terça-feira, 7 de outubro de 2014

Capítulo 10

Capítulo 10
Ellie sorriu para Breeze.
— Estou tão feliz que você veio me visitar. Realmente sinto falta de todas vocês. Queria visitar o dormitório, mas Fury me disse que não era uma boa ideia. — Olhou ao redor da sala. — Estou tipo trancada aqui. — Sua atenção voltou à Breeze. — Você está me salvando de enlouquecer. Estive aqui por três dias e Fury se recusa a permitir-me sair.
Breeze sorriu de volta.
— Pense como foi difícil falar com ele para permitir-me vê-la. Queria trazer mais mulheres comigo, mas se recusou a dar permissão para qualquer outra pessoa para vir. — Estudou Ellie e inclinou a cabeça. — Deve estar mesmo preocupado com sua segurança.
Ellie deu de ombros.
— Por que? Aqueles idiotas loucos fora do portão, segurando cartazes, não podem me machucar, enquanto estou segura dentro de Homeland.
Um olhar estranho passou pelo rosto de Breeze, mas Ellie capturou. Recostou-se no sofá e cruzou os braços sobre o peito.
— O que estou perdendo?
Breeze hesitou.
— Há rumores.
— Que tipo?
— Sei que não é verdade. Não consigo cheirar Fury em você, além do perfume, leve persistente que vem com o fato de morar na mesma casa com alguém. É que desde que te trouxe à sua casa, alguns têm presumido que você e Fury estão reproduzindo.
— Reproduzindo? — As sobrancelhas de Ellie levantaram. — Você quer dizer que as fofocas acham que estamos transando?
Uma risada escapou de Breeze.
— Sim. Esse é o termo. Transando.
— Mas não estamos. Quero dizer, conversamos e então me evita como se eu fosse uma praga.
— Uma praga? É um membro do grupo religioso fanático?
Ellie riu.
— É uma doença fatal.
— Oh. — Breeze sorriu. — Ainda estamos aprendendo um pouco de Inglês que não fomos expostos no interior das instalações de testes. Não tinha ouvido essa palavra ainda. — O sorriso de Breeze desapareceu. — É... fofoca... que você e Fury estão reproduzindo. Transando. — Corrigiu. — Nem todo mundo está feliz com isso. Houve alguns problemas com os humanos que trabalham em Homeland por isso. Acho que Fury está com medo por você.
— Ele ouviu essa porcaria de rumor sobre nós?
Breeze balançou a cabeça.
— Todo mundo já ouviu. — Seu olhar percorreu ao redor da sala para a TV. — A televisão está quebrada?
Laurann Dohner Fury
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— A televisão? — Ellie suspirou. — Está no noticiário?
— Sim. Um dos funcionários deve ter ouvido e disse algumas coisas para... como vocês os chamam? Abutres da mídia? Não sabem seus nomes, mas existem abutres da mídia dizendo que uma Nova Espécie e um ser humano estão vivendo juntos.
Oh merda! Os ombros de Ellie caíram.
— Não me admira que se recuse a permitir-me sair de casa, quando mencionei que ia deixar Homeland para ir à procura de emprego. Quero dizer, quanto tempo posso viver no quarto de convidados de um cara e ser uma parasita para ele?
— Parasita? O que essa palavra significa?
Ellie sorriu.
— É um termo usado quando você vive com alguém e pega algo livremente dessa pessoa que tem que trabalhar para isso. Não é uma coisa boa. É difícil de explicar. Acho que poderia descrevê-la como eu sendo um fardo para ele.
— Como? Ele já tinha um quarto que você poderia ter.
Ellie lutou com seus pensamentos. Algumas palavras eram difíceis de explicar.
— Sim. Ele teve, mas geralmente você não vive com alguém a menos que seja um casal. Então é aceitável dividir a comida e um lar. Se não for casal, então ambas as partes devem trabalhar, similar a uma parceria, ser igual. Não sou sua namorada ou sua parceira. Ele fornece casa e comida para mim enquanto não lhe dou nada em troca. Sou uma parasita.
— Acho que entendo. — Breeze sorriu. — E você não é uma parasita. Ele não sabe o que é isso, portanto, você não pode ser o que ele não sabe que existe.
Ellie riu.
— Acho que você me pegou nessa.
— Você deveria fazer isso com ele e vai se sentir melhor. Você vai dar-lhe algo em troca para evitar ser uma parasita.
Ellie estava feliz que não tinha tomado um gole do refrigerante que apertava na mão ou teria engasgado. Ficou boquiaberta por Breeze.
