segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Capítulo 018


CAPÍTULO 18 Í
Jessie virou quando a mão agarrou sua cintura com força. O macho era um pouco agressivo a segurava firme enquanto dançava, mas sabia que ninguém iria machucá-la.
Ela olhou para cima e suspirou. Justice a fuzilava com o olhar. Estava na festa e não parecia feliz ao vê-la, a julgar pela raiva que brilhava em seus olhos escuros. Ela olhou para baixo quando sua outra mão se estendeu e ambas apertaram em torno de seus quadris. Ele usava um terno azul-marinho, gravata de seda preta e parecia civilizado do pescoço para baixo.
— Precisa ir para casa agora.
Jessie encontrou seu olhar de novo, vendo a extensão de sua ira enquanto estudava as feições duras. Estava furioso. Seu nariz queimava, resmungava baixinho e seus dedos a apertavam, confirmando sua avaliação. Ela virou a cabeça freneticamente para olhar sobre o ombro, viu Breeze e não viu surpresa em seu rosto. Tinha a sensação que sua amiga planejou isso e sabia que Justice estaria na festa.
— Você está saindo. — Justice exigiu duramente, sua voz áspera.
Breeze parou de dançar, balançou a cabeça e fez um sinal de punho. Seu olhar escuro correu em torno da pista de dança, e ela piscou quando olhou de volta para Jessie. Ela sorriu, quase parecendo querer assegurar a Jessie que estava segura.
— Jessie? Está me ouvindo? Olhe para mim agora.
Ela virou a cabeça atrás, olhou para Justice e franziu a testa. Ele não ousaria criar outra cena semelhante à última. Outros humanos estavam lá e ele teria que recuar se ela se negasse. Estava louco por ela estar dançando. Não precisava ser um gênio para descobrir que provavelmente não aprovava como estava vestida e a queria fora do bar.
— Não. Estou me divertindo e não vou sair. Os humanos são bem-vindos a esta festa e fui convidada.
Seus olhos se estreitaram e os dedos flexionaram em seus quadris.
— Não vou falar de novo. Vá para casa.
Sua raiva se agitou.
— Olha, se quer dançar, me peça e vamos fazer isso. Caso contrário me solte para que eu possa me divertir. Isso é tudo que estou fazendo. Vim com Breeze e vou sair com ela. — Sua voz baixou. —Não precisa bater no peito, então pare com isso. Não é como se eu estivesse permitindo que qualquer um dos homens passasse suas mãos por todo meu corpo do jeito que você deixou Kit fazer com o seu. Nenhum deles está esfregando os quadris contra minha bunda.
Ele afastou as mãos de seu corpo, como se o queimasse, virou e seus olhos se arregalaram pelo choque de sua recusa em obedecer ou por ela descaradamente falar sobre a noite anterior. Jessie se virou, deu as costas e se aproximou de Breeze. Não a surpreendeu, no mínimo, que se recusasse a dançar com ela. Era muito público, as pessoas o veriam com os braços em volta dela e isso não era algo Laurann Dohner Justice
183

