CAPÍTULO DEZOITO
Zandy lutou contra a vontade de chorar, recusando-se a dar ao
Irmão Adam a satisfação de vê-la desmoronar. Raramente odiava as pessoas a
ponto de desejar que pudesse matá-los, mas para ele ela faria uma exceção. A
ideia de enrolar as mãos ao redor do sua garganta e observá-lo ficar azul
enquanto apertava a acalmou. Teve que ouvir o ódio dele desmedido até que
desistiu de insultá-lo. Só parecia encorajá-lo mais.
Um novo homem entrou no trailer para atender o Irmão Adam.
Este parecia recém-saído da escola e precisava de um corte de cabelo. A camisa
tinha buracos e a calça jeans desbotada estava da mesma maneira de forma pobre.
O olhar a evitou completamente.
— Estamos prontos para testar, Irmão. Precisamos ter certeza
que vai funcionar na realidade. Irmão Davey disse que ele deve manter o peso
dela, mas não queremos que quebre durante a purificação.
— Não, não queremos. — O imbecil levantou da mesa e atirou a
Zandy um olhar. — Queremos que ela queime sem qualquer falha. Não queremos
criar qualquer má publicidade que prejudicaria nossa causa.
— É, cometer assassinato realmente vai valorizá-lo para as
pessoas, — ela bufou.
— Cale a boca! — Irmão Adam passou os dedos pelo cabelo,
parecendo enfurecido. — Ela nunca para. — Ele olhou. — Gostaria que nós
tivéssemos tomado uma diferente.
— Eu também. Finalmente concordamos em algo.
— Você é uma mulher vil.
— Você é um idiota louco, atrás de uma Bíblia deformada.
O rosto dele ficou vermelho e deu um passo ameaçador na sua
direção. O homem mais velho se colocou entre eles.
— Ela está te tentando a pecar, Irmão.
— Envie os Irmãos Bruno e Fred aqui, e nós vamos levá-la para
fora.
Zandy não podia fazer nada, exceto deitar lá esperando até
que os outros homens chegaram para amontoam-se nos limites apertados da sala do
trailer. O banco que estava amarrada a lembrava de um maca de resgate. Eles a
içaram e tentaram levá-la para fora da porta, mas era muito larga. A dor a agarrou
onde os cintos cavavam a pele quando eles a viraram de lado.
Ela gritou por causa da dor. Isso pareceu divertir Adam e ele
riu. A luz do sol cegou-a novamente quando atingiu em cheio seu rosto enquanto
a endireitaram. A sensação de mal
estar a fez agradecida
que eles estavam a fazendo passar fome, caso contrário poderia ter vomitado.
Os olhos se adaptaram à luz brilhante e notou todas as
árvores em torno da clareira que o grupo transformou em lar temporário. Outros
trailers e campistas estavam estacionados perto e o cheiro de uma fogueira
encheu o nariz. As mulheres estavam do lado de fora olhando para ela enquanto
os homens a levavam à parte de trás do trailer onde tinha sido presa. O plano
deles ficou claro quando começaram a falar novamente.
— Como vamos levá-la lá em cima?
O olhar dela ergueu ao telhado e desespero atingiu. Tinha que
escapar.
— Eu tenho que urinar!
Adam atirou-lhe um olhar.
— Mije nas calças. Não me importo.
— Irmão! — Uma voz severa latiu. — Que vergonha. — O dono
daquela voz avançou – uma mulher de lábios finos na casa dos cinquenta. — Onde
está sua compaixão? Deixe-a usar o banheiro.
— É melhor se a deixarmos presa, Irmã Deanie.
A mulher olhou ao seu líder.
— Eu o criei melhor do que isto.
A voz dele baixou.
— Vamos, Mãe. Não na frente de todo mundo.
Os olhos de Zandy alargaram em espanto. O homem idoso se
envolveu.
— Filho, colocará seus seguidores contra você se abusar dessa
mulher. Escute seus pais.
