quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Capítulo 17

Capítulo Dezessete 
Shadow se levantou do chão onde mergulhou para evitar a última onda de balas que abriu mais as paredes. Viu Breeze rastejar para longe da lareira. Podia sentir o cheiro de sangue, mas não estava certo de quem era já que ambos tinham sofrido cortes dos escombros voando. As paredes estavam destruídas pela quantidade volumosa de balas que rasgaram por elas.
Levantou seu braço, disparou cegamente por detrás de dois troncos espessos das mesas de canto, que imprensou junto de lado para deixar mais espesso. Não era mais seguro tentar mirar no inimigo procurando por eles. Isso significaria revelar seu rosto, algo que um atirador atingiria.
— Merda. — Breeze rosnou. — O que está sustentando a cabana?
Ele não tinha uma resposta. A luz solar entrava por todos os buracos de bala. O inimigo tinha grande potencial de fogo e, em sua estimativa, a única coisa que os salvou foi o acabamento de pedra ao longo do lado de fora. Estava perto do chão e isto provavelmente os impediu de serem baleados, quando eram impelidos para o chão toda vez que o inimigo abria fogo. 142

Podia apenas rezar que Bela estivesse segura. Era uma cabana muito velha e estava certo que a banheira era feita de ferro fundido. As balas esperançosamente não penetrariam pelos lados dela. Olhou para cima, mas o teto tinha alguns buracos de ricochete.
— Você está bem?
Breeze hesitou.
— Fui atingida, mas não está ruim. Atravessou completamente meu lado.
Era um espanto que ambos estivessem vivos ainda. Milhares de balas foram destinadas a eles desde que o ataque começou. Ele iria gritar com Bela quando isto estivesse terminado. Ouviu uma de suas armas disparar no começo, mas estava certo de ela tinha retornado para o banheiro quando gritou com ela. Depois era impossível saber de onde os tiros vinham. Suas orelhas ainda estavam zumbindo.
A interrupção dos tiros atuantes foi perturbador. Ficou tenso, esperando pelos tiros retornarem. Segundos se passaram e nada aconteceu. Franziu a testa e olhou para Breeze. Ela estava abaixada próxima à lareira, a arma na mão. Encontrou seu olhar interrogatório, seu cenho franzido também.
— Acha que vão invadir? — Sua sobrancelha se curvou interrogativamente.
Disparou outra bala para ter certeza que os mercenários soubessem que ainda estavam vivos. Isso devia afastá-los de entrar na cabana. Breeze disparou uma bala do outro lado da cabana, sem olhar também. Quase teve seu rosto atingido por uma bala e gritou uma advertência para ele. Os dois abaixaram mais uma vez.
Ninguém disparou de volta. Mais segundos se passaram. Breeze encolheu os ombros, uma mão indo para sua cintura para segurar seu ferimento. Viu o sangue escorrendo de sua camisa. Não pareceu muito ruim, mas ele se preocupou.
A esperança suavizou as feições dela.
— Talvez a ajuda chegou e eles caíram fora. Talvez devêssemos realmente parar de atirar. Odiaria atingir um dos nossos por engano.
Ele esticou-se para ouvir, mas ainda estava tendo dificuldades porque um zumbido leve permanecia. A coisa ruim sobre ter audição supersensível era que barulhos altos doíam. Breeze fez um barulho agudo.
— O que foi isso?
— Um pedido de socorro. Nossos machos responderão se estiverem por perto.
Os dois escutaram. Shadow olhou Breeze. Sua audição poderia não estar tão perturbada quanto à dele. Balançou a cabeça, a preocupação retornando. Merda, ela pronunciou.
Ele teve que concordar. Um uivo de repente rasgou o ar e os dois sentiram alívio. Breeze abaixou sua arma e sorriu.
— Nós temos ajuda.
Ele hesitou em se levantar do chão, sem estar certo se ainda era seguro. Minutos se passaram antes de algo colidir pela porta esburacada pelas balas. O macho estava apenas vestindo um short curto com uma massa de cabelo que honestamente lembrou a Shadow uma juba de um leão.
— Leo. — Breeze sorriu.
O macho olhou ao redor e segurou o olhar de Shadow por um segundo antes de correr para Breeze. Ele se ajoelhou, cheirando-a, e suavemente removeu sua mão do ferimento. Jogou sua cabeça para trás, rugindo. 143

