quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Capítulo 17

CAPÍTULO DEZESSETE Í
Trisha estava triste quando observou Becca.
— Nós pensávamos que sabíamos qual é o problema.
— Sinto-me bem agora. Tenho me sentindo assim por dias. Estava apenas cansada, realmen-te estressada e perdi algumas refeições.
— Você não está bem. — Trisha olhou para o tapete e passou a mão sobre sua calça. — Você precisa de um cuidado especial porque a gravidez é muita pressão sobre seu corpo. Não fomos Laurann Dohner Brawn
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construídas para gravidezes aceleradas. Sei que você se recusa ter alguém aqui para cuidar de vo-cê, mas isso é o que você precisa. As outras mulheres grávidas, inclusive eu, estávamos todos os dias sendo cuidadas pelos nossos companheiros.
— Eu não tenho um e se você está aqui para tentar me convencer a falar com Brawn nova-mente, esqueça. Ele está apenas interessado em mim por causa do bebê. Mereço mais do que is-so. Não quero discutir com você de novo, mas é para onde está nos levando. Ele nem sequer me ligou, maldição. Agora sabe que estou grávida e de repente quer grudar a meu lado? — Zom-bou. — De jeito nenhum.
— Tudo bem, mas você precisa de alguém. — Trisha hesitou. — É como vai ser. Isso não está em debate.
— Estou bem. — Becca repetiu. — Eles me trazem refeições e nem sequer tenho que cozi-nhar. Na verdade estou entediada.
— Isso é outra coisa. Você deve pegar um pouco de sol. Você precisa de um guarda.
— Pensei que era seguro aqui.
— Há alguns Novas Espécies que não são muito amigáveis com os humanos e aqui é a Reser-va. Você sabia que alguns espécies têm mais traços agressivos de animais? É por isso que precisá-vamos deste lugar, para mantê-los aqui, onde há espaço aberto em abundância para viverem. Às vezes, se sentem mais sociáveis e aparecem no hotel procurando companhia de alguma fêmea disposta.
Brawn brilhou na mente de Becca e dor a cortou. Ele tinha encontrado uma mulher para transar. Trisha pareceu ler os pensamentos dela, ou talvez viu seu o olhar.
— Ele disse que era apenas um jantar e eles não estão atualmente em um relacionamen-to. Ele jura que não tocou ninguém desde você e não tem quaisquer planos para fazer isso.
— Não me importo. — Becca mentiu.
— Certo. A questão é que precisa de alguém para estar com você em tempo integral. E se vo-cê desmaiar ou algo assim? E se não conseguir chegar a um telefone?
— Você colocou alguém me vigiando do lado de fora da minha porta.
— Eles têm sentidos aguçados, mas não estão no mesmo espaço e as paredes são à prova de som até certo ponto. Este é um hotel e foi construído dessa forma para que as pessoas não pertur-bem aqueles que estão nos quartos. Achei que não iria concordar com Brawn então falei com Ti-ger. Ele vai se mudar para seu quarto de hospedes.
— Não. — A ideia a chocou. — Mal o conheço.
— Ele é um homem ótimo e não tem nenhum interesse em você. Ele é resistente a mulheres humanas então não se preocupe em ser cortejada. Sei que isso pode ser uma preocupação.
Ele a lembrava de Brawn, que também era contra as mulheres humanas e Espécies transan-do. Eles tinham isso em comum.
— Estou grávida. O homem não se interessaria por mim de qualquer maneira. — Acenou pa-ra sua barriga. — Simplesmente não quero viver com um estranho.
— É uma pena. É uma decisão que já foi tomada. Laurann Dohner Brawn
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— Não tenho direito a dizer nada? — O temperamento de Becca queimou. — Você não pode me fazer viver com um estranho. Eu com certeza não iria viver com um homem. Por que você não atribuiu uma mulher para tomar conta de mim ao invés disso?
— Existem poucas fêmeas na Reserva e elas já têm deveres. Não poderíamos usar uma delas agora e poderia levar uma semana até que uma esteja disponível para viajar de Homeland. Tiger não será um estranho quando você começar a conhecê-lo. Também podemos dispensar o guarda à sua porta se alguém estiver aqui com você. Tiger pode levá-la para fora. Não sente vontade de sair deste quarto?
Trisha olhou ao seu redor.
— Estou enlouquecendo.
Aquilo era tentador.
— Estou cansada de assistir filmes.
— Exatamente. Ele é divertido e tem um ótimo senso de humor. Ele vai te fazer companhia e vou até pedir alguns jogos de tabuleiro. Ele sabe jogar poker. Eu mesma o ensinei, mas você pode ensiná-lo outros. Você estará fazendo um favor a ele e ele pode ensinar aos outros.
— Ótimo. — Becca não escondeu seu sarcasmo. — Isso é o que eu sempre quis fazer. Vou ensiná-lo a jogar dama.
— Não seja assim. — Trisha olhou para ela e franziu a testa. — Eles morreriam para proteger você e seu bebê. Usariam seus corpos para protegê-la se algum lunático passar pela segurança e tentar atirar em você. Não pense que isso não aconteceu. Pergunte a Ellie. Fury levou duas balas destinadas a ela.
— Ele é seu companheiro.
— Você está carregando um bebê Espécie, o futuro deles, e os bebês são um milagre para eles. Cada uma de suas mulheres dariam qualquer coisa para estar no seu lugar. Isso representa os seus sonhos se tornando realidade e aspiram por uma vida normal. O que é mais especial do que ter uma família?
Becca se encheu de culpa.
— Sinto muito. Sou grata.
— Eu sei. Sinto muito também. Foi um dia difícil para mim.
— Está tudo bem? — Becca perguntou.
Trisha hesitou.
— Sim. Há apenas uma grande entrada de feridos recentemente lá no Centro Médico e estou cansada de tentar remendar os homens depois das sessões de treino.
— Não sabia que o treinamento era tão perigoso. Para que estão se preparando?
— Normalmente não é tão perigoso, mas um dos novos instrutores está obcecado em ensi-ná-los a lutar melhor e isso significa que estão acabando com eles uma vez que estão tentando deixa-los melhores.
— Talvez ele devesse ser demitido.
— Também achamos que sim e estamos trabalhando duro agora para fazer isso. — Becca não sabia o que dizer.
Trisha parou. Laurann Dohner Brawn
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— Tiger vai estar aqui depois do turno dele. Não o culpe se você ficar com raiva de ter um hóspede. Ele foi convidado a fazer isso e está sendo bom em concordar. Esta foi minha deci-são. Você devia ter alguém aqui cuidando de você.
— Sou adulta. Não preciso de uma babá.
— Eu sei, mas você está grávida e é estressante para o corpo. Isso vai aliviar o estresse. — Andou até a porta. — Espero. — Murmurou a última palavra, mas foi o suficiente para ouvir. — Vejo você mais tarde.
Becca esperou até que a porta se fechasse antes de se levantar e esfregou a parte inferior das costas. Sempre doía. Ganhando peso tão rápido fazia seu corpo doer todo o tempo. Se virou e caminhou até seu quarto. Um banho morno soava tranquilizante e tinha uma jacuzzi no banhei-ro. A água da hidromassagem sempre era boa.
— Uma babá. Ótimo. Talvez ele seja uma boa companhia. — Murmurou. A ideia de ter al-guém para conversar não soava tão ruim, quando considerou.
* * * * *
Brawn se levantou, espreguiçou-se e olhou para o macho na outra mesa. — Você está pronto para encerrar o dia?
— Sim. — Bestial rosnou. — Odeio falar ao telefone com os humanos, mas responder e-mails é pior. Por que aceitamos fazer parte do conselho dos grupos de instalação de testes mesmo? — Brawn sorriu.
— Para impressionar as nossas fêmeas e para termos casas particulares, em vez de nos alo-jarmos com muitos machos no dormitório? É o preço por ser um homem de alto nível em nossa sociedade.
— Ah. — Bestial riu. — É isso mesmo. As fêmeas foram à única razão. — O sorriso de Bestial desapareceu. — Como você está se segurando?
Brawn odiava o fato de Bestial saber tudo sobre Becca e se preocupava com ele. Nenhum se-gredo era mantido longe dos membros do conselho. Encolheu os ombros. — Ela não quer nada comigo. Reagi mal quando a vi e estraguei tudo. Não pediu para falar comigo e estou sob ordens de ficar longe. Você sabe disso.
— Como você vai lidar com essa coisa com o Tiger? — Brawn franziu o cenho.
— O que tem o Tiger? — Os olhos de Bestial se arregalaram.
— Não te disseram?
— Dizer o quê? — Seu intestino torceu. — Ele está passando algum tempo com ela? — Ciú-me bateu forte e rápido. Bestial suavemente xingou.
— Droga. Posso ver por que não te informaram sobre o que Trisha decidiu, mas ela é nossa médica. — Bestial recostou-se na cadeira e apontou. — Você vai querer sentar-se. — Brawn se abaixou em sua cadeira.
— O que está acontecendo? O que não me foi dito? Laurann Dohner Brawn
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— Trisha está preocupada com Becca não ter um companheiro para cuidar dela. Atribuiu al-guém para viver com ela e estar com ela o tempo todo. Flame admitiu que sentiu-se atraído pela mulher então ele foi desclassificado. Tiger foi escolhido porque se dá bem com os humanos. — Raiva queimou quente através de Brawn.
— O quê? — Levantou-se.
— Sente-se se quiser ouvir o resto.
Brawn sentou-se forte, sua cadeira rangeu e não ajudou quando suas mãos seguraram os braços dela com força suficiente para quebrá-las.— Flame está interessado na minha mulher? — Iria dar uma surra nele. Iria fazê-lo sofrer. Iria...
— Tiger que vai viver com sua mulher e cuidar dela. Vai levá-la para passear, se certificar que ela coma e durma. Slade disse que sua mulher sempre teve dores musculares, então disseram a Tiger para esfregar seus ombros, sua parte inferior das costas e as pernas se tiver inchaço no tor-nozelo.
Um rosnado saiu de Brawn com o pensamento de outro macho colocando as mãos em Bec-ca. Iria arrancar as mãos de Tiger. Iria...
— Ele não estava feliz por ter sido escolhido, mas concordou por causa do bebê e porque sa-bia que a mulher não teria medo dele desde que a checasse muitas vezes.
Brawn viu vermelho a sua frente ou veria, decidiu, quando fizesse Tiger sangrar.
— O quê? Ele a visita? Ela permite suas visitas? Quantas vezes? — Bestial avaliou Brawn.
— Muitas vezes. Ela está sozinha e isso preocupa a todos. Deveriam ter te dito que um ma-cho foi atribuído para sua fêmea, mas talvez não quisessem assustá-lo. Acredito que é errado es-conder isso de você, mas agora você sabe.
As palavras fizeram Brawn estreitar seus olhos.
— Você admite que planejavam esconder isso de mim? Propositalmente você me contou agora, mas agiu como se eu já soubesse. Que tipo de situação você está tentando criar?
— Você me pegou. — Bestial sorriu. — Não concordei com a votação e gostaria de saber an-tes se outro macho fosse morar com a minha mulher. Ela é atraente, solitária e vulnerável. Tiger é bom com os humanos, os conhece melhor do que nós e não seria a primeira vez que um homem que jurou nunca se interessar por fêmeas humanas acabar se acasalando com uma. Ele vai colocar as mãos nela. Você consegue imaginar isso? Outro homem tocando a mulher na qual você plantou sua semente.
Brawn disparou ficando em pé.
— Isso não vai acontecer.
— Não achei que iria permitir isso. Sou seu amigo e não quero que a perca para outro ho-mem, mesmo que seja para um homem bom.
— Sou melhor e ela é minha. — As mãos de Brawn se fecharam em punho. — Ligue para Ti-ger e diga que se ele a tocou é melhor correr rápido e para longe. Muito longe. — Saiu pela porta, mas ouviu Bestial rir.
— Vá buscá-la. Mostre-lhe a quem ela pertence. Estou contente por nunca me envolver com uma humana. Elas simplesmente não fazem sentido. Deveria ter escolhido você para cuidar dela em vez de outro macho. Laurann Dohner Brawn
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— Cale a boca. — Rosnou, abrindo a porta.
— Talvez você precise de instruções sobre sexo? Já faz muito tempo que você se esqueceu como agradar uma mulher?
Brawn rugiu, furioso com seu amigo, mesmo em sugerir tal coisa e saiu correndo. O hotel não era muito longe e queria chegar a Becca rápido. Se Tiger já se mudou, iria jogar o macho e seus pertences pela janela. Gostava de Tiger mas o macho morreria antes de deixá-lo tomar sua fêmea ou tentar reivindicar o que era dele.
Já tinha ido um tempo quando Bestial procurou pelo telefone e discou. — Ele está a caminho, indo rápido e espero que isso funcione, Trisha. Ele está furioso.
* * * * *
Becca estava nervosa quando se sentou no sofá à espera de Tiger chegar. Não tinha um horá-rio específico e a experiência passada com um Espécie se mudando para seu quarto de hospedes foi um desastre, considerando que foi sequestrada.
Considerou o acordo. Quão ruim poderia ser? Claro, seria constrangedor viver com um estra-nho. Talvez esquisito. Seu bebê chutou, esfregou a barriga e soube que poderia se sentir melhor tendo alguém por perto. A ideia de desmaiar ou precisar de ajuda a assustava. Com alguém em seu espaço, estaria perto o suficiente para saber se estava em apuros.
Uma batida a assustou. Se encheu de pavor enquanto se aproximava da porta. Faria o melhor possível, independente de se darem bem ou não. Estava meio tentada a ir se esconder em seu quarto e não atender a porta. Tiger estava disposto a fazer isso e sabia que provavelmente tam-bém não estava feliz com a situação. Forçou a ficar de pé para ir até a porta e abriu-a.
Brawn estava ali ao invés de Tiger parecendo realmente irritado. Estava sem fôlego e o suor fazia sua pele bronzeada brilhar um pouco. Seu nariz queimava antes de estender a mão para ela. Engasgou quando as mãos dele agarraram seus braços e seus pés deixaram o chão. Deu gran-des passos para a sala e chutou a porta se fechando atrás dele. Continuou em movimento até atin-gir o sofá, onde se inclinou e gentilmente depositou-a.
— Saia daqui. — Becca engasgou. — Você...
— Cale a boca. — Rosnou. — Você permitiu Tiger viver com você, mas não eu? — Rosnou fe-rozmente. — Você precisa de um homem para cuidar de você? E esse serei eu! — Olhou para ele.
— Não pedi um companheiro de quarto, mas me disseram que tinha que ter um. Saia, Brawn.
Um de seus braços envolveu sua cintura e o outro a agarrou por trás de seus cabelos. Virou seus quadris e empurrou entre as coxas dela. A puxou para a beirada do sofá, caiu de joelhos e colocou seus quadris entre suas coxas cobertas de algodão. Seus olhos se estreitaram na bo-ca. Rosnou do fundo de sua garganta.
— Abra sua boca para mim.
— Vá para o inferno. Laurann Dohner Brawn
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Seu olhar intenso se segurou no dela. — Já morei no inferno e estou experimentando um agora. Vou matá-lo se você permitir que o macho viva com você. Você carrega o meu filho. Se pre-cisa de algo de um homem você vai buscar em mim. Agora abra.
— Você está com raiva e por que quer minha boca aberta? Você está levando ES sa coisa de ser babá longe demais.
— Estou furioso. — Rosnou. — Deveria ter sido convidado a cuidar de você em vez de Ti-ger. Ele não é o pai. Ele não montou em você e procriou com você. Fui eu. Você não gosta de mim agora e entendo isso. Isto não é sobre você ou eu. Trata-se de nosso filho. Você precisa de cuida-dos constantes e vou ser o único a cuidar de você. Abra a boca.
— Você é um babaca e qual é a sua obsessão com a minha boca? — Empurrou o peito, mas ele a segurou contra seu corpo, não se moveu pois não era forte o suficiente para forçá-lo a soltá-la. Seus olhos felinos brilhavam perigosamente.
— Abra sua boca.
— Por quê?
— Você quer que eu te solte?
— Sim.
— Abra sua boca.
Becca fechou os olhos e ficou tensa, não sabendo o que diabos ele planejava fazer. Abriu a boca e teve um flashback com a sensação de sentar em uma cadeira de dentista, prestes a fazer um exame. Esperava em suspense para ver o que Brawn faria. O morderia se a machucasse de alguma forma.
Ele a apertou mais até que seu peito achatou os seios e o estômago dela. Becca sentiu sua respiração em seu rosto e seus lábios cobriram os dela. Sua língua bateu com força no lábio inferior antes de invadir sua boca.
Não deveria estar surpresa. Lutou, mas ele a abraçou, cercando seu corpo e a mãe dele volta do cabelo dela manteve a cabeça dela no lugar. Sua língua manipulou a dela e seu corpo traidor respondeu quando lembranças dele a beijando passaram pela sua mente quando estavam den-tro da gaiola.
Relaxou quando a paixão assumiu e agarrou a camisa dele, beijando-o de volta. Um ronronar soou e Brawn largou seu cabelo para descer com a mão pelas costas. Os braços dela enrolaram ao redor de seu pescoço enquanto suas mãos se cravaram entre ela e as almofadas do sofá. Colocou a mão em seu traseiro e ergueu o corpo.
Sentou-se sobre seus calcanhares e colocou-a sobre seu colo. Ela montou nele e até mesmo através das camadas de roupa não deixou de perceber a sensação de seu pênis rígido pressionando enquanto balançava os quadris contra ela, esfregando seu clitóris. Gemeu de imediato, excitada e o beijou freneticamente.
Empurrou seus quadris contra o dele quando suas fortes mãos amassaram seu traseiro e fa-cilmente moveu o corpo contra o dele em um movimento erótico que imitava sexo. As unhas re-mexeram a camisa dele e queria senti-lo dentro dela novamente. A necessidade desesperada de estar pele com pele tornou-se quase tão insuportável quanto querê-lo dentro dela. Laurann Dohner Brawn
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Os rosnados e ronronar fazia algo a seu corpo, a excitou mais do que podia se lembrar, e agarrou sua camisa, tentou rasgá-la para chegar a sua pele. Brawn parecia entender quando sepa-rou sua boca para longe e olharam um para o outro, ofegante.
— Ninguém toca em você, somente eu. — Resmungou em voz baixa. — Ninguém.
Becca olhou em seus olhos, absorveu o que ele disse e procurou por palavras. Nem sabia como reagir. De repente, ele largou seu traseiro e tirou camisa, arqueou as costas para fazer isso e Becca olhou para seu peito nu, seu torso musculoso. Poderia ficar olhando por um tempo, mas ele jogou a camisa para longe e segurou seu rosto com as duas mãos para tomar posse de sua boca novamente.
Becca gemeu quando ele a beijou com uma necessidade nascida do desespero. Conheceu a paixão. Muito tempo se passou com o desejo de estar em seus braços, seus hormônios estavam fora de controle e sua conduta sexual irregular. Os braços estavam em volta de seu pescoço, as mãos freneticamente exploravam sua pele quente e as unhas arranhavam mais abaixo de suas cos-tas para instigá-lo mais. Achatou seus seios contra o muro do seu peito, sua inchada barriga se en-costou contra ele também, mas arqueou um pouco para dar espaço para ela sem esmagar o be-bê. Ela mal notou, mas estava feliz por um deles ter se lembrado de ter cuidado.
Ele mostrou sua força poderosa ao se levantar do chão e ela se agarrou firmemente quando ele ficou de pé. Não se importava onde ia. Existia apenas a sua boca e a necessidade dele continuar beijando-a. Mudou sua posição, agarrou suas coxas e levantou-as o suficiente para ela facilmente colocar as pernas ao redor de seus quadris.
Afastou sua boca da dela, fazendo com que Becca fizesse um pequeno som de protesto quando parou de se mover. Ela abriu os olhos, olhou profundamente em seus olhos incríveis e ron-ronou suavemente.
— Espere.
Não conseguia envolver suas pernas ao redor dele por mais que tentasse. Seus braços esta-vam em volta do pescoço, as pernas ao redor de seus quadris, mas então ele se inclinou e a gravi-dade quase a arrancou da frente dele quando seu peso tencionou os músculos de seus mem-bros. Um colchão macio estava em suas costas e sabia que a tinha levado para a cama.
— Solte-me.
Hesitou, mas soltou. Sentia a falta de segurá-lo no segundo que ficou livre. Recuou, tirou os sapatos e as duas mãos abaixaram seu jeans. O barulho do zíper foi alto no quarto e Becca sabia que iria transar com ela. Seu coração batia forte de emoção e mordeu o lábio.
Poderia recusar, mas não queria. Brawn era o homem mais sexy que já tinha visto em sua vi-da. As lembranças dele transando com ela a assombrava quase todas as noites e ele estrelava cada fantasia que tinha. Maldição, tinha até se masturbado fingindo que era ele a tocando em vez de seus próprios dedos.
Sentia-se grande e desajeitada com o seu corpo de grávida, mas empurrou as inseguranças para longe. Ele tinha ajudado seu corpo entrar em seu estado atual, era metade responsável e se tivesse de ver as estrias no espelho, ele poderia sofrer em vê-las também. Ela doía, querendo ser tocada e satisfeita. Brawn parecia mais do que disposto a atender ambas as necessidades. Laurann Dohner Brawn
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— Serei cuidadoso. — Disse, empurrando a calça para baixo. Não estava usando cueca. — Não vou machucá-lo.
— Não comece com essa merda. — Alertou. — Pare de falar e me ajude antes que eu recu-pere a minha sanidade e perceba o grande erro.
Raiva brilhou nos olhos dele, mas não se importou se ele não gostou de ouvir a verdade. Se contorceu, tentou escapar de sua blusa, mas sabia que teria que se sentar para tirá-la. Brawn tinha outras ideias quando se inclinou para frente e apenas agarrou a blusa. Rasgou-a e afastou as tiras de seus braços facilmente.
Não gostava da camisa de qualquer maneira. Apoiou os pés descalços sobre o colchão e se levantou. Brawn enfiou os dedos na cintura do elástico da calça e a retirou. Tirou a calcinha junto, as removeu até o fim e as deixou cair no chão. Seu olhar a percorreu enquanto tirava o sutiã e o jogou de lado.
Corou um pouco, sabendo que não parecia tão sexy como costumava. Será que ele achou que as marcas vermelhas onde sua barriga havia crescido eram feias? Estavam fracas, mas percep-tíveis. Sua barriga estava arredondada agora. Estava no meio da gravidez e realmente esperava que tivesse raspado direito lá também. Não podia mais ver a sua vagina, mas se depilou. Brawn ronronou novamente.
— Você é linda, inchada com minha semente.
Isso fez as sobrancelhas dela subirem um pouco. Sua boca se abriu, mas fechou. Não iria atrapalhar essa. Preferia que a tocasse.
— Brawn? Você vai olhar para mim por muito mais tempo?
Seu olhar levantou e ele caiu de joelhos. Suas mãos agarraram suas pernas, puxou-a para baixo e abriu as coxas dela. Fechou as pernas ao redor da cintura dele e tentou puxá-lo para perto, o queria tanto dentro dela, doía por isso.
Soltou-a e uma palma achatou sobre a curva inferior da barriga. Frustração a golpeou. Agora não é hora de explorar a forma da minha barriga. Embora não o fez, quando seu polegar abaixou, roçou o clitóris, e gemeu.
— Sim.
Ele a massageava e ela engasgou quando os dedos da outra mão testaram a fenda de sua vagina, brincava na umidade e polegar grosso lentamente a penetrou. O torcia quando lentamente a fodia com o dedo. Seus quadris remexeram quando tentou pressioná-lo a ir mais fundo e as per-nas apertaram seus quadris.
— Brawn. — Ofegou.
— Diga que você é minha. — Respondeu asperamente.
Seus olhos encontraram os dele e mordeu o lábio. Por mais que quisesse que ele a fizesse go-zar, não iria ceder facilmente. As mãos dela deslizaram por seu corpo e tentou colocar as mãos dele de lado. Ela mesma a faria gozar se quisesse jogar esse jogo.
Rosnou para ela, retirou seu dedo de sua vagina e agarrou seu pulso. Puxou-o e segurou-a perto o suficiente para que pudesse esfregar seu baixo ventre. Olhou para baixo, ajustando seus quadris enquanto seu polegar ainda massageava o clitóris, a deixando mais perto do clímax. A ca-beça grossa de seu pau cutucou sua vagina. Encontrou seu olhar enquanto empurrou para frente. Laurann Dohner Brawn
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— Você é minha. — Rosnou as palavras. A cor dos olhos pareceu escurecer. — Minha, Bec-ca. Nunca se esqueça disso.
O seu pau entrou profundamente em sua profundeza apertada. Pegou o ritmo, o mantendo constante com o polegar fazendo círculos sobre o feixe de nervos. Becca jogou a cabeça para trás e largou seu pulso para agarrar seu traseiro quando ele entrou mais forte. Seus dedos se cravaram na colcha quando as costas começaram a deslizar. Ele ajustou seus quadris, levando-a para um ângulo novo e descobriu o local que fazia Becca suspirar e chamar seu nome em voz alta.
— Minha. — Rosnou. Seu pau entrava e saía dela, esfregando-a. — Diga.
Becca balançou a cabeça. Ela não era dele. Não lhe daria a satisfação. Rosnou e parou. Seus quadris e polegar se acalmaram, deixando-a pendurada à beira do céu e do inferno. O clitóris pul-sava, sua vagina doía e apenas doía, tão perto de gozar.
— Brawn. — Ofegou. — Não pare.
— Você é minha. — Rosnou. — Minha, Becca. Quero que você saiba quem está te fodendo e fazendo você se sentir bem. — Impulsionou dentro dela e seu polegar pressionou em seu clitóris.
Becca jogou a cabeça para trás quando Brawn abriu caminho mais profundo dentro dela. Não doeu. Foi a melhor sensação do mundo. Estava tão duro, a preenchia até que não tinha certeza se poderia aguentar mais, mas retirou-se, apenas para entrar novamente. Becca agarrou a colcha e se debateu embaixo dele em êxtase, movendo seus quadris contra Brawn.
— Tão linda. — Rosnou. Impulsionou nela mais rápido.
Becca choramingou e gemeu quando seus músculos tencionaram em antecipação. Gritou enquanto sentia um prazer intenso a percorrer. Foi tão forte que não conseguiu impedir seu nome de escapulir.
Brawn rugiu. O som se espalhou pelo quarto e a penetrou em um impulso final e profun-do. Encheu-a com seu sêmen quente, seus quadris tremeram contra seu traseiro para se derramar dentro de sua vagina tão profundamente quanto possível. Ficou mole. Estava respirando com difi-culdade.
As mãos de Brawn deslizaram sob suas costas e a puxou para cima. Ainda estava enterrado dentro dela. Abriu os olhos quando foi obrigada a sentar-se na beira da cama.
— Beije-me. — Brawn exigiu.
Becca passou a língua sobre seu lábio inferior. Brawn gemeu enquanto observava antes de sua boca se inclinar sobre a dela. Abriu-se para ele, saudou o beijo carinhoso e se agarrou a ele quando a abraçou com força contra seu corpo com ambos os braços. Finalmente terminou o beijo levantando sua cabeça. Seus olhares se encontraram e um estudou o outro. Brawn falou primeiro.
— Eu sou seu homem. — Resmungou em voz baixa. — Ninguém mais se importa com você, do que eu. Vou derrotar qualquer macho que tentar. Você não pode querer que eu a reivindique como minha e você pode se recusar ser minha companheira, mas não vai recusar isso, Bec-ca. Estarei aqui para você em todos os momentos. Serei apenas eu dentro de você. Apenas eu to-carei em você. Somente meus lábios te beijarão.
— Brawn .— Disse ela suavemente. — Você sabe que nós...
— Agora não. Não discuta comigo depois do que compartilhamos. Laurann Dohner Brawn
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A boca se fechou, concordando que seria um mau momento para brigar enquanto ainda es-tava se sentindo toda quente e satisfeita.
Lentamente saiu de seu corpo, um olhar de arrependimento claramente em sua expressão e ajudou Becca a se levantar. Não resistiu quando puxou de volta o cobertor, deitou-a e a cobriu. Seu traseiro descansava na borda da cama enquanto estava ali sentado olhando para ela. Uma de suas mãos esfregou sua barriga sobre o lençol.
— Durma. — Ordenou em voz baixa. Balançou a cabeça. — Descanse. Cochilos são bons para as mulheres grávidas. Tenho algo para resolver, mas vou estar de volta em poucas horas.
Queria saber o que iria fazer e por que pensou que poderia ordenar que ela fosse para a ca-ma, mas de repente ele se inclinou para dar um beijo sobre a testa.
— Deixe-me cuidar de você, linda. Eu preciso. Vou voltar e trazer-lhe mais comida. Senti o cheiro quando entrei então sei se comeu recentemente. Feche os olhos e descanse.
Becca fechou os olhos até seu peso se levantar da cama e o ouviu se vestir. Espiou através das aberturas dos cílios quando Brawn fechou o zíper da calça jeans. Caminhou lentamente para fora do quarto. Momentos depois, ouviu a porta se fechar atrás dele. Becca sentiu as lágrimas en-cherem os olhos, mas as limpou.
Que diabos estou fazendo? Não tinha resposta.
Brawn abriu a porta para o corredor, estudou os três oficiais Espécies em frente a seu ami-go. Fechou a porta atrás de si e estudou a situação. Bestial estava de costas para a suíte de Becca, braços no peito, uma expressão ameaçadora em seu rosto, bloqueando a entrada dos três polici-ais. Brawn arqueou as sobrancelhas quando Bestial piscou para ele.
— Queriam correr até lá quando souberam que você e a fêmea estavam fazendo as pazes. Fiz com que isso não acontecesse. Você a reivindicou? — Brawn suspirou.
— Ela aceitou meu corpo, mas não concordou em ser minha companheira ainda. — Bestial balançou a cabeça.
— Estranhas essas fêmeas humanas. Bem, esse é um primeiro passo. Você só precisa con-vencê-la. Parecia que estava indo bem.
Brawn sorriu.
— Não preciso de instruções.
Bestial sorriu de volta.
— Bom saber.
— Vou para minha casa fazer uma mala. Vou morar com ela. — Brawn riu. — Logo vai entrar em choque e vai ficar muito chateada, mas ela é bonita quando está com raiva.
— Você é teimoso. — Bestial deixou cair às mãos para os lados. — Você vai ganhar.
— Espero que sim. Caso contrário, talvez meu filho possa convencê-la a ser minha compa-nheira quando tiver idade suficiente para compreender. — Rindo, Bestial enxotou os oficiais.
— Viram? As coisas estão bem. Vão embora. — Olhou para Brawn. — Estou certo de que ha-verá muitos filhos entre vocês dois.
Brawn respirou fundo.
— Posso apenas esperar. Laurann Dohner Brawn
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10 comentários:

  1. Becca chatissima. Eles só precisam conversar mais parecem dois adolescentes 🙄🙄🙄🙄

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    1. Concordo. Essa becca é muito chata

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    2. Vim defender ela, tadinha, imagina você tá grávida de um cara que prometeu voltar e não voltou, não te explicaram os motivos disso ainda e de bônus, você vê uma mulher falando sobre fazer sexo com ele... Ele te trata como se fosse quebrar e vc ainda é complexada por causa do seu antigo casamento infeliz!!!

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    3. O problema ñ é a beca! e sim mulheres q perdoam rapido d+!

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  2. Respostas
    1. Garota chata?? Mano, ela ficou esperando um cara q disse q ia volta e não voltou, tava sozinha quando descobriu q tava grávida, teve q esconde do pai e de outras pessoas,teve q ver um lugar pra se esconde e fica segura, ficou com medo de tudo e ainda é chamada de chata só pq não perdou o cara rápido??? Eu tbm não confiaria tão rápido assim, ela passou por muita coisa.

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    2. Acho que vc não leu certo,mentiram pros dois,distorceram as situações, ele acreditou que ela não queria vê-lo e Ela acreditou que ele não queria vê-la tudo por causa do pai que se mete onde não chamado

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    3. Sim os dois não tem culpa, foram vítimas nessa história! Mas eu acho q teve certas situações onde becca poderia ter aliviado a situação. Era só senta e conversa.

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  3. E porque ela em específico tenha que aliviar e nao ele, pq tudo que ela pediu foi espaço que é uma coisa normal quando voce esta machucada com algo e ele nao "aliviou" pra ela, pq ela teria qie aliviar pra ele? Sendo que PARA ELA, ele que abandonou... do mesmo jeito que ela tinha que aliviar ele tbm tinha, e vimos que ele nao fez isso nunca, fora as vezes que ele foi rude com ela, então sinceramente nos sabemos o lado dele e "passamos pano" mas tenta se por no lugar dela, como mulher e mãe (sozinha dependendo dela e dela) se ela. ao tem TODO o direito de ficar na defensiva e nao aliviar a situação

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