CAPÍTULO 13 Í
Lauren sorriu quando a campainha tocou cedo, e se apressou para a porta. Wrath deveria estar tão impaciente para vê-la quanto ela estava. Já estava vestida, jantou mais cedo e estava mais do que pronta para partir quando abriu a porta com um sorriso.
Sua alegria morreu imediatamente quando viu uma estranha parado na sua porta. Uma mulher alta, magra trazendo uma estranha semelhança com sua chefe, Mel Hadner. Seu coração acelerou, tentou se esconder, e teve um pressentimento que esta pessoa poderia estar relacionada à mulher que tentou machucar Wrath e a equipe.
— Oi, consegui dizer. — Posso ajudar?
— Acredito que sim. Você trabalha para minha irmã, Mel. Fui ao seu escritório hoje, depois de receber uma mensagem urgente dela ontem, que precisava falar comigo, mas ninguém estava lá. Você sabe onde minha irmã está?
— Não. Lauren mentiu. — Não faço ideia. Ela estava em seu escritório quando saí. Aquela parte era verdade.
— Hoje?
— Ontem. Hoje é meu dia de folga.
Um franzido curvou para baixo a boca da mulher magra, e linhas apareceram em sua testa. — Eu vim aqui porque conversei com algumas das empresas próximas ao escritório, e viram você empurrando um homem para fora do escritório em uma cadeira. Disseram que ele parecia bêbado. Minha irmã está desaparecida, e também estão seus colegas de trabalho. Já estive na casa deles e não estão lá, não dormiram em suas camas ontem à noite, e não foram vistos. Ela cruzou os braços em cima do peito. — Seus carros estão no estacionamento, mas simplesmente desapareceram. Você sabe alguma coisa sobre isto?
Merda! Pense! — Tive um cliente que foi lá para ver apartamentos ontem, tinha um joelho ruim. Ele o feriu quando se levantou, depois de ficar sentado por muito tempo visualizando as listagens. Tive que empurrá-lo até seu carro.
Os braços da mulher lentamente abaixaram, e um olhar frio atravessou seus olhos. — Isso foi quase crível. Nada mal. Você é uma pensadora rápida, não é, Lauren?
A irmã de Mel de repente saltou e agarrou a camisa de Lauren com ambas as mãos, empurrando-a para trás. Um homem grande de repente saiu de onde estava escondido, contra a parede próxima à porta, e entrou no apartamento. Mais dois vieram do outro lado da porta, e ainda mais um entrou e fechou a porta firmemente atrás dos cinco intrusos que invadiam sua sala de estar. Foi o último sujeito que segurou a atenção de Lauren.
Ele usava um chapéu e óculos escuros, mas suas características eram algo que ela aprendeu a identificar, com as maçãs do rosto mais largas e o formato achatado do seu nariz. Seus lábios cheios estavam selados, mas sabia que era um Nova Espécie. Seu grande corpo e a altura, também apontavam como ele sendo um deles. Claro que os três homens humanos não eram fracos, nos músculos e no tamanho também. Eles todos eram enormes.
— Onde eles estão Lauren? Não estou brincando. Quero respostas.
— Eu não sei. Quem é você? Sabia que estava na merda. A única coisa que não compreendia era, por que um Nova Espécie estava com a irmã de Mel. Ela forçou o olhar para longe dele, para olhar fixamente para a mulher ainda agarrando sua camisa. — Não os vi desde que deixei o escritório ontem. 113
— 140? Diga-me o que você está cheirando agora.
O Nova Espécie ergueu uma mão, removeu os óculos, e avançou. Inalou, cheirou por algum tempo, e seus olhos se arregalaram ligeiramente, e franziu a testa. Lauren olhou fixamente em seus olhos. Eles eram parecidos com os de um gato, um redemoinho surpreendente de azul claro, que percorria as bordas ao longo das extremidades exteriores, com um amarelo amarronzado. Eram bonitos, surpreendentes e quase surreal. Ninguém devia ter olhos que parecessem assim. Sua pele bronzeada e os cabelos pretos só adicionaram o quão dramático e exótico ele parecia.
— Então? A mulher virou sua cabeça e atirou-lhe um olhar. — Diga-me, droga.
— O cheiro deles não está aqui. Nem nela ou dentro deste lugar.
