terça-feira, 28 de outubro de 2014

Capítulo 02

CAPÍTULO DOIS
O terror era difícil de suprimir, mas Novas Espécies tinham sentidos excelentes de cheiro. Eles podiam às vezes detectar emoções e estava assegurada de que medo era uma que eles podiam detectar. Allison não podia se arriscar a ferrar com tudo. Era tudo sobre contagem de tempo e não levantar suspeitas.
Suas mãos tremiam enquanto ela escondia um bilhete dobrado dentro da gaveta de sua mesa e colocava a chave no bolso. Deixá-lo trancando daria mais tempo para implementar o que planejou antes deles a acharem. Ergueu o olhar para o relógio na parede e seu coração acelerou. Cem coisas podiam dar errado e ela estaria em um mundo de problemas se até mesmo uma parte de seu plano falhar. Minutos se passaram como o passo de um caracol até que finalmente deu quatro horas. O oficial no andar de baixo atribuído para proteger o paciente sairia para jantar. Ela tinha exatamente vinte e cinco minutos antes dele retornar.
Suas pernas pareciam fracas quando se levantou, deu a volta na mesa e respirou fundo em uma tentativa de tranquilizar seus nervos desgastados. Durante as prévias vinte e quatro horas ela definiu a base para fazer seu plano sair sem problemas.
Destiny não estava em sua mesa e isso era um obstáculo a menos. Apressou-se para o elevador, apertou o botão, e rezou para que quem estivesse protegendo 880 não estivesse atrasado. Seus dedos esfregaram o bolso do casaco contendo as chaves para se assegurar que ela podia fazer isto quando as portas se abrissem.
A cadeira do corredor estava vazia quando as portas do elevador se abriram no andar do porão e ela sorriu de alegria. Seus sapatos baixos não faziam muito barulho enquanto corria na direção ao quarto do paciente e colocava a chave na porta. Pegou a chave sobressalente da mesa de Destiny uma hora antes quando ele teve que atender um Espécie que chegou com um braço cortado de uma luta. A chave se torceu e a porta se abriu.
880 estava deitado quieto e se apressou para dentro do quarto depois que deixou a porta aberta. Só levou um minuto para desligar as máquinas, retirar suas intravenosas, e remover o tubo de alimentação. Olhava seu peito e rosto por sinais de dor ou choque da perda súbita de suporte. Continuamente se manteve respirando.
Ela não tocou em seus apoios, jurando lidar com eles mais tarde, e usou o pé para chutar a trava das rodas da cama de hospital. A manobrou para o corredor. Foi uma luta girar a cama e forçá-la ir pelo corredor abaixo para o elevador, mas conseguiu.
Medo a agarrou com força enquanto as portas deslizaram se abrindo, mas ninguém estava do lado de dentro. Ela gemeu, deu um empurrão poderoso, e conseguiu colocar a cama no espaço apertado. Empurrou o botão enquanto inclinava as costas contra a cama e não tinha nenhuma ideia de que mentira plausível diria se fosse pega no térreo do edifício médico.
As portas deslizaram abrindo e espiou em volta da extremidade da sala grande. Todo mundo estava ainda no jantar. Bateu o botão que manteria o elevador aberto, girou, e agarrou a grade da cama. Teve que lançar seu peso contra ele, mas conseguiu tirá-lo do elevador. Entrou de volta no lado de dentro, apertou o botão para a porta se fechar, e saltou para fora antes dela fechar. Laurann Dohner Obsidian
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As portas do fundo do centro médico ficavam normalmente trancadas, mas ela tinha as chaves. Suor escorria por suas costas e entre seus seios enquanto abria a porta. Nenhum oficial foi atribuído para o lado de fora de onde seu caminhão alugado esperava. Apressou-se em direção a ele, ergueu a porta rolante traseira abrindo-a, e depressa arrastou a rampa.
— Maldição. — Disse, agarrando a cabeceira da cama. Pegou um começo de corrida, sabia que era louco tentar isso, mas imaginou que se não conseguisse aceleração suficiente a maldita coisa iria atropelá-la quando começasse a deslizar de volta.
