CAPÍTULO 3 Í
Jessie limpou seu prato e o colocou na prateleira inferior do carrinho vazio. Levantou as tampas dos quatro pratos menores para identificar as sobremesas enquanto as puxava e colocava em cima. Sabia que vários Espécies não gostavam de chocolate e ignorou o bolo fudge para estudar os outros pratos. Um deles era uma mistura de diversas frutas empilhadas no que parecia ser bolo. Os outros dois eram pedaços de torta de maçã e abóbora. Olhou para Justice por um momento, tentando decidir qual gostaria mais. Pegou as frutas e a torta de maçã e pegou uma colher antes de se aproximar dele.
Deve tê-la sentido atrás dele. Virou-se e segurou a parte inferior do telefone para silenciar a voz.
— Sinto muito.
— Qual? — Ela os segurou.
Ele sorriu e aceitou as frutas. Ela acertou. Estendeu a colher, mas ele não tinha uma mão livre para pegá-la. Sorriu quando a mergulhou no prato que ele segurava e a ergueu para seus lábios. Ele sorriu em resposta e abriu a boca.
Tomou conhecimento de suas presas quando gentilmente colocou a colher contra a língua, evitando as pontas afiadas de seus dentes. Ele fechou a boca ao redor da colher e Jessie de repente se tornou tão ciumenta como o inferno dessa pequena prata com os lábios em torno dela.
Ela a puxou lentamente para fora.
Ele fechou os olhos enquanto saboreava, sua expressão mostrando o puro prazer que experimentava e suavemente gemeu. Jessie colocou o outro prato sobre a mesa, longe dos papéis e levou o prato que segurava. Seus olhos se abriram para olhá-la e ela manteve o sorriso no lugar, apesar da atração que sentia por ele. Mergulhou a colher novamente para oferecer uma mordida.
— Precisa de duas mãos. — ela explicou suavemente.
— Obrigado. — sussurrou.
Ele deu outra mordida, tão sedutora quanto a última, mas da segunda vez manteve o olhar em seu rosto. O azul dos olhos apareceram mais e a fascinava como a cor parecia mudar com suas emoções. As pupilas ovais encolheram um pouco, se estreitaram e o azul se espalhou através de suas íris exoticamente coloridas. Justice de repente quebrou o contato visual para procurar algo. Pegou um papel e o leu.
Ela sentiu a perda de sua atenção e a decepção a encheu por algum motivo estranho.
Gostou de ser o único foco de atenção nesses breves instantes.
— Estou vendo. Bem na minha frente. Diga-lhes que é bom, mas os faça baixar o preço. Só porque ganhamos aquela ação judicial não significa que somos estúpidos o suficiente para gastar tudo isso em lances altos. — Justice limpou a garganta. — Diga a eles que está chamando outros para dar lances para conseguir o trabalho. Isso deve fazê-los baixar o preço. Vá com o número que falamos e, se não aceitarem, chame os outros e reabra a licitação. O orçamento está fechado. Laurann Dohner Justice
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Jessie lhe deu outra mordida quando a outra pessoa no telefone continuou falando. Ela não alimentou um homem... nunca. Gostou. Ele deu outro olhar grato, sorrindo para ela.
Perguntou-se se alguma mulher já o tinha alimentado, e esperava, e não queria que se lembrasse dela. O alimentou com toda a fruta e bolo até que o prato estava vazio. Devolveu o prato para a bandeja e pegou um refrigerante para ele. Ele apontou para a mesa ao lado, sorriu seu agradecimento e pegou algo na pasta. Jessie abriu o refrigerante para ele e o baixou. Foi para o sofá e comeu a torta de maçã.
— Sinto muito por isso. — Justice desabou no sofá ao lado, poucos minutos mais tarde, após o fim da conversa. Três pés os separavam. — Obrigado pela fruta. Estava muito boa.
Virou para ele.
— Eu entendo.
O telefone tocou novamente e seu sorriso desapareceu com uma careta.
— Não vou olhar. Pague-me um centavo que jogo essa coisa numa parede e o quebro.
Ela tocou seus bolsos frontais.
