sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Capítulo 016


Capítulo 16 
Slade se virou quando Moon se aproximou sorrateiramente. O ventou aumentou. Slade enfiou os polegares nos bolsos da calça, tendo ido para casa e trocado de roupa antes de voltar.
Moon respirou fundo.
— Está gostando de ficar aqui fora nos ouvindo animá-la?
Slade não disse nada.
— Você a magoou mesmo quando fez aquelas acusações sujas. Ela nos trata como se fôssemos irmãos e eu posso lhe jurar que não há nada entre ela e Justice. Eu estive na equipe de segurança dela por semanas e ela só sai com a gente quando não está trabalhando. Eu sabia que ela estava triste, mas não sabia por que até hoje. — Ele fez uma pausa. — Você não devia tê-la abandonado do jeito que fez. Por que motivo faria isso? Ela é incrível.
Minutos se passaram.
— Eu temia que estar comigo a colocaria em perigo. Fez sentido na época, mas foi tudo por nada. Eu temia pela segurança dela mais do que me importava com o meu desejo de ficar com ela. Eu a coloquei em um perigo muito maior agora que está esperando meu filho. Ela será um alvo para os grupos de ódio e eu sem saber aumentei o risco que corria não estando presente quando precisava de mim. — A voz de Slade ficou mais suave. — Eu também queria lhe dar tempo para que tivesse certeza do que sentia por mim, mas eu também precisava disso. Ela sabe que eu estou aqui fora?
— Não. Nós dissemos que sentimos que vinha uma tempestade. É difícil querer tanto algo quando nós aprendemos que qualquer coisa que valorizamos é arrancada da gente. — Slade concordou em silêncio.
— Ela pensa que você a usou transando com ela e que não se importa com ela. Ela está esperando o seu filho e está magoada. Tem noção de que ela é um milagre?
Slade virou a cabeça para olhar o outro com raiva.
— Claro que eu sei, maldição.
— Mas você a abandonou.— Moon sacudiu a cabeça em desprezo. — Eu não permitiria que nada se pusesse no meu caminho para estar com ela se tivesse sorte o bastante de encontrar uma mulher parecida com ela que gostasse de mim, muito menos deixaria que esse obstáculo fosse o meu próprio medo. Eu sei como dá medo sentir qualquer coisa porque isso nos expõe a possibilidade de sofrermos uma dor profunda. — Ele respirou. — Eu arriscaria qualquer coisa pela mulher que amo.
— Ela foi atacada por causa da associação conosco. Eu acreditava que ficar comigo só aumentaria o perigo. Não era só o meu medo de ficar ligado a ela.
— Ela sabia dos riscos quando aceitou o trabalho. Ela é esperta, Slade. Homeland foi atacada antes que ela chegasse e isso podia acontecer de novo. Ela assiste televisão, vê as pessoas protestando e vomitando o seu ódio por nós para qualquer um que escute quando fazem as suas ameaças, mesmo assim ela veio até nós. Ela permitiu que você a tocasse sabendo o que Ellie e Fury enfrentaram e ainda enfrentam. Ela estava presente quando Fury recebeu as balas Laurann Dohnner Slade
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destinadas à sua companheira. Você pode acreditar que estava agindo com honra, mas estava errado. Ela ainda corre perigo e o grau de perigo não importa. O qeu importa é ter um macho forte ao seu lado para protegê-la se alguém tentar machucá-la. Você falhou nisso.
A dor rasgou Slade ao meio devido a verdade das palavras.
— Ela não vai me perdoar.
Moon olhou para a casa.
— Precisa a fazer entender o quanto se importa com ela e que aprendeu o significado que ela tem para você.
Slade olhou para a cabana.
— Alguma ideia de como fazer isso?
— Na verdade, sim. Eu vou entrar e falar com os rapazes. Tenho certeza que farão o que eu disser. Eles se importam com Trisha e querem que seja feliz. Acredito que possa fazer com que ela entenda o quanto eu suspeito que a ama. Isso pode não ser fácil com Brass, porque ele tem uma amizade muito próxima com ela. Pare de rosnar. Não há nada entre eles.
— O que tem em mente?
— Eu vou falar com eles e nós vamos acampar aqui fora esta noite depois que ela dormir. Você vai entrar e conseguir sua fêmea de volta quando ela estiver sozinha.
* * * * *
Trisha se virou na cama e se encontrou com um corpo morno. Suas mãos tocaram uma pele quente e nua. Ela ofegou quando abriu os olhos, mas estava escuro demais para enxergar alguma coisa. Tinha dormido a algum ponto e os rapazes tinham descido. Ela recuou. — Então o chão era muito duro para você? E melhor que esteja vestido da cintura para baixo — avisou ao cara dividindo sua cama. Queria ter o olfato apurado deles para saber com qual dos três falava.
— Mmmm — murmurou a voz baixinho. O corpo chegou mais perto e um braço deslizou pela sua cintura.
— Ei — protestou Trisha e empurrou seu peito. — Role para a beira da cama. Eu não me importo em dividir, mas não sou um travesseiro humano para vir se enroscar.
Ele não afastou.
— Estou tentando dormir, doçura. Está tornando isso impossível me empurrando assim.
Trisha arfou e tentou sentar, a mão tateando o abajur no criado-mudo.
O braço saiu de sua cintura e ela se afastou. Seus dedos tocaram na base do abajur e ela quase o derrubou com a pressa. Alcançou o interruptor e acendeu a lâmpada. A luz a cegou por alguns segundos.
Ela virou e fitou de boca aberta o peito nu de Slade. Pele bronzeada e musculosa foi revelada da cintura para cima onde o lençol descansava e cobria o resto dele. Não tinha certeza se ele usava uma calça e nem queria saber. O fato de que estivesse em sua cama a chocava.
— o que está fazendo? — Não podia acreditar que estava todo estendido em sua cama. — Como entrou aqui? Laurann Dohnner Slade
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— Entrei pela porta da frente que ajudei a consertar depois que você adormeceu. — Slade descansava de lado. Ele apoiou a cabeça na palma da mão do braço curvado e sorriu para ela.
— Apague a luz. Está no meio da noite e eu quero te abraçar.
Trisha o olhava de queixo caído.
— Você me joga fora e agora quer me abraçar? Tem a ousadia de deitar na cama comigo? Você está falando sério?
— Sim.
— Ficou louco, foi? Eu não. Sai daqui!
— Venha cá, doçura.
Trisha tentou sair da cama, mas Slade a agarrou com gentileza, depositando-a de volta no colchão. Ele a prendeu debaixo do seu corpo grande e morno, com o cuidado de não machucá-la ao fazê-lo. Duas coisas instantaneamente se tornaram claras para Trisha. Uma era que Slade estava completamente nu. E a outra era que ele estava excitado já que conseguia sentir a ereção grossa e quente cutucar a parte interna de sua coxa. Eles estavam pele com pele no lugar em que sua camisola havia levantado. Ela arfou, mais do que chocada que ele ousasse fazer aquele tipo de brincadeira.
— Eu senti saudade. — Seu belo olhar estudou o dela e sua voz saiu rouca.
Eu quero odiá-lo por soar tão sexy e parecer tão atraente. Lembre-se: ele me abandonou. Isso não deu tesão nem foi sexy. Foi maldoso e frio.
— Sabia onde me encontrar. — Trisha colocou as mãos em seu peito, empurrando com toda a força que tinha. Apertou os dentes. — Eu vou gritar por socorro se não sair de cima de mim.
— Espero que tenha uma voz bem potente porque eu mandei os rapazes embora. Eu queria que estivéssemos sozinhos. Desta vez não quero ter que tampar com a mão os seus lábios.
A lembrança da última vez que ele tinha feito isso para mantê-la calada enquanto transava com ela foi instantânea. Seu corpo respondeu da mesma forma quando sua barriga estremeceu e ela odiou aquilo, querendo odiá-lo. Olhou-o com raiva.
— Você me deixou e agora me quer de volta? É isso que está dizendo? Por quanto tempo agora? Eu acordo de manhã e o quê? Não vejo mais você por semanas? Talvez meses? Não. Saia de cima de mim, Slade.
Ele trocou de posição para garantir que não esmagasse sua barriga e segurou o seu rosto.
— Eu estava com medo. Você me matou de medo e é essa a verdade.
— Com medo? — Ela respirou fundo, tentando se acalmar, e resistiu a vontade de dar um tapa nele. Estava tentada. — Então estava com medo? Do quê? Você tem quase meio metro a mais que eu e tem uns quarenta e cinco quilos a mais. Do que tinha medo?
