quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Capítulo 11

CAPÍTULO ONZE Í Laurann Dohner Brawn
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Pareceu uma longa viagem para Becca, mas o helicóptero finalmente pousou. Nunca foi para ONE Homeland antes. Seu pai disse que era um bom lugar quando perguntou sobre isso por curio-sidade. O motor foi desligado e as portas se abriram. Removeram a maca com o macho inconscien-te primeiro e choque a atravessou quando duas grandes fêmeas altas apareceram de repente.
Tinham que ter pelo menos um metro e oitenta de altura e tinha as características alteradas dos Novas Espécies com maçãs do rosto bem definidas. Uma tinha olhos felinos que a fizeram lembrar de Brawn, mas o cabelo dela era chocante, um mix de cores diferentes. Ambas as mulhe-res usavam uniformes pretos com ONE impresso em letras brancas acima de seus seios esquer-dos. Sorriram timidamente.
— É seguro. — Brass a garantiu. Inclinou-se para evitar bater a cabeça no teto e ajudou a de-satar seu cinto. — Estas são Rusty e Sunshine.
Saiu primeiro e voltou para gentilmente levantá-la. As duas mulheres mantiveram seus sorri-sos no lugar. A ruiva tinha olhos amarelados, eram bonitos, mas de uma forma estranha. Acenou para um jipe.
— Sou Rusty. Sunshine não fala muito. Seja bem vinda a Homeland, prometo-lhe segurança.
A mulher com o cabelo multicolorido assentiu, mas não disse uma palavra. Becca manteve o cobertor enrolado ao seu redor e lhe deram o assento do passageiro. Brass ficou para trás com o macho ferido enquanto o carregavam para a van. O Jipe moveu-se e tentou não olhar para todas as Novas Espécies que passavam. Rusty dirigia.
— Estamos a levando para a médica. Temos excelentes médicos. — Disse Rusty.
— Sou Becca. Sou filha de Tim Oberto.
— Estamos cientes do seu nome e de quem você é. — Rusty lançou-lhe um olhar solidário.
— Tiger nos ligou para nos dizer o que aconteceu e que você estava vindo. — Sunshine fi-nalmente falou do banco traseiro.
— Sabemos como é ser trancada à chave e sob o controle dos outros. Vivemos isso. Enten-demos, então você não está sozinha. — Becca se virou no banco o suficiente para dar a outra mu-lher um sorriso agradecido.
— Obrigada. Não foi tão ruim. Brawn estava lá, então não estava sozinha.
A ida para o Centro Médico não foi longa e estacionaram em frente. Era um edifício de um andar com grandes janelas de vidro ao longo da frente, mas eram coloridos para esconder o interi-or. Dentro havia cadeiras e uma pequena sala de espera. Um balcão separava a sala e por trás dele havia umas mesas. Havia corredores que levavam à direita e esquerda da área de recepção. Um homem humano esperava na porta e presumiu que fosse o médico.
— Sou Paul, o enfermeiro. Trisha está esperando por você. Ela é um dos nossos médicos da equipe de funcionários aqui. Dr. Treadmont está tratando dos casos mais grave que chegaram. — Hesitou, olhou para a mulher e apontou. — Por aqui. Sua escolta estará ao seu lado, Srta. Oberto. É procedimento padrão que você não deve ser deixada sozinha comigo. — Sorriu. — Sou um homem temido.
Rusty bufou.
— Você é bom e duvidamos que iria molestá-la, mas nossas ordens são para permanecermos ao lado dela para darmos apoio. Laurann Dohner Brawn
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— Apenas me chame de Becca. — Disse.
Uma mulher loira, baixinha vestindo um jaleco branco entrou pela porta. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e sorriu também.
— Olá, Srta. Oberto. Sou Trisha e vou ser seu médica. Por favor, siga-me para a sala de exa-mes.
— É apenas Becca. — Repetiu.
— Tudo bem. Por favor, venha comigo, Becca.
