Wrath caminhou depressa do SUV e sabia que Brass e Shadow o seguiam. O sol afundou, ele estava atrasado, ficou preso no transito, e esperava que Lauren não tivesse desistido dele e ido para a cama. Sua excitação em vê-la quase não podia ser contida.
Ele estava a mais ou menos três metros de sua porta, quando os cheiros encheram seu nariz, e parou bruscamente. Fungou alto, sabia que os dois machos com ele fizeram o mesmo, e rosnou. O cheiro vinha de casa de Lauren, e podia ver que sua porta da frente não estava fechada completamente. Ele se jogou, empurrou abrindo-a toda e um alarme percorreu por ele.
Brass se moveu para seu lado e cheirou. — Três machos humanos, uma fêmea humana, e um macho Espécie.
— Você sente esse cheiro? Shadow sibilou. — Mercile.
— Sinto.
Uma descarga de medo atravessou por Wrath, quando outro cheiro encheu seu nariz. Sangue, decadência e morte. Apressou-se para frente, apavorado que encontrasse o corpo de Lauren como a fonte, mas um macho humano deitava amarrotado no chão na escuridão. Levou apenas segundos para seus olhos se ajustarem, mas um dos machos acendeu a luz.
— Lauren? Ele gritou seu nome, se apressou para seu quarto e parou novamente, quando viu a destruição da moldura da porta.
Shadow agarrou seu ombro. — Alguém invadiu.
Um grunhido rasgou de Wrath e ele andou por cima dos livros que estavam derrubados pelo chão. O cheiro do Espécie desconhecido era mais forte em seu quarto, o único cheiro que podia detectar além do de Lauren, e viu a porta do banheiro arrombada. A cômoda tinha danos de onde uma gaveta quebrada foi arrancada. Ele entrou em segundos, olhou fixamente para a janela aberta e saltou por cima da cômoda.
— O humano está morto. Brass rosnou.
Wrath virou, uma descarga de dor passou por seu peito, e encontrou os olhos do macho.
— O macho. Não Lauren. Brass o assegurou, arrancando seu telefone celular e segurando-o na orelha depois que discou. — Estou pedindo ajuda.
Wrath agarrou o peitoril, teve que lutar para passar por ele, e viu sinais na grama do que deveria ter acontecido. Localizou as pegadas, pequenas e grandes, até que achou onde o macho a agarrou. As pegadas dela desapareceram e as maiores eram mais fundas com o peso combinado do macho e Lauren.
— Ele a carregou. Shadow declarou por detrás dele.
Wrath seguiu o caminho em volta do edifício, e os perderam quando alcançaram a calçada próximo da porta de Lauren. Apressou-se para voltar para dentro, abaixou próximo ao corpo do morto e examinou-o com seu olhar.
Shadow agarrou o abridor de carta, o sacudiu e cheirou o cabo. Olhou para cima e segurou o 126
olhar de Wrath. — Lauren matou este macho. Ela deve ter sentido medo. Posso cheirar o medo e provavelmente a fez suar, inclusive suas palmas. Seu cheiro demora no cabo.
A voz de Brass os alcançou. — Estamos sentindo o cheiro de um macho Espécie desconhecido aqui e ele tem o cheiro de Mercile.
— O que isso quer dizer?
Wrath virou a cabeça e impediu-se de rosnar para o macho da força tarefa que os levou lá. Ele os seguiu para o lado de dentro. Lauren se foi e teve de matar alguém. Os piores medos de Wrath encheu sua mente e não conseguiu nem falar, com o caroço que se formou em sua garganta de que pudesse estar morta.
— Um macho Espécie esteve aqui, e ele carrega o cheiro do sabão que Mercile sempre nos fazia usar. Nenhum Espécie livre jamais tocaria nisso de propósito. Shadow se endireitou. — Vá lá fora e pergunte aos vizinhos se alguém viu alguma coisa. Os traga aqui se viram. Precisamos interrogá-los.
O homem na porta virou, e apressou-se para o lado de fora, e Wrath lançou a cabeça para trás. Um uivo rasgou de sua garganta. Lauren se foi. Seu olhar retornou ao humano morto no chão. Ela o matou e isso significava que quem a levou buscaria vingança pela morte. Eles a matariam como castigo.
