí e se sinta rejeitada, droga. Forçou seus pensamentos sobre seu peso para longe. Homens assim não ficam com mulheres como você. Eles namoram aquelas meninas magricelas com peitos grandes que um cirurgião plástico perfeitamente alinhou.
Ouviu a água ser desligada, a porta do banheiro abriu, e ficou lá olhando fixamente para a parede, enquanto imaginava Wrath usando uma toalha para afagar por toda parte aquele corpo sensual para secá-lo. Segundos se tornaram um bom minuto.
— Meu banho acabou. Sua voz rouca a assustou, soando perto.
Virou a cabeça para olhar fixamente para ele por cima de seu ombro. Estava com uma toalha embrulhada ao redor da sua cintura, mas não vestia nada mais. Parou perto da cômoda, curvou-se e retirou uma cueca boxer. Seus olhos se encontraram quando ele se endireitou e a encarou.
— Vou soltar isto e colocar minha cueca. Você pode querer fechar os olhos.
Ao invés disso deu as costas a ele, olhando fixamente para a parede mais uma vez e o ouviu farfalhando ao redor. Contou até trinta segundos e moveu seu corpo, mudando de posição para se sentar e enfrentá-lo novamente. Wrath colocou uma cueca preta folgada e pegou a toalha que tinha jogado no chão. Deu um meio sorriso, retornado ao banheiro e colocou a toalha molhada no topo do chuveiro. Andou de volta para o quarto.
— Vou pegar aquele saco de dormir e o travesseiro no corredor, onde os soltei quando a ouvi gritar.
Abriu a porta e saiu do quarto. Viu que em suas costas havia múltiplos arranhões com sangue fresco correndo deles. O sangue que lavou não era apenas de Vegeance. Ofegou. Ele virou-se e franziu a testa enquanto olhava fixamente para ela.
— Suas costas estão sangrando.
Encolheu os ombros. — Estava com sorte. Caminhou para longe da vista.
Sorte? Ele realmente acabou de dizer isto? O que isto tem de sorte em ter marcas profundas de arranhões em suas costas? Retornou trazendo a roupa de cama, usou seu pé para fechar a porta, e largou tudo no chão. Abaixou-se e desenrolou a saco de dormir.
— Não tem medo de que alguém abra a porta, e bata em você com ela? Está meio perto.
Balançou a cabeça. — Vengeance será a primeira coisa que partirá de manhã, mas temos algumas horas antes que possam transportá-lo. Ele não passará por mim se conseguir escapar de Brass e quiser tentar reivindicá-la novamente.
— Ah. Você quer que eu faça um curativo em suas costas?
Ele atirou o travesseiro e endireito-se ficando de pé. Seu olhar escuro varreu o quarto, antes de caminhar para recuperar o pequeno kit de primeiros socorros que usou anteriormente, para limpar e colocar curativos em seus pulsos. Chegou mais perto dela com a caixa na mão.
— Seria bom se cuidasse dos meus ferimentos. Obrigado.
Aceitou o kit quando ele o estendeu. Sentou-se no chão na frente da cama. Chegou mais perto e ela pôs seus pés em cada lado dos quadris dele. Suas mãos tremiam ligeiramente quando abriu o kit, colocou-o na cama próximo a ela, e removeu o que precisava para limpar e colocar curativos nos ferimentos. Um olhar nisto a fez estremecer. Pareciam dolorosos, mas não estavam sangrando muito.
— Ele te arranhou feio.
— É nosso jeito quando lutamos.
— O que ele quis dizer exatamente quando disse que queria me reivindicar? Consegui 48
entender que queria sexo, mas era mais do que isso, não era? Lauren queria distrair-se do fato de que estava tocando-o e que estava muito perto.
Wrath ficou tenso. — É sempre algo que ambas as partes devem concordar. O que ele fez foi tentar forçá-la e está errado. Quis reivindicá-la como sua companheira.
— O que isso quer dizer?
— É semelhante ao seu casamento humano, mas para nós Espécies isto vale pela vida toda. Você só se acasala com aquele por quem tem fortes sentimentos. Espécies se comprometem, até um deles morrer. Depois de um tempo nós marcamos o cheiro em nossas companheiras. Com alguns acontece muito rápido quando em outros pode levar algumas semanas.
— O que marcar o cheiro querer dizer? Nunca ouvi falar disso antes. Soprou nos cortes que limpava no caso de estarem ardendo. Ele não se esquivou e sua voz permaneceu tranquila enquanto falava.
— É para ajudar a formar um laço entre os companheiros. Um macho que marcar seu cheiro em uma fêmea, que só irá querer o cheiro dela ao redor dele, e ela apenas irá querer o cheiro dele ao redor dela. Isso conforta ambos, cheirando como seu companheiro. Uma vez que isso acontece, não conseguem suportar o cheiro de outros.
— Eles fedem?
Ele riu. — Não exatamente, mas outros sentem um cheiro diferente ou ruim em um casal acasalado. Não sei mais como explicar isso. Eles necessitam apenas um do outro e de mais ninguém.
— Li que algumas mulheres se casaram com alguns de seus homens. Aconteceu isso com aquelas mulheres? Sabe, como eu? Elas ficaram esquisitas com o cheiro dos homens?
Ele olhou para trás e deu um sorriso. Diversão brilhando em seus olhos escuros. — Não. Elas não têm nossa sensação de cheiro ou memória de aromas. Somos fortemente dependentes da nossa sensação de cheiro. O par que você mais ouviu falar é Ellie e Fury. Ela o ama e ele a ama. Quando nós acasalamos somos muito atenciosos com nossas fêmeas. Ele terá certeza de que ela nunca queira ou um precise de algo que não possa satisfazer.