— Ficar comigo a coloca em maior risco. Essa foi a razão principal para ficar longe de você. Você quase morreu na floresta, podia ter morrido quando o carro despencou, e eu não queria ser a causa de mais imbecis de olho em você.
Ela simplesmente o fitou, tentando entender suas palavras. Não importava, contudo, porque a magoou. Não ia permitir que fizesse isso outra vez.
— Mas foi mais do que isso. Eu tive muito tempo para pensar. Eu nunca ousei me permitir ficar ligado a algo ou a alguém. Vi muitos morrerem e muita dor. Nunca tive nada, nunca pude Laurann Dohnner Slade
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contar com ninguém para estivesse presente nem na hora nem no dia seguinte. Eles usariam isso contra mim, se aqueles imbecis que me mantinham prisioneiro descobrissem que eu me importava com outra pessoa no centro de pesquisas. Inferno, eles usaram isso contra todos nós para tentar nos controlar. Eu sei que você não pode realmente entender o que uma vida inteira disso faz com uma pessoa, mas posso lhe dizer que isso acabou comigo. Eu sou todo perturbado. Tinha medo do que eu queria de você e que você pudesse não sentir todas essas emoções fortes. Queria lhe dar tempo, mas era eu quem precisava disso. Achei que se fosse embora pararia de pensar em você e que você estaria a salvo sem mim. Eu disse que estaria melhor se não fizesse parte de sua vida. Não foi isso que aconteceu.
A honestidade dele a surpreendeu e um pouco de sua raiva passou. Não sabia como responder, mas seu coração derreteu um pouco ante o olhar sincero que lhe dava, a dor óbvia que soava em sua voz, e ele teve que conceder que o passado dele realmente tinha sido um dos piores.
Ele admitiu aquilo prontamente, reconheceu seus defeitos, e isso enfraqueceu sua determinação de continuar com raiva.
— Você me prometeu que voltaria, mas não voltou. Você me magoou, Slade. Nem sequer falou comigo. Como espera que eu deixe de me sentir ferida e com raiva?
— Eu planejava voltar para você logo assim que eu retornei para Homeland, mas tive que ir a uma reunião primeiro. Justice fez questão. Eu os ouvi dizerem o porquê de você ser alguém visado pelos humanos. Comecei a pensar como me sentiria se você fosse morta pelo fato de estarmos juntos. Eu surtei, Doutora.
— Pare de me chamar assim. Meu nome é Trisha. Use.
Os dedos dele roçaram sua bochecha.
— Eu lhe disse que só a chamaria de Trisha quando estivesse dentro de você. — Ele baixou a cabeça. — E eu quero ficar dentro de você da pior forma possível. Eu quero prova-la e senti-la. Tem tanta coisa que nunca tivemos oportunidade de fazer. Eu quero ouvir você gemer o meu nome e quero ouvi-la gritar de prazer. Eu preciso lhe mostrar o quanto você significa para mim e o quanto senti a sua falta. Por favor, me permita.
— Por favor, Slade. — Prendeu os olhos nos dele. — Não faça isso comigo. Você me magoou quando prometeu que voltaria, mas não voltou. Eu tive que matar dois homens e tinha fé que você viria me ajudar, mas você não veio. Dois outros tiveram que me salvar e ainda assim eu esperava que você fosse aparecer. Eu precisava de você. Eu fiquei morta de preocupação até eles me falarem que haviam encontrado você com vida. Eu esperei que você viesse quando me disseram que tinha voltado para Homeland, mas você me dispensou.
— Eu voltei sim para você quando atirou naqueles imbecis. Ouvi os tiros, mas percebi que Flame e Smiley tinham te alcançado antes de mim. Queria salvá-la, mas você já não precisava de mim. — Ele pausou. — Eu também não queria que você me visse como estava na época. Eu matei vários homens. Tinha medo que se visse todo o sangue fosse repensar em ficar com alguém capaz daquela quantidade de violência, e que não acreditaria que eu fosse encostar um dedo em você sem lhe causar dor. Eu não sou completamente humano e… — Ele parou, uma expressão de dor Laurann Dohnner Slade
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enchendo de linhas seu belo rosto. — Foi melhor que não tenha me visto. Confie em mim. Eu quero ser o macho que deseja, não um que teme.
Sua determinação enfraqueceu ainda mais. Ele é inseguro a respeito do que é e de como eu o vejo. Ele não é um filho da mãe tão grande, afinal. Respirou fundo.