A sala de exames era semelhante a todos os outros escritórios médicos que já havia visitado, e se sentou na mesa de papel drapeado quando a porta se fechou. Era apenas ela e Trisha no quar-to. A médica parecia jovem, talvez trinta anos e seu sorriso desapareceu. — Onde você está ferida?
— Não preciso ser examinada. — Admitiu Becca. — Tenho algumas contusões e acho que pode ter um arranhão na parte de trás da minha cabeça.
A médica veio para frente, teve que inclinar a cabeça e colocar as luvas. Tocou a cabeça, en-controu o local dolorido e recuou.
— Não está ruim. Sente tontura? Visão dupla? Deixe-me ver seu rosto. Falei com Brawn en-quanto estava sendo trazida e me disse que você sofreu algumas quedas e que um dos loucos que te sequestrou bateu-lhe.
— Ele está bem?
— Está bem. Ficou para trás para responder algumas perguntas, mas vai estar de volta esta noite. Por favor, responda minhas perguntas. — Levantou dois dedos. — Quantos dedos?
— Não tenho uma concussão. Dois. Não estou tonta e minha visão está bem. Para ser hones-ta, meio que aceitei vir para cá apenas para fazer o meu pai recuar. Ele teria me levado a um hospi-tal e criaria um inferno para eu ser examinada. Um dos Novas Espécies deixou claro que seria me-lhor se tratassem dessa situação sem a polícia ser notificada. Agradeço sua preocupação, mas me sentiria pior depois de uma ida para a academia do que vir para cá agora. Realmente estou bem.
— Fui informada que lhe aplicaram uma injeção. Você sabe o que te aplicaram? O que a mé-dica disse? Brawn percebeu a marca de agulha no seu braço. — Isso a surpreendeu.
— Ela tirou sangue e limpou meu rosto. Queria amostras de mim.
— Odeio aqueles cientistas malucos. — Trisha murmurou enquanto tocava seus braços, examinando-os. Levantou a camisola o suficiente para verificar os seus joelhos e, finalmente, a planta de seus pés antes de se endireitar. Seu olhar parou em Becca. — Gostaria de falar com al-guém? Poderíamos arranjar um terapeuta. Você passou por uma experiência terrível.
— Para ser honesta, só quero um banho, uma refeição quente e minha própria cama. Isso é o que me faria bem.
A médica tirou as luvas, jogou-as no balcão e acenou com a cabeça. — Compreendo total-mente. Tenho algumas pílulas para você tomar, apenas para evitar contrair uma infecção. Não sei se usaram uma agulha estéril quando tiraram seu sangue, mas prefiro não correr o risco. Você é alérgica a qualquer medicação? Você está atualmente tomando alguma?
— Não tenho qualquer alergia e não estou tomando nada. Não uso drogas e só bebo de vez em quando. Laurann Dohner Brawn
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— Tudo bem. — Trisha hesitou. — Um, Brawn falou comigo como eu disse. O que você disser é confidencial. Não está ferida, de jeito nenhum? Brawn me disse que vocês dois fizeram sexo e estava preocupado que talvez tivesse sido muito grosseiro. Você quer um exame pélvico apenas para se certificar de que está bem? Eles não carregam doenças venéreas e posso te garantir que ele é completamente saudável. — Becca corou.
— Estou bem. Ele não me machucou e realmente gostaria de manter isso em segredo. Você pode assegurar-lhe que estou muito saudável. Faço check-ups regularmente e tenho certeza disso. — Não iria mencionar que não tinha uma vida sexual para expor seu corpo a doenças sexualmente transmissíveis. Os olhos da mulher se estreitaram.
— Só eu, você e Brawn estamos cientes do que aconteceu, até onde eu sei.
— É meu pai que me preocupa. — Mordeu o lábio inferior. — Você o conheceu?
— Tim? Sim.
— Ele teria um troço.
A médica relaxou.
— Sei.