— O que quer fazer, Mary?
A mulher atirou um olhar para um dos capangas dela. — Ela sabe de algo.
Ela empurrou Lauren, forte o suficiente para que batesse as costas no sofá, mas estava livre. Lauren avaliou sua situação e sabia que estava ruim.
Mary recuou um passo, segurou seu olhar e isto gelou Lauren até os ossos. Se os olhos eram as janelas da alma de uma pessoa, esta mulher estava morta. Um calafrio desceu por suas costas.
— Sei que trouxe um Nova Espécie para o escritório ontem. Minha irmã me ligou e me disse isso. Estava apavorada e assustada. Não cheguei em casa até esta manhã para ouvir sua mensagem. Onde eles estão Lauren? Diga-me a verdade e pare de fazer joguinhos ou vai se arrepender.
— Não sei de nada. Lauren mentiu. — Mel me puxou para seu escritório e disse que o cliente era um estuprador, me empurrou para fora pela porta dos fundos. Isso é tudo o que sei. Embora ela não estivesse apenas com ele. Brent e ambos John T e B estavam em seu escritório com ela. Pausou. — Tenho certeza de que Kim ainda estava lá quando isso aconteceu, e Gina devia estar em seu escritório. Pergunte a elas novamente, porque estou certa que estavam lá depois que saí.
Um dos capangas bufou. — Elas não podem falar. Sofreram uns acidentes.
O horror bateu em Lauren e não precisou perguntar. Estavam mortas. Ela quis gritar, mas conseguiu ficar de pé, uma vitória real já que seus joelhos queriam desmoronar debaixo dela.
— Sou uma verdadeira cadela. Mary admitiu. — Você vai me dizer onde minha irmã e seus amigos estão, ou vou fazer 140 começar a quebrar seus ossos um de cada vez, até que me diga o que quero saber para ter minha irmã de volta. Você tirou aquele Nova Espécie de lá em uma cadeira, depois que atiraram nele com um dardo tranquilizante. Minha irmã disse que tinham um deles inconsciente e mais dois capturados. Todas as testemunhas não podem estar erradas, e elas conhecem você. Kim e Gina eram peões que não são mais uma ameaça. O olhar dela buscou Lauren. — Uma loira gorda o estava empurrando para fora do escritório, rua abaixo. Diga-me agora ou vai morrer muito lentamente, uma morte agonizante. Já chega de mentir para mim.
Lauren olhou fixamente para 140, decidiu que seria honesta, mas apenas com ele. — Por que está com eles? Está sendo chamado por um número como se não fosse livre. É isso? Vi dois Novas Espécies brigarem e você pode acabar com a raça desses humanos. Seu povo foi libertado e você não tem que ficar com estas pessoas.
Ele rosnou. — Eles estão com a minha fêmea.
Merda. Lauren engoliu. — Não pode apenas matá-los e consegui-la de volta?
Mary a atingiu com força e rápido, batendo com as costas da mão no rosto de Lauren, e o tapa lançou suas costas contra o sofá, onde quase capotou por cima da coisa. Uma dor a fez xingar, agarrou sua bochecha ferida, e olhou para ela.
— Acho que você não estava brincando sobre ser uma cadela, não é?
— Onde está minha irmã e seu homem, Lauren?
Ela compreendeu depressa que estaria condenada à morte, no momento em que 114
confessasse que foram levados pela ONE. Eles já tinham matado outras duas pessoas inocentes, que trabalhavam em seu escritório. Kim e Gina não trabalhavam para Mercile, mas foram testemunhas do que aconteceu dentro daquele escritório. Sua única esperança seria enrolar por uma hora até que Wrath e sua equipe chegassem. Se chegassem às sete. Caso contrário seriam duas horas para enrolar, para lhe dar alguma esperança de sobrevivência.
— Posso deixá-la viver se me disser. Mary esfregou a mão que a atingiu.
Lauren olhou para o Nova Espécie. Ele balançou a cabeça, dizendo lhe para não confiar no que diziam e ela acreditou nele. Ele obviamente estava sendo forçado a estar lá, mas não significava que gostasse disto, se estava disposto a dar aquele sinal minúsculo de advertência.
— Certo. Eu lhe direi a verdade. Lembrou-se da conversa que escutou no seu escritório. — Não sabia o que ele era até Mel me dizer. Brent e ambos os Johns queriam o resgate dos três caras por muito dinheiro.