— Slade, eu sei o que você é. Sei que não é totalmente humano, mas aceitei isso. Eu fiquei dilacerada por ter matado aqueles homens. Eu só queria e precisava de você depois daquilo. Você simplesmente foi embora como se eu não significasse nada. Não sei como pôde fazer isso se gostava de mim.
— Você estava segura. Era isso o que mais me importava. Eu tinha certeza que a assustaria no estado em que estava no momento que decidi voltar ao invés de encontrar os miseráveis e garantir que não fossem mais uma ameaça a você. Acreditei que era o certo a fazer na hora. Eu cometi um erro.
— Você me deu a sua palavra e mentiu para mim.
— Eu sinto muito mesmo. Parecia a decisão certa no momento. Eu também estava fora demais de controle para esconder a minha possessividade em relação a você. Qualquer um presente saberia que estávamos ligados.
— Então não queria que ninguém soubesse o que tinha acontecido entre nós? — Raiva e dor a rasgaram. — Bem, advinha? Agora alguns já sabem. Aposto que isso realmente humilha você. Eu sei, não é PC para Novas Espécies dormirem com humanos, não é?
— O que é PC?
— Politicamente correto. Alguns de vocês juraram nunca tocarem em um humano. É... Oh inferno, saia de cima de mim. Eu também odeio lhe dar essa notícia, mas seus amigos só precisavam cheirar o ar perto de mim para saber que eu tinha transado. No começo acharam que eu tinha sido estuprada. Eu não disse nada a eles, exceto que eu não tinha sido. Deixei o seu nome de fora mesmo depois de ter engravidado, mas Justice lembrou do meu cheiro naquela noite em que me levaram de volta a Homeland. A princípio ele achou que o pai era Brass, mas quando eu disse que nunca toquei nele sexualmente, Justice soube que era você. Você era o único cheiro forte que havia em mim.
— Não fale palavras que eu não disse e nem mesmo pensei. Não tenho vergonha de você, Doutora. Não ligo para o que é PC. Eu estava tentando proteger sua natureza humana. Eu sei que mulheres humanas são muito discretas sobre a sua vida sexual e ficar comigo a colocaria ainda em mais risco. Ellie e Fury são a prova disso. Também estava tentando te proteger do que Ellie e Fury passaram quando ficaram juntos. Todos os importunavam sobre a vida sexual que levavam e inferno, toda vez que Fury a tocava parecia que alguém iria acusá-lo de machucá-la. É por isso que não queria que aqueles homens adivinhassem o que tinha se passado entre nós e não tinha certeza se havia humanos envolvidos no resgate que nos testemunhariam juntos.
— Eu confiei em você uma vez e agora eu sei que não posso. Eu...
A boca de Slade desceu na sua e seus lábios roçaram os seus. Ele falou com a boca no lugar.
— Eu sou ruim com palavras, doçura, mas confie nisso. — Então ele forçou sua boca a abrir sob a dele. Laurann Dohnner Slade
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Trisha tentou não sentir nada, mas aquele era Slade que a beijava. Desejava e o amava apesar da dor que tinha lhe causado. Sempre soube que a atração que tinha por ele não seria nada fácil, ele sendo Nova Espécie e ela não. Eles eram de mundos diferentes, mas quando ele a tocava todas as diferenças pareciam desaparecer até que eram apenas eles dois.
Abriu as mãos em seu peito, apreciando a sensação morna de sua pele quando começou a retribuir o beijo. Abriu mais a boca, admitindo que sua avidez faminta a seduzisse até submetê-la. Um gemido escapou do fundo de sua garganta.
As mãos de Slade lhe acariciavam e ele virou o corpo, trocando também a posição dela, até ficarem de lado, de frente um para o outro. A boca dele nunca deixou a sua, a língua atiçando ainda mais sua paixão. Suas mãos agarraram sua camisola na cintura e o tecido rasgou. Ele libertou os seus seios para apalpá-los. Dedos fortes massageavam a carne macia.
Trisha interrompeu o beijo respirando com dificuldade.
— Slade?
— Não me diga para parar. Por favor. Eu preciso de você. Voce não tem ideia do quanto eu a quero, Trisha. Sentir tanto assim a sua falta acabou comigo. Estou morrendo de vontade de você.
Ele baixou a cabeça, passando a língua sobre o seu seio, e todo pensamento a deixou quando fechou a boca em seu mamilo. Ele sugava em chupões fortes que faziam o seu estômago se contrair, seu desejo queimar com mais força, e a mordia levemente com os dentes. O corpo inteiro de Trisha se sacudiu da intensa pontada de prazer que explodiu diretamente em seu cérebro como resultado.
Gemeu mais alto, correndo as mãos pelo seu peitoral e ombros, e enterrando as unhas na pele onde se curvavam. Sua mente o alertou para que o afastasse, mas ao invés disso o trouxe mais para perto.
Slade tirou a boca do seu seio. Trisha protestou com um choramingo. Doía de tanto deseja-lo e seus olhos se abriram para descobrirem Slade observando seu rosto com intensidade. A paixão no seu olhar ardente a excitou ainda mais. Ele parecia um pouco selvagem, lindo de uma forma bruta, e as presas apontando entre seus lábios entreabertos faziam coisas incríveis com ela.
— Você é tão linda. — Ele ficou de joelhos na cama, soltando-a, mas a tocou novamente como se não suportasse o fato de perder o contato com ela. — Eu não quero machucar o nosso bebê. — Ele sorriu. — Fico feliz que tenhamos gerado um, a propósito.
Trisha permitiu que ele a colocasse de joelhos. Slade facilmente virou o seu corpo em seus braços fortes só erguendo-a até que suas costas o pressionassem no peito. Ele tirou a camisola destruída, simplesmente jogando-a de lado. Suas mãos lhe traçaram os seios, antes de mordiscar seu pescoço. Os lábios, língua e dentes dele provocaram e atiçaram a pele sensível.
Trisha gemeu quando ele mordeu mais embaixo. Não estava rasgando a pele nem a machucando, mas a pontada da sua mordida era incrivelmente erótica. Sua língua acariciava a pele presa entre seus dentes antes que se movesse para outro ponto em seu pescoço, provocando-a levemente com delicadas mordidas.
As mãos dele desceram e pararam na curva do seu quadril. Houve um rasgão de tecido quando ele enfiou os polegares em sua calcinha. Slade rasgou a peça de seu corpo com facilidade Laurann Dohnner Slade
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e a jogou para longe da cama. Suas mãos viajaram mais abaixo em volta do interior de suas coxas até gentilmente segurá-las.
— Abra mais para mim, doçura. Quero tocar na sua boceta. Posso cheirar o quanto você está excitada e eu quero sentir também. A lembrança disso me atormentou e me deixou acordado toda noite que passei sem você. — Ele rosnou as palavras. Ela abriu mais os joelhos. Sorveu o ar e o prendeu quando as mãos de Slade subiram devagar pelas suas coxas, querendo que ele subisse bem mais. O desejou por muito tempo para que ele fosse devagar. Queria que o tocasse, precisava disso, doía-se para que fizesse amor com ela. Começou a respirar de forma ofegante e se perguntou se morreria se ele não a tocasse logo. Os dedos dele acharam seus lábios vaginais. Eles estavam escorregadios de desejo e ele os separou com dois dedos, esfregou em sua entrada, e fez círculos em seu inchado clitóris.
Trisha gemeu mais alto e empurrou a cabeça em seu ombro.
— Isso.
— Isso — grunhiu ele detrás dela, dando-lhe garantias de que não pretendia parar. — Nunca mais vou deixar que vá embora de novo, Trisha. Nunca. Você é minha.
Seus dedos se partiram o suficiente para capturar o broto sensível entre eles, esfregando e puxando com suavidade. Trisha gemeu mais alto, esfregou o traseiro em suas coxas e conseguiu sentir seu pênis pesado e duro pressionando o final de suas costas. Seus mamilos endureceram até doerem.
— Por favor. Eu preciso de você — sussurrou. — Faça isso, mas eu também quero você dentro de mim.
— É para já — grunhiu ele, sua voz rouca e animalesca.
A necessidade clara em sua voz só fez com que o quisesse mais. Aquele era o Slade que a excitava, o homem que queria e de quem tinha sentido falta. Ele se afastou um pouco, juntou os joelhos entre suas pernas abertas e grunhiu para ela de novo.
— Eu vou te foder, Trisha. Mas não quero te machucar. Vou me sentar e quero que me monte para que possa controlar até onde quer me tomar.