Puta merda. O olhar disparou entre os três, vendo uma
semelhança. Eles eram, obviamente, uma família realmente ferrada.
— Muito bem. — Adam acenou aos homens. — Coloque-a para
baixo, mas se certifiquem que não possa fugir.
O banco foi solto no chão e os dois homens grandes soltaram
suas amarras. Ela esteve esticada por tanto tempo que se sentiu um pouco tonta
quando se sentou. A mulher idosa se aproximou, parecendo temerosa.
— Agora, não vire a cabeça para mim ou qualquer coisa.
A boca esperta de Zandy curvou.
— Acho que você assistiu muitos filmes de terror. Não estou
possuída.
A mulher franziu o cenho.
— Você precisa fazer pipi?
Pipi? Serio? Apenas ótimo. Fui sequestrada por idiotas que
usam vocabulário de dois anos de idade.
— Sim.
Eles não removeram as algemas que mantinham os pulsos unidos
na sua frente. A mulher agarrou no meio e levou Zandy até um dos campistas,
puxando a corrente como se estivesse levando um cachorro.
— Não tente nada do mal, — Deanie advertiu. — Estou te
observando.
O olhar de Zandy
varreu o interior, à procura de uma arma, mas o lugar era muito descoberto.
Louças tinham todos sido colocadas nos lugares e a mulher se recusou a liberar
a corrente sobre as restrições. O banheiro era minúsculo.
— Vá em frente. Se apresse. — Sua voz baixou. — Pare de dar
ao meu filho tristeza, jovem. Está tentando fazê-lo ficar mal diante de seus
seguidores. Você sabe o quanto foi difícil para ele reunir tantos?
Foi uma luta conseguir desamarrar a calça e usar o banheiro
com as mãos amarradas juntas.
— Não. Para falar a verdade não. Eu não li muito sobre
cultos.
Deanie ofegou.
— Que vergonha, mesmo de dizer isto. Nós somos... — A mulher
olhou para baixo e ofegou uma segunda vez. — Pecadora! Eu vejo esta roupa
íntima de prostituta em vez do que deveria ser cobertura decente para sua área
privada. Tsk, tsk! Não admira que foi atraída para o lado negro.
Zandy piscou algumas vezes.
— Eles tinham realmente bons cookies e aprovaram lingerie fio
dental. O que posso dizer? Não tinha a menor chance.
Seu sarcasmo ficou totalmente perdido em seu captor quando
Deanie franziu a testa. — O que isso quer dizer? Que tipo de cookies?
— Oh, puxa. Vocês estão seriamente arruinados. Não admira que
seu filho seja tão confuso.
— Você é uma pecadora do mal com uma boca suja. Que vergonha.
— Ela se virou e abriu uma gaveta embutida na parede. Girou, segurando short
azul claro. — Tire esta peça de prostituta e coloque isso.
— É um calção de banho?
— Sim.
— Não.
— Você irá. Você não pode purificar a alma quando está usando
esse pecado vermelho brilhante tentador. Estamos tentando te salvar, não
mandá-la para o inferno.
—Já estou lá, senhora.
O rosto de Deanie avermelhou.
— Troque ou terei os homens entrando aqui para fazer isto por
você. Estes são limpos e puros.
O pensamento de Adam ou aqueles outros repugnantes tirando
sua calça fez Zandy decidir concordar. O calção de banho de homem ficou um
pouco grande, mas pareceu ter acalmado a mulher chateada quando ela quase
sorriu.
— Muito melhor.
A ironia não passou despercebida a ela. Eles iriam queimá-la
até a morte usando calções de banho. Fogo e água. Só continua ficando melhor e
melhor. Ela foi conduzida para fora e empurrada de volta no banco. Zandy tentou
lutar, mas não conseguiu fugir de quatro homens. Eles a amarraram abaixo
firmemente.
— Agora, como levá-la lá em cima? — Foi o garoto com as
roupas esburacadas.
Zandy percebeu que
estavam falando sobre a parte superior do trailer. Ela não tinha ideia de por
que a queriam colocada no topo do trailer, mas não gostou.
— Oh diabos não.
Irmão Adam olhou para ela.
— Vamos vira-la de lado. Dois de nós vão agarrar as laterais
e subir a escada enquanto dois vão segurar a parte inferior e empurrar. Vamos
levá-la lá. Ela não pesa tanto assim.
— Dói quando você faz isso, — Zandy informou a ele.
Irmão Adam sorriu e um olhar alegre cruzou suas feições.
— Eu sei.
— Seu bastardo, — Zandy silvou. — Sabe por que acho que você
é tão mau? Aposto que tem um pênis minúsculo e tem que se comportar como se
fosse um enorme, tentando compensar.
O homem cerrou os dentes e ira transformou seu rosto manchado
vermelho. Seus lábios abriram, mas nenhuma palavra saiu.
— É o que pensei, pênis pequeno. Ou devo apenas começar a te
chamar pinto?
— Sua cadela! — Ele gritou.
— Sem pau — ela provocou.
— Basta! — Deanie estalou. — Ela está te iscando, Irmão Adam.
— Iscando ele? — Zandy bufou. — Ele é muito pequeno. Teria
que jogá-lo de volta se eu o pegasse.
Irmão Adam gritou e se lançou para ela, mas dois de seus
seguidores o agarraram para segurá-lo. Ela severamente sorriu. Ele poderia deixá-la
queimando mais tarde, contudo ele parecia pronto para ter um derrame. Podia só
esperar que algo o matasse antes dele concluir a vida dela.
* * * * *
Tiger estava contente por estar fora dos gessos. A perna
ainda doía um pouco e as costelas machucavam, mas não estava realmente com dor.
Teve que jurar para Dra. Allison que iria com calma. A velocidade normal dos
ossos curando para uma Espécie era de duas semanas. As aprimoradas drogas o
remendou em dias.
Slade North apontou uma das cadeiras no escritório.
— Sente-se, Tiger. Pare de andar. Precisa da sua força quando
nós a encontrarmos e seus ossos ainda não estão completamente curados. Manterão
seu peso, mas não abuse da sorte. Sei que a Dra. Allison não quis te liberar
por mais vinte e quatro horas, mas você se recusou a ficar no hospital.
— Zandy está lá fora em algum lugar e preciso encontrá-la.
Slade severamente assentiu.
— Eu sei disso, mas a boa notícia é que eles não a mataram
logo de cara. Levaram a ela por uma razão e irão esperançosamente mantê-la viva
até que façam, seja o que for que querem que nós vejamos.
— Funcionários da Mercile poderiam tê-la. — Tiger estava
miserável quando se sentou.
— Duvido. Eles não
teriam vandalizado a casa dela. Teriam apenas a levado. Esse não é o jeito deles.
— Eles nos mantiveram cativos pela maior parte de nossas
vidas, — Tiger rosnou. — Poderiam estar a machucando se foram eles quem a
roubaram de mim.
— Não são eles, — Bestial concordou. — Slade está certo. Isso
tem que ser um daqueles grupos de ódio ou alguém que deseja o resgate dela por
dinheiro se descobriram que ela é uma funcionária da ONE.
Richard se mexeu na cadeira.
— Dei todas as informações para o FBI e autoridades locais
sobre os grupos que foram os mais enfáticos sobre funcionárias e mulheres que
se ligam com Novas Espécies. Espero que possam persegui-los e encontrar Zandy
logo. Espero que este seja o caso ou nós não temos pistas se foi o intento de
criminosos em usá-la para chantagear a ONE por dinheiro.
Justice North e Tim Oberto estavam em uma conferência
telefônica no viva-voz no escritório de Slade.
— Eles têm de saber que ela não é Jessie. Fizemos uma
coletiva de imprensa aqui há uma hora para ter certeza disto. Minha companheira
se dirigiu à imprensa e foi em todos os canais. Quem tem Zandy Gordon teria
ouvido sobre isso ou visto.