— Desculpe, mas não tenho qualquer chance.
Ele riu.
— Gostaria que tivesse.
— Será que seu telefone toca sempre sem parar?
— Só quando está ligado e isso é sempre.
— Devia ter alguém para ajudá-lo. Um homem não pode fazer tudo.
Ele deu de ombros.
— Não sei quem faria tudo que faço.
— Eu treinaria uma dúzia deles e desaparecia por um mês de férias. Aposto que sonha em se esconder de celulares e outras pessoas.
— Não me tente. — Um olhar de saudade cruzou seus traços. — Acha que me contratam se eu fugir para o circo?
Jessie riu.
— Tenho certeza que sim. Não acho que iria desfrutar mais desse outro trabalho. Não teria chamadas, mas lidaria com pessoas, o que seria um inferno muito pior.
Ele ajustou seu grande corpo no sofá, colocando o pé para descansar na beira da mesa de café.
— O que queria falar? Estou realmente interessado em ouvir suas ideias.
Jessie hesitou.
— Lida com isso o tempo todo, não é? Pessoas que querem sua atenção para alguma coisa? — Se sentiu mal por ele. — Vamos fazer assim. Vou escrever uma carta, a envio para seu escritório e pode olhar quando encontrar algum tempo livre. Não deveria ter que lidar com trabalho agora. Realmente precisa de algum tempo para relaxar.
— Quer desistir? — Ele ficou tenso. — Entendo. Sinto muito sobre o jantar ser interrompido. Foi rude da minha parte, mas realmente tinha que atender essas chamadas. Juro que vou ler se quiser Laurann Dohner Justice
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enviar suas ideias por carta. Basta colocar seu nome em negrito no verso do envelope e digo à minha secretária para levá-lo para mim assim que chegar, e terá toda a minha atenção.
Jessie levantou.
— Não quero desistir. Está muito estressado. — Olhou para ele. — Trabalha mais do que qualquer um que já conheci. Meu pai é um workaholic, mas empalidece em comparação com você. Não se preocupe com o jantar ou as ligações. Sabe o que precisa?
Ele balançou a cabeça, mas a curiosidade despertou seus lindos olhos. Jessie hesitou. Oh inferno, quem se importava em ser profissional? Ele está estressado, eu quero ajudá-lo e estou fazendo isso. É uma péssima ideia, horrível, mas dane-se.
— Precisa de uma massagem.
Suas sobrancelhas levantaram.
— O que?
Sua expressão era adoravelmente perplexa e atraiu uma risada dela quando repetiu suas palavras.
— Precisa de uma massagem. Posso esfregar seus ombros se tiver um pouco de creme por aqui. Costumava fazer isso para meu pai quando ficava estressado. Isso o fazia se sentir melhor.
Justice engoliu em seco.
— Há alguns no banheiro. Todos os quartos contam com essas coisas.
— Por aqui? — Ela apontou para o corredor.
— Sim.
— Eu vou. Você relaxa. Coloque ambos os pés para cima, se sinta confortável e não se atreva a tocar no telefone. Deixe-o tocar.
Jessie percebeu que perdeu a cabeça. Justice podia mandar seu chefe chutar sua bunda e Tim o faria. Justice era o líder da ONE e ela planejava massagear a tensão de seus grossos ombros largos. Oh, inferno! Pensou enquanto olhava ao redor do quarto e entrava no banheiro. Justice era um caso de estresse e precisava descansar. Uma massagem tornaria o mundo melhor. Achou a loção e voltou para a sala de estar.
Justice seguiu suas ordens descansando seus grandes pés em cima da mesa de café.
Jessie sorriu quando se inclinou, tirou os próprios sapatos e encontrou o olhar inseguro. Ele a olhava com cautela, como se não tivesse ideia do que faria. Ela lutou contra uma risada por sua perplexidade. Descobriu que ele provavelmente estava se perguntando se era louca ou não.
— Vou subir na parte detrás do sofá e me sentar atrás de você. Pode tirar a camisa?
