Três meses mais tarde
— Ele parece muito bem. — Alli abraçou a própria cintura, dominada com tantas emoções que não estava certa de qual era a mais forte. Obsidian jogava futebol com mais de uma dúzia de machos no quintal lateral próximo ao dormitório dos homens. Seu cabelo estava solto, os fios sedosos sopraram no vento, e seus dedos se dobraram com o desejo de tocá-lo.
Ele engordou mais, julgando pelos seus braços e peito, que estavam exibidos na camiseta vermelha que também acentuavam sua pele mais bronzeada. Atravessou a grama descalço, chutou a bola e passou do goleiro. Ele girou, estava certa que ele sorriu e bateu na mão de outro macho vestindo uma camisa da mesma cor.
— Ele está mais saudável e mais forte. — Breeze concordou. — Ele não está tão magro como você o viu pela última vez. Eu te disse tudo isso quando você chegou. Você acredita em mim agora? Por que estamos dentro do quarto de Smiley espiando seu macho?
Esse era o problema. Ele ainda é meu? O medo envolveu seus tentáculos de gelo ao redor do seu coração. Ela estava uma bagunça desde que recebeu o telefonema a três horas de Homeland. Ofereceram a opção de visitar Obsidian. Era um sonho se realizando, mas ao mesmo tempo a preocupação quase lhe deu uma úlcera.
Dezesseis semanas e três dias se passaram desde que foi escoltada por alguns membros da força tarefa do ONE para um de seus furgões. A prisão Fuller era menos de uma hora de Homeland. O novo chefe era um idiota com um complexo de Napoleão, mal o tolerava. A instalação inteira era contida por paredes altas semelhantes à Homeland, mas era muito menor. O trabalho era terrível, mas suportou tratar os prisioneiros, esperando conseguir o telefonema dizendo que ela podia ver Obsidian.
— Allison?
Recusou-se a afastar o olhar do homem que amava enquanto corria pela grama.
— Sim?
— Você está bem? Foi ruim em Fuller?
— Pensava nele todo dia. Ajudou a lutar contra a solidão.
— Você não fez novos amigos? — A voz de Breeze chegou mais perto.
— Não. — Empurrou para trás as lembranças desagradáveis do tempo que passou longe. — Era um sorteio de quem era mais ofensivo, os prisioneiros ou os guardas.
— Eles se ofereceram compartilhar sexo com você?
Muitas vezes para contar. A pergunta a deixou curiosa o suficiente para virar sua cabeça e olhar para sua amiga.
—Eu era a única mulher trabalhando lá. O que você acha?
Breeze cheirou alto.
— Eu não cheiro macho em você. Foi só isso? Você formou um laço com outra pessoa? Laurann Dohner Obsidian
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— Claro que não. — Respirou para se acalmar, a resposta afiada revelando mais da sua raiva. — Desculpe. Vamos apenas dizer que não é o melhor trabalho no mundo. Eu seria bilionária se conseguisse um dólar por toda vez que um deles desce em cima de mim. — Olhou de volta para a janela do apartamento do terceiro andar para localizar Obsidian. — Ele sentiu a minha falta? — A esperança subiu enquanto o via chutar a bola.
— Ele não fala de você de jeito nenhum.
Ai. Sentiu uma punhalada em seu coração como se uma faca fosse empurrada.
— Ele perguntava a princípio, talvez duas semanas. Depois ele parou.
— Oh.
— Acho que o deixava muito bravo.
Alli olhou para trás.
— Comigo?
— Por você ter ido embora. Ele sabe que não o abandonou. Eu não deixei nenhuma dúvida de que você não teve nenhuma escolha. Moon e eu fomos muito diretos com ele. — Abaixou a voz. — Embora eu quisesse chegar nele mais suavemente.
— O que isso quer dizer?
Breeze chegou perto o suficiente para olhar lá fora.
— Moon e eu tínhamos ideias diferentes da melhor maneira de lidar com Obsidian. Mas funcionou bem. Ele fez amigos e tem um trabalho.
— Sério? — Isso era boas notícias.
— Muitos amigos. Moon o ensinou ao dirigir e acertou quando acreditou que ele se sairia bem entregando coisas por Homeland.
Queria perguntar sobre mulheres, mas não conseguiria suportar ouvir a resposta. Poderia muito bem partir seu coração se Breeze nomeasse aquelas com quem Obsidian dormiu. Virou-se, localizando-o novamente. Não era difícil de fazer isso desde que seu olho estava naturalmente direcionado à sua estrutura alta. Era uma tortura estar tão próxima e ao mesmo tempo tão longe dele.
— Você não está curiosa?
— Sobre o que?
— Se ele criou algum vinculo com outra fêmea.
A punhalada em seu coração se transformou em uma lança. Não disse nada, nem olhou para trás, incapaz de enfrentar a possibilidade. Em sua mente, gostava de imaginar que ele estava ansioso por ela tanto quanto ela estava por ele. A coisa ruim sobre sonhar era que a realidade tinha que vir para colidir em certo ponto.
— Allison?
— Não diga. — Sussurrou. — Não quero saber. — Não poderia suportar isso.
— Você não mais se importa com Obsidian? Estou surpresa.
Sua cabeça girou, boquiaberta para Breeze.
— Ainda o amo. Nem um dia se passou sem que eu me preocupasse com o fato de que ele poderia encontrar outra pessoa e esqueceria tudo sobre mim. Eu apenas... — Emoção a sufocou.
Um sorriso tocou os lábios da Espécie. Laurann Dohner Obsidian
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— Não houve nenhuma. Ele recusou todas as ofertas de compartilhar sexo.
Os joelhos enfraqueceram de alívio.
— De verdade?
Assentiu com a cabeça.
— Ele disse que estava farto das fêmeas.
Esse alívio durou pouco.
— O que isso quer dizer?
— Sua companheira o rejeitou e ele foi separado de você. Ele disse que não queria outra fêmea para ser importante para ele.
Olhou de volta para a janela, sofrendo calada.
— Houve muitas mulheres que deram em cima dele? — Era patético perguntar, mas não podia resistir.
— Muitas. Ele é atraente e misterioso para nosso povo, pois é diferente. Estão acostumadas a serem procuradas pelos machos e ele não é de perseguir.
Breeze deu em cima dele? Mordeu essa pergunta de volta, sufocando-a em um cobertor de ciúme. Era estúpido se sentir desse modo já que ele não era dela. O remorso era uma pílula amarga para engolir. Devia ter assinado aqueles documentos de companheiro. Teria dado acesso a ele mais cedo, possivelmente até evitando que ela fosse mandada embora em primeiro lugar.
— Ele é também extremamente educado e cortês. Muitas de nossas fêmeas estão encantadas com ele quando ele entrega pacotes e materiais para elas durante seus turnos de trabalho. Alguns acreditam que ele seja muito tímido para tocá-las enquanto outros acham que ele poderia estar muito envergonhado de revelar sua pele nua se tiver cicatrizes.
Isso deixou Alli não apenas surpresa, mas boquiaberta para Breeze. Tinha que ser uma piada, mas não havia uma pitada de sorriso ou humor quando a estudou de perto. Havia muitas maneiras que Alli poderia descrever Obsidian, mas nenhuma delas se encaixava com o homem que conhecia. Ele era agressivo, um valentão, teimoso, direto, e às vezes completamente primitivo. Também não tinha um osso modesto em seu corpo quando era para ficar sem roupas ou tirá-las de uma mulher.
— Obsidian? — Talvez Breeze começou a falar sobre outra pessoa e estava muito distraída para notar.
— Sim. Ele é muito encantador e dócil agora. Ele está realmente aceitando a vida de Espécie. Você deveria estar muito orgulhosa dele.
Virou-se para a janela novamente, não querendo que Breeze visse sua dor. Parecia que a ida dela poderia ter sido a melhor coisa que aconteceu com ele. Sua personalidade sofreu uma mudança drástica e prosperou em sua ausência. A culpa a incomodava quando identificou sua decepção. Não era certo, mas esperava que ele estivesse como um urso com um espinho preso em sua pata e só ela poderia fazer tudo melhorar quando retornasse. A realidade deu um chute bem forte em seu traseiro.
Obsidian riu de algo que alguém disse, sorrindo tanto que podia ver o branco de seus dentes de três metros no alto. Parecia muito feliz e despreocupado enquanto jogava e interagia com seus novos amigos. Achou um lar finalmente e ela não era uma parte disto. Laurann Dohner Obsidian
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Breeze tocou em seu ombro.
— Eles irão acabar logo e se espalhar quando o jogo terminar. Precisamos nos apressar para ter certeza que não teremos que persegui-lo para outro local. Ele ficará surpreso em ver você.
— Ninguém disse a ele que eu viria? — Imaginou que eles contariam, mas obviamente estava errada.
— Nós achamos que seria melhor se ele apenas visse você.
Cautelosamente enfrentou Breeze, a estudando. A única razão para evitar dizer a ele de sua visita era se esperassem que ele recebesse as notícias de forma negativa. Pediu para vê-lo de longe para só assim não agir como uma idiota boquiaberta ou se jogar em seus braços. Apesar do tempo o olhando não conseguiu se recompor. Apenas mostrava como ele não gostava mais dela.
A outra mulher evitou fazer contato, seu sorriso pareceu um pouco forçado.
— Vamos.
Alli não se moveu.
— O que esta acontecendo? Por que ele não foi informado de que fui convidada para visitá-lo?
Breeze olhou para o chão, para a parede, até para o teto antes de finalmente encontrar seu olhar.
— Não estávamos certos de como ele responderia. Ele se recusa a falar de você de qualquer jeito. Toda vez que Moon ou eu, qualquer um, dizia seu nome ele apenas saia. Nenhuma discussão, nenhuma explicação. Apenas nos evitava por um dia.
Isso foi realmente desanimador.
— Leve-me de volta para os portões. A força tarefa está esperando lá para me levar de volta para Fuller.
Olhos marrons escuros se estreitaram.
— Nós vamos surpreendê-lo lá embaixo.
— Estou indo embora. — Alli se aproximou para dar a volta em Breeze rumo à porta.
A mulher agarrou seu ombro, segurando-a rápido.
— Não tão rápido.
Frustração, medo da aflição desconhecida e possível batalhada com a mágoa. — Você não disse a ele que eu estava vindo e disse que ele fica com raiva só de ouvir meu nome. É óbvio que ele não irá querer me ver. Eu não vou fazer isso comigo mesma.
— Fazer o que?
— Vê-lo me rejeitar. — Admitiu. — Isso iria me despedaçar.
— Ir embora sem conversa com ele faria o mesmo. Você não saberá como ele reagirá até que o enfrente. Vocês dois uma vez tiveram um vinculo. A atração podia ainda estar muito viva.
Estava por parte dela, mas de Obsidian não sabia. Todos os medos que teve dele usando-a como suporte para superar a dor de perder sua companheira e despertar em um novo mundo trouxe inseguranças novamente.
— Você lamentará partir sem pelo menos dizer oi. O que pode machucar?
— Destruiria-me se ele olhar para mim diferente de como costumava olhar. — Sussurrou, admitindo seu medo mais profundo. — Eu ainda o amo. Eu nunca deixei de amá-lo.
Breeze suspirou suavemente. Laurann Dohner Obsidian
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— Você não saberá até que o enfrente. O amor é tão complicado. Estou contente por não sofrer disso e espero nunca sofrer. É impressionante como pessoas espertas e fortes se transformam em idiotas assustados, uma vez que seus corações estão envolvidos. — A mão caiu. — Vamos acabar logo com isso. Na melhor das hipóteses, você estará lidando com um macho que está faminto de sexo e compensará o tempo perdido entre vocês dois. Na pior das hipóteses, ele declarará que sua visita foi um engano. Você terá sua resposta de qualquer maneira.
— Estou apavorada.
— Ele não prejudicará você fisicamente. Posso garantir isto.
— Não é disso que eu tenho medo.
— Eu sei. Estava tentando usar humor durante um momento estressante. Grande falha da minha parte. Vamos. Você está ainda enrolando.
— Você não deveria avisá-lo primeiro ou algo do tipo? Dê a ele um minuto para pelo menos deixar absorver que eu estou aqui antes de ser confrontado?
Breeze entendeu sua mão, arrastando.
— Boa tentativa, mas não. Agora é uma boa hora.
Alli tropeçou algumas vezes, suas pernas pesadas de medo. Seu mundo poderia cair em sua cabeça. Não havia nenhuma barreira mental que pudesse erguer que a protegeria se o tempo que passaram juntos foram momentos dos quais ele se arrependia.
O jogo ainda estava acontecendo quando deixaram a porta lateral do dormitório. Alguns machos estavam sentados na grama na sombra do edifício. Alli podia sentir seus olhares girando em seu caminho, mas só tinha olhos para Obsidian. Estava ligeiramente curvado, vendo a bola ser prestes a ser jogada na linha secundária de onde saiu, mas franziu a testa quando o macho que segurava a bola parou.
Os outros jogadores começaram a girar em sua direção, olhando-a se aproximar com Breeze. Estavam fascinados por ter duas mulheres no jogo ou sabiam quem era Dra. Allison Baker. Obsidian finalmente percebeu que havia uma agitação e olhou.
Avistou Breeze primeiro e abertamente sorriu, dando boas-vindas a sua presença. Seu olhar moveu-se para Alli. Ela parou de caminhar, incapaz de se mover quando sua expressão endureceu, ficou fechada e seus olhos escuros se estreitaram.
— Allison veio para falar com você. — Breeze declarou alto. — Ela não parece maravilhosa, Obsidian?
Alguém rosnou e Alli tinha certeza que o som infeliz veio do homem que amava. Machucou quando girou sua cabeça para dizer algo para um dos machos mais perto dele. Desejou que o chão se abrisse abaixo dela, só para levá-la para algum lugar escuro, onde poderia desabar reservadamente longe dos olhos curiosos de todo mundo. Obviamente não teve muito prazer em vê-la enquanto continuava a ignorá-la.
Seu salto atingiu a grama quando andou para trás para fazer uma retirada precipitada. Breeze a salvou de uma queda embaraçosa segurando seu braço. A Espécie silvou.
— Ele está sendo um imbecil.
— Obrigada. — Suavemente saiu de seu aperto. — Estou indo embora.
— Não vá. Dê um tempo a ele. Laurann Dohner Obsidian
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Alli girou, cuidadosamente prestando atenção a seus passos à medida que fugia. Era difícil manter uma caminhada rápida quando realmente queria correr. O homem que conhecia nunca a teria evitado, mas evitou. Parecia mais do que uma mudança na aparência. O pesar ameaçou cair, junto com as lágrimas que lutava para conter.
Conseguiu chegar à frente do edifício onde uma escolta estava inclinado contra um Jipe. Flame sorriu quando a viu.
— Isso foi rápido. Você está pronta para ir, Dra. Allison?
— Sim. — Desesperadamente tentou ficar inteira até pudesse se romper sozinha. — Por favor.
Ele notou seu estado aflito.
— Você está bem?
— Estou bem. — Mentiu.
Nitidamente assentiu. — Há algum outro lugar que você gostaria de visitar enquanto está em Homeland?
— Não. Apenas me leve para o portão principal.
Interiormente estremeceu ao ouvir o tom de sua voz. O oficial Espécie estudou seu rosto suspeitosamente. Suas próximas palavras confirmaram isso.
— Um macho lá dentro assustou você? Você não está bem. — Sua mão pegou a dela, dedos longos se enrolaram em volta da parte de trás e segurou. — Estou aqui. Converse comigo e conte-me o que aconteceu.
— Não toque nela. — Rosnou uma voz profunda, masculina.
A coluna de Alli endureceu. Lembraria-se desse tom severo e bravo em qualquer lugar. E do homem.
— Qual é o problema, Obsidian? — Flame soltou, franzindo a testa para algo atrás dela. — Eu não estava machucando-a. Ela está aflita por causa de algo que aconteceu lá dentro.
Vire-se. Olhe para ele. Sua mente ordenou fazer isto, mas seus pés estavam presos no concreto. Apenas não conseguia fazer isso. Por que ele sequer a seguiu para a rua?
— Eu esperei três meses para conversar com você e você não podia esperar dois minutos para conversar comigo? Eu estava me retirando do jogo. — Sua voz ainda estava profunda, mas não tinha mais aquelas notas rústicas de antes.
Engoliu com força e se moveu, enfrentando-o lentamente. Ele estava apenas a alguns centímetros de distância, estava incrível. As mudanças em seu rosto eram mais evidentes de perto enquanto estudava cada centímetro dele. Suas bochechas estavam mais cheias, as cicatrizes enfraqueceram ou só estavam escondidas pelo cabelo mais longo junto a suas têmporas. O sol escureceu sua pele das horas que deve ter ficado do lado de fora.
A lembrança de seu olhar fixo poderoso empalideceu em comparação com o que era realmente. Seus olhos pareciam um marrom mais suave do que se lembrava, mais bonito, e seus cílios pretos mais longos. Ele piscou, mas não se moveu enquanto olhavam um ao outro.
— Está tudo bem? — O oficial Nova Espécie perguntou, mas o ignorou.
— Vá embora, Flame. — Obsidian falou. — Agora. Laurann Dohner Obsidian
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—Estou atribuído à Dra. Allison enquanto visitar Homeland. — Flame não recebia bem ordens. — Eu não posso.
O olhar de Obsidian afastou-se dela, rompendo o contato.
— Vá embora, Flame. — Fez uma cara feia.
— Eu serei responsável pelo seu bem-estar. Precisamos conversar em particular.
— Oh. Hã. Certo. Darei um passeio. Talvez pegar um sanduíche lá dentro. — Ele contornou-os caminhando para a porta da frente do dormitório rapidamente.
— Oi. — Conseguiu sussurrar, limpando sua garganta, e falou mais alto. — Você ganhou peso. Parece bem.
Ele olhou fixamente para ela novamente e seu franzido aprofundou. O momento desconfortável era doloroso. O sonho de vê-lo novamente estava sendo difícil. Não respondeu.
Decidiu tentar novamente.
— Eu vi você jogando futebol. Estou contente por ter feito tantos amigos.
Silêncio. Ele piscou, com o franzido ainda firme arruinando a pele sombreada nos lados de seus lábios.
Talvez devesse fazer uma pergunta, algo para responder. Valia a pena tentar.
— Como você está?
Sobrancelhas se ergueram, alargando seus olhos ligeiramente. Não respondeu.
Uma lenta chama de raiva e tristeza se mesclaram dentro dela.
— Você me seguiu até aqui para ordenar a Flame para não me tocar porque queria ter uma competição de olhares? É isto?
— Esperei por três meses para ver você e você não podia esperar um minuto para eu me retirar do jogo?
Deu um passo, parou, depois de outro. Abaixou-se na frente dela e não teve nenhuma ideia do por que ele fez isso. Olhou para o chão entre eles para ver se talvez soltou algo, mas de repente se agachou nela como se fosse realizar um combate. Bateu em seus quadris com força suficiente para cair, mas nunca caiu no chão. Endireitou-se enquanto continuou a percorrer seu corpo e a jogou em cima do seu ombro como se fosse um saco de batatas. Uma mão agarrou seu traseiro firmemente para segurá-la no lugar enquanto seu outro braço enganchou atrás dos joelhos para prendê-los contra seu peito.
— Nós não vamos fazer isso aqui. — Murmurou, girando rápido o suficiente para deixá-la tonta antes de ir à direção do dormitório.
Alli ficou surpresa por estar caída em cima do ombro de Obsidian enquanto a levava para dentro da porta. O som de homens conversando cessou instantaneamente assim que as portas se fecharam.
— Há um problema, Obsidian?
Torceu-se tentando identificar quem falava, mas seu cabelo e o dele a cegaram.
— Não. Estou indo para meu quarto. Essa é Alli. — Continuou em movimento, sem diminuir a velocidade do passo. — Ela está me visitando.
— Hã, certo.
— Divirta-se? — O tom de voz hesitante e inseguro do sujeito foi claro. Laurann Dohner Obsidian
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— Parece que ele não é imune as fêmeas afinal. — outro riu. — Não a quebre.
— Obrigado pelo conselho! — Obsidian gritou. — Eu agradeço.
Ele não pegou o elevador, ao invés disso subiu os degraus, chacoalhando-a com cada passo. Seus quadris saltavam de seu ombro largo e estava agradecido por estar muito nervosa depois de receber o telefonema de Homeland para almoçar. Ele virou no segundo andar e andou depressa pelo corredor atapetado, via apenas vislumbres enquanto seus cabelos balançavam em seu rosto. Parou, abriu uma porta e entrou.
Estavam a sós em seu quarto. As fechaduras clicaram, o som alto foi distintivo. Afastou-se da porta, deu quatro passos longos e parou. Gemeu quando a jogou no sofá, não foi gentil realmente. Foi uma aterrissagem suave, mas dura o suficiente para tirar uma respiração de seus pulmões.
Obsidian se levantou de cima dela parecendo qualquer coisa exceto calmo ou reservado quando focou em seu rosto. Seus lábios estavam separados, as presas se mostravam e seus olhos estavam estreitados para ela. — Alli.
Ele disse seu nome de um modo que a deixou incerta se deveria sentir medo ou ficar feliz. O tom rouco estava certamente cheio de emoção. Apenas não sabia qual. Raiva ou paixão?
— Levante-se.
Contorceu-se um pouco para se sentar e usou o braço do sofá para ajudar a ficar de pé. Seus joelhos conseguiram segurá-la quando colocou peso em suas pernas. Ele estava perto o suficiente para tocá-la se avançasse alguns centímetros, mas apenas ergueu seu queixo até olhar em seu rosto.
— Tire sua roupa.
Sua mente ficou branca, recusava-se a funcionar, então sua demanda foi absorvida.
— O que?
Chegou com sua cabeça um pouco mais perto.
— Tire suas roupas.
Sua boca se abriu, isso era a última coisa que esperava que ele dissesse.
— Faça isto ou eu as arrancarei de você. — Sua respiração aumentou enquanto seu peito largo subia e caia mais rápido. — Meu controle está no limite.
Permaneceu imóvel, tentando dar sentido ao que estava acontecendo. Ele a ignorou e a levou para seu quarto, e agora queria deixá-la nua. Uma palavra escapou.
— Por quê?
— Caso contrario seria difícil te virar, te curvar em cima da parte de trás do sofá e te foder.
Afundou de volta no sofá quando seus joelhos ficaram iguais a geleia. Obsidian se abaixou na frente dela. — Você quer que eu pegue você desse jeito? — Seu olhar desceu por seu corpo, parando nos seios, mas concentrou-se entre suas coxas. — Estou com fome.
Alli estendeu a mão e as pontas dos dedos roçaram seu rosto. Ele olhou para cima. Cem perguntas enchiam sua mente. Estava confusa, não sabia nem por onde começar. Sua boca se apertou em uma linha branca e suas mãos agarraram as extremidades das almofadas em ambos os lados de seus quadris. Laurann Dohner Obsidian
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— Eu entendo. — Seus olhos se fecharam. — Diminuir a velocidade. Muito rápido. — Rosnou. Seus olhos se abriram e seu tom mudou, soando mais tranquilo. — Eu disse que senti sua falta?
Pareceu como se mil quilos saíram de seu peito. Aquela confissão foi uma das melhores coisas que já ouviu. Ele não se esqueceu dela afinal. Estava muito certa de que ele conversava consigo mesmo quando fechou os olhos. Significava que estavam ambos nervosos.
— Você sentiu?
Seus olhos se fecharam novamente enquanto seu nariz se alargou, chegando mais perto enquanto inclinava sua cabeça. Ele vai me beijar? Seu coração bateu forte e lambeu seus lábios em antecipação. O rosto de Obsidian se enterrou contra o lado de sua garganta, respirando-a enquanto o nariz se aninhava a sua pele. Um gemido suave veio dele.
— Você ainda cheira a comida. — Falou. — Você sabe com que frequência eu comi torrada francesa só para me lembrar de você?
Sua mão deslizou em seu cabelo, acariciando a massa sedosa enquanto sua outra mão agarrava um ombro largo. Ele se apertou mais contra seu corpo, seu peito firme e sólido. Queria se agarrar nele e só resistiu por um segundo antes de firmemente abraçá-lo, ambos os braços escorregaram por suas costas.
— Eles mandaram você embora. — Falou. — Fiquei louco. — Seu nariz se esfregou em sua garganta, uma mão deslizou por trás de suas costas para puxá-la contra ele. — Precisei de você.
— Eu também. — Admitiu. — Tanto. Todo dia.
Obsidian bateu contra seu joelho e ela abriu as coxas para permitir encaixar seus quadris entre eles. Ele realmente estava maior, o peso que ganhou ao longo dos meses não só era visível, podia senti-lo. Essa não era a única coisa que parecia maior. A pressão rígida de seu pênis cutucava contra sua vagina.
— Você cheira tão bem. Tão minha.
Sua respiração quente fez sua pele se arrepiar. Arrependeu-se de não ter tirado as roupas quando a ordenou, odiando as barreiras entre eles. Tudo o que queria era estar pele com pele com ele.
— Deixe-me sair.
— Não. — Puxou-a para mais perto. — Nunca.
— Eu quero você.
Aquelas três palavras tiveram um efeito poderoso nele. O ar encheu seu peito o suficiente para esmagar contra o dela quando nitidamente inalou e um rosnado estrondoso foi a coisa mais sensual que ouviu em três meses. A mão nas suas costas desceu até que agarrou seu traseiro, empurrando-a mais firmemente contra seu pênis.
Alli suavemente gemeu quando seus quadris balançaram, roçando contra seu clitóris com o arrastar de sua seta longa, dura. Nem as roupas podiam intimidar o prazer. Ele se esfregava contra ela em passos lentos e fixos que tirou todos os pensamentos de sua mente. Suas mãos agarraram sua camisa, arranhando, buscando pele. Laurann Dohner Obsidian
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Os dois ofegavam, gemidos baixos encheram o quarto, e seus dentes beliscaram a curva onde seu ombro começava. A sensação de suas presas a deixou queimando, as pontas afiadas não rasgaram a pele, mas o perigo estava lá.
— Minha. — Gemeu próxima a sua orelha quando a beijou mais em cima, arrastando sua língua quente ao longo do caminho.
Oh sim, concordou. Toda sua. Seus quadris se moveram um pouco mais rápidos, a fricção entre eles aumentando enquanto aqueciam. O êxtase primitivo pairando fora do seu alcance. Nem se importou se gozasse mais rápido que um foguete saindo. Muito tempo se passou, muitas noites sozinha com a lembrança das vezes que estiveram juntos. A fantasia não era tão boa quanto a realidade.
Rosnou e seus quadris empurrando de forma selvagem, forte e foi o suficiente. Foi o último pequeno elemento que precisava para gozar. O clímax concentrou-se onde seus corpos se tocavam e gritou seu nome antes de sua respiração ser roubada quando seu cérebro foi atingido com a primeira explosão afiada de êxtase.
Eles agarraram um ao outro, juntos, e o calor percorreu seu ventre até suas roupas. Obsidian gozou com ela. Ele ficou imóvel, mas seu aperto não se aliviou. Não se importou de ter dificuldade para recuperar a respiração, sendo apertada entre ele e a parte de trás das almofadas do sofá.
Seus olhos estavam fechados e os manteve desse jeito, carinhosamente explorando suas costas com as mãos. Queria sentir sua pele lisa, quente. A blusa estava no caminho e se recusou a deixar espaço suficiente entre eles para removê-la. Às vezes tinha medo de que nunca tivesse essa oportunidade novamente. Laurann Dohner Obsidian
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Aff essa mulher me dá nos nervos. Mulher velha que fica tirando conclusões precipitadas! O cara tá bem e ela desejando que ele continuasse um bruto só pra ela ser a única a ter "acesso" a ele, me poupe 🙄
ResponderExcluirTe esperei por 3 meses e você não pode me esperar por um minuto????¿ POIS É, OBSIDIAN 🤦🏽♀️
ResponderExcluirnunca vi ninguém tão insegura misericórdia
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