— Ninguém nos contatou por uma recompensa? — Tiger parecia
esperançoso.
— Ninguém. Um macho ligou para dizer que ela estava sendo
prisioneira por alienígenas de outro planeta. — Justice suspirou. — Ele precisa
de cuidado médico, mas estamos verificando cada telefonema que chega, Tiger.
— Nunca vou deixá-la sair da Reserva novamente se eu a
recuperar, — Tiger rosnou. — Nunca. Nem mesmo a quero fora da minha vista.
— Houve alguma conexão com os machos quem abateram o
helicóptero? — Bestial olhou a Slade.
— Nenhuma, — Justice respondeu. — Já pensamos nisso. Aqueles
humanos simplesmente queriam matar alguns de nós. Não têm nenhum interesse em
nossas mulheres. Eles vieram até nós como caçadores.
Tiger rosnou.
— Zandy não teria deixado a Reserva se não fosse por eles.
Smiley mordeu o lábio.
— Me desculpe, Tiger. Devia tê-la impedido e a forçado a
esperar por uma escolta para levá-la.
— Minha mulher é obstinada e irrefreável quando se decide a
fazer algo que ela se sente apaixonada. Queria chegar a meu lado o mais rápido
possível. Isto é minha culpa. Ela estava segura lá até que eu a conduzi para
longe.
— Foi as drogas, — Bestial lembrou-lhe. — Pare de culpar-se
sobre isso, Tiger. Deveríamos ter a parado e acalmado antes de deixar o
hospital, se você quiser atribuir culpa.
— Não importa quem deve sentir culpa, — Justice declarou. —
Ela foi levada e nós precisamos recuperá-la.
— Temos equipes dos seus homens e dos meus, indo em torno da
área perguntando, — disse Tim Oberto. — Alguns desses grupos de ódio são
conhecidos que acampam no bosque já
que nenhum motel
quer hospedá-los. Eles podem ainda estar próximos, se forem os responsáveis por
este sequestro. Há muitos lotes de terra e nós não temos apoio aéreo suficiente
com um helicóptero a menos. — Ele pausou. — Obrigado por nos emprestar seu
helicóptero de Homeland, Justice. Ajudou, tendo dois pássaros no ar.
— Poderia contratar helicópteros e pilotos locais se isso vai
ajudar, — Justice ofereceu.
— Vamos fazer isto, — concordou Tim. — Quanto mais terras
procurarmos por aqui, melhor. Só diga-lhes para reportar quaisquer sinais de
vida que encontrarem. Nossas equipes verificarão qualquer coisa que localizem.
— Estou nisto, — Justice declarou antes de quebrar a conexão
da conferencia telefônica.
Tiger fechou os olhos, os pensamentos em Zandy. Onde está
ela? Ela ainda está viva? A raiva dentro dele o consumiu. Ela precisava
dele, mas não sabia onde encontrá-la. Odiava se sentir impotente e tinha
experimentado essa emoção frequentemente desde que tinha começado a se importar
tão profundamente sobre a fêmea humana.
* * * * *
Terror puro agarrou Zandy quando eles a amarraram à sua
engenhoca louca. Lutou por um segundo contra um grito, mas depois o deixou
solto.
Eles a mantiveram amarrada ao banco, mas amarraram isso a uma
grande cruz que foi esticada em cima do telhado do trailer. Usaram um guincho
da parte dianteira do veículo para elevar isto na vertical. A cruz foi
conectada a algum sistema de dobradiça soldada.
Ela pendia aproximadamente uns bons quinze metros e meio do
chão e soube que a qualquer segundo as cordas presas ao banco ou até mesmo os
cintos mantendo seu corpo podia quebrar. Despencaria para o telhado do trailer ou
pior, cairia mais distante até o chão. Ela freneticamente vasculhou a área,
procurando ajuda a partir de sua posição elevada, mas não viu ninguém nos
arredores da floresta. Milhas de árvores pareciam se estender em torno dela e
os únicos sinais de vida vinham do grupo que a sequestrou.