que ele faria. Pelo menos não com uma humana. Perguntava-se se era Kit de novo a tocá-lo e esfregar o corpo contra o dele.
Ela alcançou Breeze, franziu o cenho e lançou um olhar zangado. A Espécie sorriu em resposta, mas seu olhar se voltou para algo atrás de Jessie. Toda a cor drenou de seu rosto e ela quase tropeçou em outra dançarina na sua pressa de colocar espaço entre elas.
Mas que diabos? Jessie virou para ver o que obviamente assustava Breeze e bateu num sólido corpo envolto num terno caro, macio. Ela olhou para suas mãos apertadas dos lados, seu queixo ergueu e na viagem para perscrutar o rosto, notou sua postura extremamente tensa. Fúria se mostrava em seus olhos quando seus olhares se encontraram, seus lábios se separaram e mostrou os pontos afiados de seus dentes.
— Eu disse para ir para casa.
— Tome conta de si mesmo. — Breeze falou apenas alto o suficiente para ser ouvida sobre a batida da música. — Não a intimide, Justice.
Sim. Tome conta de si mesmo. Isso é besteira, e enquanto for meu chefe, estou de horas extras. Ela endireitou os ombros e não desviou de seu olhar hostil.
— Obrigada por sua preocupação, mas estou segura e me divertindo com meus amigos. Com sua agenda lotada, tenho certeza que deve ter algo a fazer além de me assediar. Esta é uma pista para dançar ou sair. Já sei a resposta para essa noite tão boa Sr. North.
— Jessie — ele rosnou —, vá para casa.
Um movimento pelo canto de seu olho chamou a atenção. Ela olhou para a direita, e interiormente estremeceu quando percebeu que não só as outras pessoas mantinham um amplo espaço, mas pararam de dançar para olhar para ela e Justice abertamente. Ela virou a cabeça para a esquerda e encontrou mais pessoas olhando para eles da área do bar.
Jessie olhou para Justice, odiando-o um pouco por fazer isso e percebeu que ele não ia parar até que ela saísse. Seria tão embaraçoso como da última vez, talvez ainda pior, e sentiu seu temperamento escorregar. Ela fechou os olhos, respirou fundo e contou lentamente até dez. Um. Dois. Três. Quatro. Cin...
— Jessie? Mova seu traseiro para fora da porta e vá para casa. Não venha nesse bar nunca mais.
E foi isso. Os olhos de Jessie se abriram e desistiu de tentar se manter calma.
— Trabalho para você, mas este é meu tempo livre. Sei que todo mundo tem medo de você porque é Justice North, mas adivinhe? Não é meu líder. Para mim chega se é assim que vai me tratar cada vez que for a algum lugar. Será que o faz feliz? Vou para casa e faço as malas agora. Não preciso disso, Sr. North. Estarei fora de Homeland em uma hora e não terá que cuidar de mim nunca mais.
Jessie girou e foi da pista de dança para a porta. Novas Espécies se moveram longe do seu caminho, a fazendo se sentir como se de repente contraísse hanseníase pela forma como abriram um amplo caminho para evitá-la por pelo menos dez metros. Ficou tão enfurecida que as lágrimas ameaçaram transbordar, mas as segurou. Não lhe daria a satisfação de ver o quanto a afetou. Laurann Dohner Justice
184

Filho da puta! Perdi meu trabalho. Amei trabalhar com as mulheres e viver naquela casa. Nada mais de imergir na banheira gloriosa, mas isso é bom. Vou arranjar outro emprego e Justice pode ir se ferrar. El...
— Jessie! — Justice rosnou.
Ela parou abruptamente, chocada pela intensidade de sua voz e se virou. O último pedaço de sua contenção estalou. A raiva explodiu e se obrigou a lidar com sua birra. O amava, mas estava sendo um completo idiota. Não ia aguentar essa merda de nenhum homem, nem mesmo dele.
— O quê?
Ele a seguiu e seus pés apenas se separaram quando fez uma pausa para olhar zangado, aparentemente alheio às pessoas que assistiam. Ela desejou poder esquecer que, provavelmente, 200 espécies e dezenas de pessoas assistiam esta discussão.
A música parou e a sala foi ficando quieta como uma igreja de repente. Merda.
— Venha aqui.
Ela olhou, atordoada.
— Desculpe-me?
— Venha aqui. — Ele apontou o chão na frente dele.
Oh, inferno não! Ela girou e se dirigiu para a porta novamente. Se queria gritar, podia fazê-lo sem platéia. Talvez fosse uma coisa de Espécies chutar a bunda de alguém verbalmente em público quando estavam com raiva, mas ela não ia aceitar esse tipo de tratamento.
Alguém cortou seu caminho e estremeceu. Tim Oberto parecia estrondoso quando encontrou seu olhar furioso, certa que ele ia gritar com ela, uma vez que estava batendo boca com o precioso líder da ONE. Ele bloqueava a porta e não havia como evitá-lo.
Trey, seu antigo chefe, chegou em seguida e o agarrou pelo braço, sussurrando algo em seu ouvido. Seus companheiros de equipe chegaram mais perto dos dois homens, dando olhares nervosos ao redor deles e a tensão era clara em seus rostos. Estavam esperando problemas e a queriam fora do edifício. Era um procedimento operacional padrão.
Jessie queria gritar de frustração e raiva. Como minha noite ficou tão ruim, tão rápido? Ela e Breeze iam conversar. Tinha certeza que a mulher tinha boas intenções, mas tudo que fez foi envolver Jessie numa tonelada de problemas. Seu pai ouviria sobre isso e provavelmente daria um sermão sobre seu desrespeito, dizendo que devia ter saído em silêncio da primeira vez que Justice pediu, sem protestar, a menos que dissesse ao seu pai a verdade. O que não ia fazer. O pai dela não ficaria feliz por ter dormido com Justice. Sempre preferiu fingir que era uma menina, em vez de uma mulher com necessidades.
— Volte aqui! — Justice rugiu.
O coração de Jessie disparou. Parou novamente e não estava certa do que fazer. Todos na sala o ouviram. Inferno, provavelmente o ouviram até no portão de entrada da frente. Ele a surpreendeu, dando um espetáculo enorme com sua discussão. Todo mundo falaria sobre isso por semanas, se não Laurann Dohner Justice
185