Lauren ficou impressionada. — Isso parece bom.
— Você quer que Vengeance te reivindique? Wrath virou a cabeça em direção a ela, o aspecto de seus olhos escuros era quase assustador, sua expressão completamente raivosa.
— De jeito nenhum. Posso lhe dizer agora mesmo que se ele me reivindicasse certamente não seria para o resto da minha vida. Bem, talvez a morte nos separe teria funcionado, porque o teria matado na primeira chance que conseguisse.
Wrath relaxou. — Eu o teria matado se a forçasse a se acasalar com ele. Você não conseguiria matar um de nós, a menos que tivesse uma arma em suas mãos. Somos muito grandes, rápidos, e fortes para alguém do seu tamanho fazer qualquer dano.
Lauren não discordou. — Sim. Eu vi isto. Obrigada por lutar com ele. Estava apavorada.
— Eu sei. Senti o cheiro disto em você fortemente.
Lauren terminou de colocar o último curativo. — Bem, não devo mais cheirar a medo. Sinto-me segura com você.
Wrath inalou profundamente e seu corpo ficou tenso. Seu olhar caiu em seu colo, para olhar fixamente entre suas coxas. Inalou novamente lentamente e um grunhido suave estourou de seus lábios separados. Seus olhos se arregalaram quando encontrou o olhar dela.
— Você está excitada.
Ela sentiu a cor drenar de seu rosto. — O que?
Ele ficou de seus joelhos, agarrou as extremidades da cama, e cheirou novamente. A cor de 49
seus olhos pareceu escurecer enquanto o observava. Um grunhido mais fundo veio de seus lábios separados, viu aquelas presas afiadas quando mordeu seu lábio inferior.
— Você está me assustando, ela admitiu.
— Você está excitada. Posso sentir seu cheiro, Lauren. Por quê?
Merda. Ele pode sentir que estou excitada? Não iria dizer-lhe que o assistiu quando se tocava no chuveiro ou admitir o quão excitante foi vê-lo se masturbar.
Ele inclinou a cabeça e fechou os olhos, inalando profundamente. Outro grunhido aliviou de sua garganta. Chegou mais perto para se debruçar e Lauren ofegou quando Wrath colocou seu rosto entre suas coxas cobertas pela calça de moletom. Inalou novamente, seu rosto apertado firmemente contra seu colo e um baixo rosnado veio dele.
Wrath queria uivar. O cheiro da necessidade de Lauren quase o enlouqueceu. Sabia que estava alarmada em ter seu rosto enterrado na junção de suas coxas, enquanto aspirava seu cheiro feminino, mas não conseguia recuar por nada. O cheiro dela era tão bom que não conseguia forçar seu corpo a mover-se.
O sangue correu para seu pau, o encheu, e teve que espalhar suas pernas para dar lugar ao volumoso endurecimento que sofreu. O desejo de impulsioná-la para baixo, rasgar as roupas do seu corpo e fodê-la era tão forte, que teve que agarrar a cama até que seus braços agitassem com a tensão. Ela ficaria apavorada se não recuperasse o controle. Era humana, não uma fêmea dos Espécies, e não ousava tentar tentá-la a compartilhar sexo com ele do modo normal. Ele a apavoraria por rosnar e mostrar pura exibição de domínio. Não a impressionaria exibir sua força.
Respirou fundo novamente, gemeu, e batalhou para a lógica assumir o comando. Não ficava com uma fêmea há muito tempo e eram sempre Espécies. Não confiava mais nele mesmo, depois de anos sendo drogado. O sexo se transformou em uma batalha brutal de vontades, e era por isso que não tentou iniciar sexo com ninguém desde que foi libertado. Duvidava que até mesmo uma fêmea Espécie quisesse ficar com ele. Não podia ter certeza de que seria seguro.
Memórias daquelas mulheres humanas, deitadas na cama com suas pernas escancaradas, enquanto usavam seus dedos e brinquedos sexuais em seus próprios corpos. As imagens o excitava enquanto uma máquina forçava sua semente a sair de seu corpo. Abriu a boca para respirar através dela, mas o cheiro de Lauren era forte suficiente para que sentisse o gosto. Apenas piorou. Seu pau pulsava dolorosamente, o desejo de fode-la se intensificou, e ele gemeu.
Não faça isso, ordenou ao seu corpo. Controle-se. Outra lembrança veio à tona, dessa vez uma nebulosa de quando tentou atacar uma fêmea humana, uma verdadeira, e isto esfriou seu desejo. No dia que foi libertado do cativeiro, estava muito drogado com as drogas que a Mercile o forçou a tomar, enfurecido por terem feito isso com ele, foi atrás de uma inocente porque odiava todos os humanos.
Brawn lutou contra ele para proteger Becca, sua companheira. Wrath estava muito confuso para entender o laço afetivo deles em seu estado alterado. Só viu seu corpo humano e quis matá-la em um ajuste de vingança. Isso o assombrava, sempre assombraria, e seu corpo relaxou. Seu pau ainda estava duro, mas conseguiu atar seus desejos.
— Wrath? A voz de Lauren estava agitada de medo. — O que você fazendo?
Ele não queria assustá-la, recusava-se a machucá-la de qualquer maneira, e isso o ajudou a se tranquilizar. Ela tinha uma necessidade e ele precisava enfrentar isto. Podia fazer isto sem perder o controle. Seria um teste e queria enfrentar seu medo de frente para ela.
Tomou uma decisão. Ele era Espécie. Forte. Um macho com o controle de seu próprio corpo, livre, e ninguém poderia fazê-lo machucar mais ninguém. Lauren era tão doce, seu aroma era tão 50
bom, e estava curioso.
Que capítulo babadeira, socorooooo
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