— Você se sente mais perto de Deus? — Irmão Adam sorriu para
ela de baixo, as mãos na cintura, parecendo satisfeito consigo mesmo.
— Foda-se. — Ela realmente queria matá-lo.
— Vamos empilhar madeira e derramar gasolina por toda parte
do telhado aí em cima com você. Uma lona vai te esconder e cobrir o cheiro até
que seja muito tarde para alguém te ajudar. — Ele pareceu totalmente contente
com o plano insano. — Vamos dirigir direito até os portões do inferno, içar
você para todos verem e mostrar ao mundo o que acontece quando alguém se
submete a pecar.
— Marquei a linha de cabo, — um de seus homens gritou. —
Vamos ser capazes de conseguir a cruz levantada depressa sem medo de estalar a
linha.
— Ótimo. — Irmão Adam sorriu. — Quantos segundos levará para
levá-la lá em cima? Preciso preparar meu discurso de acordo.
— Vamos testar.
Zandy apertou os olhos fechados quando a cruz tremeu
violentamente enquanto baixava. O estômago revirou pela sensação de mal estar
com medo de que a madeira
simplesmente
estalaria na base onde foi conectada ao topo do telhado pela dobradiça que
criaram. A coisa toda finalmente descansada no telhado e ela deu um suspiro de
alívio quando ela deitou novamente.
— Você conta, Irmão, — alguém gritou. — Pronto?
— Oh merda, — ela murmurou, com medo do que aconteceria a
seguir, não querendo descobrir.
— Aqui nós vamos!
Seus olhos se abriram quando o motor do guincho aumentou em
som. A cruz inteira e o banco tremeram e outro grito rasgou da sua garganta
enquanto isso ergueu rapidamente, lançando-a para cima até que foi suspensa
mais uma vez no ar. Madeira rangeu e gemeu, ela podia jurar que as cordas
prendendo o banco fez um som de protesto, mas parou tão de repente quanto tinha
começado.
— Seis segundos, — anunciou uma nova voz. — Isto é tempo
suficiente?
— Claro, — Adam assentiu, não mais olhando para ela, mas
cavando a calça para tirar uma caneta e um bloco de notas do tamanho da palma.
— Qualquer tempo mais e isso poderia dar a eles tempo de reagir. Vou começar a
dizer as minhas falas antes do show começar.
Show? Eles estavam falando sobre matá-la como se fosse uma
produção da Broadway. Lágrimas quentes encheram seus olhos e piscou-as de volta
enquanto algumas das pessoas abaixo dela começaram uma fila para passar
gravetos e madeira cortada até o topo do trailer. Eles primeiro enfileiraram as
bordas, até que alguém sugeriu abaixem a cruz.
O passeio para baixo a fez apertar os dentes para evitar dar
a eles a satisfação de ouvir o seu grito novamente. Uma vez estendida, observou
eles empilhar madeira mais perto aos seus lados, cobrindo toda a superfície do
telhado com pelo menos duas camadas. O cheiro de madeira cortada normalmente a
atraía, mas não nessas circunstâncias.
As cinco pessoas silenciosamente trabalhando evitaram fazer
contado visual com ela. Ela decidiu tentar, entretanto.
— Por favor, me ajude. Vocês sabem que isto é errado. Meu
nome é Zandy. Tenho uma família e uma vida. Não sou do mal.
Eles continuaram trabalhando, recusando-se a olhar ou falar
com ela. Frustração subiu e ela fechou os olhos. O calor do sol batia nela, mas
sentia frio por dentro. Em nenhum dos seguidores do Irmão Adam iria crescer um
cérebro. Tinham uma mentalidade de culto e pensavam que o idiota não podia
fazer nada errado.
— Devemos mergulhar a madeira com gasolina agora?
A voz pertencia ao adolescente com as roupas esburacadas. Ele
subiu no telhado e segurava uma lata vermelha de gasolina em ambas as mãos. A
visão disso fez Zandy hiperventilar, cada respiração uma luta para se
controlar. Eles realmente estavam contando com deixá-la no fogo. Era bárbaro,
terrível, e pior – idiota.