Shadow estremeceu. Não havia nenhuma dúvida de que o macho era parte felino, mesmo sem ver seus olhos e as características faciais. Ele o reconheceu como o macho que viu no rio caçando uma leoa. Shadow ficou de pé e foi em direção aos degraus para checar Bela.
— Os humanos estão todos mortos? — Shadow esperava.
— Eles foram embora. Nós estávamos sendo atacados, ou teríamos alcançado vocês mais cedo. — Leo forçou Breeze a deitar de costas, rosnando quando ela protestou. — Fique quieta, fêmea! Você está sangrando.
Outro macho Espécie apressou-se para dentro da sala antes de Shadow chegar lá em cima. O sangue escorria pelo seu pescoço. A visão parou Shadow no caminho.
— Você está bem?
Torrent girou a cabeça, empurrando seu cabelo para trás para mostrar uma orelha sangrenta.
— Um atirador quase arrancou minha cabeça. Eles tinham alguns deles nas copas das árvores, e nos mantiveram presos dentro de um desfiladeiro há uma milha daqui. Uma vez que saíram nós viemos nesta direção, e enviei alguns dos machos para conseguir ajuda. — Olhou para Breeze, preocupado. — Você está bem?
— Dos pés a cabeça. — ela respondeu. — Não toque nos meus seios, Leo. O ferimento é aqui embaixo.
— Só estava os checando. — ele parou e riu.
O som de um tapa soou.
— Pare de me molestar. — Breeze rosnou.
Shadow virou e correu subindo os degraus.
— Bela!
Ela não respondeu. O pânico bateu que ela tivesse sido baleada também. A banheira estava vazia então se apressou para seu quarto. As armas descartadas estavam no chão, algumas ainda alinhadas como se não tivessem sido usadas. A janela estava quebrada, cortina rasgada, e havia buracos na parede e no teto. Virou-se e foi em direção ao seu quarto. Torrent estava no corredor bloqueando seu caminho. Apenas empurrou o macho do caminho.
A visão da janela chutada e uma corda balançando ao ar livre o fez rosnar. Jogou-se adiante, agarrou-a e olhou para baixo. Bela se foi. Lançou sua cabeça para trás, uivando. Estava fora da janela antes mesmo de verificar para ter certeza que a corda podia aguentar seu peso. Alguém roubou Bela. Foi por isso que pararam de atacar. Os mercenários a levaram da cabana.
Ele caiu de joelhos com força, dor subiu rapidamente por ambas as pernas, mas varreu o chão com seu olhar, caçando por sinais enquanto largava a corda. As pegadas pesadas foram fáceis de localizar, duas marcas, uma mais profunda que a outra. Nenhuma pegada menor era visível. Um deles tinha de estar carregando Bela. Mal registrou o fato de que Torrent caiu próximo a ele também, usando a corda para suavizar sua aterrissagem.
— Eles a levaram.
— Eu sei. — Shadow rosnou. — Não irão longe.
Um tiro soou ao Sul. O coração de Shadow parou. Aquele único tiro podia significar muitas coisas ruins. Um, podia ser que os mercenários tivessem recebido ordens de assassinar Bela. Talvez quisessem fazer isto pessoalmente, gravar um vídeo para seu cliente ou arrancar a cabeça de seu corpo como prova do assassinato. O humano que a possuiu poderia querê-la morta para prevenir-se de que ela nunca o identificasse se fosse trazido para Justice. 144