Mary olhou para ela.
— Mel não queria te incluir nisto. Brent disse para tirar você do caminho, e apenas desapareceriam depois que fossem pagos. Sua irmã não queria te dar nenhum dinheiro. Eu sinto muito, mas é a verdade.
Lauren esperava que seu plano funcionasse. A irmã de Mel devia estar louca, pensando que Mel estava tentando ferrar com ela, tirando-a do montante do dinheiro. Possivelmente poderia fazer a mulher acreditar na história, o suficiente para esperar por um telefonema inexistente.
— Se eu não responder, eles vão cair fora. Foi isso que John T disse.
Mary bateu em Lauren novamente, mais forte, e o gosto de sangue encheu sua boca, enquanto virava com força e se esparramava por cima da parte de trás do sofá. Foi à única coisa que a manteve de pé.
— Você está mentindo. Minha irmã não faria isso.
— Você não achou o furgão da empresa no estacionamento, não foi? Foi isso que usaram para transportar os Novas Espécies. Eles não querem que nenhum telefone que estejam usando seja rastreado pelo meu telefonema, já que estou ligando para a ONE. Eles recebem algumas ligações estranha e eu deveria responder com uma palavra código. Você não vai conseguir arrancar isso de mim, porque sei que me matará depois. Viu seu sangue pingar no sofá, manchando-o, e usou sua mão para enxugar um pouco de seu queixo. — É com Mel que deveria estar furiosa. Sou apenas uma idiota que perdeu seu emprego, e desesperadamente precisou de dinheiro suficiente para fazer qualquer coisa que ela dissesse.
— Eles não fugiriam assim. Um dos homens disse. — Mel não faria isto. Você sabe disto, Mary. Ela está mentindo.
— Você tem cinco minutos para me dizer onde minha irmã está, antes que faça o animal começar a quebrar seus ossos. Sabe que ele pode parti-los em segundos? Não o farei matá-la quebrando seu pescoço. Você ficará lá deitada sangrando pelo lado de dentro, no tipo de dor excruciante que não pode nem imaginar, até que morra de choque. Serão os minutos mais longos de sua vida. Diga-me onde achar minha irmã. Você vai morrer, mas depende de o quão doloroso quer que seus últimos momentos sejam.
Lauren viu a verdade em seus olhos, e um olhar na expressão sombria do Nova Espécie, a assegurou que acreditava nisso também. Ela teve de mudar de tática. Nada iria salvá-la se não pensasse em algo rápido.
Permitiu que as lágrimas molhassem seus olhos, algo nada difícil de fazer desde que doía dentro de sua boca.
— Está bem. Tenho o número deles. Deveria ligar quando a ONE tivesse o dinheiro pronto 115
para a troca, mas deixarei que converse com sua irmã. Ela te dirá para não me matar.
— Qual é o número? Mary pareceu tranquila.
— Não sei de cor. John T anotou e o escondi no caso da ONE aparecer aqui. Está na gaveta superior da minha escrivaninha.
— Pegue. Mary acenou com a cabeça a um dos capangas.
A escrivaninha estava do outro lado do quarto, perto do corredor e a mente de Lauren tentava descobrir qual seria seu próximo movimento. Era difícil pensar envolta no medo que a agarrava, mas queria viver. De propósito tropeçou, segurou sua cabeça, e esperou que parecesse mais machuca do que realmente estava. Sua bochecha pulsava, o gosto de sangue prolongava em sua boca, e sabia que por dentro estava revirando aos poucos. Um dos homens de Mary se arrastava por detrás dela, enquanto caminhava até sua escrivaninha.
A escrivaninha era velha, repassada de um tio, e a gaveta tinha de ser balançada para abri-la. Uma pilha de contas estava em cima, e moveu os documentos. O capanga se moveu para seu lado. Olhou-o, mas ele não estava vendo o que estava fazendo. Ao invés disso bisbilhotava ao redor do quarto.
Seus dedos esfregaram o metal debaixo dos documentos, o agarrou, e Lauren permitiu que o pânico liderasse suas ações. Eles iriam matá-la, não iria sair desta bagunça viva, e havia apenas uma coisa a fazer. Sua outra mão agarrou o pequeno papel com uma mensagem do biscoito da sorte, que era engraçado o suficiente para que o mantivesse. De propósito o soltou no chão.
— Desculpe. Estou tremendo. Está ali.
Ele se curvou para recuperá-lo e Lauren agiu. Horrorizou-a que interiormente gritasse, e sabia que sua vida iria mudar para sempre, no momento em que mergulhou o abridor de carta tão profundo quanto pode, atrás do pescoço do homem. Sua mão segurava o cabo da ferramenta afiada, torceu com força para fazer mais dano e ouviu seu suspiro de dor.
Seu corpo caiu no chão, se esquivou na direção oposta, e bateu no lado da parede em sua pressa para fugir em direção a seu quarto. Ela gritou, na esperança de chamar a atenção dos vizinhos. Poderia afugentar as pessoas restantes em sua sala de estar, se pensassem que a polícia foi chamada.
— Pegue-a, 140. Mary gritou.
Lauren alcançou seu quarto, virou ao redor e agarrou a maçaneta. Conseguiu um vislumbre do grande e assombroso Nova Espécie, que vinha em sua direção enquanto fechava a porta e a trancava. A estante cheia de livros de bolso próxima à porta, era apenas da altura de sua cintura, mas pesada, quando teve que puxá-la para incliná-la. Ela caiu de lado bloqueando a porta. Outro grito estourou quando algo grande bateu contra a porta.
Ela virou e correu para o banheiro, fechou a porta também e a trancou. Abriu a gaveta que continha sua maquilagem para bloquear a porta, e subiu na pia. A janela que sempre deixava meio aberta para Tiger era sua única fuga.
A coisa emperrou, não quis abrir toda, mas o desespero a fez achar aquela quantia extra de força para empurrá-la. Um som alto no outro quarto, assegurou-a que o Nova Espécie tinha acabado de ultrapassar sua barricada, e agora entrava em seu quarto.
Não foi fácil caber no espaço apertado, e silenciosamente jurou fazer esteira enquanto se remexia, e finalmente caiu no chão abaixo da janela. A dor subiu rapidamente por seus braços, quando suas mãos receberam o choque por proteger seu rosto de bater na grama primeiro. Lutou para ficar de pé e gritou novamente, certa que alguns dos seus vizinhos a ouviriam, agora que estava do lado de fora e corria para frente do edifício.
Dois braços fortes a agarraram e imediatamente tirou seus pés do chão. O corpo que bateu 116
nela era sólido, grande, e dois braços grossos, musculosos estavam presos ao redor de sua cintura. Lauren virou sua cabeça e olhou fixamente para cima com horror para 140.
— Não lute comigo. Não quero machucá-la. Ele rosnou.
— Não sou sua inimiga, arquejou. — Eles são. Por favor, deixe-me ir. Você é um Nova Espécie.
Confusão nublou seus olhos extremamente azuis. — O que isso quer dizer?
— Quer dizer que eles são as pessoas ruins e você não é. Novas Espécies são bons.
Ele recusou-se a largá-la. — Eles estão com a minha fêmea e vão matá-la se permitir que você escape. Sinto muito.
Lágrimas quentes encheram seus olhos. — Por favor, deixe-me ir.
—Gostaria de poder fazer isso. Ele hesitou. — Sinto o cheiro de machos desconhecidos em sua casa, e novamente em seu quarto. Alguns deles são como eu, não são? Você realmente ajudou a irmã dela a sequestrar os outros do meu tipo?
— Não. Eu o salvei e ajudei-o a escapar da irmã dela. Seu nome é Wrath e eu o amo.
Seus olhos se arregalaram e ele franziu a testa. — Você não cheira como sua companheira. Ele fungou. — Não posso senti-lo em você. Onde está a irmã dela? Você sabe? Diga-me.
— Eu tomei banho, mas ele está vindo para mim. Por favor, deixe-me ir. A irmã dela e os homens que estavam com ela foram presos pelo seu povo. Eles os têm na ONE. Isso significa Organização dos Novas Espécies, e eles a lideram. Muitos do seu tipo foram libertados de Mercile. Eles o ajudarão se nós sairmos daqui e chamá-los. É um deles e farão qualquer coisa por você.
— Não posso permitir que escape. Se Mary não ligar para a pessoa que fica com a minha fêmea a cada hora, foi ordenado a ele que atirasse na cabeça dela. Virou-a em seus braços, a jogou em cima de seu ombro como se fosse tão leve quanto um travesseiro de corpo e rosnou.
— Aja como se eu tivesse batido em você, forte o suficiente para te derrubar. Ordenou. — Não se mova ou fale. Vou tentar salva-la. Sei que não tem nenhuma razão para confiar em mim, mas não desejo que se machuque. Tratarei-a como se fosse a companheira de outro da minha espécie. Esperaria que alguém fizesse o mesmo pela minha fêmea se lhe for dado à oportunidade.
Lauren desabou em cima de seu ombro, sabendo que nenhuma quantidade de luta a faria se livrar de alguém tão forte, e fechou os olhos. O arrependimento a inundou por dizer-lhe a verdade sobre o paradeiro dos seus ex-colegas de trabalho. Não deveria ter confiado em 140, mas queria que soubesse o quão desesperada sua situação era. Não podia ajudar Mary a recuperar sua irmã, isso era uma causa perdida, e agora ela era inútil. Isso significava que a matariam.
Ele se movia rápido, seu corpo balançava em cada passo, e soube quando entraram em sua casa novamente porque, até com os olhos fechados, sentiu quando saíram do sol.
— Eu disse para você não a matar. Mary estalou. — Que porra de animal burro.
— Ela não está morta. Eu a atingi e a derrubei. A raiva fez sua voz afundar. — A “porra do animal burro” te dirá como conseguir sua irmã de volta, se você me permitirá falar. Sei onde ela está. Fiz esta aqui me dizer torturando-a com dor.
Lauren escutou, confusa acima de suas mentiras, mas disposta a tentar confiar nele. Estava disposta a tentar qualquer coisa que a mantivesse respirando. O silêncio foi longo até Mary finalmente falar.
— Onde está Mel? O que quis dizer com conseguir ela de volta?
— Esta aqui é acasalada com um da minha espécie. O cheiro dele está por toda parte nela, e ela me disse que a ONE pegou sua irmã e seus técnicos. Pode trocá-la por eles. A amargura atou sua voz. — Está muito ciente do quão longe nós chegamos para proteger nossas companheiras. O dela iria devolver sua irmã segura de volta para você, se devolver sua fêmea segura para ele. 117
— Não sei não. Um dos capangas resmungou. — Isto soa suspeito.
140 rosnou agora. — Você se lembra do quão protetores nós somos com nossas companheiras. Você me tem preso como um cachorro para proteger a minha. Caso contrário teria matado todos vocês. Ele devolverá sua irmã e seus técnicos para você, o que for preciso para conseguir sua fêmea de volta. Virou à cabeça, seu cabelo esfregou no lado de Lauren onde sua camisa subiu e fez cócegas ligeiramente.
— Mantenha suas mãos longe dela. O cheiro fica no corpo por muito tempo e ele não vai a querer de volta, se outro macho montá-la. Ele insistirá em cheirá-la primeiro antes de aceitá-la de volta. Sei de seu gosto em forçar as fêmeas, mas deixe esta aqui em paz. Ele saberá e a rejeitará. Sua cabeça virou novamente. — Ordene-lhe para deixá-la em paz se quiser sua irmã e seus técnicos de volta.
Lauren enjoou em ouvir aquela última parte. Sua pele se arrepiou pensando que um daqueles caras obviamente um era estuprador, mas 140 estava tentando protegê-la disso também. Os dedos que prendiam suas coxas ligeiramente apertaram quase como um gesto tranquilizante. Imaginou que podia imaginar o quão apavorada estava.
— Como você sabe com certeza que seu companheiro está com minha irmã? Mary chegou mais perto.
— O companheiro dela está com eles. Estava tão apavorada que confessou tudo para mim. Negoci-a com eles. Será a única maneira de conseguir sua irmã de volta.
O silêncio foi longo. Mary suspirou. — Está certo. É melhor você estar certo, 140. Já que é muito esperto, como faremos esta troca?
— Deixe um recado e um jeito de contatá-la aqui. Ele virá por ela logo. Sabe que nós não podemos ficar longe de nossas fêmeas por muito tempo sem enlouquecer.
Companheiros enlouqueciam se fossem separados por muito tempo? Aquele pedaço de informação deixou Lauren surpresa, mas claro 140 podia estar mentindo. Estava falando muito para tentar salvar sua pele. Gratidão a encheu. Um Nova Espécie estava ganhando tempo por ela e tentando protegê-la.
— É melhor isto funcionar, 140. Mary soou furiosa. A ameaça era clara, que pagaria se estivesse errado.
— O que faremos com o corpo de Olson? Era um dos capangas fazendo a pergunta.
— Deixe-o. Não quero que manche meu porta malas. Mary suspirou. — Escreva meu número de celular descartável e deixe no sofá próximo ao sangue dela. Ele não deixará de notá-lo lá, não é, 140?
— Não, rosnou. — Ele não irá.
* * * * *
Wrath esperava impacientemente que a equipe se reunisse para partir. Virou a cabeça e olhou fixamente para Shadow. O macho encontrou seu olhar e sorriu.
— Você está impaciente.
— Não quero chegar atrasado. Disse a Lauren que estaria lá entre sete e oito horas em ponto.
— Brass e Tim estão discutindo novamente.
— Estou ciente. Raiva subiu por Wrath. — Ele não quer que um civil fique na sede, e ainda está chateado por nós a termos levado-a lá em primeiro lugar. As paredes não são espessas o suficiente para que não se ouça a maior parte do que está sendo dito. 118
— Ele insistiu que uma verificação nos antecedentes dela seja feito, e está certo disto. Ela tinha uma relação forte com os ex-funcionários da Mercile. Trabalhou com eles.
A Ira o fez rosnar. — Lauren não é meu inimigo.
— Tim está preocupado com o resto de nós. Shadow de repente sorriu. — Ela é tão perigosa.
— Isso não é engraçado. Ela não pode machucar uma mosca.
— Estou ciente. Vi o rosto dela enquanto estava lutando com Vengeance. Não está acostumada com brutalidade. Praticamente implorou que nós parássemos com a briga. Ela se preocupou com sua segurança.
Ele permitiu que aquela informação fosse absorvida. — Ela se preocupará com meus deveres com a força tarefa. Nós colocamos nossas vidas em perigo constantemente, quando saímos para recuperar nossos inimigos.
— Não mencionaria esse aspecto para ela. Deixe-a acreditar que na maior parte faz papelada.
— Não mentirei para ela.
— Não sugeri que minta, mas apenas não oferecerá mais informações que o necessário.
Ele pensou sobre isto. — Você se arrepende em concordar em trabalhar para a força tarefa?
— Não. Shadow balançou a cabeça. — Está funcionando para mim. É você?
— O mesmo. Conheci Lauren.
Shadow sorriu. — Você parece mais curado desde que ela entrou em sua vida. Estou contente. Talvez um dia encontre uma fêmea que me desafie a enfrentar meus medos.
— Eu espero.
Tim saiu do escritório com Brass atrás dele. Tim recusou-se a encontrar seu olhar, mas Brass sorriu.
— Estamos partindo para pegar sua fêmea, Wrath. Tim e sua equipe vão nos dar suporte de apoio. Ele está irritado que deixamos a sede sem mais apoio das equipes humanas. Faz sentido, especialmente depois que fomos feitos prisioneiros. Chegamos a um acordo.
— Obrigado. Wrath falou sério. Virando sua atenção para Tim. — Lauren não é nenhuma ameaça para nós.
— Mulheres são sempre notícias ruins. — Tim virou, evadiu-se pela porta e gritou por cima de seu ombro. — Não a deixe pintar nada de rosa, porra! Este ainda é meu edifício.
— Rosa? Shadow olhou para Wrath e Brass. — O que isso quer dizer?
— Não tenho nem ideia. Brass suspirou. — Nenhuma surpresa que suas fêmeas parecem apreciar mais nossa companhia. Os humanos são estranhos.
Wrath teve de concordar com aquela avaliação. Não se importaria se Lauren quisesse pintar, ou que cor escolheria. Apenas tê-la ao seu lado era tudo o que importava. 119
Ele é tão fofo e "frágil" , acho que é o primeiro livro da coleção Novas espécies, que o macho é tão fofinho igual Wrath.
ResponderExcluirEle é muito perfeito mano..... ,😍😍
ExcluirVdd, ele é delicado, um queridão, iti malia!
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