— Não. O irmão Adam acha que aquelas desovas do mal poderiam
sentir o cheiro disto apesar de ter toda a parte superior coberta com a lona.
Ele quer fazer uma abordagem mais dramática para as câmeras. Prevê que isso
realmente chegará aos espectadores e tirará a expectativa se eles virem a
gasolina sendo despejada.
— Eu entendo. — O
garoto assentiu vigorosamente, sorrindo. — É uma ideia realmente legal. Vai ser
épico.
— Estou contente que pense assim, — Zandy comentou secamente.
— Quer trocar de lugar comigo, se é tão legal? Que diabo está errado com você?
Ele olhou para ela e encontrou seu olhar.
— Você é uma prostituta e pecadora contaminada por Satanás.
Não fale comigo.
Ela tomou uma respiração profunda, calmante.
— Você é tão jovem. Não entende que está jogando sua vida
fora por causa disso? Nenhum de vocês vai se safar me matando, especialmente se
está na frente de um grupo de repórteres com câmeras. Você vai envelhecer na
prisão. O Irmão Adam vale isso? Você não quer encontrar alguém e ter uma
família um dia? Não tem sonhos que deseja realizar? Não é tarde demais. Somente
me desamarre e nós dois vamos sair daqui. Não vou contar a ninguém que eu te
vi. Você pode fugir desta bagunça.
Ele se aproximou e balançou a lata de gasolina para se
certificar que ela pudesse ouvir chapinhar e tomou o tempo para lentamente
prendê-lo em algum lugar perto dos pés dela. Ele deu uma piscadela quando se
endireitou sem isto. — Este é meu sonho e nós vamos ser heróis. Estamos
salvando almas.
— Está indo ir para a prisão por assassinato. É assim que
isto vai terminar a menos que você me deixe ir e ambos fugiremos.
— Cala-se. Recuso-me a escutar você.
Ela olhou para as outras duas pessoas com ele, ambas evitaram
seu olhar, e ela tentou fazer algum sentido para eles. — Vocês me ouviram?
Todos irão para a prisão. Não tem que ser desse jeito. Só me desamarrem. Por
favor?
— Eu disse para se calar, — o garoto murmurou. — Não estamos
ouvindo. O irmão Adam sabe o que está falando e nós estamos em uma missão.
Zandy não disse nada quando o rapaz partiu, descendo a escada
na lateral do trailer e saindo da sua vista. As outras duas pessoas o seguiram,
deixando ela sozinha. O vento soprou e ela olhou para o céu azul acima. Não
havia um indicio de chuva, algo que teria sido realmente ótimo para molhar
todos os gravetos empilhados ao redor dela. Apenas não era seu dia.
Ela se concentrou com pensamentos de Tiger. Ele iria
sobreviver aos ferimentos, mas eles tinham terminado. Foi provavelmente melhor.
Doeu que ele tivesse ordenado que deixasse seu quarto de hospital como se tudo
que compartilharam não significasse nada. Quebrou seu coração, mas pelo menos
sua morte não o devastaria. Isso era a última coisa que queria.
Lágrimas derramaram pelos lados do rosto e ela não conseguiu
nem enxugá-las. Amava Tiger. Tinha se apaixonado demais por ele e imaginava se
ele se sentiria culpado quando descobrisse o que aconteceu com ela. O tempo
passou enquanto tentava entrar em acordo com o que aconteceria com ela logo.
Ela se debateu, mas não conseguiu se libertar. O som de
alguém subindo a escada chamou sua atenção e virou a cabeça para observar o
Irmão Adam se juntar a ela. Ele teve que pisar com cuidado sobre a madeira, mas
chegou ao seu lado sem cair. Mais dois homens subiram no telhado, ambos
preparados com martelos e tábuas.
— O que você vai fazer agora?
Adam se recusou a
responder.