Disparou naquela direção, à ira o estimulou. Não se importou se os mercenários estavam em maior número ou o quão fortemente estavam armados. Apenas precisava alcançar Bela. Viva ou morta, eles não levariam nenhuma parte dela para perto do humano que a abusou.
Torrent o seguia. Ouviu a respiração forte do macho enquanto passavam pelas árvores, saltavam pedras, e cheiravam o ar, tentando captar seu cheiro. Conseguiu apenas continuar indo. O fedor de sangue fresco o fez rosnar enquanto se apressava para um agrupamento de arbustos.
Um mercenário estava deitado no chão, segurando sua coxa com ambas as mãos. Sua perna e o chão estavam encharcados de sangue, enquanto o macho gemia de dor. Shadow registrou o ferimento e a arma perdida do coldre vazio, esperança chamejou imediatamente que Bela tivesse atirado no filho da puta.
Caiu no chão próximo ao sujeito, desarmando-o depressa, e apenas empurrou as mãos do macho de lado. A expressão do mercenário cheia de agonia, encontrou a sua. A ira queimava mais brilhante quando Shadow agarrou o ferimento, de propósito usando seu dedo polegar para cavar nele. O macho gritou.
— Onde ela está? — Shadow rosnou pronto para despedaçar o macho. Ele podia sentir o cheiro dela no homem.
O mercenário se contorceu no chão, mas conseguiu apontar. Shadow ficou de pé e correu na respiração seguinte.
— Mate o filho da puta se ele se mover. — ordenou para Torrent por cima de seu ombro.
Avistou um galho quebrado por onde Bela fugiu. Marcas pesadas marcavam as mais suaves que ela fez. Alguém a perseguia. Estava próxima. Seu aterrorizado e doce cheiro pairavam no ar. Estava agradecido que não estava ventando, pois a seguia mais pelo cheiro do que pelas pegadas no chão.
Bela sabia que o homem estava ganhando terreno. Sua respiração irregular parecia bem atrás dela. Os músculos de sua perna queimavam e estava cansando rápido. Virou-se, ergueu a arma, e tentou apontar. Ele estava tão perto que realmente o atingiu. Puxou o gatilho, ofegando, também sem fôlego para gritar.
O tiro alto errou, mas ele virou colidindo em um arbusto e caindo. Quase caiu também, mas recuperou seu equilíbrio. O barulho do rio chamou sua atenção, o único modo de se certificar de que não estava correndo em círculos. Rompeu das árvores e quase caiu na água corrente.
Virou, procurando por uma fuga, mas não havia nenhum lugar para onde ir. Movimento a sua esquerda a fez choramingar. Outro homem vestido um uniforme corria para ela. Algo pegou sua atenção pelo canto de seu olho. Um terceiro homem corria em sua direção. Estava presa à medida que diminuíam a velocidade, sabendo que a pegariam.
— Largue a arma. — O homem que ela quase acertou apontava uma arma para ela.
— Não sei nadar. — advertiu-os. — Você atira em mim e eu caio. — Apontou a arma, alternando para apontar em cada um deles de cada vez, mantendo o cano se movendo. — O Mestre me quer viva, não é? Propositalmente ficarei submersa até me afogar. Prefiro morrer que voltar para ele.
Inquietação apareceu nos rostos deles. Acreditaram nela e a queda na água tinha de ter uns três metros. Permaneceu em uma curva do rio onde a terra corroeu a margem. Parecia fundo também.
— Morrerei assim que cair na água. A correnteza é forte. Você pisca, eu morro.
Eles congelaram, mas mais duas armas apontaram para ela. 145