— Uh, você não deve fazer com alguém a menos que esteja em um relacionamento ou se importa com ele de uma maneira especial. Se você fizer isso com alguém por comida, dinheiro, ou um teto sobre sua cabeça, é chamado de prostituição. Isso é ruim.
— Seu mundo é muito complicado.
— Sim — Ellie concordou, tomando um gole de seu refrigerante. — É.
— Você ainda devia fazer com ele. Ele gosta de você e acho que você gosta dele. Ele é muito másculo e sexualmente atraente. Todos nós pensamos que devemos fazer uns com os outros se somos mutuamente atraídos. Tivemos reuniões sobre isso.
Ellie pegou sua bebida.
— Você teve reuniões sobre sexo?
— É claro. Antes, não tínhamos escolha. Tínhamos que fazer com quem fomos obrigados. Temos todos os tipos de reuniões onde discutimos coisas. Transar foi um desses tópicos. Nós podemos fazer isso com qualquer pessoa que desejamos fazer se eles quiserem fazer conosco.
Ellie passou a mão sobre a boca, tentando esconder o sorriso.
Laurann Dohner Fury
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— Isso é aceitável também.
— Nós achamos que sim. Até discutimos fazer isso com você após os rumores começarem.
— Fury e eu fomos o tema de uma reunião? — Chocada, Ellie sabia que sua voz tinha subido. Vergonha aqueceu seu rosto. Os Novas Espécies discutindo sobre Fury e eu fazer sexo? O meu Deus!
— Não você e Fury exatamente, mas foi discutido sobre fazer entre o seu povo e o nosso.
— Oh. — Relaxou com alívio passando através dela. Graças a Deus. — Como foi isso?
Breeze encolheu os ombros.
— Não sabemos se iria funcionar. Vimos o seu povo fazer no DVD e vimos que fazemos diferente.
Ellie tentou não rir. Teve que compor seus traços para esconder o seu divertimento.
— Você assistiu pornôs? É isso que você está dizendo? Pornôs são vídeos do meu povo fazendo sexo.
— Sim — Breeze sorriu. — Nós os assistimos.
— Uh... — Ellie olhou para Breeze. — Os vídeos são uma espécie de... — Estava em uma emboscada. — Bem, eles realmente não, bem, eles não são realmente... — Ela suspirou. — Não faço sexo daquelas maneiras.
— Não faz? O que é diferente?
Por onde eu começo? Isto pode ser embaraçoso, mas estou aqui para ajudar estas mulheres. Ellie tirou os sapatos para se sentar de pernas cruzadas no sofá.
— Do jeito como eles falam, para começar. Nunca falo dessa maneira e se um homem falar comigo da forma como fazem nos filmes, provavelmente iria ficar muito chateada.
— Chamando as fêmeas com ofensivos palavrões e exigindo que façam atos sexuais, mesmo que não seja agradável para as mulheres?
— Sim. Exatamente.
— Achamos um pouco chocante. Algumas acreditam que é francamente rude.
— Sim, bem, se um cara disser algumas falas como nesses filmes para uma mulher na vida real, bem, ele iria acabar levando um tapa ou pior.
— Entendido. O que mais é diferente?
Ellie deu de ombros.
— Não sei o que mais você já viu. A maioria das pessoas não tem relações sexuais com múltiplos parceiros para começar. Somos monogâmicos em geral.
— Então eu não tenho que convidar uma amiga para a nossa cama, se eu quiser fazer isso com um homem plenamente humano ou dormir com dois deles de uma vez? Decidir nunca tocar um humano por causa disso. Não somos bons em compartilhar e acho que um homem deverá ser capaz de agradar a uma mulher sem precisar da ajuda de um amigo.
— Não! — Ellie fechou a boca, que tinha caído aberta. — Pare de assistir isso. Assista histórias de amor. Filmes pornográficos são... bem, eles só... — Suavemente xingou. — Diga-lhes para parar de assisti-los e esquecer o que viram. Por favor. Eles são atores e atrizes que são pagos para fazerem sexo no filme. Recebem um script que alguém escreveu. Entende? Eles são feitos
Laurann Dohner Fury
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para ser entretenimento, não como guia sobre sexo, a menos que você queira ver como algo é feito sem realmente fazê-lo.
— Ok.
— Qual é a sua versão de sexo? Talvez possamos começar por aí. Pode ser igual.
— Bem, gostamos de beijar. Nós amamos beijar. Que é novo para nós, mas escolhemos isso até depois que fomos libertados. Nós amamos tocar. Dizemos suaves, palavras atraentes, e rosnamos para mostrar o nosso nível de excitação. Isso está certo?
— Perfeito — Ellie admitiu. O rosnar... deixou isso passar.
— Lutamos pelo domínio e quem é mais forte decide a posição que faremos. O macho geralmente ganha, a menos que esteja cansado ou fraco de uma lesão.
— Uh... — A mente de Ellie ficou em branco com a notícia chocante.
Breeze parou de falar.
— É diferente de vocês?
— Explique lutar pelo domínio.
Ela piscou.
— É apenas a como se parece.
— Como luta greco-romana?
Ela balançou a cabeça.
— Muito parecido.
Ellie deu de ombros.
— Isso estaria bem, mas geralmente não gostamos de dor durante o sexo. Você sabe disso, né?
— Ok. Vou compartilhar isso. Assim, lutar não?
— Eu pularia essa parte. Tenho certeza que algumas pessoas estariam a fim disso, mas não é algo que você gostaria de generalizar como o certo a se fazer.
— Então, quem decide a posição?
Sua boca se abriu e depois fechou. Quem de fato? Ellie sorriu.
— Nós conversamos e tentamos mutuamente concordar com algo. Às vezes a gente mistura.
— Mistura? Explique isso.
Ellie hesitou.
— Bem, digamos que eu esteja sentada em cima de um homem. Depois de algum tempo ele poderia me virar para estar em cima de mim. Misturando. Está claro o suficiente?
Breeze balançou a cabeça.
— Sim. Nós não fazemos isso. Ficamos em uma posição e ficamos nela até o fim. — Hesitou. — Por que você estaria no topo? Que homem deitaria no chão para isso? Seu orgulho não seria ferido se for dominado dessa maneira?
Ellie sabia que seus olhos se arregalaram.
— É... — Droga. Estou tão feliz que nunca terei filhos, se este é o tipo de discussão que teria que enfrentar. Estava faltando palavras mais uma vez, mas Breeze esperava uma resposta. — Não se trata de dominação entre a gente. Trata-se de prazer. Você já esteve no topo durante o sexo?
Breeze parecia horrorizada com a pergunta.
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— Não. Recusei-me a tomar um macho quando estava amarrado e impotente. Mesmo quando os técnicos ameaçaram punir-me se não fizesse isso. Preferiria ter levado a surra do que ferir o orgulho do macho.
— Caramba. Os caras humanos não pensam dessa forma. Ficariam muito felizes se uma mulher fizesse isso com eles.
— Oh. Nossos homens não ficariam. Eles ficam muito irritados. Fury se sentiria insultado se você lhe pedisse para ser dominado. Nossos homens são dominantes.
Ela não tinha nada a dizer sobre isso. Ellie só balançou a cabeça.
— Não pediria isso a ele — ela finalmente disse.
— Bom. Ele ficaria muito insultado. Nossos homens preferem morrer do que serem submissos. É por isso que, dentro da instalação de teste, apanhava porque fazia o que queriam, quando amarraram um dos nossos homens.
Uma imagem de Fury contido contra o chão enquanto Jacob o machucava brilhou na memória de Ellie. Nunca se esqueceu da visão ou o horror que experimentou ao saber que tipo de pesadelo infernal que havia entrado. Deus, pensou ela, abraçando-se o peito firmemente com ambos os braços.
— Ellie? Está com frio?
— Estou bem. Então, de que posições você gosta para fazer sexo?
— Gostamos de encarar os homens para manter contato visiual, mas nossos homens preferem nos pegar por trás. É por isso que lutamos. — Hesitou. — Estou muito chocada que Fury pegou você cara-a-cara. Devia estar com pressa ou de outra forma teria te libertado para montar em você por trás. Isso é o que os nossos homens fazem.
Uma imagem passou pela mente de Ellie. Fury nu, prendendo-a sob seu corpo, grande e sexy, seu braço em volta de sua cintura enquanto entrava em seu corpo por trás. Montando-a. uau. Mordeu o lábio.
— E se uma mulher não quiser ser montada?
— Nossos homens não nos tocam a não ser que estejamos dispostas a ficar com eles.
— Quis dizer o que acontece se você quer fazer sexo, mas não nessa posição?
Breeze sorriu abertamente, revelando dentes afiados.
— O melhor sexo.
Ellie não hesitou. Apenas balançou a cabeça.
— Bem, isso esclareceu algumas coisas, não é?
Breeze concordou.
— Sim. Vou compartilhar essas informações na próxima reunião. Obrigada, Ellie. Você me disse muitas coisas e vou passar adiante.