O desespero deu a ela a quantidade necessária de força e as rodas da cama atingiram a rampa. Estava chacoalhando, mas o impulso a manteve em toda a distância para o fundo do pequeno caminhão de aluguel. Desejou que pudesse se sentar desmoronando de esgotamento, mas não tinha tempo para desperdiçar enquanto olhava em seu relógio de pulso. Tinha nove minutos para sair de lá antes que alguém verificasse o 880. Apenas podia rezar para que eles não comessem muito rápido e retornassem mais cedo.
Ela já havia preparado o fundo do caminhão e usou as algemas que comprou em uma loja sexshop para prender as rodas da cama no para-choque interior do caminhão de mudança. Empurrou um cobertor entre o lado da cama e a parede, rezando para que amortecesse quaisquer pancadas. A dúvida a atingiu.
E se eu acabar o matando? Oh merda. Eu enlouqueci. Embora seja muito tarde. De jeito nenhum eu posso levá-lo de volta para seu quarto antes deles descobrirem que eu o levei. Merda! Ela olhou para as cicatrizes dele e cerrou os dentes. Não iria permitir que ele morresse e isso aconteceria com certeza se ela não seguisse o seu plano.
Não era fácil fazer com que a rampa deslizasse de volta para dentro de onde veio. A coisa parecia mais pesada para colocar de volta que retirar, mas ela deu um jeito. O medo de ser pega sequestrando um Nova Espécie e o que eles fariam com ela era motivação suficiente. Puxou a porta de volta para baixo, trancou, e se apressou para a cabine.
Subiu no assento do motorista, olhou para sua bolsa escondida no chão, e remexeu procurando as chaves. O caminhão ligou enquanto colocava o cinto com sua mão livre, pressionou e lentamente pisou no acelerador. Estavam em movimento. Dirigiu cuidadosamente, esperando que seu convidado não estivesse balançando demais.
Uma rápida olhada em seu relógio a fez se apressar para o portão de funcionários. Tinha um horário apertado para manter. Aumentou o ar condicionado até o máximo, esperando que isto levasse qualquer cheiro de medo. Ela abriu a janela para ajudar enquanto o portão e os guardas surgiram.
— Querido Deus. — Suavemente rezou. — Por favor, deixe isso funcionar. Por favor?
O oficial que a parou usava uma máscara que protegia seu rosto. Os óculos protetores escuros escondia sua identidade e ela não reconheceu sua voz.
— Oi, Dra. Allison. — Sua cabeça se girou para olhar fixamente para trás do caminhão. — Onde você está indo?
— Eu comprei moveis para minha casa ontem. Eu tenho que devolver o caminhão hoje. — Ela ergueu seu braço para mostrar seu relógio. — É preciso retornar às cinco. Você pode me verificar depressa e deixa-me ir? No aluguel será cobrado uma taxa extra se eu me atrasar. Laurann Dohner Obsidian
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— Claro. — Se aproximou do lado do caminhão e olhou para dentro pela frente para ter certeza que ninguém estava escondido no chão de passageiro. — A parte de trás está destrancada?
Onde diabos está aquele cara? Vamos, droga. Conseguiu manter a voz tranquila. — Sim. Não há nada lá, a não ser os cobertores da mudança que protegeram a nova mesa de jantar de ser arranhada. Vá em frente e olhe.
Ele desceu e ela quis gritar quando ele caminhou em direção à parte de trás do caminhão. O olha dela se ergueu para o portão espesso na frente dela e o outro macho Espécie que o abria. Mais deles estavam na parede com rifles de precisão. Ela podia pisar para o portão em uma tentativa de fugir, mas eles poderiam abrir fogo, acidentalmente atirar em 880. Esse não era um risco que ela tomaria.
— Alerta! — Era um grunhido vindo de cima. — Nós identificamos um furgão.
Botas bateram no pavimento e o guarda passou correndo pela porta do motorista para alcançar o portão. Um furgão surrado diminuía a velocidade no outro lado do portão e um homem forte saiu.
— Você não tem permissão para passar por este portão. — Um dos oficiais Espécies declarou. — Retorne a seu veículo e dê a volta. Esta entrada é proibida.