Slade abaixou devagar para se sentar nos calcanhares e a puxou devagar até que o montasse, sem ver, um dos braços dele guiou seu quadril enquanto a outra mão continuava a acariciar o seu clitóris até que ao invés disso segurasse o próprio membro.
Trisha olhou para baixo, a visão dele segurando a base da sua grossa ereção a deixou mais molhada e mais necessitada para tê-lo enterrado dentro de sua vagina. Ela segurou sua coxa para ajudá-la a se equilibrar, empinou o quadril e começou a descer enquanto ele guiava a cabeça do seu pênis para sua entrada. Trisha desceu em seu colo e Slade a penetrou lentamente.
Ela gritou do quanto era bom tê-lo invadindo sua vagina, o encaixe apertado dos seus corpos quando ela desceu mais, e a leve ardência de ser estirada por algo tão rígido. Trisha virou o rosto em seu pescoço e pressionou as costas em seu peito. Gemeu, sentindo seu pênis grosso e duro deslizando mais pela sua vagina molhada e ávida quando seu corpo sentou completamente em seu colo até sua bunda descansar em suas coxas. Estremeceu.
— Slade! Laurann Dohnner Slade
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— Calma, amor. Vamos devagar, mesmo que me mate. — Ele tinha soltado o membro para permitir que se sentasse completamente nele e aquela mão deslizou pela sua coxa, retornando a brincar com o seu clitóris.
Ela choramingou, doendo-se para gozar.
— Tão quente, tão apertada — grunhiu ele. — Tão minha. — Ele roçou seu ombro com os lábios quando grunhiu de novo contra sua pele. Os dedos continuaram a provocar o seu clitóris enquanto ele lentamente começava a jogar o quadril para cima.
— Estou aqui, Trisha — disse rouco. Sua mão livre correu pelo seu estômago e segurou um seio para acariciar o seu mamilo sensível. — Rápido ou devagar? Diga-me o que quer.
— Mais rápido. — gemeu.
Slade arremeteu com mais força, tocando o feixe de nervos entre suas coxas mais rápido para manter o ritmo do seu quadril. Trisha gemeu mais alto. A sensação dele dentro de si ao mesmo tempo em que esfregava seu clitóris se tornou incrivelmente intensa. Ela agarrou suas coxas para ter algo ao qual se segurar enquanto ele investia e saía mais rápido e mais profundamente. Trisha quase gritou quando o clímax a atingiu, seus músculos vaginais se apertaram com força ao redor da rigidez do pênis dele. Ondas de prazer a golpearam quando ele começou a inchar dentro dela. Ele diminuiu suas arremetidas até ficarem curtas e violentas e seu corpo inteiro ficou tenso. A mão soltou o seu seio, o braço se prendeu em volta de sua cintura para prendê-la no colo, e o corpo dele se sacudiu violentamente debaixo dela quando gozou.
— Trisha — rosnou.
Eles ficaram imóveis e foi quando Trisha notou a sensação quente do seu sêmen se espalhar dentro dela enquanto continuava a gozar, enchendo-a com o seu gozo quente. Pareceu continuar por um minuto enquanto se agarravam. Seu corpo estremeceu quando as mãos de Slade saíram de onde estavam, as duas apertando sua cintura, prendendo-a ao seu colo mais firmemente. Ele deu um beijo em seu ombro. Os dois estavam ofegando.
— Eu senti saudades de você — ele soprou contra sua pele. — Nunca mais vou te deixar de novo. Nunca, Trisha. Eu preferia morrer do que ficar longe de você. Eu juro protegê-la com a minha vida e não vou estragar tudo novamente. Eu aprendi o quanto você significa para mim.
Ela soltou suas coxas para agarrar seus braços em sua cintura. Parte dela tinha medo de acreditar nele, mas realmente queria acreditar. Amava-o. Às vezes você tem que se arriscar. Nunca vai saber se recusar a dar a ele mais uma chance. Ela mordeu o lábio antes de exalar profundamente.
— Essa é a última chance que eu vou te dar. Eu falo sério. Não lhe darei outra se me magoar de novo. Desapareça outra vez e acabou. Eu saio da merda da sua vida para sempre.
Ele riu.
— Eu não vou. Vou ficar exatamente onde estou. Entre o sexo frequente e o inchaço de depois, vou ficar preso dentro de você o tempo todo. Podia ficar assim para sempre.