— Você poderia deixar o meu nome fora disso?
Breeze riu.
— Sim. Entendo. Seu rosto está rosado. Você é tímida sobre sexo. — Breeze disse. — Preciso ir. A nova mãe do dormitório... — cuspiu essa palavra como se fosse um palavrão — Exigiu que estejamos no dormitório para estudarmos quatro vezes por dia. Ela é uma chata.
— Sinto muito.
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— Se ela não nos agradar em breve, o que posso dizer agora que não vai, ela vai embora. Temos uma reunião agendada em poucos dias sobre ela. — Breeze sorriu. — Temos a palavra final se ela permanece e podemos substituí-la se não estiver funcionando.
Ellie escoltou Breeze à porta da frente e abraçou a mulher mais alta. Breeze riu quando foi embora. Ellie suspirou alto quando foi deixada sozinha. Os rumores estavam sendo espalhados sobre um casal transando. Maldição. Se eles jogarem o nome de Ellie à imprensa nunca mais seria capaz de deixar Homeland sem medo de algum idiota assediá-la, ou pior, fazer dela um alvo de violência.
Dirigiu-se para a cozinha após uma rápida olhada para o relógio. Percebeu que Fury geralmente chegava em casa para mudar o seu uniforme em torno das seis da tarde. Costumava trocar para roupas confortáveis, fazer-lhe perguntas sobre seu dia, e depois desaparecia novamente o mais rápido possível.
Não fazia ideia de onde passava as noites depois disso. Só não ficava em casa com ela. Abriu a geladeira para remover o pacote de peito de frango que tinha descongelado. Cantarolava baixinho quando começou a cozinhar.
* * * * *
O cheiro de comida fez o estômago de Fury roncar quando entrou pela porta da frente. Perdeu o almoço, quando as reuniões foram demorarando muito. Ellie sabia cozinhar, obviamente, e seguiu o cheiro tentador até a pequena área de refeições para encontrar um bom jantar para dois sobre a mesa. Virou-se e congelou na frente do vão quando ela saiu da cozinha.
Queria rosnar com a visão de seu sorriso dirigido a ele. Parecia realmente feliz em vê-lo. Sua fome por alimentos instantaneamente se transformou em um desejo de tocá-la. O cheiro dela o tentava mais do que o cheiro da comida, chamando o seu lado animal, e o desejo de pegá-la em seus braços quase o dominou, enfraquecendo sua vontade de resistir. Luxúria rugiu dentro de seu corpo inteiro.
Cada sorriso que dava a ele derretia seu coração e cada palavra que falava o fascinava. Na noite anterior sentou-se com ele no sofá, a poucos metros de distância dele, e ele perguntou sobre a família dela. A expressão triste em seus traços o fez feliz por não ter pais pela primeira vez em sua vida.
Contou-lhe sobre o divórcio amargo de seus pais, colocando-a no meio da batalha com apenas dez anos de idade. Não gostava de seus pais, mesmo que nunca os conheceu. Não queria que Ellie ficasse perto deles depois que ela afirmou que tentaram várias vezes convencê-la a se reconciliar com seu ex-marido.
Se conhecesse Jeff, bateria nesse humano estúpido. Ellie evitou o seu olhar quando perguntou-lhe sobre seu casamento. A ideia de outro macho a tocando quase o enfureceu, mas manteve a calma. A conversa continuou dentro seus pensamentos...
*********
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— Quanto tempo você ficou com ele?
— Não importa. Cometemos um erro quando nos casamos. Ele tinha negócios a fazer e eu não sabia.
— Negócios? — Fury franziu a testa, sem entender. — Ele tinha negócios? De que tipo?
Um sorriso se espalhou em seus belos lábios tentadores e se virou para ele no sofá.
— O negócio dele era para gastar tempo com outras mulheres. — Seu sorriso desapareceu e raiva brilhou, mudando a cor dos olhos para um azul mais escuro. — Ele me disse que era culpa minha quando descobri sobre sua traição com outras mulheres. — Seu queixo se levantou, mostrando a ele a teimosia que ele admirava. — Que absurdo. Talvez eu estivesse com excesso de peso, mas não ele era magro também.
O olhar de Fury pecorreu sobre seu corpo lentamente, achando conta cada centímetro que achou delicioso.
— Você não está acima do peso. Acho suas curvas perfeitas.
Estendeu sua mão para colocar por cima da dele, recompensando-o com um sorriso.
— Obrigada. Perdi peso.
— Mesmo se ganhasse peso iria acha-la perfeita.