— Acalme-se. Eu só preciso de direções. — O homem olhou para o caminhão, mas foi cuidadoso em desviar o olhar. — Não atire. Maldição! Essas são armas de verdade? Só estou perdido. Acho que fiz uma curva errada.
Mais oficiais chegaram à cena. Eles cuidadosamente o agarraram, o giraram, e deram um tapa de leve forçando-o para baixo.
— Oi? — Empurrou a cabeça para fora da janela para conseguir a atenção do oficial. — Eu tenho que ir. Você pode verificar o fundo e deixar-me passar?
O oficial estava prestando atenção a ameaça do homem desconhecido e o que o furgão poderia conter. Contava com isto. Ele acenou para ela ir e o portão se abriu.
Culpa a golpeou enquanto dirigia devagar passando pelo homem que ela pagou para distrair os oficiais. Eles o algemaram no chão e estavam se preparando para vasculhar o furgão. Ele lançou um olhar feio antes dela acelerar. Ele não seria preso se continuasse com sua história de estar perdido e eles não achariam nada para ficarem alarmados dentro do furgão. Eles não o manteriam por muito tempo.
Allison não relaxou até que se fundiu no tráfico da estrada. Foi cuidadosa sobre o quão rápido dirigia para evitar chamar atenção. A última coisa que ela precisava era para ser parada com uma multa de velocidade. Ela se perguntou quanto tempo daria antes do ONE mandar um helicóptero à procura do caminhão alugado. Sua melhor suposição era que não iria demorar.
A saída surgiu e respirou de alívio. Não havia nenhum posto de gasolina ou lojas no campo de visão. A estrada se estreitou para uma pequena estrada rural de duas pistas, uma não era usada frequentemente, e finalmente avistou o portão envelhecido e deformado.
O caminhão balançou quando saiu do pavimento. Seu olhar se ergueu para o céu e suas orelhas se esticaram para o som de um helicóptero. Apenas do motor do caminhão em movimento podia ser ouvido. Laurann Dohner Obsidian
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O portão da propriedade rangeu ruidosamente enquanto se abria, ela retornou e dirigiu pela estrada o suficiente para passar pelo portão sem tocar na traseira do caminhão e retornou para fechá-lo. Há um quilometro de terra havia um celeiro e uma fazenda abandonada. Abriu as portas do celeiro na noite anterior e apenas dirigiu o caminhão para dentro.
Ela não se acalmou até que fechou as portas e abriu a porta rolante da traseira do caminhão. Teve de usar uma pequena lanterna que mantinha dentro do seu casaco para ver o interior escuro enquanto subia na área de carga. A cama estava na vertical, as algemas a segurou contra a parede, e silenciosamente agradeceu o homem do sex shop que jurou que elas eram de qualidade policial. Ele provavelmente achou que ela realmente tinha um namorado fisiculturista, sua desculpa para querer comprar o conjunto mais forte que eles tinham. Parou ao lado da cama de hospital. 880 descansava pacificamente enquanto seu peito subia e descia. Lágrimas de agradecimento encheram seus olhos. Ele sobreviveu.
— Eu trouxe você para cá. Nós conseguimos. Agora apenas temos que esperar até que você esteja um pouco mais escuro e eu moverei você para dentro da casa.
Curvou-se em cima dele e ligeiramente tirou alguns fios do cabelo preto sedoso de seu rosto. Sua pele era quente, mas isso era normal nos Espécies. Ainda assim mediu sua temperatura quando o colocou na sala de estar, onde ela tinha material para ajudá-lo, e ter certeza que não pegaria uma infecção por ter removido apressadamente o tubo de alimentação.
— É apenas você e eu agora, 880. Não se assuste ao perceber o que aconteceu. Eu não vou machucar você. Eu fiz isso para salvá-lo.
* * * * *
Tiger lançou sua cabeça para trás e rugiu de raiva. Olhou para Destiny enquanto o outro macho empalidecia.
— Como você pôde permitir que isso acontecesse?
A boca do macho se separou enquanto engolia em seco. Os ombros largos se encolheram.
— Eu não tinha nenhuma ideia de que ela planejava sequestrá-lo. Eu confiava nela. Quem pensou que ela seria forte o suficiente para levá-lo daqui?
— Basta. — Justice rosnou. — Eu confiava nela também. — Lançou um olhar preocupado para Brass quando ele entrou no escritório. — Diga-me que você tem boas notícias.
— Não tenho. Nós alertamos a polícia para nos ajudar a procurar pelo caminhão alugado, mas eles não o avistaram. Temos dois helicópteros no ar e um terceiro está no caminho da Reserva.
— O sol vai se pôr logo. — Jessie foi diretamente para seu companheiro, dirigindo-se a ele. — Nós o acharemos.
Ele estendeu a mão e segurou o rosto dela.
— Estou mantendo minha compostura, mas estou furioso. Eu pessoalmente a escolhi. Nós fizemos uma pesquisa completa, mas ela ainda nos traiu.
— Nada indicava que ela tivesse qualquer associação com Mercile ou os grupos de ódio. — Brass cruzou seus braços em cima do peito, raiva torcendo suas características severamente. — Laurann Dohner Obsidian
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Ela não tinha nenhuma dívida, mas retirou vinte mil dólares ontem de sua poupança. Ela tem um fundo de capital deixado para ela por seus avós falecidos. Asseguramos-nos de que ela não pudesse ser subornada quando veio trabalhar para nós. Dinheiro não é uma motivação para sequestrar 880. Nós enviamos autoridades até a família dela, caso eles saibam de algo. Ninguém os está usando para forçá-la fazer isso.
O telefone tocou e Justice se debruçou por cima de sua mesa para bater no botão do viva voz. — Justice aqui.
— É Trisha. — A voz da mulher anunciou. — Eu ouvi o que aconteceu e eu não acredito nisto. Eu conheço Allison e ela não machucaria um Espécie.
— Ela o sequestrou. Nós apenas captamos seu cheiro e suor pelo esforço de empurrar a cama para fora do edifício. Ela o levou direto pelo portão de funcionários. — Justice pausou. — Eu não quis acreditar nisto também. Eu confiava nela, mas ela o levou.
— Há uma explicação sensata. — Trisha soou brava. — Não foi para machucar ou vendê-lo. Ela realmente se importa com os Espécies e ela odeia qualquer um que apresenta perigo para eles. Ela é dedicada e doce. Deve haver outra razão além de algo desprezível.
Flame entrou na sala, segurando um bilhete. — Nós descobrimos isso trancado dentro da mesa dela.
— O que é isto? — Trisha gritou. — Alguém me diga ou me ligue em meu telefone celular assim nós podemos fazer uma conferência de vídeo.
— É um bilhete. — Flame declarou mais alto. — Ela o levou porque ela sente que é possível salvá-lo o fazendo ter um vinculo com uma fêmea pelo cheiro dela. — Entregou o papel para Justice. — Ela pediu permissão, mas foi negada. Ela afirma que sente que essa pode ser sua única chance salvá-lo.
Justice aceitou o pedaço de papel e franziu a testa, lendo.
— Ela jura fazer de tudo em seu poder para despertá-lo do coma e o devolver a nós assim que possível.
— Maldição. — Tiger rosnou. — Ela é louca. Ela não percebe que o levando daqui o está colocando em perigo? Pode confiar na pessoa errada que poderia matá-lo. Ele está impotente e ela seria inútil o defendendo.
— O que ela quer fazer? — Frustração soou na voz de Trisha.
Tiger chegou mais perto da mesa.
— 880 perdeu sua companheira e a Dra. Allison solicitou que nós enviássemos uma fêmea para ficar com ele na esperança de que o cheiro dela o tiraria do coma.
— Isso funcionaria? Justice? — Trisha ficou quieta, esperando por uma resposta.
— Não. — Ele suspirou. — Eu não acredito que funcione. Ele não pode ser enganado por outro cheiro de fêmea substituindo o que ele perdeu. Ela cheiraria ofensiva para ele. — Seu olhar se prendeu em Tiger. — Você a informou disto?
— Eu disse a ela que seria perigoso. Eu tentei explicar o porquê e pensei que ela tivesse entendido. Laurann Dohner Obsidian
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— Ela não o machucará. — Destiny friamente olhou para todo mundo na sala. — Ela entrava de fininho em seu quarto às vezes. Eu a peguei conversando com ele. Allison tem coração. Ela não o pegou para ser cruel. Ela quer curá-lo.
— Nós precisamos salvá-la dele mesmo se ela conseguir despertá-lo. — Tiger ergueu uma mão e passou por seu cabelo em frustração. — Ele vai matá-la. Ela é humana e ele nunca conheceu a generosidade deles.
— Nós presumimos isso. — Justice franziu a testa. — Sabemos tão pouco sobre este macho ou sua história com exceção do que aconteceu com ele antes de ser salvo.
— Os humanos assassinaram sua companheira na frente dele, de acordo com os outros machos Espécies que foram recuperados com ele. Isso o enlouqueceu. — Tiger rosnou baixo. — Ele vai matá-la se ela conseguir acordá-lo. Nós teremos um Espécie feroz lá fora atacando humanos. Precisamos encontrar ambos e os trazer de volta para cá.
— Concordo. — Justice balançou a cabeça. — Eu preciso ligar para Tim Oberto e trazer a força tarefa para isso. Eles vão ter que colocar a missão atual deles em espera para encontrar 880 e a Dra. Allison.
* * * * *
Allison tremia na sala fria. O aquecedor funcionava, mas a maior parte do calor subia para os dois quartos de cima. A casa era velha, a construção original do andar de baixo estava pobre, mas a mais nova adição para o segundo andar não era tão fria. O seu olhar caiu no Espécie na cama de hospital no centro da sala.
— Eu gostaria de poder levar você para cima, mas não sou forte o suficiente. Recuso-me a te arrastar porque você se machucaria. Duvido que possa fazer isto ainda que tentasse. — Chegou mais perto para dobrar o cobertor ao redor do pescoço. Colocou umas intravenosas para fluidos, esvaziou sua bolsa de urina, e sabia que de manhã ele precisava de um banho de esponja. Estava muito frio para fazer isto depois que o sol se pôs. — Mas estamos seguros. A casa está bem trancada. Eu comecei um fogo na lareira e espero que aqueça logo.
Olhou em volta da sala e odiou o cheiro de mofo. Mendigos não podem escolher, se lembrou. Achar a casa para alugar em um prazo tão curto no jornal local foi pura sorte. A fazenda estava a vinte anos desatualizada, a mobília incluída precisava ser despejada na cidade, mas alguém tentou limpá-la. Nenhuma teia de aranha decorava os cantos e pó não cobria toda a superfície. O homem para quem ligou de um telefone descartável que comprou disse que a eletricidade e gás estavam ligados. Usava o lugar algumas vezes por ano com amigos para caçar cervos.
— Estamos em uma fazenda. Não é o lugar mais agradável que eu já fiquei, mas eu paguei em dinheiro. O dono nunca viu meu rosto, então ele não pode me identificar e eu disse a ele que precisava de um ninho de amor. — Sorriu. — Eu tive que inventar algumas histórias malucas ultimamente. O cara da loja para adultos pensa que eu estou transando com algum fisiculturista louco que gosta de ser acorrentado em uma cama e o dono desta casa acha que eu estou tendo Laurann Dohner Obsidian
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um caso com um homem casado enquanto sua esposa está em um cruzeiro de um mês pela Europa. Eu disse a ele que precisava de um lugar que ninguém nos veria juntos.
Virou-se para enfrentar o homem adormecido. O olhar demorou na cicatriz arruinando sua bochecha, depois a da sua mandíbula. Elas eram mais velhas, os ferimentos mais novos de quando ele chegou se curou, mas aquelas duas eram as piores.
— Eu tenho um telefone celular descartável, um diferente, carregando na cozinha. Se você entrar em alguma dificuldade nós estamos só há vinte minutos de Homeland. Eles podem nos localizar depressa se eu fizer um telefonema para ele. Eu trouxe um equipamento de emergência no caso de você precisar disso. Só queria ter podido roubar um monitor cardíaco. — Me sentiria melhor se você fosse conectado a um.
Ele não se moveu, apenas respirava, e a depressão se instalou dentro de Allison. Ela tinha um pressentimento que iria ser solitário enquanto esperava para ver o que aconteceria com ele constantemente a seu lado.
— Eu vou dormir no sofá aqui. Nós vamos ficar bem. — Outro arrepio de frio percorreu suas costas. — O tempo pede chuva, mas a temperatura deve esquentar dentro de alguns dias. — Acariciou o rosto dele com seus dedos. — Espero que você esteja aquecido o suficiente. Não há nenhuma secadora aqui, então não posso aquecer seus cobertores.
Ela se virou e caminhou para a mala que escondeu dentro da casa quando trouxe o material para cuidar de 880. Quase congelou quando saiu de suas roupas para colocar uma calça de moletom e uma camisa de dormir solta. Sentou-se no sofá para olhar fixamente para as chamas da lareira e suspirou. Não havia uma televisão e duvidou que teria conseguido conexão de qualquer maneira.
O cobertor dobrado não era tão grosso quanto aqueles que ela deu a 880, mas enrolou-se no sofá com ele, tentando se aquecer. Não funcionou. Ainda estava muito frio. Apenas ficava pior como o passar do tempo. Seu olhar foi para a cama de hospital, preocupação a corroia em relação a seu conforto e ficou de pé.
Ergueu seu cobertor um pouco para sentir seu peito nu. Ele estava morno, sua pele respondia a seu toque frio com arrepios e mordeu seu lábio. Seus pés estavam gelados mesmo assim se levantou no tapete enquanto se debatia de frio.
— Oh droga. Quero que você se acostume ao meu cheiro. Pelo menos eu não me preocuparei com um de nós congelando até a morte. — Deu a volta na cama, no lado onde ela não inseriu a intravenosa, suavemente abaixou a grade e subiu na cama depois de erguer as cobertas. — Estas camas de hospital não são espaçosas, não é?
Torceu o suficiente para puxar a grade. Com o espaço limitado que tinha não era fácil dobrar o cobertor por cima deles dois. Ele era muito grande e morno enquanto se aconchegava firmemente contra seu lado, com cuidado para não o perturbar.
Calor a invadiu onde o tocou. Sua mão se ergueu para se apertar contra o meio do seu peito e cada respiração que ele dava fazia subir e descer. Ele estava bem por enquanto. O calor dos seus corpos combinados os manteria aquecidos pela noite. Exaustão se instalou.
Isto é loucura. Ela admitiu. Arrependimento veio de sua decisão precipitada, mas já estava feito. Amanhã ela se preocuparia no que fazer depois. Apenas precisava de um pouco de sono. Laurann Dohner Obsidian
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Cada respiração que ele dava esfregava sua mão em seu peito e inalava seu cheiro. Sabão e os produtos de cabelo que eles usaram mais algo fracamente masculino que não era perfume provocava seu nariz.
Ela sentia-se atraída por 880. A culpa a consumia pelo modo que seu corpo o abraçava um pouco mais apertado que o necessário. A ideia dele saudável e acordado, deitado na cama com ela, fez seu estômago tremular. Aquela reação a envergonhou. Notar que um paciente era bonito era inevitável desde que tinha bons olhos, mas o jeito que apreciava estar muito perto dele estava errado. Sabia disso, ainda assim não podia parar de se sentir daquela maneira. Laurann Dohner Obsidian
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9 comentários:

  1. Gente , tá doidona ela , eu sei que eles são uns amores quando eles conhece vcs , mas o cara tá em coma desde que saiu daquela indústria, ele nao foi informado do que aconteceu com ele , e provavelmente vai odiar ela quando acordar , por naturalmente ela ser humana , ou seja esse plano dela tem tudo pra dar errado. Kkkkkkk

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    1. Sem contar que pela primeira vez, o sequestro não foi direcionado a mulher 😂😂😂😂😂😂 ela só sequestrou😂😂😂😂😂😂 tô vendo ele muito louco pra rasgar a cabeça dela do corpo, MDS

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  2. Eu entendo o lado dela, ela é médica e vivia perdendo pacientes, isso machuca! Apesar de que ela se arriscar tanto é muito perigoso, mas eu entendo o lado dela

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