meses. Jessie se virou lentamente. Justice estava no mesmo lugar de antes, não se moveu uma polegada e seu dedo ainda apontava o chão onde ele queria que ela fosse.
Respirou fundo e cerrou os dentes enquanto lentamente colocava um pé na frente do outro. Seu dedo relaxou, caiu ao seu lado e sua outra mão se abriu.
Ela fez uma pausa de três metros na sua frente para olhar em seus olhos exóticos.
— O quê? Está fazendo uma cena. Disse-me para sair e vou. — Ela manteve sua voz suave e esperava que ninguém pudesse ouvi-la.
— Nunca faz o que digo. — Ele não baixou a voz, falou alto e claro, e o som facilmente atravessou a sala.
Jessie baixou o olhar para a gravata preta, lembrando-se de evitar contato com os olhos, agora que ela se acalmou um pouco. Não queria desafiá-lo. Duvidava que ele pudesse ficar pior, mas não ia testar essa teoria.
— Vou fazer o que você quer e sair. Vou para casa fazer as malas. — Manteve a voz baixa. —Todo mundo está olhando para nós. Queria que um buraco se abrisse sob mim para me tirar daqui e me recuso a permitir que me humilhe ainda mais.
Jessie virou e deu três passos antes que Justice a agarrasse. Ele a girou pelo cotovelo e seu outro braço envolveu sua cintura. Engasgou quando a puxou contra seu corpo. Jessie ergueu a cabeça para olhar para ele com olhos arregalados. Chocados. Ele a puxou mais contra seu corpo grande, a imobilizou rente a ele e soltou seu cotovelo. Essa mão se dirigiu ao seu cabelo na base do pescoço, pegando um punhado dele e gentilmente puxou até a cabeça inclinar para trás.
— O que está fazendo? — Ela sussurrou. — Perdeu a cabeça?
Justice inclinou o rosto mais perto, olhou profundamente em seus olhos e toda a raiva desapareceu dele.
— Quase perdi alguma coisa. Estou fazendo o que deveria ter feito desde o início.
Jessie apertou as palmas das mãos sobre o peito dele, o empurrando para longe, mas o braço não afrouxou em sua cintura.
— Do que está falando? — Sua voz saiu um ronco rouco.
— Estou te reivindicando publicamente, Jessie. Estou deixando todos saberem que é minha.
Jessie estava feliz que a segurasse, porque os joelhos cederam sob ela. Seu braço forte a impediu de desmoronar no chão quando cambaleou por suas palavras, sua mente atrapalhada pelo significado por trás delas.
— Mas... — Não conseguia encontrar palavras.
— Quase perdi você. — Sua voz ficou rouca, mais alta e roncou as palavras: — Você não vai sair da minha vida. Você é minha, Jessie. Pertence a mim.
Ele passou a língua nos lábios, o olhar caiu na sua boca e ela percebeu que pretendia beijá-la enquanto lentamente abaixava a cabeça mais perto. Não podia se mover, muito espantada para fazer outra coisa senão ver sua boca descer perto dela. Laurann Dohner Justice
186