— Ele é muito protetor e queimaria o fusível se descobrisse o quão próximos Brawn e eu fi-camos dentro daquela gaiola. Faria uma tempestade num copo d’água. Brawn é um dos novos membros da equipe. Meu pai tem esta regra que nenhum dos homens estão autorizados a me to-car. Ele é... — Suspirou. — Um idiota em relação a isso. Ele me trata como se fosse uma menina e se tornaria um pesadelo para Brawn, uma vez que começaram a trabalhar juntos.
Os lábios de Trisha se curvaram em um sorriso.
— Entendo. Parece bastante rígido.
Becca deslizou para fora da mesa de exame.
— Você está sendo terrivelmente educada. Meu pai é um tirano, quando está irritado com alguma coisa.
A porta se abriu e Rusty entrou.
— Não queria escutar, mas minha audição é muito boa. Você gostaria que eu a levasse para uma sala com um chuveiro e pedir para que Sunshine lhe arranje algumas roupas? Já pedi comida do refeitório. Vai chegar em cerca de 15 minutos. — Prendeu o olhar em Becca. — Sou a única no corredor que pode ouvir o que foi dito e não vou repetir que você compartilhou sexo com Brawn. Conheci seu pai e também não gostaria que ele soubesse. Ele grita muito com seus homens quando estão em reuniões.
Trisha riu.
— Bem-vinda a meu mundo. Sua audição é amplificada cerca de quatro vezes mais do que a nossa e os machos têm sentidos ainda melhores. Sempre sussurre se algum deles estiver ao redor ou coloque água para correr para silenciar o som se você quiser ter uma conversa privada, enquan-to estiver em Homeland.
— Desculpe, Dra. Trisha. — Rusty riu. — Não foi de propósito.
— Você não pode evitar. Por favor, a leve para o final do corredor para o banheiro mais pró-ximo. Vou verificar os machos que estão chegando. — Trisha estendeu a mão e esfregou o braço de Becca. — Estou feliz que esteja bem e sinta-se livre para considerar a oferta de falar com al-Laurann Dohner Brawn
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guém se estiver com algum problema. Basta ligar para Homeland e chamar por mim. Seu pai nunca saberá que vamos atribuir-lhe um terapeuta. Temos alguns ótimos que trabalham conosco. Vou pedir para Paul trazer-lhe os comprimidos. Basta tomá-los com água.
— Obrigada. — Becca falou sério. — Mas eu estou bem.
Só queria poder falar com Brawn, mas sabia que ele não estava lá. Ainda era dia. Não fazia ideia de que horas eram, mas suspeitava que demoraria um pouco para ele chegar. Tomaria um banho, comeria alguma coisa e talvez tiraria uma soneca enquanto esperava por ele.
* * * * *
Exaustão deixou Brawn lento enquanto estava na sala da recepção do Centro Médico espe-rando por Tiger retornar de verificar todos. O macho saiu de um corredor e se aproximou com um refrigerante na mão, oferecendo a ele.
— Achei que você iria gostar disso. — A abriu e bebeu metade em um gole só.
— Obrigado. — Olhou a redor para se certificar de que ninguém estava perto o suficiente pa-ra ouvir. — Onde Becca está? — Cheirou. — Sinto o cheiro dela, mas o ar condicionado está me confundindo sobre que direção seguir para encontrar seu quarto.— Tiger franziu a testa.
— A enviamos para casa.
— O quê? — Raiva aprofundou sua voz. — Queria vê-la.
— Essa não é uma boa ideia. Ela foi sequestrada, mantida prisioneira e já informamos a Tim que ter um Espécies vivendo no mundo lá fora foi um erro. Um dos membros de sua equipe retor-nará seus pertences pela manhã. Você vai ficar aqui.
— Quero ver Becca. — Esmagou a lata na mão e derramou o conteúdo. Xingou, a colocou no balcão e limpou o refrigerante da mão em seu moletom.
— Brawn, seja racional, meu amigo. Ela não quer vê-lo.