— Façam.
Zandy abriu a boca para perguntar o que planejavam, mas os
dois homens grandes como ele de repente desamarraram os cintos prendendo seu
corpo ao banco. Eles a agarraram antes que pudesse lutar, puxando-a em pé, e um
deles chutou o banco para longe. O corpo dela foi erguido e batido com força
para baixo na cruz de madeira grossa. O ar dos seus pulmões sumiu quando dor
disparou por sua coluna e a parte de trás da cabeça, onde tinha batido com mais
força.
Os dois homens puxaram ambos seus braços completamente ao
longo das vigas que tornavam a madeira uma cruz. Ela se recuperou e tentou
torcer para longe, chutando-os de modo selvagem, mas isso não os intimidou.
Eles a asseguraram a partir dos pulsos até a parte superior dos braços
embrulhando cordas ao redor deles, amarrando-a com força à cruz.
— Não faça isto, — ela pediu. — É loucura. Você não pode
fugir de um assassinato. Vai apodrecer na prisão ou receber a pena de morte.
Irmão Adam riu, um som doente, quando se inclinou o
suficiente para ter certeza que podia ver seu rosto enquanto os dois seguidores
começaram a amarrar as pernas no lugar.
— Estamos travando uma guerra contra o mal e estamos
dispostos a morrer por nossa causa. Nós não vamos ter que fazer isto,
entretanto. Sou mais esperto do que eles. Pensei em tudo.
Ele acreditava no que dizia. Estava claro no seu olhar louco.
Zandy gritou, empurrou os quadris, mas os dois homens só a asseguraram com
corda em torno da cintura. O olhar dela travou em Adam.
— As Novas Espécies vão perseguir seu traseiro imprestável e
fazer você pagar por isso. É melhor esperar que a polícia te prenda no local
quando dirigir-se até aqueles portões, porque eu sei que Tiger vai te
despedaçar por fazer isto a mim.
Ele inclinou a cabeça.
— Quem é Tiger?
— Ele é um amigo. — Eles poderiam ter terminado sua relação,
mas ela não tinha dúvida que Tiger vingaria seu assassinato se certificando que
as pessoas responsáveis fossem castigadas. Tinha fé nisto. — Ele não vai deixar
você escapar disso.
— Sabia que você estava fornicando com aqueles demônios. —
Seu olhar estreitou. — Eles são as pessoas que vão morrer. O nome de Tiger vai
ao topo da nossa lista de quem purificar em seguida. Obrigado.
Sua paciência estalou.
— Aquele demônio, como você o chama, vai arrancar seu coração
e fazer você sufocar nisso.
O filho de uma cadela simplesmente sorriu.
— Eu sempre prevalecerei sobre o mal. Sou o instrumento de
Deus. — Ele pausou. — Diga ao diabo que envio meus cumprimentos quando você o
ver.
— Você é um perdedor, é o que é. Um louco demente que se
delicia em magoar os outros. Que tipo de vida patética você levou que pensa que
esta é a coisa certa a fazer? Você é o único que está indo para o inferno,
Adam. Diga a ele você mesmo.
O rosto de Adam
torceu em um horrível tom de vermelho de raiva.
— Vou apreciar observar você queimar. Vai ser música para os
meus ouvidos quando as chamas começar a derreter sua carne e você começar a
gritar.
Eles a deixaram amarrada à cruz enquanto Zandy lutava para se
libertar. Ouviu o suficiente para saber que eles começaram a levantar
acampamento e o que o próximo passo de seus planos era. O Irmão Bruno dirigiria
o trailer até os portões da Reserva e ele trabalharia o guincho.
Irmão Adam tiraria a lona do telhado, enfrentaria os
repórteres com o discurso que escreveu, ao despejar gasolina enquanto falava.
Eles pensavam que o fogo que ele começou causaria suficiente pânico e desordem
para escapar de serem presos.
A escada rangeu advertindo que alguém subia até o telhado.
Zandy virou a cabeça para olhar a mulher magra e tímida que se recusou a
encontrar seu olhar enquanto lentamente rastejava para frente. Esperança surgiu
que a mulher a ajudaria a fugir, mas enfraqueceu rapidamente quando ela
estendeu a mão no bolso da saia folgada para retirar um rolo de fita adesiva.
— Eu realmente sinto muito por fazer isso a você, — sussurrou
a mulher a medida que retirava uma tira da fita. — Eles não querem você
gritando. Fique quieta. Não quero pegar seu nariz. Você sufocaria e todo mundo
ia ficar com raiva de mim por te matar muito cedo.
Zandy virou a cabeça longe para evitar ser amordaçada.
— Por favor, não faça. Pensei que o Irmão Adam quisesse me
ouvir gritar enquanto queimo. — Ela tentou usar a lógica, desesperada para
evitar ter a boca selada fechada.
— Irmão Adam vai tirar a fita antes de acender a madeira. Não
quer você gritando antes que esteja pronto para revelar a sua presença. Todos
nós temos que trabalhar juntos para garantir que isso ocorra exatamente do
jeito que ele quer.
Zandy se debateu, mas a mulher conseguiu colocar a fita na
boca. Mais duas camadas foram adicionados nos lábios e nas bochechas para ter
certeza que ficou colocado. O grito saiu abafado quando terror a atormentou. A
mulher tímida recuou e fugiu, seu trabalho feito.
Minutos depois, dois homens grandes escalaram a madeira
empilhada em cima do trailer para puxar uma lona sobre o telhado. Seu terror
intensificou quando o material branco e sujo que arrastaram sobre seu corpo
bloqueou o céu. Repousava no seu rosto e não importava que direção ela girasse,
era incapaz de se livrar disto. Tinham eficazmente escondido a ela e a cruz.
O motor do trailer vibrou levemente quando o motorista ligou.
O movimento a assegurava que estavam na estrada quando os pneus imergiram e fez
todo o veiculo balançar debaixo dela. Vento chicoteava a lona depois da estrada
suavizada para pavimento e ganhou velocidade. Ela esperou que a lona fosse sair
voando, mas eles tinham prendido o material com firmeza.
Zandy fechou os olhos e imaginou Tiger. Ele ficaria bravo e
não totalmente desmoronaria se estivesse no lugar dela. Claro que ele poderia
ter evitado ser levado em primeiro lugar. Nenhum dos homens do Irmão Adam
poderia ganhar contra Tiger em uma briga. Só pensar nisso ajudou a tranquilizar
o pânico crescente. Ele a salvou uma vez naquele bar, mas ela sabia que não
conseguiria fazê-lo uma segunda vez. Estava em um hospital a horas de
distancia.
Eu te amo,
Tiger. Só desejo que eu pudesse ter dito a você.
Adoro esta serie, mas o que me deixa muito chateada e o fato de que todas as mulheres serão sequestradas em algum momento. Ja esta ficando muito batido.
ResponderExcluirDe todos os sequestros, esse tá sendo o mais bárbaro. Tão querendo queimar a garota viva 😱😫
ResponderExcluirVdd muito horrível
ExcluirMais isso é de se espera eles são odiados por todos e a mulher de Justice não foi sequestrada
ResponderExcluirmano com assim ela ta prestes a morrer e ta pensando ainda bem que o tiger terminou com ela assim ele nao vai sofrer tanto, oi????? é serio que esse é o pensamento dela? essas mulheres dessa serie são muito cadelinhas misericordia
ResponderExcluirmano com assim ela ta prestes a morrer e ta pensando ainda bem que o tiger terminou com ela assim ele nao vai sofrer tanto, oi????? é serio que esse é o pensamento dela? essas mulheres dessa serie são muito cadelinhas misericordia
ResponderExcluirO pior sequestro foi o dela
ResponderExcluirA que mais sofreu, misericórdia! Eu ía amar se ela mesmo conseguisse se salvar e matar esse cara com as próprias mãos...
ResponderExcluir