Os lábios roçaram os dela e fechou os olhos, tensa. A língua de Justice varreu dentro, forçou sua boca a abrir mais e rosnou. A paixão a atingiu em segundos. Derreteu-se contra ele, seus dedos segurando as lapelas de seu paletó e apertaram o material caro apenas para ter algo para se agarrar. Fazia semanas desde que a tocou, seu corpo se lembrava dele e se perdeu em seu toque e tudo desapareceu, exceto Justice.
Ela o beijou de volta, atendendo a necessidade dele com sua própria e gemendo contra a língua. A mão segurando o cabelo soltou para envolver a nuca e Jessie esqueceu a sala cheia de pessoas os testemunhando emaranhados no meio da sala. Esqueceu que estava brava com ele. Havia apenas eles. Estavam juntos e ele não queria que o deixasse. Suas mãos soltaram a camisa para deslizar ao redor do pescoço e seus pés deixaram o chão quando Justice a ergueu mais acima de seu corpo.
Justice finalmente parou o beijo. Atordoada, Jessie olhou para ele, ofegante, seu corpo ligado e depois se lembrou de onde estavam. Um rubor aqueceu suas bochechas e não ousou olhar para longe de seu olhar sexy enquanto olhavam um para o outro. Não estava preparada para lidar com as reações da sala. A única coisa que importava estava agora mesmo na frente dela, a segurando com força.
Justice desviou o olhar dela e ajustou seu aperto até que a ergueu em seus braços para embalá-la contra o peito com as pernas enganchadas sobre um de seus braços fortes.
Ela se agarrou em seu pescoço e percebeu que cuidadosamente prendia sua saia quando levantou suas pernas, para evitar que se mostrasse a alguém. Ela enfrentou o olhar em volta para ver o que ele faria.
Cada rosto, tanto humano quanto Espécie, parecia completamente atordoado.
— Esta é Jessie. — Justice fez uma pausa, virou a cabeça e pareceu querer encarar todos. — É humana. Sei que alguns podem ter problema com isso. Sinto muito se acontecer, mas não vou desistir dela, independentemente de suas reações. Ela é minha, e será minha companheira.
Jessie estava feliz que a segurasse. Seus braços apertaram ao redor de seu pescoço e ela deu um olhar ao seu antigo chefe. A boca de Tim estava aberta, o rosto vermelho e os olhos cheios de incredulidade. Ela rapidamente desviou o olhar. Trey ainda agarrava o braço do homem mais velho, o empurrava duro para afastá-lo do bloqueio da porta e seu antigo chefe de equipe sorriu quando chamou sua atenção. Ele arrastou Tim na direção do bar, acenando ao resto da equipe para recuar com um movimento de cabeça.
— Sei que vai causar problemas com alguns humanos por causa da minha posição. — Justice fez uma pausa e olhou Jessie em seus olhos. Ele desviou o olhar. — Estou mais do que disposto a me demitir se isso for o que acham que deve acontecer. Apenas me deixem saber amanhã, depois de tomar uma decisão. Agora vou levar minha companheira para minha casa, para fazer planos para o casamento. Uma grande festa e se divirtam. — Caminhou para a porta.
— Justice?
Justice parou de andar, seu domínio sobre ela apertou e se virou lentamente ao reconhecer a profunda voz masculina que chamou seu nome. Jessie estudou a sala, procurando em todos os rostos pelo locutor. Um homem alto se aproximou. Um cara grande com peito largo e braços enormes. Seus Laurann Dohner Justice
187

olhos felinos estavam fixos em Justice quando ergueu a mão para prender o cabelo preto atrás de sua orelha. Justice rosnou baixo, um som ameaçador, e ninguém precisava dizer a Jessie que estava pronto para lutar.
— Pode se dar ao trabalho, se quiser, Brawn. Não vou brigar com você e colocar minha companheira em perigo.
— Ficamos felizes com sua companheira. — Brawn anunciou em voz alta. — Ninguém pode tomar seu lugar, assim não espere uma chamada amanhã para pedir que se demita. Ela será uma adição bem-vinda à nossa família. — Seus olhos de gato focaram em Jessie. — Não quero lutar com ele, mas admito estar com um pouco de inveja. Tome cuidado com ele, companheira de Justice.
Jessie estava atordoada demais para responder, mas Justice não teve esse problema.
— Obrigado.
O homem abaixou a cabeça e olhou para o chão. Justice se virou e caminhou rapidamente para a porta. Um policial correu até ele, sorriu e segurou a porta aberta para permitir que a levasse para fora, no ar da noite.
— Não acredito que fez isso. — Jessie sussurrou.
Justice sorriu quando olhou para ela.
— Eu também não, mas estou feliz por que fiz. Vou levar você para casa para empacotar seus pertences. Vai para a minha casa hoje à noite e nunca vai embora. — Parou de andar e a olhou. —Vamos nos casar, e isso não está em discussão.
— Podia me perguntar. — Diversão e felicidade a enchia.
Ele inclinou a cabeça.
— Podia. — Olhou para longe, riu e a levou para seu jipe para colocá-la no banco de passageiro.
Jessie ouviu a música começar de novo dentro do bar, o homem que amava saltou para o assento do motorista. Ele arrancou a gravata e virou no banco para balançá-la entre eles.
— Antes de responder, deixe-me te dizer algumas coisas. Não vou aceitar um não como resposta. Vou usar isso para prendê-la na minha cama até que mude de ideia se não responder da maneira que quero. — Ele riu de novo. — Quer se casar comigo?
Ela sorriu.
— Não sei. — A atenção ficou fixa na gravata por alguns segundos antes de encontrar seu olhar novamente. — Eu poderia estar tentada a dizer não apenas para você me amarrar à cama. Parece divertido e bizarro.
— Jessie. — Ronronou.
— Sim.
— Sim para seu nome ou sim, vai se casar comigo?
Ela mordeu o lábio, dando um olhar provocante.
— Ainda estou pensando sobre o que vai fazer comigo quando me deixar nua e amarrada na cama. Dê-me um minuto.
Ele deixou cair a gravata em seu colo e ligou o Jeep. Laurann Dohner Justice
188