— Ela disse isso? — Seu coração trovejou e dor apoderou-se dele. — Ela se recusou a esperar aqui por mim? Ela foi informada que eu estava chegando e que eu queria vê-la? — O olhar de Tiger se estreitou.
— Você sabe que é o melhor. Tim notou a marca da mordida em seu peito e os arra-nhões. Presumiu que eram de Becca. Ele me disse que não é permitido qualquer contato com ela e que discutiria isso com ela.
— Ela se recusou a me ver? — A pergunta saiu em um rosnado de fúria. A ideia de Becca indo embora já era ruim o suficiente, mas se recusar a falar com ele era impensável.
— Acalme-se agora. Isso é uma ordem.
— Sou um membro do conselho e você não me diz o que fazer. — Girou e foi para a porta, mas não tinha nenhum plano de como encontrar Becca. Pensaria em um, porém, esperava encon-trar um transporte para levá-lo para sua casa, e vê-la.
— Brawn? Ela não quer vê-lo. — Isso o levou a dar uma parada bruta. Se virou e Tiger acenou . Laurann Dohner Brawn
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— Sinto muito, homem. Queria poupá-lo, mas Tim pediu uma consulta com um psiquiatra antes de chegarmos. Só fiquei sabendo que fez isso quando pegou todos os fatos. — Procurou em seu bolso e retirou o papel dobrado. — Ela ficou traumatizada com o sequestro, você era sua úni-ca fonte de conforto e só se preocupava com você como uma maneira de lidar com o stress. — Ele balançou a cabeça.
— Ela está atraída por mim. Ela admitiu isso.
— Iria apenas prejudicá-la se você forçar esta questão. Você quer fazer com que ela tenha mais estresse?
— Não. — Os joelhos de Brawn enfraqueceram. Estava com fome, cansado e ferido. Seu cor-po só funcionava por causa da adrenalina e da necessidade de procurar por Becca. Prendeu as per-nas. — Nunca iria machucá-la.
— Eu sei. Você nem gosta de mulheres humanas.
— Gosto dela.
— Você vai causar-lhe dor, meu amigo. Ela precisa de tempo para curar e recuperar.
— Ela está ferida?
— Emocionalmente. O psiquiatra recomendou que você não fizesse nenhum contato com ela de maneira alguma. Deixe-a vir até você quando estiver pronta para discutir o que aconteceu.
— Ela estava bem? A médica a examinou por completo?
— Sim. Trisha cuidou dela pessoalmente. — Tiger hesitou. — Ela lhe deu os comprimidos.
— Que comprimidos? — A hesitação em responder irritou Brawn. — Que comprimidos? Ela estava doente?
— Você fez sexo com ela. Foi decidido dar-lhe a medicação no caso de você tê-la engravida-do. Isso vai acabar qualquer gravidez que possa ter ocorrido.
Brawn rosnou, pura raiva apoderou-se dele e andou pesado em direção a Tiger antes mesmo de pretender fazer isso. Tiger cambaleou para trás alguns passos e ergueu seus braços.
— Pare!
Parou.
— Ela não estava no cio quando a montei. Te disse isso! Você deu-lhe informações confiden-ciais? Compreendo agora porque ela está com raiva. Não pude dizer a ela que eu poderia engravi-dá-la, enquanto estávamos trancados. Era muito arriscado naquele lugar. Ela está com raiva de mim? É por isso que se recusou a esperar? Tenho certeza que ela está tomando algum tipo de dro-ga preventiva para evitar engravidar. A maioria das fêmeas humanas toma.
— Não, de acordo com o que ela disse para Trisha. A médica não disse a Becca o que os com-primidos realmente eram. Ela acha que são antibióticos para prevenir uma infecção da agulha usa-da para extrair o sangue de seu braço. Ela não está com raiva ou chateada com você por não lhe dizer a verdade antes de vocês compartilharem sexo.
— Compartilhamos mais do que sexo.
A expressão de Tiger mostrou piedade.
— Tenho certeza de que fez mais do que isso, mas vê-la só vai lembrá-la do trauma que so-freu. Ela estava trancada dentro de uma gaiola com você, foi obrigada a tirar o seu esperma e foi Laurann Dohner Brawn
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uma situação desagradável. Está segura agora e se quiser falar com você, ela te procurará. Dê-lhe um tempo.
O seu peito doía e isso não tinha nada a ver com suas costelas machucadas, que feriu quando lutou com o 919 para proteger Becca do macho drogado. — Compartilhamos mais do que sexo. — Afirmou com mais firmeza. — Sei que seria difícil, mas quero passar mais tempo com ela. Tenho sentimentos.
— Ela é filha de Tim Oberto. Ele lidera nossa equipe de força tarefa e, enquanto gostar de nós, ele afirmou que não se aborreceria com você dormindo com sua filha.
— Onde você aprendeu a falar dessa maneira?
Tiger suspirou.
— Estou passando muito tempo com a equipe de força tarefa. Temos treinado juntos e co-mecei a conhecê-los. Tim é muito protetor com sua filha. Não gostaria ou aceitaria qualquer tipo de relacionamento entre você e sua filha. Deixou isso muito claro.
— Não importa o que ele gosta. Tenho sentimentos por Becca.
— Não é só sobre você. É sobre ela também e ela precisa para chegar até você ou quando quiser falar com você. Respeite isso, Brawn. Você é um membro do conselho, mas isso é sobre o que é melhor para todos nós. Não podemos nos tornar um inimigo do homem que lidera a equipe de força tarefa. Precisamos dele.
— Eu a quero. — Seus punhos cerraram.
— Ela não é um animal de estimação que você pode colocar uma coleira e levar para casa.
— Eu sei. — Rosnou.
— Você está cansado e com fome. Você precisa de dez horas de sono e depois vamos discutir isso, certo? Seja racional. — Lutou contra sua raiva e tentou se acalmar.
— Essa discussão ainda não terminou.
— Entendo. Conversaremos amanhã depois de descansar um pouco e comer uma boa comi-da.
A porta se abriu na frente do Centro Médico e Flame entrou.
— Vim para te levar para casa e alguém está te trazendo comida, Brawn. Esperamos que te-nha tempo de tomar banho antes que chegue. Você está pronto?
Brawn disparou um olhar para Tiger.
— Vejo você de manhã.
— Não duvido.
* * * * *
Becca sentou dentro de seu quarto, mas a sensação de estar segura dentro de sua própria casa se foi. Seu pai estava sentado na ponta de sua cama olhando para ela severamente. Tinha se tornado a sombra dela desde que alguns dos seus homens a trouxeram de Homeland para a ca-sa. Esteve esperando em sua sala de estar.
— Está com fome?
—Eles me alimentaram.
Seu olhar estudou-a atentamente.
— Você me diria se fizeram um daqueles Novas Espécies te tocarem, não é? Laurann Dohner Brawn
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— Juro que nenhum deles me machucou, pai. Quantas vezes tenho que dizer isso?
— Tiger e Trey não me disseram muito, não importa o quanto eu ameace. O que diabos esta-va acontecendo lá embaixo?
— Havia uma médica que costumava trabalhar para Mercile e tinha um monte de capangas que trabalham para ela. Planejavam vender os Nova Espécie a alguém na Europa para que pudes-sem ganhar dinheiro suficiente para fugir do país. Sabiam que eram procurados pela polícia. Eles têm alguns compradores por lá que querem um conjunto deles. Acho que existem três tipos de Novas Espécies e a médica só tinha um, então sequestrou Brawn e tinham planos para sequestrar outro.
— Felino, canino e primata. Li o relatório e estamos tentando encontrar o vazamento.
— Bom. Posso perguntar uma coisa?
Ficou tenso, mas deu um empurrão firme de sua cabeça. — Você ganhou algumas respostas depois do que passou. O que você quer saber?
— O que vai acontecer com eles?
— Os machos estão sob os cuidados de um médico. Os Nova Espécie tem alguns especialistas trabalhando para eles e farão o que puderem. Vão chamar médicos de consultoria se acharem que alguém pode ajudar. Esses homens vão ter o melhor cuidado possível, agora que estão em casa.
— Estou contente em ouvir isso, mas quis dizer os que sequestraram Brawn e eu. Eles vão pagar pelo que fizeram? Isso é o que eu quero saber. — Estendeu a mão e esfregou o pé através dos cobertores.
— A lei dos Nova Espécie é brutal. Você estava certa em sair naquele helicóptero. Não esta-va pensando direito ou teria eu mesmo te enviado a Homeland. Aqueles filhos da puta nunca vão conhecer a liberdade novamente.
— A ONE pode dar-lhes um julgamento e sentenciá-los a uma vida na prisão?— Ele hesi-tou. — Diga-me. Por favor? — Lagrimas brilharam em seus olhos. — Vou dormir melhor à noi-te. Eles mataram Tina e Mel. Eles entraram em minha casa e...
— Temos uma prisão, querida. Não é conhecida, não é para a população geral, mas somente mantém pessoas que cometeram crimes contra os Nova Espécies. Justice North é um homem mui-to esperto que negociou alguns detalhes impressionantes.
— Não entendo.
— Mercile foi financiado em parte pelos EUA. Não é amplamente conhecido, mas o público ficaria irritado se soubessem onde seus dólares de impostos estavam sendo gastos. Todos os en-volvidos querem manter assim. Novas Espécies podem processar os Estados Unidos e ganhar em tribunal da forma como foram atrás da Mercile e serem compensado pelos anos que foram pre-sos. Era mais barato e melhor de resolver relações públicas do que apenas mantê-lo em segre-do. Foi lhes dado Homeland, o dinheiro para iniciá-lo, e minha equipe de trabalho para caçar funci-onários da Mercile que não foram capturados e para recuperar Novas Espécies que ainda estão lá fora. Encontramos cinco instalações de teste e pode haver mais. Não sabemos, mas alguns Novas Espécies foram dados aos investidores.
— Dados aos investidores? — Ele olhou para baixo. Laurann Dohner Brawn
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— Mulheres, querida. A empresa negociava dinheiro por carne. — Seu olhar se levantou e sua boca fez uma careta. — Escravos sexuais. Tentamos encontrá-las.
Lágrimas caíram.
— Oh meu Deus.
— Sim. — Esfregou seu pé. — Isso é o que minha equipe faz principalmente. Caçamos esses bastardos doentes que as compraram e tentamos descobrir se as mulheres ainda estão vivas.
— Você já encontrou alguma? — Esperava que sim.
— Algumas. Normalmente termina mal. Não vou mentir. Justice exigiu ter uma força-tarefa à sua disposição com recursos completos para encontrá-los e fui designado para conduzi-la. Podemos fazer o que a maioria das agências de leis não podem, não temos tantas regras como eles e que incluiu iniciar a nossa própria prisão. Colocamos aqueles que prendemos lá e não vão sair. Não há tal coisa como liberdade condicional ou passar um tempo fora por bom comportamen-to.
— É Homeland ou Reserva?
Ele balançou a cabeça.
— Não. É em outro local e não posso te dizer onde. Algumas das pessoas que costumavam liderar Homeland antes dos Novas Espécies assumirem o controle estão agora no comando dessa instalação. Não é um resort, deixe-me assegurá-la. Não são maltratados, mas certamente não es-tão assistindo TV a cabo ou recebendo visitas.
— Os Novas Espécies agora mantém presos os que um dia os mantiveram presos. Parece jus-to.
— Não. Justice não quis colocar nenhum do seu povo nessa situação desconfortável. A prisão é totalmente composta por nós.
— Sua equipe?
— Os humanos.