— Solte a arma. — um deles exigiu. — Nós não vamos machucá-la. Nosso chefe quer você viva. Afogar-se é uma maneira horrível de morrer.
Ela riu amargamente.
— E ser devolvida ao Mestre é melhor? — Seu batimento cardíaco começou a diminuir agora que não estava correndo por sua vida. — Prefiro morrer.
Eles olharam de um para outro, sem obviamente esperar por isto.
— Serão pagos se eu estiver morta? — Podia notar que o dinheiro era a única razão para virem atrás dela. Teria que ser muito para entrarem na terra da ONE, além de suicida por tentar tal coisa. Espécies não eram conhecidos por serem gentis com intrusos. — Afastem-se de mim.
— Ela lutará quando cair na água. É instinto. — um deles murmurou. — Voltará para a superfície e nós a agarraremos.
Bela moveu seu pulso, apontando a arma para seu peito.
— Sobreviverei a uma bala no coração? Um tiro e está terminado. Vocês terão feito tudo isto por nada. Não vou voltar. — Esperou que acreditassem em seu blefe. — Afastem-se de mim.
— Maldita cadela louca. — um deles xingou. — Não atirará em si mesma. — Ele parecia inseguro.
— Fui enjaulada e acorrentada, mantida na escuridão e saia apenas quando o Mestre queria me ver. — Levantou seu queixo enquanto se aproximava um pouco mais da borda próxima à água, seu olhar varreu ao redor por uma fuga. Não havia nenhuma. — Eles me mantiveram fraca por falta de comida e água, tomava banho só quando o Mestre decidia que devia ser limpa, quando colocava suas mãos em mim. — A ira aprofundou sua voz num grunhido suave. — Acha que não preferirei morrer a ser devolvida a ele? — Pausou. — Uma bala é mais agradável e mais rápido do que sofrer esse destino.
Um galho baixo manteve sua atenção. Jogou seus sapatos e os homens franziram a testa.
— O que está fazendo? — Um deles chegou mais perto.
Reagiu tirando a arma de seu peito e disparou nele. Não importava se o atingiu ou não. Ele saiu do caminho como também os outros dois, do modo como esperava. Empurrou a arma morna em suas calças e saltou no galho, seus pés batendo o tronco de árvore. Ela era uma primata e esperava que o instinto desse-lhe uma habilidade forte de escalar.
Subiu mais rápido do que pensou ser possível, chegando mais alto enquanto suas mãos enrolavam em torno dos galhos, movendo-se tão rápido quanto pôde. As solas de seus pés queimavam um pouco por causa do tronco áspero, mas não se importou. Ela estava em uma árvore!
— Desça aqui. — um deles gritou. — Porra! Suba atrás dela, Bob.
— Ela se move rápido, — reclamou. — Porra, olhe o quão alto ela está indo.
— Não dou à mínima. — o primeiro estalou. — Vá atrás dela!
— O que ela é? Um macaco?
— Ela parece com um chimpanzé. — um deles declarou. — Você viu seus olhos e nariz? Ela é pequena para uma mulher também.
Ela continuou subindo até que não conseguiu chegar mais alto, sem medo dos galhos finos quebrarem com seu peso. O que estava abraçada balançou quando o vento soprou. Uma sensação de enjoo agarrou seu estômago, enquanto olhava para baixo. Tinha que estar a uns quinze metros ou mais no ar. Todos os três homens olhavam fixamente para ela.
— Desça! — O que estava no comando apontou um dedo para ela. — Agora mesmo! Nós não temos tempo para isto.
— O helicóptero está chegando. — Bob anunciou. — Está para aterrissar. 146

Olhou para ver se podia localizá-lo, mas muitas árvores bloqueavam sua visão até daquela altura. Depois escutou o barulho, provavelmente muito focada nos homens para notar antes. Virou sua cabeça e avistou. Estava voando baixo, apenas acima das copas das árvores, e chegando mais perto.
Desceu do tronco lentamente até que se sentou em um galho mais baixo, e abraçou-o firmemente com medo que tentassem pegá-la por acima. Olhou para baixo, imediatamente se arrependeu. Bob começava a subir atrás dela.
Retirou à arma, sua barriga doía de onde estava certa de que tinha sido queimada, pelo cano morno depois de dispará-la, e apontou. Ele olhou para cima e congelou.
— Afaste-se de mim.
— Quantas balas restaram? — O homem no comando falou suavemente, mas ela ouviu.
— Não sei Dillon. — Bob respondeu. — Ela já descarregou três, mas está é uma Glock 9. Não sei quantas foram disparadas antes dela roubá-la, e isto poder ter um grande alcance. Pode ter um monte sobrando.
Freneticamente procurou por uma fuga. As outras árvores estavam muito longe para pular para elas. Alguns primatas eram conhecidos por saltar de galho em galho, mas não estava disposta a arriscar cair para a morte. Sua mão tremia lentamente enquanto apontava a arma para o homem que chegava mais perto.
— Atirarei em você. Pare!
Ele subiu para o outro lado do tronco largo, longe da vista. Moveu-se adiante, tentando mantê-lo à vista. Os galhos espessos o protegeram. Olhou ao redor novamente, rezando para a ajuda chegar.
Foi como se Shadow tivesse ouvido seu apelo mudo. Ele de repente correu para fora das folhagens atrás do dois no chão. Assistiu com assombro absoluto quando ele agarrou ambos os mercenários pela parte de trás do pescoço, ergueu-os, e jogou-os longe. Um atingiu a terra debaixo da arvore, enquanto o segundo não foi tão sortudo. Esmagou no tronco. O Espécie enfurecido não tinha acabado ainda.
Tirou as armas deles, lançando-as no rio. O homem na terra tentou lutar, mas um soco de Shadow o parou. O homem que bateu no tronco recuperou-se muito mais devagar. A cabeça de Shadow virou e seus olhares se prenderam por um momento, antes dele olhar para o terceiro na árvore. Ele uivou.
Surpreso, Bob perdeu seu apoio na árvore e caiu mais ou menos três metros dos arbustos espessos. Shadow o seguiu, arrastou o homem gemendo pela sua bota e o desarmou. As armas e facas foram jogadas no rio. Bela assistia com fascinação extasiada enquanto Shadow ficou no centro dos três mercenários.
— Acharam que podiam tirá-la de mim? Lute comigo. Vocês são covardes por ir atrás de uma fêmea pequena. Deitem choramingando enquanto morrem. Eu. Não. Ligo. Atacarei de qualquer jeito.
Bela continuou muda apesar de estar tentada a advertir os humanos que lutar com um Espécie enfurecido seria estúpido. Shadow claramente queria bater neles e concordaram quando atacaram. Claro que os deixou sem escolha, sua ameaça para matá-los era tão alta quanto suas palavras rosnadas. Provavelmente pensaram que a desvantagem de três para um possibilitaria uma boa vantagem contra Shadow, mas ele certificou-se que pudessem apenas lutar com seus corpos. Abaixou a arma, com medo que acidentalmente disparasse e atingisse Shadow. 147

Seu olhar percorreu Shadow. Não estava sangrando muito. Seus braços e rosto tinham arranhões, mas nada sério que pudesse localizar de sua posição elevada. Ele moveu-se como se estivesse ileso, enquanto evitava um punho apontado para seu rosto e lançou o seu. Captou um leve barulho de algo esmagando antes de Bob gritar, tropeçando para trás enquanto sangue despejava de seu nariz e boca, aterrissando com força de bunda.
O pé de Shadow disparou quando o líder dos mercenários tentou vir até ele. O grito que saiu de Dillon foi horripilante quando o calcanhar atingiu na área de sua virilha. Bela estremeceu quando o mercenário ferido caiu, enrolado em uma bola. Shadow não estava lutando limpo, mas estava infligindo dor. Não mostrou nenhuma pena de seus oponentes. Eles tentaram matar dois Espécies e vieram para devolvê-la a uma existência infernal.
O terceiro homem hesitou antes de se jogar nas costas de Shadow. Ele deve ter sentido isto e evitou, curvou-se um pouco, e o sujeito aterrissou no chão. Ele abaixou em seu peito, com os joelhos primeiro, provavelmente quebrou suas costelas no processo. Os punhos esmurraram o humano enquanto o Espécie o pregava. Bela desviou o olhar, mas forçou sua atenção de volta. Ela não era fraca. Não mais.
Bob tentou rastejar para o rio, provavelmente tentando escapar. Shadow se levantou de seu oponente sangrando e pisou atrás da perna de Bob. Um grunhido rasgou de sua boca, enquanto o homem caído gritava em agonia, sofrendo com uma perna quebrada para combinar com seu nariz. Shadow abaixou, agarrou seu cabelo e disse algo que ela não conseguiu ouvir. Bob soluçava, implorando pela sua vida, mas Shadow apenas esmagou sua cabeça com força na Terra.
— Bela? — A cabeça de Shadow ergueu. — Você está machucada?
— Estou bem. Sua voz saiu trêmula.
— Desça aqui. Você pode fazer isso ou precisa que suba até você?
— Posso fazer isto. — Suas mãos tremiam lentamente enquanto empurrava a arma de volta em seu cós e começou a descer. Era mais difícil que subir. Poderia apenas parecer desse jeito por que o pânico cego não mais a agarrava, então fez isso mais lentamente.
Shadow ficou totalmente parado até que ela alcançou o galho mais baixo, e então ambos seus braços se ergueram. Curvou-se o suficiente para ele agarrar seus quadris. Apoiou seus braços em seus ombros e caiu nele. Tinha confiança absoluta que a pegaria e pegou.
Braços fortes a envolveram ao redor de sua cintura, abraçando-a bem apertado até que ficou difícil de respirar. Não reclamou sobre isso ou dele se recusar a colocá-la de pé. Sobreviveram e ele veio atrás dela. Estava certa que não terminaria tão bem.
— Olhe para mim, amor. — ele falou.
Ela colocou a cabeça para trás o suficiente para ver seu rosto. Os pequenos cortes deixaram uma bochecha sangrando, provavelmente do vidro voando dentro da cabana, quando foi despedaçada por balas. Sua testa não estava mais sangrando, mas sangue manchava seu couro cabeludo. Um braço largou sua cintura e sua mãozona suavemente tocou em sua bochecha.
— Ai! — Ele afastou a mão.
A ira estreitou seus olhos.
— Quem fez isto com você?
— Está tudo bem. Estou bem. — prometeu. Já bateram nela antes, muitas vezes. Não era nada sério. Entretanto, agora não era a hora de mencionar isto. Isto apenas incitaria Shadow a ser lembrado do passado de abuso que sofreu.
— Quem te bateu? Qual? Aponte para ele. — Sua voz saiu animalesca e assustadora.
— Atirei em sua coxa e fugi dele. 148