Ele só hesitou um segundo antes de alcançar a cintura, se inclinar um pouco e puxar a parte superior mais acima pelo peito para revelar músculos incríveis em seu estômago plano novamente. Jessie pisou no sofá, sentou atrás dele e plantou os pés ao lado de seus quadris. Ela abriu a tampa da loção, estudando seus ombros enormes, entendendo quanta responsabilidade repousava sobre eles. Eram tão impressionantes que achou que era o único homem que podia ser o rosto das Espécies perante o mundo. Laurann Dohner Justice
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Seu cabelo caiu no caminho e ela baixou a loção. Alcançou seu rabo de cavalo, puxando pelo elástico para tirá-lo no lugar. Seus dedos balançaram para frente do rosto de Justice.
— Pode colocar o cabelo para cima de sua cabeça para tirá-lo do caminho, por favor?
Ele hesitou antes de aceitar isso, puxou todo o cabelo acima e prendeu os fios. Ela achou que ia rir se o visse de frente. Concentrou-se em suas costas tentadoras outra vez, desejando tocá-lo e derramou loção numa palma. Colocou o frasco no chão e aqueceu a substância cremosa entre as mãos.
— O truque para relaxar é fechar os olhos e deixar tudo ir. — Espalhou a loção sobre os ombros com seus dedos segurando os músculos. A tensão nele não podia ser negada. Os ombros pareciam pedra sob seus dedos e palmas das mãos. Deixou as mãos deslizarem sobre a pele aquecida até a loção revestir a área que tinha intenção de massagear. — Acha que pode fazer isso?
— Vou tentar. — Sua voz saiu profunda e rouca.
— Ótimo. Simplesmente feche os olhos e relaxe.
Jessie cavou seus dedos no músculo tenso. Usou as palmas das mãos para empurrar a pele e massagear profundo, sabendo que não ia machucá-lo. Suas mãos não eram fortes o suficiente para fazer isso. Prazer a encheu ao tocá-lo como olhar fixo na pele bronzeada que manipulava e esperava que funcionasse. Justice precisava relaxar. Trabalhava muito duro.
Ele gemeu, tirando um sorriso de Jessie, mas não perdeu seu toque. Suas mãos trabalharam até o pescoço para amassar os músculos antes de descer lentamente para os ombros, em seguida, de volta. Ele gemia e fazia sons suaves ocasionalmente.
O telefone tocou algumas vezes, mas ele o ignorou. Não ficou tenso nas interrupções ou se moveu sob suas mãos. As mãos de Jessie começaram a doer eventualmente, por causa da força que usava. Ela parou.
— Está melhor?
Ele gemeu.
— Sim.
— Está se sentindo sem stress?
— Sim.
— Minha missão de relaxamento agora está completa.
Ela soltou seus ombros com pesar. Foi um prazer ter as mãos sobre o líder maior das Espécies. Tentou não permitir que seus pensamentos permanecessem aí e sabia que era uma coisa muito ruim estar tão atraída por ele. Seus dedos deslizaram para soltar o elástico de seu cabelo e ela o enfiou no bolso. Falando sobre latir na árvore errada. Ele está fora do meu alcance e Tim vai chutar minha bunda, se souber que estive aqui.
Jessie subiu pelas costas do sofá e estudou as belas feições de Justice.
Seu olhar escuro e sexy encontrou o dela. Teve que engolir em seco pelo olhar intenso que concentrou no dela, sem saber o que queria dizer estando tão sério. Era muito bom em deixá-la desequilibrada. Laurann Dohner Justice
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— Tem alguma coisa errada? Está me olhando como se quisesse dizer alguma coisa.
Ele levantou lentamente e era tão alto que precisou levantar o queixo para manter seu olhar sobre o dele. Ela continuou imóvel. Era quase trinta centímetros mais alto e realmente impressionante em tamanho. Muito grande. Se deixou divagar. Não importava, porque não se sentia ameaçada por ele. Continuou a observá-la atentamente, até que finalmente falou.
— Obrigado. — respondeu asperamente.
— De nada.
Ele piscou.
— Provavelmente deve sair antes que eu faça algo que vou me arrepender. Obrigado por compartilhar o jantar comigo... e me alimentar com a sobremesa. Particularmente quero agradecer pela massagem. Foi maravilhosa e necessária.