— Eu vou precisar comer, eventualmente.
Ele riu.
— Não vou matá-la de fome.
— Bom saber. Laurann Dohnner Slade
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— Vai precisar de força.
Slade abraçou sua Trisha até o corpo dela começar a ficar mole e ele percebeu que ela estava prestes a dormir. O inchaço na base do seu membro tinha desaparecido. Ele ajustou os braços nela e cuidadosamente a tirou do colo, colocando-a de lado na cama. Seus olhos azuis encontraram os dele e ela lhe sorriu suavemente.
As emoções quase fizeram com que se engasgasse, deixando-o incapaz de falar. Ela era tão linda para ele e tão frágil. Carregava seu filho dentro do útero. Esse fato ainda o abismava e fazia com que se sentisse tão pequeno. Ela tinha lhe dado o maior dos presentes. Entregou a ele seu corpo e um futuro ao seu lado. Ele curvou os lábios para formar um sorriso e limpou a garganta.
— Vou desligar a luz. Precisa de muito descanso, Doutora.
— Trisha. — Ela fez biquinho, um pouco irritada.
— Desculpe, Trisha. — Sorriu. — É difícil vencer o hábito e em minha defesa, não estou mais dentro de você.
— Vai usar meu nome enquanto estiver na minha cama, a não ser que queira dormir no chão.
— Muito justo. — Divertimento e felicidade se misturavam dentro de Slade. Ela o aceitou de volta e perdoado, e não tinha certeza se merecia isso. Tinha armado a maior confusão.
Boas intenções de lado, arrependia-se de suas escolhas.
— Vou desligar a luz e nós vamos dormir.
Ela teria dito alguma coisa a ele, mas ao invés disso, quando seus lábios se abriram, o que saiu foi um bocejo. Ele desligou a luz e estendeu os braços para a sua mulher. Colocou seu corpo farto contra o próprio, o braço enlaçado em sua cintura e formou uma conchinha.
Não conseguia ficar suficientemente perto dela, não queria nem mesmo o mais ínfimo dos espaços entre seus corpos, e ela voluntariamente lhe permitiu que os colocasse de lado.
— Eu senti mesmo saudades de você — confessou baixinho contra o seu ombro, onde apoiou o queixo, sentindo o seu cheiro. — Pensava em você constantemente.
—Eu também senti saudades de você e não conseguia tirá-lo da cabeça. Odiei isso depois que me abandonou.
Ele estremeceu internamente com o tom doloroso de sua voz.
— Desculpa, doçura. Isso não vai acontecer de novo. Eu juro pela minha vida. Eu tomei uma decisão estúpida, mas não vou fazer o mesmo outra vez. Eu fiquei mais esperto.
Ela ficou imóvel em seus braços por um longo momento.
— Está ok com o bebê?
A incerteza que enlaçava a voz dela doía. Ele tinha causado aquilo, feito-a questionar a ligação que possuíam.
— Estou empolgadíssimo.
— Eu também, mas estou com medo.
— EU vou te proteger. — Uma onda de raiva se formou nele ao pensar nela correndo perigo. — Ninguém vai te machucar. Irão morrer se tentarem.
A mão pequena dela agarrou o braço que estava ao redor de sua cintura, os dedos traçando a pele. Laurann Dohnner Slade
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— Não é disso que eu tenho medo. E se acontecer algo de errado com o bebê? Desde que o vi no ultrassom eu sabia que o queria, Slade. Tem tanta coisa que pode acontecer. Eu sou médica. Eu sei que...
— O bebê vai ficar bem. — Cortou-a. — É o nosso bebê, um milagre e a vida já foi cruel demais comigo. Eu me recuso a perder você e o nosso filho. O destino tem que nos dar uma folga.
O silêncio dela o preocupava, mas então ela suspirou.
— Pensamento positivo?
Ele fungou o seu pescoço.
— Sim. Pensamento positivo, Trisha. Estamos juntos e é isso que importa.
Ele soube quando ela adormeceu. Sua respiração mudou e os dedos pararam o movimento em sua pele. Ele a puxou mais de encontrou ao corpo, com o cuidado de não esmagá-la, mas queria se enroscar mais nela. A mulher em seus braços significava tudo para ele… vida e morte. Faria qualquer coisa para ficar com ela e mataria qualquer um que tentasse interpor-se entre eles.

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