Ele estudou os homens no chão antes de soltá-la e empurrou sua cabeça na direção em que ela veio.
— Vá. Você não deve ver isto.
— Ver o que? — Estava hesitante em deixá-lo e agarrou seus braços.
Os músculos em sua mandíbula cerraram.
— Vá Bela.
Ele iria matá-los. Não era só uma ameaça inútil para assustá-los, quando queria que os mercenários lutassem com ele mano a mano. Estava seriamente irritado e queria mais que sangue.
— Você não tem que fazer isto. Prenda-os. Nós temos leis.
Ele chegou mais perto, olhando para ela.
— Vá. Seu nariz alargou. — Mais Espécies estão vindo. Você está segura. Apenas caminhe para longe de vista e espere por mim.
Ela balançou a cabeça.
— Você pode ter problemas se matá-los. Não faça isto por mim.
Ele deu uma inspiração profunda e tremula, possivelmente tentando conseguir controle de sua ira.
— Eles vieram roubar você. Uma mensagem tem de ser enviada e estou enviando-a. Ninguém sobrevive se se aproximar de você. Quero que isto jamais aconteça novamente. A pessoa que os pagou pode tentar contratar outros, mas a história se espalhará para os mercenários quando estes aqui desaparecerem. Eles saberão que morte os aguarda se aceitarem este trabalho. Agora vá.
Shadow estava disposto a morrer e matar por ela. Essa era a mensagem que estava lhe dando. Emoções fortes jorraram dentro de Bela, quase a inundando. Gratidão por até onde ele iria para mantê-la segura, apreciação pelos sacrifícios que estava disposto a fazer, porque não acreditava que ele poderia matar sem se importar, mas acima de tudo, ela sentia amor.
Estou apaixonada por ele, percebeu. Como isso aconteceu tão rapidamente não era realmente um mistério. Atração, confiança, as risadas, as discussões intensas que compartilharam, e finalmente a ligação física os uniu em um vinculo complicado. Também percebeu que tinha uma escolha a fazer.
— É isto o que você realmente sente que deve fazer, ou só está fazendo isto por mim?
— Ambos.
— Você dormirá melhor à noite sabendo que estão mortos, ou ficará acordado sendo assombrado por mais sangue em suas mãos?
Uma sobrancelha se curvou.
— Não quero que você os mate se vai sofrer por isto. Eles não valem à pena. Sei que Justice nunca permitirá que fiquem livres. — Ela lambeu os lábios, procurando pelas palavras certas. — Não quero que olhe para mim e lembre-se de morte. Não faça isso conosco.
Sua cabeça ergueu para olhar algo atrás dela. Seguiu seu olhar e mal suprimiu um suspiro. Dois Espécies enormes saíram da floresta, ambos só usavam tangas. Seus rostos eram típicos de residentes da Zona Selvagem. Não havia engano quanto aos traços mais animais que tinham, ou o olhar indomado em seus olhos notáveis.
— Os outros estão mortos. — um deles falou. Olhou fixamente para Bela com aberta curiosidade, depois moveu seu olhar para cima. — Estes são os únicos que sobraram com exceção do atirador no chão com Torrent.
— E o helicóptero? 149

Um homem grande vestindo uma bermuda saiu da floresta. Seus olhos de gatos eram surpreendentes, e também era seu nariz incomum, uma característica que deve ter herdado de leão ou outros genes de grandes felinos com que foi infundido. Ele acenou suas mãos para os outros dois, indicando que deviam voltar para as árvores espessas. Eles desapareceram sem uma palavra.
— Sou Leo. — Sorriu para Bela. — Estou contente que esteja salva. Seu foco fixou-se em Shadow. — Os oficiais arrastaram os dois humanos do veículo voador alto, e os colocaram no chão. Torrent me mandou atrás de você para ver se precisava de ajuda. Ele curvou-se, agarrando um dos mercenários pelo cabelo. — Vamos humano. Lute e te machucarei mais. — Ele rosnou baixo, uma advertência apavorante. — Os oficiais querem vocês. Agarrou o outro mercenário ainda enrolado em uma bola por ter sido atingido nas bolas. — Você também, chorão. Caminhe ou será arrastado.
Alívio percorreu Bela. Parecia que Shadow não teria que matar no final das contas. A decisão foi tirada de suas mãos, algo que estava agradecida. Já houve matança suficiente durante sua vida, em sua opinião, e não queria ser a razão para adicionar mais.
Uma emoção que se assemelhava a decepção mostrava-se através de suas feições bonitas antes dele suspirar.
— Caminhe na minha frente, mas fique à vista. Sinto o cheiro de muitos residentes por perto. Levarei este aqui e Justice pode decidir seu destino.
— Obrigada.
Ela assistiu silenciosamente enquanto Shadow agarrava o homem e o içava severamente. O humano gemeu de dor, mas estava vivo. Ele poderia se arrepender uma vez que enfrentasse suas leis. Novas Espécies não tinham nenhuma piedade com os inimigos. Caminhou, mantendo-se perto do Espécie alto.
Não havia nenhum medo quando notou algumas figuras solitárias na floresta. Eles eram residentes da Zona Selvagem que vieram para ajudar. Sorriu para alguns deles em agradecimento, mas eles mantiveram distância. Algumas de suas características eram chocantes, mais animal que humano. Seu coração doeu por eles. Seria difícil que se encaixassem em Homeland, e a razão para a Reserva ficou aparente.
O primeiro vislumbre da cabana fez os joelhos de Bela enfraquecer. O primeiro nível inteiro estava cheios de buracos de balas, todas as janelas quebradas, e buracos de vários tamanhos eram lembranças feias do ataque. Surpreendeu-a que a estrutura não tivesse desmoronado. A parte da cobertura tinha sido explodida, provavelmente por uma granada. Parou em seu caminho, nem mesmo ciente que fez isto ou do fato que mais de uma dúzia de Espécies estavam na varanda.
Breeze saiu pela quebrada porta da frente, sendo ajudada por um Espécie alto. Sua camisa e o lado de sua calça estavam encharcados de sangue, com uma mancha vermelha brilhante. Ela foi baleada ou apunhalada para causar esse ferimento.
— Oh não. — As lagrimas cegaram Bela.
— Estou bem. — Breeze firmemente jurou, ouvindo-a. — É só um arranhão.
O homem ajudando-a a caminhar rosnou em resposta.
— Isso implicaria que não tem um buraco passando por você. Cale a boca e permita que te leve para o Jipe.
— Não. Cale a boca você. — Breeze o esmurrou de lado onde estavam se tocando, com um de seus braços ao redor da sua cintura. Não era um golpe forte, estava mais para um murro brincalhão. Seu sorriso pareceu forçado, entretanto. — Não está mesmo ruim, Bela. Você parece que está prestes a desmaiar. Não desmaie. É só um arranhão. 150

Algo caiu fortemente no chão com um grunhido e Bela saltou, empurrando a cabeça naquela direção. Shadow descartou o mercenário que tinha levado e chegou mais perto, raiva ainda gravada em seu rosto. Ele a alcançou com passos largos e enxugou o sangue de suas mãos em sua calça de moletom antes de prender a atenção em seus quadris.
— Peguei você. Suba em mim e te carregarei.
Ela olhou ao redor para todos os homens Espécies silenciosamente os assistindo. Eles pareciam fascinados em ver o que fez. Shadow a ergueu sem qualquer advertência adicional, e ela apenas encostou-se contra seu tórax. Ele ajustou-se para segurá-la em seus braços, mas ela não protestou.
Não havia nenhum outro lugar que preferia estar. Seu queixo descansou no topo de sua cabeça.
— Você está segura. Vai ficar tudo bem.
Esperou que estivesse certo. Seu olhar moveu de volta para a cabana destruída e interiormente estremeceu. Umas férias. Teve um pressentimento ruim que isto acabou e seu tempo com Shadow poderia terminar também. Seus braços envolveram ao redor do seu pescoço, segurando-o firmemente. Não queria largar nunca.

2 comentários:

  1. Gostaria de morar la com eles ,mas e tanto sofrimento da nos nervos mas por um macho daquelas qualquer luta e valida ,haas amo todosss

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