— Vamos resolver isso em casa.
Ela riu.
— Então, se sou sua companheira não quer dizer que tenho que manter minha casa? A construiu para quem quer que fosse. Era minha enquanto vivesse lá.
Ele balançou a cabeça.
— A construí para uma companheira Espécies. Você vai viver comigo e dormir na minha cama toda noite ou vou queimar a casa.
— Mas é uma casa tão bonita.
Ele virou a cabeça para sorrir para ela.
— Odiaria vê-la destruída. Lembre-se de nunca pensar em deixar minha cama pela antiga.
— Vou casar com você.
— Não estava preocupado. Estava falando sério sobre amarrar você na minha cama até que mudasse de ideia. Eu disse que isso não estava em discussão.
*****
Breeze se aproximou da mesa lentamente, olhou para os quatro homens sentados lá e colocou as mãos atrás das costas. Esperou até ter sua atenção antes de falar.
— Obrigada. — disse suave e sinceramente.
— Disse que gostava dela. — resmungou Brawn. — Não me disse que estava obcecado a ponto de ficar selvagem. Quase arrancou minha cabeça quando eu disse que pretendia reclamá-la.
Cedar riu.
— Ele podia virar a mesa ou arrancar sua cabeça quando disse que ia reclamá-la. Breeze pediu para fazer ciúmes e levá-lo a admitir seus sentimentos pela humana. Você o provocou até querer matá-lo.
Bestial sorriu.
— Gostei da parte sobre levá-la para sua casa, montá-la e transar com ela até que gritasse. Justice com certeza não, mas eu me diverti.
Jaded riu.
— Sim. Não vamos nos esquecer do clássico que finalmente quebrou seu controle mal contido. O que disse, Brawn? Que ia enchê-la com sua semente e plantá-la? Isso foi um toque agradável.
Breeze estendeu a mão e apertou o ombro largo de Brawn.
— Disse tudo isso para ele?
Ele tomou um gole de suco.
— Quase perdi a cabeça. Como seu conselheiro, estou aqui por você sempre que precisar de um favor. Da próxima vez, porém, me avise se puder me matar, assim pelo menos, estarei esperando. Esperava raiva, mas ele honestamente queria me despedaçar. Da próxima vez que precisar de um favor, quero ser o Espécie que mente por você e faz a chamada, fingindo ser secretária de Justice. Laurann Dohner Justice
189

Breeze se aproximou de sua cadeira.
— Você é meu herói. Gostaria de dançar? Parece tenso e sei como aliviar isso.
O olhar de Brawn se arregalou e ele sorriu.
— Adoraria.
Breeze levantou a ponta dos dedos para esfregar a pele exposta em seu pescoço.
— Vamos.
Brawn levantou e piscou para os outros três homens.
— Arriscar meu traseiro valeu a pena, por isso não riam muito. Sentem-se aqui, enquanto danço com uma mulher bonita.
— Nós ajudamos. — Bestial disse e riu. — Tem amigas que queiram dançar com a gente?
Breeze balançou o dedo para eles.
— É noite de festa. Estamos todas com vontade de nos divertir.
Cedar parou.
— Boas ações não são pagas.
Jaded terminou sua bebida e levantou.
— Amo noite de festa.
— Eu também — Bestial rosnou. — Vamos ter algumas horas de diversão com nossas mulheres. Laurann Dohner Justice
190

10 comentários: