quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Capítulo 14

Capítulo Quatorze 
Creek levantou a cabeça.
— Alguém se aproxima. Ouço um Jipe.
Bela a seguiu da cozinha até a porta da frente. Os dois membros do conselho permaneciam do lado de fora onde Creek juntou-se a eles. Bela hesitou, olhando ao redor primeiro para ter certeza que nenhum humano membro da força tarefa estava presente também. Um Jipe estacionou e alívio varreu por ela quando Shadow saiu do banco do passageiro.
O Espécie de cabelo escuro com olhos verdes claro se aproximou de Shadow, quando o outro hesitou.
— Como você está?
— Bem. — O olhar de Shadow buscou Bela antes de olhar para o Espécie. — Você pode ir.
Tentou desviar, mas o macho bloqueou seu caminho.
— Não tão rápido.
— O que está errado? — Creek caminhou pelos degraus da varanda para deter-se ao lado dele.
— O macho teve de receber as drogas curativas. Os sintomas o deixarão irritado, agressivo, e instável. Shadow, deve retornar de manhã uma vez que volte a si.
— Estou bem. — Shadow contornou Jaded, seu foco bloqueado em Bela novamente. — Nunca a machucaria. 117

Jaded saltou de volta em seu caminho novamente.
— Repense. Posso fazer disto uma ordem direta.
— Não. — o outro macho falou com sua voz profunda. — Ele não prejudicará a Presente. Eles estão vinculados. Esta hora é importante.
— Droga, Bestial. — Jaded virou a cabeça. — Fique fora disto.
— Eles tiveram interferências suficientes. É por disso que isso tudo aconteceu. Ninguém devia ter chegado perto deles. Permita-lhe passar e vamos.
— Não temos nenhuma ideia de como ele reagirá às substâncias químicas bombeando pelo seu organismo agora, acelerando o processo curativo.
O outro Espécie sorriu.
— Eu tenho. Esse é Shadow, anteriormente da força tarefa humana. Realmente leio os relatórios que passam pela minha mesa, em vez de ir para todos aqueles eventos de caridade que você frequenta. Ele já as recebeu pelo menos duas dúzias de vezes, sem efeitos colaterais, e nunca atacou qualquer um dos humanos na equipe. Estou certo de que o irritaram bastante. Ela estará segura e precisamos deixá-los sozinho.
Jaded xingou baixinho.
— Certo. — Olhou fixamente para Shadow. — Ligue se precisar de qualquer coisa. Vamos pôr esta área em total confinamento para que ninguém venha para cá novamente.
— Breeze está a caminho. — Creek os lembrou. — Vai dizer a ela que está proibida de checar sua Fêmea Presente? Certamente eu não vou. Essa é uma ordem que recusarei se tentar empurrá-la para mim.
— Porcaria que vou. — Jade rosnou. — Ela arrancaria minhas bolas.
— Concordei em permitir que Torrent me ensine a nadar.
Bela ficou surpresa com a admissão de Shadow. Pareceu não estar sozinha quando o outro Espécie mostrou surpresa também. Shadow encolheu os ombros.
— A intenção do macho era boa. Preciso aprender a nadar e ele se ofereceu para me ensinar. E se Bela cair no rio? É meu dever protegê-la contra qualquer perigo. Nós dois nos afogaríamos.
— Certo. — Bestial assentiu. — O que aprendeu com aqueles humanos?
— Enganos acontecem, mas você lida com eles e os supera.
Shadow se aproximou de Bela. O curativo em sua testa era pequeno, porem caminhava com pernas firmes. Parecia mais saudável e não tão pálido. Estava agradecida dele parecer estar se recuperando de seus ferimentos, e por ter retornado bem depressa. Ele veio para a varanda e parou para olhar para ela.
— Como você está?
— Estou bem.
Suas sobrancelhas ergueram.
— Sério?
— Estava assustada. — sussurrou incapaz de ver os outros com o corpo dele em seu caminho. — Como está sua cabeça?
— Não está quebrada. — Ele sorriu.
— Vamos deixá-los sozinhos. — Bestiais anunciou. — Você tem um evento de caridade para ir, não é Jaded? Não queremos que se atrase.
— Cale a boca. Pela milésima vez, não gosto desses eventos. Eles são um saco.
— Não vejo você recusando nenhum desses convites. 118

— São por uma boa causa, e nossa equipe de publicidade disse que melhoram nossa imagem.
— Você quer dizer sua imagem. Fale a verdade.
— Meninos! — Creek riu. — Sem briga. Pare de provocá-lo, Bestial. Não queremos que ele apareça com qualquer contusão se começarem a trocar socos. Eles sempre querem que Jaded esteja nas fotos. Ele não pode evitar ser tão bonito.
O macho rosnou.
— Vão se foder.
— Você não é meu tipo. — Bestial provocou.
— Seria muito errado foder meu chefe. — Creek riu novamente. Eles partiram e Bela escutou o som dos motores enfraquecerem. Shadow esperou até que apenas o canto dos pássaros por perto pudessem ser ouvidos. Respirou fundo e estendeu-se lentamente para segurar seu rosto com uma das mãos.
— Você está realmente bem? Odiei deixar você.
— Eu sei. — Acreditava nele. — Os médicos te liberaram ou ainda devia estar lá? — Não a surpreenderia se tivesse se recusado a ficar no Centro Médico ainda que lhe pedissem.
— Eles disseram que eu podia ir.
— Certo.
Ele a soltou e ela voltou para dentro da cabana. Seu olhar deixou o dela para se mover ao redor da sala. Sua boca apertou em uma linha horrenda, antes de olhar de volta para ela.
— Você limpou a mesa destruída.
— Creek me ajudou. Sabia que você faria isto, mas não queria que fosse lembrado do que aconteceu.
— Isso sempre vai estar comigo. Devia tê-lo escutado se aproximar.
— Nós estávamos distraídos. — Um calor subiu por seu rosto, de lembrar o que eles tinham feito e que Torrent os viu fazendo sexo. Ela limpou a garganta. — Estou fazendo comida para nós. Vá tomar banho enquanto acabo. São apenas sanduíches. Não estava certa de quando retornaria, mas queria me manter ocupada.
Ele hesitou, fechou a porta em suas costas e trancou.
— Posso te abraçar primeiro?
Ela assentiu, andando até ele. No segundo que seus braços cercaram sua cintura, e ele a trouxe contra sua longa estrutura, ela o aspirou. O fedor de anticéptico era forte, mas envolveu seus braços ao redor da cintura dele abraçando-o firmemente. Não importou que cheirasse mal, apenas que estava de volta.
— Sinto tanto. — ele declarou rispidamente. — Não acontecerá novamente.
— Não faça isto.
Ele ficou tenso.
— Isso não foi sua culpa. Pare de culpar a si mesmo. Estamos ambos bem. Foi uma lição aprendida. Nunca pensamos que alguém entraria na cabana.
Ele descansou seu queixo em cima de sua cabeça.
— Estou orgulhoso de você.
Era sua vez de ficar tensa.
— Por quê?
— Você o mordeu. — Ele riu. — Lutou com um macho. Não esquecerei isto. Enfrentou seus medos tentando me defender. 119

A preocupação dissolveu-se em sensações mornas, enquanto relaxava em seu abraço novamente.
— Creek pensou que seu orgulho ficaria ferido, e me advertiu que talvez pudesse estar bravo. Essa não era minha intenção. Apenas queria te proteger quando estava inconsciente.
— Meu orgulho está ferido por permitir que alguém nos espiasse. Estava preocupado que se arrependesse de estar aqui comigo. Provavelmente não sou o macho certo para você.
Isto era um progresso. Ele disse, sem ter muita certeza disso.
— Você é perfeito. — jurou.
Ele a abraçou um pouco mais apertado.
— Vou tomar banho. Estou cheirando a Centro Médico.
Uma pequena risada escapou.
— Eu não estou reclamando.
Shadow a aninhou novamente.
— Vou me apressar, então conversaremos.
— Certo. — Seu aperto sobre ele afrouxou, mas não queria deixá-lo ir. — Precisa comer algo.
— Preciso. — Olharam fixamente um para o outro, enquanto recuavam e quebravam o contato físico. — A comida ajudará meu corpo a processar as drogas que me deram.
— Você está realmente bem?
Ele assentiu.
— Curarei rápido. Ajustei-me aos efeitos colaterais. Você não está em perigo comigo.
— Eu sei disto. Confio em você. — Confiava, completamente.
— Viver com a equipe da força tarefa não foi fácil, mas estou contente pela experiência.
Bela o assistiu correr pelos degraus e desaparecer na direção de seu quarto. Estava tentada a segui-lo. Adoraria vê-lo tirar a roupa e tomar banho. Ao invés disso, entrou na cozinha para terminar de preparar o almoço. Deu-lhe uma sensação de realização preparar comida para seu Shadow.
Ela congelou. Meu Shadow? Bela fechou os olhos enquanto seu coração tropeçava dentro do peito. Ele não era realmente dela, com certeza não ainda. Fizeram sexo, mas isso não significava que eram um casal de verdade. Dormir em seus braços não significava que ele a quereria lá todas as noites, pelo resto de suas vidas. Doía pensar que este dia pudesse chegar, quando não fosse bem-vinda lá.
* * * * *
Shadow apressou o banho tomando cuidado com o curativo na cabeça. Não queria molhar os pontos. Isso significaria outra viagem para o Centro Médico, ou adquirir uma cicatriz feia. Normalmente isso não importaria para ele, mas agora sua aparência importava. Queria ser atraente para Bela.
Esticou-se até correr os dedos pelo cabelo para tirar o sabão. Estava acostumado ao corte militar que teve que manter enquanto trabalhava na força tarefa. Ajudou-o a se encaixar com a equipe. O cabelo começou a crescer desde que retornou a Homeland com Wrath, mas não muito.
Aborrecia Bela não ter o cabelo longo que a maioria dos machos Espécies tinha? Insegurança era uma nova emoção que não apreciou. Fechou a água e agarrou uma toalha. Secou-se depressa, sabendo que ela o esperava. 120

Ambos foram machucados por humanos. Ele e Bela tinham esse laço em comum, mas seria o suficiente para superar as diferenças? Ela era suave, tímida. Ele não era. Ela foi abrigada depois de sua soltura, enquanto ele enfrentou de cara os humanos como um membro da força tarefa, depois de receber sua liberdade. Ela se escondeu enquanto ele estava sendo tratado. E se quisesse voltar para a sede e trabalhar para Tim Oberto novamente? Bela teria que lidar com os machos humanos diariamente.
A resposta veio até ele imediatamente. Não conseguiria voltar. Retornou para viver com os Espécies de férias, não planejando ficar, apreciou seu tempo no mundo lá fora, mas teria que ficar em Homeland para sempre.
Shadow entrou no quarto, agarrou roupas da cômoda e sentou-se na cama. A imagem de Bela encheu sua cabeça quando fechou os olhos. Seu sorriso, o modo como corava. Os olhos escuros olhando fixamente para os seus ficariam impressos lá para sempre. Ela confiava nele. Foi ele quem ela escolheu para ser introduzida ao sexo. O tempo que passaram durante aquela tempestade, de alguma maneira a fez escolhe-lo.
— Cara. — ele falou.
A ideia de deixá-la não era uma que ficava bem dentro de seu coração. Doeu só de considerar dizer adeus. Outro macho iria, eventualmente, tomar seu lugar se partisse. Ela não queria ser segregada dos outros Espécies e obviamente apreciou sexo. Isso significava que alguém a tocaria, a beijaria, e colocaria as mãos em seu corpo flexível. A raiva queimou por dentro até gotas de suor apareceram inesperadamente em cima de sua pele.
De jeito nenhum. Ela é minha!
Surpresa substituiu o aparecimento violento de seu temperamento. Não era sua intenção formar um vinculo, mas ele estava lá. Abriu os olhos enquanto se levantava para colocar uma calça jeans e uma camiseta. Não se incomodou com os sapatos e correu para descer os degraus à procura dela. Estava sentada à mesa da cozinha com dois pratos de comida, esperando por ele.
O sorriso de Bela em vê-lo o fez querer beijá-la. Não hesitou de se agachar ao lado de sua cadeira, e deslizar os dedos em seu cabelo na base do pescoço. Seus olhos escuros arregalaram um segundo antes dele esfregar os lábios contra os dela. Eles eram tão macios, dando boas-vindas, e se separaram quando lambeu em cima da junção.
Ele a queria. O sangue se apressou para seu pênis até que sua calça jeans ficasse desconfortável. Recuou para olhar fixamente em seus olhos.
Ela corou, mas não desviou o olhar.
— Por que isto?
— Senti sua falta.
Surpresa, depois prazer apareceu em seu rosto bonito.
— Também senti sua falta. — A mão dela ergueu para agarrar seu ombro. — Mais. — Seu queixo ergueu, oferecendo sua boca novamente.
— Vamos comer primeiro.
Um clarão de dor não deixou de ser percebido. Queria que ela soubesse que não era uma rejeição de qualquer maneira.
— Recebi drogas para ajudar a me curar. Preciso de comida para ajudar meu corpo a se estabilizar.
— Certo. — Sua mão deslizou. 121

— Você vai dormir em minha cama novamente. — Ele não estava certo de como lidaria com isso se ela se recusasse. Não muito bem, supunha. O ar dentro de seus pulmões congelou, esperando por sua reação.
— Eu gostaria.
Ele respirou novamente.
— Todas as noites. — Não conseguia evitar não pressionar por mais. Era sua natureza.
— Certo.
Alegria e alívio se fundiram enquanto se endireitava e sentava na cadeira ao lado dela. O desejo de ficar perto era forte. Ele forçou sua atenção de Bela para a comida.
— Obrigado.
— De nada.
Olhou para ela para descobrir seu sorriso.
— Está cheirando muito bem.
— Sei cozinhar. Aprendi a limpar também. Consigo colocar a roupa para lavar. — Ela mordiscou o lábio inferior.
Algo a aborreceu. Moveu-se para olhar fixamente para ela.
— O que foi?
— Nada.
Sufocou um grunhido.
— Bela? Você tem um rosto expressivo. — Bonito também. Delicado. — O que está pensando?
— Não é nada. — Seu olhar desviou.
Ele rosnou, dessa vez sem conter a frustração. Ela pareceu surpresa quando seus olhos encontraram o dele.
— Não minta para mim. Nenhuma mentira deve ficar entre nós. Você está pensando em alguma coisa, algo que quer dizer. Fale logo.
Ela não sorriu, mas de repente teve grande interesse em sua camiseta.
— Bela?
Seus ombros caíram.
— É estúpido.
— Tudo o que disser é importante.
— Certo. Estava só pensando no quão patético deve me ver. Fiz comida para você e estou listando as minhas qualidades domésticas.
Confuso, ele forçou sua cabeça para cima suavemente com um aperto firme em seu queixo. — Essas são habilidades boas. Sou ruim em lavar roupa. — A necessidade de assegurá-la disto era forte. — Você quer saber o que acontece quando novos uniformes pretos, sendo lavados com meias brancas fazem? Transformam as meias num cinza feio. A equipe riu quando as viram na primeira vez que atingimos as esteiras para treinar. Ninguém me disse que branco devia ser separado de cores escuras, especialmente as que nunca viram uma máquina de lavar antes.
— Ellie nunca permitiria que nós cometêssemos esse erro. Ela é nossa supervisora, a que nos ensina habilidades de sobrevivência. — O humor iluminou suas feições antes de enfraquecer depressa. — Não tenho nada mais para te oferecer.
Ele tentou dar sentido para o que ela estava dizendo. Balançou a cabeça, perplexo.
— Não pedi nada. 122

— Vivo com nossas mulheres. Sei que elas treinam com nossos homens e praticam esportes às vezes. Trabalham juntos em serviços fora de casa. Não sou treinada para qualquer coisa exceto tarefas de casa. — A cor floresceu em suas bochechas. — Elas têm muita experiência com sexo também. Eu não tenho. Continuo pensando que tudo que posso oferecer à nossa relação é manter uma boa casa, se fôssemos compartilhar uma, e fazer comida para você em vez de ter que comer na lanchonete. Nós não poderemos compartilhar histórias do trabalho, ou brincar severamente juntos do jeito que elas fazem. Não sei nada sobre esportes, ou as cem outras coisas que elas podem conversar com você para manter seu interesse.
Ele lutou para achar as palavras certas.
— É patético. — Saiu de perto dele, mas manteve contato visual. — Você nem queria estar aqui.
Ele odiou o modo como ela engasgou quando ele se aproximou. A última coisa que queria era seu medo, mas não parou. Ela era leve quando a tirou da cadeira para colocá-la em seu colo. Gostava dela lá.
— Tive medo que pudesse machucá-la, mas te quis desde o momento que nos conhecemos. — Abraçou-a mais apertado contra ele. — Estou danificado por dentro e estava preocupado que fosse paralisar quando viesse a compartilhar sexo. — Os dedos acariciaram seu braço, contente que tivesse relaxado. — Não existe nada patético ou carente em você Bela. — Mentalmente enumerou uma lista. — Evitei mulheres Espécies. Não eram apenas as minhas inseguranças, mas elas são um tanto quanto assustadoras. — Suavizou seu tom, sorrindo.
— Nada te assusta.
— Muitas coisas me assustam. — Não mentiria para ela. O orgulho era um preço pequeno a pagar para ter certeza de que Bela soubesse seu valor. — Costumava considerar compartilhar sexo com uma delas, e temia que meu corpo não funcionasse. Pode imaginar o que uma delas faria se não pudesse ter uma ereção? — Suas sobrancelhas ergueram. — Não era uma situação bonita em meus pensamentos. E se congelasse ou tivesse uma retrospectiva? Elas são ótimas fêmeas, mas nossos machos não parecem ter esses problemas. Eu as imaginava rindo, ou pior, com pena.
Bela viu sinceridade em seu olhar. Isto fez o peito doer enquanto se aconchegava nele, pondo os braços ao redor de seu pescoço. Amava ser abraçada por ele em seu colo.
— Não era colocado em muitas experiências de procriação. Eles raramente enviavam uma fêmea para minha cela na Mercile. Então me tiraram de lá e… — Sua voz diminuiu enquanto engolia com força. — Abusaram de mim com máquinas e vídeos de fêmeas humanas. Também não tenho muita experiência. Faz anos desde que tive uma fêmea debaixo de mim. Não acha que eu estava preocupado que não fosse bom nisto? Você foi abusada também. Deixou-me agitando por dentro pensar que te lembraria disso quando a tocasse.
— Você não me lembraria. Não há nenhuma comparação. Você é realmente bom nisto.
— Estou contente. — Sorriu. — Muito contente. Você é boa nisto também. Não tenho nenhuma reclamação.
Uma carga de preocupação ergueu de seus ombros.
— Todas aquelas habilidades que mencionou são maravilhosas. Tive que aprender a cozinhar um pouco, vivendo na sede da força tarefa, mas odiaria ter que viver das dez coisas que aprendi para sobreviver o resto da minha vida, ou sempre precisar permanecer em uma fila para achar uma boa comida. — Acariciou sua bochecha com o nariz. — Não sou um grande fã de 123

esportes, e estou contente que não trabalhe comigo. Ficaria com muito medo que se machucasse para ser eficaz em seus deveres.
Sua alegria enfraqueceu.
— Sou fraca.
— Nunca. — Seu tom aprofundou em um grunhido assustador. — Você é mais forte do que percebe. Não é apenas sobre tamanho ou músculos quando se trata de força. Você tem tanto disto por dentro. Você atacou um macho. Pensou que ganharia?
Ela balançou a cabeça.
— Não.
— Mas fez de qualquer maneira. Isto foi corajoso.
— Era porque ele estava atacando você. Caso contrário teria fugido ou me escondido. — Ela pausou. — Talvez entrado em pânico completamente.
— Estou honrado. — Ele a aninhou novamente, beijando sua bochecha desta vez. — Isso significa muito para mim.
— Sério? — Um delicado raio de esperança brilhou por dentro dela, de que talvez tivessem chance de um futuro.
— Sim. — De repente ele se levantou, ajustando-a em seus braços. — Deixe-me te mostrar o quanto.
Os braços dela apertaram.
— O que isso quer dizer?
Ele riu, andando a passos largos saindo da cozinha e subindo os degraus.
— Não acredita que realmente te queira, enquanto estou preocupado em como vou manter minhas mãos longe de você agora que a tenho debaixo de mim.
Entendimento raiou.
— Você está machucado.
Ele riu.
— Não estou tão mal, amor.
Excitação faiscou dentro de Bela com a ideia do que a aguardava. Shadow entrou no quarto dele e fechou a porta com o pé. Andou depressa para a cama e curvou-se, colocando-a no colchão suavemente. Não chegou a ser uma surpresa quando ele virou, caminhou para a cômoda e arrastou-a para frente da porta.
— O que está fazendo?
Ele sorriu, agarrando a bainha de sua camisa.
— Ninguém vai nos espiar desta vez. — Empurrou a cabeceira da cama contra a porta do banheiro para bloqueá-la.
Ela compreendeu. Alguém teria que quebrar a porta, escalar uma parede, entrar pela janela ou entrar pelo telhado para alcançá-los.
Musculoso, um abdômen bronzeado chamou sua atenção enquanto a camisa era arrastada para cima, revelando cada centímetro glorioso do peito de Shadow. Ele tinha ombros largos. A espessura de seu bíceps foi registrada em seguida, quando os braços abaixaram para soltar a roupa descartada no chão.
— Amo olhar para você. — Não quis admitir isto, mas a confissão saiu antes que pudesse impedi-la. 124