— Eles também são humanos, só não completamente.
— Isso é verdade, mas nos chamam de humanos. Isso está começando a me influenciar. — Sorriu. — Vou dormir lá embaixo no sofá esta noite a menos que queira que eu durma no chão por aqui. Eu poderia.
Estava tocada por ter oferecido. Normalmente, ele a enlouquecia, mas depois do que acon-teceu, realmente não queria ficar sozinha. — Você está velho demais para dormir no chão. — Brin-cou. — Nunca iria se levantar. Meu sofá se transforma numa cama king-size e o colchão é muito confortável. Obrigada, pai. — Tim a deixou e se levantou.
— Estou lá embaixo. Você quer que eu deixe a luz acesa?
Becca admitiu estar tentada a fazer exatamente isso, mas em vez disso balançou a cabe-ça. Estava sendo muito doce no momento, mas não queria usasse seu momento de fraqueza con-tra ela mais tarde. Seu pai tinha jeito para fazer isso. Antes que soubesse estaria tentando conven-cê-la a se mudar de volta para a casa principal.
— Quando Brawn vai voltar? — Realmente queria vê-lo.
— Ele não vai. Laurann Dohner Brawn
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Choque a atingiu rapidamente perseguido pela dor. — O quê? Fiquei com a impressão quan-do cheguei em Homeland que pegariam seu depoimento e depois que estaria voltando para minha casa.
Raiva se aprofundou na voz de Tim.
— Tiger é o responsável enquanto Justice está de férias e considerou uma falha ter um de seus homens vivendo aqui. Foram bastante úteis hoje resgatando você, mas não é seguro para eles viverem fora daquelas paredes. Ele coloca qualquer um que está com ele em perigo.
— Não foi culpa dele.
— Eu sei, mas estou feliz que ele não vai voltar. Tenho uma reunião pela manhã, para estu-dar situações diferentes para ter alguns dos seus homens se integrando com a minha equipe. Só tenho que descobrir como fazê-lo em segurança.
— Gostaria de falar com Brawn. — O enfrentou, arriscando o temperamento de seu pai. Ele fez uma pausa na porta.
— Isso não vai acontecer. Fui assegurado de que ele não quer mais saber dos humanos. Sei que algo aconteceu entre vocês, se recusa a me dizer os detalhes, mas estou certo de que ele não quer ter nada a ver com os humanos nunca mais. — Apagou a luz e fechou a porta.
Lágrimas caíram. Brawn estava farto dos humanos? Como se nunca quisesse vê-la novamen-te? Se lembrou de como reagiu quando o tocou em seu braço e gritou com Trey para tirá-la de lá. Talvez ele mentiu e estivesse zangado com ela.
Doeu. Tinha se apaixonado por ele, mas deveria ter se lembrado de que não queria se envol-ver com ela. Deixou claro, ainda assim esperava que não. Becca virou o rosto em seu travesseiro e o agarrou. Sentia falta de Brawn e a magoou um pouco por ele ter se cansado sem nem sequer chegar a dizer adeus a ele.

14 comentários:

  1. Maldade, isso de mentirem para os dois😡

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  2. Tô muito fila da vida, com essas mentiras para cima deles affffs que ódio 😠😠😠😠

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  3. Nada ver mentir pros dois Afff... 💔💔😭😭

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  4. Tão mentindo pros dois... sacanagem. Se ela não tomar aquele remédio, tem risco de engravidar.

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  5. FDP... Falso, coloca a própria vontade encima da felicidade da filha ����

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  6. Aaaaaaaaa puta merda q raiva , nossa sacanagem velho acffffff

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  7. To pegando um ódio desse velho kkkkk

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  8. Tim agora desceu total no meu conceito affffffff fica mentindo pra filha, aposto que mentiu pro Tiger, pra ele falar aquilo pro Brawn😤😤😤😤😤😤

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  9. Ainda ainda desconfio q Tim pode ser um traidor

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