terça-feira, 28 de outubro de 2014

Capítulo 014

CAPÍTULO QUATORZE 
Obsidian abriu a porta da frente no momento em que Alli entrou correndo na sala de estar. Jericho estava na entrada da porta, iluminado pela luz da varanda. Ele olhou severamente para a pessoa que estava bloqueando sua passagem.
— Você precisa retornar ao Centro Médico.
— Está tudo bem. — Disse a voz de Moon, que estava longe da vista, em algum lugar atrás do outro oficial. — Eu o vigiei daqui. Eu te disse que isso não era grande coisa.
Jericho rosnou.
— Fique fora disto. Você causou problemas suficientes.
— Ele queria vê-la e eles precisavam resolver algumas coisas. — Moon agarrou o oficial pelo ombro, violentamente o girando para enfrentá-lo. — Não seja um chato porque eu o tirei de lá sem pedir primeiro. Eu estava com ele o tempo inteiro. Bem, perto de qualquer maneira. Eles precisavam de um pouco de isolamento, mas me sentei aqui mesmo.
Alli estava atrás de Obsidian, espreitando para ver a varanda. Moon e Jericho olhavam com raiva um para o outro. O maior oficial pôs suas mãos nos quadris.
— As ordens são para que ele permaneça no Centro Médico.
— Ele queria acertar as coisas com a doutora. Dê a ele um tempo. — Moon imitou a posição de Espécie primata. — Ele ficará mais confortável vivendo aqui. É onde ele quer estar. Pergunte a ele. Acabou de dizer que não vai deixar o lado dela. É por isso que eu chamei você em vez de correr para dar-lhe a notícia. Eu estava o vigiando até que você pudesse assumir o comando.
— Nós seguimos ordens para prevenir que haja caos em nossa sociedade.
— Maldição? Sério? — Moon balançou a cabeça, franzindo a testa. — O que vai acontecer se ele estiver aqui ou lá? Ele ainda pode ter proteção por turno até que alguém decida que ele está completamente estável. Ele quer a doutora e ele está obviamente aprendendo que nem todos os humanos são do mal. — Moon torceu sua cabeça para conseguir um olhar significante de Obsidian. — Diga a ele que você não tem o desejo de machucar ninguém.
— Eu não vou deixar Alli e eu quero a chave dela que está com você. — Estendeu a mão. — Você não tem permissão de entrar na casa dela. Só eu.
A cabeça de Jericho se virou.
— Você fique fora disso.
— Dê-me a chave. — A voz de Obsidian ficou dura. — Agora.
— Ele não parece estável para mim. — Jericho recuou da porta para pôr espaço entre eles, sem dar as costas ao macho bravo. — Eu não a tenho para dar a você. Esse não é meu setor de patrulha.
— O que isso quer dizer?
— O oficial que caminha pelo perímetro tem as chaves mestras de todas as casas aqui. — Moon explicou. — A tarefa de Jericho é no Centro Médico.
— Eu quero a chave.
— É só para ser usada em caso de emergências. Não é grande coisa. Laurann Dohner Obsidian
127

— Eu quero a chave. — Obsidian rosnou agitado com as informações.
Alli agarrou seu braço, chamando sua atenção.
— Está tudo bem.
Obsidian desviou o olhar dela para dar um olhar ameaçador aos outros machos. — Eu controlarei a casa dela agora.
Jericho fez uma expressão repugnante em seu rosto.
— Não é para que nós possamos mantê-la dentro de sua casa. A porta fecha por dentro ou somente por fora quando ela sai para ir trabalhar então ninguém entra. Os humanos não são tão confiáveis quanto nós. Ela veio do mundo dos humanos onde outros roubam suas coisas se não forem protegidos por fechaduras.
— Nenhum macho terá acesso a casa dela. Só eu.
Moon sorriu.
— Faz sentido para mim. Relaxe. Eu pegarei a chave de quem está atribuído para a área. Estou surpreso que ele não apareceu ainda.
— Não lhe diga isto. Você não tem nenhuma autoridade para quebrar regras. — Jericho protestou. — É procedimento padrão sempre ter acesso a todas as casas.
— Pare com isso. — Moon riu. — Ele quer a chave então a pegaremos para ele.
— O que está acontecendo? — Era a voz de uma fêmea.
Alli esticou seu pescoço para ver por cima dos ombros largos de Obsidian e viu uma fêmea Nova Espécie enquanto esta saltava a cerca leteral, da altura da cintura.Kit pousou com graça, alisou as mãos sobre o uniforme e se aproximou depressa. — A doutora escapou? — Retirou um telefone celular do seu bolso da camisa. — Alertarei a Segurança.
— Estou bem aqui. — Alli tentou sair detrás de Obsidian, mas ele agarrou a entrada, detendo seu progresso ao redor ele.
— Você disse que ela estava livre. — Obsidian abriu a boca, mostrando suas presas. — Você mentiu.
— Ela sequestrou você. Claro que ela é uma prisioneira. — Kit subiu os degraus da varanda, dando a Obsidian uma olhada da cabeça aos pés. — Você é atraente. — Olhou para Moon. — Ele é o do Centro Médico, certo?
— Sim.
Kit abertamente admirou o peito de Obsidian e Alli fechou suas mãos, não gostando do modo como a outra mulher o estava cobiçando. A fêmea Espécie de repente avançou até que ela quase caiu direto no peito dele. Seu nariz se alargou enquanto cheirou.
— Que pena. — Sussurrou. — A humana seduziu você? Você está coberto pelo seu cheiro, mas é só lavar. — Sua mão se ergueu e ela correu um dedo pelo bíceps mais próximo de Alli. Ela teve a audácia de ronronar. — Siga-me de volta para o Centro Médico e eu te ajudarei a tomar banho.
Obsidian puxou seu braço para longe do dedo ambulante.
— Não me toque, fêmea.
Kit sorriu. Laurann Dohner Obsidian
128

— Eu gosto que rosnem para mim. Ouvi que você poderia ser um pouco selvagem. — Um ronronar mais alto veio dela. — Eu aprecio sexo selvagem.
— Ele está com a Dra. Allison. — Moon soou irritado. — Pare de mexer com ele, Kit.
— Eu não comecei ainda. — Olhou para baixo. — Mas eu quero. Você é grande, não é? — Lançou a Alli um olhar de desprezo antes de sorrir para Obsidian. — Essa aí pode ser boa se for tudo o que tiver disponível quando você precisar montar uma fêmea, mas eu nunca pediria para você se conter, querido. Os humanos são um desperdício do nosso tempo.
Alli cerrou os dentes, insultada, e desejou saber lutar. Kit precisava levar um tapa da pior maneira.
— Você não tem um novelo de lã para ir brincar? — A profundeza de sua voz quando saiu da sua boca a surpreendeu, mas não lamentou retornar o insulto.
Moon riu.
— Você mereceu isto, Kit.
Kit ficou irritada com os olhos de gato quase pretos em Alli e silvou.
— Eu sei no que eu gostaria de bater agora com minhas garras.
Obsidian rosnou e empurrou Alli mais para trás dele.
— Tente e nós lutaremos. Não ameace minha fêmea.
Jericho agarrou o braço de Kit e a arrastou para trás. Ela silvou para ele e ele fez um profundo barulho no fundo de sua garganta que pareceu vir do seu peito. A mulher empalideceu ligeiramente. Era um som assustador. Até Alli sentiu um calafrio. O primata enorme era intimidador.
— Você sente que eles estão compartilhando sexo ainda assim você o abordou e a insultou na frente dele. — Jericho lentamente balançou a cabeça. — Não foi inteligente. Ele lutará com você e poderia não levar em conta que você é fêmea. Você sabe muito bem que não se desafia um macho quando ele está estressado. Vá dar um passeio!
— Esse é meu território agora. — Kit puxou o braço. — Dê um passeio você, Jericho. Pare de me lançar esse olhar vermelho. Eu não tenho medo de você.
— Meus olhos não são vermelhos! — Seu corpo ficou tenso.
— Tudo bem crianças. — Moon ficou entre eles. — Isto está saindo depressa do controle. — Olhou para eles. — Kit, é dever de Jericho vigiá-lo. Obsidian decidiu viver com a doutora, isso significa que seu novo posto é aqui. Jericho tem jurisdição, então segue suas ordens. Se retire do jardim da doutora. Jericho, eu esclarecerei isso com Tiger ou Justice. Eles o querem feliz e aqui é onde ele quer ficar. Você apenas fique com ele até que seu turno acabe. Sua substituição saberá para vir aqui.
— Você não está de serviço. — Kit protestou. — Você não pode dar ordens e você não é meu superior.
Ele estreitou seu olhar para ela.
— Você quer levar isso para eles? Eu direi a Tiger como você ofereceu sexo para um macho envolvido com uma fêmea bem na frente dela. Uma humana. Isso não vai terminar bem para você. — Ele bufou. — Você já está na lista negra dele depois de irritá-lo de algumas maneiras. Você foi ordenada parar a briga entre machos hostis. Laurann Dohner Obsidian
129

— Imbecil.
Ela tentou se virar para ir embora, mas Moon de repente pegou o gancho do chaveiro em seu cinto. Ele saiu livremente e ela silvou, o enfrentando.
— Um segundo. — Segurou as chaves na luz, lendo as marcações nela, e retirou uma do círculo de metal redondo que as mantinha juntas. — Ele quer a chave dela.
— Devolva.
Jogou as chaves para ela, menos uma.
— Tenha uma boa noite, querida. Você realmente devia trabalhar sua falta de educação. — Sorriu. — Talvez você possa achar um poste para arranhar e tirar um pouco de sua agressão nele.
— Nunca me aborde para sexo.
— Não se preocupe. Eu gosto das minhas fêmeas acolhedoras e amigáveis. Eu ouvi sobre você.
Ela rosnou um xingamento, agarrou o anel das chaves, e foi para a escuridão depois de caminhar pela calçada. Moon a viu partir e então girou, sorrindo para Jericho.
— Seus olhos não são vermelhos. Ela está só sendo irritante. Ela está ganhando reputação com os machos como alguém para se evitar. — Cortou seu olhar para Obsidian. — Você é novo e não sabe que ela é fria com aquelas que ela convida para compartilhar seu corpo. — Finalmente olhou para Alli. — Não leve isso para o lado pessoal. O último macho que ela estava interessada se acasalou com uma humana, então ela guarda rancor. — Estendeu a chave. — Aqui. Você controla o espaço dela agora.
Obsidian pegou a chave.
— Obrigado.
— É para isso que servem os amigos. — Moon olhou para Jericho. — Eu vou falar com Tiger. Eu resolvo isso. Está tudo bem?
— Vá. Eu o vigiarei daqui. Só tenha certeza de contar todos os detalhes para eu não ser culpado.
— Contarei. Tiger me deve alguns favores. — Piscou para Obsidian. — Leve a sua fêmea para a cama. Eu visitarei você amanhã.
Obsidian fechou a porta e trancou. Alli ofegou quando ele girou a arrastou em seus braços e depressa andou a passos largos em direção a seu quarto. Ele podia se mover rápido quando estava motivado. Ainda parecia bravo quando suavemente a abaixou para se sentar na cama.
— Você está bem?
— A fêmea te ameaçou e você é uma prisioneira.
— Eu não estou realmente sob um mandado de prisão. Só estou restringida a minha casa. Sequestrei você e te levei de Homeland. — Hesitou. — Eu coloquei você em perigo. Eles têm o direito de ficarem irritados com isso. Eu apenas estava tão certa que poderia manter você seguro. Fui muito cuidadosa sobre alugar aquela casa e pensei que não tinha deixado um caminho para ser rastreada. Estava errada. O ONE me achou e isso significa que alguém que odeia os Novas Espécies poderia me encontrar também. Eles não confiam mais em mim porque eu os traí. Só estou contente por não estar ainda presa dentro de uma cela na Segurança.
Obsidian lentamente caiu de joelhos próximo à cama. Laurann Dohner Obsidian
130

— Eu matarei qualquer um que tentar te prender ou tirar você de mim.
Ele falava sério. Seu coração se derreteu, mas também a deixou com medo. O ONE a pediria para deixar Homeland no mínimo. E se ele tentasse ir com ela? Por mais que quisesse isso, esperava que ele realmente quisesse estar com ela, não seria seguro para ele ficar fora dessas paredes. Novas Espécies eram alvos de idiotas, racistas, e fanáticos religiosos fervorosos que acreditavam que eles eram abominações. Havia também ex-funcionários da Mercile que adorariam capturar um Espécie para usar como um chance de pechinchar para escapar do processo. Ou pior, matá-los.
— Estou segura aqui. — Assegurou. — Relaxe.
— Não posso. — Agarrou a extremidade da cama. — Aquela fêmea me tocou, o guarda não me quer aqui com você e agora eu preciso me familiarizar com seu espaço. Ninguém passará por mim para alcançar você.
Sua mão disparou quando ele tentou se levantar, entendendo que ele pretendia ficar acordado a noite toda para ter certeza que ninguém invadiria.
— Você não tem que fazer isto.
Ele não pareceu convencido.
— Eu lutarei com eles se vierem por você.
— Eles são seu povo, Obsidian. Você não pode fazer isto. Ninguém vai me machucar. — Chegou mais perto, incapaz de resistir tocá-lo. Suas mãos realmente coçavam para sentir sua pele. Uma mão agarrou seu ombro enquanto a outra segurou seu rosto. — Eu fiz uma coisa ruim e eles não confiam em mim. Eu estraguei tudo tirando você de Homeland.
Obsidian queria empurrar Alli de costas e rasgar o vestido branco feio dela para ganhar acesso a seu corpo nu. Olhou fixamente em seus olhos, mas viu dor, o impedindo de continuar. A voz insinuava sua chateação também. Odiava vê-la daquele modo.
— Eu podia ter matado você. Ou sequestrado. — As lágrimas nadavam em seus olhos azuis e fizeram seu peito se apertar. — Estava tão desesperada que eu não pensei além de levar você para algum lugar que eles não pudessem me impedir de passar um tempo com você. Tinha certeza que eu estava certa, mas olhando de volta agora eu vejo como eu estraguei tudo. Eu devia ter discutido mais com Tiger ou ido para Trisha quando ela retornou. Apenas não aquentava ver você enfraquecendo. Tive que tentar salvá-lo.
Ela era tão bonita e ninguém nunca se colocou em perigo por ele antes. Ela correu riscos e perdeu a confiança das pessoas com quem se importava porque o colocou em primeiro lugar. O orgulho e possessividade surgiram, tudo dirigido a Alli. Ela era dele. Ele não iria deixá-la ir. A decisão estava tomada. Era simples, certo, e ferozmente sentia isto.
— Eles não são meu povo. — Declarou firmemente em uma voz rouca. — Você é.
Sua mão tremia contra a bochecha dele enquanto deslizou da extremidade da cama para ficar de joelhos diante dele. Seu corpo pressionou contra o dele.
— Queria que fosse verdade.
— É verdade. — A raiva relampejou. — Eu não minto.
— Eu só quis dizer… — A voz diminuiu e seu olhar abaixou para seu peito na frente do rosto. Laurann Dohner Obsidian
131

— O que?
— Você vai conhecer mais Novas Espécies e se ajustar a nova vida. Você encontrará outras mulheres… não como Kit. — Seu tom rouco dizendo o nome implicou que ela poderia ser possessiva com ele. — Mas você está só interessado em mim agora porque eu sou a única coisa familiar para você.
Ele tirou a toalha de sua cabeça para jogá-la longe. Os cachos molhados caíram livres. Eles estavam frios, mas ele agarrou um punhado de cabelo na base do pescoço, suavemente a forçando olhar para ele. Nenhum medo se mostrava, mas ainda tinha lágrimas que brilhavam em seus olhos. Sabia que não era de dor, não estava segurando tão apertado.
Abaixou a cabeça, curvou seu corpo o suficiente para ficar nariz com nariz com ela e suavemente rosnou. — Você é tudo o que eu quero conhecer.
— Você só se sente agradecido, mas não precisa. Eu estava fazendo meu trabalho.
— Você foi ordenada a me roubar?
— Não.
— Era seu trabalho entrar… — Pausou, recordando o termo. — Em encrenca para me levar para outro lugar para que você pudesse dormir ao meu lado?
— Não.
— Por que você fez isto?
Tentou afastar o olhar, mas se moveu com ela, mantendo sua cabeça presa com seu aperto para preveni-la de poder quebrar o contacto com os olhos.
— Por que você fez isto? — Repetiu.
Sua pausa o fez querer grunhir. Resistiu. Piscou.
— Eu fiquei obcecada por você.
Obsidian contemplou o significado disto.
— Eu, hã, saiba o quão errado era. Sabia ainda que se eu te acordasse você provavelmente me odiaria.
— Eu não odeio. Por que isso seria errado? O que está errado com isso? Nós?
Mais lágrimas encheram seus olhos.
— Você tem passado por tanto, Obsidian. Eu sinto como se eu estivesse me aproveitando de você ou te atrapalhando ainda mais. Você é tão duro, mas emocionalmente você tem que se recuperar de tudo o que sobreviveu.
— Sou maior que você.
— Força e tamanho não tem nada a ver com se aproveitar de alguém. Eu sei como as pessoas são vulneráveis quando sofrem um grande trauma. Você experimentou toda uma vida deles, um depois do outro.
Algo clicou em sua mente.
— Você ainda continua a pensar que eu estou substituindo 46 por você.
— Talvez. É possível.
Lembrou-se que ela perdeu um macho que uma vez amou.
— Você está me usando para substituir seu companheiro morto?
— Não. — Seus olhos se alargaram, chocada com a pergunta. Ele acreditou nela. Laurann Dohner Obsidian
132

— Não sou ele e você não é 46. — Balançou a cabeça ligeiramente. — Isto não está errado. Não parece assim. Isto está certo. Sinta. — Ele parou. — Sinta-me. — Largou seu cabelo e agarrou a parte de trás da sua cabeça, puxando sua boca para a dele.
Gostava de beijar Alli. A suavidade de sua boca, o modo que ela sugava o ar antes dele fechar seus lábios sobre os dele. Sua resposta ávida quando ele colocava a língua para dentro para ligá-los, assegurava que ela o queria tanto quanto ele a queria. A mão de Alli em seu ombro apertou e suas pequenas unhas se cravaram em sua pele com suficiente pressão para fazer seu pênis encher com sangue. Sua outra mão deslizou para cima da bochecha para segurar seu cabelo, o mantendo no lugar também.
Ele a abraçou pela cintura com seu braço livre para apertá-la mais contra seu corpo até que se sentisse uma com ele. Ela era dele e ele não a deixaria ir. Nenhuma outra fêmea o atrairia mais do que ela atraia. Alli era tudo o que queria, tudo o que ele precisava. Apenas tinha que ensiná-la que ele conhecia sua própria mente e corpo. Sua preocupação sobre ele estar confuso deveria acabar.
Alli se derreteu contra ele, sua submissão era uma coisa sexy que fazia seu desejo de montá-la crescer em uma dolorosa pulsação de seu pênis. Terminou o beijo, os dois ofegavam, e seus olhares se encontraram. A tristeza foi embora para ser substituída por necessidade de tê-lo. Minha!
O olhar dela procurou o dele.
— Obsidian?
— Sem conversa. — A soltou do seu corpo um pouco, saindo de seus braços. — Remova essa coisa. — Não escondeu o desgosto em sua expressão quando olhou para baixo do seu corpo. — É feio.
Ela riu, sem se sentir insultada.
— É meu roupão de banho.
— Jogue isso fora.
As sobrancelhas loiras se curvaram, mas não protestou, apenas desamarrou o cinto na cintura. Lutou com o desejo de atacá-la enquanto lutava para sair de todo o material, prendeu um pouco debaixo de suas pernas. A toalha não era bem-vinda, mas a removeu sem pedir.
— Na cama agora.
—Tão mandão. — Continuou sorridente. — É uma boa coisa que eu tenha superado essa pequena falha sua.
— Eu sou perfeito.
O olhar dela deslizou por seu tronco até a cintura enquanto ria.
— Quase. Você ainda está com a calça.
Ele apreciava o modo como ela o provocava enquanto se erguia e se sentava nua na extremidade da cama. Suas coxas separadas revelavam seu sexo apenas o suficiente para fazê-lo a querer mais. Seus dedos polegares engancharam na cintura da calça de moletom, empurrou, e se levantou enquanto a removia.
— Deite-se de costas. Laurann Dohner Obsidian
133

O sorriso enfraqueceu, mas não mostrou medo enquanto fazia como ele mandou. Chegou mais perto para olhar para ela. Ela parecia tão atraente com seu cabelo estendido sobre o colchão, sua pele pálida, e aqueles olhos azuis fixos em seu rosto.
— Vire-se.
A hesitação o frustrou, mas ficou surpreso quando ela de repente subiu e sua mão agarrou seu pênis. Não machucou com seus dedos gentis enquanto o envolveu próximo a base.
— O que você está fazendo?
— Você nunca beijou ninguém antes de mim. Também nunca fez sexo em nenhuma posição além de cachorrinho. — Lambeu seus lábios. — Já fez este?
Seu corpo inteiro ficou rígido quando aqueles lábios se separaram e lentamente levou a boca para a cabeça do seu pênis. Ela olhava para seu rosto. Ele silvou quando sua língua pequena, morna o lambeu apenas debaixo da ponta, o circulou, e puxou de volta.
— Não. Posso dizer pelo modo como você está olhando para mim, como se eu tivesse duas cabeças ou algo. — Riu. — Deite-se de costas. — Sua cabeça foi em direção à cama atrás dela. — Você confia em mim?
Não estava prestes a esquecer a sensação dela o lambendo. Nunca. Suas bolas automaticamente se apertaram e seu pênis ficou tão duro que doeu. A dor forte não podia ser ignorada. Queria mais e confiava nela. O fato de que ela deu uma ordem foi registrada, mas era uma que queria seguir, mais do que um pouco curioso.
— Vai ser bom. Eu sei que tenho que afastar antes de você gozar e que você vai inchar quando gozar.
Foi difícil se mover com seu pênis esticado e suas bolas parecendo como se fossem duas pedras presas entre suas coxas. Sentou-se, abriu suas pernas o suficiente para aliviar a sensação de desconforto, e viu Alli sobre suas mãos e joelhos. Tudo o que conseguia imaginar era ficar na posição atrás dela. Queria fodê-la com força e fundo.
Ela rastejou devagar subindo sua coxa, sorrindo. Sua língua lambeu seus lábios novamente antes de romper o contato para olhar fixamente para seu pênis. — Você é grande. Fique tão parado quanto puder.
— Olhou para cima. — Você provavelmente vai ter o desejo de mover seus quadris, mas tente lutar contra isso. Eu não quero ser sufocada.
Silenciosamente assentiu, fascinado pelo fato de sua boca estar muito perto de seu pênis. Tentou forçar seu corpo a relaxar, mas era difícil. Todos os músculos ficaram tão rígidos quanto seu pênis e esqueceu como respirar quando Alli envolveu seus lábios ao redor da coroa do seu pênis novamente. Sua língua quente lambeu e cerrou os dentes, suas mãos agarraram qualquer coisa que não fosse ele.
Não podia agarrar o colchão então alcançou a parte de cima, seus dedos se enrolaram na cabeceira da cama. A madeira rangeu, mas não quebrou enquanto a observava, tomando um pouco mais de seu membro. Ela chupava e as sensações eram de um prazer cru tão poderoso que pensar se tornou impossível. Rosnados saíram dele antes de poder impedi-los e suou.
Ela não parou. Sua boca o torturava enquanto se retirava da ponta, entretanto, pegou um pouco mais do seu comprimento com cada puxão lento. Seu olhar se ergueu, segurou o dele, e Laurann Dohner Obsidian
134

perdeu o controle. Era muito intenso, muito cru. Queria gozar mais do que queria seu coração batendo e soube que iria gozar se ela não parasse.
— Alli. — Rosnou.
Ela o soltou. Gemeu de remorso por ela não estar o lambendo mais, seus quadris se arquearam em direção a ela apesar de tentar permanecer parado. Embora Alli não tivesse terminado com ele quando se inclinou e seus seios nus esfregaram do lado de seu eixo. A visão do seu pênis confortável entre os montes suaves quase o fez passar dos limites. Não tinha nenhuma ideia do que ela estava fazendo, mas gostava disto.
Ela apoiou-se em suas pernas, alcançou com ambas as mãos, e agarrou seus seios, os empurrando mais apertado contra seu pênis. O movimento lento esfregando seu incrível corpo suave junto com seu eixo dolorosamente duro. Seus quadris se curvaram para se mover mais rápido, incapaz de controlá-los. Mudou o aperto, abraçou seus seios com um braço enquanto o mantinha preso no vale e sua outra mão provocava o topo do seu pênis, o acariciando.
Agarrou a cabeceira com mais força, algo acima dele estalou ruidosamente, mas não se importou com o que causou o som. Fogo saiu de sua barriga até seu pênis, êxtase explodiu nele enquanto violentamente gozava. Jogou a cabeça para trás contra o colchão enquanto seu sêmen caia sobre o corpo dela. Pareceu infinito enquanto se contorcia de prazer até que todo músculo ficou relaxado.
Ofegou, fechou os olhos, enquanto tentava se recuperar. Uma língua quente tocou o topo do seu pênis supersensível e um grunhido saiu de seus lábios. Seus olhos se abriram e olhou fixamente em choque para Alli ainda de joelhos.
Seu cabelo loiro caia por seus quadris e escondia seu rosto enquanto colocava sua língua nele novamente. Podia sentir a umidade de seu sêmen em sua barriga, mas viu mais espirros em seus seios quando seu queixo se ergueu até que pode olhar para ele.
— Você tem um gosto muito doce. — Riu antes de se endireitar até se sentar na cama e olhou para baixo em seu peito. Sua risada era musica para ele. — Acho que eu devia tomar banho novamente. — O olhar dela segurou o dele. — Estarei de volta logo.
Queria pará-la, mas seu corpo se recusava a responder, ainda se recuperando da devastação que sua boca fez com ele. Teve um momento difícil recuperando o fôlego ou encontrando energia para se mover. Olhou para cima e riu novamente antes de olhar para ele.
— Da próxima vez teremos que usar uma cama mais resistente ou talvez você possa se pendurar na beirada do colchão. — Outra risada. — Nós definitivamente vamos fazer isso novamente.
Ele não estava certo sobre o que ela quis dizer da cama e pode apenas olha-la sair da cama e caminhar para o banheiro. A porta foi deixada aberta. A água se ouviu, o assegurando que ela realmente queria tomar banho e não fugir. Olhou para cima.