— Bom. — Agarrou a frente da calça, curvando-se para tirá-la pelas pernas. Seu queixo ergueu até que seu olhar segurou o dela. — O sentimento é mútuo. Tire tudo, amor. Quero que fique nua, assim posso tocar em todos os lugares.
Sua respiração elevou-se enquanto mudava de posição, ficando de joelhos. Agarrou a roupa querendo a mesma coisa. Existiu um tempo quando teria ficado horrorizada se alguém tivesse previsto que ficaria trancada dentro de um quarto pequeno com um homem nu ávido para pôr as mãos em seu corpo. Isso foi antes dela conhecer Shadow. Ele mudou sua vida. Largou suas roupas.
As possibilidades de repente eram infinitas e coisas que nunca ousaria sonhar encheram suas fantasias. O resto da sua vida não tinha de ser uma existência solitária. Riso e amor estavam dentro de seu alcance graças ao homem sexy em pé há apenas alguns centímetros de distância.
Shadow se endireitou em sua altura completa, ficando absolutamente quieto.
— Você está bem? Não temos que fazer isto.
Seu olhar abaixou pelo corpo dele. Ele era perfeito, magnífico e excitado. A espessura de seu pênis era tão impressionante quanto o comprimento.
— Eu quero.
Ele chegou mais perto e se agachou ao lado da cama, com a parte de baixo de seu corpo afastada de sua visão.
— Você está bem?
— Oh sim. — Ela sorriu. — Quero você, Shadow. Amo como me faz sentir quando nos tocamos.
A tensão aliviou de suas feições.
— Deite de costas.
Tão exigente. Gostava disso nele. Fazia com que parecesse menos tímida, já que ele estava no comando. Suas costas atingiram o colchão.
— Espalhe suas coxas.
Separou as pernas e não saltou quando ele agarrou seus tornozelos, posicionando-os nas curvas dos ombros dele. Ele os largou para agarrar as partes internas de suas coxas, empurrando-as mais separadamente. Rosnou quando seu olhar aquecido abaixou para focar em sua vagina exposta. Sua língua lambeu os lábios e depois abaixou o rosto.
Bela jogou a cabeça para trás no segundo que Shadow atacou seus sentidos. Os dedos dela cavaram em seus cabelos quando a língua lambeu seu clitóris e prazer explodiu com cada esfregada forte. Isto era selvagem, completamente indomado, mas não a assustou. Desta vez ele não foi gentil enquanto manipulava seu corpo — com uma fome frenética de fazê-la gozar tão rápido quanto possível. Estava de acordo com o plano assim que choques de necessidade dispararam por ela rapidamente.
— Sim. — gemeu, seu corpo ficando tenso, os músculos das pernas se agitavam, enquanto usava os pés apoiados para erguer os quadris mais alto, mais apertado contra a boca dele.
Shadow rosnou baixo e profundo, vibrações que adicionaram a combinação. Bela fechou os olhos quando o teto ficou turvo enquanto o clímax a atingia. Um grito áspero passou pelos seus lábios separados enquanto tremia pelo violento êxtase.
A boca separou-se de suas coxas espalhadas e mal percebeu quando ele agarrou suas pernas, usando-as para deixá-la virada de bruços. Seu rosto esfregou na colcha enquanto era arrastada para mais perto dele, até que suas pernas estavam fora da cama. Shadow acomodou-se sobre seu corpo curvado e ela ofegou quando o pênis grosso lentamente a penetrou. As unhas 125

arranharam qualquer coisa que podiam agarrar quando ele começou a se mover, fodendo-a com um furor que pareceu nascer do puro desespero.
Shadow queria uivar enquanto segurava os quadris de Bela e conseguia manobrar sua mão entre ela e a cama. O clitóris inchado e sensível foi fácil de achar com a ponta do dedo, enquanto esfregava contra ele. Músculos vaginais fecharam, apertando mortalmente seu pênis. Os gemidos dela o enlouqueciam, fazendo-o ter dificuldades para pensar. Ela era céu e inferno, arrebatamento e necessidade pura para ele.
— Bela. — falou com seus lábios roçando beijos em seu ombro e no lado de sua garganta, quando ela virou o rosto em sua direção. Queria ver seus olhos. Precisava. E então seu olhar sexy escuro encontrou o dele.
Minha! Viu a necessidade e prazer dela, e era tudo dirigido para ele. Seu coração martelava, suor apareceu inesperadamente em seu corpo, e cerrou seus dentes para conter seu próprio orgasmo. Não gozaria sem ela e podia ver que estava perto. A ponta de seu dedo apertou um pouco mais, enquanto o pênis guiava para dentro dela mais rápido.
— Porra. Não vou aguentar. Quero você demais.
Estava para perder todo o controle, quando seu membro endureceu ao ponto de gozar. Um apertado pulsou formigando na base de seu eixo, quando a inchação começou, um sinal certo. Seus músculos de repente estremeceram, molhando-o, e seu segundo clímax encharcou a ponta do pênis com um calor molhado. Ela gritou seu nome e aconteceu.
O prazer escaldante rasgou por ele enquanto estouros de sêmen eram liberados. Seus quadris tremeram com a intensidade, seu corpo foi tomado e a vagina dela apertou ainda mais. Não, estou inchando. Tremeu com a força de seu pau bombeando esperma dentro dela, jato após jato fazendo-o gemer e se deleitar com a satisfação sexual. Ficou parado. Estava preso dentro dela do jeito que só um canino Espécie podia.
— Eu amo sexo. — ela admitiu obviamente contente por estar deitada lá, com ele curvado ao redor dela.
— Amo sexo com você. — ele ofegava, dando outro beijo em sua garganta. — Fui muito severo? — Preocupou-se que pudesse acidentalmente ter machucado seu corpo mais delicado.
— Nunca.
Mesmo em seu furor, cuidava dela. Um pouco de sua confiança retornou. Talvez realmente eu tenha superado meu passado.
— Foi perfeito.
— Estou contente. — Ele a beijou novamente. Seu pênis flexionou dentro dela, quase como o ritmo de uma batida de coração quando fez isto varias vezes. — Você está a fim de outra rodada? A inchação está enfraquecendo. A necessidade e o desejo por ela era uma coisa viva e respirando dentro dele. Nunca cansaria de sua Bela. Tocá-la, saboreá-la, ficar dentro de seu corpo doce.
Bela sorriu.
— Que bom.
Tudo parecia certo em seu mundo. 126

11 comentários:

  1. Oh Mds.. Quii amorrr ...😍😍 alguém me traque num quarto com um homem desse kkkkk❤

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    1. Sim kkkk o que eu mais quero é um Nova espécie em minha vida!!!

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  2. Me joga na parede e me chama de "Minha"... rosnando... kkkk

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  3. Nossa, esse é o melhor até agora. Tô morrendo de amores por esses dois. E foi uma surpresa pra mim ser um casal espécie. Pelas outras histórias eu pensei que só seria relação humano/espécie.

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  4. A vida deles ta tao calma q eu to até com medo

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  5. Me joga na parede e me chama de lagartixa aaaf

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  6. Gzuiz homens nova espécie são só ficção mesmo né, buaaaa!!

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