O coração de Jessie acelerou um pouco e não negou sua curiosidade.
— O que está pensando em fazer que vai se arrepender?
Seu olhar procurou o dela e um longo momento se passou enquanto parecia debater se respondia.
— Tocar em você.
Seu coração deu um salto. Identificou o olhar em seus olhos, agora que tinha uma pista.
Desejo. Justice a queria como um homem quer uma mulher. Suas narinas e aquele som macio em sua garganta que fazia coisas maravilhosas em sua libido.
— Você ronrona. — ela sussurrou.
Justice fechou as mãos em punhos ao seu lado, preocupado que Jessie pudesse vê-lo como uma ameaça, mas desejava tocá-la tão desesperadamente que se tornou um desejo quase impossível.
Pôr as mãos sobre ela, inalar seu feminino perfume tão perto dele enquanto ela massageava seus ombros o deixou um pouco louco.
Ela era humana, trabalhava para a força-tarefa atribuída sob seu comando e leu sobre etiqueta humana adequada ao local de trabalho. Assédio sexual. Essas duas palavras repetiam em sua cabeça. Ela não era Espécies, as regras de sua sociedade eram totalmente diferentes daquelas no mundo em que vivia e não era uma solução simples perguntar se queria compartilhar sexo com ele. Isso era o que faria se ela fosse uma de suas mulheres. Sabiam que podiam livremente negar e seriam respeitadas. Ela podia ficar com medo ou insultada se ousasse proferir essa pergunta.
Tentou argumentar com seu corpo ligado. Não podia compartilhar sexo com Jessie Dupree. Ela não o queria. Suas ações foram baseadas na bondade e não num convite para colocar suas mãos sobre ela em troca. Veio para discutir trabalho, não acabar em sua cama.
A imagem dele a varrendo em seus braços e levando pelo o corredor até seu quarto encheu sua cabeça. Rasgando a roupa dela, explorando sua pele pálida e passando as mãos sobre cada centímetro de seu corpo. Seu pau respondeu com força total enquanto o sangue corria para a virilha e o peso incômodo da ereção o fez querer ajustar sua posição, uma vez que pressionava contra o denim confinante de seus jeans. Laurann Dohner Justice
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Respirando fundo, ordenou ao seu corpo. Resista. Não pode oferecer seu sexo. Ela é humana e não está autorizado a tê-la, independentemente do quanto a quer. Esses pensamentos ajudaram a recuperar algum controle sobre sua necessidade furiosa de tomá-la. Rosnaria para ela se fosse Espécies, mostraria seu domínio e oferecia seu corpo. A pegaria em menos de um minuto, se ela concordasse em partilhar sexo com ele e mostraria sua habilidade como amante.
Um pequeno traço de incerteza o atingiu e manteve esse rosnado de intenções trancado dentro de sua garganta, já que ela não era Espécies. Não tinha ideia se alguma coisa que aprendeu sobre os humanos se aplicava a ela. Engoliu em seco, se manteve em silêncio e esperava não parecer ameaçador. Ela era muito menor e mais fraca do que as mulheres Espécies. Essa era outra coisa que resfriava seu sangue aquecido. Jessie parecia frágil em comparação e temia machucá-la, de alguma forma, se seguisse seu instinto para tentar levá-la para sua cama.
Jessie olhou de volta para o olhar lindo de Justice, enquanto ele permanecia em silêncio absoluto. Eu o quero, ela silenciosamente admitiu. Tim terá minha bunda, me demitirá, mas, oh inferno, ele vale a pena o risco.
Ele quer me tocar e eu realmente o quero. Tim não tem que saber, certo? Quem contaria? Seu olhar rompeu o contato ao varrer toda a sala. Sem testemunhas, ninguém para julgar e nós dois somos adultos. Ela olhou para ele de novo, encontrou seu olhar intenso enquanto ele continuava a olhá-la, quase como se esperasse por consentimento tácito.