Fitou-o por um longo momento e se perguntou se disse alguma coisa errada. Ela era Ellie. A queria independentemente de seu tamanho. Realmente queria que fosse maior. Talvez, se eu colocar mais comida dentro de casa ela poderia ganhar de volta o peso que perdeu, pensou. Ela era muito pequena, em sua opinião e sempre se preocupou que, se deixasse que a tocasse novamente podia acidentalmente machucá-la de alguma forma.
— Sei que realmente não quis dizer isso, mas foi ótimo de se ouvir.
— Falei sério. — Rosnou para ela suavemente, um pouco insultado que ela disse isso. Seus olhos se arregalaram em reação. Limpou a garganta. — Eu não minto.
— Há mentiras e há coisas ditas para ser educado.
Ele riu.
— Você não aprendeu ainda que não digo coisas apenas para agradar alguém?
Sua bela Ellie riu com ele.
— Isso é tão verdadeiro. Você é desbocado. Todas os Novas Espécies são.
— Isso é uma coisa ruim?
Ela balançou a cabeça.
— Não. É um traço maravilhoso.
— Estou contente. Assim, ele passava tempo com outras mulheres?
— Ele tinha relações sexuais com elas.
Choque rasgou através Fury.
— Por quê? O que estava de errado com ele? Ele tinha você e não precisava de outra.
Seus dedos delicados roçaram na curva das costas de sua mão.
— Acredito que você realmente quis dizer isso. Obrigada, Fury.
— Não gosto do seu ex-marido. — Ele rosnou. — Iria fazê-lo mudar de ideia rapidamente se vier aqui e tentar levá-la de voltar para ficar casada com ele. Não me importaria usar meus punhos algumas vezes para ter certeza que ele te deixaria em paz.
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Instantaneamente se preocupou que sua ameaça ao homem que com quem foi casada a perturbaria, mas não havia censurado seus pensamentos antes que isso escapasse de sua boca. Ela reagiu com um riso.
— Você me chamaria primeiro se ele aparecer aqui? Quero ver você espancá-lo. — Ellie o soltou então, se levantou, e deu-lhe um sorriso caloroso. — Boa noite, Fury. Doces sonhos.
Seus quadris balançavam quando saiu da sala e esperou até que ouviu a porta do quarto fechar antes que desse um gemido reprimido, frustrado. Estava cada vez mais difícil para resistir a seus impulsos de levá-la para sua cama em vez de permitir que ela fosse para a dela sozinha. Não queria assustá-la. Ela precisa de tempo para aprender que nunca iria feri-la de qualquer maneira e queria estar certo de que iria conseguir isso antes de tentar levá-la de volta para sua cama.
Cheirava o desejo nela, o que lhe deu esperança de que a memória deles juntos permaneceu dentro de sua mente da forma como ficou na sua. Queria levá-la de volta para seu quarto, espalhá-la nua em sua cama e tocar cada centímetro de sua pele. Só precisava de um sinal de quando ela chegasse ao ponto de que queria levar o seu relacionamento mais a fundo...
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Puxou seus pensamentos para o presente quando ela colocou mais comida na mesa. Seus dedos coçavam para tocá-la. Inalou quando avançou mais perto dele e teve que forçar seu corpo para não se mover ou fecharia a distância e faria exatamente isso.
Apenas me dê uma dica de que você está pronta, implorou silenciosamente. Havia conversado com alguns dos guardas de segurança humanos que se tornou amigo. Disseram-lhe que algumas mulheres precisavam que o homem desse o primeiro passo. Algumas mulheres desfrutavam de um homem forte, que assumisse o comando, e se Ellie era desse tipo, Fury seria o homem para ela.
Ele olhou para ambas os pratos cheios, percebeu que fazer uma refeição para os dois poderiam ser seu jeito sutil de sugerir que poderia estar pronta para aprofundar o seu relacionamento. Claro, tinha dado permissão para Breeze visitar Ellie. Talvez esse segundo prato não era destinado a ele. Tentou não ter esperanças. Planejou-se compartilhar o jantar com ele, ele ia considerar isso como um sinal.
Se conseguisse levar Ellie para sua cama, poderia ser capaz de seduzi-la a ficar lá. Fêmeas dos Novas Espécies tinham força de vontade e uma preferência para manter os machos a um comprimento do braço, exceto durante o sexo. Precisava encontrar uma maneira de suavizar as defesas de Ellie e pressionar mais, algo mais profundo do que apenas sexo. Iria mostrar-lhe que tudo poderia ser ótimo entre eles e que poderiam ser ótimos fora da cama também.
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