— Fique calmo. Shadow exigiu. — Não pode ajudá-la se desmoronar.
— Eles a matarão.
— Nós não sabemos disto.
Brass limpou a garganta. — Há sangue e um bilhete no sofá.
Wrath o empurrou do caminho, debruçou-se e cheirou. O cheiro de Lauren era o único que podia detectar no sofá e conhecia o cheiro de seu sangue. Havia apenas um pouco dele, mas não aliviou seu terror de que pudesse estar morta.
— Eles querem que os humanos que nós capturamos ontem sejam devolvidos, e querem trocar Lauren por eles. Brass disse depois de ler o bilhete.
Wrath virou devagar e olhou para Brass. — Nós trocaremos.
Brass assentiu. — Nós iremos. Traremos sua fêmea de volta.
— Nosso macho a perseguiu até lá fora, a capturou, e a carregou. Nós achamos os rastros. Shadow disse. — Não entendo. Ele podia ter permitido que ela escapasse mesmo assim não deixou.
— Eu o matarei. Wrath jurou.
Shadow agarrou seu braço e segurou firmemente, mas Wrath recusou-se a tranquilizar. Ele não podia. Os funcionários de Mercile pegaram Lauren. Sabia que sua respiração irregular estava fora de controle, mas não podia controlá-la com todas as emoções guerreando dentro dele. Ela estava em perigo, machucada, e todos os instintos dentro dele gritavam para que fizesse algo. Qualquer coisa.
— Senhor? Era o motorista, o macho humano da força tarefa.
Brass o encarou. — Sim, Ted?
— Um cara que vive em um apartamento no andar de cima, disse que viu quatro homens e uma mulher aparecerem mais ou menos duas horas atrás. Ele acha que um cara ainda está aqui, já que ainda não o viu sair. A cabeça do Tim virou e olhou para o corpo morto. — Estou achando que este é o cara.
Wrath tentou se afastar de Shadow. Ele tinha perguntas para o humano que viu algo, mas seu amigo o puxou forte o suficiente para fazê-lo tropeçar.
— Não. Shadow rosnou. — Acalme-se. Não vai ajudar estando nestas condições. Respire fundo. 127
Ele lutou para abrandar sua raiva.
— Eles deixaram um número. Brass estudou Wrath. — Não faça um som. Abriu seu celular, olhou ao redor dele e leu o bilhete novamente. — Nenhum som. Discou e pôs no viva voz.
— Vejo que você pegou meu bilhete. A voz era de uma fêmea. — Não conheço este número então suponho que você seja o companheiro de Lauren?
Brass curvou suas sobrancelhas para Wrath, mas falou antes dele poder. — Sim. Quando e onde quer fazer a troca? Não machuque Lauren ou você nunca verá seu pessoal vivo novamente.
— Minha irmã ainda está viva? A raiva e a desconfiança da mulher eram fáceis de ouvir. — Quero conversar com Mel agora mesmo.
— Não estou em sua localização como deve saber, mas pode ser arranjado para que fale com ela. Gostaria de ouvir minha fêmea para ter certeza de que está viva.
— Você não vai falar com ela até que converse com minha irmã. Ligue-me de volta quando estiver com ela. Quanto tempo?
— Dê-me uma hora. Preciso ir para onde sua irmã está sendo mantida. Ela está bem e os machos que foram capturados com ela também estão. Suas acomodações são muito mais confortáveis do que aquelas que nós estávamos acostumados, quando estávamos encarcerados.
Ela bufou. — Pelo menos nós deixávamos vocês transarem ocasionalmente. Estou mencionando isso, porque Lauren vai aprender tudo sobre os testes de procriação, e vai ser passada de cela em cela se não falar com a minha irmã em menos de sessenta minutos. Duvido que sua companheira sobreviva, já que eles não têm acesso a uma mulher em meses. Ela desligou.
Brass rosnou. — Você pegou isso? Ela está blefando ou tem mais de um dos nossos machos.
— Ela acha que Lauren é minha companheira. Wrath desejava que fosse verdade. — Por quê?
— Não sei. Brass balançou a cabeça.
— Precisamos ir agora para Homeland e fazer a ligação. Wrath disse e tentou correr para a porta, mas Shadow o puxou de volta, ainda segurando seu braço. Ele virou a cabeça e mostrou seus caninos. Solte-me.
— Não. Brass chegou mais perto. — Não vamos a lugar algum. Tim e a equipe secundária estão a caminho agora mesmo. Eles descobrirão tudo o que puderem sobre o macho humano morto. Podemos fazer um telefonema de conferência com Homeland. Realmente não temos que ir para lá, para que a fêmea fale com sua irmã. Pausou. — Eles podem rastrear o telefonema também. Não temos nenhuma garantia que farão a troca de boa fé. Eles podem matar Lauren por maldade.
— Eles querem seu pessoal de volta. Shadow lembrou a todos. — Eles a manterão viva já que sabem que esse é o acordo.
Tim Oberto entrou a passos largos no apartamento, alguns dos membros de sua equipe atrás dele, e depressa avaliou a situação. — Fui informado de que Lauren Henderson foi sequestrada. Olhou para Brass. — Tentaremos trazê-la de volta.
Brass entregou o bilhete. — Precisamos fazer um telefonema de conferência entre Homeland e os sequestradores. Eles desejam falar com a prisioneira que capturou ontem. Querem trocar a fêmea de Wrath com os humanos capturados. Faremos isso para conseguir a fêmea dele de volta.
— Mas...
— Nós faremos isto. Brass declarou firmemente, cortando Tim. — Capturaremos aqueles monstros novamente. A irmã da fêmea tem a futura companheira de Wrath. Salvar Espécies é nossa prioridade. Lauren é um de nós porque pertence a ele. Não sei se seus homens nos ouviram, mas um macho Espécie também esteve aqui e ajudou a sequestrá-la. 128
Tim ofegou. — Por que diabos um dos seus trairia a ONE?
Shadow suspirou. — Ele ainda está em cativeiro. Nós cheiramos isto nele. Eles poderiam ter achado um jeito de controlá-lo, ou talvez ele não sabe que Mercile é seu inimigo. Ele está...
— Morto. Wrath rosnou
— Confuso. Shadow corrigiu, franzindo a testa para Wrath. — Ele não sabe de nada.
Brass assentiu. — Confuso. Seu olhar fixou-se em Wrath. — Ele será julgado incapaz se a machucar com malícia.
Tim olhos para Brass. — Incapaz?
— Deixe como está. Ele nunca será uma ameaça novamente se for julgado incapaz.
Tim assentiu para Brass. — Nós temos isso também para humanos incapazes. É chamado de pena de morte e sou todo a favor em alguns casos.
— Precisamos retornar a sua sede e fazer este telefonema. Quanto mais rápido fizermos a troca, melhor. Brass olhou fixamente para Wrath. — Sei que isto deve ser difícil, mas saiba que tudo será feito.
— Quero estar lá. Wrath exigiu.
— Só se ficar calmo.
— Farei o que for preciso. Prometeu, segurando o olhar de Brass, e falou sério.
Tim falou com um de seus homens. — Pesquise sobre aquele bastardo morto. Quero saber tudo sobre ele, inclusive onde comprou seus últimos preservativos e com quem os usou. Ligue-me assim que obtiver informação e arranje alguém para limpar esta bagunça. Não queremos isso no noticiário.
— Sim senhor. O cara saudou e deu a volta por eles para alcançar o corpo.
* * * * *
Shadow sentou no SUV ao lado dele e bateu em seu ombro. — Nós a acharemos.
— Estou com medo.
— Eu sei.
— Ela pode estar sofrendo, machucada, ou até morta. Eles podem estar mentindo.
— Nós temos a irmã dela. Os humanos se importam com a família. Não arriscarão matá-la se ela for útil para eles. Sabemos como Mercile trabalha.
Raiva inundou Wrath. — Sim. Eles mentem e não são confiáveis.
— Nós temos o que querem. Lauren é útil.
Isso tinha que tranquilizá-lo porque nada mais o faria. Outro medo o agarrou. — Ela não irá querer mais nada comigo se sobreviver a isto. Sua associação comigo a pôs em perigo.
— Vamos lidar com um problema de cada vez. Shadow pausou. — Ela teria escapado se não tivessem um de nossos machos com eles. Ela é esperta e matou alguém tentando salvar sua própria vida. Ela é forte, Wrath. É uma sobrevivente. Nós temos que manter a esperança que isto dará certo.
* * * * *
Lauren estava assustada, cansada, e faminta. Alguém desligou as luzes em ambos os corredores, o sol afundou e estava um breu na sala. Pequenos barulhos estranhos a mantinha sobressaltada, enquanto se amontoou no centro da gaiola, também com medo de chegar perto dos lados, no caso de Marvin tentar tocá-la. A sala estava ficando mais fria a cada minuto. 129
De jeito nenhum usaria o cobertor no canto. Cheirava a suor, sujeira, e roupa suja de dez dias. Ela também precisava usar um banheiro desesperadamente. Outro pequeno barulho soou, mas não foi na direção dos três homens compartilhando a sala com ela. Abraçou seu peito mais apertado.
— Por que está com medo? Era o Espécie canino não amigável.
— Não consigo ver nada. O que está fazendo esses sons?
— Existem ratos. Eles não estão próximos de você e nos deixam em paz.
Merda. Não queria saber disto. — Ótimo. Gostaria de comer algo em vez de estar no cardápio de roedores. Por favor, diga-me que não são muito grandes. Imaginou um do tamanho de um gato e estremeceu. — Como vocês vão para o banheiro?
Ele pausou. — Nós chamamos e eles nos trazem um balde.
Ecaaa. Estremeceu, mas estava desesperada o suficiente para fazer isto.
O canino rosnou. — Somos machos e é fácil para nós. Não os chamaria se fosse você. O humano provavelmente fará você abrir sua camisa para permitir que saia da jaula. Use o cobertor em sua jaula já que se recusou a tocá-lo. E jogue-o para fora da jaula.
Um rato fez um barulho alto. Então as luzes foram acessas no corredor que levava aos banheiros. Mary apareceu e segurava um telefone celular. Confusão encheu Lauren quando a cadela parou do lado de fora de sua cela. — Aqui está ela. Converse com eles e cuidado com o que o que disser.
— Oi?
— Lauren? Era a voz maravilhosa de Wrath. — Você está bem?
— Sim. Estou bem, Wrath.
— Alguém te machucou?
— Não. Estou presa em uma jaula.
Um grunhido veio do telefone. — Vou trazê-la de volta não importa o que for preciso. Confie em mim.
— Eu confio. Lágrimas quentes desceram pelas suas bochechas e abriu a boca, quis dizer-lhe que o amava no caso de nunca ter a chance, mas Mary apertou um botão no telefone, o ergueu para sua orelha, e caminhou alguns metros.
— Muito comovente. Mary zombou. — Agora que ouviu que está viva e bem. Você tem sua prova de vida. É melhor fazer exatamente o que digo se quiser que ela fique desse jeito. A reunião acontecerá às cinco da manhã, e o local será enviado por mensagem de texto para você logo antes disso. Não vou dar tempo para que prepare uma armadilha e se nós virmos alguém, sua namorada morrerá. É melhor ter certeza de que minha irmã e seus amigos estejam todos lá, ou sua namorada vai receber um buraco na cabeça.
O que quer que ele tenha dito fez Mary empalidecer. — Eu disse que nos encontraríamos às cinco. Não me ameace, animal. Você a terá de volta desde que não ferre comigo. Desligou e virou-se para olhar para Lauren.
— Seu animal precisa ser posto de volta no lugar. Isto é o que acontece quando lhes dá uma sensação falsa de serem pessoas.
— Eles são pessoas. Lauren agarrou as barras enquanto ficava de pé, suas pernas estavam um pouco doloridas por se sentar na superfície dura e fria. — Posso usar o banheiro?
— Mark?
Um novo homem desceu pelo corredor, este menor que os capangas que apareceram no apartamento de Lauren, e ele parecia cansado pela sua expressão e ombros caídos. — Você berrou? 130
— Destranque a porta e a leve para o banheiro.
Ele chegou perto, pegou as chaves, e cautelosamente estudou Lauren. — Não me cause nenhum problema.
— Quero apenas usar o banheiro.
Ele abriu a porta e Lauren se moveu devagar, não quis dar-lhes uma razão para machucá-la, e notou que Mary fez outra ligação no telefone celular. Mark apontou. — Por aqui. É perto e você precisa deixar a porta aberta. Não olharei.
— Eles fizeram o acordo. Mary informou a alguém. — Concordaram com o dinheiro também.
O corredor era longo e ostentava o banheiro masculino e feminino, e outras portas que Lauren não tinha nenhuma ideia do que tinha dentro. Estavam com fechaduras nelas.
O cara se virou de costas para ela e bloqueou a entrada. Ela caminhou para um box. As portas há muito tempo haviam sido removidas. Também não haviam sido limpos, e depressa usou o banheiro. Ele olhou uma vez quando ela ligou a água, espirrando um pouco em seu rosto e usou seu dedo para escovar os dentes. E retornou até ele.
Ele hesitou, abriu a boca, mas Mary gritou do corredor abaixo.
— Por que esta demorando tanto? Se apresse!
— Vá. Ordenou-lhe, saindo do caminho, assim ela podia deixar o banheiro.
Mary agarrou o braço de Lauren no segundo que entraram na grande sala, deu um puxão forte e a retornou a jaula. Mark trancou a porta e Mary olhou para ele. — Vá pegar 140.
O cara correu obviamente com medo de sua chefe. Mary pôs suas mãos nos quadris e olhou fixamente para Lauren. — Você realmente acredita que eles são pessoas?
— Sim.
— Eles não são nada além de animais que podem falar. Você aprecia foder com um? Afinal, como é? Nunca confiaria neles suficiente de que não fossem quebrar meu pescoço.
Lauren hesitou, mas não podia deixar de responder. — Diria que você tem uma razão muito boa para esse medo depois de conhecê-la.
Os lábios de Mary trançaram um sorriso feio. — Nunca permitiria que um animal empurrasse seu pênis em mim. Tenho padrões. Não sou uma gorda loira com cabelo ruim que está tão desesperada que deixaria qualquer um me foder. Estou presumindo que com seu problema de peso, não possa se dar ao luxo de escolher. Ficará feliz apenas com qualquer coisa que esteja disposta a curvar-se sobre você.
A raiva queimou, mas Lauren cerrou os dentes. Poderia estar acima do peso, mas pelo menos não era uma cadela louca, maligna. Ficar viva era sua prioridade e realmente era péssimo não poder responder.
— Até eles. Mary olhou para os três Novas Espécies em suas jaulas, antes de dar a Lauren um olhar divertido. — Eles iriam provavelmente foder minha avó, se eu a empurrasse em uma jaula com eles. Você é um tanto quanto patética por transar com um. Nenhuma outra o quis e você foi à única interessada. Triste.
Já era ruim o suficiente a mulher insultá-la, mas agora arrastou Wrath nisto. Lauren agarrou as barras e chegou mais perto. — Wrath é tão sexy como ninguém e quer saber como é estar com ele? É o melhor sexo. Ele me enlouquece e me faz gritar. Toca-me como nenhum outro homem já tocou, me adora, e aposto que nenhum homem já esteve disposto a fazer qualquer coisa com você. Posso não ser linda ou ter um corpo de modelo, mas dona, você é uma cadela de coração frio que nenhum homem conseguiria amar.
Fúria reluziu nos olhos da mulher, mas naquele momento Mark retornou com um muito 131
alto, severo 140. Mary virou, recuou e apontou para Lauren. — Ponha ele na gaiola dela. Ela ama passar o tempo com animais.
Mark hesitou, mas andou até a porta, abriu, e olhou fixamente para o 140. — Entre.
— Não. Ele recusou.
— Entre. Mary gritou. — Marvin está olhando sua namorada. Quanto mais tempo passar arrastando seu traseiro, mais tempo ele fica com ela. Você sabe que é um pervertido.
Um grunhido rasgou de 140 e ele pisou para a porta. Mark o trancou e pôs espaço entre ele e a jaula. Olhou fixamente para Mary. — Como é que foi?
— O animal jura que os trará para a troca. Mel soou assustada, mas está bem e mencionou que iriam processá-la com as leis dos Novas Espécies.
— E qual é a diferença? Mark pareceu nervoso.
— Desde que eles foram às pessoas que a prenderam, ela está sob a jurisdição deles. Aqueles fodidos animais têm permissão para matá-la se quiserem.
— Porra, sibilou. — Você quer dizer que eles podem nos executar?
— Sim. Odeio aqueles animais da porra. Mary olhou para os quatro Novas Espécies. — Todos eles. Preciso de uma bebida. Você fica bem aqui e os vigie. Entendeu? Voltarei em algumas horas.
— Certo. Ele não parecia feliz.
Mary entrou pelo corredor e desapareceu. Uma porta bateu e o silêncio na sala ficou absoluto, enquanto Mark ficava apenas parado lá. Finalmente se virou e seu olhar fixou-se em Lauren. Parecia que queria dizer algo, mas ao invés disso olhou para o 140.
— Irei pegar sua comida. Ele se apressou.
Lauren estava presa em uma jaula com 140. Ele lentamente virou e estudou seu corpo, cheirou, e sua linguagem corporal mudou de rígido até quase relaxada. — Marvin não tocou em você. Bom. Pausou. — Sinto seu medo, mas não a machucarei.
— Obrigada.
Ele assentiu e virou-se, olhando para o outro Nova Espécie. — Como você está?
O loiro fez uma cara feia. — Como você acha? Como está sua companheira? Ela está melhor?
140 balançou a cabeça. — Não. Ela ainda está fraca.
— O que tem de errado com ela?
140 levou seu olhar para Lauren. — Por que se importa?
Ela se encolheu com o olhar de ódio em seus olhos. — Não sou o inimigo.
Ele inalou e um pouco da sua raiva enfraqueceu. — Não é. Sei disto. Você está com um de nossa espécie. Conte-me sobre ele.
— Ele é alguns centímetros mais alto que você, e trabalha com um grupo de humanos que estão procurando por aqueles de sua espécie, que não foram libertados ainda. Perseguem pessoas como esses imbecis que nos prenderam.
— Você estava dizendo a verdade sobre a ONE, não estava? Este foi o canino de cabelo escuro.
Lauren encontrou seus olhos. — Sim. Tudo o que disse a você é verdade. Quando lugares como este são achados pelas pessoas com quem Wrath trabalha, eles virão nos salvar. Eles levarão vocês para casa, para a ONE e estarão livre.
— Conte-nos sobre eles. 140 se apressou.
Lauren começou a conversar, compartilhando tudo o que já leu, ou viu pessoalmente durante sua visita breve em Homeland. Escutaram e o choque aparecia em seus olhos 132
frequentemente. Ela finalmente parou. Não queria que soubessem que estava ciente de onde exatamente ficavam, no caso de Mary ou alguns dos seus homens estar escutando. Tinha medo que removessem os Novas Espécies para um local diferente.
— Vou contar a eles sobre vocês quando sair daqui. Eles os acharão. Foi uma promessa que ela fez.
140 suspirou. — Há uma real esperança de que venham nos salvar, não é? Que nós possamos viver em paz com nosso povo longe de nossos inimigos?
— Sim. Mencionei os grupos de ódio, certo? Não existem muitos deles, mas são irritantes. A maioria das pessoas são boas, não gostam dos imbecis com quem vocês lidam, e estão tão horrorizados quanto eu com as Indústrias Mercile.
Passos soaram e Mark retornou trazendo sacolas plásticas em suas mãos. Ele parou próximo das gaiolas. — Recue.
O Nova Espécie de cabelo dourado se espremeu no canto, na parte de trás de sua jaula. Mark estendeu e soltou uma sacola, se moveu para a próxima e deixou outra sacola. Finalmente parou na jaula de Lauren. 140 se moveu, se apertou contra a parte de trás da jaula, enquanto Lauren não se moveu. Ele colocou duas sacolas e recuou. Seu olhar fixo em Lauren.
— Fui informado de que está namorando um Nova Espécie. Isto é verdade?
— Sim. Vai me insultar também?
Ele olhou para trás dele e abaixou sua voz quando a encarou novamente. — Quero um acordo. Quando sair daqui, conversará com seu namorado por mim? Estou disposto a dar-lhes o endereço deste lugar em troca de um milhão de dólares, imunidade total contra quaisquer crimes, e viagem segura para fora do país. Não sabia que tinham seu próprio sistema de justiça. Eles podem fazer acordos, certo? Nunca assinei nada para essa merda, mas me matarão se não fizer o que Mary diz. A única escolha que me deram, foi esperar ir preso com a Mercile, ou ir com eles.
Lauren mordeu o lábio, sua mente trabalhando, e se encheu de esperança. — Para concordarem com suas condições, vão querer todos os Novas Espécies de volta vivos.
— Nós temos quatro homens e uma mulher. Mary e sua irmã eram pesquisadores em uma das instalações. Elas observavam estes cinco e nós ajudamos a tirá-los de lá, depois que o mandado de busca foi emitido. Todos pensamos que isso não funcionaria, mas funcionou. Mary apenas queria proteger sua pesquisa com estes aqui, mas agora tudo foi para o inferno. Nossas casas foram invadidas. Estamos provavelmente sendo procurados pela polícia, e não posso nem contatar meus pais ou irmã. Estou cansado de viver neste lixo, e de ser tratado como merda. Só quero minha vida de volta.
Lauren não sentiu nenhuma pena dele, mas ele estava desesperado e estava disposta a aproveitar-se disto. O bastardo trabalhou para Mercile, e ainda estava prendendo Novas Espécies em jaulas. — Sou uma companheira. Mentiu. — Posso negociar um acordo com você, e eles aceitarão.
Esperança encheu seus olhos. — Sério?
— Sim, ela falou por falar. — Um milhão de dólares, imunidade e um passeio de helicóptero para a fronteira mais próxima, é uma pechincha pela vida dos cinco Novas Espécies. Sei que concordarão.
— Certo. Ele assentiu. — Como podemos fazer isto? Se alguém aqui descobrir, porão uma bala em mim.
— Você tem um telefone?
— Sim, mas tenho medo de dá-lo a você. Eles podem rastrear esse lugar. Não sou estúpido.
Ela pensou rápido. — Leva pelo menos três minutos para rastrear um telefonema. 133
— Eu ouvi isto.
Ela não tinha nenhuma ideia se era verdade ou não, também não se importava, mas ele precisava enviar uma mensagem. — Ligue para Homeland, mantenha abaixo dos três minutos e diga que sabe onde os cinco Novas Espécies estão. Dê a eles suas condições e diga que fiz um acordo com você. Meu nome é Lauren Henderson. Pausou. — Diga-lhes que minha palavra código é Jasper. Isso os assegurará de que é real e realmente conversamos.
— Palavra código?
— Você sabe quando os pais dão a suas crianças uma palavra de segurança? Os Novas Espécies usam palavras código e a minha é Jasper.
Ele andava enquanto contemplava a oferta e finalmente assentiu. — Certo. Mary saiu por algumas horas, os caras estão descansando um pouco, e tenho acesso ao escritório. Eles mantêm telefones celulares lá. Homeland, você disse?
— Sim. Ligue para Homeland.
Ele foi embora e Lauren começou a rezar que realmente ligasse, e que alguém entendesse sua mensagem secreta. Era uma tentativa difícil, mas muitos humanos trabalhavam com Wrath. Um deles poderia lembrar-se do Jasper. Foi uma boate popular uma vez.
— Isso era verdade? 140 chamou sua atenção. — A ONE fará um acordo para nos comprar?
— Eles farão qualquer coisa para conseguir vocês de volta.
140 sorriu. — Eu gosto de você. 134
Tbm gosto de vcs😘😘❤️❤️😍👏
ResponderExcluirO 140 é um amor, itii
ResponderExcluirCoitada só sofre
ResponderExcluirEu tbm gosto de vc
ResponderExcluir