Isso podia levar ao sexo, se colocassem as mãos um no outro. Justice era um cara grande, muito forte e Espécie. Ela se perguntou como funcionaria entre eles na cama. Sabia que algumas mulheres se ligaram com eles. Foi ao casamento de Tammy e Valiant, e Tammy com certeza parecia mais do que feliz apesar de sua drástica diferença de tamanho.
— Alguma vez já dormiu com uma humana? — Essas palavras saíram e não podia acreditar que disse o pensamento em voz alta.
— Não.
Seus olhares permaneceram presos e a encorajou a continuar falando.
— Nunca fiquei atraída por seu tipo antes, mas estou atraída por você da pior maneira. Estou sendo muito direta? Sei que total honestidade supostamente é normal para os Espécies. Apenas me diga para calar a boca se eu estiver errada.
— Você me quer também? — Sua voz baixou a um rosnado rouco.
Meio assustador, mas quente, ela decidiu. A mudança de voz fez seu coração disparar mais rápido. Justice se moveu lentamente, inclinou seu corpo mais perto e levantou a mão para tocar seu rosto com a palma grande. A outra mão deslizou frouxamente ao redor de sua cintura enquanto estudava seus olhos. Responda.
— Sim. — ela mal respirava.
— É tão pequena, que tenho medo de contundi-la ou acidentalmente te machucar. Laurann Dohner Justice
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Ela sorriu, achando seu nervosismo reconfortante. Provava que ela não era a única em terreno movediço e todas as suas dúvidas sobre se envolver com ele desapareceram. — Sou forte e disposta a correr o risco.
— Vi que era forte no lobby quando foi atacada. — A puxou mais perto, com a mão em seu quadril até que seus corpos pressionaram juntos. — Me excitou. Você era pequena, mas feroz. Lutou muito bem.
— Eu o fiz?
— Mmmm — ele rosnou quando baixou o rosto. — Puxe o cabelo para trás, por favor. Quero acesso ao seu pescoço.
Ela agarrou o cabelo longo, sem hesitação e o empurrou de volta sobre o ombro.
Inclinou a cabeça para o lado para dar livre acesso ao seu ombro e pescoço. Ele se inclinou mais e Jessie estremeceu em antecipação quando sentiu a respiração quente a provocando na pele abaixo da orelha. Justice inalou lentamente e percorreu o nariz nessa área, tão suave como a carícia de uma brisa, baixando, para onde a camisa mostrava o sutiã.
— Não vou tocar em você com meus dentes. Não tenha medo. Estou ciente que caninos afiados assustam os humanos.
— Não estou preocupada com isso e pode me tocar com os dentes tanto quanto quiser. — A ideia a excitava, mas tinha uma exceção. — Só não tente romper a pele. Não estou para mordidas de amor. Não sou fã de dor. — Ele ronronou profundamente, um estrondo sexy vindo dele. A mão dela apertou contra seu peito e ela se aproximou até que os seios achataram contra o corpo grande. Podia sentir as vibrações quando ronronava assim. Jessie suspirou baixinho pela surpresa quando, de repente, a língua traçou sua pele. Jessie virou a cabeça, sua boca pressionado na pele dele e se abrindo para lamber o mamilo. Ela o prendeu e mordeu delicadamente com os dentes enquanto chupava. O corpo contra o dela ficou tenso e ele rosnou, vibrando novamente.
O estridente e irritante som do celular os interrompeu. A boca em seu pescoço parou de beijar e Justice proferiu uma maldição rosnada. Ela soltou o mamilo, ergueu o queixo e encontrou seu olhar cheio de paixão.
— Não atenda. Deixe tocar. — Ela prendeu a respiração, esperando que a escolhesse, em vez de quem ligou.
— Vamos para o quarto, longe dele.
Ela puxou o ar para os pulmões, a tensão diminuiu de seu corpo e ela sorriu. Essa era uma maneira de levá-la para seu quarto. É claro que queria segui-lo para qualquer lugar naquele momento.
Ele se afastou para colocar espaço entre seus corpos e a cor dos seus olhos parecia visivelmente mais escura. Não costumava se mover tão rápido com alguém, mas o queria, ele a queria e se recusava a pensar muito profundamente sobre isso. Estendeu a mão e ela ansiosamente colocou a menor na dele. Ele se virou, seu foco sobre ela e a levou para fora da sala.
Justice soltou sua mão quando entraram no quarto principal, deu a volta e empurrou a porta para fechar. Um bloqueio clicou no lugar, o som fácil de identificar. Laurann Dohner Justice
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— Não é para prendê-la, mas para evitar que alguém nos interrompa. Às vezes, os homens designados para me vigiar entram na minha suíte e a porta trancada irá impedi-los de abri-la.
— Certo.
Jessie pegou a frente de seu jeans e desabotoou o botão superior. Olhou seu rosto quando puxou o zíper abaixo, procurando algum sinal de protesto. Paixão brilhava no olhar aquecido e ela desceu a atenção por seu corpo para ver os dedos afastando o tecido. Ele usava boxer de flanela vermelho.
Pareciam caros e eram surpreendentemente suaves quando passou os nós dos dedos contra eles. Não estava brincando sobre gostar de conforto entre sua pele e o jeans.
Ela empurrou as calças abaixo por suas pernas musculosas antes de ir para a cueca e removê-la também. Suas mãos, de repente agarraram as dela e o olhar de Jessie subiu para encontrar o dele.
— Estou indo muito rápido? Quer ir mais devagar? — Ela resistiu a sorrir divertida ao pensar num homem resistindo a ficar nu o mais rápido possível com uma mulher disposta em seu quarto. Ele não era como os outros caras, se lembrou.
— Há algumas coisas que deve saber primeiro.
Uh-oh.
— Tem as mesmas partes, certo? Partes masculinas? — Ele abriu um sorriso.
— Sim.
— Então o que mais há para saber?
Ele hesitou.
— Fomos informados que somos maiores que os machos típicos.
Maiores. Ela engoliu em seco.
— Posso lidar com isso. Maior como em "um pouco maior" ou como em "isso nunca, nunca vai caber dentro de mim?"
Uma risada escapou de seus lábios.
— Sua raça e a minha compartilham sexo. Não parecem ter qualquer problema com isso.
— Isso é bom saber.
— Há mais.
Ela mordeu o lábio, sem saber se realmente queria saber. Algumas coisas eram melhores quando não ditas, mas apreciava ele querer ser totalmente honesto com ela.
— Mais que grande?
— Só quero que esteja consciente. Alguns Espécies incham, ficando ainda maiores no final do sexo. Eu não.
Ela estava um pouco chocada ao ouvir esse fato sobre as Espécies.
— Tammy disse que com Valiant, no final, sua semente é visivelmente quente. Não dói, mas sente um calor a enchendo quando derrama sua semente. Não tenho preservativos e não poderei conter minha semente se fizermos. Vai sentir isso se eu entrar em você. — Ele puxou uma respiração afiada. — Não preciso. Só queria te dar a opção de sair. Laurann Dohner Justice
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— Não faz mal a ela?
Ele balançou a cabeça.
— Ela parecia divertida com o que ele me disse. Só queria avisá-la.
— Estou avisada. Acho que posso viver com isso. — Jessie estava feliz que não fosse algo pior. Sêmen mais quente que o normal não era um obstáculo no quarto.
Ele hesitou.
— Pode ficar grávida? Usa alguma coisa para evitar isso?
— Uso injeção hormonal, mas sei que não é uma preocupação, pois você não pode ter filhos. Isso é verdade, certo?
Ele hesitou.
— É melhor estar seguro. Somos todos diferentes e, portanto, estamos sempre dentro do reino das possibilidades. Prefiro estar seguro, em vez de correr risco.
— Vou ao médico regularmente, uso injeção e não tomei nada que pudesse influir com ela, por isso estamos bem. Não tenho nenhuma doença também. Fazem testes regulares no consultório do meu médico e não tenho parceiro sexual há cerca de um ano. Tenho certeza que estou completamente saudável.
A surpresa arregalou seus olhos.
— Um ano?
Ela encolheu os ombros.
— E você?
— Faz alguns meses desde que compartilhei sexo com uma mulher. Era Espécie e não temos doenças sexualmente transmissíveis. Nunca estive com uma humana, como disse.
— Então, estamos prontos. Tivemos uma conversa responsável, estamos cobertos sobre gravidez e ambos livres de doença. — Ela sorriu e agarrou a cintura de sua boxer para empurrá-la abaixo por suas coxas musculosas. Não podia deixar de olhar o corpo que ela revelava e, logo que libertou o pênis, congelou. Seus dedos se fecharam em torno do material macio.
— Jessie?
Ela se forçou a desviar o olhar da metade inferior para encontrar seu olhar preocupado.
— Não estava brincando sobre ser maior.
— Quer parar? — Os lindos olhos felinos se estreitaram, e ele franziu ligeiramente a testa e a preocupação tencionou seus traços.
Ela olhou para o pênis e o estudou. Não era assustadoramente dotado, mas nunca esteve com um homem do seu tamanho.
— Não mudei de ideia. Basta ir devagar porque senão isso vai doer. — Ela soltou a boxer, permitindo que caísse no chão. Sua atenção se voltou para o rosto. — Ainda quero você.
— Não tenho que entrar em você. Podemos fazer outras coisas. Não vou te machucar. — Jessie recuou quando Justice chutou as roupas. Ela agarrou a barra de sua blusa, a puxou sobre a cabeça e a deixou cair no chão. Justice silenciosamente observava enquanto tirava sua calça jeans. Laurann Dohner Justice
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— Tenho certeza que sou igual às outras mulheres. Sem surpresas sobre partes do corpo.
Ele ronronou novamente.
— Sua pele é tão pálida. É muito bonita.
Ela olhou para seus seios.
— Estou feliz que pense assim. Suas mulheres são naturalmente bronzeadas.
— Sua pele me lembra o leite. Amo leite. A textura e o sabor quando está quente é meu favorito.
Ele era bom. Jessie sorriu pelo elogio. A melhor parte era que não acreditava que fosse uma linha que praticasse para usar com potenciais parceiros sexuais. Justice não era um cara comum, que cresceu namorando e aprendendo o que funcionava para pegar garotas. Se dizia que sua pele parecia o leite que amava, isso era o que parecia. Ela tirou a calcina e o sutiã combinando, grata que fossem bonitos.
— É linda! — rosnou Justice, olhando seus seios. — E maior que nossas mulheres.
Ela riu.
— Estou feliz por algo em mim ser. Suas mulheres são bem impressionantes. — Ele foi para frente até que quase se tocavam e as mãos quentes gentilmente agarraram seus quadris. Ele caiu de joelhos na frente dela, o rosto agora nivelado com seus seios. A respiração quente os ventilou e seus mamilos responderam ficando duros. Teve que olhar para seu rosto mais uma vez, enquanto os olhares se encontravam.
— A última coisa que devo avisá-la é sobre sermos naturalmente dominantes e agressivos. Nunca te machucaria durante o sexo, mas poderia fazer ruídos que não está familiarizada. Não quero que se assuste se parecer assustador. Não é minha intenção ser uma ameaça.
— Gosto quando ronrona. Você vibra e isso me excita.
— Está prestes a ficar realmente excitada se estiver sendo honesta comigo. Não tem ideia do quanto quero você, Jessie. Estou lutando contra meu instinto de entrar em você com força total.
Ela se perguntou a que tipo de instinto resistia.
— Não sou frágil ou me assusto facilmente, Justice. — Levantou as mãos e segurou seu rosto, olhando dentro do olhar exótico e o desejo de beijá-lo a agarrou. Sabia tudo sobre como manter o controle no momento.
— Não esconda nada. Seja você mesmo. Quero te conhecer. — Ele suavemente rosnou para ela, um estrondo profundo que devia ser a coisa mais sexy do mundo. O azul de seus olhos realmente se mostrava naquele momento, não deixando qualquer dúvida que a cor se escondia naquelas profundezas escuras e ela observou uma mudança em sua expressão.
— Você vai me pegar. Laurann Dohner Justice
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meu Deus muita informaçao
ResponderExcluirEle falando que gosta de leite sendo um gato kkkk
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