O metal curvado da barra superior da cabeceira pendurado precariamente acima dele. Quebrou-o em sua pressa para agarrar algo e evitar machucá-la com suas mãos.
— Alli será minha para sempre. — Jurou.
* * * * * Laurann Dohner Obsidian
135

Alli estava ainda sorridente quando desligou a água e agarrou uma toalha limpa para se secar. Não a surpreendeu que ele gostasse de sexo oral, mas gostou da sensação de poder que experimentou. Obsidian era sempre muito dominador, mas isso mudou drasticamente quando mostrou como era receber sexo oral. Ele ficou em suas mãos. Boca, silenciosamente corrigiu, rindo.
Continuava deitado onde o deixou quando saiu do banheiro. Seu corpo longo mal cabia em sua cama, seus pés bem no fim. Seu pênis ainda estava semiduro enquanto olhava cada centímetro dele até que olhou fixamente em seu rosto novamente. Era uma visão sexy e assim estava o olhar atordoado e saciado em suas feições masculinas. Ele a deixava sem fôlego quando seu olhar escuro fixou nela.
— Venha aqui. — Exigiu em um tom rouco.
As coisas voltaram ao normal, decidiu ainda sorridente enquanto lentamente se aproximou da cama. Soltou a toalha onde a segurou na frente dela e colocou um joelho na cama. Seu olhar deixou o dele para cair em seu abdômen. Todos os músculos eram definidos, prova de como em foram ele permaneceu apesar do tempo que esteve em coma. Soltou o material úmido em cima de sua barriga.
Ficou um pouco tenso até perceber que ela estava o limpando com a toalha. Seu corpo relaxou.
— Você está cuidando de mim.
— Sim. — Podia olhar fixamente em seus olhos eternamente. — Você parece bem confortável onde está. — Jogou a toalha em direção ao banheiro quando terminou feliz quando bateu no chão do azulejo com sua pontaria. — Já deve ter passado da hora que você normalmente vai para a cama. Cansado? — Esticou-se nua ao lado dele.
Ele rolou de lado para olhá-la.
— Eu gostei disto.
— Eu sei. Eu também.
Ele olhou para seu corpo.
— Você estava excitada. — Suas narinas se alargaram enquanto ele cheirou. — Eu quero cuidar de você.
— Por que nós não dormimos um pouco primeiro? — Estava cansada. Foi um longo, emotivo dia entre lidar com a tensão do seu possível futuro e a discussão que teve com ele mais cedo. — Eu poderia ter algumas horas de sono.
Usou seu braço para apoiar a cabeça para olhá-la.
— Você não quer que eu monte você?
— Eu quero. Só me dê algumas horas de descanso.
— Você é humana.
Queria recuar. Ele disse isso como se fosse uma coisa ruim, soou rude. Perguntou-se se ele se arrependeu de vir para sua casa.
— Eu sou.
Um sorriso de repente mudou seu rosto completamente. Laurann Dohner Obsidian
136

— Gosto das nossas diferenças. — Deitou-se de costas e olhou para ela. — Encoste-se em mim apertado.
Chegou mais perto e enganchou sua perna em cima da dele, uma mão em seu peito, e ergueu a cabeça quando ajustou seu braço para servir de travesseiro para ela. Seu calor era bem-vindo e lembrou que a luz ainda estava acessa.
— Um de nós deveria desligá-la.
Sua mão descansou no topo da dela, prendendo-a em cima de seu coração. — Mais tarde. Eu só quero abraçar você.
Seus olhos se fecharam enquanto bocejava.
— Isto é uma boa coisa ser médica. Eu consigo dormir em qualquer lugar, em qualquer hora, em qualquer circunstância. Só achei que aborreceria você.
— Tenho tudo o que eu preciso.
Sorriu contra sua pele.
— Eu também. — Se preocuparia sobre amanhã quando chegasse. Naquele momento eles estavam juntos e era tudo o que importava. Laurann Dohner Obsidian
137

8 comentários: